segunda-feira, março 31, 2008

Ainda O Vídeo da Professora e da Aluna

Ouvi dizer que o aluno que filmou os acontecimentos também vai ser transferido, e além disso vi muitos a criticar o acto desse aluno.

Desde já deixo aqui a minha palavra de apreço pelo que fez esse aluno.

AINDA BEM QUE ELE FILMOU E COLOCOU NA NET.

Sem isso não se tinha gerado nem a onda de indignação, nem as reflexões que pela primeira vez podem vir a mudar alguma coisa nas escolas portuguesas.

Sem as imagens apenas se continuaria a falar à boca pequena da violência nas escolas sem qualquer tipo de reacção estatal a tais episódios recorrentes...

Expulsá-lo... o rapaz devia era receber um prémio isso sim. Quem o critíca devem ser aqueles que continuam a viver no tempo da outra senhora ond tudo se abafa.

É apenas mais uma demonstração que neste país nada se previne, apenas se reage, aqui neste canto mais uma vez reparamos na extrema importância dos média na construcção da democracia.

Se não passa na TV não existe... pelo menos é o que parece.

Parabéns aluno pela tua atitude

quinta-feira, março 27, 2008

Açores e Madeira podem vir a ser “ilhas sustentáveis”

O programa MIT-Portugal pretende estudar a utilização de energias renováveis nas ilhas dos Açores e da Madeira, com o objectivo de desenvolver o conceito de “ilha sustentável”. Como diz o nome, uma “ilha sustentável” consegue ser autónoma em termos energéticos, investindo em energias que não se esgotam.“Pretendemos desenvolver modelos de sistemas energéticos que permitam articular estratégias”, disse o director nacional do MIT-Portugal, Paulo Ferrão. “Vamos pensar em soluções globais, avalia-las e propor soluções”, explica.

Se os resultados forem positivos, empresas como a Galp e a EDP, entre outras, já mostraram vontade de implementar os sistemas energéticos desenvolvidos durante o estudo. Para que a investigação seja possível, vão ser assinados acordos entre universidades portuguesas, as agências regionais de Energia e Ambiente das regiões autónomas dos Açores e da Madeira e o MIT-Portugal. Os protocolos serão celebrados amanhã, no âmbito da Conferência Europeia do Massachussets Institute of Techonology (MIT).

As ilhas portuguesas serão usadas como um exemplo, uma base de estudo para que os resultados possam ser aplicados em termos internacionais. O factor económico tem um espaço de relevo na investigação. “Queremos desenvolver modelos a custos razoáveis”, afirmou. Ferrão explicou que “cada caso é um caso” e que não acredita que todas as ínsulas possam vir a ser sustentáveis. A Madeira, por exemplo, é muito grande e dificilmente conseguiria viver apenas de energias renováveis. Mas, um dos objectivos da investigação é também ver se os dois tipos de energia (renovável e não renovável) podem conviver juntas, “puxando mais para as renováveis”. A ilha de São Miguel, no arquipélago dos Açores, poderá ser totalmente sustentável.
Ferrão considera que Portugal é “um belo exemplo” na implementação de energias amigas do ambiente.

Lenha e azeitona produzem energia eléctrica

Proveniente dos novos olivais do Alentejo, que disponibilizaram entre 50 e 70 mil toneladas, o chamado material lenhoso servirá de matéria-prima na produção de energia eléctrica.

Estão a ser construídos lagares, com capacidade para transformar 150 a 200 mil toneladas de azeitona em bagaço, para posterior aproveitamento das suas potencialidades enquanto matéria de base para a produção de electricidade.
A lenha é utilizada actualmente pela União das Cooperativas Agrícolas do Sul (UCASUL), como produto para "tratar o próprio bagaço da azeitona", refere Aníbal Martins, presidente da cooperativa.
O material lenhoso e o bagaço da azeitona obtidos nos lagares servirão para alimentar as duas centrais de produção eléctrica que a UCASUL pretende construir. A viabilidade do projecto consagrou-se com a "instalação de mais 30 mil hectares de novos olivais no Alentejo".

terça-feira, março 25, 2008

A verdade da mentira...

25 de Março, Folha de S. Paulo

David Mamet narra a história de uma ressurreição: depois de décadas de mortificações e enganos, Mamet descobriu que não era mais um "liberal" (no sentido americano e esquerdista da coisa). A esquerda advoga uma visão otimista da natureza humana, tal como defendida por Rousseau, o patrono da seita? O mundo reflete precisamente o oposto: cinismo, oportunismo, mesquinhez. E mal, muito mal. Mas Mamet não se fica pela filosofia. Ele desce aos particulares. Bush é um idiota? Kennedy não era um idiota menor. Bush levou os americanos para o Iraque? Kennedy inaugurou o Vietnã. Bush roubou a eleição na Flórida? Kennedy fez o mesmo em Chicago. Bush mentiu sobre a sua folha de serviço militar? Kennedy aceitou um Pulitzer por livro escrito por Ted Sorenson. Bush dormiu com os sauditas? Kennedy dormiu com a Máfia. Moral da história? Em política, não há heróis.

A opinião de Eça de Queiroz sobre os políticos




quarta-feira, março 19, 2008

Mota Engil e Soares da Costa entre as 100 maiores construtoras da Europa

A Mota-Engil e o Grupo Soares da Costa integram o ranking das 100 maiores empresas de construção da Europa, ocupando actualmente o 67º e 100º lugares, respectivamente, de acordo com um estudo da Deloitte, hoje divulgado.
A 5ª edição do estudo European Powers of Construction 2007 da Deloitte revela que a Somague também faz parte da lista, integrada na construtora Sacyr Vallehermoso (Espanha), que ocupa o 24º lugar do ranking.
O sector da construção em Portugal foi negativamente afectado pelo fraco crescimento económico do país, tendo-se verificado receitas na ordem dos 25 mil milhões de euros no ano de 2006, um decréscimo de cerca de 3 por cento (840 milhões) face ao ano anterior.
Miguel Eiras Antunes, sócio responsável pela prestação de serviços de Consultoria ao sector da construção, sublinha, em comunicado, que "o sector da construção continua a ser um empregador muito importante na economia portuguesa, representando 10 por cento da força de trabalho em 2006".

terça-feira, março 18, 2008

Cavaco envia carta a Ramos-Horta, mas alfândega australiana não deixou passar os enchidos portugueses

O capitão Martinho, comandante da GNR em Timor-Leste, entregou ontem ao Presidente Ramos-Horta uma mensagem e vários presentes do Chefe do Estado português, Cavaco Silva. O comandante do Subagrupamento Bravo foi recebido pelo responsável timorense no Hospital Particular de Darwin, Austrália.
No final do encontro, durante o qual Ramos-Horta recebeu ainda uma encomenda de vinho do Porto e pastéis de Belém, o capitão disse à imprensa que o Presidente timorense "está bem".
O capitão Martinho entregou ainda a Ramos-Horta uma outra encomenda, esta do general comandante da GNR, com produtos tradicionais portugueses, entre eles vinhos, queijos, mel e azeite. Em Timor-Leste ficaram os enchidos, que não passaram na alfândega devido ao crivo apertado dos australianos em matéria de saúde pública (?!).

Franco-portugueses festejam a vitória nas autárquias

Uma nova geração de franco-portugueses chega ao poder em França, após as autárquicas de domingo marcadas pela maior participação de sempre da comunidade lusófona a viver no país. São presidentes da Câmara e vereadores que reflectem o peso político cerscente de mais de um milhão de eleitores potenciais.
Os resultados eleitorais dos candidatos portugueses às municipais francesas também espelham a "vaga rosa" que marcou o sufrágio de domingo. Só na região de Paris foram 179 os franco-portugueses eleitos, 80% dos quais em listas de esquerda. Uma das vitórias mais sonantes foi a de Alda Pereira Lemaitre, de 42 anos, que bateu o opositor Nicolas Rivoire por 51,7% dos votos em Noisy le Sec. À frente de uma lista de "união de esquerda socialista, ecologista e cidadã" foi uma das candidatas franco-portuguesas mais apoiadas pelo aparelho do PS francês. Desde o início da campanha foram vários os notáveis da formação que desfilaram ao lado da candidata, do antigo primeiro-ministro Laurent Fabius à ex-candidata presidencial Ségolène Royal que, na semana passada se deslocou à cidade. Esta assistente comercial e autora de livros para crianças vai tomar posse, sexta-feira, como presidente da Câmara, tendo nomeado como adjunta para as relações inter-comunitárias, a antiga ministra socialista, Élisabeth Guigou, que também integrava a sua lista. Afirma querer aplicar no município os métodos de Ségolene Royal. "Quero, como ela, aproximar o poder dos cidadãos, vamos convocar Estados Gerais sobre temas que vão do emprego ao alojamento e criar comités de bairro para acompanhar a implantação de novas medidas". No seu programa social incluiu medidas como a geminação da localidade com uma cidade portuguesa e a criação de cursos de português para os filhos de emigrantes. Natural da Covilhã não hesita em lembrar, que é "da mesma região onde nasceu o primeiro-ministro socialista José Sócrates".

António de Carvalho de 46 anos, há quase 40 anos em França, conseguiu o feito de ser um dos poucos conservadores a arrebatar uma câmara detida pela esquerda há 30 anos, e por uma diferença de qautro votos. Venceu a câmara de Brou-sur-Chantereine (Seine et Marne) com 50,13% de votos. Dono de uma empresa de estatuária, afirma que a primeira prioridade como presidente da câmara será a de realizar uma auditoria às contas da municipalidade. Confessa que, "as origens portuguesas nem sempre são uma vantagem para um candidato", mas que foi, antes de mais, o seu empenho nas campanhas do partido, em especial para as presidenciais, que o levou a ser convidado para ser cabeça de lista.

Mas é entre os franco-portugueses eleitos vereadores que é mais patente a vontade de representar a comunidade portuguesa no poder local. O PS francês foi uma das formações mais activas no terreno no recrutamento e apoio a estes candidatos vindos de associações e organizações portuguesas. É o caso de Hermano Sanches, presidente da Coordenação das Comunidades Portuguesas de França que se torna o primeiro vereador franco-português de um bairro da capital, depois da lista de esquerda que integrava ter obtido 57,37% na segunda volta. O candidato convidado pessoalmente pelo presidente da câmara Bertrand Delanoë a integrar a lista do XIV bairro de Paris, afirma que a eleição é "uma oportunidade para levar a cabo medidas como a de incrementar o ensino do português na capital francesa e prosseguir campanhas de mobilização das comunidades europeias a residir em Paris". Também na região parisiense, em Corbeil-Essonnes, a lista do presidente da câmara conservador Serge Dassault resistiu à vaga rosa, obtendo 50,65% dos votos e propulsionando a franco-portuguesa Cristela de Oliveira para um possível cargo de vereadora da juventude. Com 29 anos, Cristela tinha ficado há anos à beira de se tornar uma das mais jovens deputadas no Parlamento francês. Exemplo de militância pela causa dos portugueses em França é também Manuela Ferreira de Sousa, eleita na lista de esquerda do presidente da câmara de Clermont-Ferrand, que obteve 51,70% dos votos. Nascida há 32 anos na cidade, a técnica de tráfego aéreo foi uma das mais ardentes defensoras da criação de uma ligação aérea Clermont-Porto, que chegou a funcionar durante dois anos. "Ainda não sei que cargo me vão atribuir, mas uma das prioridades é melhorar o acolhimento da nova vaga de emigrantes portugueses que chega à cidade, que não falam a língua e que muitas vezes têm dificuldade em encontrar trabalho".
No total, cerca de 80 mil portugueses foram às urnas no domingo, a maior participação de sempre de uma comunidade que após 40 anos de emigração discreta, mostra pela primeira vez o seu peso político nas urnas.

domingo, março 16, 2008

Momento BUSH de Sócrates

AH! Controleiros

Para os mais distraídos ou aqueles que tinham dúvidas sobre o carácter salazarento deste governo concerteza não deixaram de reparar em 2 pequeninos projectos lei recemente levados à baila.

Talvez nestes dois pequenos detalhes esteja a demonstração máxima de onde consegue chegar as brilhantes cabeças que compõem este primeiro governo em maioria absoluta do PS.

Concerteza que reparam no meu tom irado mas enfim irados estão todos aqueles que habitam neste pequeno país.

Desde já deixo um intróito nem tenho cães, nem piercings, nem tatuagens...

Ora estes senhores parecem ter-se auto-proclamado, não governantes mas sim deuses... agora já decidem que raças de cães têm direito à vida!!! mas onde é que já chegamos, por decreto extinguem-se raças. Mas que raio de direito têm esses senhores de decidir que raças são ou não potencialmente perigosas, ou sequer decidir que cão é que eu vou ter. Regras sim mas com tino... se isto viesse das cabecinhas do BE (e desde já que acharia impossível) ainda tinha explicação... provavelmente numa sessão de ganzas algum mais alucinado poderia ter sugerido tal aberração. Mas não parece que foi o Ministro da agricultura.

Mas se esta proposta só pode ser classificada de aberrante como adjectivar a proposta de proibir piercings e tatuagens. Estarei a ver bem, ou a ouvir!!! mas que raio de estupidez é essa, mais logo proibem as mini-saias e biquinis. Quem teve esta porcaria de ideia, e mais... quem foram as aves raras que não se riram na cara do proponente. Bem diz o camarada Jerónimo que este é um governo de direita, pois uma proposta destas só mesmo a alguém da extrema direita se lembraria. Aliás nem mesmo aqueles miúdos simpáticos do PNR se lembrariam de tal parvoíce.

Enfim só falta reactivar aí a lei da licença de isqueiro... talvez com a desculpa dos incendiários.

Não tenho adjectivação para isto, é algo que parece tirado lá dos meandros do estado-novo.

Só espero que o senhor Cavaco Silva não permita estas aberrações passarem disso mesmo. Aberrações. E mais, os senhores que se lembraram destas preciosidades deviam ser postos na rua imediatamente a seguir a terem sequer pensado nisto.

terça-feira, março 11, 2008

João Cunha e Silva nega vontade de suceder a Jardim

O vice-presidente do Executivo madeirense, João Cunha e Silva, rejeitou hoje a possibilidade de se candidatar à presidência da Região Autónoma, sucedendo assim a Alberto João Jardim, garantindo serem suas "prioridades exclusivas governar" e "nada mais".
Cunha e Silva falava à Agência Lusa no final de um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros (!?), Luís Amado, em Lisboa.

"As minhas prioridades exclusivas são governar, tentar governar bem e chegar ao fim do meu mandato, nada mais", disse.
Jardim preside ao Governo Regional da Madeira desde 17 de Março de 1978 e nas últimas eleições, a 6 de Maio de 2007, conquistou a sua nona vitória consecutiva, alcançando mais de 64% dos votos expressos.

Geórgia perderá Abkházia e Ossétia do Sul se aderir à NATO

Um novo passo da Geórgia no sentido da adesão à NATO poderá provocar a separação dos seus dois territórios rebeldes, a Abkházia e a Ossétia do Sul, advertiu hoje o embaixador da Rússia junto da Aliança Atlântica.
"Em caso de um convite da NATO à Geórgia, sob o impulso dos Estados Unidos, podemos esperar a separação da Abkházia e da Ossétia do Sul", declarou Dimitri Rogozin.

"O referendo organizado em Dezembro último por (Presidente da Geórgia Mikhail) Saakachvili" sobre a adesão da Geórgia à NATO "realizou-se em todo o território georgiano, à excepção da Abkházia e da Ossétia do Sul", sublinhou.
Para Rogozin, se a NATO aceitar, na próxima cimeira em Bucareste, de 2 a 4 de Abril, a participação da Geórgia no Plano de Acção com vista à adesão (MAP) "isso basta para que os separatistas sigam até à secessão".

segunda-feira, março 10, 2008

Governo estuda descida de impostos!!

O ministro das Finanças afirmou ao Wall Street Journal (WSJ) que o Governo está a estudar a possibilidade deuma descida nos impostos, refere a edição online do Diário Económico (DE).
Teixeira dos Santos adiantou que o Governo está a considerar uma redução dos impostos para estimular o consumo das famílias - uma situação que só deverá acontecer quando as contas públicas estiverem de acordo com as regras da União Europeia (UE).

"Estamos a avaliar a situação para ver quando poderemos baixar os impostos», acrescenta a mesma fonte citando declarações de Teixeira dos Santos ao WSJ. Neste sentido, o ministro esclareceu que "qualquer político estaria disposto a cortar os impostos".
Quando confrontado com o facto de Portugal ter crescido apenas 1,3% em 2006, enquanto que a média da UE se situou nos 3%, o governante português admitiu que "a nossa política fiscal restritiva, para reduzir o défice das contas públicas, teve um impacto negativo na expansão da economia".

Mas, "no longo prazo, as políticas orçamentais prudentes promovem um crescimento económico estável e sustentável", sublinhou.

sexta-feira, março 07, 2008

Leonel Alves defende língua portuguesa em Macau

"Sou Leonel Alves, natural de Macau, tenho ascendência portuguesa e chinesa", foram as primeiras palavras que o advogado proferiu na Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, onde destacou a importância da língua portuguesa no território.

Numa comunicação feita em mandarim, na noite de quinta-feira, Leonel Alves, que está naquele órgão de consulta de Pequim pela primeira vez, recordou o seu percurso cívico e político para salientar que faz "parte da Comunidade Macaense, que é caracterizada pela mestiçagem sanguínea e cultural" entre chineses e portugueses.
"A Comunidade Macaense é parte intrínseca da História de Macau e contribui também para a actual singularidade da Região Administrativa Especial de Macau", disse.
Alves salientou também que os macaenses têm "muito orgulho de fazer parte da Grande Nação Chinesa" e "tudo farão para a paz e progresso de Macau, bem como para o seu prestígio no contexto da Nação".

quinta-feira, março 06, 2008

Parabéns à promoção do "Codex 632" e à promoção da verdade histórica sobre o Colombo português

O "Codex 632" é oferecido hoje no voo da TAP dos EUA.
Por ocasião da viagem de nove jornalistas norte-americanos a Portugal esta quinta-feira, para visitar os locais onde se desenrola a história de "Codex 632", de José Rodrigues dos Santos, os passageiros da TAP serão presenteados por edições autografadas do livro.
Os exemplares do mais recente bestseller do pivot da RTP será distribuído no voo Nova Iorque-Lisboa, como parte da campanha de lançamento da obra em território norte-americano, marcado para o próximo dia 1 de Abril.
"Codex 632", editado a nível nacional pela Gradiva, receberá o selo Harper Collins nos EUA e conta a história da indagação sobre a identidade portuguesa de Cristóvão Colombo, numa elaborada análise histórica, conjugada com uma narrativa contemporânea.

quarta-feira, março 05, 2008

Ossétia do Sul quer independência reconhecida

A Ossétia do Sul, região separatista pró-russa da Geórgia, pediu hoje à Rússia, à ONU e à União Europeia que reconheçam a sua independência, à semelhança do que aconteceu recentemente no Kosovo, avançaram as agências russas.

O apelo foi validado por um voto, hoje, no Parlamento da Ossétia do Sul, cuja independência unilateral declarada em 1990 não é reconhecida por nenhum país, nomeadamente pela Rússia, precisam as agências russas.
"O Parlamento da Ossétia do Sul pede ao secretário-geral da ONU, ao Presidente russo e à direcção dos países da União Europeia que reconheçam a independência da república da Ossétia do Sul", indica um comunicado publicado no site do Ministério da Informação da região independentista.
A Ossétia do Sul e a Abkhazia, as duas regiões independentistas da Geórgia, advertiram desde o dia 17 de Fevereiro, dia da proclamação da independência do Kosovo, que iriam pedir à Rússia, ao Conselho de Segurança da ONU e à UE que também passassem a reconhecer as suas independências.
Quer a Ossétia do Sul quer a Abkhazia proclamaram as suas independências logo após o final da URSS (em 1990 e 1992, respectivamente), o que tem causado, ao longo dos anos, o confronto com as forças da Geórgia.

Por causa das coisas...

Nas últimas semanas a clivagem entre as duas alas do PS tem sido flagrante: primeiro na questão da saúde, levando ao afastamento do Ministro Correia de Campos e agora com críticas abertas à actuação de Mariade Lurdes Rodrigues na educação. No primeiro caso o ministro cessante foi substituído por uma apoiante de Manuel Alegre, no segundo é também pessoa próxima de Alegre que lidera a contestação pública dos socialistas à reforma de Sócrates na educação. É pois uma altura interessante para recordar um episódio da vida de Manuel Alegre que os seus apoiantes gostam de esquecer e que a maior parte das pessoas já nem se recorda. O caso remonta a 12 de Fevereiro de 1977, há 31 anos, quando Manuel Alegre tinha responsabilidades governativas na área da Comunicação Social e decidiu extinguir a empresa do jornal O Século de um dia para o outro. Vamos fazer um bocadinho de história: o jornal O Século foi criado em 1880 por um republicano, Magalhães Lima. Ao longo dos tempos teve ilustres directores como Vitorino Nemésio e João Pereira Rosa e durante muitos anos foi o jornal mais vendido do país. Desde cedo a empresa evoluiu no sentido da constituição de um grupo editorial, que editava revistas como O Século Ilustrado, além de manter uma obra social importante através da Colónia Balnear Infantil em S. Pedro do Estoril, cujas receitas vinham, em parte, da Feira Popular, que era também apadrinhada pelo jornal. Pelo grupo do Século passaram alguns dos maiores jornalistas, colunistas e repórteres fotográficos portugueses – foi aliás ali – pode dizer-se – que nasceu o moderno fotojornalismo em Portugal. Após o 25 de Abril, tal como o Diário de Notícias aliás, O Século foi “tomado”por sectores próximos do PCP, que rapidamente radicalizaram o jornal e delapidaram as suas audiências e colocaram a empresa em situação difícil. Num clima ainda conturbadodo pós 25 de Novembro, com um PS sequioso de estancar a influência do PCP na informação, Manuel Alegre decidiu, de um dia para o outro, alegando uma crise financeira que aliás tocava outros jornais de igual forma, fechar O Século. Foi uma decisão política, muito mais que económica. Pior: nem sequer procurou salvaguardar o precioso arquivo de 100 anos de História de Portugal que estava no edifício do grupo editorial e que em boa parte se perdeu. A razão de ser desta nota, é só para lembrar alguns desmandos de figuras de esquerda hoje intocáveis, como Manuel Alegre. Por causa das coisas…

Por Manuel Falcão in Jornal Meia Hora

Portugal ocupa o 15.º lugar na competitividade do sector turístico num ranking de 130 países

Portugal é o 15.º país do mundo com melhor índice de competitividade no sector do turismo e viagens, subindo sete posições face a 2007.
Segundo dados ontem divulgados pelo Fórum Económico Mundial (FEM), é na qualidade dos recursos humanos, culturais e naturais que Portugal se destaca, ocupando, nestes indicadores, o 11.º lugar num total de 130 países analisados, onde a Suíça, a Áustria e a Alemanha ocupam os lugares cimeiros.A regulamentação, nomeadamente ao nível da sustentabilidade ambiental e da segurança, também obteve pontuação elevada (14.º lugar). No geral, e tendo em conta os três parâmetros analisados pelo FEM (regulamentação, infra-estruturas e ambiente económico, e recursos humanos, naturais e culturais), a vantagem competitiva de Portugal está na facilidade de criar empresas, na ratificação de tratados ambientais, no acesso a água potável e rede de esgotos, na presença de empresas de aluguer de automóveis ou na disseminação de caixas de Multibanco que aceitam cartões Visa. Portugal é beneficiado pelo número de locais considerados património mundial e até pelos estádios desportivos que oferece.
Do lado oposto, está o desempenho ao nível das práticas laborais de contratação e despedimento. Dos 130 países analisados, Portugal está em 122.º neste indicador. As desigualdades no poder de compra, os efeitos dos impostos e o elevado preço do petróleo também atiram o país para lugares finais da tabela nestes parâmetros. Há ainda muito por fazer na qualidade do sistema de educação, no número de camas hospitalares ou nas áreas protegidas.No ano passado o índice de competitividade do FEM dava o 22.º lugar a Portugal, num total de 124 países. O melhor desempenho verificava-se ao nível da regulamentação ambiental. As infra-estruturas turísticas também foram consideradas o ponto forte, ao contrário dos preços praticados pela indústria do turismo - neste indicador Portugal atingiu mesmo o 102.º lugar; este ano subiu para o 86.º. No entanto, a metodologia utilizada para calcular os indicadores foi diferente. No fundo da tabela geral de 2008 estão o Chade, o Lesoto e o Burundi. Moçambique não ultrapassa o 123.º.

terça-feira, março 04, 2008

"Venha, para comemorarmos juntos", escreveu Lula a Cavaco

O Brasil está em festa. No sábado comemora 200 anos sobre a data em que passou de periferia a centro das atenções. No dia 8 de Março de 1808 chegou ao Rio de Janeiro D. João VI, fugido das tropas napoleónicas que chegavam a Portugal, e a cidade tornou-se a capital do Império. O episódio foi tão importante para a História de Portugal como para a do futuro Brasil. E foi isso que Lula da Silva lembrou a Cavaco Silva na carta em que o convidou para estar presente nas celebrações: "Venha, para podermos comemorar juntos." A carta teve resposta positiva.

Na quinta-feira parte para o Rio a comitiva presidencial - mais pequena que a de 1808, 15 000 pessoas. Cavaco Silva vai participar na inauguração da principal exposição que comemora a data e numa série de outros eventos. Na comitiva vão as individualidades políticas - o ministro da Cultura e o secretário de Estado das Comunidades - e uma delegação dos que coordenaram a parte portuguesa das comemorações à qual se juntam alguns dos autores que escreveram sobre o assunto.
É importante a participação de Cavaco Silva, lado a lado com Lula, nestas comemorações. A família real portuguesa tinha, até há pouco, uma má imagem que contagiava a de todos os portugueses do outro lado do Atlântico: D. João ficou para a História como fraco, Carlota Joaquina como uma histérica, D. Maria I, a louca. As várias investigações feitas sobre este facto extraordinário de D. João VI ter sido o primeiro rei a pôr o pé numa colónia mudaram as coisas. E hoje ele é visto como um soberano estratégico. "O único que me enganou", dizia dele Napoleão, como refere o principal livro publicado nas comemorações, 1808. O prefeito do Rio, empenhadíssimo nas comemorações que dão impulso à cidade, escreveu um artigo no jornal O Globo, intitulado "Em defesa de D. João VI".

A mudança é de tal ordem que, como notaram os assessores de Cavaco Silva na viagem preparatória, até o nome de Carlota Joaquina foi dado a um viaduto no Botafogo. Saiu uma BD com o título D. João VI, o Carioca. Séries de TV estão a explicar o fenómeno à gente comum. E o fenómeno é, simplesmente, a fundação do Brasil como país. Com a chegada do rei foi inaugurada uma série de infra-estruturas, nomeadamente a imprensa. Os brasileiros estão a mudar a História da forma calorosa como o costumam fazer: adoptando e dando uma imagem humana às pomposas figuras históricas portuguesas. Revolucionar esta imagem do passado é também importante para os portugueses do presente no Brasil, país cada vez mais importante economicamente para o mundo. Talvez por isso Cavaco Silva deu como mote para esta viagem: "Festejar a história do passado e usá-la como instrumento para a do futuro."