Noticia o PUBLICO.PT que o Estado português exerceu o direito de compra do quadro do mestre italiano Giovanni Tiepolo que hoje foi à praça em Lisboa com uma base de licitação de 1,5 milhões de euros, o preço pelo qual Deposição de Cristo no Túmulo foi arrematado.
O quadro, que está em processo de classificação e não podia sair do país, é uma obra tardia que o artista veneziano terá pintado em Espanha entre 1769 e 1770 e é uma das cinco peças do autor provenientes da colecção particular de Eduardo Pinto Basto.
Dessa colecção fazia parte uma obra doada em 1946 ao Museu Nacional de Arte Antiga (Fuga para o Egipto), duas obras que saíram do país a seguir ao 25 de Abril (Triunfo de Anfitrite, da Walpole Gallery de Londres, e Repouso na Fuga para o Egipto, adquirida em 1978 pela Staatsgalerie de Estugarda), e ainda um óleo, Vénus e o Tempo, cujo rasto se perdeu.
Finalmente fez-se luz nas cabeças pensantes do Estado.
Será mais uma excelente obra a enriquecer o espólio do Museu de Arte Antiga!
quinta-feira, novembro 29, 2007
Cabo Verde garante adesão formal à OMC será em Dezembro
O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, confirmou hoje que Cabo Verde deve aderir formalmente à Organização Mundial do Comércio (OMC) até 31 de Dezembro.
Falando na Assembleia Nacional, explicou que hoje mesmo foi resolvido o último entrave à entrada do país na organização, relativo a dúvidas levantadas por El Salvador.
De resto, as negociações com países como os Estados Unidos (EUA) ou o Brasil, dois países que deram grande apoio à entrada de Cabo Verde, bem como a União Europeia (UE), estão praticamente concluídas.
"Cabo Verde teve de negociar com cento e tal países" para conseguir a entrada na OMC, frisou Neves.
Cabo Verde pediu formalmente a adesão à OMC em 1999 e, no ano seguinte, foi criado um grupo de trabalho para seguir o processo. De 2004 até este ano decorreram cinco reuniões negociais, registando-se este ano os maiores progressos.
A adesão vai garantir segurança aos investidores externos e o país vai ser apoiado em matéria de boa governação e de modernização, além de harmonização de leis mais consentâneas com os mercados externos.
A OMC é uma organização mundial criada em 1995, com 151 países, que supervisiona acordos sobre regras de comércio.
No início deste mês, Cabo Verde assinou um acordo bilateral com a UE de acesso ao mercado, um passo considerado fundamental para a entrada na OMC.
Os representantes dos países-membros da OMC reuniram-se hoje em Genebra para analisar os acordos comerciais nas áreas de mercadorias e bens já assinados por Cabo Verde com a UE, EUA, Brasil e, mais recentemente com o Japão e o Canadá.
Parabéns pela excelente governação que tem orientado o país!!
Falando na Assembleia Nacional, explicou que hoje mesmo foi resolvido o último entrave à entrada do país na organização, relativo a dúvidas levantadas por El Salvador.
De resto, as negociações com países como os Estados Unidos (EUA) ou o Brasil, dois países que deram grande apoio à entrada de Cabo Verde, bem como a União Europeia (UE), estão praticamente concluídas.
"Cabo Verde teve de negociar com cento e tal países" para conseguir a entrada na OMC, frisou Neves.
Cabo Verde pediu formalmente a adesão à OMC em 1999 e, no ano seguinte, foi criado um grupo de trabalho para seguir o processo. De 2004 até este ano decorreram cinco reuniões negociais, registando-se este ano os maiores progressos.
A adesão vai garantir segurança aos investidores externos e o país vai ser apoiado em matéria de boa governação e de modernização, além de harmonização de leis mais consentâneas com os mercados externos.
A OMC é uma organização mundial criada em 1995, com 151 países, que supervisiona acordos sobre regras de comércio.
No início deste mês, Cabo Verde assinou um acordo bilateral com a UE de acesso ao mercado, um passo considerado fundamental para a entrada na OMC.
Os representantes dos países-membros da OMC reuniram-se hoje em Genebra para analisar os acordos comerciais nas áreas de mercadorias e bens já assinados por Cabo Verde com a UE, EUA, Brasil e, mais recentemente com o Japão e o Canadá.
Parabéns pela excelente governação que tem orientado o país!!
Ministério da Economia está a negociar mais investimentos para a AutoEuropa
O ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, revelou hoje que existem negociações para que o investimento na AutoEuropa seja mais elevado do que o anunciado e se concretize um verdadeiro cluster automóvel em Portugal.
Pinho, que falava à margem da 8ª cimeira União Europeia/Índia, em Nova Deli, assumiu o seu envolvimento directo num "longo processo negocial" com a marca alemã e adiantou que se mantém envolvido em negociações que podem trazer novas fase de investimento a este projecto. O ministro frisou ainda a "necessidade" de serem criadas novas unidades de produção de componentes, estando por isso Portugal "cada vez mais perto do tão falado cluster automóvel".
A Volkswagen anunciou, esta semana, que vai investir 541 milhões de euros na sua subsidiária portuguesa AutoEuropa, até 2010. Em comunicado, a administração da marca anunciou investimentos de 9,5 mil milhões de euros nos próximos três anos, dos quais 6,5 mil milhões de euros serão investidos em novos produtos.
Na Índia, Pinho disse prever que este investimento na AutoEuropa permita "dobrar a produção actual" na unidade de produção. Além da criação de emprego qualificado e do desenvolvimento da indústria, destaca-se o carácter "intensivo" do investimento em causa e a "transferência massiva de tecnologia".
Pinho, que falava à margem da 8ª cimeira União Europeia/Índia, em Nova Deli, assumiu o seu envolvimento directo num "longo processo negocial" com a marca alemã e adiantou que se mantém envolvido em negociações que podem trazer novas fase de investimento a este projecto. O ministro frisou ainda a "necessidade" de serem criadas novas unidades de produção de componentes, estando por isso Portugal "cada vez mais perto do tão falado cluster automóvel".
A Volkswagen anunciou, esta semana, que vai investir 541 milhões de euros na sua subsidiária portuguesa AutoEuropa, até 2010. Em comunicado, a administração da marca anunciou investimentos de 9,5 mil milhões de euros nos próximos três anos, dos quais 6,5 mil milhões de euros serão investidos em novos produtos.
Na Índia, Pinho disse prever que este investimento na AutoEuropa permita "dobrar a produção actual" na unidade de produção. Além da criação de emprego qualificado e do desenvolvimento da indústria, destaca-se o carácter "intensivo" do investimento em causa e a "transferência massiva de tecnologia".
Quebeque apoia metas de Quioto contra posição do Canadá
A província canadiana do Quebeque está a favor das metas do Protocolo de Quioto e irá contrariar a posição oficial do Canadá na próxima reunião da Convenção-Quadro das Nações Unidas, marcada para Dezembro em Bali, Indonésia.
Os três partidos com assento na assembleia legislativa do Quebeque - Partido Liberal, Partido do Quebeque e Acção Democrática - votaram hoje, por unanimidade, uma moção que se distancia da posição assumida por Otava, que recusa as metas de redução de gases com efeito de estufa fixadas naquele acordo internacional.
Durante o debate parlamentar que precedeu a votação, o primeiro-ministro do Quebeque, Jean Charest, declarou não corroborar as recentes afirmações do chefe do Executivo canadiano de que o Protocolo de Quioto é um "erro a não repetir".
A ministra do Ambiente da província, Line Beauchamp, anunciou que o Quebeque irá continuar a fazer esforços com vista a cumprir as metas de redução dos gases poluentes, apesar de Otava os ter abandonado.
Os três partidos com assento na assembleia legislativa do Quebeque - Partido Liberal, Partido do Quebeque e Acção Democrática - votaram hoje, por unanimidade, uma moção que se distancia da posição assumida por Otava, que recusa as metas de redução de gases com efeito de estufa fixadas naquele acordo internacional.
Durante o debate parlamentar que precedeu a votação, o primeiro-ministro do Quebeque, Jean Charest, declarou não corroborar as recentes afirmações do chefe do Executivo canadiano de que o Protocolo de Quioto é um "erro a não repetir".
A ministra do Ambiente da província, Line Beauchamp, anunciou que o Quebeque irá continuar a fazer esforços com vista a cumprir as metas de redução dos gases poluentes, apesar de Otava os ter abandonado.
quarta-feira, novembro 28, 2007
Autoeuropa confirma novos modelos e investe 541 milhões
O grupo Volkswagen (VW) quer trazer novos modelos para a Autoeuropa. A fábrica portuguesa vai receber 541 milhões de euros entre 2008 e 2010, que serão “particularmente focados em novos carros”, pode ler-se no comunicado emitido, ontem, pelo grupo alemão.
“Esta é a confirmação dos valores falados em Março mas com mais pormenores”, confirmou fonte oficial da Autoeuropa. A VW quer produzir em Portugal, além do desportivo Scirocco – que começa a ser fabricado no final do ano – e do descapotável Eos, o sucessor do monovolume Sharan e o Polo em parceria com a unidade espanhola de Pamplona.
Impacto nos fornecedores portugueses:
“Lamentamos que não possamos ser fornecedores do novo Polo”, confessou Júlio Almeida, director-geral da multinacional de componentes Dura. Apesar da proposta “ganhadora” feita à VW, a Dura não foi escolhida como fornecedor de componentes para os Polos que serão produzidos na Autoeuropa. Argumento da casa-mãe: já existem compromissos anteriores para este modelo, actualmente produzido em Pamplona. Com esta base estável de fornecedores, a chegada de novos modelos a Portugal não será uma boa notícia para os fabricantes de componentes, mas especialistas do sector acreditam que poderá, no médio-prazo, aumentar a escala de Portugal como produtor automóvel e alargar o potencial de negócios para as empresas nacionais.
Retrato da Autoeuropa em 2010:
de acordo com a Autoeuropa, a partir de 2010, o cenário provável da sua produção deverá totalizar 1000 carros diários. Desta forma a fábrica portuguesa teria uma produção anual de 200 mil unidades, aumentando em 130% os valores actuais. Em termos de postos de trabalho, crescerá para 3700 empregos directos.
“Esta é a confirmação dos valores falados em Março mas com mais pormenores”, confirmou fonte oficial da Autoeuropa. A VW quer produzir em Portugal, além do desportivo Scirocco – que começa a ser fabricado no final do ano – e do descapotável Eos, o sucessor do monovolume Sharan e o Polo em parceria com a unidade espanhola de Pamplona.
Impacto nos fornecedores portugueses:
“Lamentamos que não possamos ser fornecedores do novo Polo”, confessou Júlio Almeida, director-geral da multinacional de componentes Dura. Apesar da proposta “ganhadora” feita à VW, a Dura não foi escolhida como fornecedor de componentes para os Polos que serão produzidos na Autoeuropa. Argumento da casa-mãe: já existem compromissos anteriores para este modelo, actualmente produzido em Pamplona. Com esta base estável de fornecedores, a chegada de novos modelos a Portugal não será uma boa notícia para os fabricantes de componentes, mas especialistas do sector acreditam que poderá, no médio-prazo, aumentar a escala de Portugal como produtor automóvel e alargar o potencial de negócios para as empresas nacionais.
Retrato da Autoeuropa em 2010:
de acordo com a Autoeuropa, a partir de 2010, o cenário provável da sua produção deverá totalizar 1000 carros diários. Desta forma a fábrica portuguesa teria uma produção anual de 200 mil unidades, aumentando em 130% os valores actuais. Em termos de postos de trabalho, crescerá para 3700 empregos directos.
Teixeira dos Santos chegou atrasado à festa no Songo
O Governo português não esteve representado na festa de reversão da barragem de Cahora Bassa realizada ontem, no Songo, província moçambicana de Tete, no centro do país. O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, que vinha em representação do primeiro-ministro, José Sócrates, chegou atrasado porque teve de esperar para assinar, em Maputo, os documentos do fecho de contas para a transferência dos 700 milhões de dólares a favor de Portugal. A cadeira que estava reservada ao ministro permaneceu desocupada durante toda a cerimónia, de pouco mais de duas horas, decorrida debaixo de um calor intenso, com os termómetros a acusarem 41 graus centígrados, próprio de Tete.
Contrariamente às expectativas iniciais, os técnicos portugueses e moçambicanos não conseguiram terminar, na segunda-feira, o processo da organização dos protocolos para serem assinados pelos ministros de Energia de Moçambique, Salvador Namburete, e das Finanças português, Teixeira dos Santos. Tal só aconteceu às 11.00 de ontem. Devido à pressão e complexidade do trabalho, as equipas viram-se obrigadas a trabalhar até às 04.00 da madrugada ao que depois interromperam os trabalhos por três horas para o descanso, retomando às 08.00 até à hora do almoço. O nervosismo e o stress eram grandes. Havia que terminar o processo e ter os documentos assinados para dar mais cor à festa de reversão da barragem de Cahora Bassa, a segunda maior de África, que já se tinha iniciado na pequena vila de Songo, a pouco mais de cem quilómetros da cidade central de Tete. A julgar pelo prolongar do diálogo entre os técnicos luso-moçambicanos e representantes dos bancos credores da HCB, parecia que se estava a negociar, novamente, o acordo de reversão da barragem.
Contrariamente às expectativas iniciais, os técnicos portugueses e moçambicanos não conseguiram terminar, na segunda-feira, o processo da organização dos protocolos para serem assinados pelos ministros de Energia de Moçambique, Salvador Namburete, e das Finanças português, Teixeira dos Santos. Tal só aconteceu às 11.00 de ontem. Devido à pressão e complexidade do trabalho, as equipas viram-se obrigadas a trabalhar até às 04.00 da madrugada ao que depois interromperam os trabalhos por três horas para o descanso, retomando às 08.00 até à hora do almoço. O nervosismo e o stress eram grandes. Havia que terminar o processo e ter os documentos assinados para dar mais cor à festa de reversão da barragem de Cahora Bassa, a segunda maior de África, que já se tinha iniciado na pequena vila de Songo, a pouco mais de cem quilómetros da cidade central de Tete. A julgar pelo prolongar do diálogo entre os técnicos luso-moçambicanos e representantes dos bancos credores da HCB, parecia que se estava a negociar, novamente, o acordo de reversão da barragem.
terça-feira, novembro 27, 2007
Austrália ameaça retirar Chefia do Estado a Isabel II
"Já não falta muito para que tenhamos um australiano como chefe do Estado", garantiu Kevin Rudd durante a campanha para as legislativas de sábado na Austrália.
Agora que foi eleito primeiro-ministro, derrotando o conservador Michael Howard, o líder trabalhista e republicano convicto prometeu organizar um referendo "logo que possível" para saber se os australianos querem manter a Rainha Isabel II como chefe do Estado. Após uma vitória por uns expressivos 53% dos votos, Rudd está empenhado em pôr em prática as suas promessas.
Em 1999, o monárquico Howard autorizara um referendo sobre a república. Na altura, o "não" venceu com 54,4% dos votos. Mas os defensores do "sim" garantiram que o resultado foi condicionado pelo facto de o presidente vir a ser eleito pelo Parlamento e não de forma directa. Rudd promete agora oferecer aos australianos a possibilidade de elegerem directamente o seu chefe do Estado, num novo referendo. Segundo o diário britânico The Times, a consulta popular deverá ocorrer apenas em 2010, para coincidir com as próximas legislativas.
Com 45% dos australianos a favor da república, contra 36% para o "não" e 19% de indecisos (segundo uma sondagem do The Australian) o resultado pode vir a ser diferente do de 1999.
O palácio de Buckingham afirmou ao The Times que esta questão só pode ser decidida nas urnas. Já em 2000, numa visita à Austrália, Isabel II dissera: "Sempre deixei claro que o futuro na monarquia é um assunto que o povo australiano deve decidir de forma democrática."
Agora que foi eleito primeiro-ministro, derrotando o conservador Michael Howard, o líder trabalhista e republicano convicto prometeu organizar um referendo "logo que possível" para saber se os australianos querem manter a Rainha Isabel II como chefe do Estado. Após uma vitória por uns expressivos 53% dos votos, Rudd está empenhado em pôr em prática as suas promessas.
Em 1999, o monárquico Howard autorizara um referendo sobre a república. Na altura, o "não" venceu com 54,4% dos votos. Mas os defensores do "sim" garantiram que o resultado foi condicionado pelo facto de o presidente vir a ser eleito pelo Parlamento e não de forma directa. Rudd promete agora oferecer aos australianos a possibilidade de elegerem directamente o seu chefe do Estado, num novo referendo. Segundo o diário britânico The Times, a consulta popular deverá ocorrer apenas em 2010, para coincidir com as próximas legislativas.
Com 45% dos australianos a favor da república, contra 36% para o "não" e 19% de indecisos (segundo uma sondagem do The Australian) o resultado pode vir a ser diferente do de 1999.
O palácio de Buckingham afirmou ao The Times que esta questão só pode ser decidida nas urnas. Já em 2000, numa visita à Austrália, Isabel II dissera: "Sempre deixei claro que o futuro na monarquia é um assunto que o povo australiano deve decidir de forma democrática."
Noronha Lopes nomeado vice da McDonald´s na Europa
O director-geral da McDonald's Portugal, João Noronha Lopes, vai ser o novo vice-presidente da multinacional norte-americana na Europa, anunciou hoje a empresa. Em comunicado, a McDonald's Portugal refere que Noronha Lopes assume, assim, a partir de Janeiro de 2008, o mais alto cargo alguma vez desempenhado por um português no grupo especialista em hamburgueres.
O actual director-geral da McDonald´s Portugal fica responsável por uma região que representa 20 por cento das vendas totais no continente europeu. Esta área da Europa, que contempla nove países, Espanha, Itália, Holanda, Suiça, Portugal, Bélgica, Grécia, Marrocos e Malta, atingiu um total de vendas de 2,4 mil milhões de euros em 2006.
O conjunto dos nove países integra 1.400 restaurantes e cerca de 70.000 funcionários.
João Noronha Lopes desempenhou, desde 2002, o cargo de director-geral em Portugal o qual, a partir de 2006, acumulou com a função de responsável pelas relações com os franchisados para a Europa.
Actualmente, a McDonald´s tem 120 restaurantes em Portugal (incluindo lojas próprias e franchisados).
O actual director-geral da McDonald´s Portugal fica responsável por uma região que representa 20 por cento das vendas totais no continente europeu. Esta área da Europa, que contempla nove países, Espanha, Itália, Holanda, Suiça, Portugal, Bélgica, Grécia, Marrocos e Malta, atingiu um total de vendas de 2,4 mil milhões de euros em 2006.
O conjunto dos nove países integra 1.400 restaurantes e cerca de 70.000 funcionários.
João Noronha Lopes desempenhou, desde 2002, o cargo de director-geral em Portugal o qual, a partir de 2006, acumulou com a função de responsável pelas relações com os franchisados para a Europa.
Actualmente, a McDonald´s tem 120 restaurantes em Portugal (incluindo lojas próprias e franchisados).
Caixa automático: Portugal tem 2ª maior rede europeia de ATM
A Espanha lidera o ranking da União Europeia em número de ATM (caixas tipo Multibanco) por cada 100 mil habitantes, enquanto Portugal detém a a 2ª maior rede europeia em termos relativos, indicam dados de 2005 publicados esta terça-feira num relatório do Eurostat com "factos e números" relacionados com consumidores da União Europeia.
A Espanha, com 125 ATM (Automatic Teller Machines) por cada 100 mil habitantes, e Portugal com uma densidade de 107 máquinas/100.000 pessoas, contrastam no topo da lista com o outro extremo, onde figuram a República Checa (23/100.000) e Roménia e Polónia, ambas disponibilizando 20 ATM por cada 100 mil consumidores.
Em Portugal, 53% dos cidadãos preferem pagar as despesas (de valor igual ou acima de 100 euros) em dinheiro, seguindo-se o cartão de crédito, meio mais utilizado por 36% dos inquiridos.
Os países com maior predisposição para pagar em dinheiro são a Grécia (95% dos consumidores), Polónia (75%), e Chipre (70%). Enquanto a preferência pela utilização do cartão de crédito é mais evidente na Suécia (62% dos consumidores), Holanda (61%) e Luxemburgo.
A Espanha, com 125 ATM (Automatic Teller Machines) por cada 100 mil habitantes, e Portugal com uma densidade de 107 máquinas/100.000 pessoas, contrastam no topo da lista com o outro extremo, onde figuram a República Checa (23/100.000) e Roménia e Polónia, ambas disponibilizando 20 ATM por cada 100 mil consumidores.
Em Portugal, 53% dos cidadãos preferem pagar as despesas (de valor igual ou acima de 100 euros) em dinheiro, seguindo-se o cartão de crédito, meio mais utilizado por 36% dos inquiridos.
Os países com maior predisposição para pagar em dinheiro são a Grécia (95% dos consumidores), Polónia (75%), e Chipre (70%). Enquanto a preferência pela utilização do cartão de crédito é mais evidente na Suécia (62% dos consumidores), Holanda (61%) e Luxemburgo.
segunda-feira, novembro 26, 2007
Cahora Bassa e (este) Portugal
Por Orlando Castro
O dinheiro que Portugal tem a receber de Moçambique pela venda do controlo accionista de Cahora Bassa vale hoje menos cerca de 14 por cento do que valia quando foi assinado o acordo de transferência, em Outubro de 2006. Nada de especial. Aqui, como noutros negócios políticos, as boas contas não fazem os bons amigos. O acordo de reestruturação e transmissão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), assinado no final de Outubro de 2006, pôs termo a uma negociação que se arrastava há 32 anos, estabelecendo que Portugal reduzia a sua posição de 82 por cento para 15 por cento e que o Estado moçambicano aumentasse a sua participação de 18 para 85 por cento. Na prática, Portugal vendia 67 por cento de Cahora Bassa a Moçambique, que pagaria 950 milhões de dólares pela participação. A primeira tranche, com pompa e circunstância e inflamados discursos patrióticos, foi paga logo a 31 de Outubro, depois da cerimónia de assinatura do acordo, em Maputo, tendo o estado moçambicano desembolsado 250 milhões de dólares, que valiam, ao câmbio desse dia, cerca de 195 milhões de euros. Por pagar ficou a módica quantia de 700 milhões de dólares, que deverão ser agora entregues a Portugal. Acontece, contudo, que estes 700 milhões de dólares valiam cerca de 550 milhões de euros quando o acordo foi assinado, em Outubro de 2006, e valem agora, ao câmbio de 23 de Novembro, pouco mais de… 470 milhões de euros. Nada que o orçamento de um Estado rico como Portugal não possa suportar. É certo que o Estado português perdeu cerca de 80 milhões de euros com a diferença cambial neste negócio, mas o que é isso? O importante é que, como o fez em 31 de Outubro de 2006, o presidente moçambicano, Armando Guebuza, pode voltar a dizer que a passagem da Hidroeléctrica de Cahora Bassa para Moçambique "remove o último reduto, marco da dominação colonial". “Este acto remove do nosso solo pátrio o último reduto, marco da dominação estrangeira de 500 anos. Este protocolo simboliza, assim, o rompimento com o passado e o alvorar de uma nova era nas relações entre os dois países, impregnados de esperança e expectativas", disse Armando Guebuza, durante a cerimónia de assinatura do acordo, em Maputo. Pois!
O dinheiro que Portugal tem a receber de Moçambique pela venda do controlo accionista de Cahora Bassa vale hoje menos cerca de 14 por cento do que valia quando foi assinado o acordo de transferência, em Outubro de 2006. Nada de especial. Aqui, como noutros negócios políticos, as boas contas não fazem os bons amigos. O acordo de reestruturação e transmissão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), assinado no final de Outubro de 2006, pôs termo a uma negociação que se arrastava há 32 anos, estabelecendo que Portugal reduzia a sua posição de 82 por cento para 15 por cento e que o Estado moçambicano aumentasse a sua participação de 18 para 85 por cento. Na prática, Portugal vendia 67 por cento de Cahora Bassa a Moçambique, que pagaria 950 milhões de dólares pela participação. A primeira tranche, com pompa e circunstância e inflamados discursos patrióticos, foi paga logo a 31 de Outubro, depois da cerimónia de assinatura do acordo, em Maputo, tendo o estado moçambicano desembolsado 250 milhões de dólares, que valiam, ao câmbio desse dia, cerca de 195 milhões de euros. Por pagar ficou a módica quantia de 700 milhões de dólares, que deverão ser agora entregues a Portugal. Acontece, contudo, que estes 700 milhões de dólares valiam cerca de 550 milhões de euros quando o acordo foi assinado, em Outubro de 2006, e valem agora, ao câmbio de 23 de Novembro, pouco mais de… 470 milhões de euros. Nada que o orçamento de um Estado rico como Portugal não possa suportar. É certo que o Estado português perdeu cerca de 80 milhões de euros com a diferença cambial neste negócio, mas o que é isso? O importante é que, como o fez em 31 de Outubro de 2006, o presidente moçambicano, Armando Guebuza, pode voltar a dizer que a passagem da Hidroeléctrica de Cahora Bassa para Moçambique "remove o último reduto, marco da dominação colonial". “Este acto remove do nosso solo pátrio o último reduto, marco da dominação estrangeira de 500 anos. Este protocolo simboliza, assim, o rompimento com o passado e o alvorar de uma nova era nas relações entre os dois países, impregnados de esperança e expectativas", disse Armando Guebuza, durante a cerimónia de assinatura do acordo, em Maputo. Pois!
Durão Barroso inaugurou Casa da Europa em Díli
O presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Durão Barroso, recebeu hoje formalmente as instalações da Casa da Cultura, antes atribuídas à Caixa Geral de Depósitos e que a partir de agora será a Casa da Europa. A cedência de instalações, onde funcionará a partir de Janeiro a delegação da CE em Timor-Leste, foi feita pelo Presidente da República (PR), José Ramos-Horta, numa cerimónia a que assistiu o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, e a maior parte do Governo.
A Casa da Cultura ("Uma Fuko", em tétum), um edifício emblemático situado diante da baía de Díli, era a Intendência Militar na época colonial portuguesa e foi o Comando Militar durante a ocupação indonésia de Timor-Leste.
A "Uma Fuko" estava até agora cedida por contrato à Caixa Geral de Depósitos (CGD), que pretendia instalar no edifício um centro cultural e de exposições.
No discurso de entrega da Casa da Europa, Ramos-Horta recordou a relação antiga com Durão Barroso, durante mais de duas décadas, desde que o actual presidente da CE foi secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros de Portugal, "tinha então 31 anos de idade".
"Durão Barroso travou muitas batalhas connosco, na mesma trincheira da luta pela liberdade", afirmou Ramos-Horta aos convidados da inauguração simbólica da Casa da Europa. "Timor-Leste e a UE partilham de valores comuns, como o respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais", acrescentou o PR.
A Casa da Europa funcionará a partir de Janeiro como delegação da CE, que será chefiada por um diplomata espanhol.
A Casa da Cultura ("Uma Fuko", em tétum), um edifício emblemático situado diante da baía de Díli, era a Intendência Militar na época colonial portuguesa e foi o Comando Militar durante a ocupação indonésia de Timor-Leste.
A "Uma Fuko" estava até agora cedida por contrato à Caixa Geral de Depósitos (CGD), que pretendia instalar no edifício um centro cultural e de exposições.
No discurso de entrega da Casa da Europa, Ramos-Horta recordou a relação antiga com Durão Barroso, durante mais de duas décadas, desde que o actual presidente da CE foi secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros de Portugal, "tinha então 31 anos de idade".
"Durão Barroso travou muitas batalhas connosco, na mesma trincheira da luta pela liberdade", afirmou Ramos-Horta aos convidados da inauguração simbólica da Casa da Europa. "Timor-Leste e a UE partilham de valores comuns, como o respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais", acrescentou o PR.
A Casa da Europa funcionará a partir de Janeiro como delegação da CE, que será chefiada por um diplomata espanhol.
quinta-feira, novembro 22, 2007
Cabo Verde: Feira Internacional abre hoje. Portugal é pais mais representado
Portugal, com mais de metade dos expositores, é o país mais representado na Feira Internacional de Cabo Verde 2007 (FIC), que é hoje inaugurada na cidade do Mindelo, ilha de São Vicente.
Além de Portugal, participam empresas de Cabo Verde, Brasil e Espanha, num total de 86.
A FIC realiza-se todos os anos e comercializa desde produtos alimentares a serviços ou equipamentos industriais. O certame acolhe também um seminário sobre negócios em Cabo Verde, organizado pela Câmara de Comércio, Industria, Agricultura e Serviços do Barlavento.
Além de Portugal, participam empresas de Cabo Verde, Brasil e Espanha, num total de 86.
A FIC realiza-se todos os anos e comercializa desde produtos alimentares a serviços ou equipamentos industriais. O certame acolhe também um seminário sobre negócios em Cabo Verde, organizado pela Câmara de Comércio, Industria, Agricultura e Serviços do Barlavento.
Cabinda: "Raptado" o correspondente da Voz da América
José Fernando Lello, correspondente da radio Voz da América (VOA) em Cabinda foi "raptado por indivíduos fardados e fortemente armados, pertencentes às Forças Armadas de Angola (FAA) " esta quinta-feira, 15 de Novembro, denunciou o activista cívico, Raul Danda.
"Na quinta-feira, 15 de Novembro de 2007, José Fernando Lello, correspondente da Voz da América em Cabinda e colaborador da empresa Algoa, empreiteira subcontratada pela Chevron, no Malongo, foi raptado por indivíduos fardados e fortemente armados, pertencentes às FAA, entre os quais estaria o Comandante da Força Aérea destacado na Planície do Malembo e um oficial afecto ao Tribunal Militar de Cabinda" denunciou Raul Danda. Segundo o activista cívico os raptores chegaram transportados por duas viaturas, uma das quais de marca Toyota Land Cruiser, da unidade da Polícia Militar, "para levarem a cabo a sua missão contaram com a colaboração dos efectivos da Tele-Service, segurança privada encarregue da protecção do campo".
"Na quinta-feira, 15 de Novembro de 2007, José Fernando Lello, correspondente da Voz da América em Cabinda e colaborador da empresa Algoa, empreiteira subcontratada pela Chevron, no Malongo, foi raptado por indivíduos fardados e fortemente armados, pertencentes às FAA, entre os quais estaria o Comandante da Força Aérea destacado na Planície do Malembo e um oficial afecto ao Tribunal Militar de Cabinda" denunciou Raul Danda. Segundo o activista cívico os raptores chegaram transportados por duas viaturas, uma das quais de marca Toyota Land Cruiser, da unidade da Polícia Militar, "para levarem a cabo a sua missão contaram com a colaboração dos efectivos da Tele-Service, segurança privada encarregue da protecção do campo".
Galiza quer receber TV portuguesa em formato digital
O Bloco Nacional Galego (BNG) instou o Parlamento e o Governo espanhóis "a darem os passos necessários" para que a Galiza possa receber as televisões portuguesas em formato digital, foi hoje anunciado.
O anúncio foi feito, em comunicado, pela Fundação Via Galega (FVG), uma organização da Galiza vocacionada para a promoção de um mais estreito diálogo entre Espanha e os demais países e territórios do sistema linguístico galaico-português. Segundo a FVG, a solicitação foi apresentada, em forma de proposta de lei, por Francisco Rodríguez, deputado no Congresso espanhol pelo BNG, uma força política que faz parte do Governo da Galiza.
"Tal proposta reage ao apelo lançado em 9 de Novembro pela Fundação Via Galego para que o Estado espanhol dê os passos necessários de modo a que a Xunta da Galiza possa negociar com Portugal a recepção dos meios audiovisuais lusos", lê-se no comunicado.
O Parlamento e o Governo espanhóis ainda não deram resposta à referida proposta.
"Este tratado internacional refere que deve ser garantida a recepção directa de emissões de rádio e televisão de países vizinhos numa língua utilizada de forma idêntica ou próxima de uma língua regional ou minoritária", recorda.
A fundação acrescenta que a mesma carta apela à assinatura de acordos bilaterais que promovam o contacto entre as pessoas galegas e portuguesas nas áreas da cultura, ensino, da informação, formação profissional e educação contínua.
Carlos Callón considera "de extremo interesse para a Galiza a recepção dos canais portugueses para consciencializar a população galega sobre a utilidade comunicativa internacional da língua própria do país".
O anúncio foi feito, em comunicado, pela Fundação Via Galega (FVG), uma organização da Galiza vocacionada para a promoção de um mais estreito diálogo entre Espanha e os demais países e territórios do sistema linguístico galaico-português. Segundo a FVG, a solicitação foi apresentada, em forma de proposta de lei, por Francisco Rodríguez, deputado no Congresso espanhol pelo BNG, uma força política que faz parte do Governo da Galiza.
"Tal proposta reage ao apelo lançado em 9 de Novembro pela Fundação Via Galego para que o Estado espanhol dê os passos necessários de modo a que a Xunta da Galiza possa negociar com Portugal a recepção dos meios audiovisuais lusos", lê-se no comunicado.
O Parlamento e o Governo espanhóis ainda não deram resposta à referida proposta.
"Este tratado internacional refere que deve ser garantida a recepção directa de emissões de rádio e televisão de países vizinhos numa língua utilizada de forma idêntica ou próxima de uma língua regional ou minoritária", recorda.
A fundação acrescenta que a mesma carta apela à assinatura de acordos bilaterais que promovam o contacto entre as pessoas galegas e portuguesas nas áreas da cultura, ensino, da informação, formação profissional e educação contínua.
Carlos Callón considera "de extremo interesse para a Galiza a recepção dos canais portugueses para consciencializar a população galega sobre a utilidade comunicativa internacional da língua própria do país".
China/Portugal: Universidade chinesa inaugura centro de língua e cultura portuguesas
A Universidade de Comunicações da China (UCC), vai inaugurar até final do mês um centro cultural e de ensino de português, para tornar mais fácil a aprendizagem da língua aos alunos chineses, disse hoje um responsável da instituição.
"É a concretização de um plano que se iniciou com a visita do então presidente da República de Portugal, Jorge Sampaio, em 2005 e no qual vimos trabalhando desde então", disse em Pequim Liang Yan, vice-presidente da Faculdade de Comunicação Internacional da UCC, na qual se insere o leitorado de português naquela instituição de ensino superior.
O novo centro de português da UCC tem apoio de Stanley Ho, o magnata dos casinos de Macau, e do Ipor (Instituto Português do Oriente), que disponibilizará também livros de português, materiais multimédia e outros utensílios de aprendizagem da língua e cultura portuguesas, referiu fonte da universidade.
"Estamos muito contentes com o novo centro de português, pois permite-nos ter acesso a materiais em português que são difíceis de encontrar na China", disse Wang Gefei, aluna de português na UCC. "É uma boa oportunidade para aprofundarmos os nossos estudos de português" acrescentou.
A UCC foi a primeira universidade na China a ter cursos de português, em 1960, mas sente necessidade de se expandir com a crescente procura do ensino de língua portuguesa na China, devido à expansão das relações comerciais entre a China e os países lusófonos, em especial Angola e Brasil.
"O número de estudante de português na nossa universidade aumentou muito rapidamente. Antes só admitíamos estudantes a cada dois anos, agora abrimos vagas todos os anos" afirmou Sílvia Yan, professora no departamento de português da UCC, onde estudam cerca de 70 alunos.
Segundo dados do IPOR, cinco universidades na China têm leitorados de língua portuguesa.
"É a concretização de um plano que se iniciou com a visita do então presidente da República de Portugal, Jorge Sampaio, em 2005 e no qual vimos trabalhando desde então", disse em Pequim Liang Yan, vice-presidente da Faculdade de Comunicação Internacional da UCC, na qual se insere o leitorado de português naquela instituição de ensino superior.
O novo centro de português da UCC tem apoio de Stanley Ho, o magnata dos casinos de Macau, e do Ipor (Instituto Português do Oriente), que disponibilizará também livros de português, materiais multimédia e outros utensílios de aprendizagem da língua e cultura portuguesas, referiu fonte da universidade.
"Estamos muito contentes com o novo centro de português, pois permite-nos ter acesso a materiais em português que são difíceis de encontrar na China", disse Wang Gefei, aluna de português na UCC. "É uma boa oportunidade para aprofundarmos os nossos estudos de português" acrescentou.
A UCC foi a primeira universidade na China a ter cursos de português, em 1960, mas sente necessidade de se expandir com a crescente procura do ensino de língua portuguesa na China, devido à expansão das relações comerciais entre a China e os países lusófonos, em especial Angola e Brasil.
"O número de estudante de português na nossa universidade aumentou muito rapidamente. Antes só admitíamos estudantes a cada dois anos, agora abrimos vagas todos os anos" afirmou Sílvia Yan, professora no departamento de português da UCC, onde estudam cerca de 70 alunos.
Segundo dados do IPOR, cinco universidades na China têm leitorados de língua portuguesa.
quarta-feira, novembro 21, 2007
Empresa de recém-licenciado português leva energia eléctrica aos PALOP
A Edi Ponto-Solar, empresa de um recém-licenciado na área das energias renováveis, vai levar electricidade a escolas angolanas, no âmbito do programa Energia sem Fronteiras para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). Menos de um ano após ter iniciado a sua actividade, a empresa acaba de assinar um protocolo com o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) e com a UNICEF, comprometendo-se a instalar painéis solares nas escolas, para tornar possível a aplicação do Programa Internet na Escola.
"A primeira escola será a da cidade de Malange, situada a cerca de 500 quilómetros a leste de Luanda", disse Ricardo Azevedo, proprietário da empresa. A Edi Ponto-Solar assume também a criação de uma rede de distribuição e montagem de painéis solares para aquecimento de água e produção de energia eléctrica para os Centros de Recurso em Angola, Cabo Verde e Guiné Bissau.
A empresa, com apenas seis colaboradores, desenvolve também equipamentos energéticos para os principais castelos e casas senhoriais de França, num investimento de cerca de 40 mil euros, até ao momento. Criada em 2006, oferece produtos e serviços nas áreas de energia eléctrica, energia térmica, domótica e refrigeração e conta com mais de 30 clientes só em Portugal, incluindo gabinetes de arquitectura e engenharia, construtores civis, indivíduos particulares e indústrias. Licenciado em Sistemas Eléctricos de Energia, pela Universidade do Porto, Ricardo Azevedo apercebeu-se, ainda na faculdade, da necessidade e das possibilidades de exploração de fontes de energia alternativas.
"A primeira escola será a da cidade de Malange, situada a cerca de 500 quilómetros a leste de Luanda", disse Ricardo Azevedo, proprietário da empresa. A Edi Ponto-Solar assume também a criação de uma rede de distribuição e montagem de painéis solares para aquecimento de água e produção de energia eléctrica para os Centros de Recurso em Angola, Cabo Verde e Guiné Bissau.
A empresa, com apenas seis colaboradores, desenvolve também equipamentos energéticos para os principais castelos e casas senhoriais de França, num investimento de cerca de 40 mil euros, até ao momento. Criada em 2006, oferece produtos e serviços nas áreas de energia eléctrica, energia térmica, domótica e refrigeração e conta com mais de 30 clientes só em Portugal, incluindo gabinetes de arquitectura e engenharia, construtores civis, indivíduos particulares e indústrias. Licenciado em Sistemas Eléctricos de Energia, pela Universidade do Porto, Ricardo Azevedo apercebeu-se, ainda na faculdade, da necessidade e das possibilidades de exploração de fontes de energia alternativas.
terça-feira, novembro 20, 2007
UE aprova estatuto especial para Cabo Verde
O arquipélago de Cabo Verde vai passar a ser "parceiro especial" da União Europeia (UE). Um estatuto que ontem mereceu um acordo de princípio dos 27 Estados membros, reunidos em Bruxelas. É um "momento único e histórico", reagiu o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, qualificando a parceria como um "ganho extraordinário" para o país.
A decisão, saída do Conselho de Assuntos Gerais e Relações Externas da UE, vem dar um desfecho positivo ao processo de negociações formalmente iniciado em Janeiro, e que mereceu o empenho particular da diplomacia portuguesa. Com a parceria ontem estabelecida, Cabo Verde terá acesso a fundos europeus em circunstâncias privilegiadas.
De acordo com as conclusões ontem adoptadas pelos 27, as duas partes passarão a estabelecer um quadro de diálogo político regular com base em "valores e princípios comuns". Boa governação, segurança e estabilidade, integração regional, sociedade do conhecimento e da informação e luta contra a pobreza serão áreas de cooperação privilegiada.
Um dos pontos fulcrais para o acordo dos 27 foi o domínio da segurança, um argumento que o arquipélago lançou com ênfase para a mesa das negociações. "Cabo Verde tem uma posição geográfica e geoestratégica importante em todo o tipo de prevenção relativamente à segurança, desde o todo o tipo de tráficos à prevenção do terrorismo", sublinhou Arnaldo Andrade Ramos, embaixador de Cabo Verde em Portugal.
Desde os anos 90 que é discutida informalmente a hipótese de Cabo Verde desenvolver relações especiais com a UE. A questão chegou a ir mais longe que o cenário de uma parceria privilegiada. Em 2005, Mário Soares e Adriano Moreira lançaram uma petição defendendo a entrada do arquipélago na União. O actual embaixador cabo-verdiano diz que este cenário não é realista. Mas também sublinha que uma parceria "é um processo de construção sem limites à partida".
A decisão, saída do Conselho de Assuntos Gerais e Relações Externas da UE, vem dar um desfecho positivo ao processo de negociações formalmente iniciado em Janeiro, e que mereceu o empenho particular da diplomacia portuguesa. Com a parceria ontem estabelecida, Cabo Verde terá acesso a fundos europeus em circunstâncias privilegiadas.
De acordo com as conclusões ontem adoptadas pelos 27, as duas partes passarão a estabelecer um quadro de diálogo político regular com base em "valores e princípios comuns". Boa governação, segurança e estabilidade, integração regional, sociedade do conhecimento e da informação e luta contra a pobreza serão áreas de cooperação privilegiada.
Um dos pontos fulcrais para o acordo dos 27 foi o domínio da segurança, um argumento que o arquipélago lançou com ênfase para a mesa das negociações. "Cabo Verde tem uma posição geográfica e geoestratégica importante em todo o tipo de prevenção relativamente à segurança, desde o todo o tipo de tráficos à prevenção do terrorismo", sublinhou Arnaldo Andrade Ramos, embaixador de Cabo Verde em Portugal.
Desde os anos 90 que é discutida informalmente a hipótese de Cabo Verde desenvolver relações especiais com a UE. A questão chegou a ir mais longe que o cenário de uma parceria privilegiada. Em 2005, Mário Soares e Adriano Moreira lançaram uma petição defendendo a entrada do arquipélago na União. O actual embaixador cabo-verdiano diz que este cenário não é realista. Mas também sublinha que uma parceria "é um processo de construção sem limites à partida".
Franco achava os portugueses "cobardes"
O que Franco pensou sobre o 25 de Abril agora revelado no El País.
No Verão Quente (português) de 1975, o ditador espanhol Francisco Franco estava hospitalizado e praticamente já não falava, embora os jornais espanhóis dessem uma ideia completamente diferente: as personagens que visitavam o ditador no hospital diziam-no atento aos problemas do país e do mundo. Mas não. Num texto publicado ontem no El País, o médico Ramiro Rivera, que acompanhou o ditador espanhol na sua doença, afirma que na maior parte do tempo Franco encontrava-se incapaz de falar e os quatro médicos que o atendiam pouco mais lhe conseguiam ouvir do que monossílabos. Mas, a dada altura, Ricardo Franco, um dos médicos, perguntou a Franco: "Meu general, está o senhor a par do que se passa em Portugal? Não acredita que ali se vai armar uma grande confusão e vai correr muito sangue?"
Segundo o testemunho de Ramiro Rivera, Franco ficou calado durante um bocadinho enquanto todos os médicos o olhavam, expectantes.
E em seguida disse: "Não acredite nisso, os portugueses são muito cobardes."
No Verão Quente (português) de 1975, o ditador espanhol Francisco Franco estava hospitalizado e praticamente já não falava, embora os jornais espanhóis dessem uma ideia completamente diferente: as personagens que visitavam o ditador no hospital diziam-no atento aos problemas do país e do mundo. Mas não. Num texto publicado ontem no El País, o médico Ramiro Rivera, que acompanhou o ditador espanhol na sua doença, afirma que na maior parte do tempo Franco encontrava-se incapaz de falar e os quatro médicos que o atendiam pouco mais lhe conseguiam ouvir do que monossílabos. Mas, a dada altura, Ricardo Franco, um dos médicos, perguntou a Franco: "Meu general, está o senhor a par do que se passa em Portugal? Não acredita que ali se vai armar uma grande confusão e vai correr muito sangue?"
Segundo o testemunho de Ramiro Rivera, Franco ficou calado durante um bocadinho enquanto todos os médicos o olhavam, expectantes.
E em seguida disse: "Não acredite nisso, os portugueses são muito cobardes."
segunda-feira, novembro 19, 2007
Portugal encabeça países da UE que estão a perder exportações por má comunicação
Dos 27 países da União Europeia, Portugal é o que reporta maiores efeitos negativos nas suas exportações devido a uma deficiente estratégia comunicacional. Esta é uma das conclusões do estudo, divulgado este ano, Efeitos na Economia Europeia da Escassez de Competências em Línguas Estrangeiras nas Empresas (ELAN). Ao estudo, encomendado pela Comissão Europeia ao CILT, um centro de línguas estrangeiras do Reino Unido, responderam 1989 pequenas e médias empresas. As conclusões da investigação estão na origem de um Fórum Empresarial para o Multilinguismo, que será lançado hoje, em Lisboa, e é presidido pelo belga Étienne Davignon, ex-vice-presidente da Comissão Europeia e presidente da companhia aérea Brussels Airlines.
"A melhor língua para o consumidor é a sua língua materna".
"A melhor língua para o consumidor é a sua língua materna".
UE/Presidência: Ministros da Cooperação vão definir novas regras de parceria com Cabo Verde
Os ministros da Cooperação da União Europeia, reunidos hoje e terça-feira em Bruxelas, deverão chegar a um "acordo de princípio" sobre a criação de uma "Parceria Especial" com Cabo Verde, institucionalizando um diálogo político regular entre as partes.
A Parceria Especial irá reforçar o diálogo político e a convergência económica entre as duas partes, para além da tradicional relação doador/beneficiário, com o estabelecimento de um quadro de interesses mútuos, disse fonte da presidência portuguesa da UE.
Boa governação, segurança e estabilidade, integração regional, sociedade do conhecimento e da informação e luta contra a pobreza são alguns dos pilares que vão regular, de futuro, as relações entre Cabo Verde e a União Europeia.
O relacionamento entre os 27 e Cabo Verde irá assim estabelecer um quadro de diálogo político regular com base em "valores e princípios comuns", segundo uma proposta de conclusões da decisão da UE.
A Parceria Especial irá reforçar o diálogo político e a convergência económica entre as duas partes, para além da tradicional relação doador/beneficiário, com o estabelecimento de um quadro de interesses mútuos, disse fonte da presidência portuguesa da UE.
Boa governação, segurança e estabilidade, integração regional, sociedade do conhecimento e da informação e luta contra a pobreza são alguns dos pilares que vão regular, de futuro, as relações entre Cabo Verde e a União Europeia.
O relacionamento entre os 27 e Cabo Verde irá assim estabelecer um quadro de diálogo político regular com base em "valores e princípios comuns", segundo uma proposta de conclusões da decisão da UE.
sexta-feira, novembro 16, 2007
Cabo Verde prevê aderir à OMC em Dezembro
Cabo Verde deverá entrar para a Organização Mundial do Comércio (OMC) em Dezembro, disse hoje o secretário de Estado da Economia, Crescimento e Competitividade, Jorge Borges. A questão foi hoje debatida no Conselho de Ministros, esclarecendo o responsável no final da reunião que a maior parte das negociações multilaterais e bilaterais estão concluídas, pelo que o processo de adesão estará fechado até final deste mês.
Cabo Verde pediu formalmente a adesão à OMC em 1999 e, no ano seguinte, foi criado um grupo de trabalho para seguir o processo. De 2004 até este ano, registaram-se progressos e "tudo leva a crer que a adesão se concretiza" até final de 2007, disse Jorge Borges.
Além das negociações multilaterais, Cabo Verde já estabeleceu acordos bilaterais com a União Europeia, com o Brasil, com os Estados Unidos e com o Japão, estando para breve um acordo com o Canadá.
A adesão vai garantir certa segurança aos investidores externos e Cabo Verde vai ser apoiado em matéria de boa governação e de modernização, além de harmonização de leis, mais consentâneas com os mercados externos.
A OMC é uma organização mundial criada em 1995, com 151 países, que supervisiona acordos sobre regras de comércio.
No início deste mês, Cabo Verde assinou um acordo bilateral com a União Europeia de acesso ao mercado, um passo considerado fundamental para a entrada para a OMC. O acordo permite a possibilidade de Cabo Verde comercializar os seus produtos no mercado europeu, com tarifas competitivas, comprometendo-se a aplicar tarifas abaixo dos 40% para os produtos agrícolas e próximas de 30% para produtos não agrícolas.
Cabo Verde pediu formalmente a adesão à OMC em 1999 e, no ano seguinte, foi criado um grupo de trabalho para seguir o processo. De 2004 até este ano, registaram-se progressos e "tudo leva a crer que a adesão se concretiza" até final de 2007, disse Jorge Borges.
Além das negociações multilaterais, Cabo Verde já estabeleceu acordos bilaterais com a União Europeia, com o Brasil, com os Estados Unidos e com o Japão, estando para breve um acordo com o Canadá.
A adesão vai garantir certa segurança aos investidores externos e Cabo Verde vai ser apoiado em matéria de boa governação e de modernização, além de harmonização de leis, mais consentâneas com os mercados externos.
A OMC é uma organização mundial criada em 1995, com 151 países, que supervisiona acordos sobre regras de comércio.
No início deste mês, Cabo Verde assinou um acordo bilateral com a União Europeia de acesso ao mercado, um passo considerado fundamental para a entrada para a OMC. O acordo permite a possibilidade de Cabo Verde comercializar os seus produtos no mercado europeu, com tarifas competitivas, comprometendo-se a aplicar tarifas abaixo dos 40% para os produtos agrícolas e próximas de 30% para produtos não agrícolas.
Diplomacia portuguesa força vitória nas Nações Unidas
Os diplomatas definem o momento como "histórico". Pela primeira vez, a Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução sobre uma Moratória contra o uso da pena de morte. A presidência portuguesa da União Europeia coordenou grande parte da acção.
Houve 99 votos a favor, 52 contra, e 33 abstenções. A votação aconteceu ontem, em Nova Iorque, e significa, politicamente, um avanço inédito. Por dezenas de vezes foi analisada a questão da moratória, mas nunca houve uma maioria na Assembleia que permitisse aprovar uma resolução sobre a matéria. A resolução de hoje abre caminho para a abolição da pena de morte e a protecção dos Direitos Humanos no mundo.
"Esta resolução foi apresentada por um grupo transregional liderado pela Albânia, Angola, Brasil, Croácia, Filipinas, Gabão, México, Nova Zelândia, Portugal (em nome da UE), Timor Leste, contando com 87 co-patrocinadores", divulgou um comunicado da Presidência portuguesa da UE.
Mais: "A Presidência da União Europeia acredita que esta iniciativa estabeleceu um processo de diálogo na Assembleia-Geral sobre uma questão de importância fundamental para a protecção e promoção dos direitos humanos como é a questão da moratória sobre o uso da pena de morte. Tal como é do conhecimento geral, a União Europeia tem uma posição pública de longa data sobre a abolição da pena de morte".
Houve 99 votos a favor, 52 contra, e 33 abstenções. A votação aconteceu ontem, em Nova Iorque, e significa, politicamente, um avanço inédito. Por dezenas de vezes foi analisada a questão da moratória, mas nunca houve uma maioria na Assembleia que permitisse aprovar uma resolução sobre a matéria. A resolução de hoje abre caminho para a abolição da pena de morte e a protecção dos Direitos Humanos no mundo.
"Esta resolução foi apresentada por um grupo transregional liderado pela Albânia, Angola, Brasil, Croácia, Filipinas, Gabão, México, Nova Zelândia, Portugal (em nome da UE), Timor Leste, contando com 87 co-patrocinadores", divulgou um comunicado da Presidência portuguesa da UE.
Mais: "A Presidência da União Europeia acredita que esta iniciativa estabeleceu um processo de diálogo na Assembleia-Geral sobre uma questão de importância fundamental para a protecção e promoção dos direitos humanos como é a questão da moratória sobre o uso da pena de morte. Tal como é do conhecimento geral, a União Europeia tem uma posição pública de longa data sobre a abolição da pena de morte".
Volkswagen quer Polo na Autoeuropa
O grupo Volkswagen quer apostar na Autoeuropa. Objectivo: produzir em Portugal o sucessor do monovolume Sharan e o Polo em parceria com a fábrica espanhola de Pamplona, liderada por Sáenz, anterior director-geral da Autoeuropa. “Se fazemos Polos em Navarra, porque não fazer em Portugal? A ideia é partilhar fornecedores e minimizar os custos de transporte, ganhar sinergias entre as duas fábricas. Isso para mim seria um sonho”. As palavras de Emilio Sáenz na despedida da fábrica de Palmela está próximo de ser realidade. Uma intenção que já era evidente em Março deste ano – quando a Volkswagen decidiu entregar à Autoeuropa um investimento de 500 milhões de euros para “novos produtos”. Jochem Heizman, responsável de produção do grupo, esteve esta semana reunido com a direcção e os trabalhadores portugueses para garantir as condições que permitam à Volkswagen trazer para a Autoeuropa o novo monovolume e o Polo, desenvolvendo as sinergias com produtos de plataformas comuns entre Navarra e Palmela. A Autoeuropa reforça assim a posição de maior exportador nacional. Os volumes de vendas poderão duplicar para cerca de 2,6 mil milhões de euros o que, mantendo o ritmo de crescimento do PIB português poderá representar mais de 1,8% da riqueza nacional.
Bush critica despesas com ensino do português
O ensino do português como segunda língua nos EUA foi tomado como exemplo por George W. Bush para a forma como o Congresso desbarata o dinheiro dos contribuintes. A 14 meses do final do seu mandato, o Presidente republicano está a travar um braço-de-ferro com o Congresso democrata, para demonstrar que ainda é politicamente relevante.
Nessa luta vetou terça-feita uma proposta de lei de 606 mil milhões de dólares apresentada pelos democratas, que financiaria programas de apoio à educação, saúde e trabalho. Em retaliação, Harry Reid, líder da maioria democrata no Senado disse que o Presidente deixará de contar com verbas para pagar as guerras no Iraque e Afeganistão caso não aceite um plano de retirada completa das tropas até ao final do próximo ano. Foi neste contexto que, discursando na cidade de New Albany (estado de Indiana), Bush recorreu ao exemplo do ensino do português como segunda língua para ilustrar o despesismo desregrado dos democratas.
A outra proposta de lei é para os departamentos de Trabalho, Saúde e Serviços Humanos, e Educação. Esta proposta está atrasada 44 dias e dez mil milhões de dólares acima do orçamentado, e com mais de dois mil apêndices. Alguns dos projectos esbanjadores incluem um museu das prisões, uma escola de vela de ensino a bordo de um catamarã, e um programa de 'português como segunda língua'. O Congresso deve aos contribuintes esforços melhores. E por isso hoje, na Sala Oval, vetei esta proposta de lei." A proposta em causa está incluída na Lei das Apropriações para 2008 dos Departamentos do Trabalho, Saúde, Serviços Humanos, Educação e Agências Relacionadas. A lista é imensa, trata de tudo, desde a proibição de compra de lâmpadas que não poupem energia até à investigação científica com células estaminais - e a proposta referida por Bush é do congressista democrata por Rhode Island Patrick Kennedy, que concedia cem mil dólares ao Rhode Island College, de Providence, para um Programa de Estudos Portugueses e Lusófonos.
Nessa luta vetou terça-feita uma proposta de lei de 606 mil milhões de dólares apresentada pelos democratas, que financiaria programas de apoio à educação, saúde e trabalho. Em retaliação, Harry Reid, líder da maioria democrata no Senado disse que o Presidente deixará de contar com verbas para pagar as guerras no Iraque e Afeganistão caso não aceite um plano de retirada completa das tropas até ao final do próximo ano. Foi neste contexto que, discursando na cidade de New Albany (estado de Indiana), Bush recorreu ao exemplo do ensino do português como segunda língua para ilustrar o despesismo desregrado dos democratas.
A outra proposta de lei é para os departamentos de Trabalho, Saúde e Serviços Humanos, e Educação. Esta proposta está atrasada 44 dias e dez mil milhões de dólares acima do orçamentado, e com mais de dois mil apêndices. Alguns dos projectos esbanjadores incluem um museu das prisões, uma escola de vela de ensino a bordo de um catamarã, e um programa de 'português como segunda língua'. O Congresso deve aos contribuintes esforços melhores. E por isso hoje, na Sala Oval, vetei esta proposta de lei." A proposta em causa está incluída na Lei das Apropriações para 2008 dos Departamentos do Trabalho, Saúde, Serviços Humanos, Educação e Agências Relacionadas. A lista é imensa, trata de tudo, desde a proibição de compra de lâmpadas que não poupem energia até à investigação científica com células estaminais - e a proposta referida por Bush é do congressista democrata por Rhode Island Patrick Kennedy, que concedia cem mil dólares ao Rhode Island College, de Providence, para um Programa de Estudos Portugueses e Lusófonos.
NATO poupa dinheiro com solução criada pelos militares portugueses
Os militares portugueses destacados há duas semanas na base aérea lituana de Siauliai encontraram problemas que não existiam para os outros contingentes da NATO ali presentes desde 2004. Um deles diz respeito ao "arrumar" dos dois caças no fim de cada missão: a falta de espaço na placa obriga-os a entrar de marcha-atrás nos hangares, empurrados pelos mecânicos, pelo que os motores têm de ser previamente desligados por questões de segurança. Depois de estacionados, e porque as coordenadas dos sistemas de navegação e tiro dos F-16 têm de estar sempre afinadas (ao milímetro), é necessário religar os aviões - a 500 euros cada - até os computadores dizerem "ok". A solução imaginada permite poupar 1000 euros por cada dia de voo aos países que usam caças F-16 (a maioria dos que ali estiveram) ou Tornado (ingleses): montar uma roldana na traseira dos hangares para que um reboque possa puxar os caças - num ângulo de 90 graus, para não ser sugado - sem que os aviões tenham de desligar os motores. Outro "ovo de Colombo" português surgiu depois de os portugueses olharem com atenção para os hangares instalados pela NATO: os pequenos motores que controlam a sua abertura congelam com o frio - já de alguns graus abaixo de zero na terça e na quarta-feira. Não foi possível saber quanto tempo demoraram a encontrar a solução para o problema, com que um novo destacamento aliado ia lidar - leia-se abrir e fechar os hangares à mão - pelo quarto Inverno consecutivo: colocá-los do lado de dentro.
A Lituânia, como a Estónia e a Letónia, não tem meios capazes de garantir a sua própria defesa aérea, pelo que a NATO assumiu essa responsabilidade junto às fronteiras da Rússia e da Bielorússia. Quando lá chegaram, nos últimos dias de Outubro, os militares da Força Aérea só estavam preocupados em montar as tendas e equipamentos do seu "kit de mobilidade". Mas os lituanos, à cautela, queriam fazer reuniões de trabalho. "Os briefings, os briefings", insistiam os locais, em inglês. Para deixarem de os ter sempre à perna, recordou um dos militares ouvidos pelo DN, os portugueses lá acabaram por interromper os seus trabalhos para ouvir as recomendações dos seus pares."Ainda bem que tivemos aquelas reuniões, porque caso contrário não estaríamos avisados e não teria havido reporte" do que se passou "um ou dois dias depois". Já fora das horas de serviço, contou a fonte, um militar que tomava café depois do jantar num café de Siauliai foi abordado por uma atraente jovem - "mas o contacto estava a ser demasiado fácil", pelo que o português alertou as chefias. Estas, por sua vez, entraram em contacto com a intelligence militar lituana. Com alguma surpresa, viram-nos "[dar] a entender que já sabiam o que se tinha passado", sublinhou aquela fonte, adiantando que os lituanos confirmaram tratar-se de uma das pessoas com quem os aliados devem evitar contactos."Eles são uma máquina infernal [em matéria de intelligence], estão anos-luz à nossa frente", confessou o operacional, com base no que já teve oportunidade de saber sobre o trabalho dos lituanos. As Forças Armadas portuguesas, através da sua componente aérea, formam o 14.º contingente a cumprir missão nos Bálticos. Como "o ócio é a pior coisa" com que os soldados podem lidar, o destacamento assumiu outras tarefas. Assim, no plano militar, está a desenvolver um manual com procedimentos de defesa aérea para a Lituânia: aí se diz como interceptar um avião, como segui-lo ou entrar em combate se for necessário eliminar a ameaça, explicou o major Paulo Gonçalves. A instalação de tomadas de terra junto aos hangares, às quais se ligam os aviões carregados de electricidade estática no fim das missões, é outro programa: está em estudo o nível de condutibilidade da terra na zona, para depois marcar e instalar as tomadas. Até lá, os militares ligam uma ponta de um cabo ao caça e enterram a outra entre placas de cimento no chão. No plano social, ensinam cozinheiros locais a fazer bacalhau à lagareiro, distribuem emblemas e autocolantes às crianças, respondem a cartas de crianças portuguesas - e vão participar, "para perder", num campeonato de bowling.
A Lituânia, como a Estónia e a Letónia, não tem meios capazes de garantir a sua própria defesa aérea, pelo que a NATO assumiu essa responsabilidade junto às fronteiras da Rússia e da Bielorússia. Quando lá chegaram, nos últimos dias de Outubro, os militares da Força Aérea só estavam preocupados em montar as tendas e equipamentos do seu "kit de mobilidade". Mas os lituanos, à cautela, queriam fazer reuniões de trabalho. "Os briefings, os briefings", insistiam os locais, em inglês. Para deixarem de os ter sempre à perna, recordou um dos militares ouvidos pelo DN, os portugueses lá acabaram por interromper os seus trabalhos para ouvir as recomendações dos seus pares."Ainda bem que tivemos aquelas reuniões, porque caso contrário não estaríamos avisados e não teria havido reporte" do que se passou "um ou dois dias depois". Já fora das horas de serviço, contou a fonte, um militar que tomava café depois do jantar num café de Siauliai foi abordado por uma atraente jovem - "mas o contacto estava a ser demasiado fácil", pelo que o português alertou as chefias. Estas, por sua vez, entraram em contacto com a intelligence militar lituana. Com alguma surpresa, viram-nos "[dar] a entender que já sabiam o que se tinha passado", sublinhou aquela fonte, adiantando que os lituanos confirmaram tratar-se de uma das pessoas com quem os aliados devem evitar contactos."Eles são uma máquina infernal [em matéria de intelligence], estão anos-luz à nossa frente", confessou o operacional, com base no que já teve oportunidade de saber sobre o trabalho dos lituanos. As Forças Armadas portuguesas, através da sua componente aérea, formam o 14.º contingente a cumprir missão nos Bálticos. Como "o ócio é a pior coisa" com que os soldados podem lidar, o destacamento assumiu outras tarefas. Assim, no plano militar, está a desenvolver um manual com procedimentos de defesa aérea para a Lituânia: aí se diz como interceptar um avião, como segui-lo ou entrar em combate se for necessário eliminar a ameaça, explicou o major Paulo Gonçalves. A instalação de tomadas de terra junto aos hangares, às quais se ligam os aviões carregados de electricidade estática no fim das missões, é outro programa: está em estudo o nível de condutibilidade da terra na zona, para depois marcar e instalar as tomadas. Até lá, os militares ligam uma ponta de um cabo ao caça e enterram a outra entre placas de cimento no chão. No plano social, ensinam cozinheiros locais a fazer bacalhau à lagareiro, distribuem emblemas e autocolantes às crianças, respondem a cartas de crianças portuguesas - e vão participar, "para perder", num campeonato de bowling.
China bloqueia envio de correio para Portugal
Os correios da China suspenderam até ao final do ano o envio de cartas e encomendas para Portugal, devido às greves dos funcionários portugueses dos correios e telecomunicações, disseram hoje funcionários postais chineses. "Desde o início de Setembro que deixámos de poder receber qualquer tipo de correspondência para Portugal. A suspensão vigora em toda a China".
quinta-feira, novembro 15, 2007
Timor Leste: "Enraízamento do português é tarefa para duas gerações"
O "enraizamento" da língua portuguesa em Timor-Leste é "um esforço de longo prazo", que só estará completo dentro de duas gerações, na melhor das hipóteses, afirmou hoje em Lisboa o presidente timorense, José Ramos-Horta.
Ramos-Horta, que prossegue hoje a sua visita oficial de dois dias a Portugal, a primeira enquanto Chefe de Estado timorense, falava no Palácio de Belém após uma audiência de cerca de uma hora com o presidente Aníbal Cavaco Silva. Questionado pela imprensa acerca dos progressos do ensino da língua portuguesa em Timor-Leste, que tem a oposição de alguns quadrantes, Ramos-Horta afirmou que "o desenvolvimento nota-se", mas que os resultados práticos surgirão mais tarde. "Quem participou, como eu participei desde 2000/2001 na defesa da opção do português como língua oficial, pode ver a melhoria na introdução, mas o esforço tem de continuar, é um esforço a longo prazo, são necessárias pelo menos mais duas gerações para que o português se enraíze", afirmou. O presidente timorense lembrou que a história da língua portuguesa em Timor-Leste fez-se de "dificuldades e controvérsia", que obrigaram à necessidade de "esclarecer o povo timorense sobre a necessidade de introdução da língua portuguesa lado-a-lado com o tétum".
De todos os Estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Timor-Leste é o único que tem duas línguas oficiais. Portugal e também o Brasil têm suportado os custos do ensino da língua, e, segundo Ramos-Horta, também o Estado timorense vai começar a fazê-lo, em 2008. "A língua é um elemento fundamental de identidade, principalmente no mundo global", disse o chefe de Estado, que manifestou a disponibilidade portuguesa para "acolher sempre" pedidos que venham a ser feitos por Timor neste domínio.
Cavaco Silva lembrou o papel de Portugal na independência timorense, e que Timor-Leste é actualmente o principal parceiro de cooperação português, estando actualmente em curso um programa indicativo com duração até 2010.
Ramos-Horta, que prossegue hoje a sua visita oficial de dois dias a Portugal, a primeira enquanto Chefe de Estado timorense, falava no Palácio de Belém após uma audiência de cerca de uma hora com o presidente Aníbal Cavaco Silva. Questionado pela imprensa acerca dos progressos do ensino da língua portuguesa em Timor-Leste, que tem a oposição de alguns quadrantes, Ramos-Horta afirmou que "o desenvolvimento nota-se", mas que os resultados práticos surgirão mais tarde. "Quem participou, como eu participei desde 2000/2001 na defesa da opção do português como língua oficial, pode ver a melhoria na introdução, mas o esforço tem de continuar, é um esforço a longo prazo, são necessárias pelo menos mais duas gerações para que o português se enraíze", afirmou. O presidente timorense lembrou que a história da língua portuguesa em Timor-Leste fez-se de "dificuldades e controvérsia", que obrigaram à necessidade de "esclarecer o povo timorense sobre a necessidade de introdução da língua portuguesa lado-a-lado com o tétum".
De todos os Estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Timor-Leste é o único que tem duas línguas oficiais. Portugal e também o Brasil têm suportado os custos do ensino da língua, e, segundo Ramos-Horta, também o Estado timorense vai começar a fazê-lo, em 2008. "A língua é um elemento fundamental de identidade, principalmente no mundo global", disse o chefe de Estado, que manifestou a disponibilidade portuguesa para "acolher sempre" pedidos que venham a ser feitos por Timor neste domínio.
Cavaco Silva lembrou o papel de Portugal na independência timorense, e que Timor-Leste é actualmente o principal parceiro de cooperação português, estando actualmente em curso um programa indicativo com duração até 2010.
O dia em que fomos monárquicos
Com a devida vénia:
"Gostava de partilhar convosco o quanto no meu âmago (bonita expressão) me senti monárquico ao ver, na Cimeira Ibero-Americana, Juan Carlos, Rei de Espanha, pedir a Hugo Chávez, intendente da Venezuela, que se calasse. Os factos são conhecidos do grande público: enquanto Chávez, no seu habitual registo inimputável, insultava Aznar de fascista, o magnífico Rei Juan Carlos (Sua Majestade, Sua Eminência, Sua Senhoria) lançou-lhe um sumaríssimo: Por qué non te callas?No fundo, é isso. Por qué non te callas, Chávez? Dentro de portas, estabeleceste um regime populista e autoritário, pouco importa se apoiado pela maioria dos venezuelanos. Nada te escapa e quem não é chavista está condenado à inércia ou ao ostracismo. Externamente, usas uma linguagem entre a paranóia e a arruaça. Precisamos mesmo de te ouvir? Porque devemos nós, os que acreditamos que a democracia não depende só dos votos mas de uma certa legitimidade de exercício, os que acreditamos numa comunidade organizada segundo princípios da democracia liberal (liberdades, separação de poderes, checks-and-balances, respeito pela oposição, responsabilidade e prestação de contas), os que acreditamos que os recursos de um país devem ser geridos e distribuídos de forma transparente, sem tentações clientelares ou chantagistas, porque devemos prestar atenção a orações injuriosas? Não serás tu o fascista, ó Chávez? E por qué non se callan também os que, na incapacidade de condenarem claramente o ditador da Venezuela (porque ditador é aquele que age como ditador, seja ou não eleito), resolveram atacar a "grosseria" diplomática do Rei de Espanha, essa figura anacrónica que devia era curvar-se perante um Presidente eleito, mesmo que do baixo quilate deste triste Chávez? Mas não são vocês que contra todas as diplomacias da conveniência e do cinismo, lutam pela supremacia dos valores nas relações internacionais? Não são vocês que sempre se manifestam contra os abusos da liberdade de expressão, quando pensam que as vossas ideias estão a ser visadas? Somos obrigados a tolerar que se insulte um ex-governante de fascista, mas devemos reagir contra os caricaturistas de Maomé, os Nobéis desbocados com teses deterministas sobre o ADN dos negros, os acéfalos da extrema-direita. É só porque Juan Carlos, o nosso Rei, não foi eleito? Mas como duvidar da legitimidade da monarquia em Espanha? Evidentemente, a legitimidade que advém das eleições pode coexistir com outras formas de legitimidade: histórica, simbólica ou social. Onde está a maioria de espanhóis que deseja acabar com a monarquia? E eu nem sou monárquico, mas quando Juan Carlos saiu da mesa acho que me tornei num carlista. Quero um Rei destes. Até pode ser absoluto."
Pedro Lomba in DN
"Gostava de partilhar convosco o quanto no meu âmago (bonita expressão) me senti monárquico ao ver, na Cimeira Ibero-Americana, Juan Carlos, Rei de Espanha, pedir a Hugo Chávez, intendente da Venezuela, que se calasse. Os factos são conhecidos do grande público: enquanto Chávez, no seu habitual registo inimputável, insultava Aznar de fascista, o magnífico Rei Juan Carlos (Sua Majestade, Sua Eminência, Sua Senhoria) lançou-lhe um sumaríssimo: Por qué non te callas?No fundo, é isso. Por qué non te callas, Chávez? Dentro de portas, estabeleceste um regime populista e autoritário, pouco importa se apoiado pela maioria dos venezuelanos. Nada te escapa e quem não é chavista está condenado à inércia ou ao ostracismo. Externamente, usas uma linguagem entre a paranóia e a arruaça. Precisamos mesmo de te ouvir? Porque devemos nós, os que acreditamos que a democracia não depende só dos votos mas de uma certa legitimidade de exercício, os que acreditamos numa comunidade organizada segundo princípios da democracia liberal (liberdades, separação de poderes, checks-and-balances, respeito pela oposição, responsabilidade e prestação de contas), os que acreditamos que os recursos de um país devem ser geridos e distribuídos de forma transparente, sem tentações clientelares ou chantagistas, porque devemos prestar atenção a orações injuriosas? Não serás tu o fascista, ó Chávez? E por qué non se callan também os que, na incapacidade de condenarem claramente o ditador da Venezuela (porque ditador é aquele que age como ditador, seja ou não eleito), resolveram atacar a "grosseria" diplomática do Rei de Espanha, essa figura anacrónica que devia era curvar-se perante um Presidente eleito, mesmo que do baixo quilate deste triste Chávez? Mas não são vocês que contra todas as diplomacias da conveniência e do cinismo, lutam pela supremacia dos valores nas relações internacionais? Não são vocês que sempre se manifestam contra os abusos da liberdade de expressão, quando pensam que as vossas ideias estão a ser visadas? Somos obrigados a tolerar que se insulte um ex-governante de fascista, mas devemos reagir contra os caricaturistas de Maomé, os Nobéis desbocados com teses deterministas sobre o ADN dos negros, os acéfalos da extrema-direita. É só porque Juan Carlos, o nosso Rei, não foi eleito? Mas como duvidar da legitimidade da monarquia em Espanha? Evidentemente, a legitimidade que advém das eleições pode coexistir com outras formas de legitimidade: histórica, simbólica ou social. Onde está a maioria de espanhóis que deseja acabar com a monarquia? E eu nem sou monárquico, mas quando Juan Carlos saiu da mesa acho que me tornei num carlista. Quero um Rei destes. Até pode ser absoluto."
Pedro Lomba in DN
quarta-feira, novembro 14, 2007
Investigadores portugueses recebem salários inferiores comparativamente à média da UE
Em Portugal, os investigadores recebem, em média, 29 mil euros anuais. Menos sete mil do que a média dos 25 Estados da UE. Os dados estão no Estudo das Remunerações dos Investigadores dos Sectores Público e Privado, que foi ontem divulgado pela Comissão Europeia.
Dentro da UE, as variações são imensas: na Letónia, o país com a remuneração anual mais baixa, o valor é de dez mil euros; do outro lado da tabela está o Luxemburgo, com quase 64 mil euros anuais.
"A grande disparidade entre os salários de certos países da UE contribui para que os melhores investigadores procurem oportunidades noutras partes do mundo", alerta Janez Potocnik, Comissário europeu para a Ciência e Investigação.
No caso português há grandes diferenças entre quem está no sector público e no privado. Um investigador numa empresa pode ganhar 22.673 euros anuais, ao passo que se estiver ligado ao ensino superior o seu salário sobe para os 27.495. Mas é nos laboratórios do Estado que estes profissionais são mais bem remunerados, com uma média anual de 39.893 euros.
Manuel Pereira dos Santos, dirigente da Federação Nacional dos Professores, critica o Governo por não criar carreiras para os investigadores mais jovens que trabalham como bolseiros, sem contratos, nem benefícios sociais, mas que fazem investigação como os demais. Segundo dados de 2003, em Portugal havia um défice de dez mil investigadores. O estudo indica ainda que em Portugal existe uma diferença superior a 35 por cento entre os salários dos homens e das mulheres. O mesmo acontece na República Checa e na Estónia. O estudo é resultado de um inquérito feito a cerca de 10 mil investigadores. Foram consideradas as respostas de quem dedica pelo menos metade do seu tempo à investigação.
Dentro da UE, as variações são imensas: na Letónia, o país com a remuneração anual mais baixa, o valor é de dez mil euros; do outro lado da tabela está o Luxemburgo, com quase 64 mil euros anuais.
"A grande disparidade entre os salários de certos países da UE contribui para que os melhores investigadores procurem oportunidades noutras partes do mundo", alerta Janez Potocnik, Comissário europeu para a Ciência e Investigação.
No caso português há grandes diferenças entre quem está no sector público e no privado. Um investigador numa empresa pode ganhar 22.673 euros anuais, ao passo que se estiver ligado ao ensino superior o seu salário sobe para os 27.495. Mas é nos laboratórios do Estado que estes profissionais são mais bem remunerados, com uma média anual de 39.893 euros.
Manuel Pereira dos Santos, dirigente da Federação Nacional dos Professores, critica o Governo por não criar carreiras para os investigadores mais jovens que trabalham como bolseiros, sem contratos, nem benefícios sociais, mas que fazem investigação como os demais. Segundo dados de 2003, em Portugal havia um défice de dez mil investigadores. O estudo indica ainda que em Portugal existe uma diferença superior a 35 por cento entre os salários dos homens e das mulheres. O mesmo acontece na República Checa e na Estónia. O estudo é resultado de um inquérito feito a cerca de 10 mil investigadores. Foram consideradas as respostas de quem dedica pelo menos metade do seu tempo à investigação.
terça-feira, novembro 13, 2007
Cabinda: Agravamento da situação de Arthur Tchibassa
Numa carta dirigida ao advogado Roland Bembelly, Arthur Tchibassa testemunha o agravamento da sua situação como prisioneiro nos Estados Unidos. Condenado em 2004 a mais de 24 anos de prisão Arthur Tchibassa permanece esquecido num processo incómodo para Angola e para a equipa de António Bento Bembe que beneficiou de uma enigmática amnistia.
"Fui transferido para uma nova prisão desde 4 de Abril de 2007 no estado de Indiana" escreve Arthur Tchibassa ao advogado Roland Bembelly. Segundo Tchibassa os motivos avançados para a sua transferência estão assentes na acusação de este estar associado às "actividades do movimento que consistem na captura de reféns como meio para atingir o objectivo de libertação de Cabinda " e dada a sua suposta responsabilidade "no seio do dito grupo, que representa uma ameaça para os interesses ocidentais".
O nacionalista cabinda diz que lhe resta uma última hipótese para o seu caso ser revisto pelo Tribunal Criminal Federal do Distrito de Colúmbia em Washington, onde foi julgado em 2004, mas terá de apresentar um advogado privado. Neste momento único apoio jurídico que Tchibassa dispõe é a ajuda de prisioneiros que têm alguns conhecimentos de Direito.
Arthur Tchibassa foi acusado pelos Estados Unidos da América, juntamente com Bembe, Maurício Zulu e Tiburcio Luemba, de presumível responsabilidade na operação de 19 de Outubro de 1990 em Cabinda de rapto do cidadão americano Brent Swan. Logo após a libertação do refém, 18 de Dezembro do mesmo ano, os EUA lançam um mandato de captura internacional contra os quatro presumíveis responsáveis. A 12 Julho de 2002 Tchibassa é detido em Kinshasa por agentes do FBI numa operação conjunta com a segurança congolesa. Imediatamente transferido para Washington Tchibassa é condenado a 27 de Fevereiro de 2004 a 24 anos e cinco meses de prisão.
Mais de três anos após o veredicto americano, dos quatro ex membros da FLEC Renovada alvo de um mandato de captura internacional Tchibassa permanece como o único culpado da operação de 1990. Os restantes três presumíveis responsáveis, Bembe, Zulu e Luemba beneficiam de uma enigmática amnistia nunca oficializada nem tornada pública da qual Tchibassa está excluído. Mesmo sem uma declaração oficial que caducaria o mandato de captura internacional, ou reconhecimento de uma amnistia americana, António Bento Bembe exerce uma actividade pública em Angola, tendo assumido o cargo de Ministro Sem Pasta em Luanda. Maurício Zulu, actual General das FAA tem também, tal como Tiburcio Luemba Zinga, uma actividade pública entre Angola e Cabinda.
"Fui transferido para uma nova prisão desde 4 de Abril de 2007 no estado de Indiana" escreve Arthur Tchibassa ao advogado Roland Bembelly. Segundo Tchibassa os motivos avançados para a sua transferência estão assentes na acusação de este estar associado às "actividades do movimento que consistem na captura de reféns como meio para atingir o objectivo de libertação de Cabinda " e dada a sua suposta responsabilidade "no seio do dito grupo, que representa uma ameaça para os interesses ocidentais".
O nacionalista cabinda diz que lhe resta uma última hipótese para o seu caso ser revisto pelo Tribunal Criminal Federal do Distrito de Colúmbia em Washington, onde foi julgado em 2004, mas terá de apresentar um advogado privado. Neste momento único apoio jurídico que Tchibassa dispõe é a ajuda de prisioneiros que têm alguns conhecimentos de Direito.
Arthur Tchibassa foi acusado pelos Estados Unidos da América, juntamente com Bembe, Maurício Zulu e Tiburcio Luemba, de presumível responsabilidade na operação de 19 de Outubro de 1990 em Cabinda de rapto do cidadão americano Brent Swan. Logo após a libertação do refém, 18 de Dezembro do mesmo ano, os EUA lançam um mandato de captura internacional contra os quatro presumíveis responsáveis. A 12 Julho de 2002 Tchibassa é detido em Kinshasa por agentes do FBI numa operação conjunta com a segurança congolesa. Imediatamente transferido para Washington Tchibassa é condenado a 27 de Fevereiro de 2004 a 24 anos e cinco meses de prisão.
Mais de três anos após o veredicto americano, dos quatro ex membros da FLEC Renovada alvo de um mandato de captura internacional Tchibassa permanece como o único culpado da operação de 1990. Os restantes três presumíveis responsáveis, Bembe, Zulu e Luemba beneficiam de uma enigmática amnistia nunca oficializada nem tornada pública da qual Tchibassa está excluído. Mesmo sem uma declaração oficial que caducaria o mandato de captura internacional, ou reconhecimento de uma amnistia americana, António Bento Bembe exerce uma actividade pública em Angola, tendo assumido o cargo de Ministro Sem Pasta em Luanda. Maurício Zulu, actual General das FAA tem também, tal como Tiburcio Luemba Zinga, uma actividade pública entre Angola e Cabinda.
Língua portuguesa requer transnacional, diz presidente da PT
O futuro da língua portuguesa depende da criação de uma empresa de telecomunicações "consolidante", afirmou nesta terça-feira, em São Paulo, o presidente da Portugal Telecom (PT), Henrique Granadeiro.
Granadeiro salientou, durante a cerimónia de entrega do Prémio Portugal Telecom de Literatura 2007, que os outros dois idiomas europeus mais falados no mundo - o inglês e o espanhol - já têm grandes empresas de telecomunicações. "A língua é fonte de poder, excede os limites de um só Estado. O português não é servido por uma empresa consolidante. Ou criamos uma ou [a língua portuguesa] tomará o caminho da morte", "o que está em causa, mais do que o sucesso de uma obra, é a implantação ágil e vigorosa da língua portuguesa [no mundo]", sublinhou Granadeiro. O presidente da PT salientou que a consolidação do português seria feita a partir de uma empresa "transnacional" de telecomunicações, com a participação do Brasil, Portugal e dos países africanos de língua portuguesa para "perpetuação dos valores, da cultura, da história e das tradições".
Granadeiro disse ainda que o facto de um idioma ser falado por mais de 200 milhões de pessoas, como é actualmente a língua portuguesa, "não é garantia" de seu futuro. O empresário negou, entretanto, que a Portugal Telecom esteja negociando fusão com as duas grandes empresas brasileiras de telefonia fixa, a Oi (antiga Telemar) e a Brasil Telecom.
Granadeiro salientou, durante a cerimónia de entrega do Prémio Portugal Telecom de Literatura 2007, que os outros dois idiomas europeus mais falados no mundo - o inglês e o espanhol - já têm grandes empresas de telecomunicações. "A língua é fonte de poder, excede os limites de um só Estado. O português não é servido por uma empresa consolidante. Ou criamos uma ou [a língua portuguesa] tomará o caminho da morte", "o que está em causa, mais do que o sucesso de uma obra, é a implantação ágil e vigorosa da língua portuguesa [no mundo]", sublinhou Granadeiro. O presidente da PT salientou que a consolidação do português seria feita a partir de uma empresa "transnacional" de telecomunicações, com a participação do Brasil, Portugal e dos países africanos de língua portuguesa para "perpetuação dos valores, da cultura, da história e das tradições".
Granadeiro disse ainda que o facto de um idioma ser falado por mais de 200 milhões de pessoas, como é actualmente a língua portuguesa, "não é garantia" de seu futuro. O empresário negou, entretanto, que a Portugal Telecom esteja negociando fusão com as duas grandes empresas brasileiras de telefonia fixa, a Oi (antiga Telemar) e a Brasil Telecom.
Empresa portuguesa exporta jogos para telemóveis para a América Latina
A empresa portuguesa Digital-Minds.pt, especializada em serviços interactivos e digitais, está a negociar a venda de jogos para telemóveis para a América Latina, tendo já concretizado acordos para o Brasil, disse hoje o responsável pela empresa.
A empresa, presente nas cidades de Coimbra e Leiria, é pioneira na adaptação de formatos de televisão para jogos de telemóveis, segundo explicou Paulo Reis.
Com base na novela infanto-juvenil da SIC "Chiquititas", a Digital-Minds.pt criou o jogo "Chiquititas, O Lado Doce da Vida", um formato que começou a ser comercializado em Portugal em Outubro passado e que será lançado, em breve, no Brasil.
"Estamos em negociações para vender o jogo para toda a América Latina, acordos que devem ser concretizados no próximo ano", acrescentou.
A empresa, presente nas cidades de Coimbra e Leiria, é pioneira na adaptação de formatos de televisão para jogos de telemóveis, segundo explicou Paulo Reis.
Com base na novela infanto-juvenil da SIC "Chiquititas", a Digital-Minds.pt criou o jogo "Chiquititas, O Lado Doce da Vida", um formato que começou a ser comercializado em Portugal em Outubro passado e que será lançado, em breve, no Brasil.
"Estamos em negociações para vender o jogo para toda a América Latina, acordos que devem ser concretizados no próximo ano", acrescentou.
Vergonha: Museus de Arte Antiga e Arqueologia obrigados a fechar algumas salas por falta de pessoal
O Museu Nacional de Arte Antiga vai ter hoje - à semelhança do que já aconteceu domingo - algumas salas de exposição fechadas, e o Museu de Arqueologia poderá optar pela mesma solução ou por encerrar, durante a hora do almoço, por falta de pessoal vigilante.
A ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, declarou que se está perante uma "situação de colapso provocado pela falta de atenção do Instituto dos Museus e da Conservação (IMC)", que não alertou a tempo o Ministério da Cultura para o fim dos contratos de tarefa de parte substancial dos funcionários dos museus. Diz a ministra: "Não há a mais pequena responsabilidade do Ministério da Cultura neste assunto"[minha é que a responsabilidade não será...].
Confrontado com as declarações da ministra, o director do IMC, Manuel Bairrão Oleiro [nomeado pela ministra], preferiu não comentar, apesar de horas antes ter dito esperar que a situação se resolvesse "durante esta semana", reconhecendo que, enquanto isso não acontecer, existe "o risco de parte da área expositiva dos museus estar encerrada".
O problema da falta de guardas "é conhecido desde há muito e necessita de outra solução" declarou na mesma ocasião. "Existia a expectativa de que a situação pudesse ficar resolvida com a reafectação do pessoal excedentário [da função pública]. Mas só onze pessoas é que se disponibilizaram para isso, e há mais de uma centena de lugares a preencher." [!?]
No início deste ano acabou aquele que era até então um dos grandes recursos dos museus: a possibilidade de fazer contratos através do Instituto do Emprego e Formação Profissional, recorrendo a pessoas que estavam no desemprego, e que constituíam já uma parte substancial dos guardas dos museus. Por isso, o único recurso, desde Março, são os contratos de tarefa, que têm que ser regularmente renovados - com autorização do Ministério das Finanças - sob pena de os museus se verem de um dia para o outro sem funcionários que permitam abrir as portas ao público. Esta situação "é desastrosa para o nosso esforço de captação de público" e "altamente desmotivante para a equipa do museu". O "básico dos básicos", afirma Luís Raposo, é poder abrir ao público.
"É impossível gerir uma casa sem saber o que acontece amanhã" diz Raposo.
A ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, declarou que se está perante uma "situação de colapso provocado pela falta de atenção do Instituto dos Museus e da Conservação (IMC)", que não alertou a tempo o Ministério da Cultura para o fim dos contratos de tarefa de parte substancial dos funcionários dos museus. Diz a ministra: "Não há a mais pequena responsabilidade do Ministério da Cultura neste assunto"[minha é que a responsabilidade não será...].
Confrontado com as declarações da ministra, o director do IMC, Manuel Bairrão Oleiro [nomeado pela ministra], preferiu não comentar, apesar de horas antes ter dito esperar que a situação se resolvesse "durante esta semana", reconhecendo que, enquanto isso não acontecer, existe "o risco de parte da área expositiva dos museus estar encerrada".
O problema da falta de guardas "é conhecido desde há muito e necessita de outra solução" declarou na mesma ocasião. "Existia a expectativa de que a situação pudesse ficar resolvida com a reafectação do pessoal excedentário [da função pública]. Mas só onze pessoas é que se disponibilizaram para isso, e há mais de uma centena de lugares a preencher." [!?]
No início deste ano acabou aquele que era até então um dos grandes recursos dos museus: a possibilidade de fazer contratos através do Instituto do Emprego e Formação Profissional, recorrendo a pessoas que estavam no desemprego, e que constituíam já uma parte substancial dos guardas dos museus. Por isso, o único recurso, desde Março, são os contratos de tarefa, que têm que ser regularmente renovados - com autorização do Ministério das Finanças - sob pena de os museus se verem de um dia para o outro sem funcionários que permitam abrir as portas ao público. Esta situação "é desastrosa para o nosso esforço de captação de público" e "altamente desmotivante para a equipa do museu". O "básico dos básicos", afirma Luís Raposo, é poder abrir ao público.
"É impossível gerir uma casa sem saber o que acontece amanhã" diz Raposo.
Lisboa-Dakar 2008 apresentado no dia 21 de Novembro
A 30ª edição do Lisboa-Dakar 2008 vai ser apresentada oficialmente no dia 21 de Novembro, quarta-feira, às 9h30, no Centro Cultural de Belém.
O rali do próximo ano está agendado entre 5 e 20 de Janeiro. A apresentação vai decorrer na Sala Fernando Pessoa.
O rali do próximo ano está agendado entre 5 e 20 de Janeiro. A apresentação vai decorrer na Sala Fernando Pessoa.
Skylander: Avião português já tem 356 intenções de compra
A GECI International, empresa promotora da construção de um avião bimotor em Portugal, já tem registada a intenção de compra de 356 aparelhos, avaliados em 1,5 mil milhões de dólares, afirmou o presidente da empresa.
Estação em Lisboa vai ser na Gare do Oriente
A estação do comboio de alta velocidade em Lisboa vai ser a Gare do Oriente, num projecto de ampliação que já foi entregue ao autor, o arquitecto Santiago Calatrava, disse hoje o administrador da Rave, Carlos Fernandes. A opção entre a localização da estação no Parque das Nações e Chelas foi estudada pela RAVE, a empresa responsável pelos estudos da alta velocidade em Portugal, que optou pela gare do Oriente, para rentabilizar a infraestrutura e porque permite aproveitar o canal da linha convencional do Norte. A Gare do Oriente "tem margem, tem espaço, para fazer sair por lá as linhas pelo lado direito da linha do Norte", explicou. Além de acomodar mais linhas férreas, a Gare do Oriente vai incluir ainda uma estrutura que permita o serviço de check-in avançado a pensar no futuro aeroporto de Lisboa - quer seja na Ota ou em Alcochete - e uma zona de circulação e estacionamento para o 'shuttle' de ligação. A primeira linha de TGV, a que ligará Lisboa a Madrid deverá estar a funcionar em 2013, e só depois serão feitos os ramais para o aeroporto que, "na melhor das hipóteses, só estará pronto em 2017", acrescentou.
Estação em Lisboa vai ser na Gare do Oriente
A estação do comboio de alta velocidade em Lisboa vai ser a Gare do Oriente, num projecto de ampliação que já foi entregue ao autor, o arquitecto Santiago Calatrava, disse hoje o administrador da Rave, Carlos Fernandes. A opção entre a localização da estação no Parque das Nações e Chelas foi estudada pela RAVE, a empresa responsável pelos estudos da alta velocidade em Portugal, que optou pela Gare do Oriente, para rentabilizar a infraestrutura e porque permite aproveitar o canal da linha convencional do Norte.
A Gare do Oriente "tem margem, tem espaço, para fazer sair por lá as linhas pelo lado direito da linha do Norte", explicou. Além de acomodar mais linhas férreas, a Gare do Oriente vai incluir ainda uma estrutura que permita o serviço de check-in avançado a pensar no futuro aeroporto de Lisboa - quer seja na Ota ou em Alcochete - e uma zona de circulação e estacionamento para o 'shuttle' de ligação. A primeira linha de TGV, a que ligará Lisboa a Madrid deverá estar a funcionar em 2013, e só depois serão feitos os ramais para o aeroporto que, "na melhor das hipóteses, só estará pronto em 2017", acrescentou.
A Gare do Oriente "tem margem, tem espaço, para fazer sair por lá as linhas pelo lado direito da linha do Norte", explicou. Além de acomodar mais linhas férreas, a Gare do Oriente vai incluir ainda uma estrutura que permita o serviço de check-in avançado a pensar no futuro aeroporto de Lisboa - quer seja na Ota ou em Alcochete - e uma zona de circulação e estacionamento para o 'shuttle' de ligação. A primeira linha de TGV, a que ligará Lisboa a Madrid deverá estar a funcionar em 2013, e só depois serão feitos os ramais para o aeroporto que, "na melhor das hipóteses, só estará pronto em 2017", acrescentou.
Cooperação portuguesa constrói 10 cais de pesca na Indonésia
Portugal e a Indonésia assinaram em Jacarta um protocolo de cooperação que prevê a construção de dez cais para a pesca artesanal nas ilhas indonésias das Flores e das Molucas, segundo um comunicado de imprensa, enviado pela Embaixada de Portugal em Jacarta, em que se acrescenta que a ajuda portuguesa totaliza 235 mil euros e compreende ainda a abertura de caminhos de ligação dos cais às aldeias vizinhas e itinerários principais.
O protocolo foi assinado pelo embaixador José Santos Braga e pelo presidente da Associação de Amizade e Cooperação Indonésia-Portugal (APKIP), Urip Santoso.
"A ajuda governamental portuguesa irá beneficiar populações costeiras em zonas que desde o princípio do século XVI estiveram em contacto com portugueses e onde ainda são visíveis restos de fortalezas, estatuária religiosa, armas antigas, além de muitos outros vestígios imateriais como tradições civis e religiosas, música e palavras e expressões de origem portuguesa", lê-se no comunicado.
Igualmente proveniente do Instituto Português de Apoio a Desenvolvimento (IPAD), está a ser aplicada uma verba em duas escolas e num centro de saúde em Lamno, onde residem sobreviventes dos chamados "portugueses" de Aceh, e ainda a projectos no domínio do saneamento básico e da higiene de que estão a beneficiar escolas daquela província indonésia.
Estes financiamentos, no total de 1,5 milhões de euros, "correspondem às orientações da política de cooperação (portuguesa) em que, pela primeira vez, a Indonésia surge como um dos beneficiários do apoio português ao desenvolvimento devido às suas relevantes ligações históricas com Portugal", acentua o comunicado da embaixada.
O protocolo foi assinado pelo embaixador José Santos Braga e pelo presidente da Associação de Amizade e Cooperação Indonésia-Portugal (APKIP), Urip Santoso.
"A ajuda governamental portuguesa irá beneficiar populações costeiras em zonas que desde o princípio do século XVI estiveram em contacto com portugueses e onde ainda são visíveis restos de fortalezas, estatuária religiosa, armas antigas, além de muitos outros vestígios imateriais como tradições civis e religiosas, música e palavras e expressões de origem portuguesa", lê-se no comunicado.
Igualmente proveniente do Instituto Português de Apoio a Desenvolvimento (IPAD), está a ser aplicada uma verba em duas escolas e num centro de saúde em Lamno, onde residem sobreviventes dos chamados "portugueses" de Aceh, e ainda a projectos no domínio do saneamento básico e da higiene de que estão a beneficiar escolas daquela província indonésia.
Estes financiamentos, no total de 1,5 milhões de euros, "correspondem às orientações da política de cooperação (portuguesa) em que, pela primeira vez, a Indonésia surge como um dos beneficiários do apoio português ao desenvolvimento devido às suas relevantes ligações históricas com Portugal", acentua o comunicado da embaixada.
"Nino" Vieira inicia segunda-feira visita oficial ao Brasil
O presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo "Nino" Vieira, inicia segunda-feira uma visita oficial de três dias ao Brasil com o objectivo de reforçar a cooperação entre os dois países. Segundo fonte diplomática, a visita "terá como objectivo lançar bases para uma parceria estratégica entre a Guiné-Bissau e o Brasil".
Durante a estada no Brasil, "Nino" Vieira terá um encontro com o seu hómologo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que terá como principal objectivo lançar a parceria estratégica entre os dois países e assinar acordos de cooperação nas áreas da saúde, nomeadamente apoio a um programa de combate e prevenção da malária, economia (através da apoio ao centro de promoção do caju) e agricultura.
Paralelamente a esta visita, o Brasil e a Noruega assinaram hoje um Memorando de Entendimento para apoiar Bissau na área da Administração Pública.
Entre os temas que vão ser discutidos durante a visita oficial de Vieira destaque para a possibilidade de o Brasil apoiar a Guiné-Bissau na inclusão da Comissão de Concessão de Paz das Nações Unidas. A Guiné-Bissau vai também pedir apoio ao Brasil para a realização das próximas eleições legislativas previstas para 2008.
Durante a estada no Brasil, "Nino" Vieira terá um encontro com o seu hómologo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que terá como principal objectivo lançar a parceria estratégica entre os dois países e assinar acordos de cooperação nas áreas da saúde, nomeadamente apoio a um programa de combate e prevenção da malária, economia (através da apoio ao centro de promoção do caju) e agricultura.
Paralelamente a esta visita, o Brasil e a Noruega assinaram hoje um Memorando de Entendimento para apoiar Bissau na área da Administração Pública.
Entre os temas que vão ser discutidos durante a visita oficial de Vieira destaque para a possibilidade de o Brasil apoiar a Guiné-Bissau na inclusão da Comissão de Concessão de Paz das Nações Unidas. A Guiné-Bissau vai também pedir apoio ao Brasil para a realização das próximas eleições legislativas previstas para 2008.
Portugal não aproveita imigrantes qualificados
Apesar de um em cada cinco imigrantes que se fixa em Portugal ter um curso superior, apenas um em cada 26 (4%) consegue um emprego compatível com as suas qualificações.
A conclusão pertence a um estudo do Observatório da Imigração.
Segundo este mesmo trabalho, o problema tanto afecta os estrangeiros que imigraram para trabalhar como os que vieram estudar e que por cá ficaram, surgindo os trabalhadores da Europa de Leste e os estudantes dos PALOP como os grupos mais afectados.
Os autores do estudo estimam existir cerca de 30 mil oriundos da Europa de Leste com habilitações superiores e que fazem trabalhos desqualificados mas que lhes garantem um ordenado que não teriam em funções qualificadas nos países de origem.
A conclusão pertence a um estudo do Observatório da Imigração.
Segundo este mesmo trabalho, o problema tanto afecta os estrangeiros que imigraram para trabalhar como os que vieram estudar e que por cá ficaram, surgindo os trabalhadores da Europa de Leste e os estudantes dos PALOP como os grupos mais afectados.
Os autores do estudo estimam existir cerca de 30 mil oriundos da Europa de Leste com habilitações superiores e que fazem trabalhos desqualificados mas que lhes garantem um ordenado que não teriam em funções qualificadas nos países de origem.
Reorganização, comunidades e língua são prioridades do MNE para 2008
O ministro dos Negócios Estrangeiros explicou que, finda a presidência portuguesa (a 31 de Dezembro próximo), Portugal vai tentar manter e reforçar a grande visibilidade política que a presidência implicou, designadamente ao nível dos fóruns multilaterais.
Nesse contexto, e já que Portugal vai presidir à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em 2008, à Ibero-Americana em 2009 e à Cimeira da NATO prevista para 2010, Lisboa tenciona continuar a aproveitar para promover a sua candidatura ao Conselho de Segurança da ONU para o biénio 2011-2012.
Nesse contexto, e já que Portugal vai presidir à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em 2008, à Ibero-Americana em 2009 e à Cimeira da NATO prevista para 2010, Lisboa tenciona continuar a aproveitar para promover a sua candidatura ao Conselho de Segurança da ONU para o biénio 2011-2012.
segunda-feira, novembro 12, 2007
Formação luso-britânica vence Oxford e Cambridge
A equipa mista de Yolle de 8, com atletas da Associação Naval de Lisboa (ANL) e da London Rowing Club, bateu pela primeira vez as formações de Oxford e Cambridge, ontem, na Lisboa Classic Regatta.
Num dia histórico para o remo nacional, a festa foi feita junto à Torre de Belém perante uma extensa moldura humana que vibrou com o feito alcançado. Na comemoração dos remadores do mais antigo clube da Península Ibérica entraram também os britânicos do London Rowing Club, com quem os atletas portugueses formaram uma equipa que se revelou imbatível. Vasco Soeiro, um dos mais experientes remadores da equipa da ANL, explicou que começaram "bem e estivemos sempre na frente da prova". Rees Ward, um neozelandês do London Rowing Club, foi ainda mais efusivo na sua avaliação desta vitória. "Vencer Oxford e Cambridge foi um sonho tornado realidade. A equipa mista resultou muito bem", garantiu.
Num dia histórico para o remo nacional, a festa foi feita junto à Torre de Belém perante uma extensa moldura humana que vibrou com o feito alcançado. Na comemoração dos remadores do mais antigo clube da Península Ibérica entraram também os britânicos do London Rowing Club, com quem os atletas portugueses formaram uma equipa que se revelou imbatível. Vasco Soeiro, um dos mais experientes remadores da equipa da ANL, explicou que começaram "bem e estivemos sempre na frente da prova". Rees Ward, um neozelandês do London Rowing Club, foi ainda mais efusivo na sua avaliação desta vitória. "Vencer Oxford e Cambridge foi um sonho tornado realidade. A equipa mista resultou muito bem", garantiu.
Português obrigatório no Uruguai
A Língua Portuguesa vai ser disciplina obrigatória no Uruguai já a partir do próximo ano lectivo.
Até agora ensinado com o estatuto de matéria extracurricular, o português passará a integrar o currículo do 6º ano de escolaridade uruguaio.
A mudança, segundo Luísa Bastos de Almeida, embaixadora portuguesa em Montevideo, reconhece a importância do idioma no país, presente no dia-a-dia de milhares de crianças.
Até agora ensinado com o estatuto de matéria extracurricular, o português passará a integrar o currículo do 6º ano de escolaridade uruguaio.
A mudança, segundo Luísa Bastos de Almeida, embaixadora portuguesa em Montevideo, reconhece a importância do idioma no país, presente no dia-a-dia de milhares de crianças.
Rússia: Acordeonista português vence Troféus do Mundo
O acordeonista português João Barados venceu o primeiro prémio no Concurso Mundial de Acordeonistas "Troféus do Mundo", noticiou a agência Regnum.
O concurso, que se realizou na cidade russa de Samara, situada nas margens do rio Volga, terminou com a entrega de prémios na Casa dos Oficiais.
O troféu foi conseguido pelo músico português na classe de "Júnior Variedades".
Outro acordeonista luso, Valente Marlon, ficou em terceiro lugar na mesma categoria.
Os portugueses venceram os troféus num concurso em que participaram os melhores acordeonistas de oito países: Rússia, Nova Zelândia, França, Croácia, Suíça, Portugual, Sérvia e Bósnia-Herzegovina.
O concurso, que se realizou na cidade russa de Samara, situada nas margens do rio Volga, terminou com a entrega de prémios na Casa dos Oficiais.
O troféu foi conseguido pelo músico português na classe de "Júnior Variedades".
Outro acordeonista luso, Valente Marlon, ficou em terceiro lugar na mesma categoria.
Os portugueses venceram os troféus num concurso em que participaram os melhores acordeonistas de oito países: Rússia, Nova Zelândia, França, Croácia, Suíça, Portugual, Sérvia e Bósnia-Herzegovina.
Venezuela: Instituto Português cria prémio IPC/Daniel Morais
O Instituto Português de Cultura anunciou no domingo a criação do prémio IPC/Daniel Morais, com o qual pretendem homenagear o fundador daquele organismo e distinguir o melhor estudante de Língua portuguesa na Venezuela.
O professor João da Costa Lopes, do IPC, explicou que o prémio será entregue pela primeira vez em Novembro de 2008 e consiste numa viagem a Portugal e uma semana em Lisboa.
Adiantou que podem candidatar-se todos os alunos universitários com idade superior a 15 anos, estudantes da Escola de Idiomas Modernos da Universidade Central da Venezuela, que tenham frequentado aulas de Língua Portuguesa ao longo de 2007 e 2008.
A criação do prémio procura homenagear Daniel Morais, fundador e presidente do Instituto Português de Cultura, que faleceu em Agosto último, devido a problemas cardíacos.
Natural de Almada, onde nasceu em 1924, Morais, era um apaixonado pela cidade de Lisboa.
O professor João da Costa Lopes, do IPC, explicou que o prémio será entregue pela primeira vez em Novembro de 2008 e consiste numa viagem a Portugal e uma semana em Lisboa.
Adiantou que podem candidatar-se todos os alunos universitários com idade superior a 15 anos, estudantes da Escola de Idiomas Modernos da Universidade Central da Venezuela, que tenham frequentado aulas de Língua Portuguesa ao longo de 2007 e 2008.
A criação do prémio procura homenagear Daniel Morais, fundador e presidente do Instituto Português de Cultura, que faleceu em Agosto último, devido a problemas cardíacos.
Natural de Almada, onde nasceu em 1924, Morais, era um apaixonado pela cidade de Lisboa.
sexta-feira, novembro 09, 2007
Chile: Cavaco elogia reformas profundas em "portunhol'!!
No último dia de visita oficial ao Chile, Aníbal Cavaco Silva resolveu fazer elogios às reformas que têm sido empreendidas em Portugal em vários sectores. Após um pequeno-almoço empresarial luso-chileno na sede de uma associação em Santiago do Chile, o Presidente da República sustentou que "os portugueses são os pioneiros da globalização, por isso aceitam as exigências da globalização. Isso implica a realização de profundas reformas no nosso País. Na economia é o que está a ser feito actualmente". Depois disto, o Presidente disse mesmo que estão a ser feitas "inovaciones", ou inovações, "muito fortes". Esta foi a estreia do PR no uso do "portunhol", no dia a seguir a ter dito, com graça, a seguir ao encontro com Michelle Bachelet, Presidente chilena, que não iria recorrer na ocasião àquela forma de linguagem.
Nos encontros mais oficiais preferiu sempre falar sempre em português, só transigindo para dizer sempre "cumbre", em vez de cimeira. Embalado, no encontro empresarial da Sofofa, a tal associação chilena, Cavaco Silva disse que "a estrutura da economia portuguesa está a "cambiar" muito rapidamente. Segundo o Presidente, "são os 'coches', com a grande fábrica Ford/Volkswagen, uma das mais modernas da Europa, instalada em Portugal".
É tão triste a minha aldeia...
Nos encontros mais oficiais preferiu sempre falar sempre em português, só transigindo para dizer sempre "cumbre", em vez de cimeira. Embalado, no encontro empresarial da Sofofa, a tal associação chilena, Cavaco Silva disse que "a estrutura da economia portuguesa está a "cambiar" muito rapidamente. Segundo o Presidente, "são os 'coches', com a grande fábrica Ford/Volkswagen, uma das mais modernas da Europa, instalada em Portugal".
É tão triste a minha aldeia...
quarta-feira, novembro 07, 2007
EUA/Eleições: Paulo Nogueira reeleito em Waterbury
O vereador (alderman) democrata Paulo Nogueira foi reeleito na terça-feira na cidade de Waterbury, estado de Connecticut.
Os nove candidatos apresentados pelo Partido Democrata (PD) foram todos eleitos ou reeleitos, mas na terça-feira não estavam ainda apurados os números definitivos.
Às 15 vagas apresentaram-se 27 candidatos, equitativamente distribuídos pelos democratas, republicanos e independentes.
Paulo Nogueira, de 45 anos, faz parte do conselho municipal desta cidade de 107.000 habitantes desde Agosto de 2002, onde entrou por nomeação, mas nas eleições de 2003 e 2005 ganhou direito ao lugar por voto dos eleitores que na terça-feira voltaram a garantir-lhe mais dois anos de mandato. "O nosso maior problema é o dos impostos prediais, que estão em 54 dólares por cada 1.000 dólares do valor do prédio" - disse na terça-feira Paulo Nogueira, lembrando que a administração de maioria democrata tem despendido enormes esforços para ultrapassar a situação herdada em 2001 do mayor Phil Giordano, que acabou por ser condenado a 37 anos de cadeia.
Paulo Nogueira é natural do Porto, de onde emigrou ainda criança para Waterbury, cidade onde reside e onde é proprietário de uma agência de viagens e serviços.
Os nove candidatos apresentados pelo Partido Democrata (PD) foram todos eleitos ou reeleitos, mas na terça-feira não estavam ainda apurados os números definitivos.
Às 15 vagas apresentaram-se 27 candidatos, equitativamente distribuídos pelos democratas, republicanos e independentes.
Paulo Nogueira, de 45 anos, faz parte do conselho municipal desta cidade de 107.000 habitantes desde Agosto de 2002, onde entrou por nomeação, mas nas eleições de 2003 e 2005 ganhou direito ao lugar por voto dos eleitores que na terça-feira voltaram a garantir-lhe mais dois anos de mandato. "O nosso maior problema é o dos impostos prediais, que estão em 54 dólares por cada 1.000 dólares do valor do prédio" - disse na terça-feira Paulo Nogueira, lembrando que a administração de maioria democrata tem despendido enormes esforços para ultrapassar a situação herdada em 2001 do mayor Phil Giordano, que acabou por ser condenado a 37 anos de cadeia.
Paulo Nogueira é natural do Porto, de onde emigrou ainda criança para Waterbury, cidade onde reside e onde é proprietário de uma agência de viagens e serviços.
EUA/Eleições: José Silva reeleito vereador em East Newark
José Silva, vereador luso-americano do pequeno município de East Newark, foi reeleito na terça-feira com 144 votos numas eleições marcadas por elevada abstenção.
East Newark é uma pequenina vila de 2.377 habitantes situada em frente a Newark, na margem esquerda do Rio Passaic e encravada entre Harrison e Kearny.
José Silva concorreu pelo Partido Democrata e não tinha oponente.
O Conselho Municipal de East Newark é constituído por seis vereadores com mandatos de 3 anos. O mayor é eleito para um mandato de 4 anos.
East Newark é uma pequenina vila de 2.377 habitantes situada em frente a Newark, na margem esquerda do Rio Passaic e encravada entre Harrison e Kearny.
José Silva concorreu pelo Partido Democrata e não tinha oponente.
O Conselho Municipal de East Newark é constituído por seis vereadores com mandatos de 3 anos. O mayor é eleito para um mandato de 4 anos.
EUA: Helena Abrantes perdeu eleição para "mayor" em Danbury
A luso-americana democrata Helena Abrantes perdeu na terça-feira por elevada margem as eleições para a presidência do município de Danbury no estado de Connecticut.
O mayor republicano Mark Boughton celebrou na noite de terça-feira a vitória quando foram conhecidos os resultados provisórios que lhe davam 8.140 votos e 4.241 à candidata luso-americana e democrata.
Danbury é uma cidade do estado de Connecticut com 75.000 habitantes dos quais 4.056 são de origem portuguesa, segundo o Censo de 2000.
O projecto político de Abrantes para chefiar o executivo camarário de Danbury surgiu depois de ampla experiência autárquica.
Abrantes, que é natural de Ílhavo e mãe de dois filhos, exerceu já as funções de vereadora do Bairro 2 entre 1996-2001, tendo neste ultimo ano concorrido e vencido as eleições para secretária da Câmara Municipal. Enquanto foi vereadora e enquanto secretária da câmara, a comunidade luso-americana gozou de ampla representação na gestão municipal, onde também foram vereadores os luso-americanos Valdemiro Machado, natural de Valpaços e eleito pela primeira vez em 1993; Manuel Furtado, natural dos Açores e eleito em 1999 e ainda David Furtado que entrou no conselho municipal no ano 2000.
As eleições de Novembro de 2003 foram, contudo, consideradas o "massacre luso-americano", com a subida ao poder dos republicanos, tendo perdido as funções todos os 4 luso-americanos eleitos por voto popular.
As eleições de terça-feira foram dominadas também pelo tema da imigração ilegal que o mayor titular e candidato republicano à reeleição Mark Boughton, transformou num dos cavalos de batalha da sua administração, granjeando o apoio dos eleitores mais velhos, por tradição os mais assíduos às urnas. Os candidatos democratas têm um posicionamento menos hostil à imigração ilegal, mas essa fatia dos residentes não é eleitora. A cidade de Danbury tem vindo a ser o destino de milhares de brasileiros, equatorianos e de outros países sul-americanos, o que levou o mayor Boughton a tentar transformar a polícia local em agentes de imigração em 2005, o que rejeitado pelo comissário estatal de segurança. Boughton conseguiu atrair para a sua causa contra a imigração ilegal acentuando que tal população, sem pagar impostos, causava pressões dispendiosas no sistema escolar, na habitação e no tráfego automóvel, designadamente com inúmeros condutores sem seguro.
O mayor republicano Mark Boughton celebrou na noite de terça-feira a vitória quando foram conhecidos os resultados provisórios que lhe davam 8.140 votos e 4.241 à candidata luso-americana e democrata.
Danbury é uma cidade do estado de Connecticut com 75.000 habitantes dos quais 4.056 são de origem portuguesa, segundo o Censo de 2000.
O projecto político de Abrantes para chefiar o executivo camarário de Danbury surgiu depois de ampla experiência autárquica.
Abrantes, que é natural de Ílhavo e mãe de dois filhos, exerceu já as funções de vereadora do Bairro 2 entre 1996-2001, tendo neste ultimo ano concorrido e vencido as eleições para secretária da Câmara Municipal. Enquanto foi vereadora e enquanto secretária da câmara, a comunidade luso-americana gozou de ampla representação na gestão municipal, onde também foram vereadores os luso-americanos Valdemiro Machado, natural de Valpaços e eleito pela primeira vez em 1993; Manuel Furtado, natural dos Açores e eleito em 1999 e ainda David Furtado que entrou no conselho municipal no ano 2000.
As eleições de Novembro de 2003 foram, contudo, consideradas o "massacre luso-americano", com a subida ao poder dos republicanos, tendo perdido as funções todos os 4 luso-americanos eleitos por voto popular.
As eleições de terça-feira foram dominadas também pelo tema da imigração ilegal que o mayor titular e candidato republicano à reeleição Mark Boughton, transformou num dos cavalos de batalha da sua administração, granjeando o apoio dos eleitores mais velhos, por tradição os mais assíduos às urnas. Os candidatos democratas têm um posicionamento menos hostil à imigração ilegal, mas essa fatia dos residentes não é eleitora. A cidade de Danbury tem vindo a ser o destino de milhares de brasileiros, equatorianos e de outros países sul-americanos, o que levou o mayor Boughton a tentar transformar a polícia local em agentes de imigração em 2005, o que rejeitado pelo comissário estatal de segurança. Boughton conseguiu atrair para a sua causa contra a imigração ilegal acentuando que tal população, sem pagar impostos, causava pressões dispendiosas no sistema escolar, na habitação e no tráfego automóvel, designadamente com inúmeros condutores sem seguro.
Eleições/EUA: Alberto Coutinho na legislatura de New Jersey
O luso-americano e candidato democrata Alberto Coutinho e a sua companheira da lista democrata Grace Spencer conquistaram na terça-feira os dois lugares do Distrito 29 na Assembleia Legislativa de New Jersey.
O Distrito 29 de New Jersey inclui quase toda a cidade de Newark e todo o vizinho município de Hillside. Os candidatos, líderes do Partido Democrático (PD) e eleitores começaram a celebrar a vitória quando eram conhecidos os resultados em 102 dos 116 locais de voto e que já davam a Coutinho 9.298 votos e a Spencer 9.863, situando-se os outros 4 candidatos na casa das poucas centenas.
Alberto Coutinho tomará posse das suas funções em 8 de Janeiro numa cerimónia na capital do estado, Trenton, durante a qual serão empossados todos os 120 membros da Assembleia Legislativa e os 40 membros do Senado estatal. Esta é a segunda vez que Alberto Coutinho, de 38 anos, se sentará na Assembleia Legislativa do Estado de New Jersey, onde em 1997 foi o primeiro luso-americano a entrar, mas por nomeação.
Em Maio de 1997, e na sequência da resignação do legislador Jackie Mattison, do Distrito 29, o PD nomeou Alberto Coutinho para concluir o mandato do legislador demissionário, o que o manteve em Trenton entre Maio de 1997 e Janeiro de 1998.
Com a eleição de terça-feira, Coutinho será, agora, o segundo luso-americano naquela câmara legislativa do estado de New Jersey.
Desde 2004, Joe Vas é o único luso-americano na Assembleia, para a qual voltou a ser terça-feira reeleito no Distrito 19, que inclui a cidade de Perth Amboy, de que é mayor desde 1990.
Vas, que já visitou Portugal e mantém contactos com a comunidade portuguesa da sua cidade, é filho de um português de Goa que emigrou para os Estados Unidos, mas mantém laços maiores com a comunidade hispana de onde procede a sua mãe.
Ao contrário, Coutinho cresceu e vive entre a comunidade portuguesa e luso-americana de Newark, tendo estado ligado juntamente com a sua família à organização do Dia de Portugal em Newark, anualmente promovido na cidade pela Fundação Bernardino Coutinho, uma fundação que leva o nome do seu pai.
Embora nascido em Newark, Coutinho é filho de Bernardino e Maria Coutinho, um casal natural de Ariz, Marco de Canaveses, de onde emigrou para Newark em 1967, tendo aqui estabelecido pouco depois uma empresa de panificação e pastelaria.
Alberto Coutinho, que concluiu em 1991 o curso de Económicas e Financeiras na New York University, tem estado associado à empresa familiar ao mesmo tempo que mantém diversas funções ligadas ora à vida política ora à vida comunitária e desportiva.
No sector desportivo, Alberto Coutinho pertence à direcção do Ironbound Soccer Club, um clube que mantém em actividade centenas de crianças praticantes de futebol em diversos escalões e ligas. Em 1994, fez parte da comissão organizadora do Campeonato do Mundo de Futebol, que se efectuou nos Estados Unidos, e em 1996 integrou a Comissão Organizadora dos Jogos Olímpicos em Atlanta, Geórgia, na secção de futebol.
Em 2003, o então governador democrata James McGreevey nomeou Alberto Coutinho para o Ethnic Advisory Council, um organismo estatal que funciona como órgão consultivo do governador para os assuntos étnicos.
No corrente ano, o Partido Democrata do Condado de Essex escolheu-o como candidato oficial à nomeação do Partido nas eleições primárias de Junho no Distrito 29, tendo nelas conquistado o direito a ser candidato democrata nas eleições gerais que venceu na terça-feira.
O Distrito 29 de New Jersey inclui quase toda a cidade de Newark e todo o vizinho município de Hillside. Os candidatos, líderes do Partido Democrático (PD) e eleitores começaram a celebrar a vitória quando eram conhecidos os resultados em 102 dos 116 locais de voto e que já davam a Coutinho 9.298 votos e a Spencer 9.863, situando-se os outros 4 candidatos na casa das poucas centenas.
Alberto Coutinho tomará posse das suas funções em 8 de Janeiro numa cerimónia na capital do estado, Trenton, durante a qual serão empossados todos os 120 membros da Assembleia Legislativa e os 40 membros do Senado estatal. Esta é a segunda vez que Alberto Coutinho, de 38 anos, se sentará na Assembleia Legislativa do Estado de New Jersey, onde em 1997 foi o primeiro luso-americano a entrar, mas por nomeação.
Em Maio de 1997, e na sequência da resignação do legislador Jackie Mattison, do Distrito 29, o PD nomeou Alberto Coutinho para concluir o mandato do legislador demissionário, o que o manteve em Trenton entre Maio de 1997 e Janeiro de 1998.
Com a eleição de terça-feira, Coutinho será, agora, o segundo luso-americano naquela câmara legislativa do estado de New Jersey.
Desde 2004, Joe Vas é o único luso-americano na Assembleia, para a qual voltou a ser terça-feira reeleito no Distrito 19, que inclui a cidade de Perth Amboy, de que é mayor desde 1990.
Vas, que já visitou Portugal e mantém contactos com a comunidade portuguesa da sua cidade, é filho de um português de Goa que emigrou para os Estados Unidos, mas mantém laços maiores com a comunidade hispana de onde procede a sua mãe.
Ao contrário, Coutinho cresceu e vive entre a comunidade portuguesa e luso-americana de Newark, tendo estado ligado juntamente com a sua família à organização do Dia de Portugal em Newark, anualmente promovido na cidade pela Fundação Bernardino Coutinho, uma fundação que leva o nome do seu pai.
Embora nascido em Newark, Coutinho é filho de Bernardino e Maria Coutinho, um casal natural de Ariz, Marco de Canaveses, de onde emigrou para Newark em 1967, tendo aqui estabelecido pouco depois uma empresa de panificação e pastelaria.
Alberto Coutinho, que concluiu em 1991 o curso de Económicas e Financeiras na New York University, tem estado associado à empresa familiar ao mesmo tempo que mantém diversas funções ligadas ora à vida política ora à vida comunitária e desportiva.
No sector desportivo, Alberto Coutinho pertence à direcção do Ironbound Soccer Club, um clube que mantém em actividade centenas de crianças praticantes de futebol em diversos escalões e ligas. Em 1994, fez parte da comissão organizadora do Campeonato do Mundo de Futebol, que se efectuou nos Estados Unidos, e em 1996 integrou a Comissão Organizadora dos Jogos Olímpicos em Atlanta, Geórgia, na secção de futebol.
Em 2003, o então governador democrata James McGreevey nomeou Alberto Coutinho para o Ethnic Advisory Council, um organismo estatal que funciona como órgão consultivo do governador para os assuntos étnicos.
No corrente ano, o Partido Democrata do Condado de Essex escolheu-o como candidato oficial à nomeação do Partido nas eleições primárias de Junho no Distrito 29, tendo nelas conquistado o direito a ser candidato democrata nas eleições gerais que venceu na terça-feira.
EUA: Ana Cristina Santos na Direcção Escolar de Windsor
A professora e candidata republicana Ana Cristina Santos foi eleita na terça-feira para a Direcção Escolar (Board of Education) de Windsor, no estado de Connecticut.
Com 2.335 votos, Ana Cristina Santos foi a oitava das 10 candidatas a ocupar uma das 9 vagas neste organismo responsável pela gestão das escolas públicas municipais.
Nos Estados Unidos, a gestão do sistema de escolas elementares e liceais públicas é municipal, sendo a Direcção Escolar de cada município a responsável por todo o sistema desde as instalações à admissão de professores e funcionários administrativos.
As escolas públicas de Windsor têm uma população estudantil de mais de 4.000 estudantes e dispõem de um orçamento próximo dos 60 milhões de dólares (41 milhões de euros).
Ana Cristina Santos, que reside em Windsor, exerceu aqui a actividade docente durante 8 anos, embora presentemente seja professora no vizinho município de Haddan.
Com 28.000 habitantes, Windsor tem 6 escolas públicas para o ensino infantil, elementar e médio e 1 liceu.
Com 2.335 votos, Ana Cristina Santos foi a oitava das 10 candidatas a ocupar uma das 9 vagas neste organismo responsável pela gestão das escolas públicas municipais.
Nos Estados Unidos, a gestão do sistema de escolas elementares e liceais públicas é municipal, sendo a Direcção Escolar de cada município a responsável por todo o sistema desde as instalações à admissão de professores e funcionários administrativos.
As escolas públicas de Windsor têm uma população estudantil de mais de 4.000 estudantes e dispõem de um orçamento próximo dos 60 milhões de dólares (41 milhões de euros).
Ana Cristina Santos, que reside em Windsor, exerceu aqui a actividade docente durante 8 anos, embora presentemente seja professora no vizinho município de Haddan.
Com 28.000 habitantes, Windsor tem 6 escolas públicas para o ensino infantil, elementar e médio e 1 liceu.
terça-feira, novembro 06, 2007
Açores votadas como as segundas melhores ilhas do mundo
As ilhas do arquipélago dos Açores foram eleitas como as segundas melhores do mundo para o turismo, num estudo da revista National Geographic Traveler, publicado na edição de Novembro/Dezembro deste ano.
O mesmo estudo colocou a Madeira na 69ª posição. Os Açores ficaram atrás das ilhas Faroe, na Dinamarca, e logo à frente do arquipélago de Lofoten, na Noruega, das ilhas Shetland, na Escócia e do arquipélago de Chiloé, no Chile.
Ao todo, foram 111 os destinos analisados – arquipélagos ou ilhas únicas –, por 522 peritos em turismo sustentável. A pressão turística exagerada ou, por outro lado, o esforço em encontrar o equilíbrio para não prejudicar a natureza e as populações locais foram os principais pontos analisados pelo artigo Best Rated Islands.
Numa pontuação de 0 a 100, os Açores obtiveram 84 pontos, sendo o arquipélago classificado como, "um sítio maravilhoso. Ambientalmente em boa forma. Os habitantes são muito sofisticados e a maioria já viveu fora". "Distantes e temperados os Açores permanecem levemente turísticos", continua o artigo que define os visitantes como "turistas independentes que ficam em regime de bed & breakfast".
Quanto ao ecossistema, "está em grande forma. As baleias são ainda uma visão comum. A cultura local é forte e vibrante. É comum ser convidado para a casa das pessoas para jantar, ou ser recebido com uma refeição comunal durante um festival".
Quanto à Madeira, que obteve 61 pontos, é apontada como um local a sofrer algumas dificuldades. "Apesar da reputação como um local de turismo de alta qualidade, jardins bonitos e um cenário paradisíaco para passeio, a Madeira tem sofrido com o desenvolvimento de hotéis para massas que se espalham a partir do Funchal", refere o artigo.
As ilhas com pior pontuação, apenas 37 pontos, referidas como "em sérias dificuldades", foram os destinos Ibiza e St. Thomas. A ilha americana é descrita como "uma confusão" e Ibiza "já não é Espanha, ou mesmo balear, é uma colónia da Europa e, às vezes, parece britânica apenas".
O mesmo estudo colocou a Madeira na 69ª posição. Os Açores ficaram atrás das ilhas Faroe, na Dinamarca, e logo à frente do arquipélago de Lofoten, na Noruega, das ilhas Shetland, na Escócia e do arquipélago de Chiloé, no Chile.
Ao todo, foram 111 os destinos analisados – arquipélagos ou ilhas únicas –, por 522 peritos em turismo sustentável. A pressão turística exagerada ou, por outro lado, o esforço em encontrar o equilíbrio para não prejudicar a natureza e as populações locais foram os principais pontos analisados pelo artigo Best Rated Islands.
Numa pontuação de 0 a 100, os Açores obtiveram 84 pontos, sendo o arquipélago classificado como, "um sítio maravilhoso. Ambientalmente em boa forma. Os habitantes são muito sofisticados e a maioria já viveu fora". "Distantes e temperados os Açores permanecem levemente turísticos", continua o artigo que define os visitantes como "turistas independentes que ficam em regime de bed & breakfast".
Quanto ao ecossistema, "está em grande forma. As baleias são ainda uma visão comum. A cultura local é forte e vibrante. É comum ser convidado para a casa das pessoas para jantar, ou ser recebido com uma refeição comunal durante um festival".
Quanto à Madeira, que obteve 61 pontos, é apontada como um local a sofrer algumas dificuldades. "Apesar da reputação como um local de turismo de alta qualidade, jardins bonitos e um cenário paradisíaco para passeio, a Madeira tem sofrido com o desenvolvimento de hotéis para massas que se espalham a partir do Funchal", refere o artigo.
As ilhas com pior pontuação, apenas 37 pontos, referidas como "em sérias dificuldades", foram os destinos Ibiza e St. Thomas. A ilha americana é descrita como "uma confusão" e Ibiza "já não é Espanha, ou mesmo balear, é uma colónia da Europa e, às vezes, parece britânica apenas".
UE e Magrebe Árabe querem retomar diálogo directo
O presidente em exercício do Conselho de Ministros da União Europeia, Luís Amado, congratulou-se hoje com "a vontade política expressa" pela UE e pela União do Magrebe Árabe (UMA) de retomar o "diálogo directo" entre ambos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português falava numa conferência de imprensa no final de uma reunião entre a troika da UE - que incluiu a Comissária para as Relações Externas, Benita Ferrero-Waldner, e o Alto Representante para a Política Externa, Javier Solana - e os ministros dos Negócios Estrangeiros da União do Magrebe Árabe (UMA - Argélia, Tunísia, Líbia, Marrocos e Mauritânia).
"Não se realizava um encontro com este formato desde 1991", lembrou Luís Amado.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português falava numa conferência de imprensa no final de uma reunião entre a troika da UE - que incluiu a Comissária para as Relações Externas, Benita Ferrero-Waldner, e o Alto Representante para a Política Externa, Javier Solana - e os ministros dos Negócios Estrangeiros da União do Magrebe Árabe (UMA - Argélia, Tunísia, Líbia, Marrocos e Mauritânia).
"Não se realizava um encontro com este formato desde 1991", lembrou Luís Amado.
Governo marroquino repudia visita de rei Juan Carlos a Ceuta e Melilla
“Espanha deve compreender que o tempo do colonialismo acabou”. Foi com estas palavras que o primeiro-ministro marroquino criticou a visita do rei Juan Carlos aos enclaves espanhóis de Ceuta e Melilla, reclamados por Rabat.
“Ceuta e Melilla fazem parte integrante do território nacional e a sua recuperação far-se-á através de negociações directas como aconteceu com [as cidades de] Tarfaya, Sidi Ifni e com o [deserto do] Sara marroquino”, declarou Abbas el-Fassi, líder do partido nacionalista Istiqlal. Esta deslocação, acrescentou, “constitui uma provocação aos sentimentos do povo marroquino e não modificará em nada a pertença histórica e geográfica das duas cidades a Marrocos”, conclui El-Fassi.O rei Juan Carlos visita, pela primeira vez desde que assumiu o trono espanhol, as duas cidades autónomas, encravadas na costa marroquina. À chegada a Ceuta, onde o esperavam dezenas de milhares de pessoas, o monarca não comentou a polémica, dizendo apenas que vinha saldar uma dívida que tinha com a cidade. A maioria dos que acorreram a acolher os reis eram, segundo as agências internacionais, espanhóis de confissão católica que constituem pouco mais de metade dos 75 mil habitantes da cidade portuária, que Madrid manteve sob a sua tutela mesmo depois de reconhecer a independência de Marrocos, em 1956. A deslocação foi repudiada pelas autoridades marroquinas, tendo o rei Muhammad VI convocado o embaixador em Madrid para consultas – um gesto diplomático que expressa forte desagrado pela acção das autoridades do país onde o diplomata está destacado. Esta tarde, milhares de marroquinos juntaram-se em protesto em Bab Sebta, nos arredores de Ceuta, em protesto contra a visita de Juan Carlos, enquanto perto de uma centena se manifestaram junto ao consulado espanhol em Casablanca.
“Ceuta e Melilla fazem parte integrante do território nacional e a sua recuperação far-se-á através de negociações directas como aconteceu com [as cidades de] Tarfaya, Sidi Ifni e com o [deserto do] Sara marroquino”, declarou Abbas el-Fassi, líder do partido nacionalista Istiqlal. Esta deslocação, acrescentou, “constitui uma provocação aos sentimentos do povo marroquino e não modificará em nada a pertença histórica e geográfica das duas cidades a Marrocos”, conclui El-Fassi.O rei Juan Carlos visita, pela primeira vez desde que assumiu o trono espanhol, as duas cidades autónomas, encravadas na costa marroquina. À chegada a Ceuta, onde o esperavam dezenas de milhares de pessoas, o monarca não comentou a polémica, dizendo apenas que vinha saldar uma dívida que tinha com a cidade. A maioria dos que acorreram a acolher os reis eram, segundo as agências internacionais, espanhóis de confissão católica que constituem pouco mais de metade dos 75 mil habitantes da cidade portuária, que Madrid manteve sob a sua tutela mesmo depois de reconhecer a independência de Marrocos, em 1956. A deslocação foi repudiada pelas autoridades marroquinas, tendo o rei Muhammad VI convocado o embaixador em Madrid para consultas – um gesto diplomático que expressa forte desagrado pela acção das autoridades do país onde o diplomata está destacado. Esta tarde, milhares de marroquinos juntaram-se em protesto em Bab Sebta, nos arredores de Ceuta, em protesto contra a visita de Juan Carlos, enquanto perto de uma centena se manifestaram junto ao consulado espanhol em Casablanca.
Portugal continua a divergir da União Europeia (UE) em matéria de riqueza produzida
É o que se pode concluir do relatório de competitividade e preços ontem divulgado, o qual refere que a economia da UE registou, no ano passado, os melhores resultados desde 2000. O produto interno bruto (PIB) cresceu 3%, enquanto a produtividade (que corresponde à variação do PIB por trabalhador) aumentou 1,5%, contra uma média de 1,2% registada ao longo do período 2000-2005.
Em Portugal, a economia teve um desempenho bem mais modesto, destacando-se mesmo como o País onde o PIB per capita menos cresceu (apenas 0,9%). Como a produtividade resulta do rácio entre a riqueza produzida e o número de trabalhadores, não se podem esperar grandes resultados de uma fraca variação do PIB. Assim, a produtividade em Portugal cresceu apenas 0,5% (um terço da média europeia), o que corresponde à segunda variação mais baixa, logo depois de Itália. Em termos de emprego, as boas notícias para a economia europeia não são, uma vez mais, repartidas com Portugal. É que enquanto o emprego cresceu 1,6% na UE (contra 0,5% entre 2000 e 2005), em Portugal aumentou apenas 0,7%. Falando sobre a economia europeia, o vice-presidente da Comissão, Günter Verheugen disse que estes "muito encorajadores" resultados "mostram que as reformas introduzidas no âmbito da Estratégia de Lisboa sobre o crescimento e o emprego começam a dar os seus frutos". Apesar disso, o comissário lembrou que é preciso reforçar a aposta na investigação e desenvolvimento, sobretudo no sector privado.
Em Portugal, a economia teve um desempenho bem mais modesto, destacando-se mesmo como o País onde o PIB per capita menos cresceu (apenas 0,9%). Como a produtividade resulta do rácio entre a riqueza produzida e o número de trabalhadores, não se podem esperar grandes resultados de uma fraca variação do PIB. Assim, a produtividade em Portugal cresceu apenas 0,5% (um terço da média europeia), o que corresponde à segunda variação mais baixa, logo depois de Itália. Em termos de emprego, as boas notícias para a economia europeia não são, uma vez mais, repartidas com Portugal. É que enquanto o emprego cresceu 1,6% na UE (contra 0,5% entre 2000 e 2005), em Portugal aumentou apenas 0,7%. Falando sobre a economia europeia, o vice-presidente da Comissão, Günter Verheugen disse que estes "muito encorajadores" resultados "mostram que as reformas introduzidas no âmbito da Estratégia de Lisboa sobre o crescimento e o emprego começam a dar os seus frutos". Apesar disso, o comissário lembrou que é preciso reforçar a aposta na investigação e desenvolvimento, sobretudo no sector privado.
Portucel investirá 1 000 milhões na América Latina
A Semapa assume que a Portucel tem capacidade para investir mais de dois mil milhões de euros a médio prazo, em Portugal e no estrangeiro, metade desse valor na América Latina, de acordo com declarações do patrão da holding.
Pedro Queiroz Pereira, que concentra interesses nos sectores industriais da pasta e papel (Portucel) e dos cimentos (Secil), esclarece que este montante acima de mil milhões de euros de capacidade financeira de investimento a curto e médio prazos se junta aos cerca de 900 milhões de euros que o grupo, através da Portucel, vai aplicar nos próximos anos. Estes investimentos incluem não só a aquisição da nova máquina de papel para Setúbal (550 milhões de euros), mas também no reforço e na modernização de capacidade das outras unidades industriais da empresa, em Cacia e na Figueira da Foz.
Desse montante previsível de investimento, PQP está a estudar quatro hipóteses de abertura da frente internacional da Portucel. As negociações estão "mais avançadas no Uruguai e no Brasil, mas ainda nada está concretizado", assegura o dono da Semapa.
Além do Uruguai e do Brasil, a Portucel está ainda a estudar possibilidades de investimento em Angola e em Moçambique.
Pedro Queiroz Pereira, que concentra interesses nos sectores industriais da pasta e papel (Portucel) e dos cimentos (Secil), esclarece que este montante acima de mil milhões de euros de capacidade financeira de investimento a curto e médio prazos se junta aos cerca de 900 milhões de euros que o grupo, através da Portucel, vai aplicar nos próximos anos. Estes investimentos incluem não só a aquisição da nova máquina de papel para Setúbal (550 milhões de euros), mas também no reforço e na modernização de capacidade das outras unidades industriais da empresa, em Cacia e na Figueira da Foz.
Desse montante previsível de investimento, PQP está a estudar quatro hipóteses de abertura da frente internacional da Portucel. As negociações estão "mais avançadas no Uruguai e no Brasil, mas ainda nada está concretizado", assegura o dono da Semapa.
Além do Uruguai e do Brasil, a Portucel está ainda a estudar possibilidades de investimento em Angola e em Moçambique.
Portugueses no Governo do Ontário dão visibilidade à comunidade
A nomeação de dois luso-canadianos para o novo governo do Ontário "dará maior visibilidade à comunidade no Canadá e a Portugal", comentou hoje, o embaixador João Pedro da Silveira Carvalho. O primeiro-ministro do Ontário, Dalton McGuinty, anunciou o novo governo provincial que integra os luso-canadianos Peter Fonseca como ministro do Turismo e Charles Sousa como adjunto do ministro do Governo e Serviços ao Consumidor.
"Este é mais um importante passo na participação cívica e política da comunidade portuguesa neste país", declarou o embaixador de Portugal no Canadá.
O novo governo do Ontário foi formado na sequência das eleições legislativas realizadas na província a 10 de Outubro, tendo McGuinty, do Partido Liberal (PL), conseguido nova maioria parlamentar para o seu segundo mandato consecutivo à frente do executivo provincial. O novo ministro do Turismo, Peter Fonseca, é um luso-canadiano nascido em Lisboa, membro do PL, que renovou mandato como deputado provincial no círculo eleitoral de Mississauga Este-Cooksville. Por sua vez, Charles Sousa, também do PL, foi eleito pela primeira vez para o parlamento do Ontário, estreando-se agora no executivo como adjunto parlamentar do ministro do Governo e Serviços ao Consumidor. No passado recente, existiu já um luso-canadiano, Carl DeFaria, do Partido Conservador, que foi ministro no Ontário com a pasta da Cidadania com a responsabilidade pelos Idosos de 2002 a 2003. DeFaria, membro do Parlamento por Mississauga Este-Cooksville, foi derrotado nas legislativas de 2003 por Peter Fonseca. O sistema eleitoral canadiano é uninomimal, ou seja, apenas é eleito um deputado por cada círculo (o que tiver mais votos). No Canadá, os membros dos Governo são sempre deputados nos Parlamentos respectivos.
"Este é mais um importante passo na participação cívica e política da comunidade portuguesa neste país", declarou o embaixador de Portugal no Canadá.
O novo governo do Ontário foi formado na sequência das eleições legislativas realizadas na província a 10 de Outubro, tendo McGuinty, do Partido Liberal (PL), conseguido nova maioria parlamentar para o seu segundo mandato consecutivo à frente do executivo provincial. O novo ministro do Turismo, Peter Fonseca, é um luso-canadiano nascido em Lisboa, membro do PL, que renovou mandato como deputado provincial no círculo eleitoral de Mississauga Este-Cooksville. Por sua vez, Charles Sousa, também do PL, foi eleito pela primeira vez para o parlamento do Ontário, estreando-se agora no executivo como adjunto parlamentar do ministro do Governo e Serviços ao Consumidor. No passado recente, existiu já um luso-canadiano, Carl DeFaria, do Partido Conservador, que foi ministro no Ontário com a pasta da Cidadania com a responsabilidade pelos Idosos de 2002 a 2003. DeFaria, membro do Parlamento por Mississauga Este-Cooksville, foi derrotado nas legislativas de 2003 por Peter Fonseca. O sistema eleitoral canadiano é uninomimal, ou seja, apenas é eleito um deputado por cada círculo (o que tiver mais votos). No Canadá, os membros dos Governo são sempre deputados nos Parlamentos respectivos.
segunda-feira, novembro 05, 2007
Cavaco leva 30 empresários à economia mais atractiva da América Latina
30 empresários portugueses de topo acompanham Cavaco Silva na sua visita oficial ao Chile, a economia mais atractiva da América Latina, de acordo com o Ranking de Negócios do The Economist Intelligence Unit (EIU).
Segundo esta fonte, a nível mundial, o Chile é o 20º país mais atractivo para fazer negócio e para investir nos próximos 5 anos, à frente de países como a China e a Índia, assumindo a liderança neste segmento quando são apenas considerados os países da América Latina. Os dados fazem parte de um dossier compilado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e que serviu para seleccionar as empresas que integrariam a comitiva empresarial que acompanha Cavaco Silva ao Chile, numa visita oficial que arranca terça-feira. "Existem oportunidades de negócio muito fortes e há uma necessidade de incrementar a presença portuguesa no Chile", assumiu fonte de Belém, lembrando que Cavaco Silva levou também uma comitiva empresarial à última Cimeira Iberoamericana, no Uruguai. Brisa, Critical Software, CTT, EDP, GALP Energia, Grupo Amorim, EFACEC, Pestana, Millenium BCP, Mota-Engil, OGMA ou Somague são apenas alguns dos nomes sonantes representados nesta comitiva, que leva na bagagem mais de 30 contactos previamente acertados com empresas chilenas. Para além das reuniões bilaterais, grande parte dos empresários portugueses irá participar no III Encontro Empresarial Iberoamericano, que decorre em Santiago do Chile, quarta e quinta-feira, à margem da Cimeira Iberoamericana de chefes de Estado e de Governo. Além disso, o Presidente da República promove, na quinta-feira, um pequeno-almoço empresarial luso-chileno, onde fará uma intervenção. "Um enorme potencial" é como a Presidência da República descreve as oportunidades de negócio no Chile, o segundo maior cliente de Portugal na América Latina, logo a seguir ao Brasil. Lembrando que o Chile possui acordos de comércio livre com os Estados Unidos e os países do Mercosul, Belém realça a importância estratégica da economia chilena como porta de entrada no continente americano. Madeira e cortiça, máquinas e aparelhos e metais comuns representam mais de 80 por cento das exportações nacionais para o Chile, enquanto os produtos agrícolas dominam as importações. Num país com 16,4 milhões de habitantes, uma inflação em 2006 de 3,4 por cento e uma taxa de desemprego de 8 por cento, o AICEP identifica as principais oportunidades de investimento do Chile nas áreas da maquinaria, tecnologias de informação e telecomunicações e sector vinícola. O turismo é outro dos mercados com potencial de crescimento, já que, apesar de em 2006 menos de 10.000 chilenos terem visitado Portugal, mais de cem mil por ano visitam a Europa, tendo como porta de entrada preferencial a capital da vizinha Espanha, Madrid.
Segundo esta fonte, a nível mundial, o Chile é o 20º país mais atractivo para fazer negócio e para investir nos próximos 5 anos, à frente de países como a China e a Índia, assumindo a liderança neste segmento quando são apenas considerados os países da América Latina. Os dados fazem parte de um dossier compilado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e que serviu para seleccionar as empresas que integrariam a comitiva empresarial que acompanha Cavaco Silva ao Chile, numa visita oficial que arranca terça-feira. "Existem oportunidades de negócio muito fortes e há uma necessidade de incrementar a presença portuguesa no Chile", assumiu fonte de Belém, lembrando que Cavaco Silva levou também uma comitiva empresarial à última Cimeira Iberoamericana, no Uruguai. Brisa, Critical Software, CTT, EDP, GALP Energia, Grupo Amorim, EFACEC, Pestana, Millenium BCP, Mota-Engil, OGMA ou Somague são apenas alguns dos nomes sonantes representados nesta comitiva, que leva na bagagem mais de 30 contactos previamente acertados com empresas chilenas. Para além das reuniões bilaterais, grande parte dos empresários portugueses irá participar no III Encontro Empresarial Iberoamericano, que decorre em Santiago do Chile, quarta e quinta-feira, à margem da Cimeira Iberoamericana de chefes de Estado e de Governo. Além disso, o Presidente da República promove, na quinta-feira, um pequeno-almoço empresarial luso-chileno, onde fará uma intervenção. "Um enorme potencial" é como a Presidência da República descreve as oportunidades de negócio no Chile, o segundo maior cliente de Portugal na América Latina, logo a seguir ao Brasil. Lembrando que o Chile possui acordos de comércio livre com os Estados Unidos e os países do Mercosul, Belém realça a importância estratégica da economia chilena como porta de entrada no continente americano. Madeira e cortiça, máquinas e aparelhos e metais comuns representam mais de 80 por cento das exportações nacionais para o Chile, enquanto os produtos agrícolas dominam as importações. Num país com 16,4 milhões de habitantes, uma inflação em 2006 de 3,4 por cento e uma taxa de desemprego de 8 por cento, o AICEP identifica as principais oportunidades de investimento do Chile nas áreas da maquinaria, tecnologias de informação e telecomunicações e sector vinícola. O turismo é outro dos mercados com potencial de crescimento, já que, apesar de em 2006 menos de 10.000 chilenos terem visitado Portugal, mais de cem mil por ano visitam a Europa, tendo como porta de entrada preferencial a capital da vizinha Espanha, Madrid.
Efacec fornece central nuclear norte-americana
A Efacec, o maior grupo electromecânico português, inicia hoje o projecto de instalação de uma unidade industrial de transformadores na Geórgia, Estados Unidos. Luís Filipe Pereira, CEO da electromecânica, assina o contrato de investimento com o governador local, com vista à construção da fábrica em Effingham, num investimento de 80 milhões de euros, que deverá estar operacional no segundo semestre de 2009. A unidade fabril irá criar 400 postos de trabalho. Esta decisão estratégica do grupo deve-se ao crescente volume de encomendas obtidas no mercado norte-americano que tem sido gerido através da unidade fabril da Arroteia. Apesar da fábrica portuguesa ter capacidade de resposta, as dificuldades de transporte e os custos associados são um entrave à exportação para os EUA. Transportar um transformador entre a unidade portuguesa e o porto de Leixões, que dista a menos de 10 quilómetros, demora quase sete horas. A esta longa manobra soma-se uma logística complexa e dispendiosa, com a obrigatoriedade da obtenção de licenças especiais de transporte. E, não de somenos importância, o custo para um transformador atravessar o Atlântico atinge os 200 mil euros. A maior dificuldade da empresa “é a desvalorização do dólar face ao euro. Os custos da Efacec na produção de equipamentos são em euros, o que leva a uma considerável perda de competitividade no preço de venda quando convertido em dólares”. Tendo na carteira de clientes as principais “utilities” norte-americanas (empresas tipo EDP), a electromecânica precisava de encontrar uma resposta adequada. A Efacec, detida pelos grupos José de Mello e Têxtil Manuel Gonçalves, tomou então uma decisão estratégica: uma investida industrial nos EUA. Investida essa que irá servir empresas como a Nevada Power Company, Florida Power & Light, Texas Utilities, Pacific Gás & Electric, Southern Company, entre outras. Mas a presença da Efacec nos EUA ganhou outra dimensão neste fim de ano. O CEO concluiu, no passado mês, a compra da ACS-Advanced Control System, empresa norte-americana da área da engenharia, instalada em Atlanta. Com esta compra, que implicou um investimento de 14,1 milhões de euros, complementa a área de automação e controlo para o sector da energia, podendo explorar um mercado com mais de 200 empresas de produção de electricidade. Estes investimentos nos EUA devem-se a uma reorganização da estratégia do grupo, desenhada até 2012, e que prevê atingir até esse ano um volume de negócios superior a 1000 milhões , 70% do qual obtido nos mercados externos. Para isso, a Efacec seleccionou 6 geografias prioritárias de acção: Espanha; Roménia (que engloba Bulgária, República Checa, Eslováquia e Hungria); Brasil (Argentina e Chile); África Austral (África do Sul, Angola e Moçambique); Magreb; e EUA. O grupo facturou 370 milhões de euros no ano passado e obteve lucros de 17,1 milhões.
Vinho é produto de investimento sem risco e com retorno elevado
O vinho é um produto de investimento, a par de outras alternativas financeiras, com a vantagem dos riscos serem mínimos e de oferecer um retorno calculado em 50%. A Vino Invest especialista em aconselhamento em investimentos vitivinícolas está a dar os primeiros passos no mercado português, onde espera atingir 200 clientes/investidores em apenas cinco anos. Paulo Martins, director da Vino Invest, com sede em Londres, espera que Portugal "seja um sucesso". O vinho de alta qualidade é apresentado pela empresa de consultoria como um produto de investimento inovador e inexistente em Portugal, com "um risco mínimo" e com "um crescimento anual superior a 20%".
Na sua brochura, esta empresa explica que a procura mundial dos melhores vinhos e a consequente subida dos seus preços torna este mercado muito atractivo, "possibilitando ao investidor a criação de riqueza e o aumento do seu registo de activos de uma forma segura, mesmo que surjam recessões económicas".
Cerca de 90% da carteira de produtos da Vino Invest é originária da região francesa de Bordéus, onde a produção é limitada, onde actua como agente e encontra vinhos para os seus clientes, através de fornecedores. Além disso, aconselha, dá informação acerca do mercado e dos próprios vinhos, sendo depois intermediário na transacção, além de transportar e inspeccionar o produto, que depois é armazenado pela Octavian, no Sul de Inglaterra, através da abertura de uma conta privada. Os vinhos têm de ter alta qualidade, ser produzido em baixas quantidades, mas as suficientes para ter um mercado internacional, e ter uma vida longa, "de 30 anos ou mais", diz Paulo Martins.
Na sua brochura, esta empresa explica que a procura mundial dos melhores vinhos e a consequente subida dos seus preços torna este mercado muito atractivo, "possibilitando ao investidor a criação de riqueza e o aumento do seu registo de activos de uma forma segura, mesmo que surjam recessões económicas".
Cerca de 90% da carteira de produtos da Vino Invest é originária da região francesa de Bordéus, onde a produção é limitada, onde actua como agente e encontra vinhos para os seus clientes, através de fornecedores. Além disso, aconselha, dá informação acerca do mercado e dos próprios vinhos, sendo depois intermediário na transacção, além de transportar e inspeccionar o produto, que depois é armazenado pela Octavian, no Sul de Inglaterra, através da abertura de uma conta privada. Os vinhos têm de ter alta qualidade, ser produzido em baixas quantidades, mas as suficientes para ter um mercado internacional, e ter uma vida longa, "de 30 anos ou mais", diz Paulo Martins.
domingo, novembro 04, 2007
Reis de Espanha deslocam-se a Ceuta e Melilla!
A mais recente ameaça de Ayman al-Zawahiri, número dois da Al-Qaeda, transforma a controversa deslocação dos Reis de Espanha, a partir de amanhã, a Ceuta e Melilla, enclaves no Norte de África, numa viagem de alto risco.
Criticadas pelo Governo marroquino, que não deixa passar a oportunidade de fustigar a "provocação", as autoridades espanholas tentam minimizar a crise aberta entre os dois países e declaram-se surpreendidos com a dureza da reacção de Rabat. O caso pode, porém, adquirir outras proporções com a ameaça de Al-Zawahiri. Numa gravação, o número dois de Bin Laden declarou guerra aos seus aliados americano, francês e espanhol."Ó nação do Islão no Magrebe, a da resistência e da Jihad (guerra santa): eis que os teus filhos se unem sob a bandeira do islão e da Jihade, contra os EUA, a França e a Espanha."
Acresce que a visita dos Reis de Espanha ocorre exactamente 32 anos depois da "Marcha Verde", a ofensiva pacífica lançada por Hassan II contra a administração colonial espanhola para recuperar o território do Sara. A braços com uma grave crise de poder (Franco estava moribundo e morreria duas semanas depois), Madrid negoceia à pressa a saída, deixando para trás um território disputado pela Frente Polisario (apoiada pela Argélia). É também por essa coincidência que os jornais marroquinos clamam contra a "provocação". A crise azedou quando o Governo de Marrocos decidiu chamar a Rabat o seu embaixador em Madrid, em sinal de protesto contra esta "visita lamentável", ao mesmo tempo que organizações próximas do poder começavam a organizar manifestações contra o Rei Juan Carlos.
Aparentemente indiferentes à crise diplomática, os responsáveis pela administração de Ceuta e Melilla continuam os preparativos do que desejam que seja "uma visita memorável", embora por motivos diferentes dos que a imprensa tem noticiado. Nas ruas de Ceuta vêem-se já as primeiras bandeiras espanholas e os proprietários das casas próximas do Ayuntamiento estão a cobrar 600 euros pelo direito a ocupar um lugar na varanda para ver Juan Carlos e Sofia na Praça de África. Haverá feriado e os alunos não terão aulas para que participem na recepção e acompanhem a visita, a primeira de um rei espanhol em 80 anos.
Criticadas pelo Governo marroquino, que não deixa passar a oportunidade de fustigar a "provocação", as autoridades espanholas tentam minimizar a crise aberta entre os dois países e declaram-se surpreendidos com a dureza da reacção de Rabat. O caso pode, porém, adquirir outras proporções com a ameaça de Al-Zawahiri. Numa gravação, o número dois de Bin Laden declarou guerra aos seus aliados americano, francês e espanhol."Ó nação do Islão no Magrebe, a da resistência e da Jihad (guerra santa): eis que os teus filhos se unem sob a bandeira do islão e da Jihade, contra os EUA, a França e a Espanha."
Acresce que a visita dos Reis de Espanha ocorre exactamente 32 anos depois da "Marcha Verde", a ofensiva pacífica lançada por Hassan II contra a administração colonial espanhola para recuperar o território do Sara. A braços com uma grave crise de poder (Franco estava moribundo e morreria duas semanas depois), Madrid negoceia à pressa a saída, deixando para trás um território disputado pela Frente Polisario (apoiada pela Argélia). É também por essa coincidência que os jornais marroquinos clamam contra a "provocação". A crise azedou quando o Governo de Marrocos decidiu chamar a Rabat o seu embaixador em Madrid, em sinal de protesto contra esta "visita lamentável", ao mesmo tempo que organizações próximas do poder começavam a organizar manifestações contra o Rei Juan Carlos.
Aparentemente indiferentes à crise diplomática, os responsáveis pela administração de Ceuta e Melilla continuam os preparativos do que desejam que seja "uma visita memorável", embora por motivos diferentes dos que a imprensa tem noticiado. Nas ruas de Ceuta vêem-se já as primeiras bandeiras espanholas e os proprietários das casas próximas do Ayuntamiento estão a cobrar 600 euros pelo direito a ocupar um lugar na varanda para ver Juan Carlos e Sofia na Praça de África. Haverá feriado e os alunos não terão aulas para que participem na recepção e acompanhem a visita, a primeira de um rei espanhol em 80 anos.
quinta-feira, novembro 01, 2007
Batalhas à mesa ganhamos nós
Com a devida vénia:
"Um cronista inglês, Tony Parsons, do Daily Mirror, dirigiu-se ao embaixador português, assim: "Feche a sua estúpida boca de comedor de sardinhas." Frase de bom gosto. Tudo o que seja com sardinha é nacional, é bom. De escabeche, gratinada, em ensopado, de alhada ou albardada. Já para não falar em assada na brasa. Eu ensinaria ao Tony como atingir esse divinal prato, não fosse tão complicado para quem nasceu na pátria que tem por excelência gastronómica o chá. Isto é, o saber ferver água. Não, não amesquinho a gastronomia inglesa. Estou-lhe grato. Terá havido alguma razão para os ingleses terem inventado o turismo - e essa foi, sem dúvida, fugir à comida local. Com a fuga em massa ao cornish pastri e outros pudins de carne ganhou a nossa balança de pagamentos. Estou grato, repito. Aconselho o Tony a atacar-nos, da próxima vez, por um flanco fraco. Pela boca é que não. Nessa matéria, qualquer assador de sardinhas de Setúbal vale dez Shakespeares."
Ferreira Fernandes in DN
"Um cronista inglês, Tony Parsons, do Daily Mirror, dirigiu-se ao embaixador português, assim: "Feche a sua estúpida boca de comedor de sardinhas." Frase de bom gosto. Tudo o que seja com sardinha é nacional, é bom. De escabeche, gratinada, em ensopado, de alhada ou albardada. Já para não falar em assada na brasa. Eu ensinaria ao Tony como atingir esse divinal prato, não fosse tão complicado para quem nasceu na pátria que tem por excelência gastronómica o chá. Isto é, o saber ferver água. Não, não amesquinho a gastronomia inglesa. Estou-lhe grato. Terá havido alguma razão para os ingleses terem inventado o turismo - e essa foi, sem dúvida, fugir à comida local. Com a fuga em massa ao cornish pastri e outros pudins de carne ganhou a nossa balança de pagamentos. Estou grato, repito. Aconselho o Tony a atacar-nos, da próxima vez, por um flanco fraco. Pela boca é que não. Nessa matéria, qualquer assador de sardinhas de Setúbal vale dez Shakespeares."
Ferreira Fernandes in DN
Cimeira Ibero-Americana no Chile
O Presidente da República parte na terça-feira para uma visita oficial de dois dias ao Chile, onde depois ficará mais dois dias para participar nos trabalhos da Cimeira Ibero-Americana. Uma visita que tem como objectivo central "desenvolver a relação bilateral com o Chile", sublinhou a Presidência da República. O convite para ir ao Chile em visita oficial surgiu no ano passado, quando Cavaco participou na Cimeira Ibero-Americana no Uruguai.
Na altura, Michelle Bachelet, a presidente chilena, disse a Cavaco Silva que Portugal não fazia ideia da reputação e boa imagem de que goza no Chile. Portugal foi mesmo o primeiro País a reconhecer a independência do Chile, em 1821 - apesar do "grito do Ipiranga" só ter ocorrido no Brasil a 7 de Setembro de 1822.
Nos dias 6 e 7, durante a visita oficial ao Chile, Cavaco Silva vai dialogar com uma chefe de Estado que domina o português fluentemente e que sabe, até, cantar algumas passagens da "Grândola, vila morena". Nesta visita, para além da vertente cultural (que inclui uma visita à casa-museu de Pablo Neruda em Isla Negra), Cavaco Silva faz-se acompanhar por cerca de 30 empresários, incluindo Filipe Pinhal (Millennium bcp), Henrique Granadeiro (PT), Diogo Vaz Guedes (Somague), Ferreira de Oliveira (Galp), Vasco de Mello (Brisa), entre outros.
"O Chile é uma democracia que funciona e uma das mais perfeitas da América Latina", sublinhou ontem fonte da Presidência, lembrando que serão abordadas questões como a segurança social ou os problemas de transição para uma economia desenvolvida, mas o espaço para os empresários formarem parcerias é total. O Chile é uma plataforma interessante, por ter "instituições democráticas estáveis, uma economia aberta, consolidada e credível", diz a mesma fonte. O Chile é o segundo maior "cliente" de Portugal na América Latina, a seguir ao Brasil. O crescimento das exportações para aquele país foi de mais de 20% nos últimos anos.
Na altura, Michelle Bachelet, a presidente chilena, disse a Cavaco Silva que Portugal não fazia ideia da reputação e boa imagem de que goza no Chile. Portugal foi mesmo o primeiro País a reconhecer a independência do Chile, em 1821 - apesar do "grito do Ipiranga" só ter ocorrido no Brasil a 7 de Setembro de 1822.
Nos dias 6 e 7, durante a visita oficial ao Chile, Cavaco Silva vai dialogar com uma chefe de Estado que domina o português fluentemente e que sabe, até, cantar algumas passagens da "Grândola, vila morena". Nesta visita, para além da vertente cultural (que inclui uma visita à casa-museu de Pablo Neruda em Isla Negra), Cavaco Silva faz-se acompanhar por cerca de 30 empresários, incluindo Filipe Pinhal (Millennium bcp), Henrique Granadeiro (PT), Diogo Vaz Guedes (Somague), Ferreira de Oliveira (Galp), Vasco de Mello (Brisa), entre outros.
"O Chile é uma democracia que funciona e uma das mais perfeitas da América Latina", sublinhou ontem fonte da Presidência, lembrando que serão abordadas questões como a segurança social ou os problemas de transição para uma economia desenvolvida, mas o espaço para os empresários formarem parcerias é total. O Chile é uma plataforma interessante, por ter "instituições democráticas estáveis, uma economia aberta, consolidada e credível", diz a mesma fonte. O Chile é o segundo maior "cliente" de Portugal na América Latina, a seguir ao Brasil. O crescimento das exportações para aquele país foi de mais de 20% nos últimos anos.
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