O Candidato Manuel Alegre de Melo Duarte, republicano dos sete costados, tem na sua ascedência familiar mais próxima três titulares portugueses.
Até parece que para se ser republicano tem que se ter qualquer familiar nobre.
Senão, vejamos a hipocrisia da coisa:
Pais
Francisco José de Faria e Melo Ferreira Duarte e Margarida Alegre
Avós Paternos
Mário Ferreira Duarte e Maria Teresa de Faria e Melo, 1ª baronesa da Recosta
Bisavós Paternos
Carlos de Faria e Melo, 1º barão de Cadoro e Maria Teresa de Melo Soares de Freitas
Trisavós Paternos
Francisco da Silva Melo Soares de Freitas, 1º visconde do Barreiro e Ana Joaquina Pereira de Melo
Até dá uma vontade republicana de rir!!
E por qui me fico!!!
segunda-feira, novembro 28, 2005
Comendador condenado por fuga ao fisco.
Como Comendador da Ordem de S. Silvestre, atribuída por S. Santidade O Papa João Paulo I, sinto-me cada vez mais ofendido por a República Portuguesa atribuir as suas condecorações a eito.
Não por o fazer desmedidamente nem sem tino, mas porque há cada vez mais condecorados com o título de Comendador, quase num ritmo frenético, a cada 10 de Junho.
Não interessa dizer "Ah, mas a minha comenda é mais a sério que a deles, e tal...", trata-se sim, de dizer que os republicanos sempre criticaram os títulos que a Monarquia moribunda ia atribuindo, às dezenas. E agora é isto!
Shame on you...
Ao Sr. Comendador condenado por fuga ao fisco: sugiro que a República lhe atribua o título de Cavaleiro da Ordem da Liberdade (o título máximo desta Ordem nacional).
Porque o sr. ainda permanece em liberdade...
Não por o fazer desmedidamente nem sem tino, mas porque há cada vez mais condecorados com o título de Comendador, quase num ritmo frenético, a cada 10 de Junho.
Não interessa dizer "Ah, mas a minha comenda é mais a sério que a deles, e tal...", trata-se sim, de dizer que os republicanos sempre criticaram os títulos que a Monarquia moribunda ia atribuindo, às dezenas. E agora é isto!
Shame on you...
Ao Sr. Comendador condenado por fuga ao fisco: sugiro que a República lhe atribua o título de Cavaleiro da Ordem da Liberdade (o título máximo desta Ordem nacional).
Porque o sr. ainda permanece em liberdade...
segunda-feira, novembro 21, 2005
Portugal "à venda"
Mais uma pérola dos nossos politícos e gestores. Retirado do DN
ICEP põe Portugal "à venda"
Espanha poderia estar na calha do negócio histórico?
† A crise é profunda e está para durar, dizem. O ICEP, que tem por missão promover Portugal no estrangeiro, quer ajudar e criou um programa para pôr o País a exportar mais. Mas uma das medidas é algo estranha. O ICEP vai criar um portal chamado "Buy Portugal" - "comprar" ou "compre Portugal". Não fossem as boas relações com a Espanha, e os espanhóis poderiam já estar a esfregar as mãos de contentes com a hipótese de fechar um negócio histórico.
ICEP põe Portugal "à venda"
Espanha poderia estar na calha do negócio histórico?
† A crise é profunda e está para durar, dizem. O ICEP, que tem por missão promover Portugal no estrangeiro, quer ajudar e criou um programa para pôr o País a exportar mais. Mas uma das medidas é algo estranha. O ICEP vai criar um portal chamado "Buy Portugal" - "comprar" ou "compre Portugal". Não fossem as boas relações com a Espanha, e os espanhóis poderiam já estar a esfregar as mãos de contentes com a hipótese de fechar um negócio histórico.
terça-feira, novembro 08, 2005
5 de Outubro - Por Quem os Sinos Dobram
5 de Outubro - Por Quem os Sinos Dobram
João Mattos e Silva*
O Sr. Dr. Jorge Sampaio, que é o cidadão supremo magistrado da República, no estertor do seu segundo mandato, aproveitou a «gloriosa» data do 5 de Outubro para proferir um discurso de muitas páginas – nada menos do que no Palácio da Ajuda, que foi a residência principal e emblemática dos últimos Reis de Portugal que a República exilou – sobre o significado da data e sobre a crise profunda que o regime atravessa.
Como sempre, o primeiro dos republicanos, disse algumas daquelas enormidades a que nos habituou sempre que fala da instituição a que preside, a par da descrição angustiada do estado a que, 95 anos depois, chegou o regime imposto em 1910. Sempre adjectivando com «republicano» tudo e mais alguma coisa. E sempre sem esquecer de referir a «ética republicana», que finalmente vislumbrei o que poderia ser, nos 70 candidatos autárquicos arguidos, com a Sr. Dr.ª D. Fátima Felgueiras à cabeça.
Entre algumas preciosidades que o Sr. Dr. Jorge Sampaio disse sobre o regime festejado, não posso deixar de destacar pelo seu alcance conceptual:
«A República foi, é, tem de ser, o único regime em que a sociedade civil se institucionaliza para defender o bem comum, por oposição aos regimes de dominação pessoal e aos regimes oligárquicos, nos quais o poder se organiza para impor os interesses de um déspota ou de uma minoria». O Sr. Dr. Jorge Sampaio chumbaria, por certo, num cursozito de ciência política com esta frase altissonante. O que diriam os ilustres mestres dessa ciência nas monarquias europeias, que são democracias a maior parte delas mais antigas que a democracia portuguesa, sobre a categoria em que se inserem? Regimes despóticos, regimes de oligarquia? O que dirá o socialista Presidente do Governo espanhol do regime monárquico: ditadura do Rei, oligarquia de que minoria?
«Os valores republicanos, em que assentam a democracia portuguesa e o conjunto das democracias representativas, permanecem actuais». Novo chumbito no exame. E a habitual má-fé republicana. Porque as democracias representativas não são de matriz republicana ou monárquica, embora possam coexistir com esses regimes distintos. E sobretudo porque importa não confundir deliberadamente com a mistura de república e democracia, como sinónimos, porque o não são. O Sr. Dr. Jorge Sampaio também é dos que acham que não há ditaduras em república e tenta branquear essa nódoa passando sobre o Estado Novo como se tivesse sido um regime monárquico, mesmo se os marechais Carmona e Craveiro Lopes e o almirante Tomás eram presidentes da República e até se intitulavam «Supremo Magistrado da Nação»?
«Sei que os Portugueses comungam, no essencial, dos mesmos valores e da mesma concepção sobre a República e a democracia portuguesa». Embora neste período já faça a distinção entre o regime republicano e a democracia, o Sr. Dr. Jorge Sampaio engana-se. Para além dos monárquicos, que na sua grande maioria comungam no essencial sobre a democracia, há muitos republicanos, muitos até jovens, saudosistas da república salazarista ou defensores de outras repúblicas oligárquicas (na concepção do Sr. Jorge Sampaio), de que Deus nos salve e acuda.
«Não há uma democracia forte sem um estado forte – e em verdade só há um estado forte em democracia», diz o sr. Dr. Jorge Sampaio. E aqui tem meio ponto. Porque se a primeira asserção é verdadeira a segunda não podia ser mais falsa. Se os mortos pudessem fazer-se ouvir, quão sonora seria a gargalhada do Sr. Doutor Oliveira Salazar…
Mas o discurso final do Sr. Supremo Magistrado do regime, vai para além destes conceitos e traça, a negro, o estado a que o dito regime chegou, apesar de toda «ética republicana», e da sua «solidariedade republicana» aos governos para o salvar, mesmo se a isso não é obrigado, como diz e me deixa perplexo. Quadro negro do regime que vai do descalabro das finanças públicas à falta de políticas económicas credíveis interna e externamente, da desorganização administrativa ao estado da Justiça e das Forças Armadas (que não são «uma instituição exemplar do Estado republicano», não uma guarda pretoriana do regime, mas as Forças Armadas ao serviço de Portugal), dos partidos («hoje separados da opinião pública por uma muralha», que o regime criou como são e que, feitos de outro modo, são essenciais à democracia) até à corrupção.
Nestes festejos, com direito a duas cerimónias principais e solenes e outras menores e restritas a lojas e capelinhas, o que não foi dito pelo Sr. Dr. Jorge Sampaio e outros oradores republicanos ilustres é que a República, com vetustos 95 anos, está velha, gasta, irrecuperável e merecia descansar em qualquer Prado do Repouso. E que não vale a pena tentar regenerá-la porque é irregenerável. O povo português parece passivo, mas de vez em quando desperta: foi assim com a Primeira, foi assim com a Segunda e será assim com a Terceira, mesmo sem o tinir das espadas porque, como muito bem disse o Sr. Dr. Mário Soares, candidato a mais do mesmo, estamos na União Europeia e os golpes de estado já não são possíveis. Antes assim.
João Mattos e Silva*
O Sr. Dr. Jorge Sampaio, que é o cidadão supremo magistrado da República, no estertor do seu segundo mandato, aproveitou a «gloriosa» data do 5 de Outubro para proferir um discurso de muitas páginas – nada menos do que no Palácio da Ajuda, que foi a residência principal e emblemática dos últimos Reis de Portugal que a República exilou – sobre o significado da data e sobre a crise profunda que o regime atravessa.
Como sempre, o primeiro dos republicanos, disse algumas daquelas enormidades a que nos habituou sempre que fala da instituição a que preside, a par da descrição angustiada do estado a que, 95 anos depois, chegou o regime imposto em 1910. Sempre adjectivando com «republicano» tudo e mais alguma coisa. E sempre sem esquecer de referir a «ética republicana», que finalmente vislumbrei o que poderia ser, nos 70 candidatos autárquicos arguidos, com a Sr. Dr.ª D. Fátima Felgueiras à cabeça.
Entre algumas preciosidades que o Sr. Dr. Jorge Sampaio disse sobre o regime festejado, não posso deixar de destacar pelo seu alcance conceptual:
«A República foi, é, tem de ser, o único regime em que a sociedade civil se institucionaliza para defender o bem comum, por oposição aos regimes de dominação pessoal e aos regimes oligárquicos, nos quais o poder se organiza para impor os interesses de um déspota ou de uma minoria». O Sr. Dr. Jorge Sampaio chumbaria, por certo, num cursozito de ciência política com esta frase altissonante. O que diriam os ilustres mestres dessa ciência nas monarquias europeias, que são democracias a maior parte delas mais antigas que a democracia portuguesa, sobre a categoria em que se inserem? Regimes despóticos, regimes de oligarquia? O que dirá o socialista Presidente do Governo espanhol do regime monárquico: ditadura do Rei, oligarquia de que minoria?
«Os valores republicanos, em que assentam a democracia portuguesa e o conjunto das democracias representativas, permanecem actuais». Novo chumbito no exame. E a habitual má-fé republicana. Porque as democracias representativas não são de matriz republicana ou monárquica, embora possam coexistir com esses regimes distintos. E sobretudo porque importa não confundir deliberadamente com a mistura de república e democracia, como sinónimos, porque o não são. O Sr. Dr. Jorge Sampaio também é dos que acham que não há ditaduras em república e tenta branquear essa nódoa passando sobre o Estado Novo como se tivesse sido um regime monárquico, mesmo se os marechais Carmona e Craveiro Lopes e o almirante Tomás eram presidentes da República e até se intitulavam «Supremo Magistrado da Nação»?
«Sei que os Portugueses comungam, no essencial, dos mesmos valores e da mesma concepção sobre a República e a democracia portuguesa». Embora neste período já faça a distinção entre o regime republicano e a democracia, o Sr. Dr. Jorge Sampaio engana-se. Para além dos monárquicos, que na sua grande maioria comungam no essencial sobre a democracia, há muitos republicanos, muitos até jovens, saudosistas da república salazarista ou defensores de outras repúblicas oligárquicas (na concepção do Sr. Jorge Sampaio), de que Deus nos salve e acuda.
«Não há uma democracia forte sem um estado forte – e em verdade só há um estado forte em democracia», diz o sr. Dr. Jorge Sampaio. E aqui tem meio ponto. Porque se a primeira asserção é verdadeira a segunda não podia ser mais falsa. Se os mortos pudessem fazer-se ouvir, quão sonora seria a gargalhada do Sr. Doutor Oliveira Salazar…
Mas o discurso final do Sr. Supremo Magistrado do regime, vai para além destes conceitos e traça, a negro, o estado a que o dito regime chegou, apesar de toda «ética republicana», e da sua «solidariedade republicana» aos governos para o salvar, mesmo se a isso não é obrigado, como diz e me deixa perplexo. Quadro negro do regime que vai do descalabro das finanças públicas à falta de políticas económicas credíveis interna e externamente, da desorganização administrativa ao estado da Justiça e das Forças Armadas (que não são «uma instituição exemplar do Estado republicano», não uma guarda pretoriana do regime, mas as Forças Armadas ao serviço de Portugal), dos partidos («hoje separados da opinião pública por uma muralha», que o regime criou como são e que, feitos de outro modo, são essenciais à democracia) até à corrupção.
Nestes festejos, com direito a duas cerimónias principais e solenes e outras menores e restritas a lojas e capelinhas, o que não foi dito pelo Sr. Dr. Jorge Sampaio e outros oradores republicanos ilustres é que a República, com vetustos 95 anos, está velha, gasta, irrecuperável e merecia descansar em qualquer Prado do Repouso. E que não vale a pena tentar regenerá-la porque é irregenerável. O povo português parece passivo, mas de vez em quando desperta: foi assim com a Primeira, foi assim com a Segunda e será assim com a Terceira, mesmo sem o tinir das espadas porque, como muito bem disse o Sr. Dr. Mário Soares, candidato a mais do mesmo, estamos na União Europeia e os golpes de estado já não são possíveis. Antes assim.
quarta-feira, novembro 02, 2005
Palavras de Zapatero para os repúblicanos cegos em Portugal
Zapatero, que procede de un partido de tradición republicana, destacó el papel actual y de futuro de la Monarquía constitucional. "La Monarquía parlamentaria y constitucional viene desarrollando desde la transición una inestimable función de integración política, social y territorial al servicio de todos los españoles". Tras señalar que ésta "es una excelente ocasión para reconocer en nombre de todos los españoles esta tarea" mostró su "convicción" de que "seguirá realizando en el futuro tan digna y valiosa función".
el País
el País
Os portugueses são todos bandidos?
Parece que sim, pelo menos para o governo, tanto que agora querem pôr os desempregados em prisão domiciliária.
És preso, para receber o subsídio de desemprego.
É uma das primeiras vezes ue estou em total acordo com o Sr. Louçã
És preso, para receber o subsídio de desemprego.
É uma das primeiras vezes ue estou em total acordo com o Sr. Louçã
Chocante
retirado do Blog "Grande Loja do Queijo Limiano"
O Cofre
Segunda-feira, Outubro 31, 2005
A presidência do Conselho de Ministros, hoje, distribuiu à comunicação social uma nota a dizer que...
O Primeiro-Ministro não beneficia dos Serviços Sociais da Presidência do Conselho de Ministros. Na verdade, o acesso aos benefícios dos referidos Serviços Sociais depende de inscrição, sendo que o Primeiro-Ministro não está, nem nunca esteve, inscrito naqueles Serviços, pelo que não é deles beneficiário.
Pois está bem. Não quer beneficiar, é lá com o nosso primeiro. Será rico, talvez. Mas podia aproveitar... e é aí que reside a questão. E quanto vale o orçamento para os SSPCM? É assim tão pobrezinho, como dizem?!
Por falar em rico, observem bem estas contas que sairam destas reflexões em verbo jurídico
Permitam-me os cidadãos livres e independentes pensadores, que lhes chame a atenção para o valor orçamentado para os Serviços de Apoio, Estudos e Coordenação da Presidência do Conselho de Ministros: €2.694.539.529,00. Confesso que, quando vi este número, pensei que fosse um erro ou uma enorme brincadeira de mau gosto. No entanto, não deixa de ser significativo de que a soma de todas as parcelas prevista nos Encargos Gerais do Estado acabem por dar este valor por certo.
Agora, e sem analisar os restantes itens, perguntamos:
* 1. Mas [o que] fazem estes serviços de apoio ao Conselho de Ministros para terem orçamentado para um ano, quase o valor da construção do aeroporto da OTA?
* 2. Qual a riqueza que este organismo do Estado cria anualmente para justificar a atribuição de tal faraónica verba?
* 3. Como é possível que um gabinete de apoio ao Conselho de Ministros possa ter um orçamento equivalente à soma do orçamento previsto para a JUSTIÇA e DEFESA NACIONAL?
* 3. Então, nós pagamos impostos para sustentar […] tecnocratas que fazem estudos e dão apoio ao Conselho de Ministros ou pagamos impostos para ter Saúde, Justiça, Segurança, etc.?
* 4. Será que não haveria uma empresa privada que realizasse os mesmos serviços por um décimo do valor? E que serviços serão estes?
* 5. Que país (rico) é este em que o valor orçamentado para a Ciência, Tecnologia e Ensino Superior é, no seu conjunto (€1.531.793.381,00), escandalosamente inferior ao previsto para os Serviços de Apoio, Estudos e Coordenaçào da Presidência do Conselho de Ministros? Isto já para nem comparar com a verba prevista para a CULTURA, uns “míseros” €189.705.371,00) …
Deixo um desafio, a todos aqueles que nos honram ao ler estas linhas, para analisarem esse mapa com atenção… comparem umas despesas com outras, pois certamente chegarão a brilhantes “pérolas”. Quanto a nós, para além destas nossas “descobertas” existe algo que nos preocupa profundamente e que não vem no OE de 2006. Referimo-nos, pois claro, ao Silêncio.
Em primeiro lugar, silêncio da Oposição, que deveria pedir contas ao Governo dos motivos para que estas verbas estão atribuídas e que só se preocupa em arranjar argumentos que, na nossa opinião e perante estes números, são areia para os olhos dos portugueses. Nenhum partido político, nenhuma bancada parlamente, nenhum deputado, teve o bom-senso de olhar para estes números e perguntar porque os Serviços de Apoio do Conselho de Ministros tem direito a dois MIL milhões e seiscentos milhões de euros para gastar num ano. Daqui se retira que... Ou não viram, Ou não quiseram ver, Ou viram e acharam normal.
O Cofre
Segunda-feira, Outubro 31, 2005
A presidência do Conselho de Ministros, hoje, distribuiu à comunicação social uma nota a dizer que...
O Primeiro-Ministro não beneficia dos Serviços Sociais da Presidência do Conselho de Ministros. Na verdade, o acesso aos benefícios dos referidos Serviços Sociais depende de inscrição, sendo que o Primeiro-Ministro não está, nem nunca esteve, inscrito naqueles Serviços, pelo que não é deles beneficiário.
Pois está bem. Não quer beneficiar, é lá com o nosso primeiro. Será rico, talvez. Mas podia aproveitar... e é aí que reside a questão. E quanto vale o orçamento para os SSPCM? É assim tão pobrezinho, como dizem?!
Por falar em rico, observem bem estas contas que sairam destas reflexões em verbo jurídico
Permitam-me os cidadãos livres e independentes pensadores, que lhes chame a atenção para o valor orçamentado para os Serviços de Apoio, Estudos e Coordenação da Presidência do Conselho de Ministros: €2.694.539.529,00. Confesso que, quando vi este número, pensei que fosse um erro ou uma enorme brincadeira de mau gosto. No entanto, não deixa de ser significativo de que a soma de todas as parcelas prevista nos Encargos Gerais do Estado acabem por dar este valor por certo.
Agora, e sem analisar os restantes itens, perguntamos:
* 1. Mas [o que] fazem estes serviços de apoio ao Conselho de Ministros para terem orçamentado para um ano, quase o valor da construção do aeroporto da OTA?
* 2. Qual a riqueza que este organismo do Estado cria anualmente para justificar a atribuição de tal faraónica verba?
* 3. Como é possível que um gabinete de apoio ao Conselho de Ministros possa ter um orçamento equivalente à soma do orçamento previsto para a JUSTIÇA e DEFESA NACIONAL?
* 3. Então, nós pagamos impostos para sustentar […] tecnocratas que fazem estudos e dão apoio ao Conselho de Ministros ou pagamos impostos para ter Saúde, Justiça, Segurança, etc.?
* 4. Será que não haveria uma empresa privada que realizasse os mesmos serviços por um décimo do valor? E que serviços serão estes?
* 5. Que país (rico) é este em que o valor orçamentado para a Ciência, Tecnologia e Ensino Superior é, no seu conjunto (€1.531.793.381,00), escandalosamente inferior ao previsto para os Serviços de Apoio, Estudos e Coordenaçào da Presidência do Conselho de Ministros? Isto já para nem comparar com a verba prevista para a CULTURA, uns “míseros” €189.705.371,00) …
Deixo um desafio, a todos aqueles que nos honram ao ler estas linhas, para analisarem esse mapa com atenção… comparem umas despesas com outras, pois certamente chegarão a brilhantes “pérolas”. Quanto a nós, para além destas nossas “descobertas” existe algo que nos preocupa profundamente e que não vem no OE de 2006. Referimo-nos, pois claro, ao Silêncio.
Em primeiro lugar, silêncio da Oposição, que deveria pedir contas ao Governo dos motivos para que estas verbas estão atribuídas e que só se preocupa em arranjar argumentos que, na nossa opinião e perante estes números, são areia para os olhos dos portugueses. Nenhum partido político, nenhuma bancada parlamente, nenhum deputado, teve o bom-senso de olhar para estes números e perguntar porque os Serviços de Apoio do Conselho de Ministros tem direito a dois MIL milhões e seiscentos milhões de euros para gastar num ano. Daqui se retira que... Ou não viram, Ou não quiseram ver, Ou viram e acharam normal.
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