terça-feira, fevereiro 22, 2005

Educação Cívica

Concordo plenamente que os currículos usados em Portugal são algo desadequados.

Uma aula de educação cívica que explicasse como funcionam as instituições, a democracia, o estado, era algo de essencial.

Aliás também será por isso, por exemplo, que os Portugueses fogem aos impostos. Não existe em muitos portugueses uma consciência cívica e de cidadania.

Mas num país em que a sua própria história é completamente desvalorizada, e eu penso que era essencial pelo menos até ao nono ano existir uma disciplina de história de Portugal, não é de admirar este estado de coisas.

Ressalvo que não defendo este ensino por razões de patriotismo absurdo ou saudosismo, mas porque encaro que uma das razões porque neste momento Portugal passa por uma crise de identidade é exactamente o desconhecimento da nossa cultura, das nossas capacidades ou seja da nossa posição do mundo.

Voltando ao assunto anterior, podíamos sempre optar pela solução extrema brasileira, que é a obrigatoriedade do voto.

No entanto penso que a educação cívica dos portugueses é a solução mais adequada e com menos anticorpos nos cidadãos.

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Os macaquinhos dos legisladores

Está a acontecer-me algo que só pensava possível em termos imaginários.

A história começa quando dada noite a retirar o carro do estacionamento, recuo, e quando vou sair o carro vai-se abaixo e descai encostando ligeiramente noutro que estava estacionado.

Até aqui tudo bem, cumpri o meu dever de cidadão, fui prestar declarações, tudo correcto.

O insólito vem depois.

Quando pensava que tudo estava resolvido recebo uma multa de 30€, por ter feito marcha atrás. Uma boa justificação, sem dúvida.

Isto porque temos um artigo no código da estrada, o 46, que regula a manobra.

Ainda estou a pensar onde a quebrei.

Além disso a infracção é considerada grave, o que significa que posso ficar sem carta de 1 a 12 meses.

Ora expliquem-me como é que tirar o carro estacionamento pode ser considerada um atentado criminoso na estrada, tendo em conta que foi tudo feito segundo as regras.

O Legislador é um ser pensante?

E pior, o polícia que nem viu a situação também é um ser pensante?

Eleições 2005 - Votos

Venho aqui demonstrar dados que apenas os meios de informação escrita revelam, o que mostra que a imprensa será sempre importantíssima na explicação da realidade, e sublinha as limitações das televisões ou rádios.

São dados que vale a pena ver e que interessarão sobretudo a quem gosta de política.

Falam do Sucesso destas eleições, do aumento de votantes. Mas eu pergunto, que amor à democracia têm os portugueses quando 35% destes não votam. Mais de um terço dos Portugueses não votou nestas importantíssimas eleições, ou ainda 1 em cada 3 portugueses não votaram.

Houve 5.711.981 votantes e não votaram 3.072.721.

Ainda podemos pensar em quem traballhou, ou está doente, ou está morto. Mas concerteza não são 3 milhões de pessoas.

Mostra a fraca democracia que temos.

Aliás, quem venceu as eleições não foi o PS com 2,6 milhões de votos, mas sim a abstenção com 3,1 milhões de votos.

Ainda a juntar à abstenção temos 103.555 votos brancos, correspondentes a 1,81% e 63.765 votos nulos que correspondem a 1,12%.

Tendo em conta que o partido mais votado daqueles que não têm asssento parlamentar teve 47.745 votos, a sexta força política em Portugal é o voto branco e a sétima o voto nulo., isto se não contarmos os abstencionistas.

Outro dado interessante o número de votantes em branco duplicou em relação às últimas eleições.

Dou um valor enorme aos votos em branco, pois são pessoas que demonstram o seu descontentamente em voto e não se demitem do seu direito e dever.

Maioria

Não sou profeta da desgraça, por isso e ainda que a história recente do nosso país revele a total incapacidade das governações do partido socialista, espero sinceramente que José Socrates e a tralha guterrista consigam levar este país adiante, com a ajuda de todos os portugueses.

Tem todas as condições para isso (Leia-se maioria absoluta, PR da mesma côr, legitimidade total, etc), por isso se falhar não tem desculpa.

No entanto ressalvo que o governo anterior não tinha qualquer motivo para tal descalabro nos números.

Os portugueses quiseram mudar (espero que para melhor), e desejo que o governo socialista governe bem, porque não é da côr politica no governo que dependemos, mas sim do bom governo. O País é que é importante, não quem governa.

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Nada disto Aconteceu

Nuno Rogeiro faz eco da amnésia que parece ter-se abatido sobre os portugueses.

Relembra assim o que foi o guterrismo puro, o mal que fez ao nosso país.

Agora preparamo-nos para Guterres parte dois. A única diferença é não haver Gueterres pois os outros são exactamente os mesmos.

Jorge Coelho e a ponte de Entre-os-Rios relembra alguma coisa?

Precisamos de nos esclarecer, precisamos de evitar a morte.

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Já faz algum tempo ( Campanha)

Já há algum tempo que não escrevia neste meu blogue, devido a problemas técnicos, no entanto voltei e para dizer.

O Panorama politico português é uma desgraça.

O PS é muito mau, sem ideias e alguns objectivos descabidos e outros completamente loucos, como aquele de ensinar o Inglês no ensino básico. Muitos alunos não sabem sequer falar português ou não conhecem a nossa história!!!! estou completamente indignado com tal promessa. Tal como prometer que vai acabar com o insucesso escolar. Se calhar vai ainda aprofundar mais a politica educativa de guterres em que para um professor é ais dificil reprovar um aluno do que aprovar a sua passagem de ano.

Ridículo, estúpido e sem dúvida mais um prego no caixão em que se está a tornar o nosso país.

PSD, numa campanha igualmente vazia, em que é mais importante atacar o adversário do que apresentar ideias e um rumo.

BE que nem merece comentários, porque aquilo não é nada.

CDU ainda é simpática mas vive nos anos 50 do século passado.

O PP ainda é o único partido com pés e cabeça mas os portugueses não lhes dão ouvidos, e não percebem o que se lhes defronta.

A Morte está próxima.

Braveman