Em Portugal a vida activa dura até mais tarde e a idade média de saída do mercado de trabalho é aos 63,1 anos, ao passo que em Espanha é aos 62,4 anos e na UE-25 aos 60,9, indicam estatísticas evidenciando diferenças e semelhanças entre os dois países da Península Ibérica. Em 2006, a percentagem de população com emprego em part-time era semelhante em Portugal e Espanha, mas distante dos valores dos países do norte da Europa. Neste mesmo ano, havia mais espanholas desempregadas do que portuguesas, mas havia mais homens desempregados em Portugal do que em Espanha.
Todo o norte de Espanha apresentou, em 2004, um rendimento disponível bruto das famílias per capita mais acentuado do que o resto da Península Ibérica o mesmo sucedeu com o PIB per capita.
Em 2006 o PIB per capita espanhol era próximo do da UE27 e o de Portugal ligeiramente em desvantagem. Entre 2005 e 2006, Espanha aproximou-se do custo de vida da Bélgica (país que corresponde à base 100).
Em 2005 era mais barato viver em Lisboa do que em Madrid para algumas classes de despesa.
O estudo "A Península Ibérica em Números 2007" (4ª edição) é publicado pelos organismos públicos de estatística dos dois países reunindo os principais indicadores de caracterização dos dois países ibéricos, inserindo-os no espaço mais vasto da UE.
quinta-feira, dezembro 20, 2007
Brasil: Câmara dos Deputados cria subcomisão para a CPLP
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados criou hoje uma subcomissão parlamentar para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A proposta foi do deputado José Fernando de Oliveira, do Partido Verde (PV), de Minas Gerais, que foi eleito presidente da subcomissão.
"A criação da submissão visa forçar um interesse maior do Brasil em relação à CPLP. Queremos colocar a CPLP na agenda do Congresso brasileiro e fortalecer a comunidade dentro do país", disse o parlamentar.
O deputado Oliveira admitiu que o Brasil dá à CPLP uma "importância ainda pequena se comparada aos outros países membros" - Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
"Queremos reverter esse quadro e pretendemos também impulsionar o Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), que foi o berço da CPLP", assegurou Oliveira.
A sessão de constituição da subcomissão contou com a presença de representantes do Ministério das Relações Exteriores do Brasil e dos embaixadores de Portugal, Francisco Seixas da Costa, de Cabo Verde, Daniel Pereira e de Angola, Leovigildo da Costa e Silva.
O embaixador português evocou a figura do idealizador da CPLP, José Aparecido de Oliveira, que morreu a 19 de Outubro último, aos 78 anos de idade.
A proposta foi do deputado José Fernando de Oliveira, do Partido Verde (PV), de Minas Gerais, que foi eleito presidente da subcomissão.
"A criação da submissão visa forçar um interesse maior do Brasil em relação à CPLP. Queremos colocar a CPLP na agenda do Congresso brasileiro e fortalecer a comunidade dentro do país", disse o parlamentar.
O deputado Oliveira admitiu que o Brasil dá à CPLP uma "importância ainda pequena se comparada aos outros países membros" - Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
"Queremos reverter esse quadro e pretendemos também impulsionar o Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), que foi o berço da CPLP", assegurou Oliveira.
A sessão de constituição da subcomissão contou com a presença de representantes do Ministério das Relações Exteriores do Brasil e dos embaixadores de Portugal, Francisco Seixas da Costa, de Cabo Verde, Daniel Pereira e de Angola, Leovigildo da Costa e Silva.
O embaixador português evocou a figura do idealizador da CPLP, José Aparecido de Oliveira, que morreu a 19 de Outubro último, aos 78 anos de idade.
quarta-feira, dezembro 19, 2007
97% dos bilhetes da TAP são electrónicos
Cerca de 97% dos bilhetes da TAP já são emitidos como bilhetes electrónicos, revelou hoje o presidente executivo da companhia aérea, que espera passar a vender todos os bilhetes por via electrónica até final do ano. "Esperamos chegar ao final de 2007 com 100% dos bilhetes vendidos por via electrónica", afirmou Fernando Pinto durante um encontro com jornalistas, adiantando que actualmente "97% dos bilhetes vendidos já são emitidos como bilhetes electrónicos".
Deste modo, a companhia de bandeira não terá dificuldade em cumprir a regra de deixar os bilhetes de papel até 31 de Maio de 2008 avançada em Agosto último pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).
Deste modo, a companhia de bandeira não terá dificuldade em cumprir a regra de deixar os bilhetes de papel até 31 de Maio de 2008 avançada em Agosto último pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).
TAP é 3ª maior exportadora portuguesa, com vendas de 1.100 M€
A TAP é a terceira empresa com sede em Portugal a nível de exportações, afirmou hoje o presidente-executivo da companhia aérea, adiantando que em 2007 as vendas feitas fora do país totalizaram 1,1 mil milhões de euros. "Hoje, somos a terceira empresa com sede em Portugal que mais exporta", afirmou Fernando Pinto.
As vendas da TAP atingiram 1,8 mil milhões de euros no ano passado, das quais 1,1 mil milhões foram feitas fora de Portugal, afirmou o presidente-executivo da TAP, adiantando que em 2007 a companhia de bandeira registou um crescimento de 16% na África, 11% na Europa e 8,5% no Brasil.
Pinto disse que apesar dos mercados serem muito protegidos em África, uma das ambições da companhia aérea é «crescer mais em Angola», escusando-se a adiantar potenciais novos destinos.
As vendas da TAP atingiram 1,8 mil milhões de euros no ano passado, das quais 1,1 mil milhões foram feitas fora de Portugal, afirmou o presidente-executivo da TAP, adiantando que em 2007 a companhia de bandeira registou um crescimento de 16% na África, 11% na Europa e 8,5% no Brasil.
Pinto disse que apesar dos mercados serem muito protegidos em África, uma das ambições da companhia aérea é «crescer mais em Angola», escusando-se a adiantar potenciais novos destinos.
Livro de espanhol afirma que tempura tem origem portuguesa
A tempura, um prato com peixe e vegetais fritos envoltos em massa, não tem origem japonesa, como muitos julgam, mas portuguesa, assinala o autor espanhol Ramón Nuñez no seu livro "Un científico en la cocina" ("Um Cientista na Cozinha"), publicado pela editora Planeta.
Próxima dos peixinhos da horta (feitos com feijões verdes cozidos envoltos em massa), a fritura terá sido, segundo um artigo da Wikipédia, "introduzida no Japão por missionários portugueses durante o século XVI" e a origem da palavra "derivará, provavelmente, do verbo português temperar".
O livro espanhol combina os prazeres gastronómicos com os aspectos históricos e científicos de muitos alimentos e procura desmontar alguns mitos.
Próxima dos peixinhos da horta (feitos com feijões verdes cozidos envoltos em massa), a fritura terá sido, segundo um artigo da Wikipédia, "introduzida no Japão por missionários portugueses durante o século XVI" e a origem da palavra "derivará, provavelmente, do verbo português temperar".
O livro espanhol combina os prazeres gastronómicos com os aspectos históricos e científicos de muitos alimentos e procura desmontar alguns mitos.
A imigrante do ano é romena, engenheira, contabilista e ex-empregada de limpeza
Em Almancil, onde reside Elisabeta Necker, vivem 600 romenos. A contabilista fundou uma associação para que as crianças possam aprender o que é a Roménia.
No Verão passado, Elisabeta, 32 anos, romena, foi passar férias a Timisoara, a sua cidade natal. No regresso descobriu aquilo de que já desconfiava: "Quando voltei para Almancil, senti-me em casa", confessou ao PÚBLICO. Almancil, no Algarve, foi o local onde "aterrou" em 2000 para experimentar o mesmo que muitos outros imigrantes - um trabalho abaixo das suas qualificações. Ontem, Dia Internacional dos Migrantes, foi distinguida, na Fundação Gulbenkian, com o Prémio Empreendedor Imigrante do Ano, promovido pela Plataforma Imigração.
Em sete anos, a vida de Elisabeta deu uma volta, mas a profissão para a qual inicialmente se preparou parece ter ficado irremediavelmente para trás. Licenciou-se em Engenharia Electrotécnica no mesmo ano em que casou, 1999. Era uma jovem mulher com "um curso masculino" e sem perspectivas de emprego na Roménia: "Decidi tentar a sorte noutro sítio".
Escolheu Portugal, mais concretamente Almancil, porque tinha ali um conhecido do pai. Veio com o marido, tentou obter equivalência ao seu curso na Universidade do Algarve. Não conseguiu devido a "incompatibilidades entre algumas cadeiras", segundo lhe disseram. Um mês depois de chegar estava a trabalhar nas obras como empregada de limpeza e "às vezes servente". Na empresa existiam outras duas imigrantes, uma moldava e uma ucraniana. Com a primeira falava romeno, com a segunda apenas comunicava por gestos. Hoje falam entre ambas em português, uma língua que aprenderam juntas, em cursos nocturnos providenciados na delegação do Instituto do Emprego. Há cinco anos deu à luz Diana, uma menina loura, e ficou sem trabalho. O aldeamento turístico onde era empregada de limpeza não lhe renovou o contrato. Foi então que descobriu a contabilidade. Hoje é assistente administrativa de contabilidade numa empresa de residências de luxo. Está efectiva desde Setembro de 2003. A mudança de vida pode também ser medida pela nacionalidade dos estrangeiros que, como ela, têm assento na empresa. Uma é australiana, a outra inglesa. Em Almancil, residem cerca de 600 romenos. O que os atrai? "Vale do Lobo e a Quinta do Lago estão ali, é uma zona que dá trabalho", resume Elisabeta, que no início deste ano fundou uma associação de apoio aos seus conterrâneos. Foi esta iniciativa que ajudou à sua selecção como vencedora do prémio que ontem lhe foi entregue pelo ex-comissário europeu António Vitorino. Com esta associação transformou-se também em professora de Romeno, na escola de domingo, a iniciativa principal da organização. Objectivo: estabelecer uma ponte entre o país de origem e as crianças que já nasceram por cá, como a sua filha Diana, com quem fala ora em romeno, ora em português, ora numa mistura das duas línguas. Elisabeta, escolhida como um "exemplo de integração pró-activa", foi um dos 10 estrangeiros que concorreram ao prémio Empreendedor Imigrante, no valor de 20 mil euros. Uma parte deste montante será despendido numa viagem à neve, talvez à Alemanha, onde reside parte da família do marido, que continua a trabalhar na construção civil, mas o regresso a Almancil é dado como certo: "Agora digo que fico."
No Verão passado, Elisabeta, 32 anos, romena, foi passar férias a Timisoara, a sua cidade natal. No regresso descobriu aquilo de que já desconfiava: "Quando voltei para Almancil, senti-me em casa", confessou ao PÚBLICO. Almancil, no Algarve, foi o local onde "aterrou" em 2000 para experimentar o mesmo que muitos outros imigrantes - um trabalho abaixo das suas qualificações. Ontem, Dia Internacional dos Migrantes, foi distinguida, na Fundação Gulbenkian, com o Prémio Empreendedor Imigrante do Ano, promovido pela Plataforma Imigração.
Em sete anos, a vida de Elisabeta deu uma volta, mas a profissão para a qual inicialmente se preparou parece ter ficado irremediavelmente para trás. Licenciou-se em Engenharia Electrotécnica no mesmo ano em que casou, 1999. Era uma jovem mulher com "um curso masculino" e sem perspectivas de emprego na Roménia: "Decidi tentar a sorte noutro sítio".
Escolheu Portugal, mais concretamente Almancil, porque tinha ali um conhecido do pai. Veio com o marido, tentou obter equivalência ao seu curso na Universidade do Algarve. Não conseguiu devido a "incompatibilidades entre algumas cadeiras", segundo lhe disseram. Um mês depois de chegar estava a trabalhar nas obras como empregada de limpeza e "às vezes servente". Na empresa existiam outras duas imigrantes, uma moldava e uma ucraniana. Com a primeira falava romeno, com a segunda apenas comunicava por gestos. Hoje falam entre ambas em português, uma língua que aprenderam juntas, em cursos nocturnos providenciados na delegação do Instituto do Emprego. Há cinco anos deu à luz Diana, uma menina loura, e ficou sem trabalho. O aldeamento turístico onde era empregada de limpeza não lhe renovou o contrato. Foi então que descobriu a contabilidade. Hoje é assistente administrativa de contabilidade numa empresa de residências de luxo. Está efectiva desde Setembro de 2003. A mudança de vida pode também ser medida pela nacionalidade dos estrangeiros que, como ela, têm assento na empresa. Uma é australiana, a outra inglesa. Em Almancil, residem cerca de 600 romenos. O que os atrai? "Vale do Lobo e a Quinta do Lago estão ali, é uma zona que dá trabalho", resume Elisabeta, que no início deste ano fundou uma associação de apoio aos seus conterrâneos. Foi esta iniciativa que ajudou à sua selecção como vencedora do prémio que ontem lhe foi entregue pelo ex-comissário europeu António Vitorino. Com esta associação transformou-se também em professora de Romeno, na escola de domingo, a iniciativa principal da organização. Objectivo: estabelecer uma ponte entre o país de origem e as crianças que já nasceram por cá, como a sua filha Diana, com quem fala ora em romeno, ora em português, ora numa mistura das duas línguas. Elisabeta, escolhida como um "exemplo de integração pró-activa", foi um dos 10 estrangeiros que concorreram ao prémio Empreendedor Imigrante, no valor de 20 mil euros. Uma parte deste montante será despendido numa viagem à neve, talvez à Alemanha, onde reside parte da família do marido, que continua a trabalhar na construção civil, mas o regresso a Almancil é dado como certo: "Agora digo que fico."
terça-feira, dezembro 18, 2007
Instituto Camões e ISCTE estudam valor económico do português
O Instituto Camões (IC) está a elaborar, em parceria com o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) um estudo para determinar o valor económico da língua portuguesa, anunciou hoje a presidente do IC.
“Estamos a elaborar um estudo com o ISCTE que terá a duração de dois anos. No primeiro, pretendemos determinar o valor económico da língua portuguesa, e no segundo o seu peso económico”, disse Simonetta Luz Afonso (SLA) à margem do colóquio “Políticas e Práticas de Ensino de Português para as Comunidades Portuguesas”, que decorre em Lisboa.
De acordo com a responsável, este estudo surgiu na sequência da necessidade de se “quantificar o valor económico da língua portuguesa, que se sabe que existe”. “Recebemos muita informação dos leitorados nas universidades estrangeiras que nos permite perceber que há uma procura crescente pelo português, onde tradicionalmente não se ensina língua portuguesa”, afirmou a presidente do IC. De acordo com SLA, o ensino da língua portuguesa está a ser muito procurado em cursos como Economia, Direito, Arquitectura, Engenharia, Jornalismo, Medicina, entre outros.
“Essa procura fez-nos pensar que tem a ver com o interesse que a língua portuguesa tem para as novas oportunidades de trabalho e pela procura de novos mercados, porque quem vende tem de falar a língua de quem compra”, afirmou. “A língua portuguesa é uma língua que permite trabalhar e negociar fora da Europa e a União Europeia tem de olhar para as línguas de dois pontos de vista: as que têm mais falantes e as que permitem trabalhar fora da Europa”, defendeu a responsável. Nesse sentido, SLA sublinhou que o português “não é apenas a língua de 10 milhões habitantes que vivem na Europa”, mas de mais de 200 milhões em todo o mundo.
Relativamente ao Ensino de Português no Estrangeiro (EPE), que vai passar para a tutela do IC durante 2008, SLA adiantou que vai precisar de “um ano para inserir o ensino básico e secundário a partir do momento em que receber os ‘dossiers’ e o orçamento do EPE”. “Vamos também pensar o que vamos fazer em cada um dos países. Cada universidade onde estamos tem a sua política própria e com o ensino básico e secundário é a mesma coisa. Cada país tem as suas regras”, afirmou.
“Estamos a elaborar um estudo com o ISCTE que terá a duração de dois anos. No primeiro, pretendemos determinar o valor económico da língua portuguesa, e no segundo o seu peso económico”, disse Simonetta Luz Afonso (SLA) à margem do colóquio “Políticas e Práticas de Ensino de Português para as Comunidades Portuguesas”, que decorre em Lisboa.
De acordo com a responsável, este estudo surgiu na sequência da necessidade de se “quantificar o valor económico da língua portuguesa, que se sabe que existe”. “Recebemos muita informação dos leitorados nas universidades estrangeiras que nos permite perceber que há uma procura crescente pelo português, onde tradicionalmente não se ensina língua portuguesa”, afirmou a presidente do IC. De acordo com SLA, o ensino da língua portuguesa está a ser muito procurado em cursos como Economia, Direito, Arquitectura, Engenharia, Jornalismo, Medicina, entre outros.
“Essa procura fez-nos pensar que tem a ver com o interesse que a língua portuguesa tem para as novas oportunidades de trabalho e pela procura de novos mercados, porque quem vende tem de falar a língua de quem compra”, afirmou. “A língua portuguesa é uma língua que permite trabalhar e negociar fora da Europa e a União Europeia tem de olhar para as línguas de dois pontos de vista: as que têm mais falantes e as que permitem trabalhar fora da Europa”, defendeu a responsável. Nesse sentido, SLA sublinhou que o português “não é apenas a língua de 10 milhões habitantes que vivem na Europa”, mas de mais de 200 milhões em todo o mundo.
Relativamente ao Ensino de Português no Estrangeiro (EPE), que vai passar para a tutela do IC durante 2008, SLA adiantou que vai precisar de “um ano para inserir o ensino básico e secundário a partir do momento em que receber os ‘dossiers’ e o orçamento do EPE”. “Vamos também pensar o que vamos fazer em cada um dos países. Cada universidade onde estamos tem a sua política própria e com o ensino básico e secundário é a mesma coisa. Cada país tem as suas regras”, afirmou.
Portugal vai colaborar para que televisões portuguesas possam transmitir na Galiza
O Governo português segue "com interesse" a possibilidade das televisões portuguesas passarem a transmitir para a Galiza, tendo o ministro dos Assuntos Parlamentares garantido hoje que irá colaborar no desenvolvimento do projecto.
"No âmbito das minhas competências e no respeito das normas legais aplicáveis, colaborarei nesse desenvolvimento", assegurou o ministro que tutela a pasta da Comunicação Social.
Admitindo que o processo é tecnicamente complexo, Zapatero afirmara estar a estudar a possibilidade de conseguir a transmissão de televisões portuguesas na Galiza.
As garantias de Zapatero foram dadas no parlamento em Madrid.
O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Carlos Lage, considerou "interessante" a ideia de transmissão das televisões portuguesas na Galiza, tendo afirmado que vai analisar o assunto com o governo galego.
"No âmbito das minhas competências e no respeito das normas legais aplicáveis, colaborarei nesse desenvolvimento", assegurou o ministro que tutela a pasta da Comunicação Social.
Admitindo que o processo é tecnicamente complexo, Zapatero afirmara estar a estudar a possibilidade de conseguir a transmissão de televisões portuguesas na Galiza.
As garantias de Zapatero foram dadas no parlamento em Madrid.
O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Carlos Lage, considerou "interessante" a ideia de transmissão das televisões portuguesas na Galiza, tendo afirmado que vai analisar o assunto com o governo galego.
Álbum de Marina Tavares Dias mostra foto rara do Rei D. Carlos
Uma fotografia do Rei D. Carlos a rir é uma das raridades incluídas num álbum biográfico do monarca, de autoria de Maria Tavares Dias (MTD), que se afirma fascinada pela sua personalidade.
"Esta é a única foto que conheço onde o Rei está a rir e mostra os dentes, surgindo de uma forma muito informal. Há também outra, na parada de Cascais, mas está muito ao longe", disse a investigadora. A fotografia, "um instantâneo" de Joshua Benoliel, foi tirada na Tapada da Ajuda, em Lisboa, durante um torneio de florete. D. Carlos é acompanhado do irmão, o infante D. Afonso, que enverga uma farda militar.
"D. Carlos surge de maneira muito simples e informal. Traja um casaco sem bandas, colete de gola e um chapéu de abas, chamado na altura à republicana", explicou MTD.
"O Rei nem esconde a dedeira na mão direita, que protege o ferimento no dedo queimado pelo calor do charuto que fumava. Era o Rei na época que mais fumava", realçou. A investigadora afirmou que, do estudo feito sobre a vida do monarca que reinou de 1889 a 1908, quando foi assassinado em Lisboa, "nasceu um fascínio pela personagem régia".
"D. Carlos foi um chefe de Estado esclarecido e brilhante que colocou Portugal na Europa. Graças à sua acção diplomática Portugal manteve as colónias, o que foi muito importante no contexto da época", explicou.
Para a investigadora resta "intrigante" o facto de como "um Rei experiente e competente em termos políticos, foi tão crédulo em certas coisas". Estudiosa da correspondência régia dos reinados de D.ª Maria II e D. Pedro V, respectivamente avó e tio de D. Carlos, MTD salientou "a perspectiva de futuro" do Rei, que "procurou tapar buracos abertos por políticos incompetentes".
A viagem que o Príncipe D. Luís Filipe fez às colónias em 1907, de que no álbum se reproduz a primeira página do jornal "O Benguella" (Sul de Angola), é um exemplo.
"Foi a primeira vez que um membro da realeza visitou as colónias, desde a fuga da Família Real para o Brasil em 1807. Uma viagem instigada aliás pela Rainha D.ª Amélia", acrescentou.
"O príncipe herdeiro foi recebido entusiasticamente em todas as localidades coloniais que visitou, de Cabo Verde a Moçambique, passando por S. Tomé ou Angola", disse.
Além de várias fotografias do Rei, o álbum editado pela Quimera Editores, inclui imagens de outros membros da família real e de Eduardo VII de Inglaterra ou Afonso XIII de Espanha. A maioria das fotografias reproduzidas no álbum é do arquivo da autora.
Marina Tavares Dias tornou-se conhecida como olissipógrafa com obras como "Photografias de Lisboa 1900" (1989), "Os melhores postais de Lisboa" (1989) e a célebre colecção "Lisboa desaparecida" que logo em 1987 lhe valeu o Prémio Júlio Castilho.
"Esta é a única foto que conheço onde o Rei está a rir e mostra os dentes, surgindo de uma forma muito informal. Há também outra, na parada de Cascais, mas está muito ao longe", disse a investigadora. A fotografia, "um instantâneo" de Joshua Benoliel, foi tirada na Tapada da Ajuda, em Lisboa, durante um torneio de florete. D. Carlos é acompanhado do irmão, o infante D. Afonso, que enverga uma farda militar.
"D. Carlos surge de maneira muito simples e informal. Traja um casaco sem bandas, colete de gola e um chapéu de abas, chamado na altura à republicana", explicou MTD.
"O Rei nem esconde a dedeira na mão direita, que protege o ferimento no dedo queimado pelo calor do charuto que fumava. Era o Rei na época que mais fumava", realçou. A investigadora afirmou que, do estudo feito sobre a vida do monarca que reinou de 1889 a 1908, quando foi assassinado em Lisboa, "nasceu um fascínio pela personagem régia".
"D. Carlos foi um chefe de Estado esclarecido e brilhante que colocou Portugal na Europa. Graças à sua acção diplomática Portugal manteve as colónias, o que foi muito importante no contexto da época", explicou.
Para a investigadora resta "intrigante" o facto de como "um Rei experiente e competente em termos políticos, foi tão crédulo em certas coisas". Estudiosa da correspondência régia dos reinados de D.ª Maria II e D. Pedro V, respectivamente avó e tio de D. Carlos, MTD salientou "a perspectiva de futuro" do Rei, que "procurou tapar buracos abertos por políticos incompetentes".
A viagem que o Príncipe D. Luís Filipe fez às colónias em 1907, de que no álbum se reproduz a primeira página do jornal "O Benguella" (Sul de Angola), é um exemplo.
"Foi a primeira vez que um membro da realeza visitou as colónias, desde a fuga da Família Real para o Brasil em 1807. Uma viagem instigada aliás pela Rainha D.ª Amélia", acrescentou.
"O príncipe herdeiro foi recebido entusiasticamente em todas as localidades coloniais que visitou, de Cabo Verde a Moçambique, passando por S. Tomé ou Angola", disse.
Além de várias fotografias do Rei, o álbum editado pela Quimera Editores, inclui imagens de outros membros da família real e de Eduardo VII de Inglaterra ou Afonso XIII de Espanha. A maioria das fotografias reproduzidas no álbum é do arquivo da autora.
Marina Tavares Dias tornou-se conhecida como olissipógrafa com obras como "Photografias de Lisboa 1900" (1989), "Os melhores postais de Lisboa" (1989) e a célebre colecção "Lisboa desaparecida" que logo em 1987 lhe valeu o Prémio Júlio Castilho.
Portugal é dos países europeus onde empresas e Estado mais comunicam on-line
Seja para obter informação ou para enviar formulários, as empresas portuguesas usam mais a Internet para comunicar com organismos públicos do que muitas congéneres europeias. E a maioria vai para além da simples consulta de documentação ou troca de e-mails.
De acordo com o relatório da UMIC, duas em cada três empresas em Portugal preenchem e submetem on-line formulários ou impressos (um número que exclui o sector financeiro, onde este indicador atinge os 92%). Esta é, assim, a métrica em que Portugal melhor se classifica em todo o documento: 3º lugar na tabela da Europa a 25 (onde, em média, apenas 44% das empresas usa a Internet para preencher e enviar documentos), ficando atrás apenas da Finlândia e da Irlanda.
A "comunicação externa com empresas" ocupa, aliás, o 3º lugar na lista das actividades que um maior número de organismos públicos da administração pública central executa on-line - 65% dos organismos diz comunicar com empresas "muito frequentemente" por este meio (no topo da lista das actividades on-line da administração pública está a procura de informação e a comunicação com cidadãos surge apenas em quinto lugar).
A adopção de tecnologias de informação e comunicação no mundo empresarial é o capítulo em que Portugal mais se consegue aproximar do resto da Europa, estando próximo (mas ligeiramente abaixo) da média em indicadores como o uso de computadores nas empresas, existência de acesso à Internet e acesso a banda larga.
O facto de o conjunto das empresas portuguesas ainda não ter atingido a média europeia e surgir frequentemente na segunda metade dos rankings deste sector deve-se ao facto de Portugal ter uma grande percentagem de empresas de reduzida dimensão, explica o presidente da UMIC, Luis Magalhães. É precisamente nas pequenas empresas (mais de 10 e menos de 50 pessoas) que as tecnologias de informação e comunicação mais têm dificuldades em penetrar: 6% destas firmas não têm computadores, 12% não estão ligadas à Internet e 62% não têm site. Ao longo dos últimos anos, contudo, os progressos têm sido significativos. Enquanto em 2003, em média, 85% de todas as empresas dos então 15 estados-membros da União tinham Internet, Portugal ficava-se pelos 70%. Actualmente, está nos 90%, quatro pontos percentuais abaixo da média.
De acordo com o relatório da UMIC, duas em cada três empresas em Portugal preenchem e submetem on-line formulários ou impressos (um número que exclui o sector financeiro, onde este indicador atinge os 92%). Esta é, assim, a métrica em que Portugal melhor se classifica em todo o documento: 3º lugar na tabela da Europa a 25 (onde, em média, apenas 44% das empresas usa a Internet para preencher e enviar documentos), ficando atrás apenas da Finlândia e da Irlanda.
A "comunicação externa com empresas" ocupa, aliás, o 3º lugar na lista das actividades que um maior número de organismos públicos da administração pública central executa on-line - 65% dos organismos diz comunicar com empresas "muito frequentemente" por este meio (no topo da lista das actividades on-line da administração pública está a procura de informação e a comunicação com cidadãos surge apenas em quinto lugar).
A adopção de tecnologias de informação e comunicação no mundo empresarial é o capítulo em que Portugal mais se consegue aproximar do resto da Europa, estando próximo (mas ligeiramente abaixo) da média em indicadores como o uso de computadores nas empresas, existência de acesso à Internet e acesso a banda larga.
O facto de o conjunto das empresas portuguesas ainda não ter atingido a média europeia e surgir frequentemente na segunda metade dos rankings deste sector deve-se ao facto de Portugal ter uma grande percentagem de empresas de reduzida dimensão, explica o presidente da UMIC, Luis Magalhães. É precisamente nas pequenas empresas (mais de 10 e menos de 50 pessoas) que as tecnologias de informação e comunicação mais têm dificuldades em penetrar: 6% destas firmas não têm computadores, 12% não estão ligadas à Internet e 62% não têm site. Ao longo dos últimos anos, contudo, os progressos têm sido significativos. Enquanto em 2003, em média, 85% de todas as empresas dos então 15 estados-membros da União tinham Internet, Portugal ficava-se pelos 70%. Actualmente, está nos 90%, quatro pontos percentuais abaixo da média.
Portugal promete três milhões para um Estado palestiniano
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, afirmou ontem em Paris que o Governo português tenciona contribuir com três milhões de euros para um futuro Estado palestiniano independente.
Esta é apenas uma pequena porção dos cerca de 5,3 mil milhões de euros (7,4 mil milhões de dólares) que a Autoridade Palestiniana (AP) conseguiu que a comunidade internacional prometesse na Conferência Internacional de Doadores que decorreu na capital francesa.
O resultado ultrapassou as expectativas iniciais da AP: 5,6 mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros). O objectivo primordial dos representantes dos 68 países que ontem se reuniram em era pôr em marcha um plano económico que viabilize a criação de um Estado palestiniano soberano durante os próximos três anos.
A ajuda ontem prometida via ser gerida através do programa palestiniano-europeu de gestão da ajuda socioeconómica (PEGASE), destinados a sectores críticos como a educação e a saúde. Apesar de tudo, organizações internacionais lembraram que a ajuda de nada servirá se não for relançada a economia local e eliminados os bloqueios. O secretário-geral da ONU declarou-se "inquieto pelos 1,4 milhões de pessoas que vivem na Faixa de Gaza''. Onde quem impera é o Hamas.
Esta é apenas uma pequena porção dos cerca de 5,3 mil milhões de euros (7,4 mil milhões de dólares) que a Autoridade Palestiniana (AP) conseguiu que a comunidade internacional prometesse na Conferência Internacional de Doadores que decorreu na capital francesa.
O resultado ultrapassou as expectativas iniciais da AP: 5,6 mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros). O objectivo primordial dos representantes dos 68 países que ontem se reuniram em era pôr em marcha um plano económico que viabilize a criação de um Estado palestiniano soberano durante os próximos três anos.
A ajuda ontem prometida via ser gerida através do programa palestiniano-europeu de gestão da ajuda socioeconómica (PEGASE), destinados a sectores críticos como a educação e a saúde. Apesar de tudo, organizações internacionais lembraram que a ajuda de nada servirá se não for relançada a economia local e eliminados os bloqueios. O secretário-geral da ONU declarou-se "inquieto pelos 1,4 milhões de pessoas que vivem na Faixa de Gaza''. Onde quem impera é o Hamas.
Governo açoriano subscreve Carta de Regiões Europeias utilizadoras de tecnologias espaciais
Os Açores são a única região portuguesa que vai assinar hoje, na cidade francesa de Toulouse, uma Carta que vai permitir a Regiões de 11 países da Europa constituírem uma rede de utilizadores de tecnologias espaciais. O secretário Regional da Habitação e Equipamentos do Governo dos Açores, José Contente, vai subscrever a Carta sobre a Criação e Aplicação da Rede das Regiões Europeias Utilizadoras das Tecnologias Espaciais - NEREUS.
O governante açoriano adiantou que os Açores serão, assim, "fundadores" desta rede de Regiões Europeias que já se comprometeram a criar uma associação de utilizadores de tecnologias espaciais. Esta Carta será o "primeiro passo" para a formalização da associação NEREUS, explicou Contente, para quem a participação açoriana neste projecto prova o empenho do Arquipélago em criar um "cluster" ligado a este tipo de tecnologia. Esta rede vai operar ao nível político, através de contactos entre as Regiões, instituições europeias e a Agência Espacial Europeia (ESA), mas também ao nível operacional, com a troca de experiência e de investigação entre os territórios que a integram, explicou Contente.
O governante açoriano adiantou que os Açores serão, assim, "fundadores" desta rede de Regiões Europeias que já se comprometeram a criar uma associação de utilizadores de tecnologias espaciais. Esta Carta será o "primeiro passo" para a formalização da associação NEREUS, explicou Contente, para quem a participação açoriana neste projecto prova o empenho do Arquipélago em criar um "cluster" ligado a este tipo de tecnologia. Esta rede vai operar ao nível político, através de contactos entre as Regiões, instituições europeias e a Agência Espacial Europeia (ESA), mas também ao nível operacional, com a troca de experiência e de investigação entre os territórios que a integram, explicou Contente.
Açores recrutam empresa de "lobbying" europeu
O Governo Regional dos Açores anunciou ontem a contratação, no próximo ano, de uma "empresa especializada" para fazer o acompanhamento técnico, em Bruxelas, dos assuntos europeus relacionados com o arquipélago que, depois, "reportará ao Governo Regional".
A empresa de prestação de serviços vai, assim, proceder a um "acompanhamento especial" das medidas comunitárias propostas pelo Conselho, Comissão ou Parlamento Europeu, explicou ontem o secretário regional da Presidência, Vasco Cordeiro.
Com esta contratação, o Governo Regional pretende um acompanhamento técnico às propostas comunitárias para complementar a "actuação política" do executivo em assuntos relacionados com o arquipélago, disse Cordeiro.
O objectivo da contratação é "complementar" e "consolidar" a acção política na defesa dos interesses da Região Autónoma dos Açores. Há uma outra palavra para isto, mas é menos bem vista: lobbying. É isto que os açorianos tencionam fazer em Bruxelas, prática de resto utilziada por várias instituições.
A empresa de prestação de serviços vai, assim, proceder a um "acompanhamento especial" das medidas comunitárias propostas pelo Conselho, Comissão ou Parlamento Europeu, explicou ontem o secretário regional da Presidência, Vasco Cordeiro.
Com esta contratação, o Governo Regional pretende um acompanhamento técnico às propostas comunitárias para complementar a "actuação política" do executivo em assuntos relacionados com o arquipélago, disse Cordeiro.
O objectivo da contratação é "complementar" e "consolidar" a acção política na defesa dos interesses da Região Autónoma dos Açores. Há uma outra palavra para isto, mas é menos bem vista: lobbying. É isto que os açorianos tencionam fazer em Bruxelas, prática de resto utilziada por várias instituições.
Bermudas: Consulado português fechado
Os portugueses residentes nas Bermudas estão impedidos de passar o Natal nos Açores porque o consulado de Portugal em Hamilton está novamente encerrado e não conseguem renovar os passaportes, denunciou hoje o líder comunitário Eddy Mello.
"Os portugueses nas Bermudas sentem-se abandonados e indignados com o governo de Lisboa", disse Eddy de Mello, adiantando que os emigrantes com passaportes caducados não conseguem sair da ilha, nem mesmo para se deslocarem ao consulado de Boston, nos Estados Unidos, posto mais próximo.
Desde 2001, quando ficou sem titular, o consulado de Portugal em Hamilton funciona intermitentemente com o Ministério dos Negócios Estrangeiros a destacar por breves períodos um funcionário dos seus quadros. O último funcionário que passou pelas Bermudas foi em Outubro, permanecendo desde então com as portas fechadas.
Eddy Mello contou que há muitos desesperados, uma vez que já tinham os bilhetes de avião comprados para passar o Natal nos Açores, mas não conseguem sair da ilha porque não têm passaportes.
As ilhas Bermudas são uma região autónoma sob dependência do Reino Unido, situada no oceano Atlântico. Os cerca de 11 mil portugueses que ali residem são oriundos sobretudo dos Açores e trabalham, na sua maioria, no turismo, restauração e jardinagem. Depois da vaga de emigração dos anos 60 e 70, o fluxo migratório para as Bermudas diminuiu bastante.
No entanto, o meio associativo português em Hamilton estima que cerca de três mil portugueses estejam no território com contrato de trabalho, mantendo fortes ligações com a terra de origem e precisando de apoio consular frequente. No âmbito da reestruturação consular, o governo português vai transformar o consulado de Portugal em Hamilton em consulado honorário, mas até à data desconhece-se o nome do futuro cônsul honorário.
Eddy Mello, convidado pelo governo português para ser cônsul honorário nas Bermudas, adiantou à Lusa que não aceitou o convite, referindo apenas que não está interessado.
"Os portugueses nas Bermudas sentem-se abandonados e indignados com o governo de Lisboa", disse Eddy de Mello, adiantando que os emigrantes com passaportes caducados não conseguem sair da ilha, nem mesmo para se deslocarem ao consulado de Boston, nos Estados Unidos, posto mais próximo.
Desde 2001, quando ficou sem titular, o consulado de Portugal em Hamilton funciona intermitentemente com o Ministério dos Negócios Estrangeiros a destacar por breves períodos um funcionário dos seus quadros. O último funcionário que passou pelas Bermudas foi em Outubro, permanecendo desde então com as portas fechadas.
Eddy Mello contou que há muitos desesperados, uma vez que já tinham os bilhetes de avião comprados para passar o Natal nos Açores, mas não conseguem sair da ilha porque não têm passaportes.
As ilhas Bermudas são uma região autónoma sob dependência do Reino Unido, situada no oceano Atlântico. Os cerca de 11 mil portugueses que ali residem são oriundos sobretudo dos Açores e trabalham, na sua maioria, no turismo, restauração e jardinagem. Depois da vaga de emigração dos anos 60 e 70, o fluxo migratório para as Bermudas diminuiu bastante.
No entanto, o meio associativo português em Hamilton estima que cerca de três mil portugueses estejam no território com contrato de trabalho, mantendo fortes ligações com a terra de origem e precisando de apoio consular frequente. No âmbito da reestruturação consular, o governo português vai transformar o consulado de Portugal em Hamilton em consulado honorário, mas até à data desconhece-se o nome do futuro cônsul honorário.
Eddy Mello, convidado pelo governo português para ser cônsul honorário nas Bermudas, adiantou à Lusa que não aceitou o convite, referindo apenas que não está interessado.
segunda-feira, dezembro 17, 2007
Governo chega finalmente a acordo com Bruce Bastin para comprar discos
O Governo português chegou a acordo com Bruce Bastin para a compra da sua colecção de discos de música portuguesa, devendo ser assinado o respectivo contrato na sexta-feira, disse hoje o advogado José Sardinha, representante do coleccionador britânico.
Fonte do Ministério da Cultura confirmou que o acordo será assinado "dentro de dias", sem especificar uma data.
Portugal irá adquirir por 1,1 milhão de euros os cerca de 8.000 discos de música portuguesa, na sua maioria de fado, uma colecção considerada por alguns especialistas, como Rui Vieira Nery, como "essencial" para a investigação.
O Ministério da Cultura, a quem caberá a guarda e tratamento do espólio, participará com 400 mil euros, tal como a Câmara de Lisboa, e os restantes 300 mil euros são assegurados por um mecenas, cuja identidade não foi revelada, sabendo-se tratar de uma entidade bancária.
Bruce Bastin deslocar-se-á a Lisboa para assinar o documento, que estabelece um pagamento faseado até 2009.
Vínhamos aqui acompanhando este processo.
Finalmente fez-se luz!!
Fonte do Ministério da Cultura confirmou que o acordo será assinado "dentro de dias", sem especificar uma data.
Portugal irá adquirir por 1,1 milhão de euros os cerca de 8.000 discos de música portuguesa, na sua maioria de fado, uma colecção considerada por alguns especialistas, como Rui Vieira Nery, como "essencial" para a investigação.
O Ministério da Cultura, a quem caberá a guarda e tratamento do espólio, participará com 400 mil euros, tal como a Câmara de Lisboa, e os restantes 300 mil euros são assegurados por um mecenas, cuja identidade não foi revelada, sabendo-se tratar de uma entidade bancária.
Bruce Bastin deslocar-se-á a Lisboa para assinar o documento, que estabelece um pagamento faseado até 2009.
Vínhamos aqui acompanhando este processo.
Finalmente fez-se luz!!
Portos: Viana-Leixões visa competitividade à escala europeia
A secretária da Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, afirmou hoje que a "parceria estratégica" entre os portos de Leixões e Viana do Castelo visa concorrer com a Galiza e ganhar competitividade à escala europeia. Segundo Vitorino, o sistema marítimo-portuário nacional ficará "muito mais competitivo" com aquela parceria, sendo assim possível "pôr de lado os fantasmas do porto de Vigo e outros que tais, que já andam com algum medo" das mudanças anunciadas em Portugal.
A governante frisou que mais do que fazer concorrência à Galiza, o objectivo é ganhar competitividade à escala europeia, conquistando para os portos nacionais tráfego que hoje utiliza portos de outros países. "Nada justifica que existam determinados tráfegos com destino à Península Ibérica que entrem, por exemplo, por Antuérpia e Roterdão", referiu Vitorino no decorrer de uma visita de trabalho ao porto de Viana do Castelo.
O Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM) vai retirar-se, no decorrer do primeiro semestre de 2008, da gestão directa dos portos comerciais secundários de Viana do Castelo e Figueira da Foz, que serão constituídos em sociedades anónimas, de capitais exclusivamente públicos, seguindo o modelo adoptado para os maiores portos portugueses.
O porto de Viana do Castelo será detido a 100% pela Administração dos Portos do Douro e Leixões, enquanto o da Figueira da Foz passará para a Administração do Porto de Aveiro, num processo que já em curso e que estará consumado no primeiro semestre de 2008.
No caso do porto de Viana do Castelo, a governante referiu que os acessos rodoviários deverão arrancar em início de 2008 e ficar concluídos um ano depois, enquanto para a concretização dos acessos ferroviários fixou 2013 como horizonte temporal.
A governante frisou que mais do que fazer concorrência à Galiza, o objectivo é ganhar competitividade à escala europeia, conquistando para os portos nacionais tráfego que hoje utiliza portos de outros países. "Nada justifica que existam determinados tráfegos com destino à Península Ibérica que entrem, por exemplo, por Antuérpia e Roterdão", referiu Vitorino no decorrer de uma visita de trabalho ao porto de Viana do Castelo.
O Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM) vai retirar-se, no decorrer do primeiro semestre de 2008, da gestão directa dos portos comerciais secundários de Viana do Castelo e Figueira da Foz, que serão constituídos em sociedades anónimas, de capitais exclusivamente públicos, seguindo o modelo adoptado para os maiores portos portugueses.
O porto de Viana do Castelo será detido a 100% pela Administração dos Portos do Douro e Leixões, enquanto o da Figueira da Foz passará para a Administração do Porto de Aveiro, num processo que já em curso e que estará consumado no primeiro semestre de 2008.
No caso do porto de Viana do Castelo, a governante referiu que os acessos rodoviários deverão arrancar em início de 2008 e ficar concluídos um ano depois, enquanto para a concretização dos acessos ferroviários fixou 2013 como horizonte temporal.
Abertura de Zapatero para transmissão de televisões portuguesas
A Fundação Via Galega (FVG) congratulou-se hoje com a abertura manifestada pelo chefe do governo de Espanha, José Luis Zapatero, para a eventual transmissão das televisões portuguesas na Galiza. Em comunicado, aquela fundação acrescenta que, se houver vontade política, as dificuldades técnicas serão "facilmente" superadas. A FVG adianta que cabe agora à Junta da Galiza "dar um passo em frente" e proceder à "análise rigorosa e profunda" que Zapatero sublinhou ser necessária antes de se proceder à efectiva materialização do processo de recepção das televisões portuguesas em território galego.
A FVG é uma organização da Galiza vocacionada para a promoção de um mais estreito diálogo entre Espanha e os demais países e territórios do sistema linguístico galaico-português.
As garantias de Zapatero foram dadas no parlamento em Madrid, onde referiu que a maior dificuldade do processo se relaciona com a falta de espaço radioeléctrico, dadas as licenças de transmissão já concedidas na Galiza.
A fundação frisa que o Governo espanhol tem de dar cumprimento a um dos compromissos que assumiu quando ratificou a Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias, que num dos seus artigos diz que "deve ser garantida a recepção directa de emissões de rádio e televisão de países vizinhos numa língua utilizada de forma idêntica ou próxima de uma língua regional ou minoritária".
O assunto foi levantado na sessão de controlo ao governo pelo deputado do Bloco Nacionalista Galego (BNG), Francisco Rodriguez, que recordou a Zapatero que o galego e o português são "duas variantes da mesma língua" e que há razões "de tipo linguístico e cultural" que justificam a sua transmissão. Rodriguez recordou que o apoio ao espaço galego-português decorre do "estipulado na Carta Europeia das Línguas Minoritárias" e afirmou que há "que pôr mãos à obra e começar a trabalhar" no sentido de materializar a ideia, sendo para isso necessário que o tema se começasse a tratar no relacionamento bilateral com Portugal. "É um tema muito importante para ambas as partes. E do ponto de vista galego, é essencial para a unidade e vitalidade da língua", disse.
Zapatero referiu que o tema deverá ser discutido na próxima cimeira luso-espanhola que se realizará em Janeiro em Braga.
A FVG é uma organização da Galiza vocacionada para a promoção de um mais estreito diálogo entre Espanha e os demais países e territórios do sistema linguístico galaico-português.
As garantias de Zapatero foram dadas no parlamento em Madrid, onde referiu que a maior dificuldade do processo se relaciona com a falta de espaço radioeléctrico, dadas as licenças de transmissão já concedidas na Galiza.
A fundação frisa que o Governo espanhol tem de dar cumprimento a um dos compromissos que assumiu quando ratificou a Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias, que num dos seus artigos diz que "deve ser garantida a recepção directa de emissões de rádio e televisão de países vizinhos numa língua utilizada de forma idêntica ou próxima de uma língua regional ou minoritária".
O assunto foi levantado na sessão de controlo ao governo pelo deputado do Bloco Nacionalista Galego (BNG), Francisco Rodriguez, que recordou a Zapatero que o galego e o português são "duas variantes da mesma língua" e que há razões "de tipo linguístico e cultural" que justificam a sua transmissão. Rodriguez recordou que o apoio ao espaço galego-português decorre do "estipulado na Carta Europeia das Línguas Minoritárias" e afirmou que há "que pôr mãos à obra e começar a trabalhar" no sentido de materializar a ideia, sendo para isso necessário que o tema se começasse a tratar no relacionamento bilateral com Portugal. "É um tema muito importante para ambas as partes. E do ponto de vista galego, é essencial para a unidade e vitalidade da língua", disse.
Zapatero referiu que o tema deverá ser discutido na próxima cimeira luso-espanhola que se realizará em Janeiro em Braga.
Governo diz que vai apostar no ensino do português no estrangeiro
O secretário de Estado das Comunidades portuguesas, António Braga, anunciou que o governo vai apostar no próximo ano no ensino do português no estrangeiro através da definição de um programa de investimento.
"Pretende-se incrementar as respostas aos problemas pontuais e definir todo um programa de investimento prioritário nestas áreas, decisivas para a garantia dos elos de ligação essenciais entre a comunidade portuguesa e a sua cultura originária", escreve Braga na mensagem de Natal dirigida aos portugueses residentes no estrangeiro.
O secretário de Estado admite que "persistem os desafios relacionados com o ensino da língua e divulgação da cultura portuguesa". Por isso, o governo vai reforçar a rede de professores espalhados pelo mundo, consolidar as escolas portuguesas nos países lusófonos e os leitorados nas universidades estrangeiros.
Braga acrescenta ainda que o ano de 2007 ficou marcado pela reforma consular, que, "veio fortalecer os instrumentos de aproximação de Portugal aos demais cidadãos que vivem e trabalham no estrangeiro". No âmbito da reestruturação consular, destaca igualmente o lançamento do Consulado Virtual, meio que facilita o acesso aos serviços consulares através da Internet. A reforma consular visa melhorar "substancialmente o funcionamento dos serviços" e aproximar os portugueses residentes no estrangeiro a Portugal.
"Pretende-se incrementar as respostas aos problemas pontuais e definir todo um programa de investimento prioritário nestas áreas, decisivas para a garantia dos elos de ligação essenciais entre a comunidade portuguesa e a sua cultura originária", escreve Braga na mensagem de Natal dirigida aos portugueses residentes no estrangeiro.
O secretário de Estado admite que "persistem os desafios relacionados com o ensino da língua e divulgação da cultura portuguesa". Por isso, o governo vai reforçar a rede de professores espalhados pelo mundo, consolidar as escolas portuguesas nos países lusófonos e os leitorados nas universidades estrangeiros.
Braga acrescenta ainda que o ano de 2007 ficou marcado pela reforma consular, que, "veio fortalecer os instrumentos de aproximação de Portugal aos demais cidadãos que vivem e trabalham no estrangeiro". No âmbito da reestruturação consular, destaca igualmente o lançamento do Consulado Virtual, meio que facilita o acesso aos serviços consulares através da Internet. A reforma consular visa melhorar "substancialmente o funcionamento dos serviços" e aproximar os portugueses residentes no estrangeiro a Portugal.
Portugal: Poder de compra mantém-se 25% abaixo da média da UE
Em Portugal, o PIB por habitante ficou a 75% da média da União Europeia alargada (UE-27), em 2006, recuando ligeiramente face ao ano anterior para os níveis de 2004, indicam dados publicados esta segunda-feira pelo Eurostat.
De acordo com o critério PPS (sigla inglesa para Paridade do Poder de Compra), um conceito que exclui o efeito da inflação/país, as diferença oscilam entre 37% e 280% em relação ao índice 100, de referência para o conjunto da UE.
No "grupo" de Portugal, com o PIB per capita cerca de 25% abaixo da média da UE estão também Malta e a República Checa. Outros países do Mediterrâneo, como a Espanha, Itália e Grécia já evidenciam marcas com uma diferença entre 10 e 20% da média europeia.
O Luxemburgo e a Irlanda, com 280% e 146%, respectivamente, lideram o ranking do poder de compra na economia da zona euro. Estes dois países reforçaram sua posição relativa face a 2004, enquanto Portugal mantém-se com gap de 25%.
De acordo com o organismo europeu de estatística para 2006, a Bulgária e a Roménia apresentam os valores mais baixos do índice, abaixo de 40% da média da UE.
De acordo com o critério PPS (sigla inglesa para Paridade do Poder de Compra), um conceito que exclui o efeito da inflação/país, as diferença oscilam entre 37% e 280% em relação ao índice 100, de referência para o conjunto da UE.
No "grupo" de Portugal, com o PIB per capita cerca de 25% abaixo da média da UE estão também Malta e a República Checa. Outros países do Mediterrâneo, como a Espanha, Itália e Grécia já evidenciam marcas com uma diferença entre 10 e 20% da média europeia.
O Luxemburgo e a Irlanda, com 280% e 146%, respectivamente, lideram o ranking do poder de compra na economia da zona euro. Estes dois países reforçaram sua posição relativa face a 2004, enquanto Portugal mantém-se com gap de 25%.
De acordo com o organismo europeu de estatística para 2006, a Bulgária e a Roménia apresentam os valores mais baixos do índice, abaixo de 40% da média da UE.
Microsoft Informática à venda por um milhão de dólares
A Microsoft Informática coloca hoje à venda o seu negócio e marca por um milhão de dólares (cerca de 700 mil euros), noticia hoje o Diário de Notícias.
A empresa portuguesa está à espera de propostas, durante uma semana, mas poderá não aceitar a venda em leilão no site eBay.
A Microsoft Informática, cujo nome nunca foi vendido à multinacional norte-americana, registou o nome em 1981 e a subsidiária da Microsoft Corporation chegou ao mercado nacional em 1990, e teve de se registar com o nome MSFT.
Agora, a Microsoft Informática vai ceder o nome a quem pagar um milhão de dólares, depois de ter avisado a MSFT "por cortesia", explica ao Diário de Notícias Ricardo Carvalho, CEO da empresa. "O nome é nosso" e "quem está em falta é a MSFT, que não pode chamar-se Microsoft Portugal", apesar das duas palavras ainda serem visíveis no sítio Web da MSFT.
A empresa portuguesa está à espera de propostas, durante uma semana, mas poderá não aceitar a venda em leilão no site eBay.
A Microsoft Informática, cujo nome nunca foi vendido à multinacional norte-americana, registou o nome em 1981 e a subsidiária da Microsoft Corporation chegou ao mercado nacional em 1990, e teve de se registar com o nome MSFT.
Agora, a Microsoft Informática vai ceder o nome a quem pagar um milhão de dólares, depois de ter avisado a MSFT "por cortesia", explica ao Diário de Notícias Ricardo Carvalho, CEO da empresa. "O nome é nosso" e "quem está em falta é a MSFT, que não pode chamar-se Microsoft Portugal", apesar das duas palavras ainda serem visíveis no sítio Web da MSFT.
sexta-feira, dezembro 14, 2007
Primeiro telemóvel português é fabricado na China
Os três mil aparelhos do NPhone S300, apresentado como o primeiro telemóvel português no final de Novembro, já estão esgotados, anunciou a NDrive, empresa que o concebeu. O NPhone aposta na fusão entre um aparelho de chamadas telefónicas e um equipamento com sistema de navegação. A junção das funcionalidades não é de todo estranha numa empresa que comercializa há anos este tipo de sistemas e vê esta convergência surgir em PDA (assistentes pessoais) e telemóveis concorrentes.
A partir do Porto, a NDrive desenvolveu o S300 para ser fabricado na WayteQ, empresa da China, por ser o único país a oferecer preços apetecíveis para um aparelho onde é necessário juntar 200 componentes.
Ao fim de dois meses de concepção e mais quatro de testes, articulação com as redes dos operadores, desenvolvimento e acertos sobre software para o GSM ou fotos e sobre o sistema de gestão de cartões-de-visitas, o aparelho chegou com um preço de 400 euros.
A NDrive espera pela certificação dos operadores nacionais, garantindo que a fábrica chinesa consegue entregar "dois mil aparelhos por dia".
A par dos mapas pré-instalados (Portugal continental, Açores e Madeira), pode aceder-se no NPhone a 70 mil conteúdos detalhados (desde informação sobre farmácias ao trânsito ou restaurantes). É ainda possível adquirir mapas de outros países como Espanha, França e Itália e Brasil. Noutras soluções comercializadas pela NDrive (NDrive GO Plus, por exemplo, com GPS e rádio FM, e-mail, agenda e contactos) constam regiões com mapas desenvolvidos como a Inglaterra, Irlanda, Benelux, Rússia, Escandinávia, Polónia ou Hungria. Para se perceber a lógica do NPhone é preciso conhecer a evolução da NDrive. Esta empresa surgiu após a venda da InfoPortugal, detendo um apreciável conhecimento sobre dados georreferenciados. Tem 36 funcionários, dos quais 12 são investigadores e oito com formação técnica.
A partir do Porto, a NDrive desenvolveu o S300 para ser fabricado na WayteQ, empresa da China, por ser o único país a oferecer preços apetecíveis para um aparelho onde é necessário juntar 200 componentes.
Ao fim de dois meses de concepção e mais quatro de testes, articulação com as redes dos operadores, desenvolvimento e acertos sobre software para o GSM ou fotos e sobre o sistema de gestão de cartões-de-visitas, o aparelho chegou com um preço de 400 euros.
A NDrive espera pela certificação dos operadores nacionais, garantindo que a fábrica chinesa consegue entregar "dois mil aparelhos por dia".
A par dos mapas pré-instalados (Portugal continental, Açores e Madeira), pode aceder-se no NPhone a 70 mil conteúdos detalhados (desde informação sobre farmácias ao trânsito ou restaurantes). É ainda possível adquirir mapas de outros países como Espanha, França e Itália e Brasil. Noutras soluções comercializadas pela NDrive (NDrive GO Plus, por exemplo, com GPS e rádio FM, e-mail, agenda e contactos) constam regiões com mapas desenvolvidos como a Inglaterra, Irlanda, Benelux, Rússia, Escandinávia, Polónia ou Hungria. Para se perceber a lógica do NPhone é preciso conhecer a evolução da NDrive. Esta empresa surgiu após a venda da InfoPortugal, detendo um apreciável conhecimento sobre dados georreferenciados. Tem 36 funcionários, dos quais 12 são investigadores e oito com formação técnica.
Ogma vai fornecer mais 800 aviões aos suíços da Pilatus até 2012
A Ogma Indústria Aeronáutica de Portugal entregou ontem aos suíços da Pilatus o aparelho número 800 montado nas oficinas de Alverca. Com esta entrega, a empresa cumpriu a meta de fornecer cem aviões/ano. A montagem vai continuar nas oficinas da Ogma por mais cinco anos, graças à extensão do contrato que prevê o fornecimento de novos 800 aparelhos. Esta encomenda vai gerar um volume de negócios avaliado em 80 milhões de euros e contribui para a manutenção de cerca de 300 postos de trabalho directos.
O PC12 pode assumir várias configurações: transporte de carga, vigilância aérea, serviço de ambulância e transporte executivo com capacidade para nove passageiros. O custo de operação do PC12 é cerca de metade dos jactos executivos da mesma classe.
A aviação de defesa é a principal área de negócio da Ogma (37%), seguindo-se os motores e componentes (33%), as aeroestruturas (22%) e a aviação comercial (8%).
O PC12 pode assumir várias configurações: transporte de carga, vigilância aérea, serviço de ambulância e transporte executivo com capacidade para nove passageiros. O custo de operação do PC12 é cerca de metade dos jactos executivos da mesma classe.
A aviação de defesa é a principal área de negócio da Ogma (37%), seguindo-se os motores e componentes (33%), as aeroestruturas (22%) e a aviação comercial (8%).
Calçado prova que a integração ibérica "está finalmente em curso"
A integração ibérica está finalmente em curso. Quem o garante é Daniel Bessa, que está a coordenar um estudo sobre a indústria de calçado encomendado pela associação do sector, a Apiccaps. O economista sustenta-se no facto de a Espanha ser o país para onde as exportações nacionais "mais estão a crescer", tal como no vestuário, assegura, o que se deve às "relações de parcerias consolidadas" estabelecidas entre os industriais portugueses e os grandes operadores de moda espanhóis, como o grupo Inditex, detentor de marcas como a Zara. "Portugal tem vantagens operacionais e industriais evidentes e a Espanha olha para nós como um grande site produtivo", diz Bessa.
O segredo para tirar o maior proveito deste interesse tem passado por as empresas serem capazes de oferecer "desenho, estilismo e grande capacidade de interlocução do ponto de vista da moda e tecnológico", com vista à produção em regime de "parceria consolidada". "Teremos sempre muita dificuldade em estar no grande retalho avulso, porque são negócios de volume e baixo preço. Temos mais hipóteses se apostarmos no retalho especializado e nos segmentos mais altos e, ainda, em marcas mais restritas e especializadas que explorem determinados nichos", defendeu ontem Bessa, na apresentação dos resultados preliminares do estudo, que analisou a posição competitiva de Portugal em oito mercados. Espanha, França, Alemanha e Reino Unido, os quatro principais de destino do calçado nacional, e EUA, Rússia, Japão e China, os emergentes com maior atractividade.
Bessa insiste que a Europa tem de "defender produtos de nicho" e considera que Portugal tem-se saído melhor no embate com os seus mais directos concorrentes, a Espanha e a Itália, por apresentar produtos de valor e qualidade equivalente, a menor preço.
Manuel Carlos, director-geral da Apiccaps confirma. "Somos o país que mais investe na Europa e o que mais acredita nas suas capacidades de reforçar a sua posição competitiva na Europa e no mundo", sublinhou.
O segredo para tirar o maior proveito deste interesse tem passado por as empresas serem capazes de oferecer "desenho, estilismo e grande capacidade de interlocução do ponto de vista da moda e tecnológico", com vista à produção em regime de "parceria consolidada". "Teremos sempre muita dificuldade em estar no grande retalho avulso, porque são negócios de volume e baixo preço. Temos mais hipóteses se apostarmos no retalho especializado e nos segmentos mais altos e, ainda, em marcas mais restritas e especializadas que explorem determinados nichos", defendeu ontem Bessa, na apresentação dos resultados preliminares do estudo, que analisou a posição competitiva de Portugal em oito mercados. Espanha, França, Alemanha e Reino Unido, os quatro principais de destino do calçado nacional, e EUA, Rússia, Japão e China, os emergentes com maior atractividade.
Bessa insiste que a Europa tem de "defender produtos de nicho" e considera que Portugal tem-se saído melhor no embate com os seus mais directos concorrentes, a Espanha e a Itália, por apresentar produtos de valor e qualidade equivalente, a menor preço.
Manuel Carlos, director-geral da Apiccaps confirma. "Somos o país que mais investe na Europa e o que mais acredita nas suas capacidades de reforçar a sua posição competitiva na Europa e no mundo", sublinhou.
Martifer compra parques eólicos na Alemanha por 91 milhões de euros
A Martifer anunciou hoje que concretizou a aquisição de dois parques eólicos na Alemanha, com capacidade instalada de 53,1 megawates (MW), a subsidiárias do Grupo Macquarie – um negócio avaliado em 91 milhões de euros.Mafalda AguilarEm comunicado enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários, a Martifer explica que os activos serão consolidados
UE/Presidência: Portugal é o melhor aliado espanhol, segundo sondagem
Portugal é considerado pela grande maioria dos espanhóis como o melhor aliado de Espanha no espaço europeu, segundo uma sondagem hoje divulgada que considera Angela Merkel e Nicolas Sarkozy como os líderes europeus com maior influência.
Um total de 70,6 por cento dos sondados, no inquérito divulgado hoje pelo jornal El Mundo, considera que Portugal é o melhor aliado de Espanha, contra 15,8 por cento que referem que as duas nações têm interesses "opostos".
No lado contrário o Reino Unido, país que para 45,1 por cento dos sondados é o que tem interesses mais opostos a Espanha.
Realizada para avaliar as percepções dos espanhóis sobre a UE, a sondagem demonstra, segundo o jornal, "um euroentusiasmo contido", com a maioria a mostrar agrado pela adesão que diz ter contribuído "de forma fundamental" para o desenvolvimento económico e social espanhol.
Só 33,7 por cento dos sondados diz estar informado sobre o Tratado de Lisboa, assinado na quinta-feira.
Entre os que conhecem o documento apoiam em particular a criação do cargo de presidente da UE e o reforço da figura de alto representante para a Política Externa, criticando a divisão de mandatos no parlamento europeu, que segundo 21 por cento é prejudicial a Espanha.
A maioria (63,5 por cento) considera que a recente ampliação, com a entrada da Bulgária e da Roménia, não foi positiva para Espanha.
Um total de 70,6 por cento dos sondados, no inquérito divulgado hoje pelo jornal El Mundo, considera que Portugal é o melhor aliado de Espanha, contra 15,8 por cento que referem que as duas nações têm interesses "opostos".
No lado contrário o Reino Unido, país que para 45,1 por cento dos sondados é o que tem interesses mais opostos a Espanha.
Realizada para avaliar as percepções dos espanhóis sobre a UE, a sondagem demonstra, segundo o jornal, "um euroentusiasmo contido", com a maioria a mostrar agrado pela adesão que diz ter contribuído "de forma fundamental" para o desenvolvimento económico e social espanhol.
Só 33,7 por cento dos sondados diz estar informado sobre o Tratado de Lisboa, assinado na quinta-feira.
Entre os que conhecem o documento apoiam em particular a criação do cargo de presidente da UE e o reforço da figura de alto representante para a Política Externa, criticando a divisão de mandatos no parlamento europeu, que segundo 21 por cento é prejudicial a Espanha.
A maioria (63,5 por cento) considera que a recente ampliação, com a entrada da Bulgária e da Roménia, não foi positiva para Espanha.
quinta-feira, dezembro 13, 2007
Aterrar custa!
De Raul Vaz in Jornal de Negócios:
Sócrates dispensava com agrado o debate de ontem. Vem do "jet lag" planetário, das páginas do "Finantial Times" (embora superado por Barroso), da entrevista de vida ao El País.
Sente-se "the man of the year" a dias de pôr a assinatura num tratado que fica com a sua marca. O que verdadeiramente Sócrates desejava, seria prolongar o genuíno "porreiro pá" e, num passe de mágica, esticá-lo ao irresolúvel: o desemprego que teima em crescer, a economia que permanece intermitente, a insegurança que ameaça o cidadão, o Natal com menos luz nos bolsos dos portugueses.
Aterrar custa sempre e a realidade que espera Sócrates está a anos-luz do mundo por onde tem andado. Ontem escolheu a educação para falar com os deputados - tudo se reforma enquanto houver tempo para mudar.
É assim quando a agenda política impõe a desfocagem do que perturba - e o que seriamente começa a desassossegar o cidadão é a facilidade com que se mata perante a impotência das forças de segurança. Diz o Governo que as estatísticas estão contra os ajustes de contas.
É precisamente o que a oposição, particularmente Menezes, tem de fazer: começar a ajustar contas com o Governo, dizendo como faria e com quem faria, caso estivesse no lugar de Sócrates. É esta a única forma de fazer o homem aterrar. O que não é fácil para quem é o que é por "uma soma de casualidades".
Sócrates dispensava com agrado o debate de ontem. Vem do "jet lag" planetário, das páginas do "Finantial Times" (embora superado por Barroso), da entrevista de vida ao El País.
Sente-se "the man of the year" a dias de pôr a assinatura num tratado que fica com a sua marca. O que verdadeiramente Sócrates desejava, seria prolongar o genuíno "porreiro pá" e, num passe de mágica, esticá-lo ao irresolúvel: o desemprego que teima em crescer, a economia que permanece intermitente, a insegurança que ameaça o cidadão, o Natal com menos luz nos bolsos dos portugueses.
Aterrar custa sempre e a realidade que espera Sócrates está a anos-luz do mundo por onde tem andado. Ontem escolheu a educação para falar com os deputados - tudo se reforma enquanto houver tempo para mudar.
É assim quando a agenda política impõe a desfocagem do que perturba - e o que seriamente começa a desassossegar o cidadão é a facilidade com que se mata perante a impotência das forças de segurança. Diz o Governo que as estatísticas estão contra os ajustes de contas.
É precisamente o que a oposição, particularmente Menezes, tem de fazer: começar a ajustar contas com o Governo, dizendo como faria e com quem faria, caso estivesse no lugar de Sócrates. É esta a única forma de fazer o homem aterrar. O que não é fácil para quem é o que é por "uma soma de casualidades".
Autoeuropa lança operação de charme para convencer fornecedores portugueses
Jörn Reimers pede preços mais baixos, mas abre a porta a novos contratos. Polo e Sharan são os desafios. “Por favor, senhores fornecedores, queremos aumentar a incorporação de componentes nacionais!”. O apelo de Jörn Reimers, durante um jantar de Natal inédito entre a direcção da Autoeuropa.
quarta-feira, dezembro 12, 2007
Brenntag investe 5,5 M€ e cria 45 empregos em Monção
A multinacional alemã "Brenntag Portugal, Produtos Químicos, Lda" vai construir uma fábrica na Zona Industrial da Lagoa (ZIL), em Monção, num investimento de 5,5 milhões de euros que criará 45 novos postos de trabalho, anunciou a Câmara Municipal de Monção. Em comunicado, a Câmara acrescenta que a Brenntag Portugal vai ocupar uma área de 2,6 hectares.
Neste momento, aquela zona tem contratualizadas sete fábricas espanholas, mas apenas uma está em laboração, concretamente a "Portufergari, Perfilação de Alumínios, Lda", que produz perfis de alumínio, ocupa 13 mil metros quadrados, significou um investimento de 1,5 milhões de euros e criou 46 postos de trabalho.
Também de capital espanhol, mas ainda em construção, contam-se quatro fábricas, entre as quais a Rada (construção de embarcações de desporto e de lazer, 460 mil euros de investimento e 20 postos de trabalho), e a Herteco, SL (fabricação de componentes metálicos para automóveis e injecção de espumas, 716 mil euros e 24 empregos).
A Garimar Yachts, Lda (construções de embarcações de desporto e lazer, 725 mil euros e 60 postos de trabalho) e a Pavestone Unipessoal, Lda (fabricação de artigos de granito e de rochas, 5,6 milhões de euros e 30 novos empregos) são as outras duas.
Em fase de projecto, estão as espanholas Estaleiros do Norte, Lda, vocacionada para a construção de embarcações de desporto e lazer, que investirá 550 mil euros e criará 45 postos de trabalho, e Grayto, Lda, ligada à fabricação e impressão de embalagens de cartão, um investimento de 10 milhões de euros e 132 empregos.
A ZIL tem ainda contratualizadas mais 11 empresas portuguesas, na sua maioria de Monção, que no total investirão 2,8 milhões de euros e criarão cerca de 150 trabalhadores.
Das empresas portuguesas, apenas estão duas em laboração, ambas ligadas à construção civil e obras públicas.
Neste momento, aquela zona tem contratualizadas sete fábricas espanholas, mas apenas uma está em laboração, concretamente a "Portufergari, Perfilação de Alumínios, Lda", que produz perfis de alumínio, ocupa 13 mil metros quadrados, significou um investimento de 1,5 milhões de euros e criou 46 postos de trabalho.
Também de capital espanhol, mas ainda em construção, contam-se quatro fábricas, entre as quais a Rada (construção de embarcações de desporto e de lazer, 460 mil euros de investimento e 20 postos de trabalho), e a Herteco, SL (fabricação de componentes metálicos para automóveis e injecção de espumas, 716 mil euros e 24 empregos).
A Garimar Yachts, Lda (construções de embarcações de desporto e lazer, 725 mil euros e 60 postos de trabalho) e a Pavestone Unipessoal, Lda (fabricação de artigos de granito e de rochas, 5,6 milhões de euros e 30 novos empregos) são as outras duas.
Em fase de projecto, estão as espanholas Estaleiros do Norte, Lda, vocacionada para a construção de embarcações de desporto e lazer, que investirá 550 mil euros e criará 45 postos de trabalho, e Grayto, Lda, ligada à fabricação e impressão de embalagens de cartão, um investimento de 10 milhões de euros e 132 empregos.
A ZIL tem ainda contratualizadas mais 11 empresas portuguesas, na sua maioria de Monção, que no total investirão 2,8 milhões de euros e criarão cerca de 150 trabalhadores.
Das empresas portuguesas, apenas estão duas em laboração, ambas ligadas à construção civil e obras públicas.
Imprensa chinesa retrata negativamente Cimeira UE/África
A imprensa oficial chinesa retratou em tons negativos a Cimeira UE/África do fim-de-semana.
"África diz não à UE quanto aos acordos comerciais", diz o China Daily, jornal oficial em língua inglesa, que escolheu como a notícia principal da sua secção internacional a Cimeira que decorreu em Lisboa e que tinha como um dos pontos da agenda a reflexão sobre como lidar com a crescente presença da China em África.
A Cimeira teve consequências políticas para a China, país que responsáveis europeus encaram cada vez mais como uma potência rival em África, até porque Pequim, para além de empréstimos a juros baixos e perdão de dívidas, oferece aos países africanos ajuda ao desenvolvimento sem condições políticas, sociais ou ambientais.
Não é de estranhar, portanto, que a imprensa chinesa, toda ela governamental, adopte hoje uma linha negativa, com títulos como "Desaire nos esforços da cimeira para criar nova parceria económica" (China Daily) ou "Colisão na Cimeira UE-Africa", segundo o Beijing Youth Daily, publicado em chinês, que afirma também que, durante todo o encontro "o cheiro da pólvora foi muito forte".
"África diz não à UE quanto aos acordos comerciais", diz o China Daily, jornal oficial em língua inglesa, que escolheu como a notícia principal da sua secção internacional a Cimeira que decorreu em Lisboa e que tinha como um dos pontos da agenda a reflexão sobre como lidar com a crescente presença da China em África.
A Cimeira teve consequências políticas para a China, país que responsáveis europeus encaram cada vez mais como uma potência rival em África, até porque Pequim, para além de empréstimos a juros baixos e perdão de dívidas, oferece aos países africanos ajuda ao desenvolvimento sem condições políticas, sociais ou ambientais.
Não é de estranhar, portanto, que a imprensa chinesa, toda ela governamental, adopte hoje uma linha negativa, com títulos como "Desaire nos esforços da cimeira para criar nova parceria económica" (China Daily) ou "Colisão na Cimeira UE-Africa", segundo o Beijing Youth Daily, publicado em chinês, que afirma também que, durante todo o encontro "o cheiro da pólvora foi muito forte".
Univ. Lusófona assina acordo de cooperação com governo líbio
O Centro Internacional de Estudos e Investigações sobre o Livro Verde da Líbia e a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias assinaram dia 7 de Dezembro um acordo de cooperação destinado a fomentar acções ligadas ao ensino.
O acordo foi assinado pelo director das Relações Internacionais do Centro líbio, Miloud El-Mehadbi, e pelo presidente da Lusófona, Manuel de Almeida Damásio, e tem sobretudo em vista a "colaboração" das duas instituições para um "melhor aproveitamento das potencialidades humanas e logísticas" de cada uma delas.
O Centro de Estudos sobre o Livro Verde, disse, é uma instituição não-governamental que tem por objectivo a investigação, nos domínios intelectuais, políticos, económicos e sociais baseados em critérios científicos, visando o diálogo de culturas.
O acordo foi assinado pelo director das Relações Internacionais do Centro líbio, Miloud El-Mehadbi, e pelo presidente da Lusófona, Manuel de Almeida Damásio, e tem sobretudo em vista a "colaboração" das duas instituições para um "melhor aproveitamento das potencialidades humanas e logísticas" de cada uma delas.
O Centro de Estudos sobre o Livro Verde, disse, é uma instituição não-governamental que tem por objectivo a investigação, nos domínios intelectuais, políticos, económicos e sociais baseados em critérios científicos, visando o diálogo de culturas.
UP entre as 500 melhores do mundo em produção científica
A Universidade do Porto (UP) é a única instituição portuguesa de Ensino Superior na lista de 2007 do "Ranking de Performance de Artigos Científicos de Universidades Mundiais".
Em comunicado, a UP refere que está na 459ª posição (195ª na Europa) no ranking de 2007 recentemente divulgado pela autoridade independente de avaliação e acreditação do Ensino Superior de Taiwan.
"A elaboração do ranking teve por base os artigos científicos que os membros de cada instituição publicaram nas mais reconhecidas publicações internacionais", refere a UP, acrescentando que a avaliação se centrou em nove indicadores, divididos por três critérios.
Excelência da investigação (50%), impacto da investigação produzida (30%) e produtividade (20%) foram os critérios de avaliação da produção científica de cada universidade.
"O ranking é centrado mais na qualidade do que na quantidade da investigação (os indicadores de qualidade contam para 80% da nota final) e tem em conta o desempenho recente da universidade (constitui 50% da nota final), assegurando assim uma comparação mais justa entre universidades com grandes diferenças de idade", realça a UP.
A UP é a maior universidade portuguesa, em número de estudantes, e "o maior produtor de ciência em Portugal, tendo sido responsável por cerca de um quinto dos artigos científicos publicados anualmente por instituições portuguesas".
O ranking é liderado pela Universidade de Harvard, seguida de outras 10 universidades norte-americanas, surgindo a primeira europeia (Cambridge, Inglaterra) em 17º.
No top 500 deste ranking, o Brasil tem seis universidades (a Universidade de S. Paulo está em 94º) e a Espanha tem 11 (Universidade de Barcelona em 111º).
Em comunicado, a UP refere que está na 459ª posição (195ª na Europa) no ranking de 2007 recentemente divulgado pela autoridade independente de avaliação e acreditação do Ensino Superior de Taiwan.
"A elaboração do ranking teve por base os artigos científicos que os membros de cada instituição publicaram nas mais reconhecidas publicações internacionais", refere a UP, acrescentando que a avaliação se centrou em nove indicadores, divididos por três critérios.
Excelência da investigação (50%), impacto da investigação produzida (30%) e produtividade (20%) foram os critérios de avaliação da produção científica de cada universidade.
"O ranking é centrado mais na qualidade do que na quantidade da investigação (os indicadores de qualidade contam para 80% da nota final) e tem em conta o desempenho recente da universidade (constitui 50% da nota final), assegurando assim uma comparação mais justa entre universidades com grandes diferenças de idade", realça a UP.
A UP é a maior universidade portuguesa, em número de estudantes, e "o maior produtor de ciência em Portugal, tendo sido responsável por cerca de um quinto dos artigos científicos publicados anualmente por instituições portuguesas".
O ranking é liderado pela Universidade de Harvard, seguida de outras 10 universidades norte-americanas, surgindo a primeira europeia (Cambridge, Inglaterra) em 17º.
No top 500 deste ranking, o Brasil tem seis universidades (a Universidade de S. Paulo está em 94º) e a Espanha tem 11 (Universidade de Barcelona em 111º).
Cimeira UE/África: Mugabe satisfeito com segurança portuguesa que afastou gays
O Presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, elogiou Portugal pela "calorosa recepção e segurança rigorosa" durante a cimeira UE/África "para manter afastados gays que alegadamente vieram de vários países da Europa".
Segundo The Herald, Mugabe agradeceu também a Portugal por ter insistido na presença de todos os países africanos na cimeira UE/África, do passado fim-de-semana, adianta o jornal zimbabueano.
"Portugal relacionou-se com os países africanos como um parceiro igual, apesar de ser uma ex-potência colonial de Moçambique, Angola e Guiné-Bissau", referiu Mugabe, citado pelo diário.
O jornal adianta que Robert Mugabe regressou segunda-feira a casa, vindo de Lisboa, tendo sido recebido em Harare por "milhares de apoiantes da União Nacional Africana do Zimbabué - Frente Patriótica (ZANU-PF) que entoavam canções revolucionárias".
Segundo The Herald, Mugabe agradeceu também a Portugal por ter insistido na presença de todos os países africanos na cimeira UE/África, do passado fim-de-semana, adianta o jornal zimbabueano.
"Portugal relacionou-se com os países africanos como um parceiro igual, apesar de ser uma ex-potência colonial de Moçambique, Angola e Guiné-Bissau", referiu Mugabe, citado pelo diário.
O jornal adianta que Robert Mugabe regressou segunda-feira a casa, vindo de Lisboa, tendo sido recebido em Harare por "milhares de apoiantes da União Nacional Africana do Zimbabué - Frente Patriótica (ZANU-PF) que entoavam canções revolucionárias".
segunda-feira, dezembro 10, 2007
El País: "Mourinho, a Espanha precisa de ti"
Com este título o diário espanhol El País publicou um artigo dedicado ao treinador português e à possibilidade de ser designado seleccionador de Inglaterra.
"Alguém tem de resgatar José Mourinho. Tanto por solidariedade ibérica como por interesse próprio. Esse alguém deve ser o presidente de um clube do futebol espanhol, um que seja suficientemente inteligente para reconhecer o valor de contratar o melhor treinador desempregado do Mundo. Se não for assim, tão desesperado está o ex-treinador do Chelsea para voltar a trabalhar que poderia aceitar o calvário, absurdamente bem pago, de dirigir a selecção inglesa", lê-se.
"Com a sua arrogância de deus grego dá um valor incalculável ao maior espectáculo do Mundo e para o futebol espanhol, que nos últimos tempos tem perdido posições para o inglês, contratá-lo seria uma injecção de vitaminas", acrescenta-se. E antecipa-se cenário grandioso: "Seria um espectáculo presenciar a guerra de palavras entre o Real e o Barcelona no caso de Mourinho assumir o comando no Bernabéu. Infelizmente, não parece que isso possa suceder, por falta de imaginação da Direcção do Real e também porque Schuster está a fazer um autêntico milagre depois das desastrosas contratações do Verão. Para o Barcelona, contudo, o regresso de Mourinho não deveria ser uma remota possibilidade. A disputa entre Schuster e Mourinho seria a mais grandiosa desde os tempos de Wellington e Napoleão".
Solidariedade ibérica?! Que descaramento...
"Alguém tem de resgatar José Mourinho. Tanto por solidariedade ibérica como por interesse próprio. Esse alguém deve ser o presidente de um clube do futebol espanhol, um que seja suficientemente inteligente para reconhecer o valor de contratar o melhor treinador desempregado do Mundo. Se não for assim, tão desesperado está o ex-treinador do Chelsea para voltar a trabalhar que poderia aceitar o calvário, absurdamente bem pago, de dirigir a selecção inglesa", lê-se.
"Com a sua arrogância de deus grego dá um valor incalculável ao maior espectáculo do Mundo e para o futebol espanhol, que nos últimos tempos tem perdido posições para o inglês, contratá-lo seria uma injecção de vitaminas", acrescenta-se. E antecipa-se cenário grandioso: "Seria um espectáculo presenciar a guerra de palavras entre o Real e o Barcelona no caso de Mourinho assumir o comando no Bernabéu. Infelizmente, não parece que isso possa suceder, por falta de imaginação da Direcção do Real e também porque Schuster está a fazer um autêntico milagre depois das desastrosas contratações do Verão. Para o Barcelona, contudo, o regresso de Mourinho não deveria ser uma remota possibilidade. A disputa entre Schuster e Mourinho seria a mais grandiosa desde os tempos de Wellington e Napoleão".
Solidariedade ibérica?! Que descaramento...
MIT critica separação entre ensino superior e indústria em Portugal
Yossi Sheffi, do Massachussetts Institute of Technology (MIT), criticou a total separação entre o meio académico e a indústria em Portugal, considerando as universidades "muito conservadoras" e "pouco práticas", defendendo uma "urgente" mudança de mentalidade. "Em Portugal, como no resto da Europa, há uma total separação entre o meio académico e a indústria, mas penso que o problema não são as empresas e sim as universidades", disse o director da divisão de Sistemas de Engenharia e do Centro de Transportes e Logística do MIT.
"Precisamente por não serem o número 1 [as instituições académicas portuguesas podem mudar], há uma razão para fazer algo de diferente. Têm de começar a trabalhar em conjunto com a indústria, a criar especialistas em engenharia, incluindo mais e mais investigação", avisou Sheffi.
Segundo Sheffi, as universidades podem dar "bem mais aos estudantes", começando por lhes mostrar que "o trabalho com as empresas é importante", não se resumindo à publicação de ensaios, à leitura ou à definição teórica da profissão de engenheiro, que acaba por não dar um contrato de trabalho a ninguém. "O que interessa o que é ou não a engenharia? Nada. Não interessa qual a etiqueta que se põe no problema, não interessa qual o ensaio que se vai publicar. A única coisa que interessa é a solução para o problema", frisou.
Contudo, Portugal reúne "uma série de ingredientes" para poder mudar. "Portugal pode ser um centro de excelência de engenharia em educação e investigação. Por ser um país pequeno, com tradição para estabelecer laços com o resto do mundo, tem oportunidade para que o governo, as indústrias e as instituições académicas possam trabalhar em conjunto", salientou.
O MIT está a desenvolver um programa com instituições portuguesas, que envolve centros de investigação, docentes, investigadores e alunos na forma de consórcios entre escolas de engenharia, faculdades de ciências e tecnologia e escolas de economia e gestão em sete universidades portuguesas, incluindo ainda empresas, laboratórios associados e laboratórios de Estado. Lançado em Outubro, o Programa MIT-Portugal insere-se num conjunto de acções que o Governo está a desenvolver para o fortalecimento da cooperação científica e tecnológica com instituições de reconhecido mérito internacional, de forma a potenciar projectos inovadores que contribuam para reforçar a capacidade científica e de formação avançada em Portugal.
"Precisamente por não serem o número 1 [as instituições académicas portuguesas podem mudar], há uma razão para fazer algo de diferente. Têm de começar a trabalhar em conjunto com a indústria, a criar especialistas em engenharia, incluindo mais e mais investigação", avisou Sheffi.
Segundo Sheffi, as universidades podem dar "bem mais aos estudantes", começando por lhes mostrar que "o trabalho com as empresas é importante", não se resumindo à publicação de ensaios, à leitura ou à definição teórica da profissão de engenheiro, que acaba por não dar um contrato de trabalho a ninguém. "O que interessa o que é ou não a engenharia? Nada. Não interessa qual a etiqueta que se põe no problema, não interessa qual o ensaio que se vai publicar. A única coisa que interessa é a solução para o problema", frisou.
Contudo, Portugal reúne "uma série de ingredientes" para poder mudar. "Portugal pode ser um centro de excelência de engenharia em educação e investigação. Por ser um país pequeno, com tradição para estabelecer laços com o resto do mundo, tem oportunidade para que o governo, as indústrias e as instituições académicas possam trabalhar em conjunto", salientou.
O MIT está a desenvolver um programa com instituições portuguesas, que envolve centros de investigação, docentes, investigadores e alunos na forma de consórcios entre escolas de engenharia, faculdades de ciências e tecnologia e escolas de economia e gestão em sete universidades portuguesas, incluindo ainda empresas, laboratórios associados e laboratórios de Estado. Lançado em Outubro, o Programa MIT-Portugal insere-se num conjunto de acções que o Governo está a desenvolver para o fortalecimento da cooperação científica e tecnológica com instituições de reconhecido mérito internacional, de forma a potenciar projectos inovadores que contribuam para reforçar a capacidade científica e de formação avançada em Portugal.
Ministro das Relações Exteriores do Brasil visita Díli
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, fará uma visita oficial a Timor-Leste nos dias 10 e 11 de Dezembro, para reforçar os laços de cooperação com aquele país, informou hoje a diplomacia brasileira. Segundo um comunicado divulgado pelo Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, a agenda de Amorim inclui encontros com o Presidente timorense, José Ramos-Horta, e com o primeiro-ministro Xanana Gusmão. O ministro brasileiro reunir-se-á igualmente com o seu homólogo Zacarias da Costa e com o presidente do Tribunal de Recurso, Cláudio Ximenes. Celso Amorim terá ainda um encontro com o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas em Timor-Leste, Atul Khare. Participará também numa cerimónia de formatura no Centro de Formação Profissional administrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Brasil (Senai) em Díli, dedicado à capacitação de mão-de-obra básica.
O Itamaraty destacou que o Brasil mantém estreitos laços de cooperação com Timor-Leste, único país da Ásia e Oceania que tem o português como língua oficial. Na avaliação do governo brasileiro, esta cooperação, nos campos da educação, justiça, segurança e formação de mão-de-obra, é "essencial à consolidação do nascente Estado timorense".
O Itamaraty destacou que o Brasil mantém estreitos laços de cooperação com Timor-Leste, único país da Ásia e Oceania que tem o português como língua oficial. Na avaliação do governo brasileiro, esta cooperação, nos campos da educação, justiça, segurança e formação de mão-de-obra, é "essencial à consolidação do nascente Estado timorense".
Ténis: Michelle Brito Campeã do Mundo Júnior
A tenista Michelle Brito, nona cabeça-de-série, tornou-se hoje a primeira portuguesa e a segunda tenista mais jovem de sempre a ganhar o escalão principal do Torneio Internacional Orange Bowl Junior, disputado na Florida, ao vencer na final a norte-americana Melanie Oudin. A menos de dois meses de completar 15 anos, a jovem portuguesa venceu o torneio feminino de sub-18, uma espécie de campeonato do Mundo oficioso de juniores, ao impor-se à oitava favorita em apenas dois "sets", pelos parciais de 7-5 e 6-3. Michelle Brito apenas foi batida, em matéria de precocidade, pela russa Nicole Vaidisova, actual número 12 mundial, que venceu a prova em 2003, no ano em que a portuguesa atingiu as meias-finais do torneio de sub-13 da prova, disputada na Florida. Durante a caminhada para o título, Michelle Brito já tinha derrotado a vencedora da edição de 2006 do torneio de Key Biscayne, a austríaca Nikola Hofamnova, segunda cabeça-de-série. Nos 60 anos de história da prova fundada por Eddie Herr em 1947, já se sagraram campeões tenistas como o suíço Roger Federer e a belga Justine Henin, actuais números líderes dos ranking masculino e feminino. Antes, foi a vez de nomes como Borg, John McEnroe, Ivan Lendl, Gabriela Sabatini, Jim Courier garantirem o triunfo na prova.
UE/África: cimeira foi "copo meio vazio", imprensa espanhola
A falta de grandes acordos, particularmente comerciais, entre a UE e África levam a imprensa espanhola a considerar que a cimeira do fim-de-semana se saldou por um encontro de "copo meio vazio".
A cobertura noticiosa dos principais diários espanhóis acaba por destacar vários dos temas paralelos, nomeadamente o anúncio de mais apoios espanhóis para o continente, o acordo hispano-francês para combate à ETA e o convite do presidente francês ao líder líbio para uma visita a Paris.
Para o El Pais, o primeiro destaque da cimeira prende-se com as novas ofertas espanholas para o continente, nomeadamente a construção de linhas férreas e estradas em África Ocidental. O jornal também refere que "um grupo de países africanos recusou os acordos comerciais com a Europa", citando a Mugabe que critica a "arrogância" europeia face ao seu país e ao continente africano. Nas duas páginas que dedica ao tema o jornal inclui uma entrevista com Plácido Micó, líder da oposição da Guiné Equatorial, em que este sustenta que a UE "não aborda a falta de democracia em África".
Para o jornal ABC, o mais destacado da cimeira foi o facto da França e de Espanha terem "levantado a Kadafi um veto ocidental de mais de 20 anos", destacando as críticas a Sarkozy pela visita do ditador a Paris e a assinatura de acordos entre a França e Líbia de entre três e cinco mil milhões de euros. Sobre a cimeira em si, o jornal destaca as ofertas de cooperação espanholas e a oferta da UE a África para "negociar para evitar a luta comercial".
O El Mundo é um dos jornais que menos cobertura dá ao tema, empurrando a cimeira para a segunda parte do seu caderno internacional, onde nota que foi uma "cimeira com vontade política mas sem consenso comercial". Destacando o abandono do presidente do Senegal da última reunião, o jornal refere que "apesar da boa vontade" dos líderes europeus e africanos "na prática esta cimeira não serviu para solucionar um dos assuntos pendentes e mais importantes: conseguir consenso em matéria comercial".
"Perante o fracasso, Barroso centra o êxito da cimeira em si mesma: é a primeira em sete anos", escreve o El Mundo, num curto artigo, marcado pela foto final de Durão Barroso, John Kouour e José Sócrates.
Se a inveja matasse...
A cobertura noticiosa dos principais diários espanhóis acaba por destacar vários dos temas paralelos, nomeadamente o anúncio de mais apoios espanhóis para o continente, o acordo hispano-francês para combate à ETA e o convite do presidente francês ao líder líbio para uma visita a Paris.
Para o El Pais, o primeiro destaque da cimeira prende-se com as novas ofertas espanholas para o continente, nomeadamente a construção de linhas férreas e estradas em África Ocidental. O jornal também refere que "um grupo de países africanos recusou os acordos comerciais com a Europa", citando a Mugabe que critica a "arrogância" europeia face ao seu país e ao continente africano. Nas duas páginas que dedica ao tema o jornal inclui uma entrevista com Plácido Micó, líder da oposição da Guiné Equatorial, em que este sustenta que a UE "não aborda a falta de democracia em África".
Para o jornal ABC, o mais destacado da cimeira foi o facto da França e de Espanha terem "levantado a Kadafi um veto ocidental de mais de 20 anos", destacando as críticas a Sarkozy pela visita do ditador a Paris e a assinatura de acordos entre a França e Líbia de entre três e cinco mil milhões de euros. Sobre a cimeira em si, o jornal destaca as ofertas de cooperação espanholas e a oferta da UE a África para "negociar para evitar a luta comercial".
O El Mundo é um dos jornais que menos cobertura dá ao tema, empurrando a cimeira para a segunda parte do seu caderno internacional, onde nota que foi uma "cimeira com vontade política mas sem consenso comercial". Destacando o abandono do presidente do Senegal da última reunião, o jornal refere que "apesar da boa vontade" dos líderes europeus e africanos "na prática esta cimeira não serviu para solucionar um dos assuntos pendentes e mais importantes: conseguir consenso em matéria comercial".
"Perante o fracasso, Barroso centra o êxito da cimeira em si mesma: é a primeira em sete anos", escreve o El Mundo, num curto artigo, marcado pela foto final de Durão Barroso, John Kouour e José Sócrates.
Se a inveja matasse...
sexta-feira, dezembro 07, 2007
Macau: Deputado acusa poder de roubar mais que portugueses
Os recursos públicos "roubados" nos últimos anos em Macau atingiram valores superiores aos "roubados pelos portugueses" durante 400 anos, afirmou na quinta-feira o deputado Au Kam San na Assembleia Legislativa (AL) de Macau numa intervenção que provocou dois protestos.
Ao intervir no período antes da ordem do dia, San, eleito directamente nas listas da Associação do Novo Macau Democrático, salientou que "na época da governação colonial, os cidadãos de Macau nada podiam fazer quanto aos actos praticados pelos administradores não indígenas", mas que depois da implementação da Região Administrativa Especial (RAE) chinesa deveria ter-se aberto "uma nova etapa". Nas palavras de San a nova etapa não surgiu e o princípio do Macau governado pelas suas gentes não existe.
"O dono não somos nós. Os recursos políticos do Governo de Macau são monopolizados por uma minoria tal como os recursos económicos que são roubados à vontade por outra minoria", disse. Acrescentou também que "essas minorias vendem os bens do Estado a preço de saldo" e que os «roubos atingem um grau tão feroz que até os governantes colonialistas teriam dificuldade em com eles rivalizar".
As palavras de San, que a 20 de Dezembro, data em que se assinala o oitavo aniversário de Macau como RAE da China, organiza uma manifestação popular contra as políticas do Executivo de Macau, acabaram por provocar dois votos de protesto proferidos pelos deputados Leonel Alves e José Pereira Coutinho.
Falando de pé, um acontecimento raro na AL, e em português, Alves exigiu "provas" das acusações de San e acusou o seu colega de proferir um discurso fácil e populista para incitar o ânimo da população mais incauta.
Já Pereira Coutinho salientou na sua intervenção que as afirmações de San foram insultuosas para os portugueses que vivem e viveram em Macau e exigiu que o deputado se retratasse do que disse, algo que San não fez, salientando apenas que assumia a "responsabilidade política" da sua intervenção.
Ao intervir no período antes da ordem do dia, San, eleito directamente nas listas da Associação do Novo Macau Democrático, salientou que "na época da governação colonial, os cidadãos de Macau nada podiam fazer quanto aos actos praticados pelos administradores não indígenas", mas que depois da implementação da Região Administrativa Especial (RAE) chinesa deveria ter-se aberto "uma nova etapa". Nas palavras de San a nova etapa não surgiu e o princípio do Macau governado pelas suas gentes não existe.
"O dono não somos nós. Os recursos políticos do Governo de Macau são monopolizados por uma minoria tal como os recursos económicos que são roubados à vontade por outra minoria", disse. Acrescentou também que "essas minorias vendem os bens do Estado a preço de saldo" e que os «roubos atingem um grau tão feroz que até os governantes colonialistas teriam dificuldade em com eles rivalizar".
As palavras de San, que a 20 de Dezembro, data em que se assinala o oitavo aniversário de Macau como RAE da China, organiza uma manifestação popular contra as políticas do Executivo de Macau, acabaram por provocar dois votos de protesto proferidos pelos deputados Leonel Alves e José Pereira Coutinho.
Falando de pé, um acontecimento raro na AL, e em português, Alves exigiu "provas" das acusações de San e acusou o seu colega de proferir um discurso fácil e populista para incitar o ânimo da população mais incauta.
Já Pereira Coutinho salientou na sua intervenção que as afirmações de San foram insultuosas para os portugueses que vivem e viveram em Macau e exigiu que o deputado se retratasse do que disse, algo que San não fez, salientando apenas que assumia a "responsabilidade política" da sua intervenção.
Khadafi traz negócios para empresas nacionais
A Galp deverá alargar a sua presença na exploração de petróleo ao território líbio. Construção e petroquímica também ganham.
A visita oficial de Muammar Khadafi a Portugal, um dia antes do início da Cimeira UE/África, não se ficou a dever ao desejo do presidente líbio de ficar a conhecer melhor Portugal, mas a sublinhar a importância crescente das relações comerciais entre os dois países. E para que tudo não se fique, apenas, pelas palavras hoje deverão ser anunciados vários acordos entre empresas dos dois países. Os envolvidos assinaram um acordo de confidencialidade, dando ao Presidente líbio o privilégio de os anunciar, esta manhã, num encontro com responsáveis empresariais. Mas uma das empresas envolvidas será a Galp. Os detalhes não são ainda conhecidos, mas o acordo deverá abranger as actividades em que a empresa tem apostado com maior força nos últimos meses: a exploração de petróleo naquele país e a distribuição de combustíveis em África, em parceria com uma empresa líbia. Os mercados alvo deverão localizar-se na orla mediterrânea, uma vez que a Galp já opera nos países africanos de língua portuguesa com parceiros locais.
Os contratos deverão abranger ainda empresas do sector da construção, bem como na indústria petroquímica e, possivelmente, no sector financeiro e farmacêutico.
A visita oficial de Muammar Khadafi a Portugal, um dia antes do início da Cimeira UE/África, não se ficou a dever ao desejo do presidente líbio de ficar a conhecer melhor Portugal, mas a sublinhar a importância crescente das relações comerciais entre os dois países. E para que tudo não se fique, apenas, pelas palavras hoje deverão ser anunciados vários acordos entre empresas dos dois países. Os envolvidos assinaram um acordo de confidencialidade, dando ao Presidente líbio o privilégio de os anunciar, esta manhã, num encontro com responsáveis empresariais. Mas uma das empresas envolvidas será a Galp. Os detalhes não são ainda conhecidos, mas o acordo deverá abranger as actividades em que a empresa tem apostado com maior força nos últimos meses: a exploração de petróleo naquele país e a distribuição de combustíveis em África, em parceria com uma empresa líbia. Os mercados alvo deverão localizar-se na orla mediterrânea, uma vez que a Galp já opera nos países africanos de língua portuguesa com parceiros locais.
Os contratos deverão abranger ainda empresas do sector da construção, bem como na indústria petroquímica e, possivelmente, no sector financeiro e farmacêutico.
quinta-feira, dezembro 06, 2007
TurismoAlgarve com sabor a Hollywood
O turismo vê no cinema “um novo filão a explorar”. Sagres faz de Flandres no primeiro do lote de filmes a rodar na região.
"La Conjura de El Escorial" (A Conspiração de El Escorial), que incluiu dois dias de filmagem em Sagres, na quinta e na sexta-feira, é o primeiro de quatro filmes que Joaquim de Almeida já atraiu para a região à frente da Algarve Film Commission, participando como personagem. Em 2008, serão rodados no Algarve o "Mala Muerte", produção espanhola-colombiana, "Entre Colegas", um road movie brasileiro, e "Sonho Submerso", uma produção portuguesa no Zoomarine de Albufeira.
Atraindo curiosos e turistas de passagem, o porto de Sagres serviu de plateau para filmagens que reconstituíam a Flandres do séc. XVI. Lá estava a caravela "Boa Esperança", emprestada pela Região do Turismo do Algarve (RTA), e a nau "Vitória", que veio de Cádis. “O filme gira à volta da tentativa de assassínio de Filipe II e da luta de poder entre os Mendonças e os Alba, imediatamente antes da anexação de Portugal a Espanha”, explica José Manuel Lopes, director-geral da Film Commission.
O projecto da Film Commission para trazer cinema ao Algarve é entusiasticamente apoiado pela RTA, que acredita haver aqui um novo filão a explorar.
Na peugada da Andaluzia.
O exemplo de referência é a Film Commission da Andaluzia, ‘apadrinhada’ pelo actor António Banderas, e à conta da qual Sevilha arrecadou no ano passado 9 milhões de euros de receitas. “Em seis meses, a Algarve Film Commission conseguiu atrair quatro filmes. Há aqui um poço de petróleo para explorar”, sustenta António Pina, presidente da RTA, para quem “a ambição não tem limites” e o Algarve pode chegar aos níveis da Andaluzia. “O nome de Joaquim de Almeida chama. Por mim, está nomeado embaixador do Algarve para as questões do cinema”.
O projecto já foi avançado à Câmara de Portimão, que ficou interessada em ceder terrenos de 3 a 4 hectares para montar uma ‘cidade-estúdio’, em parceria com privados. “Além do sol e desta luminosidade que temos, são precisos mais dois trunfos: o estúdio em Portimão e uma taxa especial de IVA para produção de filmes”. Pina promete ele próprio interceder junto do Governo para este objectivo de criar um ‘turismo de cinema’ no Algarve, à semelhança de Espanha e Marrocos.
O presidente da RTA já convidou o realizador Luís Filipe Costa a retirar-se no Algarve para escrever um filme sobre Teixeira Gomes, e quer trazer 7 a 8 realizadores internacionais a “ver as belezas algarvias de helicóptero”. Cerca de 30% dos custos de um filme costumam ficar no local onde é rodado, mas a visão de Pina vai além do retorno imediato nos hotéis e restaurantes locais. “O projecto de cinema no Algarve era uma Bela Adormecida. Veio um príncipe, deu-lhe um beijo e ela acordou. Eu quero ser esse príncipe”, conclui.
"La Conjura de El Escorial" (A Conspiração de El Escorial), que incluiu dois dias de filmagem em Sagres, na quinta e na sexta-feira, é o primeiro de quatro filmes que Joaquim de Almeida já atraiu para a região à frente da Algarve Film Commission, participando como personagem. Em 2008, serão rodados no Algarve o "Mala Muerte", produção espanhola-colombiana, "Entre Colegas", um road movie brasileiro, e "Sonho Submerso", uma produção portuguesa no Zoomarine de Albufeira.
Atraindo curiosos e turistas de passagem, o porto de Sagres serviu de plateau para filmagens que reconstituíam a Flandres do séc. XVI. Lá estava a caravela "Boa Esperança", emprestada pela Região do Turismo do Algarve (RTA), e a nau "Vitória", que veio de Cádis. “O filme gira à volta da tentativa de assassínio de Filipe II e da luta de poder entre os Mendonças e os Alba, imediatamente antes da anexação de Portugal a Espanha”, explica José Manuel Lopes, director-geral da Film Commission.
O projecto da Film Commission para trazer cinema ao Algarve é entusiasticamente apoiado pela RTA, que acredita haver aqui um novo filão a explorar.
Na peugada da Andaluzia.
O exemplo de referência é a Film Commission da Andaluzia, ‘apadrinhada’ pelo actor António Banderas, e à conta da qual Sevilha arrecadou no ano passado 9 milhões de euros de receitas. “Em seis meses, a Algarve Film Commission conseguiu atrair quatro filmes. Há aqui um poço de petróleo para explorar”, sustenta António Pina, presidente da RTA, para quem “a ambição não tem limites” e o Algarve pode chegar aos níveis da Andaluzia. “O nome de Joaquim de Almeida chama. Por mim, está nomeado embaixador do Algarve para as questões do cinema”.
O projecto já foi avançado à Câmara de Portimão, que ficou interessada em ceder terrenos de 3 a 4 hectares para montar uma ‘cidade-estúdio’, em parceria com privados. “Além do sol e desta luminosidade que temos, são precisos mais dois trunfos: o estúdio em Portimão e uma taxa especial de IVA para produção de filmes”. Pina promete ele próprio interceder junto do Governo para este objectivo de criar um ‘turismo de cinema’ no Algarve, à semelhança de Espanha e Marrocos.
O presidente da RTA já convidou o realizador Luís Filipe Costa a retirar-se no Algarve para escrever um filme sobre Teixeira Gomes, e quer trazer 7 a 8 realizadores internacionais a “ver as belezas algarvias de helicóptero”. Cerca de 30% dos custos de um filme costumam ficar no local onde é rodado, mas a visão de Pina vai além do retorno imediato nos hotéis e restaurantes locais. “O projecto de cinema no Algarve era uma Bela Adormecida. Veio um príncipe, deu-lhe um beijo e ela acordou. Eu quero ser esse príncipe”, conclui.
Três investigadoras com menos de 35 anos recebem prémio para as Mulheres na Ciência
As investigadoras portuguesas Eliana Souto, Anabela Rolo e Iola Duarte foram ontem distinguidas com as "Medalhas de Honra L"Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência" 2007, pelos seus trabalhos no campo das ciências da vida. O prémio (no valor de 20 mil euros), atribuído pela multinacional francesa em conjunto com a comissão nacional da UNESCO e a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), pretende reconhecer o trabalho de jovens investigadoras portuguesas até aos 35 anos e doutoradas há menos de cinco.
"A iniciativa destaca o papel das mulheres e permite o aparecimento de novos cientistas entre os jovens", explica o presidente da comissão nacional da UNESCO, Fernando Guimarães, na cerimónia de entrega na Academia das Ciências, em Lisboa.
Eliana Souto, de 31 anos, não podia estar mais de acordo. O trabalho que desenvolve na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa, no Porto, prende-se com a melhoria da eficácia de determinados fármacos na área da cosmética e do tratamento de doenças de pele.
Anabela Rolo, de 30 anos, que é responsável pela pesquisa sobre as alterações metabólicas no organismo em pré-diabetes e criação de novas terapêuticas adequadas. A investigação, "ainda na fase inicial", desenvolve-se no Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra.
Iola Duarte, de 32 anos, agradece à família. Iola é investigadora do Laboratório Associado CICECO da Universidade de Aveiro, trabalhando em rede com os Hospitais e a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Desde Setembro deste ano, que tem tentado compreender, através da ressonância magnética nuclear, o interior dos tecidos pulmonares saudável e cancerosos.
"A iniciativa destaca o papel das mulheres e permite o aparecimento de novos cientistas entre os jovens", explica o presidente da comissão nacional da UNESCO, Fernando Guimarães, na cerimónia de entrega na Academia das Ciências, em Lisboa.
Eliana Souto, de 31 anos, não podia estar mais de acordo. O trabalho que desenvolve na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa, no Porto, prende-se com a melhoria da eficácia de determinados fármacos na área da cosmética e do tratamento de doenças de pele.
Anabela Rolo, de 30 anos, que é responsável pela pesquisa sobre as alterações metabólicas no organismo em pré-diabetes e criação de novas terapêuticas adequadas. A investigação, "ainda na fase inicial", desenvolve-se no Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra.
Iola Duarte, de 32 anos, agradece à família. Iola é investigadora do Laboratório Associado CICECO da Universidade de Aveiro, trabalhando em rede com os Hospitais e a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Desde Setembro deste ano, que tem tentado compreender, através da ressonância magnética nuclear, o interior dos tecidos pulmonares saudável e cancerosos.
Mota-Engil apresenta melhor proposta para auto-estradas no México
A construtora Mota-Engil anunciu hoje que o consórcio do qual faz parte apresentou a melhor proposta para a concessão de construção, operação, exploração, conservação e manutenção por 30 anos de uma auto-estrada no México. A adjudicação do projecto final deverá ocorrer no prazo de um mêsMafalda AguilarEm comunicado enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Mota-Engil afirma que "o agrupamento formado pela Isolux Corsan Concessiones, Isolux de Mexico, Mota-Engil e ES Concessões apresentou, de acordo com os critérios do concurso, a melhor proposta para a concessão de construção, operação, exploração, conservação e manutenção por 30 anos da auto-estrada 'Perote-Banderilla y Libramiento de Xalapa', no México".
No documento, a construtora adianta que o projecto, em regime de portagem real, contempla a construção no prazo de dois anos de cerca de 59 km de auto-estrada, com custo estimado de 179 milhões de euros. Em adição, a proposta entregue inclui ainda um pagamento ao Estado de cerca de 209 milhões de euros, dos quais mais de 48 milhões de euros serão desembolsados pela Mota-Engil. A Mota-Engil tem uma participação de 30% no consórcio, enquanto a ES Concessões detém 20% e a Isolux Corsam os restantes 50%.
No documento, a construtora adianta que o projecto, em regime de portagem real, contempla a construção no prazo de dois anos de cerca de 59 km de auto-estrada, com custo estimado de 179 milhões de euros. Em adição, a proposta entregue inclui ainda um pagamento ao Estado de cerca de 209 milhões de euros, dos quais mais de 48 milhões de euros serão desembolsados pela Mota-Engil. A Mota-Engil tem uma participação de 30% no consórcio, enquanto a ES Concessões detém 20% e a Isolux Corsam os restantes 50%.
Mário Soares reafirma vontade de ver arquipélago na União Europeia
O antigo Presidente da República de Portugal Mário Soares reafirmou, no Mindelo, que gostaria de ver Cabo Verde como membro de pleno direito da União Europeia. Soares falava na terça-feira, no Centro Cultural do Mindelo, ilha de São Vicente, como convidado de uma conferência organizada pelo Instituto de Estudos Superiores Isidoro Graça (IESIG). O antigo chefe de Estado português falou sobre o tema "Cabo Verde e a Europa na encruzilhada dos destinos: ontem, hoje e amanhã", que serviu de base também a uma intervenção do Presidente cabo-verdiano, Pedro Pires.
Segundo a Inforpress, Mário Soares voltou a dizer que a sua opinião é a de que, após o 25 de Abril, Cabo Verde devia ter obtido um estatuto de região autónoma de Portugal, como a Madeira e os Açores. Porém, acrescentou, na altura a questão não podia pôr-se já que tanto a Guiné-Bissau como Cabo Verde, liderados pelo mesmo partido, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), queriam era a independência.
Pedro Pires, que falou depois de Soares, lembrou que há 32 anos o próprio Banco Mundial considerava o novo país inviável e congratulou-se depois com a integração de Cabo Verde no grupo de países de rendimento médio, a partir de Janeiro, e detentor de um Índice de Desenvolvimento Humano "notável". A conferência do IESIG termina hoje, com uma intervenção do professor português Adriano Moreira sobre "O ensino superior, a democracia, o desenvolvimento e o empreendedorismo".
Segundo a Inforpress, Mário Soares voltou a dizer que a sua opinião é a de que, após o 25 de Abril, Cabo Verde devia ter obtido um estatuto de região autónoma de Portugal, como a Madeira e os Açores. Porém, acrescentou, na altura a questão não podia pôr-se já que tanto a Guiné-Bissau como Cabo Verde, liderados pelo mesmo partido, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), queriam era a independência.
Pedro Pires, que falou depois de Soares, lembrou que há 32 anos o próprio Banco Mundial considerava o novo país inviável e congratulou-se depois com a integração de Cabo Verde no grupo de países de rendimento médio, a partir de Janeiro, e detentor de um Índice de Desenvolvimento Humano "notável". A conferência do IESIG termina hoje, com uma intervenção do professor português Adriano Moreira sobre "O ensino superior, a democracia, o desenvolvimento e o empreendedorismo".
quarta-feira, dezembro 05, 2007
Ex-Presidente português Sampaio visita o país como representante da ONU
O ex-Presidente português Jorge Sampaio chega na quarta-feira ao Brasil como Enviado Especial da ONU para a Luta contra a Tuberculose e Alto Representante da ONU para a Aliança das Civilizações, informou hoje embaixada de Portugal em Brasília.
A agenda da visita, que decorre até o próximo dia 8, inclui Brasília e Rio de Janeiro. Na primeira das duas funções que virá desempenhar no Brasil, Sampaio terá um encontro com o ministro brasileiro da Saúde, José Gomes Temporão, e conhecerá a experiência de combate à tuberculose na Rocinha, no Rio de Janeiro, a maior favela da América Latina, com mais de 150 mil habitantes. Sampaio participa também num seminário sobre a cooperação internacional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em África na área da saúde e combate à tuberculose. O ex-Presidente português vai visitar ainda o Instituto de Tecnologia em Imobiológicos "Bio-manguinhos" e outras instalações da Fiocruz no Rio de Janeiro.
Como Alto Representante da ONU para a Aliança das Civilizações, Sampaio está presente, no sábado, na conferência internacional "Aliança das Civilizações, Interculturalismo e Direitos Humanos", inaugurada pelo Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
Do Rio de Janeiro, Jorge Sampaio segue para Washington.
A agenda da visita, que decorre até o próximo dia 8, inclui Brasília e Rio de Janeiro. Na primeira das duas funções que virá desempenhar no Brasil, Sampaio terá um encontro com o ministro brasileiro da Saúde, José Gomes Temporão, e conhecerá a experiência de combate à tuberculose na Rocinha, no Rio de Janeiro, a maior favela da América Latina, com mais de 150 mil habitantes. Sampaio participa também num seminário sobre a cooperação internacional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em África na área da saúde e combate à tuberculose. O ex-Presidente português vai visitar ainda o Instituto de Tecnologia em Imobiológicos "Bio-manguinhos" e outras instalações da Fiocruz no Rio de Janeiro.
Como Alto Representante da ONU para a Aliança das Civilizações, Sampaio está presente, no sábado, na conferência internacional "Aliança das Civilizações, Interculturalismo e Direitos Humanos", inaugurada pelo Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
Do Rio de Janeiro, Jorge Sampaio segue para Washington.
Brisa vai competir com quatro rivais na privatização de estradas na Turquia
As autoridades turcas revelaram hoje que existem cinco empresas interessadas na privatização das estradas do país. Para além da portuguesa Brisa, estão na corrida a australiana Macquaria Infrastructure, a italiana Atlantia, a japonesa Itochu e a espanhola Abertis.
Segundo o administrador da TSKB Halil Eroglu, que está a aconselhar o governo de Ancara na operação de privatização das estradas turcas, citado pela agência Reuters, "de momento estamos em conversações (...) pelo que não é possível nem correcto estimar quanto irá ser encaixado com a operação, mas posso dizer que o interesse é intenso". A Brisa já havia anunciado o seu interesse em concorrer à privatização das estradas turcas.
Segundo o administrador da TSKB Halil Eroglu, que está a aconselhar o governo de Ancara na operação de privatização das estradas turcas, citado pela agência Reuters, "de momento estamos em conversações (...) pelo que não é possível nem correcto estimar quanto irá ser encaixado com a operação, mas posso dizer que o interesse é intenso". A Brisa já havia anunciado o seu interesse em concorrer à privatização das estradas turcas.
Cimpor compra empresa na Índia
A Índia é o segundo maior mercado do mundo no sector cimenteiro.
Após a China, a Turquia e o Peru, foi a vez da Índia. Há vários anos que a empresa presidida por Ricardo Bayão Horta estuda as várias oportunidades de negócio que surgiam nesse país asiático, um interesse estratégico que só agora foi concretizado. A Cimpor comprou 53,64% da cimenteira indiana Shree Digvijay por 117 milhões de euros. O contrato, assinado ontem, obriga a Cimpor ao lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre mais 20% do capital desta sociedade.A cimenteira passará a estar cotada na Bolsa de Bombaim.
Após a China, a Turquia e o Peru, foi a vez da Índia. Há vários anos que a empresa presidida por Ricardo Bayão Horta estuda as várias oportunidades de negócio que surgiam nesse país asiático, um interesse estratégico que só agora foi concretizado. A Cimpor comprou 53,64% da cimenteira indiana Shree Digvijay por 117 milhões de euros. O contrato, assinado ontem, obriga a Cimpor ao lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre mais 20% do capital desta sociedade.A cimenteira passará a estar cotada na Bolsa de Bombaim.
Distinção internacional para Serralves
A Fundação de Serralves recebeu o Prémio dos Pares nos International Museum Communication Awards (IMCA).
O reconhecimento chega de uma votação de museus e galerias de arte de 82 países e distingue a campanha para a exposição de Katharina Grosse que esteve no museu portuense entre Abril e Julho deste ano. Inspirado no trabalho da artista alemã, o Gabinete de Imagem e Divulgação de Serralves desenvolveu a publicidade para Atoms Outside Eggs tendo "como base cartazes brancos, que depois de colados nas ruas foram pintados com tinta em spray", explica a assessora de imprensa, Marta Morais. Os IMCA premeiam os melhores trabalhos internacionais de comunicação para museus e galerias de arte. A cerimónia de entrega decorreu em Bruxelas, a 29 de Novembro. Além da Fundação de Serralves, os principais prémios distinguiram a National Portrait Gallery e o Southbank Centre, ambos de Londres, o MUDAM, do Luxemburgo, e o MuseumsQuartier Viena.
terça-feira, dezembro 04, 2007
Bósnia-Herzegovina mais próxima da adesão à UE
O Acordo de Associação e Estabilização será hoje rubricado em Sarajevo. Luís Amado, presidente em exercício do Conselho de Ministros da UE, e Javier Solana, Alto Representante para a Política Externa, chefiam a delegação europeia.
A Bósnia é o único país da região dos Balcãs Ocidentais que não tem um acordo de associação com a União Europeia.
Nos termos do acordo de paz de Dayton, que pôs fim ao conflito de 1992-1995 na antiga Jugoslávia, a Bósnia é formada por duas entidades autónomas, a República Srpska e a Federação Croato-Muçulmana, unidas por frágeis instituições centrais.
Desde 1 de Novembro, esta república da ex-Jugoslávia vive uma grave crise política desencadeada pela demissão do primeiro-ministro do governo central Nikola Spiric (sérvio).
Spiric demitiu-se e dissolveu o governo permanecendo interinamente em funções até à sua recondução em funções ou à realização de eleições legislativas.
A sua demissão deveu-se a reformas impostas pela comunidade internacional, destinadas a impedir os entraves ao funcionamento do governo bósnio através da abstenção dos seus membros, mas que os sérvios vêem como dirigidas contra os seus interesses.
O governo central bósnio - comum a muçulmanos, sérvios e croatas - aprovou um plano de acção para a reforma da polícia. Esta reforma era a condição para que a Bósnia pudesse rubricar com a UE o Acordo de Estabilização e Associação, que abre o caminho para uma futura adesão à União.
A Bósnia é o único país da região dos Balcãs Ocidentais que não tem um acordo de associação com a União Europeia.
Nos termos do acordo de paz de Dayton, que pôs fim ao conflito de 1992-1995 na antiga Jugoslávia, a Bósnia é formada por duas entidades autónomas, a República Srpska e a Federação Croato-Muçulmana, unidas por frágeis instituições centrais.
Desde 1 de Novembro, esta república da ex-Jugoslávia vive uma grave crise política desencadeada pela demissão do primeiro-ministro do governo central Nikola Spiric (sérvio).
Spiric demitiu-se e dissolveu o governo permanecendo interinamente em funções até à sua recondução em funções ou à realização de eleições legislativas.
A sua demissão deveu-se a reformas impostas pela comunidade internacional, destinadas a impedir os entraves ao funcionamento do governo bósnio através da abstenção dos seus membros, mas que os sérvios vêem como dirigidas contra os seus interesses.
O governo central bósnio - comum a muçulmanos, sérvios e croatas - aprovou um plano de acção para a reforma da polícia. Esta reforma era a condição para que a Bósnia pudesse rubricar com a UE o Acordo de Estabilização e Associação, que abre o caminho para uma futura adesão à União.
Alunos portugueses abaixo da média da OCDE em todas as competências
O desempenho dos alunos portugueses de 15 anos é mais baixo do que a média dos seus colegas de 57 países a Ciências, Matemática e Leitura, segundo um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) publicado hoje.
O PISA 2006 (Programme for International Student Assessment) avaliou os conhecimentos e competências dos estudantes que estão a terminar ou já concluíram o ensino obrigatório, comparando os resultados dos 30 países e 27 parceiros da OCDE .
A nível dos conhecimentos científicos, os mais testados nesta edição do PISA, os alunos portugueses alcançaram uma pontuação de 474, o que corresponde ao 37º lugar entre os 57 países que participaram no estudo. Os países-membros da OCDE registaram uma média de 500 pontos, enquanto a média global foi de 491. Mais de metade dos estudantes (53,3 %) só demonstraram conhecimentos básicos neste domínio, não indo além do nível 2 em 6 níveis de complexidade. Por oposição, só 0,1% conseguiu atingir o nível mais elevado, o pior resultado entre os países da OCDE.
Apesar de negativo, o desempenho nacional em Ciências melhorou face a 2003 e 2000, quando os alunos alcançaram uma pontuação de 468 e 459, respectivamente.
Já no que diz respeito aos conhecimentos matemáticos, o desempenho dos estudantes de 15 anos ficou 32 pontos abaixo da média da OCDE (466 contra 498) e 18 abaixo da média total, fixada nos 484. Nesta área, mais de metade dos estudantes (55,8%) ficou-se pelos níveis 1 e 2 e só 0,8% demonstrou conhecimentos correspondentes ao patamar mais alto. O desempenho não sofreu alterações face a 2003 no que diz respeito à Matemática, o mesmo acontecendo ao nível da Leitura, em que a variação registada não é estatisticamente significativa (menos 5 pontos do que em 2003, mas mais 2 do que em 2000).
A nível global, os alunos obtiveram 472 pontos nas competências associadas à Leitura, menos 12 do que a média global e menos 20 do que a média da OCDE. Para o secretário de Estado Adjunto da Educação, Jorge Pedreira, "os resultados estão aquém do que seria desejável", evidenciando uma "disfunção" do sistema educativo português. Isto porque se tivermos apenas em conta o desempenho dos alunos do 10º ano, o normal para frequentar aos 15 anos, o resultado estaria acima da média da OCDE nas três competências avaliadas.
O problema, explicou, é que o país apresenta taxas de retenção muito acima da média, pelo que, aos 15 anos, há alunos ainda a frequentar o terceiro ciclo do ensino básico (7º, 8º e 9º anos) e que não demonstram um nível de conhecimentos que seria expectável para a sua idade.
"Portugal consegue ter um resultado acima da média entre os alunos que têm um percurso escolar normal [que nunca chumbaram]. Nos outros, a situação é dramática", sublinhou Pedreira, adiantando que o estudo mostra que a retenção não está a funcionar em Portugal como um mecanismo de recuperação dos estudantes.
De acordo com o estudo, a percentagem de repetentes no terceiro ciclo atinge os 12,8% em Portugal e sobe para 16,9% no secundário, enquanto a média entre os países da OCDE não vai além dos 2,7% e 3,9%, respectivamente.
O Governo assegura que não acabará administrativamente com os chumbos, porque essa medida não seria compreendida política e socialmente, mas vai reforçar a aposta nos planos de recuperação.
Realizados por 400 mil alunos de 57 países, o PISA 2006 foi elaborado em Portugal por uma amostra de cinco mil estudantes, de 175 escolas de todo o país.
O PISA 2006 (Programme for International Student Assessment) avaliou os conhecimentos e competências dos estudantes que estão a terminar ou já concluíram o ensino obrigatório, comparando os resultados dos 30 países e 27 parceiros da OCDE .
A nível dos conhecimentos científicos, os mais testados nesta edição do PISA, os alunos portugueses alcançaram uma pontuação de 474, o que corresponde ao 37º lugar entre os 57 países que participaram no estudo. Os países-membros da OCDE registaram uma média de 500 pontos, enquanto a média global foi de 491. Mais de metade dos estudantes (53,3 %) só demonstraram conhecimentos básicos neste domínio, não indo além do nível 2 em 6 níveis de complexidade. Por oposição, só 0,1% conseguiu atingir o nível mais elevado, o pior resultado entre os países da OCDE.
Apesar de negativo, o desempenho nacional em Ciências melhorou face a 2003 e 2000, quando os alunos alcançaram uma pontuação de 468 e 459, respectivamente.
Já no que diz respeito aos conhecimentos matemáticos, o desempenho dos estudantes de 15 anos ficou 32 pontos abaixo da média da OCDE (466 contra 498) e 18 abaixo da média total, fixada nos 484. Nesta área, mais de metade dos estudantes (55,8%) ficou-se pelos níveis 1 e 2 e só 0,8% demonstrou conhecimentos correspondentes ao patamar mais alto. O desempenho não sofreu alterações face a 2003 no que diz respeito à Matemática, o mesmo acontecendo ao nível da Leitura, em que a variação registada não é estatisticamente significativa (menos 5 pontos do que em 2003, mas mais 2 do que em 2000).
A nível global, os alunos obtiveram 472 pontos nas competências associadas à Leitura, menos 12 do que a média global e menos 20 do que a média da OCDE. Para o secretário de Estado Adjunto da Educação, Jorge Pedreira, "os resultados estão aquém do que seria desejável", evidenciando uma "disfunção" do sistema educativo português. Isto porque se tivermos apenas em conta o desempenho dos alunos do 10º ano, o normal para frequentar aos 15 anos, o resultado estaria acima da média da OCDE nas três competências avaliadas.
O problema, explicou, é que o país apresenta taxas de retenção muito acima da média, pelo que, aos 15 anos, há alunos ainda a frequentar o terceiro ciclo do ensino básico (7º, 8º e 9º anos) e que não demonstram um nível de conhecimentos que seria expectável para a sua idade.
"Portugal consegue ter um resultado acima da média entre os alunos que têm um percurso escolar normal [que nunca chumbaram]. Nos outros, a situação é dramática", sublinhou Pedreira, adiantando que o estudo mostra que a retenção não está a funcionar em Portugal como um mecanismo de recuperação dos estudantes.
De acordo com o estudo, a percentagem de repetentes no terceiro ciclo atinge os 12,8% em Portugal e sobe para 16,9% no secundário, enquanto a média entre os países da OCDE não vai além dos 2,7% e 3,9%, respectivamente.
O Governo assegura que não acabará administrativamente com os chumbos, porque essa medida não seria compreendida política e socialmente, mas vai reforçar a aposta nos planos de recuperação.
Realizados por 400 mil alunos de 57 países, o PISA 2006 foi elaborado em Portugal por uma amostra de cinco mil estudantes, de 175 escolas de todo o país.
segunda-feira, dezembro 03, 2007
'Ainda há pastores?' premiado na 3.ª edição do Extrema DOC
O documentário "Ainda há pastores?", de Jorge Pelicano, foi galardoado no fim-de-semana com o troféu da secção Transfronteiriça da 3.ª edição do Extrema DOC, em Cáceres, Espanha, anunciou a produtora do filme.
Organizado pela Associação Docus Extremadura, o festival centra-se no documentário de autor e visa incentivar o inventário cultural da região da Extremadura e de Portugal.
Este é o nono galardão conquistado pelo documentário "Ainda há pastores?", estreado na televisão portuguesa em 2006 e que dá a conhecer o quotidiano de Hermínio, um pastor de 30 anos a viver isolado na Serra da Estrela.
Em Outubro último foi galardoado no MIVICO 07 - Mostra Internacional de Videocreacións do Condado da Galiza, com o Prémio Zumballe Melhor Documentário, e com o Green Award, do Environmental Film Festival Network (EFFN), em Turim, Itália.
No documentário, que já foi visto por milhares de pessoas em dezenas de exibições realizadas por todo o país, em cine-teatros, escolas e associações, Jorge Pelicano quis prestar uma homenagem a "uma das profissões mais duras que existem e que está em progressivo desaparecimento em Portugal", segundo o realizador.
Entre os galardões conquistados contam-se ainda o Prémio Lusofonia, no Cine Eco, em Seia, em 2006, o Prémio Atlântico do Festival Play Doc de Tuy (Espanha) em 2007, e o Prémio Imprensa, no festival Caminhos do Cinema Português, também este ano.
Repórter de imagem, Jorge Pelicano financiou o seu próprio projecto e mais tarde conseguiu alguns patrocínios de empresas privadas para fazer este filme.
Parabéns ao nosso amigo Jorge Pelicano!
Organizado pela Associação Docus Extremadura, o festival centra-se no documentário de autor e visa incentivar o inventário cultural da região da Extremadura e de Portugal.
Este é o nono galardão conquistado pelo documentário "Ainda há pastores?", estreado na televisão portuguesa em 2006 e que dá a conhecer o quotidiano de Hermínio, um pastor de 30 anos a viver isolado na Serra da Estrela.
Em Outubro último foi galardoado no MIVICO 07 - Mostra Internacional de Videocreacións do Condado da Galiza, com o Prémio Zumballe Melhor Documentário, e com o Green Award, do Environmental Film Festival Network (EFFN), em Turim, Itália.
No documentário, que já foi visto por milhares de pessoas em dezenas de exibições realizadas por todo o país, em cine-teatros, escolas e associações, Jorge Pelicano quis prestar uma homenagem a "uma das profissões mais duras que existem e que está em progressivo desaparecimento em Portugal", segundo o realizador.
Entre os galardões conquistados contam-se ainda o Prémio Lusofonia, no Cine Eco, em Seia, em 2006, o Prémio Atlântico do Festival Play Doc de Tuy (Espanha) em 2007, e o Prémio Imprensa, no festival Caminhos do Cinema Português, também este ano.
Repórter de imagem, Jorge Pelicano financiou o seu próprio projecto e mais tarde conseguiu alguns patrocínios de empresas privadas para fazer este filme.
Parabéns ao nosso amigo Jorge Pelicano!
Mourinho promove Portugal em mega campanha
O Governo encomendou uma nova campanha para promover Portugal lá fora e cá dentro.
Esta nova campanha, que está ainda no segredo dos deuses, arranca a 12 de Dezembro e está a ser idealizada pela agência de publicidade BBDO. Para já, o que se sabe é que a agência de publicidade contratou Nick Knight, um dos maiores fotógrafos do mundo da actualidade. Conhecido pela sua criatividade e por estar sempre à frente do seu tempo, Knight é o mais requisitado entre os famosos e as grandes marcas como Christian Dior, Lancôme, Swarovski, Levi Strauss, Calvin Klein ou Yves Saint Laurent. O fotógrafo, que irá receber um ‘cachet’ milionário – quase 700 mil euros por uma semana de trabalho – esteve em Portugal em Novembro. Knight esteve com a sua equipa a fotografar paisagens no Algarve, Pedras d'El Rei e outras cidades e também caras conhecidas como José Mourinho ou a artista plástica, Joana Vasconcelos, que vão dar a cara por Portugal.
A última campanha encomendada pelo Governo esteve no ar este Verão e esteve envolta em polémica. A marca Allgarve não agradou a todos, sobretudo numa altura em que o caso de Maddie McCann, a rapariga de três anos desaparecida no Algarve, fazia manchete dos principais jornais europeus. Idealizada pela Mybrand, esta foi a maior campanha de publicidade alguma vez feita no exterior e tinha como mensagens principais o mar e o golfe. Foi para o ar em 13 países e chegou quase aos 4 milhões de euros. Em 2006, tinham sido gastos dois milhões de euros na campanha “Vá para fora cá dentro”, que se baseava em testemunhos de figuras públicas portuguesas, também reconhecidas no estrangeiro.
Esta nova campanha, que está ainda no segredo dos deuses, arranca a 12 de Dezembro e está a ser idealizada pela agência de publicidade BBDO. Para já, o que se sabe é que a agência de publicidade contratou Nick Knight, um dos maiores fotógrafos do mundo da actualidade. Conhecido pela sua criatividade e por estar sempre à frente do seu tempo, Knight é o mais requisitado entre os famosos e as grandes marcas como Christian Dior, Lancôme, Swarovski, Levi Strauss, Calvin Klein ou Yves Saint Laurent. O fotógrafo, que irá receber um ‘cachet’ milionário – quase 700 mil euros por uma semana de trabalho – esteve em Portugal em Novembro. Knight esteve com a sua equipa a fotografar paisagens no Algarve, Pedras d'El Rei e outras cidades e também caras conhecidas como José Mourinho ou a artista plástica, Joana Vasconcelos, que vão dar a cara por Portugal.
A última campanha encomendada pelo Governo esteve no ar este Verão e esteve envolta em polémica. A marca Allgarve não agradou a todos, sobretudo numa altura em que o caso de Maddie McCann, a rapariga de três anos desaparecida no Algarve, fazia manchete dos principais jornais europeus. Idealizada pela Mybrand, esta foi a maior campanha de publicidade alguma vez feita no exterior e tinha como mensagens principais o mar e o golfe. Foi para o ar em 13 países e chegou quase aos 4 milhões de euros. Em 2006, tinham sido gastos dois milhões de euros na campanha “Vá para fora cá dentro”, que se baseava em testemunhos de figuras públicas portuguesas, também reconhecidas no estrangeiro.
domingo, dezembro 02, 2007
Transportes Rangel estuda compra de distribuidor em Espanha
A Rangel, especializada na área da logística, está a estudar a compra de uma empresa espanhola com o objectivo de crescer mais rápidamente em Portugal e consolidar a rede de distribuição com o sul da Europa, disse hoje o presidente do grupo português.
"Estamos a estudar a aquisição de uma empresa em Espanha, com vista a crescermos mais rapidamente em Portugal, consolidarmos a rede de distribuição no sul da Europa e depois entrarmos no Norte de África", afirmou Eduardo Rangel. Segundo o responsável, "a compra de uma empresa em Espanha é a forma de o grupo Rangel crescer mais rapidamente, uma vez que a opção pelo crescimento orgânico é mais lenta, embora também se ponha no caso de não se concretizar a aquisição".
Rangel referiu igualmente que "o volume de negócios só em Espanha estaria em linha com o valor de 100 milhões de euros que o grupo prevê alcançar em 2007, ou seja, mais 23% do que no ano anterior".
Actualmente, a Rangel Logística SL tem a sede em Madrid, conta com instalações em Barcelona e Valência, e possui uma plataforma com 22.000 metros quadrados próximo da capital. O grupo Rangel emprega 900 colaboradores e prevê fechar o ano com um volume de negócios da ordem dos 100 milhões de euros, mais 23% face ao ano anterior.
"Estamos a estudar a aquisição de uma empresa em Espanha, com vista a crescermos mais rapidamente em Portugal, consolidarmos a rede de distribuição no sul da Europa e depois entrarmos no Norte de África", afirmou Eduardo Rangel. Segundo o responsável, "a compra de uma empresa em Espanha é a forma de o grupo Rangel crescer mais rapidamente, uma vez que a opção pelo crescimento orgânico é mais lenta, embora também se ponha no caso de não se concretizar a aquisição".
Rangel referiu igualmente que "o volume de negócios só em Espanha estaria em linha com o valor de 100 milhões de euros que o grupo prevê alcançar em 2007, ou seja, mais 23% do que no ano anterior".
Actualmente, a Rangel Logística SL tem a sede em Madrid, conta com instalações em Barcelona e Valência, e possui uma plataforma com 22.000 metros quadrados próximo da capital. O grupo Rangel emprega 900 colaboradores e prevê fechar o ano com um volume de negócios da ordem dos 100 milhões de euros, mais 23% face ao ano anterior.
Golfe mudou imagem do turismo em Portugal
Jean-Claude Baumgarten, presidente do World Travel & Tourism Council (WTTC, o Conselho Mundial de Viagens e Turismo), diz que o produto "Portugal" está a passar uma imagem de mais qualidade, fruto da nova abordagem que "começou com o golfe" no Sul do país. Face à tendência mundial de "mais qualidade" e aposta em conceitos como o ecoturismo, o dirigente do WTTC diz que algo está a mudar na indústria portuguesa de turismo. O responsável pelo organismo que representa mais de uma centena de empresas do sector acredita que o perigo de o país replicar exemplos de construção maciça como sucede no Sul de Espanha já terá passado, salienta o diário este domingo.
"Parece-me que a maré mudou. Há uma mobilização diferente e penso que o país não vai seguir o exemplo dos países vizinhos", disse também Baumgarten. O aumento do preço da energia e o impacto das alterações climáticas trouxeram "uma nova abordagem ao turismo" e a aposta do Governo nas energias renováveis é um sinal de que o futuro do turismo nacional já não passa por mega empreendimentos, desintegrados da comunidade local e pouco preocupados com as questões ecológicas.
"Parece-me que a maré mudou. Há uma mobilização diferente e penso que o país não vai seguir o exemplo dos países vizinhos", disse também Baumgarten. O aumento do preço da energia e o impacto das alterações climáticas trouxeram "uma nova abordagem ao turismo" e a aposta do Governo nas energias renováveis é um sinal de que o futuro do turismo nacional já não passa por mega empreendimentos, desintegrados da comunidade local e pouco preocupados com as questões ecológicas.
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