segunda-feira, abril 30, 2007

"Reality show" finlandês põe concorrentes a falar castelhano

Chama-se Uma Casa em Espanha e é o mais recente "reality show" finlandês, da estação YLE.

Trata-se de uma espécie de Big Brother, mas com um objectivo que até se pode considerar didáctico: oito jovens estudantes têm de aprender a falar castelhano se não quiserem ser expulsos.

Segundo o El Pais, o programa — que está a ser gravado em Salamanca — é passado, em grande parte, nas instalações que a estação finlandesa e a produtora Zodiak Televison Finland inauguraram na cidade de Salamanca. Mas há ainda uma parte do dia dos concorrentes que é passada no exterior, numa escola espanhola, onde aprendem a língua.
Quem provar maior aptidão para aprender a língua ganhará o jogo.

Em Portugal poderiam ensinar português aos portugueses...

Gostei desta JPP

A propósito de feriados JPPereira escreveu esta frase que gostei muito

O 1º de Dezembro e o 10 de Junho são feriados ambíguos, porque os eventos que lhes deram origem já se apagaram de todo da memória colectiva. Esses sim estão completamente mortos, tanto mais mortos que ninguém pergunta sequer como os "transmitir aos jovens". Não estou a imaginar uma turba a atirar Pina Moura pela janela como fez a Miguel de Vasconcelos, nem camoneanos saudosos nas "comunidades" a recitar o vate pátrio e a mobilizar-se para a cerimónia das condecorações. A única parte "viva" do 10 de Junho é também aquela que escondemos: a memória dos militares mortos nas guerras coloniais, duplamente esquecidos, porque a sua memória choca com a parte "viva" do 25 de Abril e porque somos um dos poucos países que, tendo tido uma guerra recente, não temos sequer a dignidade da lembrança para oferecer aos que nela morreram, porque temos pouco respeito por nós próprios.

Gostei daquela parte. São coisas


Lisboa afirma-se no Top Ten das cidades de congresso

Lisboa integra a lista mundial das 10 cidades mais procuradas para acolher a realização de congressos de associações internacionais, relativa a 2006, quando subiu dois lugares, para a 9ª posição, anunciou hoje o Turismo de Lisboa.

Príncipe Albanês Leka apoia a independência do Kosovo

Os órgãos de comunicação social no Kosovo noticiaram em 26 de Março que o Príncipe Leka, príncipe real Albanês, exprimiu o seu total apoio à indepedência do Kosovo, cuja população é de maioria étnica albanesa.
O Prínincipe Leka não desempenha papel algum na vida pública da Albania, tendo os albaneses votado em referendo, em 1997, contra a restauração da monarquia.

A criação de uma Grande Albânia - que incorporaria o Kosovo na Albânia - não é um dos temas em destaque na vida política nem do Kosovo nem da Albânia.
Contudo, o Presidente Kosovar Fatmir Sejdiu assinalou o dia de aniversário de Leka, no dia 26 de Março, ao conceder-lhe uma audiência privada em Pristina.
"Vim ao Kosovo para exprimir o meu incondicional apoio ao trabalho que vêm realizando" disse o Príncipe à Radio-Television Kosova.

O pai de Leka, o Rei Leka Zog, teve uma atribulada e muito controversa carreira política na Albânia desde o derrube do regime comunista. Não é claro se o apoio à restauração da monarquia no Kosovo terá muitos adeptos.

A tentação de Al Gore

Já é, mundialmente, conhecido que Al Gore foi o vencedor das eleições americanas de 2000.
Só o seu típico sistema eleitoral, mais as manobras do mano, Jeb, e do seu spin doctor, Karl Rove, é que deram a vitória na Florida e um bilhete para a Casa Branca a George Bush.
Agora diz-se que os seus ex-mais próximos colaboradores – que recusaram todos os convites para as primárias Democratas que estão a realizar-se – estão a ser convidados para voltar a apoiar o homem que pôs o Verde no mapa do mundo.

Al Gore não precisa de notoriedade, até na última cerimónia dos Óscares isso foi provado com o tributo que a comunidade de Hollywood, especialmente Leonardo Di Caprio, lhe prestou.
Mas precisa de juntar, rapidamente, 100 milhões de dólares para se tornar um cavalo vencedor.
Hillary Clinton está a perder gás nas sondagens; Barack Obama começa a mostrar as primeiras fragilidades; John Edwards, que estava a tornar-se o novo campeão da causa Verde, rapidamente passará a cópia se Al Gore entrar a matar.

Gore, se deixar de ser Bore, é o candidato mais completo e mais forte dos Democratas.
Não tem nenhum dos pontos fracos habituais. Não é mulher, não é negro, não fuma, não se divorciou duas vezes, não é mormon e não tem 72 anos. Este era o cardápio de defeitos que os americanos mais apontavam para esta eleição e que caíam como uma luva nos diversos candidatos mais fortes.
Tem experiência política, até já ganhou um Óscar pela sua flor na lapela – a causa ambiental –, e é um Democrata moderado que já não assusta ninguém com a causa ecológica, que, entretanto, já se globalizou.
Ainda hoje não deve saber, se falasse mais em ecologia, em 2000, teria ido parar à Casa Branca. Naquela época estava um terceiro candidato em campo, do Partido dos Verdes, Ralph Nader, que teve perto de 5% dos votos. Era apresentado como uma criatura excêntrica, representante de minorias e isso assustou os estrategas de Gore, que evitaram falar ao máximo dele como o padroeiro da defesa da causa ambiental.
Os dias mudaram. O Verde fica bem a todos, Gore passa melhor, os Democratas estão ávidos de poder e a onda Republicana já foi atenuada. Gore pode estar tentado; será, por certo, a sua última tentação.
Se Al Gore se inscrever num ginásio nos próximos dias, é candidato à presidência dos Estados
Unidos.
Rui Calafate, in Jornal OJE

Galp em Timor e Moçambique

A GALP Energia assinou dois contratos com os italianos da ENI para aquisição de posições de 10% nas concessões de direitos de prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção de petróleo em cinco blocos em Timor e num bloco em Moçambique, anunciou a companhia.

Durante os primeiros três anos o consórcio para os blocos de Timor, numa área conjunta de 12,1 mil km2 em águas com profundidades até 2 mil metros, obriga-se a realizar trabalhos de prospecção em dois poços.
O consórcio é constituído pela ENI, (90%) e pela Galp Energia (10%). Caso os trabalhos de prospecção resultem na descoberta de jazidas comercialmente rentáveis, o consórcio passará à fase de produção. A concessão de exploração é válida para 7 anos e a de produção por 25 anos adicionais.
Em Moçambique, onde a Galp e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos têm posições de 10% e a ENI 80%, o bloco também fica localizado em águas com profundidades até 2 mil metros, numa área de 17 mil km2.

Ingleses mais favoráveis à independência da Escócia que escoceses

A independência da Escócia recolhe mais apoio junto dos ingleses do que dos próprios escoceses, segundo uma sondagem publicada este domingo, quando os independentistas do partido nacional escocês se preparam para vencer as eleições de quinta-feira no Parlamento de Edimburgo.

Segundo a pesquisa realizada pelo instituto ICM para o jornal de domingo News of the World, 56% dos ingleses inquiridos, contra 41% dos escoceses, consideram que é tempo de acabar com a união politica entre os dois países, cujo 300º aniversário foi celebrado em Janeiro.
O inquérito revela igualmente que a maioria dos ingleses se opõe a um aumento das despesas a favor das famílias escocesas e considera que os deputados escoceses beneficiam de demasiados poderes em Westminster.

Depois da devolução concedida à Escócia em 1999, os deputados do parlamento escocês votam as suas próprias leis em matéria de educação e de saúde.
Mas em Westminster, os deputados saídos das circunscrições escocesas podem votar sobre as mesmas questões, mesmo que os seus eleitores não sejam envolvidos.
O partido nacionalista escocês (SNP) prometeu a realização de um referendo sobre a independência da Escócia se chegar ao poder após as eleições de quinta-feira, nas quais é apontado como favorito.
A Escócia é actualmente governada pelos trabalhistas em aliança com o partido liberal-democrata.

sexta-feira, abril 27, 2007

Paradoxo Portugal

Já há muito que digo que Portugal é um país paradoxal, capaz do melhor e do Pior. E Agora o Exemplo Maior.

Enquanto a República se esfrangalha e dá ares a maçã podre na Àrvore, a sociedade dá ideia de absurdo o que vemos?

Um PortuguÊs Presidente da União Europeia. Um Português Alto Comissário da ONU para os Refugiados e agora... Um Português número dois da ONU.

Além disso temos pessoas de topo em todas as áreas.

Oram Digam Lá que isto não é Paradoxal?

quinta-feira, abril 26, 2007

Microsoft promove estágios com PALOP

A Microsoft Portugal e o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) assinam hoje, em Lisboa, um protocolo com o objectivo de promover estágios de quadros técnicos dos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) e de Timor-Leste.

A formação será feita na filial da Microsoft em Portugal e nos escritórios das suas empresas parceiras. A iniciativa, firmada no âmbito do Plano Tecnológico, dirige-se "a quadros da administração pública dos PALOP, que receberão formação em Portugal e serão posteriormente acompanhados quando regressarem aos seus países", afirmou ao DN Patrícia Fernandes, relações públicas da Microsoft Portugal.

"Este projecto tem como finalidade aumentar o emprego, enquanto os estágios com os PALOP destinam-se a dar formação", frisou Patrícia Fernandes. A colaboração da Microsoft com o governo português no desenvolvimento das competências tecnológicas "passa também pelo alargamento da Rede de Professores Inovadores de Língua Portuguesa [a funcionar em Portugal, Madeira e Açores] aos PALOP e Timor Leste, através do desenvolvimento de uma comunidade online entre os professores e profissionais da educação".

As duas medidas hoje apresentadas são as última a por em prática de um pacote de 18 acordadas entre a Microsoft e o governo no lançamento do Plano Tecnológico (em 2005).

quarta-feira, abril 25, 2007

Nova Ditadura

Adorei a última crónica de Miguel Sousa Tavares no expresso. Reflecte a crescente "normalização" a que estamos sujeitos enquanto sociedade. Seja de Bruxelas ou S. Bento, vivemos numa liberdade cada vez mais restrita e menos livre.

E toda a vertigem reguladora das instituições faz-me lembrar algo.

Todos nós, mesmo aqueles como eu que não vivemos aqueles tempos, sabemos e ridicularizamos a famosa licença de porte de isqueiro existente antes do 25 de Abril.

Será que não estamos rodeados hoje de inúmeras leis de porte de isqueiro?

segunda-feira, abril 23, 2007

Como é mesmo o nome deste senhor?



Parece que este senhor é o Homem da Prisa Na TVI e Também na Iberdrola é de confiança espanholita.

Pergunto-me se quem não vinha do nevoeiro não era o D. Sebastião?

Afinal parece que é o Miguel de Vasconcelos

Portugal afirma que em Cabinda «permanece alguma capacidade de acção dos movimentos independentistas»

Os dados estão no site da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas(http://secomunidades.pt).

Quanto a Cabinda, assinala que, «embora substancialmente reduzida, permanece alguma capacidade de acção dos movimentos independentistas pelo que a circulação, sobretudo no interior da referida província, deve ser sempre feita com particular cautela».

Lisboa está nesta matéria, como em todas as outras, em cima da actualidade.
Ou, pelo menos, da actualidade que lhe convém.

sexta-feira, abril 20, 2007

Cabinda: Levantada suspensão canónica de Raul Tati

A suspensão canónica que afectava Raul Tati e o pároco Iangi Casimiro desde há quase um ano foi levantada no domingo passado, dia 16 de Abril, pelo Vaticano, segundo comunicado assinado pelo bispo de Cabinda, Filomeno Vieira Dias.
Todavia, o “gesto” ainda não é suficiente para abrandar o clima de tensão no seio da igreja católica.
A notícia foi recebida com contenção por parte de Raul Tati, ex-vigário geral de Cabinda, sem manifestações de regozijo nem pesar, pois sendo embora uma notícia positiva, outros membros do clero continuam suspensos, persistindo a crise da igreja de Cabinda: “Não tenho motivos nem para me alegrar, nem para chorar (...) O processo continua enquanto houver ainda sacerdotes na mesma condição em que eu estava”, segundo a rádio estatal norte-americana Voz da América.

Repare-se na subtileza das declarações terem sido feitas à Rádio Voz da América.
Cabinda cotinua a ser um local onde se movem muitos interesses...

Nigéria elege amanhã sucessor de Obasanjo

A NIGÉRIA elege amanhã um sucessor de Olusegun Obasanjo, primeiro presidente civil eleito em 1999, que terá por tarefa colocar definitivamente o principal produtor de petróleo da África subsariana nos carris da democracia e do desenvolvimento.

O desafio é tanto mais importante para os 61,5 milhões de eleitores quanto estes vão ser os actores da primeira transição democrática de um civil para outro civil no país desde a independência, em 1960.

Contudo, a violência continua a fazer parte do quotidiano político nigeriano e o escrutínio de 14 de Abril para eleger os governadores dos 36 estados não constituiu uma excepção a esta tradição: pelo menos, 21 pessoas foram mortas. E durante toda a semana mantiveram-se confrontos entre o exército e militantes islamitas que resultaram em
várias dezenas de mortos. Em 46 anos de história, desde a saída do colonizador britânico, a Nigéria conheceu quase 30 anos de ditaduras militares, que saquearam o país em 384 mil milhões de dólares desde 1960, segundo números oficiais.

Visto do estrangeiro, este escrutínio é vital para a estabilidade do sexto exportador mundial de petróleo, onde operam as principais multinacionais: Shell, Exxon Mobil, Chevron e Total. Em 2004 quase 10% das importações de petróleo norte-americanas têm origem na Nigéria.

Pai de Sócrates fiscalizou dez obras do GEPI

O arquitecto Fernando Pinto de Sousa, pai do primeiro-ministro, foi contratado pelo GEPI, no período em que este era dirigido por António Morais, para fazer a fiscalização de dez empreitadas adjudicadas por aquele serviço do Ministério da Administração Interna.

Coincidências...

Instituto público ajudou a planear casa particular de Armando Vara

Governante recorreu a António José Morais, ex-professor de Sócrates.

Armando Vara, quando era secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna, em 1999, recorreu a António José Morais, então director-geral do Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações do MAI (GEPI), e a engenheiros que dele dependiam para projectar a moradia que construiu perto de Montemor-o-Novo. Para as obras serviu-se de uma empresa e de um grupo ao qual o GEPI adjudicava muitos concursos públicos. Morais foi o professor que deu quatro das cinco cadeiras que José Sócrates fez na Universidade Independente em 96.

quinta-feira, abril 19, 2007

Esperança

Paulo Portas tem uma missão essencial ou correrá o risco de ser uma nota de rodapé.
Necessita de fazer doutrina.
Precisa de encontar parceiros que discutam e que pensem o centro e a direita em Portugal. Não aquela discussão obtusa e chata que não leva a lado nenhum, e que muitas vezes não passa de um lamber de feridas.

Na comunicação social tem que encontrar parceiros que num misto de denúncia das realidades portuguesas e de projecção de soluções, façam do CDS-PP um espaço atraente. Este espaço tem que rimar com solução e alternativa. Será que consegue?
Do que se conhece hoje, só um jornal se enquadra no que ficou definido como a "direita", refiro-me ao "Diabo", que com muita coragem vai amiudadamente fazendo denúncias certeiras, mas que caem em saco roto por este jornal quase não existir, no que ao grande público se refere.

Portanto, fica aqui a sugestão: é altura de contar espingardas e criar um grupo de media que não seja condescendente para o governo, sem precisar dos salamaleques do costume.

Paulo Portas tem que, inevitavelmente, renovar as caras do Partido, encontrar perfis adequados à nova linguagem política.
Tem que fazer oposição no domínio dos valores e das certezas.

Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe está internado em Coimbra

O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe está internado na unidade de cuidados intensivos dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), desde a madrugada de terça-feira, na sequência de um acidente vascular pulmonar.

Embora "relativamente complicado", o estado de saúde de Tomé Vera Cruz era ontem considerado estável pelos médicos, segundo o cônsul daquele país em Coimbra, José Joaquim Diogo."Vai ter de ficar internado mais alguns dias", disse ainda ao DN, o representante consular de São Tomé e Príncipe, que tinha acabado de visitar Tomé Vera Cruz.

Viajando na companhia de uma médica, o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe desembarcou em Lisboa e seguiu, de imediato, também acompanhado pelo embaixador do seu país em Portugal, de automóvel, para Coimbra, onde, nos HUC, já era aguardado, na sequência de contactos anteriormente estabelecidos pelo cônsul nesta cidade e pela própria embaixada.

A cooperação portuguesa pontua mais uma vez...

quarta-feira, abril 18, 2007

Portugal em destaque no New York Times: O Douro

"While Finely Aged, Oporto Cultivates a Taste for the New"

By ANDREW FERREN
Published: April 1, 2007


Bom destaque para o Douro e para o Vinho do Porto, num jornal norte-americano de referência.

Morreu Don Ho, o Artista que definiu a imagem Havaiana e que descendia de portugueses

Don Ho, o Artista que definiu a imagem popular da Música Havaiana nos anos 60, morreu Sábado 14 em Honolulu, com 76 anos.

Nascido em Honolulu, Donald Tai Loy Ho tinha uma ascendência que demonstra que o Havai é um "melting-pot" étnico: era descendente de Portugueses, Havaianos, Chineses, Holandeses e Alemães.

Aviões sudaneses com cores da ONU bombardeiam Darfur

O governo sudanês utiliza aviões que ostentam fraudulentamente as cores da ONU para bombardeamentos no Darfur, relata hoje o New York Times, citando um relatório confidencial das Nações Unidas.
O Sudão é igualmente acusado de violações das resoluções da ONU por transportar armas por via aérea nesta região do ocidente do país, segundo a mesma fonte.

Fotografias mostram um avião militar sudanês cujas cores nacionais foram substituídas pelas da ONU
(UN em inglês) nas asas, segundo o New York Times.
De acordo com o jornal, este e outros aviões foram utilizados para bombardear algumas localidades e para transportar carga para o Darfur, onde a violência provocou uma crise humanitária.

Uma guerra civil opõe desde há quatros anos no Darfuur rebeldes saídos das populações negras locais a milícias árabes (Janjawids) apoiadas pelo exército sudanês.
A guerra e as suas consequências provocaram 200 mil mortos e dois milhões de deslocados, segundo números das Nações Unidas, contestados pelo Sudão, que fala apenas de 9 mil mortos.

sexta-feira, abril 13, 2007

Mundialito no Algarve: infantis do Barcelona trocaram hino espanhol pelo português

O insólito aconteceu na final do Mundialito de Futebol Infantil, este domingo, no Algarve.

No embate entre o Barcelona e o Valência, os miúdos da formação catalã receberam instruções para não entrar em campo enquanto estava a ser escutado o hino espanhol. Assim, a entrada dos mesmos fez-se ao som de «A Portuguesa».

Segundo explicou um técnico do Valência ao jornal «El Mundo», o Barcelona já tinha avisado na véspera que iria proceder desta forma, sem que a organização tivesse colocado qualquer entrave.
«Perguntei ao treinador deles o que tinha acontecido, e respondeu-me que eram ordens do clube. Não soube o que explicar aos meus jogadores. É claro que foi uma decisão política, difícil de compreender para miúdos de oito anos», afirmou o técnico do Valência.

O jornal El Mundo divulga um vídeo com imagens do momento, cedidas pelo Canal Nou, mas o desfazamento do som prejudica a compreensão do incidente. Ainda assim, um vídeo para ver e reflectir, carregando no respectivo link.
http://www.elmundo.es/elmundo/2007/04/12/videos/1176385942.html

quinta-feira, abril 12, 2007

Incómodos

A prestação de Sócrates ontem foi mediáticamente positiva, deu algumas explicações credíeveis, outras nem tanto. Na verdade à superficie contou uma história plausivel, quiçá verdadeira, mas para quem raspe um pouquinho a superfície há sempre qualquer coisa não é.

1- Estranhei as Razões Para a escolha da UNI, a única credível é o facto de na UNI ser Licenciatura e no ISEL equivalência a Licenciatura. O facto de ser ou não reconhecido pela Ordem não é importante pois Sócrates não tencionava ser Engenheiro. Mas e as outras. Ser Perto do ISEL? que raio de Razão é esta??? e o facto de ter horário pós-laboral? ao que parece também existia no ISEL

2- Agora as dúvidas mais sustentadas. Sócrates afirma que a razão do seu desconsolo é o facto de a Lei não lhe permitir dar aulas na UNI. Das três uma, ou não leu com atenção a lei, ou não falou verdade a Arouca ou não Falou verdade aos Portugueses. Pois na Lei de Incompatibilidades dos Governantes, artigo 7 ponto 2 (lei de 93 ainda em vigor), excluí como incompatibilidade exactamente a docência Universitária.

3 - Sócrates afirma Só ter conhecido o Prof. Dr. António Morais quando este lhe deu 4 cadeiras na UNI. Antes afirmou ao Jornalista do Público que não se lembrava dos professores. Mas ao que parece (eu não posso confirmar) António Morais foi professor de Sócrates no ISEL. Até se podem não ter conhecido mas levanta ao menos a lebre ou não?

4 - Já alguém se deu ao trabalho de comparar as duas fichas de dados biográficos de Sócrates.

E ressalvo por isto: O problema é que não há duas fichas de Dados Biográficos mas sim apenas uma...Atentem que o "Bach" na Ficha 2 não é abreviatura de Bacharelato, é sim o que cabia no espaço que existia antes de "engenheiro Civil" da Ficha 1. O "técnico" da ficha 2 é fácil pois é à frente do Engenheiro. Mas porque digo então que um é cópia do outro. POr 3 razões: 1 - Número de Passaporte: 0 primeiro 0 em ambos os documentos está a meio da linha, não acima como qq pessoa o escreveria. 2- O já referido "Bach" que cabe exactamente nos espaço anterior da Ficha 1 onde não está "bach"3 - a data: quem consegue fazer duas vezes um 3 tão estranho no 13. e mais quem erra duas vezes e acaba por escrever "fevereiro" por baixo do "de" por falta de espaço exactamnete da mesma forma.Um documento é cópia do outro e a ficha numero 2 é cópia pelo acrescento do "Bach"E ainda há o pormenor de na 1ª ficha estar escrito com letra feminina, Secretário de Estado Adjunto do Min ambiente, isto antes de o ser.


A história é credível, mas muitos buracos ainda há.

Balthazar Napoleão III, o Bourbon "made in India" que sonha ser duque de França

L'un des héritiers du trône de France pourrait être Indien: Balthazar Napoléon de Bourbon III, qui serait descendant d'un cousin du roi Henri IV, revendique le titre de duc de France, au nom de l'incroyable histoire de son ancêtre Bourbon débarqué en Inde au XVIè siècle.

M. de Bourbon est un avocat et propriétaire terrien de 48 ans dont la famille est installée depuis 1775 à Bhopal, une ville historique du centre du sous-continent.

L'homme, corpulent et de petite taille, est chaleureux. Il reçoit en famille dans sa maison bourgeoise et kitch à la façade ornée d'une imposante fleur de lys surmontée de l'inscription "Maison de Bourbon". L'emblême de la monarchie française s'affiche sur ses meubles, cartes de visite et jusqu'à ses boutons de manchettes.
"On m'a toujours inculqué l'idée que j'appartenais à une famille noble et royale", raconte M. de Bourbon. A la suite de son père Salvadore, il milite depuis 20 ans pour que soit "reconnue" son appartenance à la Maison de Bourbon, dont le chef fut Roi de France jusqu'en 1830.
"Qu'ils me reconnaissent ou pas, je fais partie d'une grande famille. Je suis une fraction d'une part de la France", assène l'avocat qui ne parle pas un mot de français et n'a jamais mis les pieds dans l'Hexagone. Il a gardé de ses ancêtres français la foi dans le catholicisme. Ses enfants s'appellent Frédéric, Michelle et Adrien.

Les Bourbon indiens sont connus dans les cercles royalistes, mais leur histoire vient d'être remise au goût du jour par le Prince Michel de Grèce. Dans son roman historique, "Le Rajah Bourbon", il démontre ce que M. de Bourbon savait déjà: son ancêtre Jean-Philippe de Bourbon, arrivé en Inde en 1560, était bien le fils du Connétable de Bourbon, cousin du Roi Henri IV.
Après avoir tué dans un duel un noble français, Jean-Philippe fuit vers l'Espagne. Enlevé par des pirates, il échoue en Egypte puis est capturé par l'armée éthiopienne. Il s'échappe de nouveau et se retrouve à Goa, le comptoir portugais de l'Inde où il devient l'éminence de l'empereur moghol Akbar dont il épouse une belle-soeur.
La famille s'installe à Agra puis à Delhi où Jean-Philippe apprend qu'il est l'aîné de la Maison de France - les Bourbons sont désormais sur le trône avec Henri IV - mais il renonce à ses droits. Ses descendants migreront vers Bhopal pour y rester jusqu'à aujourd'hui.
D'après Michel de Grèce, si la lignée du Connétable de Bourbon est l'une des héritières du trône de France, l'Indien Balthazar Napoléon III peut légitimement y prétendre. "Si Jean-Philippe est dans la ligne directe de succession, alors je le suis aussi", avance M. de Bourbon, sans pour autant revendiquer la couronne, "pleinement conscient que la France est une démocratie".
"Ce qui compte avant tout pour moi, c'est le lien familial. Les gens doivent savoir qu'un descendant de Jean-Philippe vit toujours (...) Nous avons le même sang, du sang français, du sang royal", dit-il.
Mais M. de Bourbon rêve surtout d'un titre royal. "La reconnaissance serait de nous donner le titre de "duc de France" ou "duc de Bourbon". Conférer ce titre aux Bourbon d'Inde serait une manière de reconnaître les souffrances endurées par ma famille obligée d'émigrer en Inde", plaide-t-il.
"Economiquement, je suis le maillon faible de la famille. Des gens pourraient penser que je vais les déstabiliser, peut-être parce que je suis Indien. Mais n'ayez pas peur, je ne réclame aucune richesse en France".

Jean-Pierre Bemba chegou a Portugal

O ex-vice-Presidente congolês democrático Jean-Pierre Bemba chegou hoje a Portugal, para tratamento médico (termo diplomático para "refúgio"). O avião privado em que viajou aterrou no aeroporto de Faro, disse à Lusa fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros português.

A mesma fonte não precisou a hora a que Bemba chegou, mas disse que foi «ainda durante a manhã». Bemba partiu de Kinshasa às 02h00 (mesma hora em Lisboa), tendo sido escoltado para o aeroporto por 15 veículos blindados das Nações Unidas, depois de ter recebido autorização do Senado para sair do país e receber "tratamento médico".

Soares quis adiar data da entrega de Macau

O ex-presidente da República Mário Soares quis adiar para depois de 1999 a entrega de Macau à China, quando os chineses pensavam que a questão estava ultrapassada, disse ontem Zhou Nan.
Zhou Nan, então vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês com a tutela das negociações de Macau, lembrou ontem à agência Lusa em Pequim como, numa "dramática" reunião com Mário Soares, a história das boas relações entre Lisboa e Pequim poderia tomar outro rumo.
Zhou referia-se a um encontro com o então presidente português, em 1986, em Lisboa, durante o processo negocial que precedeu a assinatura da Declaração Conjunta Luso-Chinesa que fixou a data de 20 de Dezembro de 1999 para a reversão do território."Tivemos um almoço muito agradável [com Cavaco Silva, então primeiro-ministro] e uma conversa também muito agradável, e tudo corria suavemente. Na tarde do mesmo dia tinha ficado acordado que deveria fazer uma pequena visita ao presidente Mário Soares. Foi uma visita dramática", considerou."
O presidente não convidou nenhum responsável da parte portuguesa para estar presente e, do nosso lado, eu só tinha o intérprete de português para chinês. Só nós os três." Zhou Nan lembra-se de ter falado primeiro, de ter agradecido a Soares tê-lo recebido e de lhe ter dito que os dois lados tinham chegado a acordo sobre os temas mais importantes, e que "faltava só preparar a primeira versão dos Documentos da Declaração Conjunta"."E de repente ele disse-me: 'Nós não concordamos com a devolução de Macau à China durante este século. Terá de ser adiada até ao próximo século", contou o ex-vice- ministro chinês, que disse ter ficado "muito surpreendido, é claro"."Se o líder da delegação portuguesa disse que concordava", disse Mário Soares, segundo Zhou Nan, "então a posição dele não representa a posição oficial de Portugal". De acordo com Zhou, a reunião terminou sem resultados positivos.

quarta-feira, abril 11, 2007

“As condecorações são as chupetas dos homens”

As condecorações são as chupetas dos homens”, dizia Napoleão Bonaparte, perito em motivar fidelidade e desempenho com a distribuição de honrarias.

E entre nós parecem vãs muitas condecorações atribuídas no 10 de Junho, por feitos banais.
É só esperar mais dois meses e assistiremos ao desfile de muitos clientes do sistema.

terça-feira, abril 10, 2007

Lapso

"«Lapso» na data da licenciatura, diz gabinete de Sócrates"

Público condenado por dizer a Verdade?

"O jornal PÚBLICO foi condenado pelo Supremo Tribunal de Justiça a pagar uma indemnização de 75 mil euros ao Sporting Clube de Portugal por ter noticiado, em 2001, que o clube tinha uma dívida ao Estado de 460 mil contos desde 1996. Apesar de o Supremo ter admitido que a notícia é verdadeira, condenou o jornal com o argumento de que o clube foi lesado no seu bom-nome e reputação."

E mais:

"O Sporting acabou por processar o PÚBLICO, exigindo uma indemnização de cem mil contos (500 mil euros). O julgamento arrancou no ano seguinte e terminou em Abril de 2003. A sentença seria proferida apenas dois anos depois, com a absolvição dos jornalistas autores da notícia (João Ramos de Almeida, José Mateus e António Arnaldo Mesquita). O tribunal afirmou que estes jornalistas "cumpriram com o dever de informação"."

"em Setembro do ano passado o Tribunal da Relação de Lisboa confirmou a decisão da primeira instância. "

Para agora:

"O Supremo decidiu então que a notícia do PÚBLICO é verdadeira, mas considera que tal facto "é irrelevante" dada a violação do bom-nome e reputação do Sporting.""

Este país é um espectáculo. Com decisões destas...

Média e Licenciatura

Parabéns aos órgãos de comunicação social portugueses, especialmente ao Público e ao expresso pelo verdadeiro exercício de Jornalismo que têm feito. O jornalismo é escrutinar o Poder e mesmo que muito tapadinho critique as notícias que foram surgindo, na verdade já há muito que o panorama da comunicação social portuguesa apresentava sintomas de aparelhismo e conformação. Parece que afinal ainda vive dentro de alguns órgãos as verdadeiras raízes e paixões do que é ser jornalista. Parabéns


(farto-me de rir com alguns comentários no sítio do público. Este país é um conjunto de iluminados / imagino como não iria o país se o visado fosse Santana Lopes, eheh)

Mais um Grande Português II

Acerca da Licenciatura, veja-se o link do Público abaixo referenciado.
Está lá tudo.

http://www.publico.clix.pt/docs/politica/documentosLicenciaturaSocrates.pdf

Mais um Grande Português

Ainda não me tinha aqui debruçado sobre as notícias que têm atingido José Sócrates.

Meu Caro Amigo, não tenho o prazer de o conhecer pessoalmente nem partilho das suas convicções políticas, mas tenho respeito institucional por si.
Dito isto, faço-lhe uma pergunta: Porquê?

Porque não admite ou confirma que, como todos os portugueses que eu conheço, queria ter a vidinha facilitada.
Resolveu então tirar uma licenciatura fajuta, só para poder abrilhantar o curriculum e/ou cartão pessoal. Daí não vinha mal ao mundo.
É perfeitamente natural que quem exige qualificações aos portugueses, sem explicar muito bem como é que isso se faz, tenha o seu curriculum sem mácula. O meu Caro Amigo devia ter pensado antes que a "licenciatura", título académico que muito deve ter agradado aos seus paizinhos, lhe traria dores de cabeça, justamente na altura em que o meu Caro pensava estar a endireitar este vil País. Torpe País...

O senhor não me desiludiu, porque eu também já não tenho ilusões acerca da intrujisse.

segunda-feira, abril 09, 2007

Ainda a Licenciatura

Porquê a demora em clarificar os problemas? Eu avanço uma hipótese, meramente conspirativa e completamente infundada. O que parece é que o PM realmente está com medo de alguma coisa, tem medo de ser apanhado descalço. Assim o ignorar do assunto no espaço público, pois parece que nas redacções foi um ufa ufa de contactos. Estará o PM à espera de saber onde consegue chegar a imprensa... Para assim preparar uma resposta á medida... Não sei mas isto é tudo muito estranho, ai é pois ;)

(ainda mais conspirativa é a tese do forjar um certificado de habilitações, algo que seria inenarrável)

(E as alterações constantes ao currículo oficial é um fartote)

Escândalo dos vistos na Embaixada de Portugal em Bissau

Apenas de 48 horas necessita um português para obter um visto para a Guiné-Bissau em Lisboa.

Para um guineense obter a resposta a um pedido de visto na embaixada portuguesa em Bissau pode estar sujeito a uma espera de um ano, obrigando muitos guineenses a pernoitarem em frente da embaixada lusa na Guiné apenas para obterem a senha com um número para serem atendidos. Já se fala abertamente de tráfico da venda das senhas de atendimento que envolve várias centenas de milhares de Francos CFA.

Em alguns casos, quando é solicitado com urgência, o visto chega a ser concedido, sem custos suplementares, em 30 minutos, sem que qualquer requisito especial seja solicitado no momento do pedido. É uma situação que se enquadra perfeitamente nos princípios e no espírito vinculados no quadro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, e nos acordos bilaterais entre a Guiné-Bissau e Portugal.

Todavia a realidade no sentido Bissau-Lisboa é outra, bem diferente e frequentemente tortuosa para os guineenses.

quarta-feira, abril 04, 2007

Licenciaturas

A minha veio na farinha maizena...

E a tua?

(e lá continua o picozinho a Estado Novo)

Portunhol já é "idioma oficial" em centenas de páginas da Internet

São centenas as páginas na Internet onde o portunhol é "língua oficia"», a maioria na América do Sul, e o ministro da Cultura do Brasil, Gilberto Gil, é ali comummente apontado como defensor deste como "língua em gestação".

Há inúmeros exemplos que podem ser encontrados online sobre este linguajar ibérico e latino-americano, mas, para conseguir expressar-se num portunhol básico, um madrileno ou um "alfacinha de gema", só têm, segundo se pode ler em portunholselvagem.blogspot.com, que trocar o b pelo v e o o por lo e o a por la.

Já mais sérias são as citações de Gilberto Gil, quando o músico, autor, intérprete e ministro da Cultura brasileiro, no V Fórum Social Mundial, de Porto Alegre, Brasil, em 2005, defendeu ser o portunhol "uma língua em gestação, que está nascendo".
E o próprio dá um exemplo, ainda citado por blogues brasileiros que debatem o tema, para a eficácia do portunhol, quando, em Xangai, China, num encontro entre ministros da Cultura de diversos países, falou nesta "língua" que emerge do português e do castelhano, e foi "plenamente compreendido tanto por aqueles que dominam a língua portuguesa, como também pelos nativos da língua espanhola".

"O portunhol é uma manifestação espontânea, natural, vinda dos corpos e das almas culturais dos nossos povos. Nós precisamos nos entender, não sabemos um a língua do outro e temos, ao mesmo tempo, certos resíduos das línguas do português entre eles e do espanhol entre nós, o que nos propicia falar palavras", defendia Gil em 2005.

Exemplos que Fernando Paulo Baptista, linguista e autor de inúmeros ensaios sobre a matéria, enquadra numa dinâmica proporcionada por duas línguas "intercomunicantes", tendo em conta a necessidade de as pessoas poderem comunicar quando "não dominam totalmente a língua do outro". O autor de "Tributo à Madre Língua", que é um conjunto de ensaios sobre a língua portuguesa, admite a possibilidade, de poder acontecer um «efeito de sucção» do português pelo castelhano, atendendo à dinâmica e ao maior peso social e económico do mundo hispano-falante.

Perante isto, e perante o fenómeno da globalização, o portunhol pode ser uma resposta facilitadora das aproximações exigidas por essa realidade consubstanciada pela acelerada queda de barreiras e fronteiras, não só económicas, mas também culturais.
No entanto, o académico sublinha a importância de que a "singularidade de uma língua não entre em conflito com a singularidade da outra", no caso o castelhano e o português, passando esse objectivo por "uma política da língua eficaz" ditada pelas autoridades competentes.
E lembra que é à língua portuguesa que "nós" devemos "em primeiro lugar" aquilo que somos.
Entretanto, num claro exemplo de portunhol utilizado nos inúmeros sítios online latino-americanos, é possível encontrar esta "pérola" em portunhol: "Prefiro los poetas que tienen la sabiduria de non se levarem muito a sério. Também non gosto di certos malabarismos eruditos idiotas".

Quando a nossa língua dá o flanco... Depois não se admirem!

Hawai: Luso-americanos unem-se a porto-riquenhos

As comunidades luso-havaiana e porto-riquenha da ilha de Maui, no estado norte-americano do Hawai, estão lançadas num projecto que irá dar a ambas um centro cultural comum.

O centro vai chamar-se Heritage Hall e vai ficar situado em Paia, uma localidade histórica da época das plantações de açúcar na ilha e onde trabalharam milhares de portugueses.
«Tanto o meu avô materno como o meu avô paterno trabalharam na fábrica de tratamento da cana do açúcar de Paia, hoje já desaparecida» - disse Audrey Rocha Reed, uma luso-americana envolvida no projecto, na sua qualidade de secretária da Portuguese Organization of Maui.

A comunidade luso-havaiana há muitos anos que vinha alimentando o projecto de construir um centro cultural próprio, pelo que inicialmente foi rejeitado o plano de construção conjunta com a comunidade porto-riquenha.

Audrey Rocha Reed tem já um rascunho quanto aos conteúdos do futuro centro cultural português que vai funcionar dentro do Heritage Hall: «O centro que eu concebo», disse, «vai ser um lugar onde poderemos encontrar expostos objectos típicos usados pelos antigos imigrantes portugueses, as lanternas, os ferros de engomar a carvão, pratos e panelas antigas, um sistema de Internet através do qual as crianças de origem portuguesa poderão contactar umas com as outras em qualquer parte do mundo. Vejo as crianças da Madeira e dos Açores a dialogarem por via electrónica com as do Hawai, a discutirem projectos de preservação dos mares e a fazerem amizades enquanto trabalham em conjunto».
«Esperamos ter um portal com materiais em português e em inglês para vários níveis etários, música portuguesa, aulas de folclore português, demonstrações de cozinha portuguesa, ensinaremos como os nossos avós coziam o pão português ao ar livre e manteremos uma base de dados sobre as famílias que emigraram para o Hawaii, estabelecendo árvores genealógicas.

Audrey Rocha Reed espera reformar-se do J. Walther Cameron Center em 30 de Abril próximo, entrando no dia seguinte ao serviço do Heritage Hall como voluntária.

Quando o circo está na rua...

No programa da BBC Radio World Tonight, no dia 26 de Maio de 2006, aconteceu uma situação caricata que envolve o bom-nome de Portugal.
O programa tinha como tema a situação de Timor Leste, que pedira a intervenção militar internacional da Austrália, Portugal, Nova Zelândia e Malásia para pôr cobro a uma rebelião de soldados descontentes.

Os editores do programa, preocupados em obter opiniões dos principais decisores dos temas em debate, combinaram a intervenção de Freitas do Amaral, o então Ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) português.
Tudo parecia perfeito, nas palavras do editor Alistair Burnett, mas não durante muito tempo.

Quando o MNE ia entrar em directo, para opinar sobre um tema da maior relevância para o país e para a política internacional, num fórum de grande reputação e audiência, aconteceu o impensável, e não resisto a citar:
"the Portuguese Foreign Minister stood us up - when we called him during the programme, his daughter answered the phone and told us he hadn't got home from the restaurant. It happens more than you think..."

Palhaçada...

terça-feira, abril 03, 2007

OCDE: Portugueses são os menos produtivos

A produtividade dos trabalhadores portugueses foi a que menos cresceu nos 30 países da OCDE entre 2000 e 2005.

De acordo com dados da organização, a produtividade portuguesa quase estagnou nesses cinco anos, num período em que a média da OCDE estagnou perto de 2% ao ano.
A Eslováquia foi quem mais cresceu, quase 5% ao ano, seguida de pela República Checa e pela Hungria. A OCDE revelou ainda que Portugal é o 12.º país da OCDE que mais desincentiva o trabalho com o sistema fiscal.

Em 2005 os trabalhadores portugueses entregavam ao Estado, sob a forma de impostos sobre o rendimento e contribuições para a segurança social, cerca de 36% do seu rendimento do trabalho.
Esse valor é melhor do que os 42,1% suportados por um trabalhador médio da União Europeia a 15 e melhor do que os 37,3% da média da OCDE.
A Bélgica e a Alemanha são quem mais desincentiva o trabalho, enquanto a Coreia e o México são os que menos tributam.

O genro congolês do sr. Teixeira que vem passar uns meses a Portugal

Aos 44 anos, o líder da oposição congolesa, Jean-Pierre Bemba, dificilmente poderia ir viver para outro país que não Portugal. Candidato derrotado por Joseph Kabila nas presidenciais da República Democrática do Congo (RDC), Bemba é casado com a portuguesa Liliane Teixeira, com quem tem cinco filhos: dois rapazes e três raparigas. Todos inscritos e registados no Consulado de Portugal em Kinshasa. À semelhança do que sucede com Liliane.

O que talvez explique as razões porque alguns dos seus adversários aludem, de tempos em tempos, à suposta dupla nacionalidade de Bemba, tentando denegrir as capacidades do líder do Movimento de Libertação do Congo (MLC) para liderar o país. Mas, não: ao que o DN apurou, Jean-Pierre Bemba não é portador de passaporte português, nem tem nacionalidade portuguesa.

O Allgarve fica em Poortugal, por Ricardo Araújo Pereira

Se pensavam que o Algarve já não podia ficar mais inglês, enganaram-se.

O ministro da Economia, Manuel Pinho, anunciou que, para efeitos de coisas extremamente aborrecidas, que envolvem infraestruturas do sector da hotelaria, juntas metropolitanas e todo um vasto leque de estupendas iniciativas, criou uma marca, que por sua vez dá o nome a um programa de eventos, chamada Allgarve. A idéia é tornar o Algarve mais apetitoso e popular em toda a parte, designadamente naquele sítio mítico conhecido como "o estrangeiro". Para isso, juntou uma letra ao nome, com o objectivo de o tornar mais modernaço. Se pensavam que o Algarve já não podia ficar mais inglês, enganaram-se. Aliás, o mais estranho na nova palavra Allgarve é, sem dúvida, o "garve". Sente-se que aquele resquício de portugalidade raçada de árabe está a impedir o Allgarve de voar mais alto.

Não me interpretem mal: estou longe de ser um crítico da medida doministro Manuel Pinho. Todos os autarcas que se pronunciaram sobre o assunto estão contra, o que significa que esta idéia do Allgarve também deve ter as suas qualidades. Tendo isto presente, talvez seja bom que a iniciativa não fique por aqui. Porquê privilegiar o Algarve em detrimento de outras províncias? Por mim, o Minho poderia passar a ser Miño, a ver se enganamos os espanhóis. Se eles pensarem que aquilo faz parte da Galiza,talvez se desenvolva como o resto da Espanha. Era giro continuarmos na cauda da Europa, mas Paredes de Coura passar a estar taco a taco com Zurique. Até porque a minha mãe nasceu lá. Em Paredes de Coura, não em Zurique.
Creio mesmo que Portugal inteiro pode mudar de nome opara se tornar mais apelativo lá fora. Proponho a nova designação "Poortugal", cujo prefixo pode dar a entender aos turistas estrangeiros que o custo de vida cá é barato, e que fazem umas férias bem boas com meia dúzia de tostões.
Quanto ao Allgarve, penso que esta alteração de sabor anglo-saxónico pode ser um meio bastante eficaz para atrair os turistas ingleses, sempre tão relutantes em vir para o Algarve. É isto que um bom governo faz: identifica um problema e faz por resolvê-lo.
Também não quero que pensem que considero a designação Allgarve isenta de reparos. Podia ter-se apostado noutro modelo, baseado menos na adição de letras do que na subtracção. Por exemplo, procurando captar o espírito que preside à política de construção civil na Quarteira, poderia ter-seretirado o "g" e transformado o Algarve no Alarve. É só uma idéia.

Seja como for, quer se tenha apreço quer repugnância pela idéia de Manuel Pinho, é preciso reconhecer que o ministro da Economia é o membro mais cosmopolita deste executivo. Tanto a inventar anglicismos como a cometer, a um ritmo quase diário, embaraçosas gaffes. Gaffe que, como sabem, é uma prática que o ministro importou do francês.
in "A Boca do Inferno"

segunda-feira, abril 02, 2007

Buenos Aires aposta na diplomacia para recuperar Malvinas a Londres

No dia em que Grã-Bretanha e Argentina assinalam os 25 anos dos combates pelas ilhas do Atlântico Sul que Londres chama Falkland e Buenos Aires designa como Malvinas, foi conhecido que o Governo do Presidente Nestor Kirchner desencadeou uma série de iniciativas para fazer valer os direitos do seu país sobre aqueles territórios.

Os media argentinos revelaram nas edições dos últimos dias que Kirchner prossegue uma ofensiva diplomática junto da ONU e do seu secretário-geral, Ban Ki-moon, para que a organização apoie Buenos Aires na intenção de reabrir negociações sobre a soberania das ilhas. Kirchner já deu a entender que os acordos de 1990 com a Grã-Bretanha, reatando as relações diplomáticas entre os dois Estados, poderão ser revistos a qualquer momento.

No final da semana, o Governo argentino anunciou a aplicação de sanções a empresas petrolíferas que têm contratos de exploração nas Falkland. Antes suspendera a cooperação petrolífera com Londres consagrada num acordo de 1995.
No Reino Unido, sondagens divulgadas nos últimos dias indicam que a maioria continua a considerar acertada a decisão da então chefe do Governo Margaret Thatcher de responder militarmente à invasão argentina.

A guerra de há 25 anos iniciou-se com uma operação militar argentina para recuperar o arquipélago ocupado pelos britânicos desde 1833. A junta militar, então no poder em Buenos Aires, utilizou esta questão como pretexto de afirmação regional e para garantir o acesso e o controlo a áreas na vizinhança do arquipélago ricas em hidrocarbonetos.