quinta-feira, dezembro 15, 2005

Macau

Ontem vi o prós e contras feito em Macau.

Fiquei extremamente surprendido pela Portugalidade revelada por aqueles que ainda hoje mantém uma ideia de Portugal hoje proscrita do nosso País.

Ali foi-me revelada na plenitude o que quer dizer ser Português.

Ser Português não é nascer em Portugal, é algo muito maior, muito mais amplo e profundo, que está entranhado na nossa alma, e que muitos portugueses de hoje simplesmente não ligam, não se importam e até repudiam.

O nosso mal vem d dentro, estamos a ser comidos a partir dos portugueses de Portugal, porque se dependesse daqueles que são descendentes dos nosso antepassados estariamos ainda no topo do mundo.

Foi com lágrimas nos olhos que o poeta e douto professor Sena Santos a falar do seu País. Do Seu País Portugal, pois ele é Português. Foi também com lágrimas nos olhos que recordei a imagem de Rocha Vieira a recolher a ultima bandeira do império, o fim de um ciclo que deveria iniciar outro mas que simplesmente apagou a ideia de Portugal dos Portugueses. Uma bandeira que muito representa, mas mais uma vez os nossos governantes cuspiram, conspurcando-a. Estava prevista uma cerimónia em Portugal para entregar essa Bandeira ao nosso presidente e uma condecoração ao Rocha Vieira. Cerimónia nunca realizada e a bandeira que simboliza perfeitamente o que é ser Português, está hoje guardada na casa do ajudante de campo de Rocha Vieira.

É assim mais uma vez que os governantes desta República destroem o nosso património cultural. é mais uma machadada no nosso país.

E Depois estes artistas ainda vêm falar da Falta de Auto estima.

Foram eles com toda a destreza que criminalizaram o facto de um gajo ser patriota, oram eles que destruiram o conhecimengto da nossa história e cultura, reduzindo a História de Portugal nos currículos escolares a uma mera nota de rodapé. Foram eles que mataram o orgulho de ser Português. Não contra os outros povos, mas pelo facto de querermos ser melhores que os outros.

Foi com lágrimas que vi a mágoa presente no coração daqueles que amam o seu país e vêm a república a maltratar os nossos irmãos. a revolta com que falam do abandono de Portugal a Macau, a Goa, a Timor. Sentem-se abandonados.

Foi aplaudindo que vi o arquitecto Pedro Marreiros interpelado pela Fátima Campos Ferreira sobre estas razões de abandono em momento algum ele afirmou que a culpa era de Portugal, mas sim que a culpa era da REPÚBLICA.

E Assim se vai depaperando um país, largado aos caídos. com uma alma maior do que merece.

terça-feira, dezembro 13, 2005

O termo "pátria" está de regresso.

José Manuel Fernandes
(Editorial do "Público" - 10 de Dezembro de 2005)

Quantos portugueses sabem cantar o hino nacional? Quantos conhecem o significado dos símbolos da bandeira nacional? Quantos repararam que muitas das bandeiras que puseram às janelas durante o Euro 2004 estavam mal feitas, por terem sido confeccionadas na China?
Não devem ser muito entusiasmantes as respostas a estas perguntas. Depois da exploração reaccionária do patriotismo pelo anterior regime, em especial durante a guerra colonial, muitos portugueses, sobretudo os mais novos, passaram a desvalorizar os símbolos nacionais.
A senti-los como algo antiquado, até com algum cheiro a mofo.

A esquerda, que recordava a frase de Salazar "a pátria não se discute", eliminou mesmo o termo do seu léxico, enquanto alguma direita, atormentada pela má consciência, evitava referências que temia serem interpretadas como serôdias. A recuperação da palavra "pátria", e da ideia de patriotismo, nesta campanha eleitoral para a Presidência da República tem suscitado algumas controvérsias curiosas, sobretudo por se situarem em áreas políticas onde o tema tem sido tabu. Mas tem uma virtude: permite-nos olhar para a idéia de "pátria" de forma mais descomplexada. E, porventura, mais útil.

Numa época em que Portugal transferiu parte substancial da soberania - designadamente a sua política monetária - para a União Europeia, numa altura em que se discute o aprofundamento da integração e se procura ultrapassar o impasse constitucional, elogiar a noção tradicional de "pátria" pode parecer contraproducente. Contudo, há uma outra perspectiva, e visitando países como a Irlanda, a Polónia, ou os países nórdicos - tudo histórias de relativo sucesso no quadro da União - compreende-se que neles se vive um patriotismo que, sem ser contraditório com a integração europeia, funciona de forma muito positiva.
Lá não é necessário um campeonato de futebol para vermos bandeiras nas janelas ou nos pátios,existindo em contrapartida estudos que mostram que o sentimento patriótico é um factor positivo no desenvolvimento.
Um deles, que já aqui citei, é o do prestigiado sociólogo Manuel Castells e procura explicar as razões do sucesso do modelo finlandês. Nesses países, que tal como Portugal abdicaram por escolha própria de uma parte da sua soberania a favor da UE, o patriotismo é factor aglutinador que lhes permite unirem-se em torno de objectivos comuns. O patriotismo funciona tornando-os mais fortes no interior da União, não contra a União, e, de uma forma geral, também não tem conduzido a manifestações de intolerância xenófobas infelizmente comuns noutros países.

Olhando para a sua História, encontramos, relativamente a Portugal, uma enorme diferença: todos eles, de uma forma geral, sofreram para serem independentes. A Irlanda, a Finlândia ou a Polónia só no século XX se tornaram independentes. E a plena independência, uma independência não tutelada, só a conseguiram na segunda metade do século passado. Esses países e esses povos conheceram dias muito difíceis e sofridos e, para eles, o patriotismo tem um sentido positivo que têm sabido utilizar a seu favor (entre outros factores).
O que nos leva ao utro tema, a que voltaremos: a importância que tem, para uma nação, a sua capacidade de sofrer e ultrapassar o sofrimento.

TGV

A Ideia de Fazer um TGV entre Lisboa e Porto é Completamente absurda e estúpida.

Mas Provavelmente uma ideia como os nossos políticos.

Porquê?

Não traz nada de novo e se o Alfa Pendular tivesse uma linha em condições faria o percurso quase no mesmo tempo. Além disso custa mais do Dobro da Ligação a Madrid.

Pode parecer irreal mas é assim.

Um País pequeno como o nosso cheio de TGV's. É lindo. Completamente inútil mas lindo.

Só duas Linhas fazem sentido. Uma a prevista entre Lisboa e Madrid, que é perfeitamente normal, a outra Porto - Vigo - Madrid. esta Talvez dispensável mas também lógica. Agora a Lisboa Porto vai-se tornar num passeio para ricos, é completamente inútil.

O Que faria Mais sentido, e para mim que não sou técnico era:

Porto - Vigo - Madrid

Lisboa - Madrid

Faro - Sevilha

Depois com a solução mais económica, o alfa pendular, com condições, criavam-se vias estruturantes.

Por exemplo uma ligação Bragança - Porto - Coimbra - Lisboa - Ourique - Faro

e mais talvez uma Bragança - Guarda - Évora - Beja - Faro

segunda-feira, novembro 28, 2005

Os Ascendentes Nobres de Manuel Alegre

O Candidato Manuel Alegre de Melo Duarte, republicano dos sete costados, tem na sua ascedência familiar mais próxima três titulares portugueses.
Até parece que para se ser republicano tem que se ter qualquer familiar nobre.
Senão, vejamos a hipocrisia da coisa:
Pais
Francisco José de Faria e Melo Ferreira Duarte e Margarida Alegre
Avós Paternos
Mário Ferreira Duarte e Maria Teresa de Faria e Melo, 1ª baronesa da Recosta
Bisavós Paternos
Carlos de Faria e Melo, 1º barão de Cadoro e Maria Teresa de Melo Soares de Freitas
Trisavós Paternos
Francisco da Silva Melo Soares de Freitas, 1º visconde do Barreiro e Ana Joaquina Pereira de Melo

Até dá uma vontade republicana de rir!!
E por qui me fico!!!

Comendador condenado por fuga ao fisco.

Como Comendador da Ordem de S. Silvestre, atribuída por S. Santidade O Papa João Paulo I, sinto-me cada vez mais ofendido por a República Portuguesa atribuir as suas condecorações a eito.
Não por o fazer desmedidamente nem sem tino, mas porque há cada vez mais condecorados com o título de Comendador, quase num ritmo frenético, a cada 10 de Junho.
Não interessa dizer "Ah, mas a minha comenda é mais a sério que a deles, e tal...", trata-se sim, de dizer que os republicanos sempre criticaram os títulos que a Monarquia moribunda ia atribuindo, às dezenas. E agora é isto!
Shame on you...
Ao Sr. Comendador condenado por fuga ao fisco: sugiro que a República lhe atribua o título de Cavaleiro da Ordem da Liberdade (o título máximo desta Ordem nacional).
Porque o sr. ainda permanece em liberdade...

segunda-feira, novembro 21, 2005

Portugal "à venda"

Mais uma pérola dos nossos politícos e gestores. Retirado do DN

ICEP põe Portugal "à venda"
Espanha poderia estar na calha do negócio histórico?

† A crise é profunda e está para durar, dizem. O ICEP, que tem por missão promover Portugal no estrangeiro, quer ajudar e criou um programa para pôr o País a exportar mais. Mas uma das medidas é algo estranha. O ICEP vai criar um portal chamado "Buy Portugal" - "comprar" ou "compre Portugal". Não fossem as boas relações com a Espanha, e os espanhóis poderiam já estar a esfregar as mãos de contentes com a hipótese de fechar um negócio histórico.

terça-feira, novembro 08, 2005

5 de Outubro - Por Quem os Sinos Dobram

5 de Outubro - Por Quem os Sinos Dobram
João Mattos e Silva*

O Sr. Dr. Jorge Sampaio, que é o cidadão supremo magistrado da República, no estertor do seu segundo mandato, aproveitou a «gloriosa» data do 5 de Outubro para proferir um discurso de muitas páginas – nada menos do que no Palácio da Ajuda, que foi a residência principal e emblemática dos últimos Reis de Portugal que a República exilou – sobre o significado da data e sobre a crise profunda que o regime atravessa.
Como sempre, o primeiro dos republicanos, disse algumas daquelas enormidades a que nos habituou sempre que fala da instituição a que preside, a par da descrição angustiada do estado a que, 95 anos depois, chegou o regime imposto em 1910. Sempre adjectivando com «republicano» tudo e mais alguma coisa. E sempre sem esquecer de referir a «ética republicana», que finalmente vislumbrei o que poderia ser, nos 70 candidatos autárquicos arguidos, com a Sr. Dr.ª D. Fátima Felgueiras à cabeça.

Entre algumas preciosidades que o Sr. Dr. Jorge Sampaio disse sobre o regime festejado, não posso deixar de destacar pelo seu alcance conceptual:

«A República foi, é, tem de ser, o único regime em que a sociedade civil se institucionaliza para defender o bem comum, por oposição aos regimes de dominação pessoal e aos regimes oligárquicos, nos quais o poder se organiza para impor os interesses de um déspota ou de uma minoria». O Sr. Dr. Jorge Sampaio chumbaria, por certo, num cursozito de ciência política com esta frase altissonante. O que diriam os ilustres mestres dessa ciência nas monarquias europeias, que são democracias a maior parte delas mais antigas que a democracia portuguesa, sobre a categoria em que se inserem? Regimes despóticos, regimes de oligarquia? O que dirá o socialista Presidente do Governo espanhol do regime monárquico: ditadura do Rei, oligarquia de que minoria?

«Os valores republicanos, em que assentam a democracia portuguesa e o conjunto das democracias representativas, permanecem actuais». Novo chumbito no exame. E a habitual má-fé republicana. Porque as democracias representativas não são de matriz republicana ou monárquica, embora possam coexistir com esses regimes distintos. E sobretudo porque importa não confundir deliberadamente com a mistura de república e democracia, como sinónimos, porque o não são. O Sr. Dr. Jorge Sampaio também é dos que acham que não há ditaduras em república e tenta branquear essa nódoa passando sobre o Estado Novo como se tivesse sido um regime monárquico, mesmo se os marechais Carmona e Craveiro Lopes e o almirante Tomás eram presidentes da República e até se intitulavam «Supremo Magistrado da Nação»?

«Sei que os Portugueses comungam, no essencial, dos mesmos valores e da mesma concepção sobre a República e a democracia portuguesa». Embora neste período já faça a distinção entre o regime republicano e a democracia, o Sr. Dr. Jorge Sampaio engana-se. Para além dos monárquicos, que na sua grande maioria comungam no essencial sobre a democracia, há muitos republicanos, muitos até jovens, saudosistas da república salazarista ou defensores de outras repúblicas oligárquicas (na concepção do Sr. Jorge Sampaio), de que Deus nos salve e acuda.

«Não há uma democracia forte sem um estado forte – e em verdade só há um estado forte em democracia», diz o sr. Dr. Jorge Sampaio. E aqui tem meio ponto. Porque se a primeira asserção é verdadeira a segunda não podia ser mais falsa. Se os mortos pudessem fazer-se ouvir, quão sonora seria a gargalhada do Sr. Doutor Oliveira Salazar…

Mas o discurso final do Sr. Supremo Magistrado do regime, vai para além destes conceitos e traça, a negro, o estado a que o dito regime chegou, apesar de toda «ética republicana», e da sua «solidariedade republicana» aos governos para o salvar, mesmo se a isso não é obrigado, como diz e me deixa perplexo. Quadro negro do regime que vai do descalabro das finanças públicas à falta de políticas económicas credíveis interna e externamente, da desorganização administrativa ao estado da Justiça e das Forças Armadas (que não são «uma instituição exemplar do Estado republicano», não uma guarda pretoriana do regime, mas as Forças Armadas ao serviço de Portugal), dos partidos («hoje separados da opinião pública por uma muralha», que o regime criou como são e que, feitos de outro modo, são essenciais à democracia) até à corrupção.

Nestes festejos, com direito a duas cerimónias principais e solenes e outras menores e restritas a lojas e capelinhas, o que não foi dito pelo Sr. Dr. Jorge Sampaio e outros oradores republicanos ilustres é que a República, com vetustos 95 anos, está velha, gasta, irrecuperável e merecia descansar em qualquer Prado do Repouso. E que não vale a pena tentar regenerá-la porque é irregenerável. O povo português parece passivo, mas de vez em quando desperta: foi assim com a Primeira, foi assim com a Segunda e será assim com a Terceira, mesmo sem o tinir das espadas porque, como muito bem disse o Sr. Dr. Mário Soares, candidato a mais do mesmo, estamos na União Europeia e os golpes de estado já não são possíveis. Antes assim.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Palavras de Zapatero para os repúblicanos cegos em Portugal

Zapatero, que procede de un partido de tradición republicana, destacó el papel actual y de futuro de la Monarquía constitucional. "La Monarquía parlamentaria y constitucional viene desarrollando desde la transición una inestimable función de integración política, social y territorial al servicio de todos los españoles". Tras señalar que ésta "es una excelente ocasión para reconocer en nombre de todos los españoles esta tarea" mostró su "convicción" de que "seguirá realizando en el futuro tan digna y valiosa función".

el País

Os portugueses são todos bandidos?

Parece que sim, pelo menos para o governo, tanto que agora querem pôr os desempregados em prisão domiciliária.

És preso, para receber o subsídio de desemprego.

É uma das primeiras vezes ue estou em total acordo com o Sr. Louçã

Chocante

retirado do Blog "Grande Loja do Queijo Limiano"

O Cofre
Segunda-feira, Outubro 31, 2005
A presidência do Conselho de Ministros, hoje, distribuiu à comunicação social uma nota a dizer que...

O Primeiro-Ministro não beneficia dos Serviços Sociais da Presidência do Conselho de Ministros. Na verdade, o acesso aos benefícios dos referidos Serviços Sociais depende de inscrição, sendo que o Primeiro-Ministro não está, nem nunca esteve, inscrito naqueles Serviços, pelo que não é deles beneficiário.

Pois está bem. Não quer beneficiar, é lá com o nosso primeiro. Será rico, talvez. Mas podia aproveitar... e é aí que reside a questão. E quanto vale o orçamento para os SSPCM? É assim tão pobrezinho, como dizem?!

Por falar em rico, observem bem estas contas que sairam destas reflexões em verbo jurídico

Permitam-me os cidadãos livres e independentes pensadores, que lhes chame a atenção para o valor orçamentado para os Serviços de Apoio, Estudos e Coordenação da Presidência do Conselho de Ministros: €2.694.539.529,00. Confesso que, quando vi este número, pensei que fosse um erro ou uma enorme brincadeira de mau gosto. No entanto, não deixa de ser significativo de que a soma de todas as parcelas prevista nos Encargos Gerais do Estado acabem por dar este valor por certo.

Agora, e sem analisar os restantes itens, perguntamos:

* 1. Mas [o que] fazem estes serviços de apoio ao Conselho de Ministros para terem orçamentado para um ano, quase o valor da construção do aeroporto da OTA?
* 2. Qual a riqueza que este organismo do Estado cria anualmente para justificar a atribuição de tal faraónica verba?
* 3. Como é possível que um gabinete de apoio ao Conselho de Ministros possa ter um orçamento equivalente à soma do orçamento previsto para a JUSTIÇA e DEFESA NACIONAL?
* 3. Então, nós pagamos impostos para sustentar […] tecnocratas que fazem estudos e dão apoio ao Conselho de Ministros ou pagamos impostos para ter Saúde, Justiça, Segurança, etc.?
* 4. Será que não haveria uma empresa privada que realizasse os mesmos serviços por um décimo do valor? E que serviços serão estes?
* 5. Que país (rico) é este em que o valor orçamentado para a Ciência, Tecnologia e Ensino Superior é, no seu conjunto (€1.531.793.381,00), escandalosamente inferior ao previsto para os Serviços de Apoio, Estudos e Coordenaçào da Presidência do Conselho de Ministros? Isto já para nem comparar com a verba prevista para a CULTURA, uns “míseros” €189.705.371,00) …


Deixo um desafio, a todos aqueles que nos honram ao ler estas linhas, para analisarem esse mapa com atenção… comparem umas despesas com outras, pois certamente chegarão a brilhantes “pérolas”. Quanto a nós, para além destas nossas “descobertas” existe algo que nos preocupa profundamente e que não vem no OE de 2006. Referimo-nos, pois claro, ao Silêncio.

Em primeiro lugar, silêncio da Oposição, que deveria pedir contas ao Governo dos motivos para que estas verbas estão atribuídas e que só se preocupa em arranjar argumentos que, na nossa opinião e perante estes números, são areia para os olhos dos portugueses. Nenhum partido político, nenhuma bancada parlamente, nenhum deputado, teve o bom-senso de olhar para estes números e perguntar porque os Serviços de Apoio do Conselho de Ministros tem direito a dois MIL milhões e seiscentos milhões de euros para gastar num ano. Daqui se retira que... Ou não viram, Ou não quiseram ver, Ou viram e acharam normal.

quarta-feira, outubro 19, 2005

O que os Espanhós querem

España propone a Portugal el liderazgo conjunto de la Cumbre de Salamanca
MIGUEL MORA - Lisboa

"Portugal debe liderar la Cumbre Iberoamericana junto con España y con ello contribuir a la consolidación de un espacio unido por dos lenguas, una identidad, una cultura y una historia para tener voz propia en el mundo".

terça-feira, outubro 18, 2005

Um crime !!!

Um Crime
(por Miguel Sousa Tavares)

Uma história de 2 aeroportos:

Áreas:
- Aeroporto de Málaga: 320 hectares.
- Aeroporto de Lisboa: 520 hectares.

Pistas:
- Aeroporto de Málaga: 1 pista.
- Aeroporto de Lisboa: 2 pistas.

Tráfego (2004):
- Aeroporto de Málaga: 12 milhões de passageiros, taxa de crescimento, 7 a 8% ao ano.
- Aeroporto de Lisboa: 10,7 milhões de passageiros, taxa de > >crescimento 4,5% ao ano.

Soluções para o aumento de capacidade:
- Málaga: 1 novo terminal, investimento de 191 milhões de euros, capacidade 20 milhões de passageiros/ano. O aeroporto continua a 8 Km da cidade e continua a ter uma só pista.
- Lisboa: 1 novo aeroporto 3.000 a 5.000 milhões de euros, solução faraónica a 40Km da cidade. É o que dá sermos ricos com o dinheiro dos outros e pobres com o próprio espírito.
Ou então alguém tem de tirar os dividendos dos terrenos comprados nos últimos anos.
Ninguém investiga isto?
E sabem quem é o dono dos terrenos da Ota.....
Pois é... o Dr. Mário Soares, sabem agora porque é que ele se vai recandidatar ?!! Porque o negócio com o Cavaco na presidência poderia ser inviabilizado. É preciso fazer alguma coisa!

segunda-feira, outubro 17, 2005

Carta Aberta

Caro Pedro Mexia,
li com atenção a crítica que fez no Diário de Notícias ao livro O Quadrado, de Manuel Alegre.
Acompanho as suas intervenções desde há algum tempo. Sei que é um dos pensadores da actual direita portuguesa, respeito bastante a maioria das suas brilhantes intervenções, mas desta vez «não lhe tiro o chapéu».
Não entendo como pode dizer que Manuel Alegre «tem uma costela quase nacionalista, o que lhe vale muitos admiradores na direita tradicional».
Não partilho de todo da sua opinião. Na verdade nunca me entusiasmei com a verve do Poeta, e para mais, à eloquência raramente a confundi com a alarvidade patrioteira.
De resto, se o nosso Poeta é nacionalista, não o questiono, apetece-me é rir...
A Nação que ele defenderá na cadeira da Presidência da República terá Olivença? Terá Cabinda? Não me parece. Até arrisco, e ganho de certeza, que os macaquinhos que Manuel Alegre tem na cabeça ainda se banqueteiam com preconceitos colonialistas.
Se o critério para apresentar Manuel Alegre é: «...ligação forte ao passado, um passado mitificado e contraposto à presente decadência (a noção mais direitista do mundo), (...) também supõe convicções voluntaristas e sebastiâncias», continuo sem entender que ligação é essa ao passado a que se refere.
Passado, será antes da Revolução? E estamos a falar de quanto tempo antes?
É que segundo me recordo, Manuel Alegre nunca foi um brilhante defensor do passado português, porque doutra forma o republicanismo que tanto apregoa sair-lhe-ia vomitado ou bolsado, pela noção de que esse regime que defende e que ama, assentou num assassínio (Regicídio) as suas bases de "política demorática". .

Erro no el País

Vejam na coluna há direita, onde diz dados Básicos.


> Fiesta nacional: 25 de Abril. Día de la Libertad

São os da Prisa são os da Prisa

domingo, outubro 16, 2005

A Ibéria Unida

O tema da unificação Ibérica está de novo em destaque.
As tentativas unificadoras que a última Cimeira Iberoamericana veio ressuscitar estão para durar lá para os lados de Madrid.
Já nem o Ministro dos Neg. Estrangeiros Moratinos esconde no seu editorial sobre a Cimeira, que é a Espanha quem iluminará os outros 21 países (onde suponho que Portugal se intregraria, ou então seriam já só 20 ?!).
Fraca diplomacia nossa... Ou então teremos que agradecer?
Talvez seja o destino...
(Deixo um cartoon do El País de hoje que ilucida sobre a Ibéria Una.)

segunda-feira, outubro 10, 2005

A derrota da TVI

Não falo de uma derrota em termos de audiência, que a teve em relação à RTP, mas sim de algo muito específico.

As sondagens da SIC e da RTP foram coerentes uma com a outra e reflectiram razoavelmente o que se veio a passar.

Não cheguei a perceber porque razão a TVI errou profundamente nas previsões. Na última sondagem que apresentou antes do escrutínio a TVI dava Carmona e Carrilho empatados, dava Soares e Seara empatados e Assis à frente de Rio. O que se viu foram vitórias esmagadoras.

Será que o negócio Prisa teve Qualquer coisa a ver com isto? Será que houve pressões governamentais?

Penso que foram estranhíssimos os dados lançados pela TVI, e não deveriamos deixar isto passar ao lado e investigar o que se passou.

Será que a TVI tentou levar ao colo o PS.

Segundo muitos estudos sociais e mediáticos, está provado que as maiorias possuem dinâmicas de vitória.

O que diz passa pelo facto de muitas vezes os indecisos seguirem maioritáriamente a tendência da maioria.

Será que foi isso que a TVI tentou fazer.

Não tenho respostas, apenas perguntas, e nem estou a fazer acusações mas que é estranho é.

sexta-feira, outubro 07, 2005

A Ética Republicana

Faço aqui um pouco de Copiar/colar de um excelente post da Joana (Blog Semiramis).

"Sampaio declarou que A ética republicana exige competência, devoção ao serviço público, transparência, disponibilidade para abandonar o cargo exercido a outros melhores, nos termos da lei. A ética republicana exige que o funcionário sirva a República e proíbe-o de se servir da República para promover os seus fins pessoais ou os de um determinado grupo. Todavia se ele retirasse a palavra “republicana” aquela sentença estava correcta. E se substituísse República por Estado, era uma afirmação universal. A ética da acção política exige aquilo que o PR afirmou. Estou plenamente de acordo."

"A resposta é simples. Entre os ícones que povoam o relicário mental de Sampaio (bem como do clã Soares e de outros herdeiros do jacobinismo político) resplandecem os egrégios vultos da 1ª República. Mas eu, contrariamente aos próceres socialistas, quando olho para aquelas figuras, apenas detecto ética no grupo Seara Nova e em mais meia dúzia de individualidades como Carlos da Maia, Cândido dos Reis … talvez um José Relvas, um Machado Santos ou um Teixeira Gomes. Havia alguns líderes republicanos probos e desinteressados, mas muitos eram de ética mais que duvidosa, cada vez mais duvidosa à medida que se subia no protagonismo político, e o mais evidente de todos, António Maria da Silva, era um perfeito gangster político.

É ética republicana reduzir, após o triunfo da república, o corpo eleitoral a metade do existente nos fins da monarquia, com receio das opiniões dos cavadores de enxada e dos analfabetos? É ética republicana dissolver os partidos existentes, após o triunfo da revolução (excepto o republicano)? É ética republicana pôr “cientistas” republicanos a medirem os crânios de padres jesuítas, para confirmar, “cientificamente” que eram degenerados e publicar fotografias dessas investigações nas revistas da época? É ética republicana Afonso Costa, quando ministro da Justiça, em 1911, ter provido nos melhores lugares o seu irmão, os seus dois cunhados, o seu sócio do cartório, o seu procurador, um amigo íntimo desde os tempos da juventude, etc.? É ética republicana organizar a carnificina da Noite Sangrenta e assassinar o 1º Ministro e destacadas figuras ligadas à implantação da república? É ética republicana criar um regime tutelado pelos arruaceiros, bombistas e rufias dos cafés e tabernas de Lisboa como elementos catalizadores do debate político? É ética republicana ter criado a Guarda Nacional Republicana, bem municiada de artilharia e armamento pesado, concentrada na zona de Lisboa e cujos efectivos passaram de 4575 homens em 1919 para 14 341 em 1921 (*), chefiados por oficiais «de confiança», com vencimentos superiores aos do exército, afim de ser a Guarda Pretoriana do regime? É ética republicana ser a própria república a criar uma Guarda Pretoriana, que na Roma antiga apenas foi criada após a queda da república? É ética republicana a corrupção e o caciquismo eleitorais do Partido Democrático?

Ou seja, ética republicana carece de significado, porque exigiria a definição prévia que tipo de república se tem em mente. Se se tiver em mente o modelo da 1ª República, não há apenas a ausência de significado, é uma contradição nos termos."

quarta-feira, outubro 05, 2005

Não há paciência!!

Por amor de Deus, digam ao cretino (só me ocorre esta palavra) do Presidente da Caixa Geral de Depósitos que o banco é português e não espanhol.
Não se admite que, na apresentação de novos investimentos que há poucos dias fez, falasse em portunhol, em plena Capital do País.
Para mais, deu privilégios aos jornalistas espanhóis que cobriram o acontecimento, em detrimento dos portugueses, nacionais do País a que pertence o maior banco português, que tiveram que esperar um dia para divulgar a notícia.
Vão-se tramar. Cambada de chupistas.

Para quem acha que o País está em crise.

Para os mais pessimistas, cá vai o sítio de um jornal que não é português, e que, por acaso até diz bem cá do burgo.
Uma análise sóbria e brilhante sobre os vinhos portugueses e do mercado internacional.
Quem melhor que os de fora para dizer e reforçar que os vinhos portugueses são de qualidade e competitivos?
Falta saber se as políticas de internacionalização do vinho nacional de qualidade têm sido suficientes. Acho que tem havido uma melhoria através do ICEP. Invistamos mais para colher muito mais.

Dia 5 de Outubro

Comemora-se hoje o dia em que as Cortes Portuguesas elegeram El-Rei D. Miguel como legítimo Rei de Portugal.
Este dia é importante e passa sem destaque, negativamente, na minha opinião.
Para aqueles que discordam da personagem histórica e dos seus méritos, convém referir que a sua eleição foi legítima e o seu (curto) reinado também.
Se foi um Rei absolutista, contrário às ideias liberais que preconizavam o desenvolvimento capitalista e maçon em oposição a um País real crente em Deus e que preservava as suas tradições, é verdade.
E a verdade será sempre só uma!
D. Miguel sempre foi injustiçado, como acontece com os que perdem. Vale a pena lembrar que são os vencedores quem escreve a história.

5 de Outubro

A República está fraca. Os ideais repúblicanos de Igualdade, fraternidade, liberdade floresceram e hoje o que vemos são as monarquias a serem os embaixadores destes ideais.

Muitos esquecem que A ascenção Repúblicana se deve ao facto de Portugal ser um pais livre na altura, em que repúblicanos mentiram, atacaram sem razão o poder Real.

Hoje vemos a falência das Repúblicas, sendo as monarquias os países mais desenvolvidos, socialmente mais justos, mais livres e mais democráticos.

Os Portugueses confundem monarquia com poder absoluto.

Hoje vivemos no corporativismo, o sistema politico vive em entropia, trabalhando para o estatismo, e afastando a sociedade civil do poder.

Só uma Monarquia pode combater a falsidade que se tornou a República. Apenas um Rei é representativo do Povo, porque está fora do sistema, porque, porque está fora do jogo de interesses.

Como o digo, a República trouxe a destruição de 700 anos de história. 100 anos de República destruiram Portugal e reduziram-nos a um país de terceiro mundo.

A Democracia é instável por natureza. E ainda bem, mas na verdade a figura Real é a estabilidade na instabilidade e o único que promove a evolução.

Para quem discorda do que digo, dou casos prácticos. Comparemos Portugal e Espanha e veremos cabalmente a diferença entre Repúblicas e Monarquias.

sábado, outubro 01, 2005

A Verdade das Repúblicas

A grande maioria confunde Democracia com República. Essa Grande Maioria também se apoia no facto de "qualquer um pode ser presidente".

Agora umas palavrinhas que demonstram como é a verdadeira república, o espiríto e de como enganadas andam as pessoas. Palavras de Vicente Jorge Silva, conhecido socialista.


"Sabe-se que não há democracia sem partidos, embora possam existir partidos sem democracia. Além disso, a regra nas democracias ocidentais de matriz republicana é a de que os presidentes emanam dos partidos, seja em regimes presidencialistas, semipresidencialistas ou parlamentaristas. Assim, a possibilidade de eleger um presidente contra os aparelhos partidários constitui, em geral, uma hipótese teórica e muito remota que desencoraja veleidades e rebeldias individuais."


sexta-feira, setembro 30, 2005

Expectativas autárquicas

Quero ganhar Lisboa (Maria José Nogueira Pinto eleita com os 6% que merece), sem a maioria absoluta de Carmona, para que o CDS/PP empreste a matriz democrata-cristã à Capital do País.
Quero que o CDS ganhe mais Câmaras e aumente o número de mandatos.
Quero reganhar Ponte de Lima, Mirandela, manter o Corvo e Amarante.
Quero que em Beja ganhe Ramôa, em Ourique que ganhe o melhor...
Que Seara ganhe em Sintra (com maioria), que Capucho ganhe em Cascais (muia categoria e bom perfil).
Quero que Rui Rio e a coligação ganhem o Porto, humilhando o dr. Assis.
Quero que Faro continue com Vitorino,
Que em Braga a coligação ganhe, porque tem projecto.
Em Aveiro, manter Estarreja e ter um bom resultado na capital (que já foi do CDS).

E logo falo de Amarante, Felgueiras, Gondomar e Vila Viçosa (N. da Câmara Pereira também inventado pela media).

Ranking de Competitividade

Portugal sobe para o 22º no ranking mundial de competitividade. Comparemos o que está bem e Mal.

Bom:
- baixos “custos do terrorismo” (1º lugar),
- “liberdade de imprensa” (4º),
- “acesso aos telemóveis” (9º),
- baixa influência do “crime organizado” (7%)
- “independência dos tribunais” (15%),

Mau:

- “expectativa de uma recessão” (103º),
- “qualidade de ensino da matemática e ciências” (81º !!),
- “excesso de burocracia” (77º),
- “centralização excessiva das decisões económicas (70º) ”,
- com a falta de “estabilidade macroeconómica” (64º),
- baixa “formação profissional” (59º)
- “escassez de cientistas e engenheiros” (49º)

Agora decidam quais são os aspectos mais importantes.

Dados Retirados do Blog Semiramis

quarta-feira, setembro 28, 2005

Man United Vs Benfica

Não sou muito de escrever sobre futebol neste espaço, mas a exibição de ontem dos encarnadados merece esta referência.

O Benfica jogou bem, manietou muitas vezes o Jogo dos ingleses, dominando o meio campo e criando algumas situações de golo.

Neste aspecto os meus parabéns aos jogadores eao esquema táctico delineado por Koeman.

Mas fica a sensação que o Benfica podia ter ido um pouco mais longe.

Koeman globalmente esteve bem, tem todo o mérito na exibição, mas também tem muitas responsabilidades no desfecho do encontro.

os erros:

- Beto a titular foi uma opção compreensível, reforçar o meio campo e o lado direito da defesa foi o que se procurou. O que não é compreensível é a utilização durante 80 minutos de um jogador que foi sempre um a menos no campo. Beto foi uma completa nulidade e não se compreende como ao intervalo e a perder por uma bola não fez entrar João pereira ou Geovanni, o que permitiria uma maior amplitude do jogo atacante. João Pereira com mais consistência defensiva, ou Geovanni com mais acutilância ofensiva. Eu teria optado pelo brasileiro.

- A retirada de Miccoli quando Beto pedia a substituição desde o início do jogo. A retirada de Miccoli permitiu que a defesa do Man United ficasse com menos um jogador por marcar, subindo assim toda a equipa e recuando o Benfica permitiu o assédio total que permitiu o golo da vitória a Nistelroy.
A sair um dos avançados teria que entrar um médio ofensivo ou um anvançado. dado que Nuno Assis ficou fora dos convocados só poderia ter entrado Mantorras.

Sem estes erros o Benfica facilmente teria empatado o jogo ou talvez ganho.

Houve medo por parte do treinador. Sendo que não se pode cruxificar Koeman, à que no entanto assumir os erros.

Boa Sorte aos outros "Europeus" desejo melhor sorte.

terça-feira, setembro 27, 2005

Afinal ainda há virgens

António Ribeiro Ferreira in DN

"A democracia é uma caricatura, o regime está falido, moral e economicamente, a justiça não funciona e a corrupção atingiu uma tal dimensão que o Banco Mundial não tem dúvidas em afirmar que o sítio estaria ao nível da Finlândia se alguém tivesse coragem de a combater. As carpideiras do regime fingem indignar-se com as Fátimas do sítio. E fazem-se de virgens inocentes quando se fala de corrupção."

quinta-feira, setembro 22, 2005

Declaração de princípios.

Estou farto de pessoas que se chocam com o que se está a passar no País.
Todos nós sabemos, pelo menos aqueles que querem saber alguma coisa, que a última gota ainda está por cair no copo cheio em que Portugal perigosamente se tornou. Já faltam poucas.

E não me venham com tretas sobre os políticos. É puro queixume pequeno-burgês, sempre lacrimejando contra os mandões lá de Lisboa ou da Câmara local. Esquecem-se que esses políticos são pessoas, e se são pessoas são iguais a nós todos - os portugueses - com as coisas boas e más que todos temos.
Não podemos é exigir categoria ou ética à medíocre classe política que temos, porque a maioria dos portugueses também não tem uma nem outra, nem sabem onde as adquirir. E não se veja nisto um lamento, ou um queixume, ou até a superioridade de mais um pseudo-intelectual. É só a pura verdade.

Quem um dia a seguir a nós vier e vir o País nos dias de hoje, tal como nós o vemos, encobrirá a cara de vergonha e perguntará que puta de País é este que começa de manhã a cuspir no túmulo de D. Afonso Henriques e acaba à tarde a chorar Cunhal. Paz à sua alma. Teria?

Fátima.

O quarto segredo de Fátima foi revelado ontem pelo Porta Voz da Candidatura "Sempre Presente", na Cova de Felgueiras.
Perante os fiéis que ali se deslocaram em peregrinação, foi revelado que a Senhora (de) Fátima tinha aparecido aos pastorinhos mais próximos em comunicações à distância, pedindo-lhes que, como última tarefa terrena antes de serem chamados para o lado do Senhor, iniciassem a sua campanha eleitoral.
Este segredo, que permanecia guardado pelo último vidente das Aparições, o Irmão Jorge Coelho, trouxe uma nova dimensão espiritual à causa da eleição dos videntes.
Como vários especialistas vinham adiantando, o Irmão Jorge saberia da sua aparição na Cova de Felgueiras por ter recebido um anjo que traria essa mensagem. Essa divindade foi na altura identificada por duas letras (PS), que significariam as iniciais de Sempre Presente, trocadas.

Fátima a Lutadora

Quando penso que Portugal está no fundo, logo sou desacreditado e o fundo ainda é mais baixo do que pensava.

Pergunto que justiça é esta, que deixa em liberdade quem durante dois anos fez gato sapato dos tribunais e chega qual heroína.

Como se há-de reconhecer qualquer tipo de autoridade ao sistema judicial, que desta forma se descredibiliza completamente, provocando ainda mais a sensação de que a politíca é um jogo impune, em que a elite corrupta suga o sangues e o tutano do trabalho dos outros.

Claro que Fátima Felgueiras tem influência no sistema judicial, de certeza que tinha garantias do desfecho que se concretizou senão não punha cá os pés. Há algum inquérito para descobrir como ela soube que iria se detida, de forma a zarpar para o Brasil?

Em relação aos outros processos ainda não foi julgada nem condenada, mas pelo menos de um crime é culpada, de fuga à justiça. Não deveria ter logo ficado presa?

Como hão de as pessoas respeitar o estado de direito. Qual estado de direito pergunto eu, o estado do medo, pois aqueles que menos têem são os únicos a arcar com consequências. A justiça em Portugal é cega, de um olho apenas.

Qual estado de Direito pergunto eu, quando as leis são elaboradas de forma ambígua, contraditória e promotoras da desresponsabilização?

Portugal conseguiu percorrer o caminho inverso ao dos outros países e pela primeira vez na sua história tranformou-se num país de terceiro mundo.

Tão chocante como isso é ver as centenas de pessoas que apoiam Fátima Felgueiras politicamente. Não têm outro nome senão asnos, com aquelas palas para os olhos.

Quanto ao facto de se poder candidatar à autarquia já não é tão claro. Seja ela, Isaltino ou Loureiro, eles beneficiam de uma coisa chamada presunção de inocencia, daí até ao julgamento não deverão estar talhados dos seus direitos.

Deveriam no entanto ter a ombridade ética de não se candidatarem a cargos públicos.

Mas neste país à beira mar plantado, tudo é normal.

terça-feira, setembro 20, 2005

Direita e Cultura

por Paulo Pinto Mascarenhas*

A propósito do anúncio de putativos apoiantes de Cavaco Silva e Mário Soares na corrida presidencial, o constitucionalista Vital Moreira escreveu no seu blogue (www.causa-nossa.blogspot.com) que o candidato do Partido Socialista "goza de uma inigualável capacidade de atracção no campo da cultura, das artes, da literatura". Capacidade, essa, acrescenta o professor de Coimbra, "que em muito supera o previsível maior apelo de Cavaco Silva entre empresários e gestores." Tais apoios seriam sintomáticos do "diferente perfil, humano e político, dos dois candidatos diz-me quem te apoia, dir-te-ei quem és".
Descontando o facto de Vital Moreira ser também ele próprio um reconhecido apoiante de Mário Soares, a verdade é que as palavras citadas resumem em grande medida o modo como os políticos de direita - ou os que podem ser considerados como tal - são analisados na sua relação com a cultura.
O espírito humanista e letrado do principal candidato de esquerda estaria em confronto directo com o perfil economicista e meramente contabilístico do candidato de direita - ou, repito, como tal entendido, já que o próprio prof. Cavaco Silva terá dúvidas fundamentadas sobre esta definição política. A imagem desfocada, apesar de poder parecer caricatural, é em larga medida o quadro impressionista que muitos comentadores continuam a pintar da direita em Portugal.

A cultura é considerada por alguns como um condomínio fechado da esquerda mais de 30 anos depois do 25 de Abril. Compreende-se que esta fotografia a preto e branco pudesse ser tirada pouco depois da Revolução. Nem que fosse em razão do passado de luta contra a ditadura deposta, porque as actividades culturais serviram durante largos anos como uma plataforma da oposição democrática - e das esquerdas - ao regime salazarista. Mesmo tendo em conta as mudanças significativas registadas sobretudo nas duas últimas décadas, persiste a dificuldade objectiva de acumular o estatuto de intelectual ou agente da cultura com a opção política de direita. Dito de outra forma, são inúmeros os intelectuais que assumem publicamente o apoio a ideias, partidos ou candidatos de esquerda - ou mesmo da extrema-esquerda. Contam-se porém quase pelos dedos de uma mão os que se afirmam de direita.

Correndo o risco de algum simplismo, ser de esquerda ainda não passou de moda. Apesar de tudo o que a queda do Muro de Berlim e a informação entretanto felizmente tornada histórica permitem saber. Apesar do que foram os regimes comunistas de Leste e das verdadeiras atrocidades que se praticaram em nome de valores ditos de esquerda, nomeadamente da igualdade entre os homens. Apesar de Cuba, Coreia do Norte, Tiananmen, muitos preferem dirigir o furor intelectual contra uma das maiores e mais livres democracias do mundo, os Estados Unidos. Provavelmente por serem presididos por um político que não é de esquerda.

As críticas são obviamente legítimas e a opinião é livre. Falta saber e é importante discutir se, em grande parte, não cabe à direita a responsabilidade pela larga difusão de tantos lugares-comuns. Se não é a própria direita que se tem esquecido de pensar a cultura, de agir culturamente, de sair da máscara de ferro em que a tentam encerrar.

Os promotores das "Noites à direita. Projecto liberal" defendem que essa culpa não pode continuar a morrer solteira. Por isso mesmo, depois de termos debatido em Julho com Vicente Jorge Silva a relação entre "A direita e a liberdade", marcámos para quinta-feira às 20.30 uma conversa aberta e pluralista sobre "A direita e a cultura", a ter lugar no Jardim de Inverno do Teatro Municipal de S. Luiz, em Lisboa.

Outros debates irão surgindo. António Mega Ferreira é, desta vez, o ilustre representante da esquerda, enquanto Pedro Mexia e Rui Ramos intervêm pela direita - ou, se assim o entenderem, pelas direitas, porque o que não faltará certamente serão opiniões diferentes.
O leitor, que teve a amabilidade e a paciência de ler estas linhas até aqui, pode e deve também dizer de sua justiça, porque é o nosso convidado principal.

* Promotor das "Noites à direita. Projecto liberal"

sábado, setembro 17, 2005

Tribunais e quartéis: close

OPINIÃO Publicado 12 Setembro 2005
Sérgio Figueiredo


Os senhores militares dominam o assunto, conhecem muito bem o tema dos «direitos adquiridos». Fizeram, aliás, uma revolução em Abril de 1974 por causa disso. Foram os militares que nos libertaram do regime antigo e acabaram com todos os direitos adquiridos que a sociedade de então mantinha.

É mais do que legítimo, portanto, devolver-lhes a questão. E lançar o desafio: quem está disposto a liderar uma outra revolução para acabar com os direitos adquiridos deles? E com os dos senhores juizes, magistrados e funcionários judiciais?

Não é Marques Mendes. Não é aquele senhor que substituiu Portas e não recordo o nome. E desengane-se quem espera resposta da esquerda. Os presidenciáveis Louçã e Jerónimo, sempre «anti» tratando-se de fardas, estão indignados, por não deixarem as Forças Armadas desfilar em paz.

E, muito provavelmente, não será também José Sócrates. Que foi tão valente a enfiar as duas mãos em todas as colmeias habitadas por estas «comunidades», como incapaz de aproveitar a oportunidade para mobilizar a nação para algo que ela há muito perdeu: um rumo. Um simples rumo.

Assim, parece a Costa do Marfim. Podia também ser o Ruanda, quando a instituição militar desafia a autoridade de um Governo e convoca todas as armas, do activo e reservistas, para as ruas.

Também afigura-se a uma qualquer República da América Central, onde os próprios órgãos de soberania se mobilizam para greves. Agora os tribunais, os juízes. Depois quem se segue? O Presidente da República pode fazer greve?

O que irrita não é ver esta gente aos berros. Não é ver o Governo isolado. Nem é confirmar a falta de senso e responsabilidade dos Mendes e associados. Nem sequer assistir com estupefacção a esta decadência institucional, a absoluta falta de respeitinho pelas autoridades democráticas.

As pessoas perderam o sentido da nação, mas isso não irrita. Preocupa, angustia, desilude. Mas não irrita. O que irrita são os motivos desta crise. Tudo o que está na origem deste ambiente, em que cheira a fim de regime [meu sublinhado]. A Armada em passeata. Tribunais fechados. Sem lhes assistir a razão. Militares e agentes da justiça.

Por mais que desfilem de braço-dado com Louçã, por mais comícios que Jerónimo dedique em defesa dos seus «direitos adquiridos», os senhores militares não têm causa alguma. E mentem descaradamente, quando dizem estar a defender a dignidade da instituição militar.

Treta! Estão a defender a vidinha que os contribuintes lhes garantem - uma vidinha, diga-se, que os contribuintes gostariam mas o país obviamente não permite.

Há 31 anos lideraram um golpe para conquistar a liberdade. Agora ameaçam o regime para não pagar a conta da farmácia ou ir para casa, com salário completo, ainda antes dos 50.

Também a anunciada greve geral na Justiça não é justa. Viu-se coisa igual em 1988. Ano em que Cavaco os sossegou, criando um impraticável regime especial. O mesmo que Sócrates está agora, quase vinte anos depois, a eliminar.

E porque a maioria dos portugueses, os tais contribuintes, não percebe e não apoia o Governo? Porque em vez de lhe ter explicado que era justo, apresentaram-lhe isto no pacote das medidas contra o défice! O povo quer um rumo e deram-lhe um disco riscado.

sexta-feira, setembro 16, 2005

Sócrates o grande "comunicador"

Arautos de uma suposta moralidade superior, a esquerda arroga-se de ser o defensor do povo e dos trabalhadores.

Assim, noutro caso de grande comunicabilidade, hoje Sócrates na Figueira da Foz, coadjuvado pela sua ministra da educação, foi mais uma vez arauto da superioridade de esquerda, ignorando completamente aqueles que fazem parte dos seus empregados, professores que manifestavam o seu descontentamento.

Não julgo pela positiva nem pela negativa as reivindicações destes empregados do estado, mas renego completamente a falta de cultura democrática já patente há muito neste governo PS.

Sócrates à entrada passa cândidamente pelos seus empregados, completamente autista perante a entrega de de uma carta de reivindicações destes professores. Eles não existem para Sócrates. Surdo e mudo Sócrates passa ao lado daqueles que o elegeram. Para rematar, o governo afirma que não é altura para os professores se manifestarem.
Que falta de respeito para com as pessoas e os seus direitos. Estamos perante um déspota.

Para aqueles que não se recordam, relembro um caso muito idêntico, faz agora exactamente um ano.

José Manuel Canavarro, secretário de estado da educação do governo PSD, visita Viseu para inaugurar uma escola. Igual recepção fazem exactamente os mesmos professores, o Sindicato de Professores da Região Centro.
A diferença: Canavarro, envolto num contexto bastante mais sério nas falhas de colocação de professores, ao invés de tentar escapar da turba, dirige-se serenamente para os seus empregados. sob assobios e insultos troca impressões com o líder dos sindicalistas, recebe uma carta com as suas reivindicações. Em suma, ele exerceu democracia, escutou o mal estar das pessoas.

Podem afirmar que são diferenças de estilo, mas são elas que marcam a diferença entre formas de encarar a democracia.

quinta-feira, setembro 15, 2005

A escolha de Guilherme

Caro Braveman,
a verdade é que o Guilherme, na boa tradição dos Oliveira Martins, sempre gostou de se destacar. E daí não vem mal ao mundo. As suas capacidades intelectuais sempre foram superiores, bem como a sua capacidade de trabalho e o seu mau-gosto a vestir, sempre a roçar o clássico ultrapassado. É também verdade que as Contas do Tribunal não irão ficar em más mãos, por ser a especialidade dele. Põe-se então a questão: "E assim, qual é o problema da escolha/nomeação?". (Repare agora na como o Ideal Monárquico pode ser defendido numa questão aparentemente sem nada que ver com o Regime).
E vou dizê-lo em voz alta: O Senhor Presidente da República que tem o poder de aceitar ou não a nomeação, optou por aceitá-la, ao invés de na melhor tradição republicana ouvir os partidos da oposição com representação parlamentar, mostrando não ser hoje em dia mais do que uma correia de distribuição do Governo, fazendo-lhe as vontadinhas todas.
Estamos perante mais uma prova da falta isenção do Supremo Magistrado da Nação, eleito por não sei quem.
E depois queixem-se...

Conveniências

Caro amigo Braveman,

Fui ontem ao alfaiate do Rosa e Teixeira acertar os últimos detalhes do fato que vou levar no dia 10 de Junho, quando for feito Comendador da Ordem de Mérito Industrial, pelo Senhor Presidente da República.
Sabe que sempre fui contra prebendas, títulos de nobreza e demais honrarias, e que sempre achei que não se compaginavam com a tradição republicana.
Sabe também que sempre apontei como um dos factores para a queda da Monarquia a banalização dos títulos de nobreza, que originou a famosa frase "foge cão que te fazem barão, para onde se me fazem visconde".

Mas, é também do seu conhecimento que o Senhor Presidente tem por costume homenagear, todos os anos, dezenas de portugueses que se tenham mais ou menos distinguido, nas mais variadas áreas, pelo que coube-me agora a mim tamanha honraria.
Não podia recusá-la.
Na verdade, sempre tive um bocadinho de inveja dos escolhidos - inveja boa, claro - e sempre me fez confusão porque ainda não tinha chegado a minha vez.
Agora sim, sou Comendador, e posso assim ser chamado pela criadagem e pela ralé.
Parece que já estou a ouvir: "Senhor Comendador Castro". Soa bem, não é verdade?

Irei engrossar a lista dos condecorados com prazer de fazer inveja a muito boa-gente.

Se também tem alguma réstia de ciúme, proponho-lhe uma frase anti-regime em que pode ir matutando:
"Foge animal que te fazem grande-oficial, pouco estupor não é ainda comendador".

Um abraço com estima pessoal.

terça-feira, setembro 13, 2005

Novo Presidente Tribunal de contas

Se fosse só uma argolada que Sócrates cometesse.

Mas já vão sendo demasiadas.

Guilherme de Oliveira Martins no Tribunal de contas.

Não vão sendo casos a mais de jobs e boys?

Fernando Gomes é outro grande exemplo. Armando Vara? etc.

E então este que foi juntamente com Pina Moura um exemplo de competência!

Valha-nos sabe-se lá quem.

Agora só falta o soares estar na presidência para eu pensar que vivo em portugal 1980.

quarta-feira, setembro 07, 2005

Indíce de Desenvolvimento Humano 2005

Volto a falar deste índice para demonstrar uma análise que ninguém se lembra de fazer.

Portugal caíu mais um lugar, desta vez para 27º, último dos 15, e atrás da eslovénia.

Mas agora vou Falar de Países Monárquicos versus Repúblicanos.

Ranking do Desenvolvimento Humano 2005
1 - Noruega (M)
2 - Islândia (R)
3 - Austrália (M)
4 - Luxemburgo (M)
5 - Canadá (M)
6 - Suécia (M)
7 - Suíça (R)
8 - Irlanda (R)
9 - Bélgica(M)
10 - Estados Unidos (R)
11 - Japão (M)
12 - Holanda (M)
13 - Finlândia (M)
14 - Dinamarca (M)
15 - Reino Unido (M)

Ou seja nos 15 mais desenvolvidos do mundo existem nada mais nada menos do que 11 Monarquias e 4 Repúblicas. nos 5 primeiros existem 4 monarquias.

Vocês decidam

terça-feira, setembro 06, 2005

Memórias do Cácere

Querida Luizinha,
Que o teu pai se encontre melhor das síncopes que o afligem.
Sabes quem encontrei ontem, durante o passeio do meio-dia? O Rui Mateus. Recordas-te?
Grande contributo que ele deu para desmascarar o pérfido Soares!
Diz-me ele que o livro que escreveu esgotou, ou que o esgotaram por incómodo. Mais uma manobra dos sequazes soaristas.
Já o tens, não é verdade? Senão, vai já a correr à Almedina, aí na Baixa, e compra-o. É caso para pôr urgência nisso, não fossem as "Memórias de um PS desconhecido".
É o livro que vai trazendo luz sobre a actualidade política.
Um beijinho.

quarta-feira, agosto 31, 2005

República

Todo este processo tem revelado exactamente que vivemos numa falsa República que serve apenas os interesses de aparelhos partidários e não das pessoas.

É uma luta desenfreada pelo Poder, que desestabiliza por completo o país distraindo todos os portugueses dos combates que realmente deveria travar e dos temas que realmente deveria discutir.

Como monárquico vejo toda esta questão como o arrastar deste país pela Lama, triste por não ver movimentos cívicos que sejam alternativos durante o estertor de morte desta república.

Aos Portugueses deixo: Por alguma razão os SEIS países mais Desenvolvodos do mundo são Monarquias. Contrapõem o bom princípio da rotatividade democrática governamental com o poder emanado do povo, supra partidário e estável.

sexta-feira, agosto 19, 2005

Ao primeiro dia depois de férias Sócrates chorou.

São Sócrates chegou dos seus sagrados dias de férias, passadas que foram no continente africano, nas imediações do Corno de África.
A generalidade dos nativos não se aperceberam da presença de tão vetusta e eminente presença, tendo o seu low-profile comovido as amáveis gentes da estância em que pernoitou.
O país que amavelmente o elegeu, ou de forma mais vernácula "nele votou", agradeceu aos céus a oportunidade dada à Sua Santa pessoa, por Jesus sempre ter prometido o Céu aos em que Nele acreditam, bem como a correspondente compensação de umas santas férias.

O Povo, por crer e ver no nosso Santo o peso da responsabilidade de carregar todo um País nos ombros, pediu a Deus que fosse sacrificado nas suas riquezas e podridões. Deus fez cair o seu divino castigo nas suas florestas e casas, como a calamidade que prometera a Sodoma e a Gomorra.
Nas suas parábolas, São Sócrates não se refere ao castigo Divino de Gomorra, mas gritou inocência acerca do de Sodoma, apregoando que aquele que nunca pecou que atire o primeiro infante (leia-se "a primeira pedra").

O Povo foi clamando ossanas, e prostrou-se perante tamanha misericórdia e santidade.

Que Deus o abençoe.

segunda-feira, agosto 15, 2005

Portugal a arder.

Consulado de Portugal em Bratislava


Caro amigo,

as coisas pioraram nos últimos dias. Tal como se esperava as férias do nosso Presidente do Conselho foram agradáveis, mas não evitaram os fogos que vilipendiaram o nosso território.
A sorte não o protegeu.

Deus nos proteja.

Comendador Castro

"A indústria dos incêndios"

"A evidência salta aos olhos: o país está a arder porque alguém quer que ele arda. Ou melhor, porque muita gente quer que ele arda. Há uma verdadeira indústria dos incêndios em Portugal. Há muita gente a beneficiar, directa ou indirectamente, da terra queimada.

José Gomes Ferreira
Sub-director de Informação da SIC

Oficialmente, continua a correr a versão de que não há motivações económicas para a maioria dos incêndios. Oficialmente continua a ser dito que as ocorrências se devem a negligência ou ao simples prazer de ver o fogo. A maioria dos incendiários seriam pessoas mentalmente diminuídas.

Mas a tragédia não acontece por acaso. Vejamos:

1 - Porque é que o combate aéreo aos incêndios em Portugal é TOTALMENTE concessionado a empresas privadas, ao contrário do que acontece noutros países europeus da orla mediterrânica?

Porque é que os testemunhos populares sobre o início de incêndios em várias frentes imediatamente após a passagem de aeronaves continuam sem investigação após tantos anos de ocorrências?

Porque é que o Estado tem 700 milhões de euros para comprar dois submarinos e não tem metade dessa verba para comprar uma dúzia de aviões Cannadair?

Porque é que há pilotos da Força Aérea formados para combater incêndios e que passam o Verão desocupados nos quartéis? (A jogar à Sueca, insinuaria eu)

Porque é que as Forças Armadas encomendaram novos helicópteros sem estarem adaptados ao combate a incêndios? Pode o país dar-se a esse luxo?

2 - A maior parte da madeira usada pelas celuloses para produzir pasta de papel pode ser utilizada após a passagem do fogo sem grandes perdas de qualidade. No entanto, os madeireiros pagam um terço do valor aos produtores florestais. Quem ganha com o negócio? Há poucas semanas foi detido mais um madeireiro intermediário na Zona Centro, por suspeita de fogo posto. Estranhamente, as autoridades continuam a dizer que não há motivações económicas nos incêndios...

3 - Se as autoridades não conhecem casos, muitos jornalistas deste país, sobretudo os que se especializaram na área do ambiente, podem indicar terrenos onde se registaram incêndios há poucos anos e que já estão urbanizados ou em vias de o ser, contra o que diz a lei.

4 - À redacção da SIC e de outros órgãos de informação chegaram cartas e telefonemas anónimos do seguinte teor: "enquanto houver reservas de caça associativa e turística em Portugal, o país vai continuar a arder". Uma clara vingança de quem não quer pagar para caçar nestes espaços e pretende o regresso ao regime livre.

5 - Infelizmente, no Norte e Centro do país ainda continua a haver incêndios provocados para que nas primeiras chuvas os rebentos da vegetação sejam mais tenros e atractivos para os rebanhos. Os comandantes de bombeiros destas zonas conhecem bem esta realidade.

Há cerca de um ano e meio, o então ministro da Agricultura quis fazer um acordo com as direcções das três televisões generalistas em Portugal, no sentido de ser evitada a transmissão de muitas imagens de incêndios durante o Verão. O argumento era que, quanto mais fogo viam no ecrã, mais os incendiários se sentiam motivados a praticar o crime...

Participei nessa reunião. Claro que o acordo não foi aceite, mas pessoalmente senti-me indignado. Como era possível que houvesse tantos cidadãos deste país a perder o rendimento da floresta - e até as habitações - e o poder político estivesse preocupado apenas com um aspecto perfeitamente marginal?

Estranhamente, voltamos a ser confrontados com sugestões de responsáveis da administração pública no sentido de se evitar a exibição de imagens de todos os incêndios que assolam o país.

Há uma indústria dos incêndios em Portugal, cujos agentes não obedecem a uma organização comum mas têm o mesmo objectivo - destruir floresta porque beneficiam com este tipo de crime.

Estranhamente, o Estado não faz o que poderia e deveria fazer:

1 - Assumir directamente o combate aéreo aos incêndios o mais rapidamente possível. Comprar os meios, suspendendo, se necessário, outros contratos de aquisição de equipamento militar.

2 - Distribuir as forças militares pela floresta, durante todo o Verão, em acções de vigilância permanente. (Pelo contrário, o que tem acontecido são acções pontuais de vigilância e combate às chamas).

3 - Alterar a moldura penal dos crimes de fogo posto, agravando substancialmente as penas, e investigar e punir efectivamente os infractores

4 - Proibir rigorosamente todas as construções em zona ardida durante os anos previstos na lei.

5 - Incentivar a limpeza de matas, promovendo o valor dos resíduos, mato e lenha, criando centrais térmicas adaptadas ao uso deste tipo de combustível.

6 - E, é claro, continuar a apoiar as corporações de bombeiros por todos os meios.

Com uma noção clara das causas da tragédia e com medidas simples mas eficazes, será possível acreditar que dentro de 20 anos a paisagem portuguesa ainda não será igual à do Norte de África. Se tudo continuar como está, as semelhanças físicas com Marrocos serão inevitáveis a breve prazo.

José Gomes Ferreira"

segunda-feira, julho 25, 2005

Riam até cair

RL We are refounding the whole of the trade union movement, building it anew. What we are raising is co-management both in the state owned and in the private sector. In the private sector, let's be clear, when a company owner tries to close it down we say: "any factory that is closed should be taken over" and we discuss the possibility of reopening it with the help of the state in order to guarantee jobs and also production so that the country goes forward. We are also raising the issue of co-management in the private sector. If a private company receives a loan from the state, we raise the need for co-management, so that we can guarantee jobs and better production. And in the state owned sector we are clearly saying that all state owned basic industries should be under co-management. Co-management from the point of view of the workers is something very simple: we want power and participation in the management of the companies, in order to create new jobs, guarantee that the wealth reaches the people and that corruption is rooted out.

in venezuelanalysis.com

Portugal - Espanha

Deixo uma "pérola" que espelha a nossa visão das relações com "nuestros hermanos".


"Viajavam no mesmo compartimento de um comboio, um português, um espanhol, uma loira espectacular e uma gorda enorme. Depois de uns minutos de viagem, o comboio passa por um túnel e ouve-se uma chapada.
Ao saírem do túnel, o espanhol tinha um vermelhão na cara.
A loira espectacular pensou: ... este filho da mãe do espanhol queria-me apalpar, enganou-se, apalpou a gorda e ela deu-lhe uma chapada.
A gorda enorme pensou: ... o filho da mãe do espanhol apalpou a loira e ela mandou-lhe uma chapada.
O espanhol pensou: ... este sacana do português apalpou a loira, ela enganou-se e mandou-me uma chapada.
E o português pensou: ... oxalá venha outro túnel para poder mandar mais uma chapada ao cabrão do espanhol..."

sábado, julho 23, 2005

Lessons of Spain and Portugal

TUESDAY, JULY 19, 2005



MADRID As the European Union strives to integrate new members from Eastern and Central Europe, it faces some of the same concerns raised 20 years ago with the admission of two less developed states from the West: Spain and Portugal.

Letting in two poor countries that had recently shed repressive governments would stifle the Union's economic growth, drain jobs from more developed members and send a wave of immigrants across the Pyrenees, critics said.

Those fears turned out to be exaggerated, in part because they underestimated the transforming effects of EU money. Richer members, principally Germany, provided strong financial support each year to help Spain and Portugal develop and catch up with the rest of the bloc.

Now, as the EU debates diverting much of that aid to the poorer members admitted last year, the experiences of Spain and Portugal offer useful lessons on how to spend the money - and how not to. There is widespread agreement among scholars in both countries that Spain has generally invested the funds more productively than Portugal.

"You can look at it from a number of angles, and you can see that the funds have stimulated the Spanish economy in effective ways," said Paul Isbell, an economics analyst at the Elcano Royal Institute of International and Strategic Studies, a nonpartisan research organization in Madrid. "If you look at Portugal, you don't see the same beneficial effects."

In Spain, the benefits of the funds are evident in the modern infrastructure, improvements in worker productivity, increases in per capita income and an expanding economy.

The funds have also helped Spain soften the effects of some unpalatable structural changes, like liberalizing the labor market and privatizing state-owned industries.

Portugal, by contrast, has mainly used the funds to expand its economy - but without modernizing it to address most protracted problems, including a growing budget deficit, a bloated public sector, rampant tax evasion and inadequate educational system, scholars say.

Instead, political pressure from an influential web of small-town politicians seems to have diverted the money to strengthening infrastructure in rural areas rather than making investments in cities that could have created freer flows of goods and people.

As the former Communist countries vie for subsidies like those that Spain, Portugal and other earlier EU entrants enjoyed, there is little evidence that they are contending with similar pressures from local leaders. But Portugal holds a cautionary tale for countries like Poland, where there are signs that disputes over how to spend the money have cropped up in regional governments, delaying the spending of some structural funds.

"Portuguese economists agree that the country has used the resources as a way to postpone the hard decisions," said Sebastián Royo, a professor of government at Suffolk University in Boston who has written extensively on the integration of Portugal and Spain into the EU.

Now, Portugal's budget deficit is estimated at 6 percent to 7 percent of gross domestic product, government wages account for about 15 percent of GDP, and the country's level of educational attainment is among the lowest in Europe. Since joining the euro zone, which comprises 12 members, Portugal has been reprimanded twice by the European Commission for excessive deficits, while Spain has been a model member.

Portugal's prime minister, José Sócrates, who was elected in February, appears to be committed to enacting the reforms that economists say should have been pursued years ago. But with the Portuguese economy in a slump, the job will be much harder for Sócrates than it would have been for his predecessors.

What is more, the way Portugal has used EU funds appears to have worsened some of its problems. It accelerated government hiring during boom times instead of freezing it, for example.

"As the economy grew very fast, especially in the late 1990s, the public sector became a form of patronage," Royo said.

Today, about one of every seven workers in Portugal is a government employee who, under the Constitution, cannot be fired.

Portugal has made great strides since joining the EU in 1986. Before the EU expansion last year, to 25 from 15, Portugal's per capita income had risen to 75 percent of the EU average, from 55 percent.

Over the same period, Spain's per capita income has increased to almost 90 percent of the EU average, from about 70 percent. The Spanish economy, meanwhile, is speeding into its 12th consecutive year of growth, while Portugal is mired in debt and struggling to pull out of a recession.

Although management of EU funds is only one factor in these differing results, many experts seem to agree that it is a significant one.

While other countries offer clear examples of proper and improper management of EU funds, the similar geographies and histories of Portugal and Spain make it easier to isolate the effects of their recent actions.

Both countries joined the EU in 1986, a decade or so after emerging from dictatorships. Although the two had taken important steps toward modernizing their economies before joining, their economies were still rigid and highly reliant on agriculture at the time.

Both countries also invested the majority of their EU development funds in the same area: infrastructure. The Portuguese have directed about 90 percent of their funds to building and modernizing highways, airports, railroads and seaports, while the Spaniards have spent about 70 percent on such projects. Yet the results have been vastly different.

"The infrastructure in Spain is nearly first-class," said Isbell, the economist at the Elcano Institute.

Spain's roads and railroads are not only modern but also well laid out, helping to knit the country together so that poorer regions, like Andalusia, in the south, can connect with more developed ones, like the Madrid area.

That development has enticed more companies to set up operations in the poorer regions, where the cost of doing business is often lower, and has made it easier for companies already established there to reduce costs, attract investors and expand beyond local markets.

In Portugal, there is no comparable highway network linking its poorer regions with wealthier ones, increasing the chances that economic growth will continue to be uneven. Portugal has also failed to connect its highway systems to those in Spain, leaving it isolated from the main currents of European commerce.

"In Europe, lots of goods are moved around by truck," Royo said. "If you look at a map of Spain, the roads all go north. Portugal has not had the infrastructure linking it with Europe."

Portuguese infrastructure is not only poorly planned but in surprisingly poor condition, given the amount of money spent on it, scholars say.

"In Spain, you can see the new highways, the airports, the nice roads," said Royo, the professor. "In Portugal, the infrastructure is not in good shape at all. You look around, and you say, 'Where is all this money going?"'

One possibility is that much of the money is finding its way into the pockets of government or industry officials, Royo contends. "Corruption has to be a part of it," he said. "If you are spending all that money and the infrastructure is still poor, how else can you explain it?"

Portuguese officials deny any corruption, but they concede that the funds could have been better spent.

"Portugal's administration of the funds perhaps has not been the most effective, but it has not been a corrupt one," said Crisóstomo Teixeira, a senior policy adviser at the Ministry of Public Works, Transportation and Communications. "Portugal has made investments in small roads to improve mobility of people in small towns. If you do that, you don't have much money left for big, modern highway systems. The mayors of small towns here have pressed hard for roads in their areas. That is politics, not corruption."

As the 10 states admitted to the EU last year from Central and Eastern Europe start down the path toward further integration, they are not expected to receive nearly as much aid as Portugal and Spain have. From 2004 to 2006, the new members have together been allotted a little more than 20 billion, or $24 billion, about the same as Portugal alone was apportioned for 2000 to 2006. Spain's share for this period was more than 55 billion.

In the next budget, for 2007 to 2013, funds for the new members are expected to increase, while Spain and Portugal's shares will dwindle. But as Spain and Portugal have made clear, the degree to which new members successfully develop their economies and integrate them into Europe depends more on the individual states than on Brussels.

"It's not so much how much money you get," Royo said.

"It's how you spend it."
por João César das Neves

Portugal fez tudo errado, mas correu tudo bem. Esta é a conclusão de um relatório internacional recente sobre o desenvolvimento português. Havia até agora no mundo países desenvolvidos, subdesenvolvidos e em vias de desenvolvimento. Mas acabou de ser criada uma nova categoria: os países que não deveriam ser desenvolvidos. Trata-se de regiões que fizeram tudo o que podiam para estragar o seu processo de desenvolvimento e... falharam.

Hoje são países industrializados e modernos, mas por engano. Segundo a fundação europeia que criou esta nova classificação, no estudo a que o DN teve acesso, este grupo de países especiais é muito pequeno. Alias, tem mesmo um só elemento: Portugal.

A Fundação Richard Zwentzerg (FRZ), iniciou há uns meses um grande trabalho sobre a estratégia económica de longo prazo. Tomando a evolução global da segunda metade do século XX, os cientistas da FRZ procuraram isolar as razões que motivavam os grandes falhanços no progresso. O estudo, naturalmente, pensava centrar-se nos países em decadência. Mas, para grande surpresa dos investigadores, os mais altos índices de aselhice económica foram detectados em Portugal, um dos países que tinham também uma das mais elevadas dinâmicas de progresso.

Desconcertados, acabam de publicar, à margem da cimeira de Lisboa, os seus resultados num pequeno relatório bem eloquente, intitulado: "O País Que Não Devia Ser Desenvolvido - O Sucesso Inesperado dos Incríveis Erros Económicos Portugueses".

Num primeiro capítulo, o relatório documenta o notável comportamento da economia portuguesa no último meio século. De 1950 a 2000, o nosso produto aumentou quase nove vezes, com uma taxa de crescimento anual sustentada de 4,5 por cento durante os longos 50 anos. Esse crescimento aproximou-nos decisivamente do nível dos países ricos. Em 1950, o produto de Portugal tinha uma posição a cerca de 35 por cento do valor médio das regiões desenvolvidas. Hoje ultrapassa o dobro desse nível, estando acima dos 70 por cento, apesar do forte crescimento que essas economias também registaram no período. Na generalidade dos outros indicadores de bem-estar, a evolução portuguesa foi também notável.

Temos mais médicos por habitante que muitos países ricos. A mortalidade infantil caiu de quase 90 por mil, em 1960, para menos de sete por mil agora. A taxa de analfabetismo reduziu-se de 40 por cento em 1950 para dez por cento.

Actualmente a esperança de vida ao nascer dos portugueses aumentou 18 anos no mesmo período. O relatório refere que esta evolução é uma das mais impressionantes, sustentadas e sólidas do século XX. Ela só foi ultrapassada por um punhado de países que, para mais, estão agora alguns deles em graves dificuldades no Extremo Oriente. Portugal, pelo contrário, é membro activo e empenhado da União Europeia, com grande estabilidade democrática e solidez institucional. Segundo a FRZ, o nosso país tem um dos processos de desenvolvimento mais bem sucedidos no mundo actual. Mas, quando se olha paraa estratégia económica portuguesa, tudo parece ser ao contrário do que deveria ser. Segundo a Fundação, Portugal, com as políticas e orientações que seguiu nas últimas décadas, deveria agora estar na miséria. O nosso país não pode ser desenvolvido. Quais são os factores que, segundo os especialistas, criam um desenvolvimento equilibrado e saudável? Um dos mais importantes é, sem dúvida, a educação.

Ora Portugal tem, segundo o relatório, um sistema educativo horrível e que tem piorado com o tempo. O nível de formação dos portugueses é ridículo quando comparado com qualquer outro país sério. As crianças portuguesas revelam níveis de conhecimentos semelhante às de países miseráveis. Há falta gritante de quadros qualificados. É evidente que, com educação como esta, Portugal não pode ter tido o desenvolvimento que teve. Um outro elemento muito referido nas análises é a liberdade económica e a estabilidade institucional. Portugal tem, tradicionalmente, um dos sectores públicos mais paternalista, interventor e instável do mundo, segundo a FRZ. Desde o "condicionamento industrial" salazarista às negociações com grupos económicos actuais, as empresas portuguesas vivem num clima de intensa discricionariedade, manipulação, burocracia e clientelismo. O sistema fiscal português é injusto, paralisante e está em crescimento explosivo. A regulamentação económica é arbitrária, omnipresente e bloqueante.

É óbvio que, com autoridades económicas deste calibre, diz o relatório, o crescimento português tinha de estar irremediavelmente condenado desde o
início. O estudo da Fundação continua o rol de aselhices, deficiências e incapacidades da nossa economia. Da falta de sentido de mercado dos empresários e gestores à reduzida integração externa das empresas; da paralisia do sistema judicial à inoperância financeira; do sistema arcaico de distribuição à ausência de investigação em tecnologias. Em todos estes casos, e em muitos outros, a conclusão óbvia é sempre a mesma: Portugal não pode ser um país em forte desenvolvimento.

Os cientistas da Fundação não escondem a sua perplexidade. Citando as próprias palavras do texto: "Como conseguiu Portugal, no meio de tanta asneira, tolice e desperdício, um tal nível de desenvolvimento? A resposta, simples, é que ninguém sabe.

Há anos que os intelectuais portugueses têm dito que o País está a ir por mau caminho. E estão carregados de razão. Só que, todos os anos, o País cresce mais um bocadinho. "A única explicação adiantada pelo texto, mas que não é satisfatória, é a incrível capacidade de improvisação, engenho e "desenrascanço" do povo português. "No meio de condições que, para qualquer outra sociedade, criariam o desastre, os portugueses conseguem desembrulhar-se de forma incrível e inexplicável." O texto termina dizendo: "O que este povo não faria se tivesse uma estratégia certa?".

http://jacarandas.blogspot.com/

Portugueses Tratados como Crianças

Quando afirma que a “nossa democracia é imatura e que os portugueses são tratados como crianças”, dá a entender que as monarquias funcionam melhor; não será porque os reis raramente se metem na política, são figuras decorativas?

- Disse isso porque aos portugueses é negada a possibilidade de escolherem se preferem um Rei em vez de um Presidente da República como Chefe de estado, pelo artigo 288-B da nossa Constituição.



As Reais Associações propuseram que em vez do texto " é inalterável a forma republicana de governo ", a Constituição passasse a dizer: " é inalterável a forma democrática de Governo ". Pois que muitas repúblicas não são democráticas e todas as monarquias europeias, e mesmo as asiáticas o são exemplarmente!



Faltaram só 22 votos para que esse artigo 288-B fosse pura e simplesmente apagado da Constituição na última revisão. Esta proposta teve o apoio da maioria dos deputados.



Refiro-me também à ignorância em que os portugueses são mantidos em relação a outros assuntos muito importantes para o seu futuro político, como a Constituição Europeia da qual quase só se fala favoravelmente e se "chama nomes feios " a quem é contra...


D.Duarte in Única


sexta-feira, julho 15, 2005

70% de Chumbos a matemática

Atirando assim uma percentagem ao ar, no mínimo 50% dos problemas do nosso país vêm da educação.

A Dizer:
Crise Económica

Crise Científica (mas esta é um pouco estranha porque temos muitos cientistas de alto calibre, médicos, físicos, arquitectos, etc)

crise social

politica.


Penso que existem 3 factores primordiais para o nosso sucesso:

1 - Matemática - Cultura mais cientifica onde se deixem os facilitismos (hoje existem alunos que chegam ao 9º ano sem saber NADA)

2 - História e História de Portugal - a história de Portugal está tão maltratada nos curriculos escolares, que é normal que os Portugueses percam as referência do seu povo e da sua cultura. Assim como a história Mundial, é crasso conhecer a humanidade para se poder adoptar uma cultura crítica e dinâmica. A Cultura do Laxismo, a crise de valores vem da falta de referências.

3 - Português - a 6ª lingua mais falada do mundo, a 5ªmais disseminada e a 3ª salvoerro na internet está constamente a ser desvalorizada pelos nossos currículos (e até políticos). Base de uma riqueza cultural ímpar, que nos liga à própria globalização. Mais referências que se perdem, numa língua que foi a língua franca do Mundo.

Estes são para mim os três pilares fundamentais para o nosso sucesso. Inspiram confiança, conhecimento e sabedoria.

Obviamente nem todos podem ter a mesma capacidade para as mesmas matéria, mas existe um mínimo a conhecer sobre elas todas.

A cultura que se pretende é de inovação, dinâmica, crítica e de valores.

É evidente que estas vertentes não estão a ser salvaguardadas.

quinta-feira, julho 07, 2005

«Jovem, vem aprender técnicas de desobediência civil»

AHAHAHAHAHAHAHA

OS VALENTES DE SOFÁ

"O pretensiosismo e o snobismo de classe de alguma auto-intitulada esquerda (?), revela-se nestas histórias das cimeiras do G-8. Quando são patrulhas de vigilantes populares que querem perseguir traficantes, ou claques de futebol que partem estações de serviço, essa esquerda indigna-se e clama pelo estado de direito e pela autoridade; Quando são grupelhos de meninos-ricos que apedrejam a polícia nas manifestações " anti-globalização", chora-lhes as mazelas. Boaventura S. Santos resolve o problema muito mais elegantemente: assegura que estes hooligans são infiltrados provocadores, como o fez aos microfones da TSF, na altura da cimeira de Génova. Mas a inteligência não se aluga e o Prof. Boaventura não pode estar em todo a lado ( vai muito aos EUA, entre outras ocupações), tem muitas aulas para dar."

In Mar Salgado

quarta-feira, julho 06, 2005

Jon Stewart

Um Blog que Iniciou a Campanha do apresentador da Grande Paródia que é o Daily News Para Presidente em 2008.

Visite e deixe o seu apoio

Tretas - Opinião de José Pacheco Pereira

"TRETAS

Os movimentos anti-globalização foram mais uma vez manifestar-se no sítio onde se vai realizar o G8, “contra a pobreza” gerada pelo capitalismo. Este é um dos maiores enganos que se pode alimentar: grande parte da pobreza africana não existe à míngua de ajuda humanitária, mas devido à enorme corrupção dos regimes africanos, à engenharia social, cópia mimética do marxismo europeu, que levou à destruição do pouco que os regimes coloniais tinham deixado, às guerras civis tribais e, se se quiser, nos tempos mais recentes, ao proteccionismo, principalmente europeu, que impede muitos produtos agrícolas africanos de entrarem nos mercados ricos. É mais globalização que os países pobres de África precisam e acima de tudo, intransigência contra a corrupção dos seus dirigentes.

Estava a pensar escrever isto, ao ver o folclore escocês, quando a RTP1 passa uma pequena peça sobre Angola, em que a palavra corrupção não é pronunciada, e em que não se explica como é que se pode ter petróleo e diamantes, um dos melhores e mais bem equipados exércitos de África, uma elite riquíssima que manda os filhos estudar para a Suiça e…nada para a esmagadora maioria da população. Mas a culpa é do capitalismo e do G8. É isto informação."

Nuvens Negras

Alguns projectos do PS são positivos. Exemplo a equiparação de reformas do público com o privado.

O grande problema é que sem um plano coordenado, aqueles investimentos que realmente abalam as finanças do estado são mais do que duvidosos, principalmente a Ota.

ZERO, é o que vejo no panorama político português.

Já vi um ditadorzeco qualquer mais longe, porque as pessoas estão a perder a paciência com incompetência e inutilidade da "nossa casta" política.

O Povo está sem esperança, desorientado.

Não admira que o discurso de que se estivessemos em Espanha estavamos melhor.

Nunca acreditarei nisso, mas olhemos para eles e o que os define:

Brio profissional, patriótico

Estabilidade institucional

A Juan Carlos se deve muita desta evolução. Comparemos o século XX entre os dois países.

sexta-feira, julho 01, 2005

Deixa-me Rir

6,83%

Não sei se Ria de alegria se de tristeza.

Mas apetece-me rir à gargalhada, desta nossa elite, desta nossa classe de dirigentes, políticos e economistas.

Todos, sem excepção.

Assim, desta forma, como não hão de existir extremistas de esquerda e de direita.

Deixem-me rir, das fantochadas e palhaçadas de quem nos governa.

Primeiro inventa-se um défice, depois ataca-se económicamente o país e as pessoas, politica a qual é legitimada pelo défice fantoche, criado sob um rigor científico no mínimo surreal.

tanto se falou dos 6,83% do défice. Tanto.

Agora ao fim de poucas semanas, descobre-se que o rigor centésimal do Banco de Portugal, é falso. Afinal o BP enganou-se, não é 6,83% do PIB, mas sim 6,72%.

É pouco. Sim. Mas só mostra o embuste que é este défice, e o teatro que se gerou à volta dele.

O Gato deixou o rabo de fora.

quinta-feira, junho 30, 2005

Investimento Privado - Central Nuclear

Neste momento não sou apologista nem opositor à construção de uma central nuclear em Portugal.

Faltam-me dados, económicos, sociais e ambientais onde possa sustentar tal tomada de posição.

Só sou contra um argumento: que Portugal não pode ter Centrais Nucleares (CN) porque pode acontecer um desastre de proporções apocalípticas.
1º porque acidentes com centrais nucleares são rarissimos e 2º porque as centrais espanholas estão em cima do nosso país, por isso nunca nos livrariamos de um acidente radioactivo.

Mas neste processo há algo que me dá imenso prazer. É o facto de serem os privados a avançar para esta solução. Pela primeira vez em Portugal (salvoerro), vejo um projecto desta dimensão não ser da responsabilidade estado.

Não é o estado Papá mas sim a sociedade civil que demonstra dinamismo, ambição e querer.

Mais casos destes se esperam.

Já algumas vezes escrevi sobre a questão da energia e mais uma vez relembro, que o nosso estado não está a investir nesta área. A comunidade científica POrtuguesa deveria intensamente debruçar-se sobre o problema da energia. O Projecto ITER parece interessante mas a nossa participação é diminuta e a solução poderá não ser a fissão nuclear. Essa tecnologia parece ainda demasiado imberbe.

Por exemplo, deveriamos apostar em fábricas de produção de hidrogénio e sua utilização como combustivel barato e inesgotável. Água é o que não nos falta. (obviamente não estou a falar de água doce).

Ainda existe a possibilidade da Fusão Fria.

Há todo um mundo que é base da nossa civilização que é a energia. Quem chegar primeiro irá dominar os próximos séculos.

Para bem do nosso país e da própria humanidade, Portugal deveria fazer yuma aposta forte nesse sector.

quinta-feira, junho 23, 2005

Sócrates o Grande Artista II

Razão 1-

Inventa-se um défice. 6,83%. Muito preciso para uma previsão não acham?

Com este número produzido cria uma suposta legitimidade para governar como lhe apetece.

Sobe os impostos, mas não ganhará muito com isso porque o consumo irá retrair-se, assim como o investimento o que levará a um aumento do desemprego, logo mais prestações sociais e mais despesa do Estado, menos consumo, menos impostos, menos receitas, agravamento do défice.

sinceramente penso que o governo está a ver o problema pelo lado errado.

A Racionalização das despesas do estado, do investimento, do Aeroporto da OTa, do tgv.

esse era o caminho, ainda mais tendo em conta que a UE prolongou os prazos do PEC.

quarta-feira, junho 15, 2005

Arrastão

Se o que se passou é muito grave, não menos grave é o levantamento da extrema direita (que acaba por ser normal) que já levanta a crista.

Como patriota que sou, dão-me nojo por usarem tal designação, usarem simbolos monárquicos ou outros que tais.

Essa gente deturpa os significados desses símbolos conspurcando-os, e inclusivé tornando-os criminosos aos olhos de muitos.

Não posso aceitar isso!!!

Sócrates o Grande Artista

Atiram com fumos, inventam cenários, tomam o Estado, destroem economias, reduzem o País e o seus cidadãos.

E Isto tudo sem que ninguém faça nada.

Como dizia o avô do outro,

É UM PAÍS DE BANANAS GOVERNADO POR SACANAS

Tratado Europeu

Não Vou estar a dissertar acerca deste tratado, nem sobre referendos. Apenas refiro que muito antes de ser moda dizer não, já era pelo não.

Não sou contra a União Europeia, sou contra o caminho para o qual nos dirigiamos, o caminho de uma federação de regiões, dirigidos por uma elite política algures em Bruxelas.

Sou a favor de uma união entre estados soberanos e paritários que escolhem um caminho comum, ainda que abdiquem de alguma da sua soberania, mas ser governado por um supra-estado, em que francese alemães governem a seu bel-prazer JAMAIS.

O Não ao tratado é para mim a demonstração que as pessoas compreenderam que a Europa está contra os cidadãos (não europeus porque não existem.

terça-feira, junho 14, 2005

Gonçalves, Cunhal e Andrade

Por este meio presto homenagem a três homens que marcaram a vida do nosso país durante o último século.

Homenagem porque influênciaram muitas pessoas, muitos homens e mulheres que se sentiram tocados por estas figuras.

Muito já se disse sobre estes homens. Gonçalves, ex-PM, foi responsável por algumas coisas más que ocorreram no pós revolução. A ideologia que marcou Portugal e que nos atrasou anos. A estas críticas, junta-se Cunhal, arauto de uma democracia muito especial, que ainda hoje ilude alguns (Bernardino Soares e a sua democracia Norte Coreana), responsável maior pela tremideira inicial da jovem democracia.

Estas críticas são justas, mas são justos também os elogios na luta contra a ditadura, no derrube de um regime podre e restritivo. Por isso merecem respeito, ainda que a visão do mundo que possuiam fosse deturpada. O papel destes homens acaba por ser decisivo para o benéfico e para o destruidor.

Cunhal por outro lado demonstra noutras áreas toda a sua capacidade. Além de um político hábil (mas claramente oposto à minha visão do mundo e da democracia), perdeu-se um escritor de alta visão e qualidade, que ficcionando realça as dificuldades reais e traça com as suas linhas uma verdade histórica inesquecivel.

Aqui se liga a Andrade, Vulto maior da cultura portuguesa, representa o que de mais puro e belo a nossa língua, cultura e saber consegue produzir. Dos três será provavelmente aquele que irá perdurar, aquele que tocará no âmago das emoções das pessoas através dos tempos. Por isso a devida vénia, daquele que juntamente com Pessoa, O'Neill, e alguns outros dignificam a portugalidade, mas mais importante, a Humanidade.

sexta-feira, junho 10, 2005

Incêndios

Com muita tristeza olho para a floresta queimada em Portugal e penso na incompetência dos nossos políticos, que não governam ou gerem um país, e sinceramente dá-me a sensação de que eles têm gosto e destruir o que existe.

Já nem falo das medidas de Sócrates para combater um défice (suspeito), nem do governo PS propriamente.

Isto vem de trás, muito atrás, em que sucessivos Governos não elaboram planos para minimizar este flagelo.

Como é possível num País que se pensa do primeiro mundo, não existirem meios aéreos próprios para combater incêndios, que afligem todos os anos as nossas populações.

Como é possível com um ano que se previa quente e propício a fogos, os meios aéreos não estarem disponíveis durante um mês e meio da época oficial de fogos.

Como é possível não existirem Canadair's e helicópteros dependentes do SNBPC, seja na força aérea seja onde fôr.

Não somos nada mais do que terceiro mundistas. Ainda falam da Europa, Conseguimos ser ultrapassados por todos!!

terça-feira, maio 17, 2005

Futebol Português

Muito se fala em Portugal acerca de Futebol.
Muitos são aqueles que lançam opiniões mais ou menos fundamentadas.

Ora também tenho muitas opiniões acerca deste desporto e por isso decidi emitir uma opinião acerca da qualidade do campeonato Luso.

Realmente quando vejo os jogos do nosso campeonato de futebol, sinto que a qualidade do futebol praticado é relativamente baixa.

Muitos defendem que o campeonato português é nivelado por baixo.

Eu, sinceramente não penso que seja bem assim.
Porquê?

Primeiro porque e ainda bem, que o campeonato está mais competitivo. Há quantos anos não se assistia a uma competição tão renhida.

Por outro lado os clubes ditos mais pequenos já não jogam para o empate constantemente.

Diz-se que o campeonato está mais fraco apenas porque os grandes perdem mais pontos.

Mas o busílis está aqui. Se o campeonato português de futebol, vulgo Superliga, está mais fraco e nivelado por baixo, como é que em três anos, dois clubes estão nas meias finais da taça UEFA, um deles ganha a Taça, no ano seguinte um clube português ganha a Liga dos Campeões e no ano seguinte outro clube atinge a final da Taça UEFA.

Sinceramente não acredito que o nosso campeonato esteja nivelado por baixo.

A minha teoria é que os àrbitros no estrangeiro sabem deixar correr melhor um jogo. Se um àrbitro inglês viesse cá ao nosso reduto, simplesmente não apitaria metade das faltas que um àrbitro português apita.

sexta-feira, abril 29, 2005

Ivo Ferreira e a Vocação Mundial de Portugal

Este caso em que um português está desamparado num país estrangeiro, sem sequer o estado português fazer algo para o ajudar, e o embaixador (que nem é nesse país) se queixar de falta de meios, é no mínimo aterrador.

Como é possível um país que supostamente se deveria orgulhar da sua vocação mundial de séculos, ter falta de meios nas embaixadas.

Acrescenta a isto o facto de o local em questão, o Dubai e toda a zona do mar vermelho, ter ligações históricas fortes com Portugal.

É vergonhoso, e demonstra que a nossa cultura está a ser delapidada, e consequentemente irá morrer, porque quem dirige os nossos destinos está a ceifar a portugalidade.

Além disso há algo de que nos orgulhamos (ou deveriamos) e que não está a ser bem tratado, que é o facto de dizermos e com alguma razão que há um Português em qualquer recanto do mundo.

Depois o que se vê, é a hipocrisia de um Ministério dos Negócios estrangeiros, que apenas age após os média darem conta do assunto, e falsamente dizer que estava a "acompanhar o caso desde o início"

Eu digo, não atirem areia para os olhos das pessoas. É mais bonito admitir os erros ainda que inadmissíveis do que enganar as pessoas.

Temos de proteger a nossa gente, de trabalhar para ela. É esse o dever de um estado.
A própria influência de Portugal no mundo tem-se perdido, não apenas devido a factores económicos, mas principalmente na demissão por parte dos governantes de cumprir os desígnios criados desde há séculos pela nossa gente.

É uma vergonha o que estes portugueses no poder de hoje, fazem aos portugueses de outrora.