É uma tradição cada vez com maior força em Espanha.
Pela altura do Natal, algumas selecções regionais autónomas do país vizinho aproveitam para efectuar partidas de carácter particular e vincar as suas reivindicações. O País Basco, por exemplo, vai defrontar esta semana a Sérvia, orientada por Javier Clemente, um técnico com fortes ligações à região. O palco vai ser o caloroso Estádio de San Mames, recinto do Atlético de Bilbau.
Aliás, a selecção basca e a da Catalunha são as que mais incursões têm feito no futebol internacional. Ainda recentemente, em Outubro, defrontaram-se no Estádio de Camp Nou, com o resultado final de 2-2. Desta vez, a Catalunha não joga por os responsáveis não quererem desgastar mais os seus atletas, tal como a selecção de Navarra, também sem actividade natalícia.
O outro encontro desta época tão especial será disputado entre a selecção de Aragão e o Chile. Uma estreia absoluta para a representação autónoma, que tem o Estádio de La Romareda, casa do Saragoça, como seu recinto de eleição.
terça-feira, dezembro 26, 2006
quarta-feira, dezembro 20, 2006
Gwyneth Paltrow nega ter dito mal dos EUA ao DN
Burrinha...
OSCAR-winning actor Gwyneth Paltrow insisted today that contrary to a recent article in a European newspaper, she feels "proud to be American" and would never compare her homeland unfavourably to Britain.
In a statement issued through People magazine's website, Paltrow said she was "deeply upset" by remarks attributed to her by the Portuguese newspaper Diario de Noticias, which quoted the actor as saying: "The British are much more intelligent and civilised than the Americans".
"I never, ever would have said that," said Paltrow, 34, who is married to British rock star Chris Martin, the lead singer of Coldplay, and lives part time with him and their two children in London.
"I feel so lucky to be American,and so proud to be American" she said.
Paltrow denies giving an interview to the Portuguese daily, though she did speak at a news conference in Spanish, according to People.
"I said that Europe is a much older culture, and there's a difference. I always say in America, people live to work, and in Europe, people work to live. There are positives in both," she said.
"Obviously, I need to go back to seventh-grade Spanish."
OSCAR-winning actor Gwyneth Paltrow insisted today that contrary to a recent article in a European newspaper, she feels "proud to be American" and would never compare her homeland unfavourably to Britain.
In a statement issued through People magazine's website, Paltrow said she was "deeply upset" by remarks attributed to her by the Portuguese newspaper Diario de Noticias, which quoted the actor as saying: "The British are much more intelligent and civilised than the Americans".
"I never, ever would have said that," said Paltrow, 34, who is married to British rock star Chris Martin, the lead singer of Coldplay, and lives part time with him and their two children in London.
"I feel so lucky to be American,and so proud to be American" she said.
Paltrow denies giving an interview to the Portuguese daily, though she did speak at a news conference in Spanish, according to People.
"I said that Europe is a much older culture, and there's a difference. I always say in America, people live to work, and in Europe, people work to live. There are positives in both," she said.
"Obviously, I need to go back to seventh-grade Spanish."
Polacos querem Jesus como rei honorário do país
Perante o ressurgimento em força do catolicismo na Polónia, alguns deputados propõem a coroação póstuma de Jesus Cristo como rei honorário da nação.
A ideia partiu de um membro da coligação Lei e Justiça (no poder), duranta visita, na passada Primavera, do Papa Bento XVI à Polónia. Desde então, ganhou adeptos. O diário Rzeczpospolita afirma que são já 46 os deputados a apoiar a iniciativa.
Agora, os membros da câmara baixa do parlamento esperam o apoio da Igreja para coroar Jesus Cristo como rei honorário da Polónia. «Estamos a rezar por isso», diz o deputado Artur Gorski.
Se a lei for aprovada, Jesus junta-se à Virgem Maria, que é, desde o século XVII, rainha honorária do país, após o que os polacos acreditam ter sido sua intervenção numa batalha contra a Suécia.
A ideia partiu de um membro da coligação Lei e Justiça (no poder), duranta visita, na passada Primavera, do Papa Bento XVI à Polónia. Desde então, ganhou adeptos. O diário Rzeczpospolita afirma que são já 46 os deputados a apoiar a iniciativa.
Agora, os membros da câmara baixa do parlamento esperam o apoio da Igreja para coroar Jesus Cristo como rei honorário da Polónia. «Estamos a rezar por isso», diz o deputado Artur Gorski.
Se a lei for aprovada, Jesus junta-se à Virgem Maria, que é, desde o século XVII, rainha honorária do país, após o que os polacos acreditam ter sido sua intervenção numa batalha contra a Suécia.
Timor: Eleições regulamentadas
O pacote legislativo que vai regulamentar as eleições presidenciais e legislativas de 2007 em Timor-Leste poderá ser aprovada até ao final da semana, disse o presidente do Parlamento Nacional, Francisco Guterres Lu-Olo. Os deputados iniciaram ontem o debate da proposta de lei para a eleição do Presidente da República.
Vaticano quer selecção de futebol
O Secretário da Santa Sé revelou a intenção do Vaticano formar uma equipa de futebol para competir ao mais alto nível.
Na antevisão do Secretário da Santa Sé, Tarcisio Bertone, o Vaticano conseguirá construir «uma equipa magnífica», capaz de disputar ligas nacionais e internacionais.
O onze alinhará com as cores da bandeira do Vaticano – amarelo e branco – e os jogadores serão seleccionados «das universidades pontifícias». Segundo o jornal italiano La Repubblica, Bertone já tem carta-branca para desenvolver o projecto, que está a ser estudado por cardeais.
Na antevisão do Secretário da Santa Sé, Tarcisio Bertone, o Vaticano conseguirá construir «uma equipa magnífica», capaz de disputar ligas nacionais e internacionais.
O onze alinhará com as cores da bandeira do Vaticano – amarelo e branco – e os jogadores serão seleccionados «das universidades pontifícias». Segundo o jornal italiano La Repubblica, Bertone já tem carta-branca para desenvolver o projecto, que está a ser estudado por cardeais.
Mais de 100 portugueses passam Natal nas prisões dos Estados Unidos
Mais de uma centena de presos nascidos em Portugal vai passar a noite de Natal atrás das grandes, apurou a agência Lusa junto dos Consulados portugueses e de algumas autoridades prisionais dos Estados Unidos
O Consulado de Portugal em Providence não dispunha ainda de dados fornecidos pelas autoridades prisionais do Estado de Rhode Island mas um porta-voz consular disse que, no Natal do ano passado, havia 20 cidadãos portugueses presos e que este ano o seu número deve ser semelhante.
Dos 22 detidos em cadeias do Estado de Nova Jersey, na área consular de Newark, 15 encontram-se em cadeias estatais e sete nas cadeias do Condado de Essex, que tem sede na cidade de Newark.
O Consulado de Portugal em Providence não dispunha ainda de dados fornecidos pelas autoridades prisionais do Estado de Rhode Island mas um porta-voz consular disse que, no Natal do ano passado, havia 20 cidadãos portugueses presos e que este ano o seu número deve ser semelhante.
Dos 22 detidos em cadeias do Estado de Nova Jersey, na área consular de Newark, 15 encontram-se em cadeias estatais e sete nas cadeias do Condado de Essex, que tem sede na cidade de Newark.
Macau foi "devolvido" há 7 anos
1999: A administração portuguesa em Macau termina. O território é "devolvido" à China, depois de 400 anos de ocupação portuguesa.
Mais uma machadada no orgulho nacional!
Mais uma machadada no orgulho nacional!
Guiné-Bissau: Tensão no parlamento leva a suspensão da sessão
Os deputados guineenses viveram terça-feira momentos de tensão, ao ponto de um grupo de parlamentares próximos do governo pretender constituir uma nova mesa para presidir ao órgão legislativo.
A sessão acabou por ser formalmente encerrada pela presidente em exercício, Satu Camara, que alegou falta de condições para prosseguir com os trabalhos .
Juntamente com a mesa, abandonaram o hemiciclo os deputados do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo), ficando na sala os parlamentares afectos ao Fórum de Convergência para o Desenvolvimento (FCD).
«É um triste exemplo, digno de figurar no Guiness Book, mas também somos recordistas dos piores exemplos para o mundo, como golpes de Estado de todas as espécies, e agora inventamos o golpe parlamentar», disse Fernando Gomes, antigo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos.
Mais um exemplo da descolonização "perfeita"...
A sessão acabou por ser formalmente encerrada pela presidente em exercício, Satu Camara, que alegou falta de condições para prosseguir com os trabalhos .
Juntamente com a mesa, abandonaram o hemiciclo os deputados do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo), ficando na sala os parlamentares afectos ao Fórum de Convergência para o Desenvolvimento (FCD).
«É um triste exemplo, digno de figurar no Guiness Book, mas também somos recordistas dos piores exemplos para o mundo, como golpes de Estado de todas as espécies, e agora inventamos o golpe parlamentar», disse Fernando Gomes, antigo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos.
Mais um exemplo da descolonização "perfeita"...
terça-feira, dezembro 19, 2006
Madeira: FAMA apela ao veto da Lei das Finanças Regionais
FAME: I wanna live (be independent) forever...
O FAMA (Fórum Autonomia da Madeira) apelou hoje ao Presidente da República para que faça uma «avaliação política» da proposta da Lei das Finanças Regionais e vete o diploma.
«Independentemente do que diga o Tribunal Constitucional, só o veto político do Presidente da República à Lei das Finanças Regionais será capaz de repor o ambiente de unidade nacional pelo qual todos devem pugnar», diz o comunicado do FAMA distribuído no Funchal.
Este Fórum, que reúne entidades de vários quadrantes da sociedade madeirense, entre os quais o presidente do governo regional, Alberto João Jardim, considera que a medida legislativa do governo da República nesta matéria «é ilegal e inconstitucional».
«Para o Povo Madeirense (?) tem ainda maior importância saber que o Presidente da República, no seu alto critério, usa a prerrogativa de avaliar se, para além dos aspectos legais, as opções do governo central obedecem a requisitos de justiça, solidariedade e equidade entre todos os portugueses», declara um dos parágrafos do documento.
O FAMA diz que «está agora nas mãos de Cavaco Silva fazer extinguir este foco de instabilidade que arrisca colocar portugueses contra portugueses, pondo fim a um grave conflito que não foi gerado na Madeira nem é desejado pelos madeirenses».
Com a nova lei das Finanças Regionais a Madeira sofre, já em 2007, um corte nas transferências do Estado que atingirá os 34 milhões de euros, enquanto que os Açores recebem mais 13,3 milhões de euros.
O diploma foi aprovado na Assembleia da República e enviado ao Presidente da República, Cavaco Silva, para decisão.
O FAMA (Fórum Autonomia da Madeira) apelou hoje ao Presidente da República para que faça uma «avaliação política» da proposta da Lei das Finanças Regionais e vete o diploma.
«Independentemente do que diga o Tribunal Constitucional, só o veto político do Presidente da República à Lei das Finanças Regionais será capaz de repor o ambiente de unidade nacional pelo qual todos devem pugnar», diz o comunicado do FAMA distribuído no Funchal.
Este Fórum, que reúne entidades de vários quadrantes da sociedade madeirense, entre os quais o presidente do governo regional, Alberto João Jardim, considera que a medida legislativa do governo da República nesta matéria «é ilegal e inconstitucional».
«Para o Povo Madeirense (?) tem ainda maior importância saber que o Presidente da República, no seu alto critério, usa a prerrogativa de avaliar se, para além dos aspectos legais, as opções do governo central obedecem a requisitos de justiça, solidariedade e equidade entre todos os portugueses», declara um dos parágrafos do documento.
O FAMA diz que «está agora nas mãos de Cavaco Silva fazer extinguir este foco de instabilidade que arrisca colocar portugueses contra portugueses, pondo fim a um grave conflito que não foi gerado na Madeira nem é desejado pelos madeirenses».
Com a nova lei das Finanças Regionais a Madeira sofre, já em 2007, um corte nas transferências do Estado que atingirá os 34 milhões de euros, enquanto que os Açores recebem mais 13,3 milhões de euros.
O diploma foi aprovado na Assembleia da República e enviado ao Presidente da República, Cavaco Silva, para decisão.
Catalães querem internacionalizar debate sobre a independência
A Plataforma para o Direito a Decidir, da Catalunha, decidiu estender os seus princípios a todos os territórios catalães (Regiões Autónomas da Catalunha, Baleares e Valência), assim como internacionalizar o debate sobre a autodeterminação da Catalunha.
A independência da Nação Catalã já esteve mais longe.
A independência da Nação Catalã já esteve mais longe.
Instituto Cervantes quer Microsoft a dar computadores a escolas no Brasil
O Instituto Cervantes de Espanha pretende que a Microsoft dote as escolas brasileiras de computadores para poder ensinar castelhano, revelou segunda-feira o seu director, Cesar António Molina.
Era só o que faltava...
Era só o que faltava...
Pista do Mundial Lisboa 2001 deixa armazém e vai para Pombal
Finalmente, a pista de atletismo em material sintético que esteve encaixotada durante cinco anos, desde o Campeonato do Mundo de pista coberta de 2001, que se realizou no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, começou ontem a ser transportada para Pombal, onde será colocada no Pavilhão da Expo Centro.
Neste recinto passam a realizar-se a competições e treinos da temporada de Inverno.
Neste recinto passam a realizar-se a competições e treinos da temporada de Inverno.
segunda-feira, dezembro 18, 2006
Acordo Ortográfico faz 16 anos sem entrar em vigor!
O Acordo Ortográfico foi assinado no meio de controvérsia faz hoje 16 anos, com o objectivo de unificar a escrita da língua portuguesa, mas ainda não entrou em vigor e não se sabe quando entrará
O texto assinado a 16 de Dezembro de 1990, com vozes do meio académico a contestarem o acordo, foi publicado em Diário da República em Agosto de 1991 com a resolução do Parlamento que o aprovou para ratificação.
O acordo deveria entrar em vigor a 1 de Janeiro de 1994 «após depositados os instrumentos de ratificação de todos os Estados (Portugal, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe) junto do Governo da República Portuguesa», mas isso não aconteceu porque só Portugal, Brasil e Cabo Verde o ratificaram.
Desde então, foram aprovados dois protocolos modificativos, um dos quais, assinado em Julho de 1998 na Praia, em Cabo Verde, previa a entrada em vigor do acordo, depois do depósito de ratificação por parte de todos os Estados signatários, já sem apontar qualquer data.
Um segundo protocolo modificativo assinado em Julho de 2004 na cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), em São Tomé (depois de aceite a adesão de Timor-leste) prescindiu da aplicação unânime, bastando a ratificação de apenas três países signatários para a sua entrada em vigor.
A aplicação do acordo, depois da ratificação por três países deste protocolo, respeitaria apenas a esses países. Brasil e Cabo Verde cumpriram essa exigência há mais de um ano.
São Tomé e Príncipe ratificou o acordo e os dois protocolos modificativos no passado dia 17 de Novembro. Ou seja, neste momento já há três países que podem estar em condições para o aplicar após o depósito dos instrumentos de ratificação.
Portugal ainda não ratificou o segundo protocolo modificativo nem há ainda qualquer data para que isso aconteça, disse à Lusa fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Mas, quando o fizer, poderá introduzir uma «cláusula de reserva diferindo a sua entrada em vigor na ordem jurídica interna», explicou a mesma fonte.
Com esta diligência, Portugal poderá conseguir mais algum tempo antes da aplicação de um acordo que obriga a muitas adaptações e alterações, incluindo a de manuais escolares.
O texto assinado a 16 de Dezembro de 1990, com vozes do meio académico a contestarem o acordo, foi publicado em Diário da República em Agosto de 1991 com a resolução do Parlamento que o aprovou para ratificação.
O acordo deveria entrar em vigor a 1 de Janeiro de 1994 «após depositados os instrumentos de ratificação de todos os Estados (Portugal, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe) junto do Governo da República Portuguesa», mas isso não aconteceu porque só Portugal, Brasil e Cabo Verde o ratificaram.
Desde então, foram aprovados dois protocolos modificativos, um dos quais, assinado em Julho de 1998 na Praia, em Cabo Verde, previa a entrada em vigor do acordo, depois do depósito de ratificação por parte de todos os Estados signatários, já sem apontar qualquer data.
Um segundo protocolo modificativo assinado em Julho de 2004 na cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), em São Tomé (depois de aceite a adesão de Timor-leste) prescindiu da aplicação unânime, bastando a ratificação de apenas três países signatários para a sua entrada em vigor.
A aplicação do acordo, depois da ratificação por três países deste protocolo, respeitaria apenas a esses países. Brasil e Cabo Verde cumpriram essa exigência há mais de um ano.
São Tomé e Príncipe ratificou o acordo e os dois protocolos modificativos no passado dia 17 de Novembro. Ou seja, neste momento já há três países que podem estar em condições para o aplicar após o depósito dos instrumentos de ratificação.
Portugal ainda não ratificou o segundo protocolo modificativo nem há ainda qualquer data para que isso aconteça, disse à Lusa fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Mas, quando o fizer, poderá introduzir uma «cláusula de reserva diferindo a sua entrada em vigor na ordem jurídica interna», explicou a mesma fonte.
Com esta diligência, Portugal poderá conseguir mais algum tempo antes da aplicação de um acordo que obriga a muitas adaptações e alterações, incluindo a de manuais escolares.
Universidade de Goa quer atribuir doutoramento a Cavaco
A Universidade de Goa planeia atribuir um doutoramento honorário a Cavaco Silva durante a visita que o presidente português vai fazer à Índia em Janeiro, informou hoje o portal daijiworld.com.
«Estamos à espera de autorização do Ministério dos Negócios Estrangeiros», disse ao portal da costa ocidental indiana o vice-chanceler da Universidade, P.S. Zacharius.
O anúncio oficial do doutoramento só será feito após essa autorização, acrescentou.
Cavaco Silva vai em visita de Estado à Índia de 10 a 17 de Janeiro de 2007, deslocando-se a Nova Deli, Goa, Bombaim e Bangalore.
O chefe de Estado terá encontros com o Presidente da Índia, Abdul Kalam, de quem partiu o convite, e com as principais autoridades do Governo federal, bem como os Governos dos Estados que visitará.
O último Presidente português a fazer uma visita de Estado foi Mário Soares, em 1992.
«Estamos à espera de autorização do Ministério dos Negócios Estrangeiros», disse ao portal da costa ocidental indiana o vice-chanceler da Universidade, P.S. Zacharius.
O anúncio oficial do doutoramento só será feito após essa autorização, acrescentou.
Cavaco Silva vai em visita de Estado à Índia de 10 a 17 de Janeiro de 2007, deslocando-se a Nova Deli, Goa, Bombaim e Bangalore.
O chefe de Estado terá encontros com o Presidente da Índia, Abdul Kalam, de quem partiu o convite, e com as principais autoridades do Governo federal, bem como os Governos dos Estados que visitará.
O último Presidente português a fazer uma visita de Estado foi Mário Soares, em 1992.
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Portugal perde posto de relevo internacional
Presidente da ERSE recusou avançar para a corrida à presidência da Agência Internacional de Energia porque o Governo formalizou a candidatura fora de prazo. Executivo diz que ainda havia tempo.
Uma vergonha! Que descaramento...
Em finais de Setembro, Jorge Vasconcelos recebeu o primeiro de vários telefonemas que iriam fazê-lo reequacionar o seu futuro. Os representantes de alguns dos mais poderosos países da Agência Internacional de Energia, como os EUA, queriam vê-lo a dirigir a mais prestigiada organização mundial do sector, e garantiam-lhe o seu apoio se o presidente da ERSE, que regula o sector energético português, aceitasse concorrer.
Depois de 10 anos à frente da ERSE, com um mandato à beira do fim, Vasconcelos foi sensível aos argumentos, também transmitidos ao Governo.
No fim de semana de 23 de Outubro, numa conferência que reune os principais actores do sector energético português na sumptuosa Casa de Mateus, perto de Vila Real, Jorge Vasconcelos discute o assunto com Castro Guerra, o secretário de Estado adjunto da Economia, acertando o plano de acção para formalizar e acelerar o processo, uma vez que o prazo para apresentação da candidatura estava perto do fim.
Vasconcelos entregou a parte que lhe cabia do processo na segunda-feira, uma semana antes do final do prazo, as 17 horas da segunda-feira seguinte – 18 horas na sede da organização, em Paris. Castro Guerra ficou encarregue de tratar do resto, e de verificar se o Ministério dos Negócios Estrangeiros não se teria já comprometido com outra candidatura. A partir daí, o processo emperra em parte incerta dos gabinetes governamentais. Orgulhoso, Jorge Vasconcelos aguarda sem insistir.
Às 16:50 de segunda-feira, 10 minutos antes do final do prazo, Castro Guerra recebe um telefonema de Vasconcelos. O presidente da ERSE não faz perguntas. Diz apenas saber que a candidatura não tinha dado entrada e que, se for após o final do prazo, prefere que não seja entregue de todo. Recebe pouco depois das 17 horas um telefonema de Miguel Barreto, director-geral da Energia, que lhe assegura que a candidatura ainda é viável, uma vez que bastaria enviar um e-mail para a organização. Vasconcelos não muda de opinião, pois a última coisa que deseja, contam fontes muito próximas do presidente da ERSE, é ver o seu nome associado a uma derrota por desleixo burocrático – uma candidatura fora de prazo, mesmo que apenas por alguns minutos.
Fonte governamental garante que a candidatura não se concretizou por opção do candidato, apesar das insistências do Governo que, assegura, concluiu o processo em tempo útil.
Vasconcelos continuou na corrida informalmente, uma vez que os restantes candidatos não recolhiam a unanimidade, mas perdeu definitivamente a esperança na quarta-feira, quando a organização elegeu para o cargo Nobuo Tanaka, um japonês, acabando assim um acordo tácito entre os membros da agência que assegurava a presidência da AIE a um candidato europeu.
Perfil: Jorge Vasconcelos
Nos últimos dez anos Jorge Vasconcelos viu passar sete ministros e oito secretários de Estado.
Engenheiro electrotécnico de formação, foi convidado em 1996 para instalar a ERSE, sendo nomeado como presidente do regulador no ano seguinte. Foi ainda co-fundador e primeiro presidente do Conselho Europeu de reguladores de Energia. Antes tinha ocupado o cargo secretario geral da Eurelectric, a associação europeia da indústria eléctrica.
Uma vergonha! Que descaramento...
Em finais de Setembro, Jorge Vasconcelos recebeu o primeiro de vários telefonemas que iriam fazê-lo reequacionar o seu futuro. Os representantes de alguns dos mais poderosos países da Agência Internacional de Energia, como os EUA, queriam vê-lo a dirigir a mais prestigiada organização mundial do sector, e garantiam-lhe o seu apoio se o presidente da ERSE, que regula o sector energético português, aceitasse concorrer.
Depois de 10 anos à frente da ERSE, com um mandato à beira do fim, Vasconcelos foi sensível aos argumentos, também transmitidos ao Governo.
No fim de semana de 23 de Outubro, numa conferência que reune os principais actores do sector energético português na sumptuosa Casa de Mateus, perto de Vila Real, Jorge Vasconcelos discute o assunto com Castro Guerra, o secretário de Estado adjunto da Economia, acertando o plano de acção para formalizar e acelerar o processo, uma vez que o prazo para apresentação da candidatura estava perto do fim.
Vasconcelos entregou a parte que lhe cabia do processo na segunda-feira, uma semana antes do final do prazo, as 17 horas da segunda-feira seguinte – 18 horas na sede da organização, em Paris. Castro Guerra ficou encarregue de tratar do resto, e de verificar se o Ministério dos Negócios Estrangeiros não se teria já comprometido com outra candidatura. A partir daí, o processo emperra em parte incerta dos gabinetes governamentais. Orgulhoso, Jorge Vasconcelos aguarda sem insistir.
Às 16:50 de segunda-feira, 10 minutos antes do final do prazo, Castro Guerra recebe um telefonema de Vasconcelos. O presidente da ERSE não faz perguntas. Diz apenas saber que a candidatura não tinha dado entrada e que, se for após o final do prazo, prefere que não seja entregue de todo. Recebe pouco depois das 17 horas um telefonema de Miguel Barreto, director-geral da Energia, que lhe assegura que a candidatura ainda é viável, uma vez que bastaria enviar um e-mail para a organização. Vasconcelos não muda de opinião, pois a última coisa que deseja, contam fontes muito próximas do presidente da ERSE, é ver o seu nome associado a uma derrota por desleixo burocrático – uma candidatura fora de prazo, mesmo que apenas por alguns minutos.
Fonte governamental garante que a candidatura não se concretizou por opção do candidato, apesar das insistências do Governo que, assegura, concluiu o processo em tempo útil.
Vasconcelos continuou na corrida informalmente, uma vez que os restantes candidatos não recolhiam a unanimidade, mas perdeu definitivamente a esperança na quarta-feira, quando a organização elegeu para o cargo Nobuo Tanaka, um japonês, acabando assim um acordo tácito entre os membros da agência que assegurava a presidência da AIE a um candidato europeu.
Perfil: Jorge Vasconcelos
Nos últimos dez anos Jorge Vasconcelos viu passar sete ministros e oito secretários de Estado.
Engenheiro electrotécnico de formação, foi convidado em 1996 para instalar a ERSE, sendo nomeado como presidente do regulador no ano seguinte. Foi ainda co-fundador e primeiro presidente do Conselho Europeu de reguladores de Energia. Antes tinha ocupado o cargo secretario geral da Eurelectric, a associação europeia da indústria eléctrica.
Reestruturação Consular necessária...
O Governo pretende encerrar no próximo ano 17 consulados portugueses, em 8 países, entre os quais o único existente na Holanda, e um escritório consular, segundo um projecto de reestruturação consular a ser cumprido até ao final da primeira semana de Janeiro
De acordo com o projecto, deverão ser extintos os consulados portugueses em Sevilha, Bilbao e Vigo (Espanha), Toulouse, Lille, Orléans, Tours, Versailles e Nogent (França), Roterdão (Holanda), Milão (Itália), Nova Iorque, Nova Bedford e Providence (Estados Unidos), Hamilton (Bermudas), Santos (Brasil) e Durban (África do Sul).
No âmbito da nova reestruturação consular, o Executivo prevê transformar seis consulados em vice-consulados e um em escritório consular.
Os vice-consulados, que deverão ser criados no próximo ano em Frankfurt (Alemanha), Nantes e Clermont-Ferrand (França), Belém, Recife e Porto Alegre (Brasil), são dirigidos por funcionários consulares, deixando os postos de ser chefiados por cônsules.
Por sua vez, o consulado de Portugal em Curitiba (Brasil) deverá ser transformado em escritório consular.
A nova reestruturação consular prevê igualmente a criação de uma secção consular e de 10 consulados honorários, que têm como função representar Portugal no país onde está instalado, não possuindo competências para tratar serviços de registo civil e de documentos de identificação, como o Bilhete de Identidade e dos passaportes.
Os consulados honorários deverão ser criados em Sevilha, Bilbao, Vigo, Orléans, Tours, Toulouse, Milão, Hamilton, Durban e Windhoek, na Namíbia, onde até agora existia um escritório consular.
Com a extinção do consulado de Portugal em Roterdão deverá ser criada uma secção consular na Embaixada em Haia.
De acordo com o projecto, os serviços de Versailles e Nogent vão ser absorvidos pelo Consulado de Portugal em Paris.
Desinvestimento e mais desinvestimento...
De acordo com o projecto, deverão ser extintos os consulados portugueses em Sevilha, Bilbao e Vigo (Espanha), Toulouse, Lille, Orléans, Tours, Versailles e Nogent (França), Roterdão (Holanda), Milão (Itália), Nova Iorque, Nova Bedford e Providence (Estados Unidos), Hamilton (Bermudas), Santos (Brasil) e Durban (África do Sul).
No âmbito da nova reestruturação consular, o Executivo prevê transformar seis consulados em vice-consulados e um em escritório consular.
Os vice-consulados, que deverão ser criados no próximo ano em Frankfurt (Alemanha), Nantes e Clermont-Ferrand (França), Belém, Recife e Porto Alegre (Brasil), são dirigidos por funcionários consulares, deixando os postos de ser chefiados por cônsules.
Por sua vez, o consulado de Portugal em Curitiba (Brasil) deverá ser transformado em escritório consular.
A nova reestruturação consular prevê igualmente a criação de uma secção consular e de 10 consulados honorários, que têm como função representar Portugal no país onde está instalado, não possuindo competências para tratar serviços de registo civil e de documentos de identificação, como o Bilhete de Identidade e dos passaportes.
Os consulados honorários deverão ser criados em Sevilha, Bilbao, Vigo, Orléans, Tours, Toulouse, Milão, Hamilton, Durban e Windhoek, na Namíbia, onde até agora existia um escritório consular.
Com a extinção do consulado de Portugal em Roterdão deverá ser criada uma secção consular na Embaixada em Haia.
De acordo com o projecto, os serviços de Versailles e Nogent vão ser absorvidos pelo Consulado de Portugal em Paris.
Desinvestimento e mais desinvestimento...
quinta-feira, dezembro 14, 2006
Vitória para a língua portuguesa
São Tomé e Príncipe acaba de ratificar o Acordo Ortográfico de Língua, pelo que se torna no quarto país a fazê-lo.
O anúncio foi feito durante o Seminário Internacional de Língua Portuguesa e suas Literaturas, que reúne representantes de todos os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
«A entrada em vigor do Acordo vai permitir que a escrita, de uma forma geral, seja comum», afirmou o escritor e deputado de São Tomé e Príncipe, Albertino Bragança, lembrando que houve uma grande polémica para unificar as duas ortografias oficiais da língua portuguesa - a lusitana/africana e a brasileira.
O Acordo Ortográfico foi assinado a 16 de Dezembro de 1990 por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe mas não podia entrar em vigor por não ter sido ratificado por todos os países.
Apenas o Brasil, Cabo Verde e Portugal tinham ratificado o Acordo.
A aprovação de uma adenda ao Acordo Ortográfico, em Julho de 2004, em São Tome, durante a Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tornou possível, entretanto, a sua entrada em vigor.
A medida, sugerida pelo governo brasileiro, permitiu que o Acordo vigorasse com a ratificação de apenas três países, sem a necessidade de que todos os outros membros da CPLP adoptassem o mesmo procedimento.
O protocolo permitiu também que Timor-Leste, o membro mais novo da CPLP , pudesse aderir ao Acordo.
Em Outubro de 2004, o Brasil informou Portugal que já estava apto a
adoptar o Acordo Ortográfico, pois tinha cumprido todos os trâmites legislativos internos necessários.
Na altura, o governo brasileiro instou Portugal e Cabo Verde, que também já ratificaram o Acordo, a cumprirem igualmente as exigências internas constitucionais para que haja uma ortografia comum da língua portuguesa.
Aquelas exigências passam, nomeadamente, pelo depósito dos instrumentos de ratificação na Academia das Ciências e pela publicação em Diário da República.
Questionada sobre a posição de Portugal, a coordenadora de Cooperação
para o Desenvolvimento no Gabinete de Assuntos Europeus e Relações Internacionais (GAERI) do Ministério de Educação, disse faltar pouco para Portugal cumprir todos os trâmites burocráticos.
«Só falta um passinho, é apenas uma questão política», declarou à Lusa, Maria Angélica Ribeiro, sem entrar em pormenores.
Fontes do Ministério da Educação do Brasil informaram, entretanto, que Portugal ainda não tomou qualquer decisão concreta para o acordo vigorar na prática, não só por uma questão política mas também económica.
«Na verdade, a questão é política e económica, porque as grandes editoras portuguesas vão ter que competir com as brasileiras. Acredito que Portugal não tenha interesse no Acordo, ao contrário do Brasil, que tem muito interesse, pois as nossas editoras têm uma grande força no mercado editorial», salientou fonte do governo brasileiro.
O conselheiro cultural da Embaixada de Portugal e director do Instituto Camões no Brasil, Adriano Jordão, que também participa no Seminário Internacional de Língua Portuguesa e suas Literaturas, discordou.
«Para as editoras portuguesas é bom que haja o Acordo Ortográfico, que afecta muito mais as editoras brasileiras», afirmou Adriano Jordão à Lusa, explicando que as alterações ortográficas terão implicações na revisão das publicações.
Jordão disse ser, pessoalmente, «cem por cento a favor» do Acordo, que vai facilitar a circulação de livros num mercado ortográfico único com mais de duzentos milhões de pessoas mas destacou que «não é preciso urgência».
«Temos de ser cautelosos, acho que poderia ser uma acção precipitada», sublinhou, lembrando que há pendências jurídicas para que o acordo entre de facto em vigor.
Fruto de longas negociações conduzidas pela Academia Brasileira de Letras e pela Academia das Ciências de Lisboa ao longo da década de 1980, o Acordo tem como principal objectivo resolver questões relativas a divergências ortográficas.
Para o governo brasileiro, a existência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa é prejudicial à unidade do idioma e dificulta a capacidade de difusão internacional do português.
O Brasil considera a entrada em vigor do Acordo como condição essencial para a definição de uma política de promoção e difusão da língua portuguesa, o terceiro idioma europeu mais falado no mundo.
Diplomatas e linguistas brasileiros acreditam que uma ortografia comum diminuirá o elevado custo de produção de diferentes versões de dicionários e de livros em língua portuguesa e facilitará a utilização de livros didácticos, prog ramas de educação à distância e outros materiais pedagógicos adoptados no Brasil por outros países da CPLP.
Outro argumento do Brasil é de que, com o Acordo a ser aplicado por todos os países da CPLP, será também mais fácil estabelecer critérios unificados para exames e certificados de língua portuguesa para estrangeiros.
O anúncio foi feito durante o Seminário Internacional de Língua Portuguesa e suas Literaturas, que reúne representantes de todos os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
«A entrada em vigor do Acordo vai permitir que a escrita, de uma forma geral, seja comum», afirmou o escritor e deputado de São Tomé e Príncipe, Albertino Bragança, lembrando que houve uma grande polémica para unificar as duas ortografias oficiais da língua portuguesa - a lusitana/africana e a brasileira.
O Acordo Ortográfico foi assinado a 16 de Dezembro de 1990 por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe mas não podia entrar em vigor por não ter sido ratificado por todos os países.
Apenas o Brasil, Cabo Verde e Portugal tinham ratificado o Acordo.
A aprovação de uma adenda ao Acordo Ortográfico, em Julho de 2004, em São Tome, durante a Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tornou possível, entretanto, a sua entrada em vigor.
A medida, sugerida pelo governo brasileiro, permitiu que o Acordo vigorasse com a ratificação de apenas três países, sem a necessidade de que todos os outros membros da CPLP adoptassem o mesmo procedimento.
O protocolo permitiu também que Timor-Leste, o membro mais novo da CPLP , pudesse aderir ao Acordo.
Em Outubro de 2004, o Brasil informou Portugal que já estava apto a
adoptar o Acordo Ortográfico, pois tinha cumprido todos os trâmites legislativos internos necessários.
Na altura, o governo brasileiro instou Portugal e Cabo Verde, que também já ratificaram o Acordo, a cumprirem igualmente as exigências internas constitucionais para que haja uma ortografia comum da língua portuguesa.
Aquelas exigências passam, nomeadamente, pelo depósito dos instrumentos de ratificação na Academia das Ciências e pela publicação em Diário da República.
Questionada sobre a posição de Portugal, a coordenadora de Cooperação
para o Desenvolvimento no Gabinete de Assuntos Europeus e Relações Internacionais (GAERI) do Ministério de Educação, disse faltar pouco para Portugal cumprir todos os trâmites burocráticos.
«Só falta um passinho, é apenas uma questão política», declarou à Lusa, Maria Angélica Ribeiro, sem entrar em pormenores.
Fontes do Ministério da Educação do Brasil informaram, entretanto, que Portugal ainda não tomou qualquer decisão concreta para o acordo vigorar na prática, não só por uma questão política mas também económica.
«Na verdade, a questão é política e económica, porque as grandes editoras portuguesas vão ter que competir com as brasileiras. Acredito que Portugal não tenha interesse no Acordo, ao contrário do Brasil, que tem muito interesse, pois as nossas editoras têm uma grande força no mercado editorial», salientou fonte do governo brasileiro.
O conselheiro cultural da Embaixada de Portugal e director do Instituto Camões no Brasil, Adriano Jordão, que também participa no Seminário Internacional de Língua Portuguesa e suas Literaturas, discordou.
«Para as editoras portuguesas é bom que haja o Acordo Ortográfico, que afecta muito mais as editoras brasileiras», afirmou Adriano Jordão à Lusa, explicando que as alterações ortográficas terão implicações na revisão das publicações.
Jordão disse ser, pessoalmente, «cem por cento a favor» do Acordo, que vai facilitar a circulação de livros num mercado ortográfico único com mais de duzentos milhões de pessoas mas destacou que «não é preciso urgência».
«Temos de ser cautelosos, acho que poderia ser uma acção precipitada», sublinhou, lembrando que há pendências jurídicas para que o acordo entre de facto em vigor.
Fruto de longas negociações conduzidas pela Academia Brasileira de Letras e pela Academia das Ciências de Lisboa ao longo da década de 1980, o Acordo tem como principal objectivo resolver questões relativas a divergências ortográficas.
Para o governo brasileiro, a existência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa é prejudicial à unidade do idioma e dificulta a capacidade de difusão internacional do português.
O Brasil considera a entrada em vigor do Acordo como condição essencial para a definição de uma política de promoção e difusão da língua portuguesa, o terceiro idioma europeu mais falado no mundo.
Diplomatas e linguistas brasileiros acreditam que uma ortografia comum diminuirá o elevado custo de produção de diferentes versões de dicionários e de livros em língua portuguesa e facilitará a utilização de livros didácticos, prog ramas de educação à distância e outros materiais pedagógicos adoptados no Brasil por outros países da CPLP.
Outro argumento do Brasil é de que, com o Acordo a ser aplicado por todos os países da CPLP, será também mais fácil estabelecer critérios unificados para exames e certificados de língua portuguesa para estrangeiros.
Construção da nova Escola Portuguesa de Macau ainda não avançou!
Devem ser exigidas ao Governo português explicações sobre os atrasos no processo de relocalização da Escola Portuguesa de Macau e exigir mais acompanhamento de Lisboa na questão.
Tudo porque o processo está parado, sem mais explicações.
Agora, adivinha-se que o processo da Escola Portuguesa, apesar de importante, dificilmente terá uma resolução a breve prazo.
Relembre-se que o Ministério Português da Educação tem 51 por cento da Fundação da Escola Portuguesa de Macau que detém a instituição de ensino, e que a Fundação da Escola Portuguesa assinou com Stanley Ho um acordo para receber cerca de 28 milhões de euros para a construção de um novo edifício e para o fundo da escola em troca da saída do local onde está a funcionar, que fica paredes meias com o novo casino/hotel Grand Lisboa.
Apesar de já vários locais terem sido apontados para a construção de uma nova escola, ainda não há uma aprovação final da nova localização.
O processo está inclusivamente parado devido à necessidade de obtenção de pareceres técnicos de instituições públicas para determinar se pode, ou não, ser construída na zona do Porto Interior.
O peso do desinteresse e da bur(r)ocracia...
Tudo porque o processo está parado, sem mais explicações.
Agora, adivinha-se que o processo da Escola Portuguesa, apesar de importante, dificilmente terá uma resolução a breve prazo.
Relembre-se que o Ministério Português da Educação tem 51 por cento da Fundação da Escola Portuguesa de Macau que detém a instituição de ensino, e que a Fundação da Escola Portuguesa assinou com Stanley Ho um acordo para receber cerca de 28 milhões de euros para a construção de um novo edifício e para o fundo da escola em troca da saída do local onde está a funcionar, que fica paredes meias com o novo casino/hotel Grand Lisboa.
Apesar de já vários locais terem sido apontados para a construção de uma nova escola, ainda não há uma aprovação final da nova localização.
O processo está inclusivamente parado devido à necessidade de obtenção de pareceres técnicos de instituições públicas para determinar se pode, ou não, ser construída na zona do Porto Interior.
O peso do desinteresse e da bur(r)ocracia...
quarta-feira, dezembro 13, 2006
Cegos poderão caçar no Texas
O Partido Republicano do Texas vai apresentar uma proposta que permite aos invisuais caçarem no estado, com recurso a armas com ponteiros laserA iniciativa partiu de Edmund Kuempel, que defende que os invisuais podem e têm o direito de caçar. O Texas poderá, a partir de 2008, permitir aos cidadãos com problemas graves de visão que adquiram armas munidas de ponteiros luminosos ou ponteiros laser, para além de terem a possibilidade de ter um guia presente a seu lado.
«Isto vai tornar acessível a muito mais gente o divertimento que é caçar. Acho que é fantástico», diz Kuempel, autor da proposta republicana.
«Eu já isto na televisão, quando eles [os invisuais] estão a praticar tiro ao alvo. Fazem pontaria, o guia dá as indicações e está feito», afirma o legislador.
A proposta, a ser votada dia 9 de Janeiro, prevê que os caçadores texanos sejam sujeitos a testes de visão, para evitar que cidadãos saudáveis possam comprar armamento com ponteiros de luz, que são relativamente mais letais para os animais.
A criatividade dos idiotas...
«Isto vai tornar acessível a muito mais gente o divertimento que é caçar. Acho que é fantástico», diz Kuempel, autor da proposta republicana.
«Eu já isto na televisão, quando eles [os invisuais] estão a praticar tiro ao alvo. Fazem pontaria, o guia dá as indicações e está feito», afirma o legislador.
A proposta, a ser votada dia 9 de Janeiro, prevê que os caçadores texanos sejam sujeitos a testes de visão, para evitar que cidadãos saudáveis possam comprar armamento com ponteiros de luz, que são relativamente mais letais para os animais.
A criatividade dos idiotas...
segunda-feira, dezembro 11, 2006
Sapatilhas não entram na Assembleia
Seis jornalistas foram impedidos de entrar na Assembleia Legislativa da Madeira, por não estarem devidamente vestidos.
Mais concretamente, tinham um calçado a que genericamente se chama "sapatilhas".
O Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Miguel Mendonça, fala de respeito para com a instituição e garante que enquanto for presidente as regras são para manter. "Os jornalistas terão de estar «minimamente apresentáveis» e «não me parece que sapatilhas seja, de facto, o calçado adequado para andar a fazer serviço na Assembleia.
Quanto à eventualidade de um deputado se apresentar como os jornalistas que são impedidos, a resposta de Mendonça foi clara: «Lamento, não os posso pôr na rua».
A democracia no seu melhor...
Mais concretamente, tinham um calçado a que genericamente se chama "sapatilhas".
O Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Miguel Mendonça, fala de respeito para com a instituição e garante que enquanto for presidente as regras são para manter. "Os jornalistas terão de estar «minimamente apresentáveis» e «não me parece que sapatilhas seja, de facto, o calçado adequado para andar a fazer serviço na Assembleia.
Quanto à eventualidade de um deputado se apresentar como os jornalistas que são impedidos, a resposta de Mendonça foi clara: «Lamento, não os posso pôr na rua».
A democracia no seu melhor...
WTTC em Lisboa
Em Maio de 2007, Lisboa vai receber a Assembleia Anual da WTTC - World Travel & Tourism Council e a 5.ª Cimeira Mundial de Viagens de Turismo.
A WTTC é o mais importante fórum mundial do sector, agregando os cem mais influentes e mais prestigiados líderes da indústria de viagens e turismo. Fazem parte do mesmo André Jordan, Manuel Fernando Espírito Santo, Dionísio Pestana e Fernando Pinto, que partilham com os chairmen e CEO da Accor, Marriot, Hilton, Four Seasons, American Express, Tui, Sol Meliá, Cendant, Starwood, Intercontinental entre outros a reflexão e discussão periódica dos principais temas e questões com que o sector se debate, traçando as estratégias de influência para condicionar ou pressionar a respectiva solução.
Após três edições realizadas em Vilamoura, 1997, 2000 e 2003, Lisboa ganhou a edição de 2007 em concorrência com várias capitais europeias e asiáticas, graças a um dossier de candidatura excepcionalmente bem elaborado pelo ITP, um esforço concertado de lobby liderado por André Jordan e Manuel F. Espírito Santo e o envolvimento pessoal e institucional do secretário de Estado Bernardo Trindade.
A reunião da WTTC e a Cimeira Mundial de Viagens e Turismo trarão a Lisboa a nata internacional dos gestores, investidores e operadores de viagens e turismo, e alguns dos responsáveis a nível ministerial dos principais países receptores de Turismo, constituindo uma oportunidade única para assistirmos, em presença, a um debate ao mais alto nível, sobre as oportunidades e ameaças para a indústria, e sobre os principais trends que se projectam para este sector nos horizontes de curto e médio prazo.
Para além da possibilidade de múltiplos contactos (networking), este evento é anualmente objecto de uma cobertura mediática global, tanto pelos media da área económica (TV, imprensa, internet), como da área mais especializada em viagens e turismo, assegurada por um número significativo de jornalistas, que, para o efeito, se deslocarão a Portugal.
As cimeiras de Vilamoura foram por isso determinantes para o Algarve como destino turístico.
A WTTC é o mais importante fórum mundial do sector, agregando os cem mais influentes e mais prestigiados líderes da indústria de viagens e turismo. Fazem parte do mesmo André Jordan, Manuel Fernando Espírito Santo, Dionísio Pestana e Fernando Pinto, que partilham com os chairmen e CEO da Accor, Marriot, Hilton, Four Seasons, American Express, Tui, Sol Meliá, Cendant, Starwood, Intercontinental entre outros a reflexão e discussão periódica dos principais temas e questões com que o sector se debate, traçando as estratégias de influência para condicionar ou pressionar a respectiva solução.
Após três edições realizadas em Vilamoura, 1997, 2000 e 2003, Lisboa ganhou a edição de 2007 em concorrência com várias capitais europeias e asiáticas, graças a um dossier de candidatura excepcionalmente bem elaborado pelo ITP, um esforço concertado de lobby liderado por André Jordan e Manuel F. Espírito Santo e o envolvimento pessoal e institucional do secretário de Estado Bernardo Trindade.
A reunião da WTTC e a Cimeira Mundial de Viagens e Turismo trarão a Lisboa a nata internacional dos gestores, investidores e operadores de viagens e turismo, e alguns dos responsáveis a nível ministerial dos principais países receptores de Turismo, constituindo uma oportunidade única para assistirmos, em presença, a um debate ao mais alto nível, sobre as oportunidades e ameaças para a indústria, e sobre os principais trends que se projectam para este sector nos horizontes de curto e médio prazo.
Para além da possibilidade de múltiplos contactos (networking), este evento é anualmente objecto de uma cobertura mediática global, tanto pelos media da área económica (TV, imprensa, internet), como da área mais especializada em viagens e turismo, assegurada por um número significativo de jornalistas, que, para o efeito, se deslocarão a Portugal.
As cimeiras de Vilamoura foram por isso determinantes para o Algarve como destino turístico.
quinta-feira, dezembro 07, 2006
Vitória para Portugal
Cimeira Europa-África será em Lisboa em 2007.
O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Manuel Lobo Antunes, anunciou que a Cimeira Europa-África será em Lisboa no segundo semestre de 2007 e servirá para discutir uma política comum de imigração.
Trata-se de uma vitória de Portugal, da diplomacia portuguesa e, desde logo, do Governo Português.
Ainda bem.
O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Manuel Lobo Antunes, anunciou que a Cimeira Europa-África será em Lisboa no segundo semestre de 2007 e servirá para discutir uma política comum de imigração.
Trata-se de uma vitória de Portugal, da diplomacia portuguesa e, desde logo, do Governo Português.
Ainda bem.
Galiza quer hora portuguesa
O Bloco Nacionalista Galego, uma das forças políticas da região autónoma espanhola, exigiu ao Governo regional que tome medidas para adaptar a Galiza à hora usada em Portugal, atrasando os relógios em uma hora.
O pedido é justificado por essa ser a hora natural da Galiza.
Se a opção for seguida, a Galiza será a única região espanhola, além das Canárias, com um horário diferente do restante território.
Afinidades...
O pedido é justificado por essa ser a hora natural da Galiza.
Se a opção for seguida, a Galiza será a única região espanhola, além das Canárias, com um horário diferente do restante território.
Afinidades...
«Land as Far as the Eye Can See: Portuguese in the Old West»
No âmbito dos estudos históricos luso-americanos acaba de ser publicada uma obra que, a avaliar pela notícia de Deborah Allard-Bernardi, deixa antever tratar-se de um estudo muito interessante: Land as Far as the Eye Can See: Portuguese in the Old West, pelo Professor Donald Warrin em colaboração com Geoffrey L. Gomes.
Eis a notícia retirada de The Herald News, de 7 de Março de 2002:
"DARTMOUTH -- Who ever heard of a Portuguese cowboy?
Admittedly, there weren't any Cabrals, Silvas or Pachecos in "Bonanza" or "Gunsmoke," but there were Portuguese in the West in the 1800s.
Portuguese people in this area probably never heard of the real-life cowboy, John Phillips, who is renowned in Wyoming for his Paul Revere-type ride in 1866.
But in Wyoming, he is a legend, and is called a "frontier hero." A monument is erected there in his honor.
Phillips was born in 1832 in Lages do Pico, Azores. He went to California in search of gold and was hired as a water-hauler in Nebraska.
In 1866, a group of soldiers were ambushed by more than 2,000 members of the Sioux and Cheyenne tribes, leaving the few live soldiers without supplies in a blizzard.
Phillips, a civilian described as a "small, wiry man," volunteered to ride for help as strong winds and heavy snow pummeled him.
He rode for 190 miles in four days to Horseshoe Station, and sent a telegraph for help. Phillips then headed back out after just a short rest and traveled for another 40 miles in the blizzard to Fort Laramie, Wyo., where adequate reinforcements were sent.
There are countless others who lived and worked in the west -- and made history -- according to a new book "Land as Far as the Eye Can See: Portuguese in the Old West" by Professor Donald Warrin, in collaboration with Geoffrey L. Gomes.
Warrin presented a lecture and book signing at the University of Massachusetts Dartmouth Wednesday as part of his book tour.
A professor emeritus at California State University, Warrin has spent most of his life teaching, and researching the history and writings of Portuguese immigrants in the western United States.
The research on Warrin's current book, spanning 10 years, took him from his California residence to Mexico, Wyoming, Arkansas, Washington and other destinations, where he searched archives, attics, county buildings and newspapers.
He said he learned early on to never write about a place he's never been to.
Warrin discovered that in 1850, the West was a "vast area" that was highly unsettled and inhospitable.
"There were very small numbers of Portuguese (in parts of the West)," Warrin said, but at times they did "astonishing things."
By 1870, there were 3,400 Portuguese in California, many of whom were mining for gold and silver. Other western states were much less populated with Portuguese: one in Arizona, 81 in Idaho, 149 in Nevada, three in Montana, nine in Washington, and similar amounts in other states.
The Portuguese and other nationalities slowly populated the west from California, Warrin said.
Many of the Portuguese who came to United States did so on whale ships, settling around ports in New Bedford and Nantucket in this area, but also in California.
As whale men, they were able to stop in remote corners of the globe as well as learn the English language.
Other Portuguese were frontier men, and got involved in fur trading, the Gold Rush and the sheep industry.
"The Portuguese have certainly contributed," Warrin said of his historical findings.
People have called the book a "novel" approach, he said, because his stories are intertwined and are not just dates and places, but tell the lives of individuals, which appeal to all nationalities.
Besides John Philips, there have been Portuguese more infamous than revered.
There's a man known as "Portuguese Joe," who appeared on a Kellogg's Sugar Frosted Flakes box in the 1960s.
Portuguese Joe was known for his unprovoked gun shot at a group of peaceful native Americans.
That started a minor war between the Indians and the settlers. The expense and loss of life on both sides was heavy, and helped to decimate native Americans in California.
"Truth is elusive in history and legends are created," Warrin said, explaining that his book holds other stories, such as that of a cattle man called John Enos.
Enos was a bachelor most of his life, although some accounts say he was married to three Indian women, but kept it a secret.
Enos was also considered "frightening" to children, and was said to have killed men he didn't like with poisoned baked beans. Others say he was kind and generous. Some say he was a ghost.
In Spokane, Wash., after his suspicious death, an Indian woman claimed she had been married to him and had his children. She was suing his present wife -- whom he married at age 70 -- wanting to claim his large estate.
Other, more light-hearted tales are told, of the Azorean women's tradition of cooking in the basement, and of them generally being more educated than their husbands in those days.
There is also information about the Portuguese carrying their culture with them, saving money and their desire to purchase property.
Eis a notícia retirada de The Herald News, de 7 de Março de 2002:
"DARTMOUTH -- Who ever heard of a Portuguese cowboy?
Admittedly, there weren't any Cabrals, Silvas or Pachecos in "Bonanza" or "Gunsmoke," but there were Portuguese in the West in the 1800s.
Portuguese people in this area probably never heard of the real-life cowboy, John Phillips, who is renowned in Wyoming for his Paul Revere-type ride in 1866.
But in Wyoming, he is a legend, and is called a "frontier hero." A monument is erected there in his honor.
Phillips was born in 1832 in Lages do Pico, Azores. He went to California in search of gold and was hired as a water-hauler in Nebraska.
In 1866, a group of soldiers were ambushed by more than 2,000 members of the Sioux and Cheyenne tribes, leaving the few live soldiers without supplies in a blizzard.
Phillips, a civilian described as a "small, wiry man," volunteered to ride for help as strong winds and heavy snow pummeled him.
He rode for 190 miles in four days to Horseshoe Station, and sent a telegraph for help. Phillips then headed back out after just a short rest and traveled for another 40 miles in the blizzard to Fort Laramie, Wyo., where adequate reinforcements were sent.
There are countless others who lived and worked in the west -- and made history -- according to a new book "Land as Far as the Eye Can See: Portuguese in the Old West" by Professor Donald Warrin, in collaboration with Geoffrey L. Gomes.
Warrin presented a lecture and book signing at the University of Massachusetts Dartmouth Wednesday as part of his book tour.
A professor emeritus at California State University, Warrin has spent most of his life teaching, and researching the history and writings of Portuguese immigrants in the western United States.
The research on Warrin's current book, spanning 10 years, took him from his California residence to Mexico, Wyoming, Arkansas, Washington and other destinations, where he searched archives, attics, county buildings and newspapers.
He said he learned early on to never write about a place he's never been to.
Warrin discovered that in 1850, the West was a "vast area" that was highly unsettled and inhospitable.
"There were very small numbers of Portuguese (in parts of the West)," Warrin said, but at times they did "astonishing things."
By 1870, there were 3,400 Portuguese in California, many of whom were mining for gold and silver. Other western states were much less populated with Portuguese: one in Arizona, 81 in Idaho, 149 in Nevada, three in Montana, nine in Washington, and similar amounts in other states.
The Portuguese and other nationalities slowly populated the west from California, Warrin said.
Many of the Portuguese who came to United States did so on whale ships, settling around ports in New Bedford and Nantucket in this area, but also in California.
As whale men, they were able to stop in remote corners of the globe as well as learn the English language.
Other Portuguese were frontier men, and got involved in fur trading, the Gold Rush and the sheep industry.
"The Portuguese have certainly contributed," Warrin said of his historical findings.
People have called the book a "novel" approach, he said, because his stories are intertwined and are not just dates and places, but tell the lives of individuals, which appeal to all nationalities.
Besides John Philips, there have been Portuguese more infamous than revered.
There's a man known as "Portuguese Joe," who appeared on a Kellogg's Sugar Frosted Flakes box in the 1960s.
Portuguese Joe was known for his unprovoked gun shot at a group of peaceful native Americans.
That started a minor war between the Indians and the settlers. The expense and loss of life on both sides was heavy, and helped to decimate native Americans in California.
"Truth is elusive in history and legends are created," Warrin said, explaining that his book holds other stories, such as that of a cattle man called John Enos.
Enos was a bachelor most of his life, although some accounts say he was married to three Indian women, but kept it a secret.
Enos was also considered "frightening" to children, and was said to have killed men he didn't like with poisoned baked beans. Others say he was kind and generous. Some say he was a ghost.
In Spokane, Wash., after his suspicious death, an Indian woman claimed she had been married to him and had his children. She was suing his present wife -- whom he married at age 70 -- wanting to claim his large estate.
Other, more light-hearted tales are told, of the Azorean women's tradition of cooking in the basement, and of them generally being more educated than their husbands in those days.
There is also information about the Portuguese carrying their culture with them, saving money and their desire to purchase property.
UEFA decide se aceita Gibraltar como membro
Su incorporación, en todo caso, sería provisional.
El comité ejecutivo de la UEFA celebra hoy y mañana en Nyon su última reunión del año, y uno de los temas principales en su agenda será la incorporación, o no, de la Asociación de Fútbol de Gibraltar (GBA) como miembro provisional de la organización deportiva. En la última reunión, el comité decidió aplazar la decisión tras escuchar argumentos contrarios del presidente de la Federación Española, Ángel Villar.
Ahora, una vez examinada la documentación remitida por España sobre las instalaciones deportivas y la situación futbolística del Peñón, la UEFA deberá decidir sobre un asunto que le quema en las manos cada vez más. De hecho, hace unos meses el Tribunal Europeo de Arbitraje (TEA) emitió una sentencia que obligaba al organismo europeo a considerar la admisión provisional de Gibraltar en su seno.
Pase lo que pase en esta reunión, debe ser el Congreso de la UEFA, que se celebrará en Dusseldorf (Alemania) a finales de enero, quien adopte la admisión o no definitiva.
El no estar todavía considerada por la UEFA ha impedido además que la GBA sea aceptada por la FIFA, ya que, según ésta, la asociación gibraltareña no cumple los requisitos estatutarios para ser admitido como miembro del máximo organismo futbolístico internacional.
Durante sus dos días de reunión, la UEFA tomará otras decisiones importantes que afectan a otros dos pequeños territorios europeos, Andorra y San Marino, países que han solicitado una plaza para competir a partir de la próxima temporada en la Liga de Campeones.
El comité ejecutivo de la UEFA celebra hoy y mañana en Nyon su última reunión del año, y uno de los temas principales en su agenda será la incorporación, o no, de la Asociación de Fútbol de Gibraltar (GBA) como miembro provisional de la organización deportiva. En la última reunión, el comité decidió aplazar la decisión tras escuchar argumentos contrarios del presidente de la Federación Española, Ángel Villar.
Ahora, una vez examinada la documentación remitida por España sobre las instalaciones deportivas y la situación futbolística del Peñón, la UEFA deberá decidir sobre un asunto que le quema en las manos cada vez más. De hecho, hace unos meses el Tribunal Europeo de Arbitraje (TEA) emitió una sentencia que obligaba al organismo europeo a considerar la admisión provisional de Gibraltar en su seno.
Pase lo que pase en esta reunión, debe ser el Congreso de la UEFA, que se celebrará en Dusseldorf (Alemania) a finales de enero, quien adopte la admisión o no definitiva.
El no estar todavía considerada por la UEFA ha impedido además que la GBA sea aceptada por la FIFA, ya que, según ésta, la asociación gibraltareña no cumple los requisitos estatutarios para ser admitido como miembro del máximo organismo futbolístico internacional.
Durante sus dos días de reunión, la UEFA tomará otras decisiones importantes que afectan a otros dos pequeños territorios europeos, Andorra y San Marino, países que han solicitado una plaza para competir a partir de la próxima temporada en la Liga de Campeones.
segunda-feira, dezembro 04, 2006
Orçamento de Estado 2007
Quanto ao orçamento de estado não tenho muito a dizer. Não sou especialista, nem tenho paciência para o estudar. Enfim, faço o que faz qualquer leigo. Vou ouvindo, leio os jornais, respeito a opinião de alguns. Na verdade parece-me um orçamento, que já como o anterior vai na direcção certa. Aliás parece-me que cada vez mais, e principalmente nas questões financeiras, a ideologia deixou de existir.
Na verdade parece-me que este poderia ser sempre um orçamento, ideologicamente falando, do PS, do PSD ou do CDS/PP. Obviamente, que existiriam sempre condicionantes politicas. Mas como os políticos parecem fazer questão em errar sempre, mesmo estando este orçamento a caminhar numa direcção certa existem pormenores que acicatam opiniões. As SCUT por exemplo. Não tenho nada contra as SCUT, nem nada contra auto-estradas pagas. Nem sequer me chateia que as SCUT comecem a ser portajadas. O que me chateia é a incongruência política e as mentiras. O que me chateia é um modelo de financiamento incomportável para o estado e por conseguinte para os Portugueses. O que me chateia é que nos atirem areia para os olhos com estudos que parecem movidos por interesses duvidosos, ainda que não o sejam. Por mim podem pôr portagens em todas as SCUT, desde que existam alternativas minimamente rápidas e seguras. Aliás isso está previsto na lei.
Desde que eu como cidadão pagador de impostos não seja obrigado a pagar a uma empresa privada para me deslocar, direito que assiste a todos os portugueses, façam as auto-estradas pagas que quiserem.
Taxas na saúde. Outro aspecto que também não me chateia nada, desde que não seja feito como está previsto. Ou seja, uma pessoa paga impostos, desconta para o SNS e depois ainda tem de pagar por estar internado. E depois vêm dizer que não é para financiar o SNS. Então é para quê? Se o SNS precisa de ser financiado, que se crie um modelo em que quem mais tem pague. Criem um modelo que discrimine positivamente os mais pobres. Até um escalão, paga-se 0%, até outro 5% dos custos e assim sucessivamente. E acredito que com um tecto máximo, também não devemos explorar a riqueza cegamente. O que acredito é numa sociedade solidária e não numa sociedade parasitária.
Na segurança social também creio que nada de realmente importante está a ser feito. Na verdade compreendo o Ministro quando diz que neste momento não se pode baixar impostos. Possivelmente tem razão, mas os portugueses também querem que quando se mude uma administração de uma empresa pública, quando se troca de director, não se mude a frota dos automóveis só porque o administrador não gosta da marca A ou B. E de facto há incongruência política, que até a oposição parece esquecer.
O PSD passou o tempo a falar que o défice se reduzia com cortes na despesa. O PS dizia que não. Agora olhem para este orçamento e para o discurso do Ministro. O corte na despesa é a pedra de toque, e ainda bem. Até o facto de se conter o crescimento da despesa na saúde é um feito, e isso não podemos negar. Teixeira dos Santos merece o meu respeito.
Na verdade parece-me que este poderia ser sempre um orçamento, ideologicamente falando, do PS, do PSD ou do CDS/PP. Obviamente, que existiriam sempre condicionantes politicas. Mas como os políticos parecem fazer questão em errar sempre, mesmo estando este orçamento a caminhar numa direcção certa existem pormenores que acicatam opiniões. As SCUT por exemplo. Não tenho nada contra as SCUT, nem nada contra auto-estradas pagas. Nem sequer me chateia que as SCUT comecem a ser portajadas. O que me chateia é a incongruência política e as mentiras. O que me chateia é um modelo de financiamento incomportável para o estado e por conseguinte para os Portugueses. O que me chateia é que nos atirem areia para os olhos com estudos que parecem movidos por interesses duvidosos, ainda que não o sejam. Por mim podem pôr portagens em todas as SCUT, desde que existam alternativas minimamente rápidas e seguras. Aliás isso está previsto na lei.
Desde que eu como cidadão pagador de impostos não seja obrigado a pagar a uma empresa privada para me deslocar, direito que assiste a todos os portugueses, façam as auto-estradas pagas que quiserem.
Taxas na saúde. Outro aspecto que também não me chateia nada, desde que não seja feito como está previsto. Ou seja, uma pessoa paga impostos, desconta para o SNS e depois ainda tem de pagar por estar internado. E depois vêm dizer que não é para financiar o SNS. Então é para quê? Se o SNS precisa de ser financiado, que se crie um modelo em que quem mais tem pague. Criem um modelo que discrimine positivamente os mais pobres. Até um escalão, paga-se 0%, até outro 5% dos custos e assim sucessivamente. E acredito que com um tecto máximo, também não devemos explorar a riqueza cegamente. O que acredito é numa sociedade solidária e não numa sociedade parasitária.
Na segurança social também creio que nada de realmente importante está a ser feito. Na verdade compreendo o Ministro quando diz que neste momento não se pode baixar impostos. Possivelmente tem razão, mas os portugueses também querem que quando se mude uma administração de uma empresa pública, quando se troca de director, não se mude a frota dos automóveis só porque o administrador não gosta da marca A ou B. E de facto há incongruência política, que até a oposição parece esquecer.
O PSD passou o tempo a falar que o défice se reduzia com cortes na despesa. O PS dizia que não. Agora olhem para este orçamento e para o discurso do Ministro. O corte na despesa é a pedra de toque, e ainda bem. Até o facto de se conter o crescimento da despesa na saúde é um feito, e isso não podemos negar. Teixeira dos Santos merece o meu respeito.
quinta-feira, novembro 30, 2006
Anthology chronicles two centuries of shipwrecks
The Tragic History of the Sea: Shipwrecks From the Bible to Titanic
By NORMAN N. BROWN
National Geographic Books)
Since men have been sailing, they have been going down with their ships - ships sunk by violent storms or by collisions with rocks or reefs, or for any of a variety of reasons.
Anthony Brandt has compiled 29 tales of shipwrecks - some obscure, some well-known - from the past 2,000 years in "The Tragic History of the Sea: Shipwrecks From the Bible to Titanic."
"The Portuguese invented the shipwreck genre in the 16th century," Brandt writes. Portugal was then a prominent maritime trading power, and stories of mishaps at sea were often published in cheap pamphlets and proved quite popular.
One notable Portuguese shipwreck chronicle from 1552 was published in English in 1735 as "The Tragic History of the Sea" [História Trágico- Marítima] and is included in this volume.
Brandt explains in his introduction that in view of the popularity of shipwreck lore and its worldwide influence on and presence in literature, he had to decide whether to include fictional accounts as well as true stories.
By NORMAN N. BROWN
National Geographic Books)
Since men have been sailing, they have been going down with their ships - ships sunk by violent storms or by collisions with rocks or reefs, or for any of a variety of reasons.
Anthony Brandt has compiled 29 tales of shipwrecks - some obscure, some well-known - from the past 2,000 years in "The Tragic History of the Sea: Shipwrecks From the Bible to Titanic."
"The Portuguese invented the shipwreck genre in the 16th century," Brandt writes. Portugal was then a prominent maritime trading power, and stories of mishaps at sea were often published in cheap pamphlets and proved quite popular.
One notable Portuguese shipwreck chronicle from 1552 was published in English in 1735 as "The Tragic History of the Sea" [História Trágico- Marítima] and is included in this volume.
Brandt explains in his introduction that in view of the popularity of shipwreck lore and its worldwide influence on and presence in literature, he had to decide whether to include fictional accounts as well as true stories.
PM says Quebec 'nation in Canada'
Canadian Prime Minister Stephen Harper has told a debate in parliament that he regards the province of Quebec as a "nation within Canada".
Mr Harper was responding to a motion by Quebec separatists that MPs should "recognise Quebecois form a nation".
Francophone Quebec has previously held two referendums on separation, in 1980 and 1995, but rejected the idea.
Mr Harper's Conservatives won Canada's general election in January to end 12 years of Liberal rule.
Analysts say the motion is proving problematic for federalists.
An acceptance would encourage talks towards separatism but a rejection could bolster the separatists' belief that their aspirations are being ignored.
Kickbacks
On Wednesday, Mr Harper backed the notion that the House of Commons should "recognise that Quebecois constitute a nation within a united Canada".
He said: "The real question is simple: do Quebecois make up a nation of their own in a united Canada? The answer is yes.
"Do Quebecois make up a nation independent from Canada? The answer is no and will always be no."
The leader of the Bloc Quebecois party opposed the prime minister's position.
"It isn't up to the prime minister to decide what Quebecers will choose as an option. It's up to Quebecers," Gilles Duceppe said.
January's elections was called following revelations that Liberal politicians in Quebec had taken kickbacks in return for awarding government contracts.
Afterwards Mr Harper pledged a renewed drive for federalism for Quebec.
"We will do this because shuffling the deck in Ottawa is not good enough," he said at the time.
The Conservatives made significant gains in Quebec.
Mr Harper was responding to a motion by Quebec separatists that MPs should "recognise Quebecois form a nation".
Francophone Quebec has previously held two referendums on separation, in 1980 and 1995, but rejected the idea.
Mr Harper's Conservatives won Canada's general election in January to end 12 years of Liberal rule.
Analysts say the motion is proving problematic for federalists.
An acceptance would encourage talks towards separatism but a rejection could bolster the separatists' belief that their aspirations are being ignored.
Kickbacks
On Wednesday, Mr Harper backed the notion that the House of Commons should "recognise that Quebecois constitute a nation within a united Canada".
He said: "The real question is simple: do Quebecois make up a nation of their own in a united Canada? The answer is yes.
"Do Quebecois make up a nation independent from Canada? The answer is no and will always be no."
The leader of the Bloc Quebecois party opposed the prime minister's position.
"It isn't up to the prime minister to decide what Quebecers will choose as an option. It's up to Quebecers," Gilles Duceppe said.
January's elections was called following revelations that Liberal politicians in Quebec had taken kickbacks in return for awarding government contracts.
Afterwards Mr Harper pledged a renewed drive for federalism for Quebec.
"We will do this because shuffling the deck in Ottawa is not good enough," he said at the time.
The Conservatives made significant gains in Quebec.
Gibraltar: Eleitores votam sobre nova Constituição
Agora é que a Espanha podde ir perdendo as esperanças...
As 12 mesas eleitorais instaladas em Gibraltar para o referendo da nova Constituição, que reforça as competências locais e retira poder ao governador nomeado pelo Reino Unido, abriram hoje às 09:00 locais (08:00 em Lisboa), sem incidentes.
Cerca de 20 mil eleitores foram chamados às urnas para avaliar um texto considerado pelas forças políticas de Gibraltar como um acto de autodeterminação da antiga colónia inglesa.
A nova Constituição reúne elementos novos que consolidam o autogoverno de Gibraltar, garantindo um sistema judicial mais independente, ainda que a soberania permaneça no Reino Unido.
Com as alterações propostas, o governador de Gibraltar designado pela rainha de Inglaterra, perde parte das suas competências que passam para os ministros, mantendo apenas os dossiers de Negócios Estrangeiros, Segurança Interna e Defesa e alguns aspectos dos serviços públicos.
Os ministros, designados pelo governador através de uma recomendação do ministro principal - equivalente ao primeiro-ministro - terão as restantes competências do executivo.
O texto transforma a Assembleia Legislativa em Parlamento de Gibraltar e determina que as leis aí aprovadas não possam ser travadas nem pelos ministros britânicos nem pelo governador, ao contrário do que acontece agora.
Consagra igualmente maior independência do sistema judicial com a criação de uma nova comissão, presidida pela Corte de Apelação e que integrará o juiz supremo e dois membros nomeados pelo governador ou ministro principal.
Datada de 1969, a antiga Constituição foi considerada desactualizada pelas forças políticas de Gibraltar que pretendem assim aprovar um texto que consagre um relacionamento «mais moderno e maduro» com o Reino Unido.
Eliminadas ficam ainda as referências coloniais no texto antigo, com a nova lei-base a respeitar a Carta das Nações Unidas.
As negociações para o texto começaram em Novembro de 2004, tendo-se concluído em Março último.
Peter Caruana, ministro principal e responsável do Partido Social Democrata e Joe Bossano, líder da coligação liberal-socialista (GLSP), darão a conhecer os resultados do referendo ao público.
Caruana apela ao voto no «sim», considerando que o texto representa «talvez o avanço mais importante da última década» para Gibraltar.
Bossano, por seu lado, afirmou que não quer condicionar o voto dos simpatizantes da coligação, referindo que as contradições existentes entre Madrid, Londres e Gibraltar não garantem maior autogoverno no rochedo.
As urnas encerram às 22:00 locais, menos uma em Lisboa, esperando-se os primeiros resultados cerca de uma hora depois.
Gibraltar é uma colónia britânica de 6,5 quilómetros quadrados localizada no sul da Península Ibérica, sobre a qual Espanha mantém reivindicações de soberania, apesar de a ter cedido a título perpétuo em 1713, um tema que tem sido alvo de repetidos contactos entre os dois países.
As 12 mesas eleitorais instaladas em Gibraltar para o referendo da nova Constituição, que reforça as competências locais e retira poder ao governador nomeado pelo Reino Unido, abriram hoje às 09:00 locais (08:00 em Lisboa), sem incidentes.
Cerca de 20 mil eleitores foram chamados às urnas para avaliar um texto considerado pelas forças políticas de Gibraltar como um acto de autodeterminação da antiga colónia inglesa.
A nova Constituição reúne elementos novos que consolidam o autogoverno de Gibraltar, garantindo um sistema judicial mais independente, ainda que a soberania permaneça no Reino Unido.
Com as alterações propostas, o governador de Gibraltar designado pela rainha de Inglaterra, perde parte das suas competências que passam para os ministros, mantendo apenas os dossiers de Negócios Estrangeiros, Segurança Interna e Defesa e alguns aspectos dos serviços públicos.
Os ministros, designados pelo governador através de uma recomendação do ministro principal - equivalente ao primeiro-ministro - terão as restantes competências do executivo.
O texto transforma a Assembleia Legislativa em Parlamento de Gibraltar e determina que as leis aí aprovadas não possam ser travadas nem pelos ministros britânicos nem pelo governador, ao contrário do que acontece agora.
Consagra igualmente maior independência do sistema judicial com a criação de uma nova comissão, presidida pela Corte de Apelação e que integrará o juiz supremo e dois membros nomeados pelo governador ou ministro principal.
Datada de 1969, a antiga Constituição foi considerada desactualizada pelas forças políticas de Gibraltar que pretendem assim aprovar um texto que consagre um relacionamento «mais moderno e maduro» com o Reino Unido.
Eliminadas ficam ainda as referências coloniais no texto antigo, com a nova lei-base a respeitar a Carta das Nações Unidas.
As negociações para o texto começaram em Novembro de 2004, tendo-se concluído em Março último.
Peter Caruana, ministro principal e responsável do Partido Social Democrata e Joe Bossano, líder da coligação liberal-socialista (GLSP), darão a conhecer os resultados do referendo ao público.
Caruana apela ao voto no «sim», considerando que o texto representa «talvez o avanço mais importante da última década» para Gibraltar.
Bossano, por seu lado, afirmou que não quer condicionar o voto dos simpatizantes da coligação, referindo que as contradições existentes entre Madrid, Londres e Gibraltar não garantem maior autogoverno no rochedo.
As urnas encerram às 22:00 locais, menos uma em Lisboa, esperando-se os primeiros resultados cerca de uma hora depois.
Gibraltar é uma colónia britânica de 6,5 quilómetros quadrados localizada no sul da Península Ibérica, sobre a qual Espanha mantém reivindicações de soberania, apesar de a ter cedido a título perpétuo em 1713, um tema que tem sido alvo de repetidos contactos entre os dois países.
terça-feira, novembro 28, 2006
Acciona pede à EDP que compre 10% da Endesa
Oportunidades destas não aparecem todos os dias!!
José Manuel Entrecanales, presidente do grupo Acciona, esteve em conversações com o presidente da Energías de Portugal (EDP), António Mexia, com vista à possível entrada da eléctrica portuguesa no capital da Endesa, mediante a compra de um pacote de 10% da companhia presidida por Manuel Pizarro, segundo o site espanhol 'El Confidencial'.
Fontes consultadas pelo "El Confidencial" referem a existência de "várias reuniões" entre ambos os empresários.
A decisão está em "ponto morto", porque, para além do elevado montante que exige a compra desses 10% (cerca de 3,7 mil milhões de euros), a EDP, que em Espanha já controla a Hidrocantábrico, terá reclamado a possibilidade de participar na gestão da Endesa, caso a Acciona venha obter o controlo da eléctrica espanhola.
"A entrada da EDP faria todo o sentido do mundo", assegura uma fonte próxima ao grupo português, "porque desta forma tornar-se-ia realidade uma grande companhia energética ibérica. O preço é alto, mas não é impossível, mas a Acciona teria de estar disposta a partilhar a gestão da futura Endesa com a EDP".
José Manuel Entrecanales, presidente do grupo Acciona, esteve em conversações com o presidente da Energías de Portugal (EDP), António Mexia, com vista à possível entrada da eléctrica portuguesa no capital da Endesa, mediante a compra de um pacote de 10% da companhia presidida por Manuel Pizarro, segundo o site espanhol 'El Confidencial'.
Fontes consultadas pelo "El Confidencial" referem a existência de "várias reuniões" entre ambos os empresários.
A decisão está em "ponto morto", porque, para além do elevado montante que exige a compra desses 10% (cerca de 3,7 mil milhões de euros), a EDP, que em Espanha já controla a Hidrocantábrico, terá reclamado a possibilidade de participar na gestão da Endesa, caso a Acciona venha obter o controlo da eléctrica espanhola.
"A entrada da EDP faria todo o sentido do mundo", assegura uma fonte próxima ao grupo português, "porque desta forma tornar-se-ia realidade uma grande companhia energética ibérica. O preço é alto, mas não é impossível, mas a Acciona teria de estar disposta a partilhar a gestão da futura Endesa com a EDP".
CDS reuniu com Cavaco para discutir «defesa» da Língua
O líder do CDS-PP, no final de uma reunião com o Presidente da República, reafirmou a sua preocupação com a defesa da língua portuguesa na União Europeia.
Ribeiro e Castro reiterou os apelos que tem vindo fazer nos últimos meses à diplomacia portuguesa para que concentre esforços na valorização do estatuto do português na Europa, como «uma grande causa nacional».
Ribeiro e Castro partilhou também com Cavaco Silva a expectativa do CDS -PP sobre a futura Cimeira UE-África, que se deverá realizar em 2007.
«Para nós era muito importante que esta cimeira se realizasse durante a presidência portuguesa da União Europeia», disse.
Ribeiro e Castro reiterou os apelos que tem vindo fazer nos últimos meses à diplomacia portuguesa para que concentre esforços na valorização do estatuto do português na Europa, como «uma grande causa nacional».
Ribeiro e Castro partilhou também com Cavaco Silva a expectativa do CDS -PP sobre a futura Cimeira UE-África, que se deverá realizar em 2007.
«Para nós era muito importante que esta cimeira se realizasse durante a presidência portuguesa da União Europeia», disse.
CPLP: Cinema e difusão do livro são prioridades
Rio de Janeiro, Brasil, 28 Nov (Lusa)
A ministra da Cultura portuguesa, Isabel Pires de Lima, que participa no Rio de Janeiro no Fórum Cultural Mundial 2006, apontou hoje o cinema, o audiovisual e a difusão do livro como prioridades do sector no âmbito da CPLP.
E eles falam, falam...
A ministra da Cultura portuguesa, Isabel Pires de Lima, que participa no Rio de Janeiro no Fórum Cultural Mundial 2006, apontou hoje o cinema, o audiovisual e a difusão do livro como prioridades do sector no âmbito da CPLP.
E eles falam, falam...
Restauração da Independência
Para os cidadãos espanhóis, o 1º de Dezembro, data da Restauração da Independência de Portugal, em 1640, é um dia normal, cujo significado histórico desconhecem, segundo o historiador espanhol Rafael Valladares.
A vontade de 20% dos portugueses pertencerem a Espanha, de acordo com uma sondagem do SOL, deve-se sobretudo a um descontentamento com o Governo português.
«Na sociedade espanhola existe uma indiferença infelizmente prolongada durante gerações face a Portugal (...), que é responsável por que ninguém saiba que o 1º de Dezembro é uma festa nacional em Portugal», disse o historiador, autor do livro A Independência de Portugal - Guerra e Restauração 1640-1680, que acaba de ser lançado em Portugal.
Na sua opinião, essa indiferença decorre da «frustração que a sociedade espanhola sentiu por causa da perda de Portugal e essa frustração, com o tempo, transformou-se em indiferença espanhola em relação a Portugal».
«É uma maneira de dissimular a frustração que causou naquela altura a perda de Portugal. Mas hoje, acho que essa indiferença é inconsciente, é um fruto do passado», acrescentou o especialista em monarquia hispânica dos séculos XVI e XVII.
Nas escolas espanholas, o ensino do período dedicado ao império espanhol, «à época dos Áustrias - dos Filipes, como dizem em Portugal -, inclui o estudo da incorporação de Portugal e da guerra, em 1640, mas de uma forma muito leve» , indicou.
Na perspectiva de Rafael Valladares, de 42 anos, doutorado em história pela Universidade Complutense de Madrid, «Espanha vê hoje Portugal como um vizinho cordial, amável, que não causa problemas - o que é importante - mas com um matiz de paternalismo» que considera «muito negativo para as relações entre os dois países».
«A partir do século XVIII, quando se consolidou realmente a separação de Portugal, os espanhóis desenvolveram um complexo de superioridade face a Portu gal para compensar o trauma da perda de um território que era todo um império», explicou.
«Temos de ter em conta que a sociedade espanhola experimentou, sobretudo durante os últimos 15 anos, um desenvolvimento importante que distanciou muito os parâmetros económicos e sociais de Espanha e Portugal. Mas a economia não manda, não é, digamos, o factor mais importante nas relações entre os países», frisou.
«Portanto, à parte a economia, eu diria que num contexto social, a relação é de absoluta simpatia, cordialidade e afecto por um país vizinho. Por que é , então, que esta relação não se desenvolve mais?», interrogou-se.
E respondeu, diagnosticando a existência de «um grande fracasso, o fracasso das classes políticas de Espanha e de Portugal, que não estão a aproveitar o momento 'doce' que estão a viver os dois países, que partilham há muito tempo na história muitas coisas: a União Europeia, a NATO e toda uma série de valores».
Segundo o historiador, não faz sentido que os dois países continuem de costas voltadas por causa da sua relação conflituosa no passado.
«Depois de contemplar este fracasso da classe política para conduzir o processo de aproximação real entre as sociedades, deveriam ser as duas, a sociedade civil portuguesa e a espanhola, através de organizações, fundações, etc., de tipo cultural, económico, político, as responsáveis por criar um tecido mais unido entre os dois países», defendeu.
Sobre as sondagens que ciclicamente se realizam em Portugal, segundo as quais uma percentagem relativamente elevada (no caso da mais recente, realizada pelo SOL, 20%) dos portugueses queriam ser espanhóis, Rafael Valladares afirmou que tais resultados «reflectem mais um certo mal-estar da sociedade portuguesa em relação aos seus Governos», do que «um real afecto por Espanha».
Apesar de pensar que os portugueses poderão não aceitar a opinião de um espanhol sobre esta matéria, o historiador emite-a na mesma: ser português não é um fatalismo, é um privilégio.
«Pertencer a um país com um passado, uma história, um território como Portugal, que foi capaz de fazer o que muitas outras nações europeias supostament e mais desenvolvidas e mais ricas não conseguiram, é um privilégio cultural. Tal vez estejamos a exagerar o peso que a economia tem nas vidas das pessoas», sustentou.
«Eu venho de um país que há 30 ou 40 anos era um país subdesenvolvido, um país que há 60 anos vivia uma guerra civil que o deixou totalmente destruído. Portanto, posso afirmar que um país é capaz de superar tudo», comentou.
«E mesmo quando não se supera todos os índices de crescimento económico - que parece que agora é o único Deus que temos - ficam outros valores, de um passado, de um património de expansão planetária, que também não devemos exagerar , mas simplesmente valorar na justa medida do valor que têm», insistiu.
Salientando tratar-se «mais da opinião de um espanhol do que de um historiador», Rafael Valladares disse que «gostaria muito de que a sociedade portuguesa reflectisse sobre estes valores, para abandonar esse fatalismo que não leva a nenhum fim positivo e começar a construir um optimismo, a que tem direito».
O historiador resolveu dedicar-se ao estudo do período da Restauração da Independência de Portugal - que investigou durante quase 10 anos, entre 1989 e 1998, altura em que foi publicada a primeira versão desta obra, que posteriormente aprofundou, introduzindo alterações - por achar que «Portugal é imprescindível para compreender aquela época».
«Quando estamos a falar desta época da Restauração, dos Filipes, não falamos de Portugal e de Espanha como hoje são, estamos a falar de uma coroa de Portugal, estamos a falar de uma monarquia hispânica, que não era só Espanha, era todo um conjunto de territórios, um conglomerado impressionante que tinha uma id entidade mais ou menos hispânica, mas não só hispânica», explicou.
«Em Portugal é muito típico falar de Portugal e Castela, mas a coroa dos Áustrias, dos Filipes, não governava para Castela, era todo um império multiterritorial. Se os Áustrias tivessem governado realmente pensando só nos interesses de Castela, Castela não teria ficado tão pobre e arruinada como ficou no fim», acrescentou.
O historiador considera que «nesse contexto, hoje é muito mais fácil não só introduzir Portugal na historiografia espanhola, como é imprescindível para compreender aquela época».
«Sem Portugal, não se pode compreender a história de Espanha. É impossível», rematou.
A vontade de 20% dos portugueses pertencerem a Espanha, de acordo com uma sondagem do SOL, deve-se sobretudo a um descontentamento com o Governo português.
«Na sociedade espanhola existe uma indiferença infelizmente prolongada durante gerações face a Portugal (...), que é responsável por que ninguém saiba que o 1º de Dezembro é uma festa nacional em Portugal», disse o historiador, autor do livro A Independência de Portugal - Guerra e Restauração 1640-1680, que acaba de ser lançado em Portugal.
Na sua opinião, essa indiferença decorre da «frustração que a sociedade espanhola sentiu por causa da perda de Portugal e essa frustração, com o tempo, transformou-se em indiferença espanhola em relação a Portugal».
«É uma maneira de dissimular a frustração que causou naquela altura a perda de Portugal. Mas hoje, acho que essa indiferença é inconsciente, é um fruto do passado», acrescentou o especialista em monarquia hispânica dos séculos XVI e XVII.
Nas escolas espanholas, o ensino do período dedicado ao império espanhol, «à época dos Áustrias - dos Filipes, como dizem em Portugal -, inclui o estudo da incorporação de Portugal e da guerra, em 1640, mas de uma forma muito leve» , indicou.
Na perspectiva de Rafael Valladares, de 42 anos, doutorado em história pela Universidade Complutense de Madrid, «Espanha vê hoje Portugal como um vizinho cordial, amável, que não causa problemas - o que é importante - mas com um matiz de paternalismo» que considera «muito negativo para as relações entre os dois países».
«A partir do século XVIII, quando se consolidou realmente a separação de Portugal, os espanhóis desenvolveram um complexo de superioridade face a Portu gal para compensar o trauma da perda de um território que era todo um império», explicou.
«Temos de ter em conta que a sociedade espanhola experimentou, sobretudo durante os últimos 15 anos, um desenvolvimento importante que distanciou muito os parâmetros económicos e sociais de Espanha e Portugal. Mas a economia não manda, não é, digamos, o factor mais importante nas relações entre os países», frisou.
«Portanto, à parte a economia, eu diria que num contexto social, a relação é de absoluta simpatia, cordialidade e afecto por um país vizinho. Por que é , então, que esta relação não se desenvolve mais?», interrogou-se.
E respondeu, diagnosticando a existência de «um grande fracasso, o fracasso das classes políticas de Espanha e de Portugal, que não estão a aproveitar o momento 'doce' que estão a viver os dois países, que partilham há muito tempo na história muitas coisas: a União Europeia, a NATO e toda uma série de valores».
Segundo o historiador, não faz sentido que os dois países continuem de costas voltadas por causa da sua relação conflituosa no passado.
«Depois de contemplar este fracasso da classe política para conduzir o processo de aproximação real entre as sociedades, deveriam ser as duas, a sociedade civil portuguesa e a espanhola, através de organizações, fundações, etc., de tipo cultural, económico, político, as responsáveis por criar um tecido mais unido entre os dois países», defendeu.
Sobre as sondagens que ciclicamente se realizam em Portugal, segundo as quais uma percentagem relativamente elevada (no caso da mais recente, realizada pelo SOL, 20%) dos portugueses queriam ser espanhóis, Rafael Valladares afirmou que tais resultados «reflectem mais um certo mal-estar da sociedade portuguesa em relação aos seus Governos», do que «um real afecto por Espanha».
Apesar de pensar que os portugueses poderão não aceitar a opinião de um espanhol sobre esta matéria, o historiador emite-a na mesma: ser português não é um fatalismo, é um privilégio.
«Pertencer a um país com um passado, uma história, um território como Portugal, que foi capaz de fazer o que muitas outras nações europeias supostament e mais desenvolvidas e mais ricas não conseguiram, é um privilégio cultural. Tal vez estejamos a exagerar o peso que a economia tem nas vidas das pessoas», sustentou.
«Eu venho de um país que há 30 ou 40 anos era um país subdesenvolvido, um país que há 60 anos vivia uma guerra civil que o deixou totalmente destruído. Portanto, posso afirmar que um país é capaz de superar tudo», comentou.
«E mesmo quando não se supera todos os índices de crescimento económico - que parece que agora é o único Deus que temos - ficam outros valores, de um passado, de um património de expansão planetária, que também não devemos exagerar , mas simplesmente valorar na justa medida do valor que têm», insistiu.
Salientando tratar-se «mais da opinião de um espanhol do que de um historiador», Rafael Valladares disse que «gostaria muito de que a sociedade portuguesa reflectisse sobre estes valores, para abandonar esse fatalismo que não leva a nenhum fim positivo e começar a construir um optimismo, a que tem direito».
O historiador resolveu dedicar-se ao estudo do período da Restauração da Independência de Portugal - que investigou durante quase 10 anos, entre 1989 e 1998, altura em que foi publicada a primeira versão desta obra, que posteriormente aprofundou, introduzindo alterações - por achar que «Portugal é imprescindível para compreender aquela época».
«Quando estamos a falar desta época da Restauração, dos Filipes, não falamos de Portugal e de Espanha como hoje são, estamos a falar de uma coroa de Portugal, estamos a falar de uma monarquia hispânica, que não era só Espanha, era todo um conjunto de territórios, um conglomerado impressionante que tinha uma id entidade mais ou menos hispânica, mas não só hispânica», explicou.
«Em Portugal é muito típico falar de Portugal e Castela, mas a coroa dos Áustrias, dos Filipes, não governava para Castela, era todo um império multiterritorial. Se os Áustrias tivessem governado realmente pensando só nos interesses de Castela, Castela não teria ficado tão pobre e arruinada como ficou no fim», acrescentou.
O historiador considera que «nesse contexto, hoje é muito mais fácil não só introduzir Portugal na historiografia espanhola, como é imprescindível para compreender aquela época».
«Sem Portugal, não se pode compreender a história de Espanha. É impossível», rematou.
segunda-feira, novembro 27, 2006
Coincidências?!
E ainda dizem que não há coincidências...
Não acredito em bruxas, "pero que las hay las hay".
Presidente mexicano desmaia na casa de férias e Berlusconi desmaiou enquanto discursava perante apoiantes.
Vicente Fox sentiu-se mal este domingo, durante um encontro com congressistas no seu rancho de férias.
O presidente do México encontra-se consciente e terá desmaiado durante um encontro com congressistas mexicanos, no seu rancho.
Levado para o hospital, o presidente encontra-se consciente e livre de perigo.
Já Berlusconi desmaiou enquanto discursava perante apoiantes, tendo aparentemente sofrido uma quebra de tensão.
O antigo primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, sentiu-se mal hoje durante um discurso a apoiantes na Toscânia, Norte de Itália. Berlusconi desfaleceu no palco e foi agarrado por apoiantes seus que o impediram de cair no chão.
Um médico assistiu o homem mais rico de Itália no local, e uma porta-voz informou mais tarde que Sílvio Berlusconi, de 70 anos, sentiu-se mal devido ao calor e sofreu uma baixa na tensão arterial. «Ele está muito triste, quer continuar mas o médico não deixa», acrescentou Irene Pivetti.
Não acredito em bruxas, "pero que las hay las hay".
Presidente mexicano desmaia na casa de férias e Berlusconi desmaiou enquanto discursava perante apoiantes.
Vicente Fox sentiu-se mal este domingo, durante um encontro com congressistas no seu rancho de férias.
O presidente do México encontra-se consciente e terá desmaiado durante um encontro com congressistas mexicanos, no seu rancho.
Levado para o hospital, o presidente encontra-se consciente e livre de perigo.
Já Berlusconi desmaiou enquanto discursava perante apoiantes, tendo aparentemente sofrido uma quebra de tensão.
O antigo primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, sentiu-se mal hoje durante um discurso a apoiantes na Toscânia, Norte de Itália. Berlusconi desfaleceu no palco e foi agarrado por apoiantes seus que o impediram de cair no chão.
Um médico assistiu o homem mais rico de Itália no local, e uma porta-voz informou mais tarde que Sílvio Berlusconi, de 70 anos, sentiu-se mal devido ao calor e sofreu uma baixa na tensão arterial. «Ele está muito triste, quer continuar mas o médico não deixa», acrescentou Irene Pivetti.
Empresa portuguesa pinta barcos da marinha de guerra americana
Os barcos da marinha de guerra dos Estados Unidos (US Navy) são pintados com uma tinta única no mundo desenvolvida pela Euronavy, uma pequena e média empresa localizada em Setúbal. Desde a sua fundação que Mário Paiva, presidente da empresa, apostou no mercado internacional e no desenvolvimento de um produto de referência, a tinta ES301, que permitiu à empresa dar o salto para áreas tão exigentes como a naval e o off-shore (plataformas petrolíferas).
A carteira de clientes da Euronavy permite-lhe estar presente nos quatro cantos do mundo. Para além da marinha norte-americana, as tintas da fábrica de Setúbal estão presentes nas plataformas petrolíferas da Petrobras e da Transpetro, no Brasil, da British Petroleum (BP) e da Pemex, no México. A empresa fornece ainda a National Iranian Tanker, companhia de transporte de combustíveis iraniana. Outro cliente de referência é os estaleiros de Singapura, onde são construídos grandes navios e é feita a reparação e transformação naval .
A empresa está ainda a desenvolver projectos no Dubai e no Bahreim, na área petrolífera. Mário Paiva, presidente, disse ao DN que "está a desenvolver contactos com a Sonangol para se posicionar como fornecedor". Na semana passada, venceu um contrato na África do Sul para fornecer os estaleiros da Cidade do Cabo.
Para além da fábrica de Setúbal, os produtos Euronavy são também produzidos sob licença por parceiros nos Estados Unidos, Brasil e China. A empresa possui uma rede de distribuidores a nível mundial, em países como a Alemanha, a Índia e a Coreia do Sul.
A empresa é ainda fornecedora de referência dos caminhos-de-ferro franceses, a SNCF, para a protecção das suas pontes metálicas. Os produtos da Euronavy foram aprovados pela HDW alemã para a pintura dos futuros submarinos da Marinha de Guerra Portuguesa, recentemente adjudicados ao consórcio alemão.
Desde 2001 que a Euronavy criou uma divisão de serviços que lhe permite concorrer directamente às empreitadas lançadas por clientes, que considera decisors em Portugal, como são os casos da Petrogal, EDP, Portucel, Shell e Refer. Desta forma, "a Euronavy introduz no mercado nacional processos e soluções inovadoras". A empresa forneceu produtos para algumas obras emblemáticas, como a reparação dos tanques da refinaria da Petrogal em Sines, e esteve envolvida na pintura da Ponte D. Luís I, no Porto.
Mário Paiva diz que a empresa está em fase de crescimento e que existem projectos para a sua expansão. Recentemente, adquiriu um terreno adjacente à fábrica, num total de 46 mil metros quadrados, destinado à instalação de armazéns e ao alargamento da área industrial. A empresa afecta anualmente 20% da sua facturação para investigação e investimento.
A carteira de clientes da Euronavy permite-lhe estar presente nos quatro cantos do mundo. Para além da marinha norte-americana, as tintas da fábrica de Setúbal estão presentes nas plataformas petrolíferas da Petrobras e da Transpetro, no Brasil, da British Petroleum (BP) e da Pemex, no México. A empresa fornece ainda a National Iranian Tanker, companhia de transporte de combustíveis iraniana. Outro cliente de referência é os estaleiros de Singapura, onde são construídos grandes navios e é feita a reparação e transformação naval .
A empresa está ainda a desenvolver projectos no Dubai e no Bahreim, na área petrolífera. Mário Paiva, presidente, disse ao DN que "está a desenvolver contactos com a Sonangol para se posicionar como fornecedor". Na semana passada, venceu um contrato na África do Sul para fornecer os estaleiros da Cidade do Cabo.
Para além da fábrica de Setúbal, os produtos Euronavy são também produzidos sob licença por parceiros nos Estados Unidos, Brasil e China. A empresa possui uma rede de distribuidores a nível mundial, em países como a Alemanha, a Índia e a Coreia do Sul.
A empresa é ainda fornecedora de referência dos caminhos-de-ferro franceses, a SNCF, para a protecção das suas pontes metálicas. Os produtos da Euronavy foram aprovados pela HDW alemã para a pintura dos futuros submarinos da Marinha de Guerra Portuguesa, recentemente adjudicados ao consórcio alemão.
Desde 2001 que a Euronavy criou uma divisão de serviços que lhe permite concorrer directamente às empreitadas lançadas por clientes, que considera decisors em Portugal, como são os casos da Petrogal, EDP, Portucel, Shell e Refer. Desta forma, "a Euronavy introduz no mercado nacional processos e soluções inovadoras". A empresa forneceu produtos para algumas obras emblemáticas, como a reparação dos tanques da refinaria da Petrogal em Sines, e esteve envolvida na pintura da Ponte D. Luís I, no Porto.
Mário Paiva diz que a empresa está em fase de crescimento e que existem projectos para a sua expansão. Recentemente, adquiriu um terreno adjacente à fábrica, num total de 46 mil metros quadrados, destinado à instalação de armazéns e ao alargamento da área industrial. A empresa afecta anualmente 20% da sua facturação para investigação e investimento.
terça-feira, novembro 21, 2006
«O Mistério de Colombo Revelado»
15 anos de investigação científica rigorosa arrasam a versão da historiografia oficial.
«O Mistério de Colombo Revelado» (Edições e Multimédia) é um estudo aturado, com 648 páginas, onde se prova que Colombo não era genovês, mas sim um espião português ao serviço de D. João II.
Publicado em Novembro de 2006, este ensaio de investigação histórica dedicado à vida do «descobridor da América», conhecido em Portugal pelo nome de Cristóvão Colombo, marcará certamente a historiografia colombina.
Conta com o prefácio do escritor e jornalista José Rodrigues dos Santos, autor do romance «O Codex 632», e foi apresentado no dia 27 de Outubro, no auditório Victor de Sá da Universidade Lusófona, em Lisboa, pelo Prof. Doutor José Carlos Calazans, historiador da Expansão Portuguesa.
O co-autor Manuel da Silva Rosa esteve presente no lançamento em Lisboa, tal como na inauguração da estátua a Colon em Cuba.
«O Mistério de Colombo Revelado» (Edições e Multimédia) é um estudo aturado, com 648 páginas, onde se prova que Colombo não era genovês, mas sim um espião português ao serviço de D. João II.
Publicado em Novembro de 2006, este ensaio de investigação histórica dedicado à vida do «descobridor da América», conhecido em Portugal pelo nome de Cristóvão Colombo, marcará certamente a historiografia colombina.
Conta com o prefácio do escritor e jornalista José Rodrigues dos Santos, autor do romance «O Codex 632», e foi apresentado no dia 27 de Outubro, no auditório Victor de Sá da Universidade Lusófona, em Lisboa, pelo Prof. Doutor José Carlos Calazans, historiador da Expansão Portuguesa.
O co-autor Manuel da Silva Rosa esteve presente no lançamento em Lisboa, tal como na inauguração da estátua a Colon em Cuba.
Alegre apresenta 4ª feira «Dom Duarte e a Democracia»
O socialista Manuel Alegre vai apresentar, na próxima quarta-feira, pelas 19 horas, na Sala Teatro Gymnasium do Centro Comercial Espaço Chiado, na Rua da Misericórdia (em frente do Restaurante Tavares Rico), em Lisboa, uma biografia de D. Duarte, intitulada «Dom Duarte e a Democracia», da autoria de Mendo Castro Henriques, professor na Universidade Católica e dirigente do Instituto de Defesa Nacional, com posfácio de Arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles.
Este livro editado pela Bertrand, integra o testemunho de várias personalidades, como Mário Soares, o Príncipe Eduardo de Inglaterra e o Pascoal Mocumbi, primeiro-ministro de Moçambique.
«Dom Duarte e a Democracia» será igualmente apresentado no Porto, na quinta-feira, pelo presidente do banco Millenium bcp, Paulo Teixeira Pinto.
Este livro editado pela Bertrand, integra o testemunho de várias personalidades, como Mário Soares, o Príncipe Eduardo de Inglaterra e o Pascoal Mocumbi, primeiro-ministro de Moçambique.
«Dom Duarte e a Democracia» será igualmente apresentado no Porto, na quinta-feira, pelo presidente do banco Millenium bcp, Paulo Teixeira Pinto.
Camarate dependente de apoio a proposta socialista
O PSD ainda poderá conseguir levar Camarate a julgamento, caso mostre disponibilidade para apoiar a proposta socialista de criação da figura de Procurador Geral especial, para os casos em que as comissões parlamentares de inquérito concluam haver indícios de crime em processos arquivados pelo Ministério Público.
A notícia surge na edição desta terça-feira do jornal Público, que garante que o acordo ainda pode ser alcançado à sombra do Pacto para a Justiça, assinado pelos dois partidos em Setembro, mas as negociações só vão começar agora, depois de ambos os partidos terem anunciado a ruptura.
Ao que o Público apurou, a ideia de tentar reavivar Camarate terá surgido nas negociações ao mais alto nível do Pacto para a Justiça, negociado pelos líderes do PS e PSD e assinado pelos respectivos grupos parlamentares, embora nunca tenha sido trabalhada uma solução concreta no âmbito das reuniões técnico-políticas que envolveram ministro e secretário de Estado da Justiça, coordenador da reforma penal e deputados.
A questão surgiu mais tarde, quando há pouco mais de duas semanas a própria comissão política nacional do PSD sugeriu ao grupo parlamentar que tentasse encontrar uma fórmula jurídica que possibilitasse reabrir o processo de Camarate, no âmbito da revisão dos inquéritos parlamentares.
Isto porque o acidente em que morreram Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros, em 1980, foi investigado numa comissão de inquérito que concluiu pela existência de indícios novos de crime, mas o processo foi encerrado pelo Ministério Público mesmo assim, por supostamente ter prescrito.
A notícia surge na edição desta terça-feira do jornal Público, que garante que o acordo ainda pode ser alcançado à sombra do Pacto para a Justiça, assinado pelos dois partidos em Setembro, mas as negociações só vão começar agora, depois de ambos os partidos terem anunciado a ruptura.
Ao que o Público apurou, a ideia de tentar reavivar Camarate terá surgido nas negociações ao mais alto nível do Pacto para a Justiça, negociado pelos líderes do PS e PSD e assinado pelos respectivos grupos parlamentares, embora nunca tenha sido trabalhada uma solução concreta no âmbito das reuniões técnico-políticas que envolveram ministro e secretário de Estado da Justiça, coordenador da reforma penal e deputados.
A questão surgiu mais tarde, quando há pouco mais de duas semanas a própria comissão política nacional do PSD sugeriu ao grupo parlamentar que tentasse encontrar uma fórmula jurídica que possibilitasse reabrir o processo de Camarate, no âmbito da revisão dos inquéritos parlamentares.
Isto porque o acidente em que morreram Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros, em 1980, foi investigado numa comissão de inquérito que concluiu pela existência de indícios novos de crime, mas o processo foi encerrado pelo Ministério Público mesmo assim, por supostamente ter prescrito.
Tribunal dá razão ao Grupo dos Amigos de Olivença
Governantes do Estado Espanhol arguidos em processo penal
O Tribunal da Relação de Évora, dando total provimento ao Recurso apresentado pelo GAO, no âmbito do Processo Penal que corre na Comarca de Elvas relativo às obras ilegais efectuadas na Ponte de Nossa Senhora da Ajuda, determinou que o Tribunal Judicial de Elvas realizasse a Instrução Penal naqueles autos, devendo ser constituídos arguidos os representantes do Governo Espanhol (Ministro do Fomento, Director General de Carreteras e Sub-director General de Arquitectura), os Administradores da Sociedade Freyssinet, SA, e os Presidentes do Instituto Português do Património Arquitectónico e da Câmara Municipal de Elvas.
Oportunamente, o GAO participou das referidas entidades pela prática de crimes públicos de dano (quanto aos governantes espanhóis e aos administradores da empresa empreiteira) e de denegação de justiça (quanto aos titulares das instituições portuguesas), ilícitos cometidos com a intervenção clandestina e ilegal no indicado Imóvel de Interesse Público - a Ponte de Nossa Senhora da Ajuda, situada entre Elvas e Olivença – em Março de 2003, tendo-se constituído Assistente nos autos.
Em acórdão claro e impressivo, o Tribunal da Relação de Évora decidiu agora, «concedendo provimento ao recurso, revogar o despacho recorrido, que deverá ser substituído por outro que admita o requerimento para abertura de instrução formulado, não ocorrendo fundamento legal impeditivo».
O GAO, congratulando-se com o Acórdão ora proferido, aguarda com muita expectativa o desenvolvimento do processo penal - que, como Assistente, continuará a acompanhar - confiando que, naturalmente, não deixará de ser apurada a responsabilidade das entidades arguidas, designadamente a dos representantes do Governo Espanhol.
O Tribunal da Relação de Évora, dando total provimento ao Recurso apresentado pelo GAO, no âmbito do Processo Penal que corre na Comarca de Elvas relativo às obras ilegais efectuadas na Ponte de Nossa Senhora da Ajuda, determinou que o Tribunal Judicial de Elvas realizasse a Instrução Penal naqueles autos, devendo ser constituídos arguidos os representantes do Governo Espanhol (Ministro do Fomento, Director General de Carreteras e Sub-director General de Arquitectura), os Administradores da Sociedade Freyssinet, SA, e os Presidentes do Instituto Português do Património Arquitectónico e da Câmara Municipal de Elvas.
Oportunamente, o GAO participou das referidas entidades pela prática de crimes públicos de dano (quanto aos governantes espanhóis e aos administradores da empresa empreiteira) e de denegação de justiça (quanto aos titulares das instituições portuguesas), ilícitos cometidos com a intervenção clandestina e ilegal no indicado Imóvel de Interesse Público - a Ponte de Nossa Senhora da Ajuda, situada entre Elvas e Olivença – em Março de 2003, tendo-se constituído Assistente nos autos.
Em acórdão claro e impressivo, o Tribunal da Relação de Évora decidiu agora, «concedendo provimento ao recurso, revogar o despacho recorrido, que deverá ser substituído por outro que admita o requerimento para abertura de instrução formulado, não ocorrendo fundamento legal impeditivo».
O GAO, congratulando-se com o Acórdão ora proferido, aguarda com muita expectativa o desenvolvimento do processo penal - que, como Assistente, continuará a acompanhar - confiando que, naturalmente, não deixará de ser apurada a responsabilidade das entidades arguidas, designadamente a dos representantes do Governo Espanhol.
sexta-feira, novembro 17, 2006
Vitória e grande oportunidade para o Português!
Foi hoje aprovada, pelo Parlamento Europeu, em Estrasburgo, por 537 votos a favor, 50 contra e 59 abstenções, uma resolução sobre o novo quadro estratégico para o multilinguismo, as quais assumem particular relevância para a língua portuguesa:
E. Considerando que algumas línguas europeias são também faladas em muitos outros países terceiros e constituem um importante elo entre os povos e nações de diferentes regiões do mundo,
F. Considerando que algumas línguas europeias se prestam particularmente ao estabelecimento de uma comunicação directa com outras regiões do mundo;
3. Reconhece a importância estratégica das línguas europeias de comunicação universal como veículo de comunicação e como forma de solidariedade, cooperação e investimento económico e, por conseguinte, como uma das principais directrizes da política europeia em matéria de multilinguismo;
Já em 8 de Abril de 2003, foi aprovado um texto que se reconhece que "a língua portuguesa é, em número de falantes, a terceira língua europeia de comunicação universal.".
Em virtude da aprovação daqueles novos considerandos e parágrafo, o Parlamento Europeu afirma que a Europa não pode fechar-se sobre si própria, mas deve atender ao resto do mundo e à capacidade de comunicar à escala global. E que algumas línguas são ferramentas preciosas nesse sentido.
Está, assim, assegurado maior equilíbrio e sentido estratégico a este importante documento, valorizando devidamente as línguas que, como o português, têm grande difusão a nível global.
Recorda-se que o inglês é a língua oficial de 350 milhões de pessoas. Para 280 milhões, o espanhol. Para 230 milhões, o português. E para 125 milhões, o francês. Estes números e a dispersão geográfica dos falantes tornam clara a importância das línguas europeias que têm uma projecção global, e, por isso, a capacidade para manter e aprofundar relações e contactos directos, sem mediação, com outras partes do mundo.
Tratou-se, por isso, de uma grande vitória para a Língua Portuguesa que fica assim com caminho aberto para ver plenamente valorizada a sua importância a nível global.
Fica aberta a porta para que possa ser exigida maior promoção activa do ensino e aprendizagem das línguas, como o português, que têm esse potencial e que devem ser promovidas na UE como segunda, terceira ou quarta línguas de aprendizagem.
E abre-se, também, outro caminho de entendimento renovado para a política de cooperação da UE: a de que também se faz em Português. Quando estiver em causa a cooperação no espaço lusófono, é inequívoco que essa é cooperação não é apenas portuguesa, mas também uma cooperação de toda a Europa, falada em Português.
E. Considerando que algumas línguas europeias são também faladas em muitos outros países terceiros e constituem um importante elo entre os povos e nações de diferentes regiões do mundo,
F. Considerando que algumas línguas europeias se prestam particularmente ao estabelecimento de uma comunicação directa com outras regiões do mundo;
3. Reconhece a importância estratégica das línguas europeias de comunicação universal como veículo de comunicação e como forma de solidariedade, cooperação e investimento económico e, por conseguinte, como uma das principais directrizes da política europeia em matéria de multilinguismo;
Já em 8 de Abril de 2003, foi aprovado um texto que se reconhece que "a língua portuguesa é, em número de falantes, a terceira língua europeia de comunicação universal.".
Em virtude da aprovação daqueles novos considerandos e parágrafo, o Parlamento Europeu afirma que a Europa não pode fechar-se sobre si própria, mas deve atender ao resto do mundo e à capacidade de comunicar à escala global. E que algumas línguas são ferramentas preciosas nesse sentido.
Está, assim, assegurado maior equilíbrio e sentido estratégico a este importante documento, valorizando devidamente as línguas que, como o português, têm grande difusão a nível global.
Recorda-se que o inglês é a língua oficial de 350 milhões de pessoas. Para 280 milhões, o espanhol. Para 230 milhões, o português. E para 125 milhões, o francês. Estes números e a dispersão geográfica dos falantes tornam clara a importância das línguas europeias que têm uma projecção global, e, por isso, a capacidade para manter e aprofundar relações e contactos directos, sem mediação, com outras partes do mundo.
Tratou-se, por isso, de uma grande vitória para a Língua Portuguesa que fica assim com caminho aberto para ver plenamente valorizada a sua importância a nível global.
Fica aberta a porta para que possa ser exigida maior promoção activa do ensino e aprendizagem das línguas, como o português, que têm esse potencial e que devem ser promovidas na UE como segunda, terceira ou quarta línguas de aprendizagem.
E abre-se, também, outro caminho de entendimento renovado para a política de cooperação da UE: a de que também se faz em Português. Quando estiver em causa a cooperação no espaço lusófono, é inequívoco que essa é cooperação não é apenas portuguesa, mas também uma cooperação de toda a Europa, falada em Português.
quinta-feira, novembro 16, 2006
A casa mais antiga de Los Angeles é portuguesa!
A casa mais antiga de Los Angeles, construída em e ainda hoje existente, foi construída por António José Rocha, um português que estava embarcado na escuna Columbia e que fugiu para terra no Verão de 1815. Estava entre os 11 desertores deste barco, sendo que todos foram detidos menos ele.
Não resisto a citar:
"Rocha fled south to Los Angeles where he was accepted by the citizens and became the first foreigner to reside there. He started a blacksmith business and soon built a fine adobe house in town. His spacious home was situated on west side of Spring Street between Temple and 1st Streets. This site is now the parking lot of the Criminal Courts Building. It was at this house that he entertained explorer James Ohio Pattie in 1828. In 1855, the City and County of Los Angeles acquired this adobe for use as a meeting place for the city council and the county board of supervisors. It also served as a courthouse, sheriff's office and a jail, which was added to the rear of the structure. Furthermore, the former Rocha town house had the distinction of being Los Angeles' first city hall.
Rocha became one of the most respected residents of the pueblo and was naturalized as a Mexican citizen in 1831. In 1836, a forty-five year old Rocha moved to Santa Barbara where he lived with his wife, Josefa Alvarado, and their five children. Between 1828 and 1831, Rocha built a single story "L" shaped adobe hacienda at the southwest quadrant of Rancho La Brea. The original roof of this adobe was flat and there is little doubt that pitch from the tar geysers located less than a mile to the south was used to cover it. Although Rocha built this beautiful home on his rancho, he may have never lived there. He preferred his larger house in town, as did many other rancheros. Adobes were built on ranchos to comply with the Mexican law to have a structure built upon a given property within a year of its granting. These rancho adobes were usually occupied by the mayordomos (ranch managers)."
quarta-feira, novembro 15, 2006
Nevoeiro impede Cavaco de assistir a exercício «Lusíada 06»
"Nevoeiro"...
Simplesmente ridículo e exemplificativo do estado das nossas Forças Armadas. E o senhor Presidente não se podia constipar!
"A participação do Presidente da República, Cavaco Silva, e do ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, no exercício «Lusíada 06», a decorrer em S. Jacinto, Ovar, foi cancelada em resultado do nevoeiro cerrado que esta manhã se abateu sobre Lisboa.
As condições meteorológicas impediram a descolagem do avião militar P3 Orion que deveria transportar o Chefe de Estado e a comitiva presidencial do aeroporto militar de Figo Maduro, em Lisboa, para o Aeródromo de Manobra Nº1, em Ovar.
No «Lusíada 06», que teve início a 06 de Novembro e termina quarta-feira, participam cerca de 1.260 militares dos três ramos das Forças Armadas.
O exercício, que decorre num país fictício denominado «Zululand», visa testar a resposta da Força de Reacção Imediata (FRI) numa operação de recolha de cidadãos em cenário de instabilidade, sob o comando operacional do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante Mendes Cabeçadas.
Durante a visita, o Chefe de Estado (por inerência Comandante Supremo das Forças Armadas) deveria visitar a área militar de São Jacinto, os postos de comando da FRI e as componentes terrestre e aérea do exercício, bem como assistir a uma operação de evacuação de cidadãos não-combatentes.
No exercício participam, pela Marinha, cinco navios, uma companhia de fuzileiros, um grupo de combate de acções especiais, uma equipa de mergulhadores sapadores e pessoal técnico do Instituto Hidrográfico.
O Exército português emprega uma companhia de páraquedistas da Brigada de Reacção Rápida, militares do Centro de Instrução de Operações Especiais, um grupo de militares do Regimento de Engenharia nº 3 e pessoal técnico da Escola Prática de Artilharia e do Instituto Geográfico do Exército.
A Força Aérea Portuguesa disponibiliza o Aeródromo de Manobra nº1 em Ovar e 12 aeronaves, entre as quais um C-130, seis F-16, e dois helicópteros Alouette III."
Simplesmente ridículo e exemplificativo do estado das nossas Forças Armadas. E o senhor Presidente não se podia constipar!
"A participação do Presidente da República, Cavaco Silva, e do ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, no exercício «Lusíada 06», a decorrer em S. Jacinto, Ovar, foi cancelada em resultado do nevoeiro cerrado que esta manhã se abateu sobre Lisboa.
As condições meteorológicas impediram a descolagem do avião militar P3 Orion que deveria transportar o Chefe de Estado e a comitiva presidencial do aeroporto militar de Figo Maduro, em Lisboa, para o Aeródromo de Manobra Nº1, em Ovar.
No «Lusíada 06», que teve início a 06 de Novembro e termina quarta-feira, participam cerca de 1.260 militares dos três ramos das Forças Armadas.
O exercício, que decorre num país fictício denominado «Zululand», visa testar a resposta da Força de Reacção Imediata (FRI) numa operação de recolha de cidadãos em cenário de instabilidade, sob o comando operacional do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante Mendes Cabeçadas.
Durante a visita, o Chefe de Estado (por inerência Comandante Supremo das Forças Armadas) deveria visitar a área militar de São Jacinto, os postos de comando da FRI e as componentes terrestre e aérea do exercício, bem como assistir a uma operação de evacuação de cidadãos não-combatentes.
No exercício participam, pela Marinha, cinco navios, uma companhia de fuzileiros, um grupo de combate de acções especiais, uma equipa de mergulhadores sapadores e pessoal técnico do Instituto Hidrográfico.
O Exército português emprega uma companhia de páraquedistas da Brigada de Reacção Rápida, militares do Centro de Instrução de Operações Especiais, um grupo de militares do Regimento de Engenharia nº 3 e pessoal técnico da Escola Prática de Artilharia e do Instituto Geográfico do Exército.
A Força Aérea Portuguesa disponibiliza o Aeródromo de Manobra nº1 em Ovar e 12 aeronaves, entre as quais um C-130, seis F-16, e dois helicópteros Alouette III."
terça-feira, novembro 14, 2006
Reeleito presidente luso-canadiano no Ontário
Câmara de Kingsville
Reeleito presidente luso-canadiano no Ontário
Nelson Santos foi reeleito presidente da Câmara da cidade de Kingsville, província de Ontário, Canadá, nas eleições realizadas segunda-feira
Apesar das várias candidaturas, muitos luso-canadianos não conseguiram subir à vereação nos municípios da província do Ontário, perdendo-se designadamente a presença de origem portuguesa da Câmara de Toronto.
Porém, foram vários os casos em que gestores escolares (trustees) lusos consolidaram as posições.
Momentos após o apuramento dos resultados finais em Kingsville, já durante a noite de segunda-feira (madrugada de terça-feira em Portugal), Nelson Santos manifestou à Lusa grande satisfação pela reeleição, indicando ter obtido «61 por cento da votação total», apesar de ter concorrido contra o seu antecessor, que este ano voltou a recandidatar-se.
«Foi uma campanha dura. Tivemos que abordar os principais temas para o desenvolvimento desta cidade, onde queremos dar mais qualidade de vida às pessoas», enalteceu.
Entre as prioridades para o próximo mandato de quatro anos, Nelson Santos enunciou a continuação do investimento em infra-estruturas, assim como dar atenção às zonas de praia e frente ao mar.
Nascido no Canadá e filho de portugueses da região de Fátima, Nelson Santos, 36 anos, é o único presidente de origem lusa numa câmara no Ontário: Kingsville, a qual conta com cerca de 19 mil habitantes.
Em Toronto, a presença de origem portuguesa foi assegurada na comissão directiva das escolas públicas de ensino em inglês (Toronto District School Board - TDSB), tendo Maria Rodrigues sido reeleita por Davenport com 44 por cento.
Neste bairro bem português da cidade de Toronto, confimou-se a preferência pelos três candidatos luso-canadianos, todos terminando à frente de concorrentes de origem hispânica.
A mais directa opositora de Maria Rodrigues, a luso- canadiana Nellie Pedro quedou-se pelos 31,1 por cento, enquanto John Costa foi o terceiro posicionado, com 18,5 por cento do total dos votos.
Na sua área de influência, a TDSB (a maior comissão directiva escolar do Canadá) tem 558 escolas frequentadas por mais de 280 mil alunos, gerindo um orçamento anual de 2,4 mil milhões de dólares canadianos (1,6 mil milhões de euros).
Nas eleições para a Câmara de Toronto - que, além do presidente de Câmara, elegem 44 vereadores de câmara e os gestores das quatro comissões escolares - Paul Ferreira não conseguiu ser eleito vereador, apesar de ser o segundo mais votado no seu bairro eleitoral de York South-Weston, com 36,3 por cento.
Também Peter Ferreira, presidente do Congresso Nacional Luso-Canadiano e do Conselho Etno-cultural Canadiano, não conseguiu o lugar de vereador na câmara de Mississauga (grande cidade na Área da Grande Toronto), obtendo 35,14 por cento dos votos, ficando no seu bairro eleitoral atrás da já actual titular do cargo, reconduzida nestas eleições.
Em outros distritos eleitorais, aguardava-se a vitória previsível de Manuel da Silva em Cambrigde para "trustee" da comissão directiva das escolas católicas de Waterloo.
Por sua vez, Eduardo Viana permanece o mais antigo trustee de origem portuguesa no Canadá, tendo registado uma reeleição incontestada para a comissão directiva das escolas católicas de Halton-Oakville.
Embora candidato à mesma comissão escolar, o advogado açoriano Paul de Melo não conseguiu nestas eleições os votos necessários para se juntar a Eduardo Viana.
Nestas eleições duas câmaras estavam sob grandes atenções - Toronto (capital da província) e Otava (capital do país).
O actual edil de Toronto, David Miller, não teve opositores à altura, atingindo 57 por cento, mas em Otava, Bob Chiarelli, presidente de câmara, foi notoriamente «chumbado» pelo eleitorado, ficando no terceiro posto das preferências.
A celebrar a vitória em Otava está Larry O'Brien, que tomará posse a 1 de Dezembro como o novo presidente de câmara, tendo nesta eleições sido segundo o candidato Alex Munter.
Reeleito presidente luso-canadiano no Ontário
Nelson Santos foi reeleito presidente da Câmara da cidade de Kingsville, província de Ontário, Canadá, nas eleições realizadas segunda-feira
Apesar das várias candidaturas, muitos luso-canadianos não conseguiram subir à vereação nos municípios da província do Ontário, perdendo-se designadamente a presença de origem portuguesa da Câmara de Toronto.
Porém, foram vários os casos em que gestores escolares (trustees) lusos consolidaram as posições.
Momentos após o apuramento dos resultados finais em Kingsville, já durante a noite de segunda-feira (madrugada de terça-feira em Portugal), Nelson Santos manifestou à Lusa grande satisfação pela reeleição, indicando ter obtido «61 por cento da votação total», apesar de ter concorrido contra o seu antecessor, que este ano voltou a recandidatar-se.
«Foi uma campanha dura. Tivemos que abordar os principais temas para o desenvolvimento desta cidade, onde queremos dar mais qualidade de vida às pessoas», enalteceu.
Entre as prioridades para o próximo mandato de quatro anos, Nelson Santos enunciou a continuação do investimento em infra-estruturas, assim como dar atenção às zonas de praia e frente ao mar.
Nascido no Canadá e filho de portugueses da região de Fátima, Nelson Santos, 36 anos, é o único presidente de origem lusa numa câmara no Ontário: Kingsville, a qual conta com cerca de 19 mil habitantes.
Em Toronto, a presença de origem portuguesa foi assegurada na comissão directiva das escolas públicas de ensino em inglês (Toronto District School Board - TDSB), tendo Maria Rodrigues sido reeleita por Davenport com 44 por cento.
Neste bairro bem português da cidade de Toronto, confimou-se a preferência pelos três candidatos luso-canadianos, todos terminando à frente de concorrentes de origem hispânica.
A mais directa opositora de Maria Rodrigues, a luso- canadiana Nellie Pedro quedou-se pelos 31,1 por cento, enquanto John Costa foi o terceiro posicionado, com 18,5 por cento do total dos votos.
Na sua área de influência, a TDSB (a maior comissão directiva escolar do Canadá) tem 558 escolas frequentadas por mais de 280 mil alunos, gerindo um orçamento anual de 2,4 mil milhões de dólares canadianos (1,6 mil milhões de euros).
Nas eleições para a Câmara de Toronto - que, além do presidente de Câmara, elegem 44 vereadores de câmara e os gestores das quatro comissões escolares - Paul Ferreira não conseguiu ser eleito vereador, apesar de ser o segundo mais votado no seu bairro eleitoral de York South-Weston, com 36,3 por cento.
Também Peter Ferreira, presidente do Congresso Nacional Luso-Canadiano e do Conselho Etno-cultural Canadiano, não conseguiu o lugar de vereador na câmara de Mississauga (grande cidade na Área da Grande Toronto), obtendo 35,14 por cento dos votos, ficando no seu bairro eleitoral atrás da já actual titular do cargo, reconduzida nestas eleições.
Em outros distritos eleitorais, aguardava-se a vitória previsível de Manuel da Silva em Cambrigde para "trustee" da comissão directiva das escolas católicas de Waterloo.
Por sua vez, Eduardo Viana permanece o mais antigo trustee de origem portuguesa no Canadá, tendo registado uma reeleição incontestada para a comissão directiva das escolas católicas de Halton-Oakville.
Embora candidato à mesma comissão escolar, o advogado açoriano Paul de Melo não conseguiu nestas eleições os votos necessários para se juntar a Eduardo Viana.
Nestas eleições duas câmaras estavam sob grandes atenções - Toronto (capital da província) e Otava (capital do país).
O actual edil de Toronto, David Miller, não teve opositores à altura, atingindo 57 por cento, mas em Otava, Bob Chiarelli, presidente de câmara, foi notoriamente «chumbado» pelo eleitorado, ficando no terceiro posto das preferências.
A celebrar a vitória em Otava está Larry O'Brien, que tomará posse a 1 de Dezembro como o novo presidente de câmara, tendo nesta eleições sido segundo o candidato Alex Munter.
A viabilidade da Madeira (1)
Álvaro Santos Pereira
Universidade de York
Uma das questões mais controversas dos últimos tempos foi a ameaça implícita do presidente regional da Madeira de que os fantasmas separatistas seriam reavivados pela alegada afronta do Governo central, que ameaçou cortar as transferências fiscais para a região autónoma.
De certa forma, a controvérsia não é nova. Porém, o recurso ao trunfo independentista pode alterar por completo a relação entre o Continente e a Madeira. É óbvio que uma hipotética declaração de independência madeirense teria de ser aprovada pelos órgãos de soberania e pelas respectivas populações, provavelmente em referendo. Como não existem grandes estudos de opinião sobre o tema, é difícil vaticinar o resultado de tal inquérito. Mesmo assim, já que o argumento independentista foi usado, interessa analisar se uma Madeira independente é viável economicamente. Vejamos então o que os números nos indicam.
A Madeira tem actualmente cerca de 245 mil habitantes. Aproximadamente 82% de todos os trabalhadores estão no sector terciário, 16% no sector secundário e menos de 3% no primário. A nível do rendimento per capita, a Madeira tem sido a região do País que mais progresso registou nos últimos anos. Segundo o INE, se em 1995 o rendimento de um madeirense médio era cerca 95% de um português médio, em 2005 um madeirense possuía já 12% do rendimento médio continental.
A nível europeu, o progresso do rendimento madeirense foi igualmente apreciável. Enquanto Portugal continental quase não convergiu com a UE-15 a partir dos finais dos anos 90, a Madeira aumentou o seu rendimento per capita de 63% do rendimento europeu em 1995 para 82% em 2003. Ora, grande parte da celeuma actual é exactamente relacionada com o desenvolvimento económico da região autónoma.
De facto, a Madeira está a ser vítima do seu próprio sucesso. Como os fundos estruturais afluem maioritariamente para as regiões com menos de 75% do rendimento per capita europeu, a Madeira verá automaticamente diminuir de forma drástica os generosos subsídios que a sua posição ultraperiférica e o seu baixo rendimento lhe concediam.
Para agravar a situação do governo madeirense, o Governo central ameaça agora cortar seriamente as transferências fiscais para a região autónoma, com o argumento de que o governo regional violou os preceitos da legislação do OE 2005. Ou seja, o governo regional da Madeira vê-se a braços com uma situação provavelmente insustentável a nível fiscal. É por isso que a carta separatista foi apresentada agora com mais vigor. No próximo artigo veremos se esta carta independentista tem pernas para andar, isto é, se é viável para a Madeira tornar-se financeira e economicamente independente de Portugal continental. A resposta talvez seja surpreendente.
Universidade de York
Uma das questões mais controversas dos últimos tempos foi a ameaça implícita do presidente regional da Madeira de que os fantasmas separatistas seriam reavivados pela alegada afronta do Governo central, que ameaçou cortar as transferências fiscais para a região autónoma.
De certa forma, a controvérsia não é nova. Porém, o recurso ao trunfo independentista pode alterar por completo a relação entre o Continente e a Madeira. É óbvio que uma hipotética declaração de independência madeirense teria de ser aprovada pelos órgãos de soberania e pelas respectivas populações, provavelmente em referendo. Como não existem grandes estudos de opinião sobre o tema, é difícil vaticinar o resultado de tal inquérito. Mesmo assim, já que o argumento independentista foi usado, interessa analisar se uma Madeira independente é viável economicamente. Vejamos então o que os números nos indicam.
A Madeira tem actualmente cerca de 245 mil habitantes. Aproximadamente 82% de todos os trabalhadores estão no sector terciário, 16% no sector secundário e menos de 3% no primário. A nível do rendimento per capita, a Madeira tem sido a região do País que mais progresso registou nos últimos anos. Segundo o INE, se em 1995 o rendimento de um madeirense médio era cerca 95% de um português médio, em 2005 um madeirense possuía já 12% do rendimento médio continental.
A nível europeu, o progresso do rendimento madeirense foi igualmente apreciável. Enquanto Portugal continental quase não convergiu com a UE-15 a partir dos finais dos anos 90, a Madeira aumentou o seu rendimento per capita de 63% do rendimento europeu em 1995 para 82% em 2003. Ora, grande parte da celeuma actual é exactamente relacionada com o desenvolvimento económico da região autónoma.
De facto, a Madeira está a ser vítima do seu próprio sucesso. Como os fundos estruturais afluem maioritariamente para as regiões com menos de 75% do rendimento per capita europeu, a Madeira verá automaticamente diminuir de forma drástica os generosos subsídios que a sua posição ultraperiférica e o seu baixo rendimento lhe concediam.
Para agravar a situação do governo madeirense, o Governo central ameaça agora cortar seriamente as transferências fiscais para a região autónoma, com o argumento de que o governo regional violou os preceitos da legislação do OE 2005. Ou seja, o governo regional da Madeira vê-se a braços com uma situação provavelmente insustentável a nível fiscal. É por isso que a carta separatista foi apresentada agora com mais vigor. No próximo artigo veremos se esta carta independentista tem pernas para andar, isto é, se é viável para a Madeira tornar-se financeira e economicamente independente de Portugal continental. A resposta talvez seja surpreendente.
segunda-feira, novembro 13, 2006
Pilhéria
Carta atribuída a Pina Manique, antes de ser promovido a Intendente Geral do Reino, ao Duque de Cadaval, Corregedor Mor do Reino e, presumo, então seu superior:
"Exmo. Sr. Duque de Cadaval:
Se meu nascimento, embora humilde, mas tão digno e honrado como o da mais alta nobreza, me coloca em circunstância de V. Excia. me tratar por TU,
- Caguei para mim que nada valho.
Se o alto cargo que exerço, de Corregedor da Justiça do Reino em Santarém, permite a V. Excia., Corregedor Mor da Justiça do Reino, tratar-me acintosamente por TU,
- Caguei para o cargo.
Mas, se nem uma nem outra coisa consente semelhante linguagem, peço a V. Excia. que me informe com brevidade sobre estas particularidades, pois quero saber ao certo se
- devo ou não Cagar para V. Excia.
Santarém, 22 de outubro de 1795
PINA MANIQUE
Corregedor de Santarém "
"Exmo. Sr. Duque de Cadaval:
Se meu nascimento, embora humilde, mas tão digno e honrado como o da mais alta nobreza, me coloca em circunstância de V. Excia. me tratar por TU,
- Caguei para mim que nada valho.
Se o alto cargo que exerço, de Corregedor da Justiça do Reino em Santarém, permite a V. Excia., Corregedor Mor da Justiça do Reino, tratar-me acintosamente por TU,
- Caguei para o cargo.
Mas, se nem uma nem outra coisa consente semelhante linguagem, peço a V. Excia. que me informe com brevidade sobre estas particularidades, pois quero saber ao certo se
- devo ou não Cagar para V. Excia.
Santarém, 22 de outubro de 1795
PINA MANIQUE
Corregedor de Santarém "
Conselho da Europa recusa independência da Ossétia do Sul
A pequena região da Ossétia do Sul votou em referendo, este domingo, a separação da Geórgia, mas o Conselho da Europa não reconhece o resultado da votação.
Em causa está a exclusão dos cidadãos de etnia georgiana da participação no referendo de domingo, que terá dado o «sim» à independência da Ossétia do Sul.
O secretário-geral do Conselho da Europa afirma que a votação foi «desnecessária, inútil e injusta». Terry Davis diz que os resultados do referendo «não serão reconhecidos pela comunidade internacional».
A Ossétia do Sul é uma pequena região de 70 mil habitantes, localizada na antiga república soviética da Geórgia. Os ossetas lutam pela independência desde 1990 e controlam a maior parte do território.
A Rússia, que viu as suas relações com a Geórgia degradarem-se nos últimos anos, tem prestado apoio logístico e militar aos ossetas, mas ainda não emitiu uma declaração acerca do referendo de domingo.
Ossétia do Sul, Abecássia e Adjária são três regiões da Geórgia com pretensões independentistas, apoiadas por Moscovo. Enquanto a Adjária aproximou-se de Tbilissi em 2005, na Abecássia e na Ossétia do Sul a situação continua tensa e, frequentemente, degenera em confrontos armados.
Em causa está a exclusão dos cidadãos de etnia georgiana da participação no referendo de domingo, que terá dado o «sim» à independência da Ossétia do Sul.
O secretário-geral do Conselho da Europa afirma que a votação foi «desnecessária, inútil e injusta». Terry Davis diz que os resultados do referendo «não serão reconhecidos pela comunidade internacional».
A Ossétia do Sul é uma pequena região de 70 mil habitantes, localizada na antiga república soviética da Geórgia. Os ossetas lutam pela independência desde 1990 e controlam a maior parte do território.
A Rússia, que viu as suas relações com a Geórgia degradarem-se nos últimos anos, tem prestado apoio logístico e militar aos ossetas, mas ainda não emitiu uma declaração acerca do referendo de domingo.
Ossétia do Sul, Abecássia e Adjária são três regiões da Geórgia com pretensões independentistas, apoiadas por Moscovo. Enquanto a Adjária aproximou-se de Tbilissi em 2005, na Abecássia e na Ossétia do Sul a situação continua tensa e, frequentemente, degenera em confrontos armados.
quinta-feira, novembro 09, 2006
Índice Mundial de Desenvolvimento Humano 2006
A Noruega continua a liderar a tabela do índice mundial de desenvolvimento humano 2006 e o Níger mantém-se no último e 177º lugar, enquanto Portugal desceu uma posição em relação ao ano passado, ocupando agora o 28º lugar.
1 Noruega
2 Islândia
3 Austrália
4 Irlanda
5 Suécia
6 Canadá
7 Japão
8 Estados Unidos
9 Suiça
10 Holanda
11 Finlândia
12 Luxemburgo
13 Bélgica
14 Áustria
15 Dinamarca
16 França
17 Itália
18 Reino Unido
19 Espanha
20 Nova Zelândia
21 Alemanha
22 Hong Kong, China
23 Israel
24 Grécia
25 Singapura
26 Coreia, Rep. da
27 Eslovénia
28 Portugal
29 Chipre
1 Noruega
2 Islândia
3 Austrália
4 Irlanda
5 Suécia
6 Canadá
7 Japão
8 Estados Unidos
9 Suiça
10 Holanda
11 Finlândia
12 Luxemburgo
13 Bélgica
14 Áustria
15 Dinamarca
16 França
17 Itália
18 Reino Unido
19 Espanha
20 Nova Zelândia
21 Alemanha
22 Hong Kong, China
23 Israel
24 Grécia
25 Singapura
26 Coreia, Rep. da
27 Eslovénia
28 Portugal
29 Chipre
BES considera ter sido vítima de um "equívoco"
Em conferência de Imprensa realizada, ontem, em Lisboa, o presidente da Comissão Executiva do BES, Ricardo Salgado, esclareceu que a "alegada operação de investimento de 500 milhões de euros em que se fundou a investigação nunca se concretizou", considerando que tudo não passou de um "equívoco" e de uma investigação "desadequada".
Tendo em conta que o montante total fiscalizado pelas autoridades espanholas supera 1,8 mil milhões de euros, dos quais apenas 0,4% são relativos a contas do BES, a entidade bancária" considera inusitado que na investigação seja dado relevo e tamanha publicidade à relação dessas entidades com o BES e, ao mesmo tempo, não seja revelado o paradeiro dos restantes 99,6% do total bloqueado". O Banco Espírito Santo ficou indignado pela conotação "indevida e injustificada" com uma alegada fraude fiscal e operação de branqueamento de capitais.
O presidente do Banco Espírito Santo (BES) gostaria "de ter em Espanha o mesmo acolhimento que os bancos espanhóis tiveram em Portugal". Com esta ideia, Ricardo Salgado manifestou ontem a sua "indignação" perante a acção das autoridade espanholas no âmbito das investigações por alegado branqueamento de capitais que, na última quinta-feira, obrigaram ao encerramento da sede do banco em Madrid.
(Será só por ser um Banco Português em Espanha. Não me admirava. Atentem ao número 0,4% do total investigado.)
Tendo em conta que o montante total fiscalizado pelas autoridades espanholas supera 1,8 mil milhões de euros, dos quais apenas 0,4% são relativos a contas do BES, a entidade bancária" considera inusitado que na investigação seja dado relevo e tamanha publicidade à relação dessas entidades com o BES e, ao mesmo tempo, não seja revelado o paradeiro dos restantes 99,6% do total bloqueado". O Banco Espírito Santo ficou indignado pela conotação "indevida e injustificada" com uma alegada fraude fiscal e operação de branqueamento de capitais.
O presidente do Banco Espírito Santo (BES) gostaria "de ter em Espanha o mesmo acolhimento que os bancos espanhóis tiveram em Portugal". Com esta ideia, Ricardo Salgado manifestou ontem a sua "indignação" perante a acção das autoridade espanholas no âmbito das investigações por alegado branqueamento de capitais que, na última quinta-feira, obrigaram ao encerramento da sede do banco em Madrid.
(Será só por ser um Banco Português em Espanha. Não me admirava. Atentem ao número 0,4% do total investigado.)
Timor-Leste: Mari Alkatiri em Lisboa para exames médicos!
O ex-primeiro-ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, deixou Díli, na quarta-feira, com destino a Lisboa, com o objectivo de realizar exames médicos!
Fazendo um comentário mais jucozo: não sabia que o estado da saúde em Portugal era assim tão bom…
A informação foi avançada por fonte do gabinete do primeiro-ministro, José Ramos Horta, e surge na edição desta quinta-feira do Correio da Manhã.
Ainda segundo a mesma fonte, Alkatiri deverá regressar a Timor-Leste «no final do mês».
Ora, tal como com Nino Vieira, que pediu asilo político a Portugal, adivinha-se agora uma situação similar. Alkatiri, fugiria assim ao processo judicial que se adivinha...
O ex-primeiro-ministro desloca-se a Portugal numa altura em que continua a ser investigado pelo Ministério Público timorense sobre um possível envolvimento na crise de Abril e numa eventual distribuição de armas a civis.
Convém relembrar que Portugal perdeu para a Austrália, ao tomar o partido de Alkatiri, ao invés de apoiar Xanana (pró-Austrália) aquando dos recentes tumultos em Díli. Chegou a hora de Alkatiri cobrar.
Aguardemos pela reacção oficial do Palácio das Necessidades.
Fazendo um comentário mais jucozo: não sabia que o estado da saúde em Portugal era assim tão bom…
A informação foi avançada por fonte do gabinete do primeiro-ministro, José Ramos Horta, e surge na edição desta quinta-feira do Correio da Manhã.
Ainda segundo a mesma fonte, Alkatiri deverá regressar a Timor-Leste «no final do mês».
Ora, tal como com Nino Vieira, que pediu asilo político a Portugal, adivinha-se agora uma situação similar. Alkatiri, fugiria assim ao processo judicial que se adivinha...
O ex-primeiro-ministro desloca-se a Portugal numa altura em que continua a ser investigado pelo Ministério Público timorense sobre um possível envolvimento na crise de Abril e numa eventual distribuição de armas a civis.
Convém relembrar que Portugal perdeu para a Austrália, ao tomar o partido de Alkatiri, ao invés de apoiar Xanana (pró-Austrália) aquando dos recentes tumultos em Díli. Chegou a hora de Alkatiri cobrar.
Aguardemos pela reacção oficial do Palácio das Necessidades.
Recuperação da figura de Estaline feita no PCP
O antigo dirigente comunista Carlos Brito denunciou a proliferação de jovens da JCP "a proclamarem-se estalinistas" e "alguns dirigentes do partido que gostam de ser considerados como tal". "Até o Avante!, pela pena de alguns responsáveis, tem inserido peças reabilitadoras de Estaline", criticou Brito, que falava na noite de terça-feira durante um debate organizado na Biblioteca do Museu República e Resistência, em Lisboa, por iniciativa da Renovação Comunista, finalmente com existência jurídica reconhecida.
segunda-feira, novembro 06, 2006
Saloio
O Presidente da República já nos vem habituando ao mau-gosto dos seus discursos.
Contudo, na recente Cimeira Ibero-Americana, alcançou um novo patamar da asneira.
Agora, desatou a discursar em portunhol para os chefes de estado e de governo presentes em Montevideu, dizendo "Cumbre", em vez de "Cimeira", ou "democrácia", em vez de "democracia", ou ainda "el año 2008", num contínuo chorrilho de disparates.
Ainda teve tempo para apelidar a capital uruguaia de "Monteviseu" [monte (algum algarvio, de certeza)+Viseu (antiga capital do Cavaquistão, durante o seu mandato como primeiro-ministro)].
É de rir até às lágrimas perante tão acérrima defesa da Nação.
Falta de chá...
Contudo, na recente Cimeira Ibero-Americana, alcançou um novo patamar da asneira.
Agora, desatou a discursar em portunhol para os chefes de estado e de governo presentes em Montevideu, dizendo "Cumbre", em vez de "Cimeira", ou "democrácia", em vez de "democracia", ou ainda "el año 2008", num contínuo chorrilho de disparates.
Ainda teve tempo para apelidar a capital uruguaia de "Monteviseu" [monte (algum algarvio, de certeza)+Viseu (antiga capital do Cavaquistão, durante o seu mandato como primeiro-ministro)].
É de rir até às lágrimas perante tão acérrima defesa da Nação.
Falta de chá...
quinta-feira, novembro 02, 2006
A presença portuguesa no mundo
Phillip Rapoza, de 56 anos, foi, há poucos dias, empossado Juiz presidente do Tribunal de Recursos do Estado de Massachusetts. Tornou-se, assim, o segundo juiz mais poderoso deste estado de 6.4 milhões de habitantes.
Formado em Yale, é bisneto de uma açoreana que saiu de S. Miguel em 1886 e foi de barco para a América.
Merece amplo destaque, por ter orgulho nas suas raizes lusitanas, e por no seu discurso de posse, em Boston, ter afirmado: "os portugueses são um dos fios com que se tece a tapeçaria americana e eu orgulho-me de ser um deles".
O Juiz Rapoza, que já foi homenageado pelo Estado Português (às vezes acertam...), deverá manter-se no cargo até 2020, ano em que se reformará.
Mais uma lança em África.
Formado em Yale, é bisneto de uma açoreana que saiu de S. Miguel em 1886 e foi de barco para a América.
Merece amplo destaque, por ter orgulho nas suas raizes lusitanas, e por no seu discurso de posse, em Boston, ter afirmado: "os portugueses são um dos fios com que se tece a tapeçaria americana e eu orgulho-me de ser um deles".
O Juiz Rapoza, que já foi homenageado pelo Estado Português (às vezes acertam...), deverá manter-se no cargo até 2020, ano em que se reformará.
Mais uma lança em África.
quarta-feira, novembro 01, 2006
Uma nova ditadura
Paulo Pereira, de Almeida, Professor do ISCTE, e investigador
"Há que saber resistir quando queremos fazer valer a inteligência, o talento e a liberdade de expressão". Tatiana Lobo (1939),
escritora costa-riquenha.
Segundo os dados mais recentes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o salário médio em Portugal é hoje metade do salário da Grécia - $645 no nosso país e $1167 no país de Atenas - mas o custo médio de vida é inferior para os gregos. Além disso, o indicador de desigualdade social (o chamado índice de Gini que a CIA utiliza como referência nos seus relatórios) coloca Portugal em 27º, abaixo da Grécia (em 24º) e muito abaixo da Espanha (em 21º), transformando o nosso País no Estado Social mais desigualitário da Europa dos 12 (a que pertencemos, recorde-se, desde 1986; há 20 anos, portanto).
É que Portugal - apesar de pequeno - não tem de estar condenado a viver pelos
mínimos, transformando-se numa sociedade onde a classe média não existe e a
pobreza se sente ao virar da esquina.
"Há que saber resistir quando queremos fazer valer a inteligência, o talento e a liberdade de expressão". Tatiana Lobo (1939),
escritora costa-riquenha.
terça-feira, outubro 31, 2006
Finanças Locais, Quem tem Razão?
É natural que as pessoas falem do negativo, que falem do que é anormal, que discutam e apontem os erros. Este comportamento é perfeitamente normal, ainda mais se se tratar de um governo. Ou seja, é óbvio que devemos ter em atenção ao que um Governo faz bem, mas ainda que o saldo seja positivo (algo de que tenho dúvidas que se passe actualmente com o Governo de Sócrates), o nosso olho, a nossa discussão dirige-se sempre para aqueles aspectos altamente criticáveis. Aliás, a discussão só surge da argumentação e contra-argumentação entre duas posições adversiais. Num Governo, o que se faz bem deveria ser o normal, o que se faz mal é o escrutinado.
Não discuto a iniciativa do governo em avançar com uma nova lei das Finanças Locais. É bom que haja rigor, seja em altura de crise seja em altura de bonança. Agora existem ali certos aspectos que me parecem criticáveis e outros sinceramente e à falta de melhor palavra estúpidos. Aprecio o esforço de clarificação e credibilização, na realidade se os políticos estão em crise de credibilidade, então os autarcas ainda mais.
Não terei competências técnicas para avaliar na plenitude a proposta de lei, mas parece-me que se até os autarcas do PS estão contra, então aqui há bicho. Como refere a ANMP, parece-me injusto que sendo as 308 autarquias responsáveis por 5% da dívida total do estado e 0% pelo défice, que sejam elas a arcar com as consequências dos cortes orçamentais. Além disso as autarquias queixam-se da perda de autonomia e parece-me que têm alguma razão.
Mas a medida mais inútil ainda é a do IRS flexível, seja em 3% ou 5%. Ninguém se vai mudar por exemplo de Cantanhede para Freixo de Espada a Cinta porque paga menos IRS. Esta medida parece-me inútil pois só vai empobrecer os Municípios, sendo que essa flexibilidade sai do quinhão das autarquias e não do Governo. Esta medida só irá acentuar as dificuldades dos municípios do interior em obter receitas e consequentemente ainda mais dificuldades. Posto isto, para que serve esta medida?
As Câmaras possuem ainda que limitados, instrumentos para atrair investimento, que por sua vez traz emprego, e por arrasto população.
Sendo assim não seria mais normal que esta tónica na flexibilidade fosse no IRC. Não seria mais frutífero que as autarquias pudessem atrair mais investimento e emprego. Indo mais longe, deveria ser o próprio Governo a delimitar essas margens, pois ainda assim seriam os municípios mais fortes com maior poder de baixar impostos. Se o País anda a duas velocidades, tem de se governar de duas formas, se necessário com dois sistemas.
Porque não se dá prioridade ao financiamento de projectos nos municípios do interior. Escolas e maternidades fechadas, urgências encerradas (ainda que eu acredite que devam existir reestruturações de redes). Quem sofre mais, o Interior. Não há estratégias a nível nacional para a desertificação populacional, aliás, a estratégia parece ser levar todos para o Litoral e pôr o resto do País como reserva natural.
Não discuto a iniciativa do governo em avançar com uma nova lei das Finanças Locais. É bom que haja rigor, seja em altura de crise seja em altura de bonança. Agora existem ali certos aspectos que me parecem criticáveis e outros sinceramente e à falta de melhor palavra estúpidos. Aprecio o esforço de clarificação e credibilização, na realidade se os políticos estão em crise de credibilidade, então os autarcas ainda mais.
Não terei competências técnicas para avaliar na plenitude a proposta de lei, mas parece-me que se até os autarcas do PS estão contra, então aqui há bicho. Como refere a ANMP, parece-me injusto que sendo as 308 autarquias responsáveis por 5% da dívida total do estado e 0% pelo défice, que sejam elas a arcar com as consequências dos cortes orçamentais. Além disso as autarquias queixam-se da perda de autonomia e parece-me que têm alguma razão.
Mas a medida mais inútil ainda é a do IRS flexível, seja em 3% ou 5%. Ninguém se vai mudar por exemplo de Cantanhede para Freixo de Espada a Cinta porque paga menos IRS. Esta medida parece-me inútil pois só vai empobrecer os Municípios, sendo que essa flexibilidade sai do quinhão das autarquias e não do Governo. Esta medida só irá acentuar as dificuldades dos municípios do interior em obter receitas e consequentemente ainda mais dificuldades. Posto isto, para que serve esta medida?
As Câmaras possuem ainda que limitados, instrumentos para atrair investimento, que por sua vez traz emprego, e por arrasto população.
Sendo assim não seria mais normal que esta tónica na flexibilidade fosse no IRC. Não seria mais frutífero que as autarquias pudessem atrair mais investimento e emprego. Indo mais longe, deveria ser o próprio Governo a delimitar essas margens, pois ainda assim seriam os municípios mais fortes com maior poder de baixar impostos. Se o País anda a duas velocidades, tem de se governar de duas formas, se necessário com dois sistemas.
Porque não se dá prioridade ao financiamento de projectos nos municípios do interior. Escolas e maternidades fechadas, urgências encerradas (ainda que eu acredite que devam existir reestruturações de redes). Quem sofre mais, o Interior. Não há estratégias a nível nacional para a desertificação populacional, aliás, a estratégia parece ser levar todos para o Litoral e pôr o resto do País como reserva natural.
segunda-feira, outubro 30, 2006
Obrigado Xanana
Xanana Gusmão, Presidente da República de Timor, orgulhoso benfiquista e cultor das letras lusófonas, distinguiu-se, enquanto líder de guerrilha, por falar em português em todas os comunicados que fazia.
Logo foi apelidado de defensor da língua portuguesa e dos valores lusos, algo que foi branqueando o que há muito se desconfiava e era comentado à "boca-pequena" nos meios diplomáticos: Xanana defendia quem melhor o conseguia convencer, e para isso era preciso recorrer ao todos os argumentos (nomeadamente financeiros).
Portugal, ao tomar a dianteira no processo de "libertação" timorense, empenhou-se quer económica, quer diplomaticamente no sucesso dos seus argumentos. E venceu, vergando a Indonésia. Algo inimaginável, não fosse a simpatia do democrata Clinton.
Nos tempos mais recentes, Xanana vem dando razão aos que desconfiavam do seu "amor" pela pátria lusa. E fê-lo dando mais uma machadada na cooperação portuguesa, ao pôr o filho a estudar numa escola... inglesa.
Não se podia esperar, aliás, outra coisa. Afinal, já nas negociações para a exploração do petróleo do mar timorense, Portugal ficou a perder para os italianos.
Nos outros negócios, são os australianos que fazem a festa, atiram os foguetes e recebem as canas, nada adiantando as débeis investidas de governantes portugueses por Dili.
Obrigado Xanana.
Logo foi apelidado de defensor da língua portuguesa e dos valores lusos, algo que foi branqueando o que há muito se desconfiava e era comentado à "boca-pequena" nos meios diplomáticos: Xanana defendia quem melhor o conseguia convencer, e para isso era preciso recorrer ao todos os argumentos (nomeadamente financeiros).
Portugal, ao tomar a dianteira no processo de "libertação" timorense, empenhou-se quer económica, quer diplomaticamente no sucesso dos seus argumentos. E venceu, vergando a Indonésia. Algo inimaginável, não fosse a simpatia do democrata Clinton.
Nos tempos mais recentes, Xanana vem dando razão aos que desconfiavam do seu "amor" pela pátria lusa. E fê-lo dando mais uma machadada na cooperação portuguesa, ao pôr o filho a estudar numa escola... inglesa.
Não se podia esperar, aliás, outra coisa. Afinal, já nas negociações para a exploração do petróleo do mar timorense, Portugal ficou a perder para os italianos.
Nos outros negócios, são os australianos que fazem a festa, atiram os foguetes e recebem as canas, nada adiantando as débeis investidas de governantes portugueses por Dili.
Obrigado Xanana.
quinta-feira, outubro 26, 2006
"Dificuldades" nas comunicações entre Rússia e Portugal provocam "crise política" na Carélia
Durante a sua "conversa" com o povo, transmitida por todos os canais de televisão e rádio russos, o Presidente Vladimir Putin queixou-se de que não conseguia entrar em contacto telefónico com Serguei Katanandov, dirigente da República da Carélia, território da Federação da Rússia situado na fronteira com a Finlândia.
Putin fez esta afirmação ao responder a uma pergunta de uma telespectadora sobre a sua posição face aos acontecimentos na cidade carélia de Kondogopa, onde confrontos entre russos e caucasianos provocou vários mortos no passado mês de Setembro. Tatiana Konachkova, habitante dessa cidade, queixou-se da inactividade das autoridades e perguntou a Putin: "Será que precisamos de semelhantes autoridades?"
"Não precisamos. Não precisamos nem de provocadores, por um lado, nem de corruptos, por outro" - disparou o dirigente russo e, depois de sublinhar que já tinham sido demitidos uma série de dirigentes da polícia e serviços secretos locais, rematou: "Tentei várias vezes entrar em contacto com o vosso dirigente, o chefe do Governo da Carélia, mas ou viaja de avião, ou está de férias. Mas ainda iremos conversar muito a sério com ele sobre isso".
Mais sorte do que o "czar russo" tiveram os jornalistas do tabolóide "Tvoi den", que conseguiram explicar a razão dos problemas de comunicações entre Putin e Katanandov. Segundo o jornal, "Serguei Katanandov encontra-se a passar férias em Portugal", mas com o conhecimento e o consentimento do representante do Presidente Putin no Círculo Federal do Noroeste, onde se encontra a Carélia.
"Presentemente, o chefe passa férias em Portugal, mas, agora, as comunicações já funcionam bem e, ontem, com ele conversaram membros do Governo da Carélia" - declarou o porta-voz de Katanandov.
Se episódio semelhante acontecesse durante a época comunista, Serguei Katanandov teria duas alternativas: ou pedia refúgio político em Portugal, ou regressava ao seu país, onde, no melhor dos casos, passaria uns bons anos num campo de concentração, ou simplesmente seria fusilado. Hoje, semelhante incidente significa que Katanandov poderá ter de deixar de ser Presidente da Carélia depois de regressar de férias em Portugal.
Ainda se desconhece se as dificuldades nas comunicações entre o Kremlin e Katanandov aconteceram por culpa dos operadores portugueses ou russos, mas as companhias telefónicas lusas deverão sair inocentes deste escândalo. Isto porque, antes, Putin já teve dificuldade de telefonar ao Procurador-Geral da Rússia quando este pôs na prisão um conhecido oligarca russo, bem como a outros dirigentes russos, que, nesses momentos, se encontravam em território russo, e não a passar férias em Portugal.
Como as autoridades e empresas de turismo portuguesas praticamente nada fazem para vender Portugal como destino turístico na Rússia, este incidente de Putin com Katanandov pode reflectir-se "negativamente" como destino turístico para os russos!
Putin fez esta afirmação ao responder a uma pergunta de uma telespectadora sobre a sua posição face aos acontecimentos na cidade carélia de Kondogopa, onde confrontos entre russos e caucasianos provocou vários mortos no passado mês de Setembro. Tatiana Konachkova, habitante dessa cidade, queixou-se da inactividade das autoridades e perguntou a Putin: "Será que precisamos de semelhantes autoridades?"
"Não precisamos. Não precisamos nem de provocadores, por um lado, nem de corruptos, por outro" - disparou o dirigente russo e, depois de sublinhar que já tinham sido demitidos uma série de dirigentes da polícia e serviços secretos locais, rematou: "Tentei várias vezes entrar em contacto com o vosso dirigente, o chefe do Governo da Carélia, mas ou viaja de avião, ou está de férias. Mas ainda iremos conversar muito a sério com ele sobre isso".
Mais sorte do que o "czar russo" tiveram os jornalistas do tabolóide "Tvoi den", que conseguiram explicar a razão dos problemas de comunicações entre Putin e Katanandov. Segundo o jornal, "Serguei Katanandov encontra-se a passar férias em Portugal", mas com o conhecimento e o consentimento do representante do Presidente Putin no Círculo Federal do Noroeste, onde se encontra a Carélia.
"Presentemente, o chefe passa férias em Portugal, mas, agora, as comunicações já funcionam bem e, ontem, com ele conversaram membros do Governo da Carélia" - declarou o porta-voz de Katanandov.
Se episódio semelhante acontecesse durante a época comunista, Serguei Katanandov teria duas alternativas: ou pedia refúgio político em Portugal, ou regressava ao seu país, onde, no melhor dos casos, passaria uns bons anos num campo de concentração, ou simplesmente seria fusilado. Hoje, semelhante incidente significa que Katanandov poderá ter de deixar de ser Presidente da Carélia depois de regressar de férias em Portugal.
Ainda se desconhece se as dificuldades nas comunicações entre o Kremlin e Katanandov aconteceram por culpa dos operadores portugueses ou russos, mas as companhias telefónicas lusas deverão sair inocentes deste escândalo. Isto porque, antes, Putin já teve dificuldade de telefonar ao Procurador-Geral da Rússia quando este pôs na prisão um conhecido oligarca russo, bem como a outros dirigentes russos, que, nesses momentos, se encontravam em território russo, e não a passar férias em Portugal.
Como as autoridades e empresas de turismo portuguesas praticamente nada fazem para vender Portugal como destino turístico na Rússia, este incidente de Putin com Katanandov pode reflectir-se "negativamente" como destino turístico para os russos!
segunda-feira, outubro 23, 2006
Jogos da Lusofonia
É bom que se abra um debate sobre se todas as regiões e países, com maior ou menor afinidade com a lusofonia, e consequentemente com Portugal, podem ou devem participar nos Jogos da Lusofonia (JL).
Ponho esta questão, na semana em que foi noticiado o desejo de a Galiza participar activamente nos jogos de 2009. E esta vontade já vem de há vários anos... e é fácil de ver porquê...
Mas tudo ameaça ruir. O Comité Olímpico Espanhol, ou lá como se chama, não autoriza esta participação "olímpica". Justificação?
Eu avanço uma: têm simplesmente medo de a Galiza estreitar ainda mais as históricas relações com Portugal. E é de medinho que se trata, numa época em que a revisão do estatuto das autonomias trouxe a designação de "nações" a algumas regiões, como por exemplo à G-A-L-I-Z-A.
Ponho esta questão, na semana em que foi noticiado o desejo de a Galiza participar activamente nos jogos de 2009. E esta vontade já vem de há vários anos... e é fácil de ver porquê...
Mas tudo ameaça ruir. O Comité Olímpico Espanhol, ou lá como se chama, não autoriza esta participação "olímpica". Justificação?
Eu avanço uma: têm simplesmente medo de a Galiza estreitar ainda mais as históricas relações com Portugal. E é de medinho que se trata, numa época em que a revisão do estatuto das autonomias trouxe a designação de "nações" a algumas regiões, como por exemplo à G-A-L-I-Z-A.
quinta-feira, outubro 19, 2006
Rei Juan Carlos abateu um urso bêbado na Rússia
No passado mês de Agosto, Juan Carlos, rei da Espanha, visitou, a título pessoal, a Rússia e, nomeadamente, o Distrito de Vologda, situado a Nordeste de Moscovo.
Não é todos os dias, nem meses, nem anos, que uma região provincial russa recebe um monarca e, por isso, os dirigentes locais decidiram esmerar-se na recepção, tendo, antecipadamente, estudado os gostos de Juan Carlos.
O coroado hóspede não escondeu que é um aficcionado da caça, tanto mais num país onde a diversidade cinegética é grande, e as autoridades locais organizaram a “caça ao urso”.
Segundo denuncia Serguei Starostin, dirigente do Departamento local de Protecção dos Recursos Cinegéticos, “o rei abateu, durante a caçada, um urso domesticado, além disso emborrachado previamente com vodka”.
“Os falsificadores da caça sacrificaram um urso bondoso e alegre, chamado Mitrofan, que vivia na casa de repouso da aldeia de Novlenski” – denuncia Starostin, numa carta enviada ao governador do distrito, e continua: “Depois de o terem encharcado fartamente de vodka, misturada com mel, lançaram-no para um campo. Claro que o pesado animal embriagado se tornou um alvo fácil. Sua Alteza, Juan Carlos, abateu o Mitrofan de um só disparo”.
Starostin escreve que não se trata do primeiro caso de “caça falsificada”, tendo, anteriormente, sido utilizados outros animais como alvos, nomeadamente lobos.
Claro que nem o rei do país irmão (dos portugueses), nem o governador da região faziam a mínima ideia do estado em que se encontrava o urso. “Em geral, isso era do conhecimento de um círculo muito restrito de pessoas. Mas, em determinadas situações, o círculo pode-se tornar muito amplo” – remata Starostin.
“Pretendíamos fazer da melhor forma, mas o resultado é sempre o mesmo...” – dizia Victor Tchernomirdin, antigo Primeiro-Ministro da Rússia e actual Embaixador do seu país na Ucrânia.
Não é todos os dias, nem meses, nem anos, que uma região provincial russa recebe um monarca e, por isso, os dirigentes locais decidiram esmerar-se na recepção, tendo, antecipadamente, estudado os gostos de Juan Carlos.
O coroado hóspede não escondeu que é um aficcionado da caça, tanto mais num país onde a diversidade cinegética é grande, e as autoridades locais organizaram a “caça ao urso”.
Segundo denuncia Serguei Starostin, dirigente do Departamento local de Protecção dos Recursos Cinegéticos, “o rei abateu, durante a caçada, um urso domesticado, além disso emborrachado previamente com vodka”.
“Os falsificadores da caça sacrificaram um urso bondoso e alegre, chamado Mitrofan, que vivia na casa de repouso da aldeia de Novlenski” – denuncia Starostin, numa carta enviada ao governador do distrito, e continua: “Depois de o terem encharcado fartamente de vodka, misturada com mel, lançaram-no para um campo. Claro que o pesado animal embriagado se tornou um alvo fácil. Sua Alteza, Juan Carlos, abateu o Mitrofan de um só disparo”.
Starostin escreve que não se trata do primeiro caso de “caça falsificada”, tendo, anteriormente, sido utilizados outros animais como alvos, nomeadamente lobos.
Claro que nem o rei do país irmão (dos portugueses), nem o governador da região faziam a mínima ideia do estado em que se encontrava o urso. “Em geral, isso era do conhecimento de um círculo muito restrito de pessoas. Mas, em determinadas situações, o círculo pode-se tornar muito amplo” – remata Starostin.
“Pretendíamos fazer da melhor forma, mas o resultado é sempre o mesmo...” – dizia Victor Tchernomirdin, antigo Primeiro-Ministro da Rússia e actual Embaixador do seu país na Ucrânia.
quarta-feira, outubro 18, 2006
E o Presidente gasta e gasta...
Em contraciclo com a diminuição do poder de compra da generalidade dos portugueses e num País cada vez mais depauperado, o Presidente da República, segundo o Orçamento de Estado para 2007, irá gastar mais 3.1% (relativamente a 2006). A despesa da Presidência da República passou de 16.2 milhões de euros (2006) para 16.7 milhões (2007).
Os jornais, aqueles que leêm o OE, acham que a subida é pequena, convenientemente.
Sua Excelência não deve ser incomodada no seu recato. Eu percebo... Está numa torre de marfim, inacessível ao comum mortal, por mais festas do 5 de Outubro que se façam.
E, já agora, onde andará a "ética republicana"?
O País que, na generalidade é castigado, é o mesmo País onde o PR vive? Se é, deve haver alguma confusão.
Erros de casting.
Os jornais, aqueles que leêm o OE, acham que a subida é pequena, convenientemente.
Sua Excelência não deve ser incomodada no seu recato. Eu percebo... Está numa torre de marfim, inacessível ao comum mortal, por mais festas do 5 de Outubro que se façam.
E, já agora, onde andará a "ética republicana"?
O País que, na generalidade é castigado, é o mesmo País onde o PR vive? Se é, deve haver alguma confusão.
Erros de casting.
segunda-feira, outubro 09, 2006
Jogos da Lusofonia
È verdade, perdi qualquer tipo de orgulho que tinha neste país. Se falo nas coisas que podem dar orgulho a um português sou acusado de saudosista. Mas olho para o panorma actual e só vejo uma cambada de ígnaros, sedentos de dinheiro, sem alma e sem coração. Vejo um povo desunido, desiludido e ignorante.
Este texto de desilusão é espoletado por um facto. A completa ignorância votada a Portugal.
Neste momento decorre um evento que celebra o que é ser Português, o que é ser Portugal. Um evento que alia o pouco que nos resta como cultura, a lusofonia, que promove a paz, a compreensão e a celebração de culturas tão díspares e no entanto tão próximas. Um evento que tenta deitar para trás as sombras do colonialismo e criar uma cultura de fraternidade entre povos com um passado em comum. Um evento grandioso, que une em competição sã, povos espalhados por quatro continentes.
Qual o eco que tem em Portugal? Zero. Um redondo e gordinho zero. Tal como as gentes deste país. Zero. Dou uma vista de olhos pelos jornais... Principalmente os de referência (Cada vez mais penso que o Correio da Manhã é o melhor jornal português)... Nada. Dou uma vista nos desportivos... Alguma Coisa. Passo o olhos pelos blocos informativos na televisão... o deserto.
Decorrem os primeiros jogos da Lusofonia, que importância é dada a isso em Portugal? uma marginalidade atroz. Nós Portugal, que deveriamos ser os primeiros a apoiar tal organização, a apoiar tal evento, a elevar esse espírito que se pretende, somos os primeiros a ignorar, a esconjurar.
Benditos grupinhos de portugueses com ideias, que se alevantam acima da comum ignorância.
Este país é um barco de ratos, que renega a sua alma. Interessante que se dê mais relevo a uma regata inspirada na velha tradição Oxford-Cambridge, ainda assim quase ignorando o Facto de ter competido um barco Português que por acaso ficou em segundo, e se ignore completamente os miní Jogos Olimpicos que decorrem em Macau.
Esses Jogos da Lusofonia, são um sonho, o sonho de alguns que julgam que Portugal merece algum tipo de consideração. E não me admira que não existam os Segundos Jogos da Lusofonia, e o primeiro tiro, o primeiro buraco no barco, veio deste país que a qualificação verbal não pode aqui ser descrita.
Há muito que me desiludia este país, agora morreu a vontade de fazer qualquer coisa por ele.
Este texto de desilusão é espoletado por um facto. A completa ignorância votada a Portugal.
Neste momento decorre um evento que celebra o que é ser Português, o que é ser Portugal. Um evento que alia o pouco que nos resta como cultura, a lusofonia, que promove a paz, a compreensão e a celebração de culturas tão díspares e no entanto tão próximas. Um evento que tenta deitar para trás as sombras do colonialismo e criar uma cultura de fraternidade entre povos com um passado em comum. Um evento grandioso, que une em competição sã, povos espalhados por quatro continentes.
Qual o eco que tem em Portugal? Zero. Um redondo e gordinho zero. Tal como as gentes deste país. Zero. Dou uma vista de olhos pelos jornais... Principalmente os de referência (Cada vez mais penso que o Correio da Manhã é o melhor jornal português)... Nada. Dou uma vista nos desportivos... Alguma Coisa. Passo o olhos pelos blocos informativos na televisão... o deserto.
Decorrem os primeiros jogos da Lusofonia, que importância é dada a isso em Portugal? uma marginalidade atroz. Nós Portugal, que deveriamos ser os primeiros a apoiar tal organização, a apoiar tal evento, a elevar esse espírito que se pretende, somos os primeiros a ignorar, a esconjurar.
Benditos grupinhos de portugueses com ideias, que se alevantam acima da comum ignorância.
Este país é um barco de ratos, que renega a sua alma. Interessante que se dê mais relevo a uma regata inspirada na velha tradição Oxford-Cambridge, ainda assim quase ignorando o Facto de ter competido um barco Português que por acaso ficou em segundo, e se ignore completamente os miní Jogos Olimpicos que decorrem em Macau.
Esses Jogos da Lusofonia, são um sonho, o sonho de alguns que julgam que Portugal merece algum tipo de consideração. E não me admira que não existam os Segundos Jogos da Lusofonia, e o primeiro tiro, o primeiro buraco no barco, veio deste país que a qualificação verbal não pode aqui ser descrita.
Há muito que me desiludia este país, agora morreu a vontade de fazer qualquer coisa por ele.
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