sexta-feira, setembro 30, 2005

Expectativas autárquicas

Quero ganhar Lisboa (Maria José Nogueira Pinto eleita com os 6% que merece), sem a maioria absoluta de Carmona, para que o CDS/PP empreste a matriz democrata-cristã à Capital do País.
Quero que o CDS ganhe mais Câmaras e aumente o número de mandatos.
Quero reganhar Ponte de Lima, Mirandela, manter o Corvo e Amarante.
Quero que em Beja ganhe Ramôa, em Ourique que ganhe o melhor...
Que Seara ganhe em Sintra (com maioria), que Capucho ganhe em Cascais (muia categoria e bom perfil).
Quero que Rui Rio e a coligação ganhem o Porto, humilhando o dr. Assis.
Quero que Faro continue com Vitorino,
Que em Braga a coligação ganhe, porque tem projecto.
Em Aveiro, manter Estarreja e ter um bom resultado na capital (que já foi do CDS).

E logo falo de Amarante, Felgueiras, Gondomar e Vila Viçosa (N. da Câmara Pereira também inventado pela media).

Ranking de Competitividade

Portugal sobe para o 22º no ranking mundial de competitividade. Comparemos o que está bem e Mal.

Bom:
- baixos “custos do terrorismo” (1º lugar),
- “liberdade de imprensa” (4º),
- “acesso aos telemóveis” (9º),
- baixa influência do “crime organizado” (7%)
- “independência dos tribunais” (15%),

Mau:

- “expectativa de uma recessão” (103º),
- “qualidade de ensino da matemática e ciências” (81º !!),
- “excesso de burocracia” (77º),
- “centralização excessiva das decisões económicas (70º) ”,
- com a falta de “estabilidade macroeconómica” (64º),
- baixa “formação profissional” (59º)
- “escassez de cientistas e engenheiros” (49º)

Agora decidam quais são os aspectos mais importantes.

Dados Retirados do Blog Semiramis

quarta-feira, setembro 28, 2005

Man United Vs Benfica

Não sou muito de escrever sobre futebol neste espaço, mas a exibição de ontem dos encarnadados merece esta referência.

O Benfica jogou bem, manietou muitas vezes o Jogo dos ingleses, dominando o meio campo e criando algumas situações de golo.

Neste aspecto os meus parabéns aos jogadores eao esquema táctico delineado por Koeman.

Mas fica a sensação que o Benfica podia ter ido um pouco mais longe.

Koeman globalmente esteve bem, tem todo o mérito na exibição, mas também tem muitas responsabilidades no desfecho do encontro.

os erros:

- Beto a titular foi uma opção compreensível, reforçar o meio campo e o lado direito da defesa foi o que se procurou. O que não é compreensível é a utilização durante 80 minutos de um jogador que foi sempre um a menos no campo. Beto foi uma completa nulidade e não se compreende como ao intervalo e a perder por uma bola não fez entrar João pereira ou Geovanni, o que permitiria uma maior amplitude do jogo atacante. João Pereira com mais consistência defensiva, ou Geovanni com mais acutilância ofensiva. Eu teria optado pelo brasileiro.

- A retirada de Miccoli quando Beto pedia a substituição desde o início do jogo. A retirada de Miccoli permitiu que a defesa do Man United ficasse com menos um jogador por marcar, subindo assim toda a equipa e recuando o Benfica permitiu o assédio total que permitiu o golo da vitória a Nistelroy.
A sair um dos avançados teria que entrar um médio ofensivo ou um anvançado. dado que Nuno Assis ficou fora dos convocados só poderia ter entrado Mantorras.

Sem estes erros o Benfica facilmente teria empatado o jogo ou talvez ganho.

Houve medo por parte do treinador. Sendo que não se pode cruxificar Koeman, à que no entanto assumir os erros.

Boa Sorte aos outros "Europeus" desejo melhor sorte.

terça-feira, setembro 27, 2005

Afinal ainda há virgens

António Ribeiro Ferreira in DN

"A democracia é uma caricatura, o regime está falido, moral e economicamente, a justiça não funciona e a corrupção atingiu uma tal dimensão que o Banco Mundial não tem dúvidas em afirmar que o sítio estaria ao nível da Finlândia se alguém tivesse coragem de a combater. As carpideiras do regime fingem indignar-se com as Fátimas do sítio. E fazem-se de virgens inocentes quando se fala de corrupção."

quinta-feira, setembro 22, 2005

Declaração de princípios.

Estou farto de pessoas que se chocam com o que se está a passar no País.
Todos nós sabemos, pelo menos aqueles que querem saber alguma coisa, que a última gota ainda está por cair no copo cheio em que Portugal perigosamente se tornou. Já faltam poucas.

E não me venham com tretas sobre os políticos. É puro queixume pequeno-burgês, sempre lacrimejando contra os mandões lá de Lisboa ou da Câmara local. Esquecem-se que esses políticos são pessoas, e se são pessoas são iguais a nós todos - os portugueses - com as coisas boas e más que todos temos.
Não podemos é exigir categoria ou ética à medíocre classe política que temos, porque a maioria dos portugueses também não tem uma nem outra, nem sabem onde as adquirir. E não se veja nisto um lamento, ou um queixume, ou até a superioridade de mais um pseudo-intelectual. É só a pura verdade.

Quem um dia a seguir a nós vier e vir o País nos dias de hoje, tal como nós o vemos, encobrirá a cara de vergonha e perguntará que puta de País é este que começa de manhã a cuspir no túmulo de D. Afonso Henriques e acaba à tarde a chorar Cunhal. Paz à sua alma. Teria?

Fátima.

O quarto segredo de Fátima foi revelado ontem pelo Porta Voz da Candidatura "Sempre Presente", na Cova de Felgueiras.
Perante os fiéis que ali se deslocaram em peregrinação, foi revelado que a Senhora (de) Fátima tinha aparecido aos pastorinhos mais próximos em comunicações à distância, pedindo-lhes que, como última tarefa terrena antes de serem chamados para o lado do Senhor, iniciassem a sua campanha eleitoral.
Este segredo, que permanecia guardado pelo último vidente das Aparições, o Irmão Jorge Coelho, trouxe uma nova dimensão espiritual à causa da eleição dos videntes.
Como vários especialistas vinham adiantando, o Irmão Jorge saberia da sua aparição na Cova de Felgueiras por ter recebido um anjo que traria essa mensagem. Essa divindade foi na altura identificada por duas letras (PS), que significariam as iniciais de Sempre Presente, trocadas.

Fátima a Lutadora

Quando penso que Portugal está no fundo, logo sou desacreditado e o fundo ainda é mais baixo do que pensava.

Pergunto que justiça é esta, que deixa em liberdade quem durante dois anos fez gato sapato dos tribunais e chega qual heroína.

Como se há-de reconhecer qualquer tipo de autoridade ao sistema judicial, que desta forma se descredibiliza completamente, provocando ainda mais a sensação de que a politíca é um jogo impune, em que a elite corrupta suga o sangues e o tutano do trabalho dos outros.

Claro que Fátima Felgueiras tem influência no sistema judicial, de certeza que tinha garantias do desfecho que se concretizou senão não punha cá os pés. Há algum inquérito para descobrir como ela soube que iria se detida, de forma a zarpar para o Brasil?

Em relação aos outros processos ainda não foi julgada nem condenada, mas pelo menos de um crime é culpada, de fuga à justiça. Não deveria ter logo ficado presa?

Como hão de as pessoas respeitar o estado de direito. Qual estado de direito pergunto eu, o estado do medo, pois aqueles que menos têem são os únicos a arcar com consequências. A justiça em Portugal é cega, de um olho apenas.

Qual estado de Direito pergunto eu, quando as leis são elaboradas de forma ambígua, contraditória e promotoras da desresponsabilização?

Portugal conseguiu percorrer o caminho inverso ao dos outros países e pela primeira vez na sua história tranformou-se num país de terceiro mundo.

Tão chocante como isso é ver as centenas de pessoas que apoiam Fátima Felgueiras politicamente. Não têm outro nome senão asnos, com aquelas palas para os olhos.

Quanto ao facto de se poder candidatar à autarquia já não é tão claro. Seja ela, Isaltino ou Loureiro, eles beneficiam de uma coisa chamada presunção de inocencia, daí até ao julgamento não deverão estar talhados dos seus direitos.

Deveriam no entanto ter a ombridade ética de não se candidatarem a cargos públicos.

Mas neste país à beira mar plantado, tudo é normal.

terça-feira, setembro 20, 2005

Direita e Cultura

por Paulo Pinto Mascarenhas*

A propósito do anúncio de putativos apoiantes de Cavaco Silva e Mário Soares na corrida presidencial, o constitucionalista Vital Moreira escreveu no seu blogue (www.causa-nossa.blogspot.com) que o candidato do Partido Socialista "goza de uma inigualável capacidade de atracção no campo da cultura, das artes, da literatura". Capacidade, essa, acrescenta o professor de Coimbra, "que em muito supera o previsível maior apelo de Cavaco Silva entre empresários e gestores." Tais apoios seriam sintomáticos do "diferente perfil, humano e político, dos dois candidatos diz-me quem te apoia, dir-te-ei quem és".
Descontando o facto de Vital Moreira ser também ele próprio um reconhecido apoiante de Mário Soares, a verdade é que as palavras citadas resumem em grande medida o modo como os políticos de direita - ou os que podem ser considerados como tal - são analisados na sua relação com a cultura.
O espírito humanista e letrado do principal candidato de esquerda estaria em confronto directo com o perfil economicista e meramente contabilístico do candidato de direita - ou, repito, como tal entendido, já que o próprio prof. Cavaco Silva terá dúvidas fundamentadas sobre esta definição política. A imagem desfocada, apesar de poder parecer caricatural, é em larga medida o quadro impressionista que muitos comentadores continuam a pintar da direita em Portugal.

A cultura é considerada por alguns como um condomínio fechado da esquerda mais de 30 anos depois do 25 de Abril. Compreende-se que esta fotografia a preto e branco pudesse ser tirada pouco depois da Revolução. Nem que fosse em razão do passado de luta contra a ditadura deposta, porque as actividades culturais serviram durante largos anos como uma plataforma da oposição democrática - e das esquerdas - ao regime salazarista. Mesmo tendo em conta as mudanças significativas registadas sobretudo nas duas últimas décadas, persiste a dificuldade objectiva de acumular o estatuto de intelectual ou agente da cultura com a opção política de direita. Dito de outra forma, são inúmeros os intelectuais que assumem publicamente o apoio a ideias, partidos ou candidatos de esquerda - ou mesmo da extrema-esquerda. Contam-se porém quase pelos dedos de uma mão os que se afirmam de direita.

Correndo o risco de algum simplismo, ser de esquerda ainda não passou de moda. Apesar de tudo o que a queda do Muro de Berlim e a informação entretanto felizmente tornada histórica permitem saber. Apesar do que foram os regimes comunistas de Leste e das verdadeiras atrocidades que se praticaram em nome de valores ditos de esquerda, nomeadamente da igualdade entre os homens. Apesar de Cuba, Coreia do Norte, Tiananmen, muitos preferem dirigir o furor intelectual contra uma das maiores e mais livres democracias do mundo, os Estados Unidos. Provavelmente por serem presididos por um político que não é de esquerda.

As críticas são obviamente legítimas e a opinião é livre. Falta saber e é importante discutir se, em grande parte, não cabe à direita a responsabilidade pela larga difusão de tantos lugares-comuns. Se não é a própria direita que se tem esquecido de pensar a cultura, de agir culturamente, de sair da máscara de ferro em que a tentam encerrar.

Os promotores das "Noites à direita. Projecto liberal" defendem que essa culpa não pode continuar a morrer solteira. Por isso mesmo, depois de termos debatido em Julho com Vicente Jorge Silva a relação entre "A direita e a liberdade", marcámos para quinta-feira às 20.30 uma conversa aberta e pluralista sobre "A direita e a cultura", a ter lugar no Jardim de Inverno do Teatro Municipal de S. Luiz, em Lisboa.

Outros debates irão surgindo. António Mega Ferreira é, desta vez, o ilustre representante da esquerda, enquanto Pedro Mexia e Rui Ramos intervêm pela direita - ou, se assim o entenderem, pelas direitas, porque o que não faltará certamente serão opiniões diferentes.
O leitor, que teve a amabilidade e a paciência de ler estas linhas até aqui, pode e deve também dizer de sua justiça, porque é o nosso convidado principal.

* Promotor das "Noites à direita. Projecto liberal"

sábado, setembro 17, 2005

Tribunais e quartéis: close

OPINIÃO Publicado 12 Setembro 2005
Sérgio Figueiredo


Os senhores militares dominam o assunto, conhecem muito bem o tema dos «direitos adquiridos». Fizeram, aliás, uma revolução em Abril de 1974 por causa disso. Foram os militares que nos libertaram do regime antigo e acabaram com todos os direitos adquiridos que a sociedade de então mantinha.

É mais do que legítimo, portanto, devolver-lhes a questão. E lançar o desafio: quem está disposto a liderar uma outra revolução para acabar com os direitos adquiridos deles? E com os dos senhores juizes, magistrados e funcionários judiciais?

Não é Marques Mendes. Não é aquele senhor que substituiu Portas e não recordo o nome. E desengane-se quem espera resposta da esquerda. Os presidenciáveis Louçã e Jerónimo, sempre «anti» tratando-se de fardas, estão indignados, por não deixarem as Forças Armadas desfilar em paz.

E, muito provavelmente, não será também José Sócrates. Que foi tão valente a enfiar as duas mãos em todas as colmeias habitadas por estas «comunidades», como incapaz de aproveitar a oportunidade para mobilizar a nação para algo que ela há muito perdeu: um rumo. Um simples rumo.

Assim, parece a Costa do Marfim. Podia também ser o Ruanda, quando a instituição militar desafia a autoridade de um Governo e convoca todas as armas, do activo e reservistas, para as ruas.

Também afigura-se a uma qualquer República da América Central, onde os próprios órgãos de soberania se mobilizam para greves. Agora os tribunais, os juízes. Depois quem se segue? O Presidente da República pode fazer greve?

O que irrita não é ver esta gente aos berros. Não é ver o Governo isolado. Nem é confirmar a falta de senso e responsabilidade dos Mendes e associados. Nem sequer assistir com estupefacção a esta decadência institucional, a absoluta falta de respeitinho pelas autoridades democráticas.

As pessoas perderam o sentido da nação, mas isso não irrita. Preocupa, angustia, desilude. Mas não irrita. O que irrita são os motivos desta crise. Tudo o que está na origem deste ambiente, em que cheira a fim de regime [meu sublinhado]. A Armada em passeata. Tribunais fechados. Sem lhes assistir a razão. Militares e agentes da justiça.

Por mais que desfilem de braço-dado com Louçã, por mais comícios que Jerónimo dedique em defesa dos seus «direitos adquiridos», os senhores militares não têm causa alguma. E mentem descaradamente, quando dizem estar a defender a dignidade da instituição militar.

Treta! Estão a defender a vidinha que os contribuintes lhes garantem - uma vidinha, diga-se, que os contribuintes gostariam mas o país obviamente não permite.

Há 31 anos lideraram um golpe para conquistar a liberdade. Agora ameaçam o regime para não pagar a conta da farmácia ou ir para casa, com salário completo, ainda antes dos 50.

Também a anunciada greve geral na Justiça não é justa. Viu-se coisa igual em 1988. Ano em que Cavaco os sossegou, criando um impraticável regime especial. O mesmo que Sócrates está agora, quase vinte anos depois, a eliminar.

E porque a maioria dos portugueses, os tais contribuintes, não percebe e não apoia o Governo? Porque em vez de lhe ter explicado que era justo, apresentaram-lhe isto no pacote das medidas contra o défice! O povo quer um rumo e deram-lhe um disco riscado.

sexta-feira, setembro 16, 2005

Sócrates o grande "comunicador"

Arautos de uma suposta moralidade superior, a esquerda arroga-se de ser o defensor do povo e dos trabalhadores.

Assim, noutro caso de grande comunicabilidade, hoje Sócrates na Figueira da Foz, coadjuvado pela sua ministra da educação, foi mais uma vez arauto da superioridade de esquerda, ignorando completamente aqueles que fazem parte dos seus empregados, professores que manifestavam o seu descontentamento.

Não julgo pela positiva nem pela negativa as reivindicações destes empregados do estado, mas renego completamente a falta de cultura democrática já patente há muito neste governo PS.

Sócrates à entrada passa cândidamente pelos seus empregados, completamente autista perante a entrega de de uma carta de reivindicações destes professores. Eles não existem para Sócrates. Surdo e mudo Sócrates passa ao lado daqueles que o elegeram. Para rematar, o governo afirma que não é altura para os professores se manifestarem.
Que falta de respeito para com as pessoas e os seus direitos. Estamos perante um déspota.

Para aqueles que não se recordam, relembro um caso muito idêntico, faz agora exactamente um ano.

José Manuel Canavarro, secretário de estado da educação do governo PSD, visita Viseu para inaugurar uma escola. Igual recepção fazem exactamente os mesmos professores, o Sindicato de Professores da Região Centro.
A diferença: Canavarro, envolto num contexto bastante mais sério nas falhas de colocação de professores, ao invés de tentar escapar da turba, dirige-se serenamente para os seus empregados. sob assobios e insultos troca impressões com o líder dos sindicalistas, recebe uma carta com as suas reivindicações. Em suma, ele exerceu democracia, escutou o mal estar das pessoas.

Podem afirmar que são diferenças de estilo, mas são elas que marcam a diferença entre formas de encarar a democracia.

quinta-feira, setembro 15, 2005

A escolha de Guilherme

Caro Braveman,
a verdade é que o Guilherme, na boa tradição dos Oliveira Martins, sempre gostou de se destacar. E daí não vem mal ao mundo. As suas capacidades intelectuais sempre foram superiores, bem como a sua capacidade de trabalho e o seu mau-gosto a vestir, sempre a roçar o clássico ultrapassado. É também verdade que as Contas do Tribunal não irão ficar em más mãos, por ser a especialidade dele. Põe-se então a questão: "E assim, qual é o problema da escolha/nomeação?". (Repare agora na como o Ideal Monárquico pode ser defendido numa questão aparentemente sem nada que ver com o Regime).
E vou dizê-lo em voz alta: O Senhor Presidente da República que tem o poder de aceitar ou não a nomeação, optou por aceitá-la, ao invés de na melhor tradição republicana ouvir os partidos da oposição com representação parlamentar, mostrando não ser hoje em dia mais do que uma correia de distribuição do Governo, fazendo-lhe as vontadinhas todas.
Estamos perante mais uma prova da falta isenção do Supremo Magistrado da Nação, eleito por não sei quem.
E depois queixem-se...

Conveniências

Caro amigo Braveman,

Fui ontem ao alfaiate do Rosa e Teixeira acertar os últimos detalhes do fato que vou levar no dia 10 de Junho, quando for feito Comendador da Ordem de Mérito Industrial, pelo Senhor Presidente da República.
Sabe que sempre fui contra prebendas, títulos de nobreza e demais honrarias, e que sempre achei que não se compaginavam com a tradição republicana.
Sabe também que sempre apontei como um dos factores para a queda da Monarquia a banalização dos títulos de nobreza, que originou a famosa frase "foge cão que te fazem barão, para onde se me fazem visconde".

Mas, é também do seu conhecimento que o Senhor Presidente tem por costume homenagear, todos os anos, dezenas de portugueses que se tenham mais ou menos distinguido, nas mais variadas áreas, pelo que coube-me agora a mim tamanha honraria.
Não podia recusá-la.
Na verdade, sempre tive um bocadinho de inveja dos escolhidos - inveja boa, claro - e sempre me fez confusão porque ainda não tinha chegado a minha vez.
Agora sim, sou Comendador, e posso assim ser chamado pela criadagem e pela ralé.
Parece que já estou a ouvir: "Senhor Comendador Castro". Soa bem, não é verdade?

Irei engrossar a lista dos condecorados com prazer de fazer inveja a muito boa-gente.

Se também tem alguma réstia de ciúme, proponho-lhe uma frase anti-regime em que pode ir matutando:
"Foge animal que te fazem grande-oficial, pouco estupor não é ainda comendador".

Um abraço com estima pessoal.

terça-feira, setembro 13, 2005

Novo Presidente Tribunal de contas

Se fosse só uma argolada que Sócrates cometesse.

Mas já vão sendo demasiadas.

Guilherme de Oliveira Martins no Tribunal de contas.

Não vão sendo casos a mais de jobs e boys?

Fernando Gomes é outro grande exemplo. Armando Vara? etc.

E então este que foi juntamente com Pina Moura um exemplo de competência!

Valha-nos sabe-se lá quem.

Agora só falta o soares estar na presidência para eu pensar que vivo em portugal 1980.

quarta-feira, setembro 07, 2005

Indíce de Desenvolvimento Humano 2005

Volto a falar deste índice para demonstrar uma análise que ninguém se lembra de fazer.

Portugal caíu mais um lugar, desta vez para 27º, último dos 15, e atrás da eslovénia.

Mas agora vou Falar de Países Monárquicos versus Repúblicanos.

Ranking do Desenvolvimento Humano 2005
1 - Noruega (M)
2 - Islândia (R)
3 - Austrália (M)
4 - Luxemburgo (M)
5 - Canadá (M)
6 - Suécia (M)
7 - Suíça (R)
8 - Irlanda (R)
9 - Bélgica(M)
10 - Estados Unidos (R)
11 - Japão (M)
12 - Holanda (M)
13 - Finlândia (M)
14 - Dinamarca (M)
15 - Reino Unido (M)

Ou seja nos 15 mais desenvolvidos do mundo existem nada mais nada menos do que 11 Monarquias e 4 Repúblicas. nos 5 primeiros existem 4 monarquias.

Vocês decidam

terça-feira, setembro 06, 2005

Memórias do Cácere

Querida Luizinha,
Que o teu pai se encontre melhor das síncopes que o afligem.
Sabes quem encontrei ontem, durante o passeio do meio-dia? O Rui Mateus. Recordas-te?
Grande contributo que ele deu para desmascarar o pérfido Soares!
Diz-me ele que o livro que escreveu esgotou, ou que o esgotaram por incómodo. Mais uma manobra dos sequazes soaristas.
Já o tens, não é verdade? Senão, vai já a correr à Almedina, aí na Baixa, e compra-o. É caso para pôr urgência nisso, não fossem as "Memórias de um PS desconhecido".
É o livro que vai trazendo luz sobre a actualidade política.
Um beijinho.