Os vinhos do Douro e Porto estão apostados em entrar em força no Japão. Com mais de 120 milhões de habitantes, este país importou o ano passado 28 419 caixas (de nove litros) de vinho do Porto, no valor de 1,854 milhões de euros, o que o coloca na 16.ª posição dos maiores importadores do sector em valor, e uma posição abaixo em quantidade.
Ao longo de três anos, até 2011, os consumidores japoneses tomarão contacto com as denominações de origem protegida dos vinhos do Porto e Douro, mas também do presunto de Parma e do queijo parmigiano reggiano. O projecto, aprovado pela União Europeia, conta com um investimento de três milhões de euros e "tem como desafio fundamental promover a defesa da protecção das três denominações de origem europeias num mercado em grande crescimento mas com um conhecimento muito débil destas questões", explica Jorge Monteiro, presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP). Além disso, é um mercado com potencial de crescimento, mas que nos últimos anos estagnou. "Não são os mercados de massas que nos interessam, são os de valor, e este é o país com maior nível de vida da região", diz. Quanto à parceria, adianta: "Não faria sentido aparecer com produtos concorrentes, fizemos uma proposta combinada de produtos. O queijo de Parma combina com vinho do Porto e o presunto com o do Douro".
Incrementar a penetração e distribuição dos produtos e aumentar a sua quota de mercado, através de novos consumidores e do aumento da procura, são outros dos objectivos do programa. Intitulado "Jukusei Europe", arrancou no início deste mês com seminários em Tóquio e Osaka para jornalistas , chefes de cozinha e profissionais da restauração, num total de 200 pessoas. Até Novembro, estão a decorrer acções de degustação em supermercados e grandes armazéns. Jornalistas japoneses têm vindo ao Douro e a Parma. Em Janeiro arranca no Reino Unido (RU)novo projecto de promoção, envolvendo estas três denominações mais o vinho da Borgonha. Também por três anos, tem um investimento associado de seis milhões de euros. O RU importa 10,4 milhões de litros no valor de 49,8 milhões de euros. É o 5º mercado de Porto em volume e o 4º em valor.
sexta-feira, setembro 26, 2008
Croácia ataca águas de topo nacionais
Depois de investir um milhão de euros em 'marketing' em 2007 e no corrente ano no mercado português, onde patrocinou até telenovelas da TVI, a água mineral 'Jana' pretende agora dominar o nicho das águas importadas em Portugal, num horizonte temporal de cinco ou seis anos.
A Jana (ler "iána") entrou no mercado português em 2007, distribuída pela Ferbar, uma espécie de prova de força para a sua estratégia de internacionalização. Ao fim de ano e meio e um milhão de euros investidos em marketing e publicidade, atingiu um volume de vendas de 200 mil litros por ano. Agora os responsáveis da empresa croata pretendem acelerar o passo e conquistar o nicho das águas premium em Portugal num prazo de cinco a seis anos. Os objectivos são ambiciosos num mercado difícil como o português, onde as águas nacionais predominam (sendo a Luso líder com 17%) e as marcas importadas possuem uma quota residual do mercado.
"O mercado das águas premium não é grande em Portugal, mas queremos criá-lo. O premium vale 13 milhões de litros por ano e gostaríamos de ter 80% desse mercado", afirmou Mladen Horvat, chefe do departamento de gestão de marcas da Jamniza (ler "iámenitza"), a empresa com 180 anos que criou a marca Jana há seis anos.
Com o investimento em marketing e publicidade para 2009 a não ser nunca inferior a 500 mil euros, de acordo com o director de marketing da Jamnica, Darko Cesarec, a empresa pretende deixar a televisão de lado (patrocinou as telenovelas A Outra e Fascínios da TVI) e apostar mais na promoção de eventos e no marketing directo para ganhar notoriedade.
Líder de mercado na Croácia (a Jamnica tem 80% do mercado das águas com gás e a Jana 49% das lisas) e uma das principais empresas de água no espaço da antiga Jugoslávia e na Hungria, consagrando-a como potência regional, a empresa encontra-se a dar os primeiros passos na sua estratégia ambiciosa de expansão internacional para lá da sua área de influência. Em 2007, a Jamnica exportou 60 mil milhões de litros de água, correspondendo a Jana a mais de 50%. Estados Unidos (é a água oficial do Madison Square Garden, o mais importante recinto desportivo e de concertos de Nova Iorque), Rússia e Japão são as grandes prioridades, surgindo depois Portugal.
A Jana (ler "iána") entrou no mercado português em 2007, distribuída pela Ferbar, uma espécie de prova de força para a sua estratégia de internacionalização. Ao fim de ano e meio e um milhão de euros investidos em marketing e publicidade, atingiu um volume de vendas de 200 mil litros por ano. Agora os responsáveis da empresa croata pretendem acelerar o passo e conquistar o nicho das águas premium em Portugal num prazo de cinco a seis anos. Os objectivos são ambiciosos num mercado difícil como o português, onde as águas nacionais predominam (sendo a Luso líder com 17%) e as marcas importadas possuem uma quota residual do mercado.
"O mercado das águas premium não é grande em Portugal, mas queremos criá-lo. O premium vale 13 milhões de litros por ano e gostaríamos de ter 80% desse mercado", afirmou Mladen Horvat, chefe do departamento de gestão de marcas da Jamniza (ler "iámenitza"), a empresa com 180 anos que criou a marca Jana há seis anos.
Com o investimento em marketing e publicidade para 2009 a não ser nunca inferior a 500 mil euros, de acordo com o director de marketing da Jamnica, Darko Cesarec, a empresa pretende deixar a televisão de lado (patrocinou as telenovelas A Outra e Fascínios da TVI) e apostar mais na promoção de eventos e no marketing directo para ganhar notoriedade.
Líder de mercado na Croácia (a Jamnica tem 80% do mercado das águas com gás e a Jana 49% das lisas) e uma das principais empresas de água no espaço da antiga Jugoslávia e na Hungria, consagrando-a como potência regional, a empresa encontra-se a dar os primeiros passos na sua estratégia ambiciosa de expansão internacional para lá da sua área de influência. Em 2007, a Jamnica exportou 60 mil milhões de litros de água, correspondendo a Jana a mais de 50%. Estados Unidos (é a água oficial do Madison Square Garden, o mais importante recinto desportivo e de concertos de Nova Iorque), Rússia e Japão são as grandes prioridades, surgindo depois Portugal.
quarta-feira, setembro 24, 2008
Presidente da República está em Nova Iorque para a 63.ª Assembleia da ONU
Cavaco Silva estará presente em Nova Iorque para a 63.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, onde discursará em português no dia de hoje.
Ontem, Cavaco Silva foi recebido na sede das Nações Unidas pelo secretário-geral, Ban Ki-moon, que o saudou com palavras em português.
Uma satisfação para o Presidente da República que quer ver o português aceite como língua de trabalho da Organização das Nações Unidas e que pretende angariar apoios para a candidatura de Portugal a um lugar não permanente no Conselho de Segurança da ONU no biénio 2011-2012, tendo para isso realizado vários contactos ao mais alto nível.
Na cimeira de Julho da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) foi definido como prioridade a projecção e afirmação da língua Portuguesa nas organizações internacionais.
Ontem, Cavaco Silva foi recebido na sede das Nações Unidas pelo secretário-geral, Ban Ki-moon, que o saudou com palavras em português.
Uma satisfação para o Presidente da República que quer ver o português aceite como língua de trabalho da Organização das Nações Unidas e que pretende angariar apoios para a candidatura de Portugal a um lugar não permanente no Conselho de Segurança da ONU no biénio 2011-2012, tendo para isso realizado vários contactos ao mais alto nível.
Na cimeira de Julho da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) foi definido como prioridade a projecção e afirmação da língua Portuguesa nas organizações internacionais.
terça-feira, setembro 23, 2008
Guiné-Bissau: Narcotráfico é o principal problema. As "novidades" continuam...
O Presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo 'Nino' Vieira, considerou que o tráfico de droga é uma das principais preocupações do país e anunciou realização de uma conferência sobre o tema em Outubro.
As declarações do chefe de Estado guineense foram proferidas no discurso comemorativo do 35º aniversário da independência do país, transmitido aos jornalistas pelo assessor de imprensa da presidência, porque 'Nino' Vieira se encontra em Nova Iorque a participar na Assembleia-geral da ONU.
"Entre todos os problemas com que nos debatemos, o trânsito pelo nosso país do tráfico de droga figura na primeira linha das nossas preocupações, pelos danos que pode causar à nossa juventude, sociedade e ao desenvolvimento do país", referiu 'Nino' Vieira no discurso.
"Estamos firmemente determinados a combater e erradicar este flagelo, contando (...) com toda a população guineense", acrescentou o presidente da Guiné-Bissau.
O chefe de Estado sublinhou, contudo, que o tráfico de droga é um «flagelo regional» e que o seu combate deve ser também global e regional, envolvendo toda a sub-região e parceiros internacionais.
As declarações do chefe de Estado guineense foram proferidas no discurso comemorativo do 35º aniversário da independência do país, transmitido aos jornalistas pelo assessor de imprensa da presidência, porque 'Nino' Vieira se encontra em Nova Iorque a participar na Assembleia-geral da ONU.
"Entre todos os problemas com que nos debatemos, o trânsito pelo nosso país do tráfico de droga figura na primeira linha das nossas preocupações, pelos danos que pode causar à nossa juventude, sociedade e ao desenvolvimento do país", referiu 'Nino' Vieira no discurso.
"Estamos firmemente determinados a combater e erradicar este flagelo, contando (...) com toda a população guineense", acrescentou o presidente da Guiné-Bissau.
O chefe de Estado sublinhou, contudo, que o tráfico de droga é um «flagelo regional» e que o seu combate deve ser também global e regional, envolvendo toda a sub-região e parceiros internacionais.
Ministério da Cultura deve entre 10 a 14 M€ a autarquias
O Ministério da Cultura deve entre dez a 14 milhões de euros às autarquias. O valor foi hoje anunciado pelo ministro José António Pinto Ribeiro, numa reunião com a Associação Nacional de Municípios (ANMP).
"Há dívidas que têm dez anos, relativas a bibliotecas, comparticipações nacionais", disse o ministro, admitindo que o montante oscila entre os 10 e os 14 milhões de euros.
Para o presidente da ANMP, Fernando Ruas, "é muito importante que o ministro tenha assumido a dívida", embora sublinhe que esse não foi o tema dominante do encontro.
Com o objectivo de "tornar mais eficiente o investimento e fazer mais e melhor" na área da Cultura, assinalou o ministro, será criado um grupo de trabalho conjunto com a ANMP, para o qual dentro de uma semana as duas entidades indicarão um representante.
"Queremos estabelecer formas de trabalho conjunto, fazer mais actividades culturais, contaminar mais as populações, ver se conseguimos qualificar, recuperar mais, o património, expandir programas que têm a ver com a cultura e a língua", explicou.
"Há dívidas que têm dez anos, relativas a bibliotecas, comparticipações nacionais", disse o ministro, admitindo que o montante oscila entre os 10 e os 14 milhões de euros.
Para o presidente da ANMP, Fernando Ruas, "é muito importante que o ministro tenha assumido a dívida", embora sublinhe que esse não foi o tema dominante do encontro.
Com o objectivo de "tornar mais eficiente o investimento e fazer mais e melhor" na área da Cultura, assinalou o ministro, será criado um grupo de trabalho conjunto com a ANMP, para o qual dentro de uma semana as duas entidades indicarão um representante.
"Queremos estabelecer formas de trabalho conjunto, fazer mais actividades culturais, contaminar mais as populações, ver se conseguimos qualificar, recuperar mais, o património, expandir programas que têm a ver com a cultura e a língua", explicou.
segunda-feira, setembro 22, 2008
Luso-descendente foi condecorado por bravura no Canadá
O jovem de ascendência portuguesa James Santos recebeu esta sexta-feira, em Otava, uma condecoração do Estado canadiano, pela bravura demonstrada durante o tiroteio na Escola de Dawson, em 2006, que vitimou a luso-descendente Anastásia de Sousa e feriu 19 pessoas.
A "Estrela da Coragem" foi-lhe entregue pela Governadora-Geral do Canadá, Michaëlle Jean, numa cerimónia em que foram agraciadas um total de 47 pessoas, seis delas por actos de bravura no dramático tiroteio de 13 de Setembro de 2006 ocorrido na escola Dawson em Montreal.
Em Rideau Hall, James fez-se apresentar de rosa na lapela sobre o seu fato escuro, usando, assim, a flor favorita de Anastásia, a amiga que perdeu na tragédia de Dawson, assassinada por Kimveer Gill.
Gill foi o atirador que entrou na escola naquele dia em Setembro e começou a disparar, matando Anastásia e ferindo mais 19 pessoas, acabando por se suicidar no local.
No final da cerimónia em Otava, James Santos e o grupo de mais três polícias e dois funcionários da escola homenageados pela bravura em Dawson acederam responder a perguntas dos jornalistas.
Questionado em português sobre a rosa na lapela, James aludiu: "Isto (a rosa) é para ela. Este dia. Estou aqui por causa dela".
A "Estrela da Coragem" foi-lhe entregue pela Governadora-Geral do Canadá, Michaëlle Jean, numa cerimónia em que foram agraciadas um total de 47 pessoas, seis delas por actos de bravura no dramático tiroteio de 13 de Setembro de 2006 ocorrido na escola Dawson em Montreal.
Em Rideau Hall, James fez-se apresentar de rosa na lapela sobre o seu fato escuro, usando, assim, a flor favorita de Anastásia, a amiga que perdeu na tragédia de Dawson, assassinada por Kimveer Gill.
Gill foi o atirador que entrou na escola naquele dia em Setembro e começou a disparar, matando Anastásia e ferindo mais 19 pessoas, acabando por se suicidar no local.
No final da cerimónia em Otava, James Santos e o grupo de mais três polícias e dois funcionários da escola homenageados pela bravura em Dawson acederam responder a perguntas dos jornalistas.
Questionado em português sobre a rosa na lapela, James aludiu: "Isto (a rosa) é para ela. Este dia. Estou aqui por causa dela".
sexta-feira, setembro 19, 2008
JP Sá Couto investe 30 milhões em Portugal
Empresa vai fabricar 'Magalhães' também na Venezuela.
A administração da JP Sá Couto vai investir 30 milhões de euros na construção de uma nova fábrica em Matosinhos.
A decisão foi tomada muito recentemente, confirmou João Paulo Sá Couto, um dos fundadores da empresa. Até agora, o arranque ou não do projecto desta nova unidade de produção de computadores estava dependente da concretização de algumas encomendas que a empresa tinha em perspectiva para o miniportátil Magalhães. Mas, face à procura, os irmãos João Paulo e Jorge Sá Couto decidiram arrancar com o projecto. A nova fábrica será mais robotizada e com uma produção superior à unidade que os irmãos Sá Couto já têm hoje em Matosinhos.
A fábrica actual, já com um projecto de expansão em curso para a criação de mais três novas linhas de produção, a funcionar em três turnos, pode produzir até 240 mil computadores. Para já, a empresa tem assegurada a venda de 1,5 milhões de unidades do Magalhães.
Um milhão será vendido à Venezuela. O contrato será assinado na próxima semana, no decurso da segunda visita que o Presidente venezuelano, Hugo Chávez, fará a Lisboa este ano. E 500 mil vão para o programa E-escolinha, no âmbito do compromisso assumido entre o Governo português e a empresa. Mas as perspectivas de curto prazo apontam para que a empresa possa vir a ter uma carteira de encomendas de quatro milhões de computadores. As negociações com a Líbia estão a correr e bem e há um outro país que ainda poderá fechar negócio com a empresa antes deste, adiantou João Paulo Sá Couto, sem querer para já revelar o nome.
Além disto, a JP Sá Couto vai começar a comercializar o Magalhães no mercado português já na próxima semana, por um preço entre 285 e 295 euros. O lançamento será feito às 24 horas do dia 26 em duas lojas Fnac - a do NorteShopping, no Porto, e a do Centro Colombo, em Lisboa. Nesta primeira fase serão colocadas à venda dez mil unidades do pequeno portátil, concebido para ser utilizado por crianças entre os seis e dez anos, mas também por adultos. Contudo, a distribuição poderá estender-se a outras cadeias até ao final deste ano. Assim, a fábrica de Matosinhos já não poderá dar resposta a tantos pedidos, daí a decisão de construir uma nova também na mesma localidade. A empresa, que em 2007 facturou 96,5 milhões de euros, espera chegar ao final deste ano com um volume de negócios de 130 milhões. Mas isto sem contar com as vendas do Magalhães, apresentado ao mercado em Agosto na presença do primeiro-ministro português. Porque as vendas deste computador podem fazer com que a JP Sá Couto, que já produz o Tsunami, triplique a sua facturação. A empresa, actualmente com 150 trabalhadores, poderá também, com o projecto da nova fábrica, criar mais cerca de 100 novos postos de trabalho. Tal como para o computador Tsunami, a JP Sá Couto conta com a Prológica como parceira no projecto Magalhães.
A administração da JP Sá Couto vai investir 30 milhões de euros na construção de uma nova fábrica em Matosinhos.
A decisão foi tomada muito recentemente, confirmou João Paulo Sá Couto, um dos fundadores da empresa. Até agora, o arranque ou não do projecto desta nova unidade de produção de computadores estava dependente da concretização de algumas encomendas que a empresa tinha em perspectiva para o miniportátil Magalhães. Mas, face à procura, os irmãos João Paulo e Jorge Sá Couto decidiram arrancar com o projecto. A nova fábrica será mais robotizada e com uma produção superior à unidade que os irmãos Sá Couto já têm hoje em Matosinhos.
A fábrica actual, já com um projecto de expansão em curso para a criação de mais três novas linhas de produção, a funcionar em três turnos, pode produzir até 240 mil computadores. Para já, a empresa tem assegurada a venda de 1,5 milhões de unidades do Magalhães.
Um milhão será vendido à Venezuela. O contrato será assinado na próxima semana, no decurso da segunda visita que o Presidente venezuelano, Hugo Chávez, fará a Lisboa este ano. E 500 mil vão para o programa E-escolinha, no âmbito do compromisso assumido entre o Governo português e a empresa. Mas as perspectivas de curto prazo apontam para que a empresa possa vir a ter uma carteira de encomendas de quatro milhões de computadores. As negociações com a Líbia estão a correr e bem e há um outro país que ainda poderá fechar negócio com a empresa antes deste, adiantou João Paulo Sá Couto, sem querer para já revelar o nome.
Além disto, a JP Sá Couto vai começar a comercializar o Magalhães no mercado português já na próxima semana, por um preço entre 285 e 295 euros. O lançamento será feito às 24 horas do dia 26 em duas lojas Fnac - a do NorteShopping, no Porto, e a do Centro Colombo, em Lisboa. Nesta primeira fase serão colocadas à venda dez mil unidades do pequeno portátil, concebido para ser utilizado por crianças entre os seis e dez anos, mas também por adultos. Contudo, a distribuição poderá estender-se a outras cadeias até ao final deste ano. Assim, a fábrica de Matosinhos já não poderá dar resposta a tantos pedidos, daí a decisão de construir uma nova também na mesma localidade. A empresa, que em 2007 facturou 96,5 milhões de euros, espera chegar ao final deste ano com um volume de negócios de 130 milhões. Mas isto sem contar com as vendas do Magalhães, apresentado ao mercado em Agosto na presença do primeiro-ministro português. Porque as vendas deste computador podem fazer com que a JP Sá Couto, que já produz o Tsunami, triplique a sua facturação. A empresa, actualmente com 150 trabalhadores, poderá também, com o projecto da nova fábrica, criar mais cerca de 100 novos postos de trabalho. Tal como para o computador Tsunami, a JP Sá Couto conta com a Prológica como parceira no projecto Magalhães.
quarta-feira, setembro 17, 2008
Guiné: Ex-CEMA acusado tentativa golpe pediu asilo na Gâmbia
O ex-chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) da Guiné-Bissau acusado de tentativa de golpe de Estado, Bubo Na Tchuto, pediu "asilo humanitário" na Gâmbia, onde se encontra refugiado desde Agosto, disse hoje o seu advogado.
Pedro Infanda adiantou que no dia 20 de Agosto entregou o pedido às autoridades gambianas, por intermédio da embaixada daquele país em Bissau, e ainda aguarda resposta.
"Penso que (as autoridades gambianas) vão ter de deferir o pedido de asilo meramente humanitário que lhes fiz, aguardo pacientemente", afirmou Infanda, sublinhando que o objectivo é "dar um estatuto" à estada de José Américo Bubo Na Tchuto na Gâmbia.
O ex-CEMA fugiu para a Gâmbia dias depois de ter sido acusado pelo Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses de liderar uma tentativa de golpe militar para destituir e prender o Presidente João Bernardo "Nino" Vieira.
O militar, contra-almirante, entretanto destituído das funções, reagiria dias depois a partir da Gambia, num contacto telefónico com uma rádio de Bissau, dizendo que tudo não passava de calúnias, orquestradas pelo próprio Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) guineense, Tagmé Na Waie.
"O contra-almirante Bubo Na Tchuto teve de fugir do país porque estava a correr risco de vida", explicou o advogado.
Pedro Infanda acrescentou ainda que Bubo Na Tchuto está disposto a regressar a Guiné-Bissau "logo que haja condições de segurança e um processo judicial" que fundamente as acusações de que é alvo. Por enquanto, adiantou Infanda, não existe nenhum processo-crime nem qualquer pedido no sentido de levar à extradição de Bubo Na Tchuto para Bissau, pelo que se manterá na Gâmbia.
A Guiné-Bissau tem tudo para ser, ou já é, o que se pode apelidar de "estado falhado". A tendência que este pequeno e pobre país tem para os "golpes de estado"...
Parece ser algo de endémico. Constata-se que, desde a independência, as várias etnias do país se digladiam pelo poder. Não sendo esta constatação nova, no que se refere à análise a vários países africanos, convém referir que a clique que tem dominado a Guiné, tem em comum a forte influência cultural portuguesa, apesar de poder viajar confortavelmente para Lisboa ou para Paris, comprando nas melhores lojas e usufruindo dos luxos que recentes fortunas vão proporcionando.
Sabe-se, contudo, que há também uma parte importante do exército que se faz entender em francês (crioulo francês) e que, porventura, estará a ganhar maior relevância.
Há que também referir a passividade da comunidade internacional, em que a CPLP tem feito esforços na estabilização e na "cooperação militar", e que Portugal, em particular, tem-se esforçado para acentuar ainda mais a sua influência na região, tentando suplantar a natural relevância dos países francófonos da região, com especial incidência para o Senegal.
Pedro Infanda adiantou que no dia 20 de Agosto entregou o pedido às autoridades gambianas, por intermédio da embaixada daquele país em Bissau, e ainda aguarda resposta.
"Penso que (as autoridades gambianas) vão ter de deferir o pedido de asilo meramente humanitário que lhes fiz, aguardo pacientemente", afirmou Infanda, sublinhando que o objectivo é "dar um estatuto" à estada de José Américo Bubo Na Tchuto na Gâmbia.
O ex-CEMA fugiu para a Gâmbia dias depois de ter sido acusado pelo Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses de liderar uma tentativa de golpe militar para destituir e prender o Presidente João Bernardo "Nino" Vieira.
O militar, contra-almirante, entretanto destituído das funções, reagiria dias depois a partir da Gambia, num contacto telefónico com uma rádio de Bissau, dizendo que tudo não passava de calúnias, orquestradas pelo próprio Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) guineense, Tagmé Na Waie.
"O contra-almirante Bubo Na Tchuto teve de fugir do país porque estava a correr risco de vida", explicou o advogado.
Pedro Infanda acrescentou ainda que Bubo Na Tchuto está disposto a regressar a Guiné-Bissau "logo que haja condições de segurança e um processo judicial" que fundamente as acusações de que é alvo. Por enquanto, adiantou Infanda, não existe nenhum processo-crime nem qualquer pedido no sentido de levar à extradição de Bubo Na Tchuto para Bissau, pelo que se manterá na Gâmbia.
A Guiné-Bissau tem tudo para ser, ou já é, o que se pode apelidar de "estado falhado". A tendência que este pequeno e pobre país tem para os "golpes de estado"...
Parece ser algo de endémico. Constata-se que, desde a independência, as várias etnias do país se digladiam pelo poder. Não sendo esta constatação nova, no que se refere à análise a vários países africanos, convém referir que a clique que tem dominado a Guiné, tem em comum a forte influência cultural portuguesa, apesar de poder viajar confortavelmente para Lisboa ou para Paris, comprando nas melhores lojas e usufruindo dos luxos que recentes fortunas vão proporcionando.
Sabe-se, contudo, que há também uma parte importante do exército que se faz entender em francês (crioulo francês) e que, porventura, estará a ganhar maior relevância.
Há que também referir a passividade da comunidade internacional, em que a CPLP tem feito esforços na estabilização e na "cooperação militar", e que Portugal, em particular, tem-se esforçado para acentuar ainda mais a sua influência na região, tentando suplantar a natural relevância dos países francófonos da região, com especial incidência para o Senegal.
Telecom: PT lança computador Magalhães e programa e-Escolas na Namíbia
A MTC, operadora namibiana participada da PT, assina hoje um acordo com o Governo da Namíbia que permitirá massificar o acesso à Internet em banda larga com a distribuição, pelos estudantes deste país africano, do portátil português Magalhães.
O projecto ConnectED, que se inspira no português e-Escolas, vai envolver a distribuição gratuita de um milhar de computadores Magalhães por mil escolas namibianas, bem como a venda, a preços subsidiados, de computadores portáteis de várias marcas com acesso à Internet, aos cerca de 25 mil estudantes do ensino superior deste país africano.
Numa entrevista conjunta, o primeiro-ministro da Namíbia, Nahas Angula, e o presidente da Portugal Telecom, Zeinal Bava, afirmaram que o projecto pretende colocar a Namíbia "na linha da frente" da alta tecnologia em África.
"Este é um projecto piloto muito importante. Queremos que as nossas crianças tenham acesso às tecnologias da informação", afirmou o governante, mostrando-se "entusiasmado" pelo programa que, a longo prazo, pretende ver estendido ao meio milhão de crianças em idade escolar da Namíbia.
Por sua vez, o presidente da PT, que está a realizar um périplo pela África Austral, explicou que o projecto permitirá cumprir três objectivos: ajudar as crianças da Namíbia, aumentar a base de clientes do grupo em África e contribuir para a exportação de alta tecnologia de fabrico português.
Bava acredita que o Magalhães é a melhor solução para a realidade da Namíbia e de outros países africanos. "Além disso, temos muita honra em contribuir para o aumento das exportações portuguesas", acrescentou.
A PT pretende estender o programa a outros mercados africanos onde está presente, como o vizinho Botswana, afirmou o presidente da operadora.
O continente africano é um "pilar decisivo" para a estratégia de crescimento da PT, disse ainda Bava.
A operadora portuguesa está atenta a todas as oportunidades de crescimento na Namíbia e em outros países africanos, afirmou o presidente da PT, salientando o facto de a Namíbia ser um país estável, com regulação previsível e boas condições para os investidores estrangeiros.
A MTC vai investir cerca de 860 mil eurosno projecto ConnectED, que se inspira no programa e-Escolas, o qual desde há um ano tem permitido a venda de computadores portáteis com acesso à internet a estudantes e professores portugueses, a preços baixos.
O lançamento do ConnectED coincide com o assinalar de um marco na vida da MTC, que conquistou há dias o "cliente número 1 milhão", o qual, simbolicamente, é "cliente de banda larga móvel", afirmou Zeinal Bava.
A MTC tem actualmente cerca de 20 mil clientes de Internet em banda larga móvel.
A empresa, que tem o português Miguel Geraldes (ex-TMN) como director-executivo, é a maior operadora móvel da Namíbia, sendo detida em 34% pela PT.
Este ano, a MTC deverá apresentar lucros de cerca de 30 milhões de euros.
O Governo da Namíbia, que controla os restantes 66 por cento da MTC, pretende privatizar uma parcela adicional de 15% do capital da operadora.
O primeiro-ministro Angula afirmou que está a ser estudada a forma como esta venda será feita, sendo certo que esta deverá decorrer "de forma aberta e transparente, para evitar a corrupção".
A PT tem sido vista como interessada nesta participação que será colocada no mercado, mas o primeiro-ministro namibiano garante que a operadora portuguesa terá de concorrer em condições semelhantes às de outros potenciais interessados.
No entanto, Angula espera que a PT "continue a investir" na Namíbia, no segmento móvel ou em "outras oportunidades de negócio", tal como outras empresas portuguesas, em sectores como a "energia, transportes, turismo ou vinhos, entre outros".
"Os investidores portugueses são bem-vindos à Namíbia. Temos laços culturais muito antigos com Portugal e existe uma comunidade portuguesa na Namíbia. Para vocês, a Namíbia não é um país estrangeiro", sublinhou o governante africano.
O projecto ConnectED, que se inspira no português e-Escolas, vai envolver a distribuição gratuita de um milhar de computadores Magalhães por mil escolas namibianas, bem como a venda, a preços subsidiados, de computadores portáteis de várias marcas com acesso à Internet, aos cerca de 25 mil estudantes do ensino superior deste país africano.
Numa entrevista conjunta, o primeiro-ministro da Namíbia, Nahas Angula, e o presidente da Portugal Telecom, Zeinal Bava, afirmaram que o projecto pretende colocar a Namíbia "na linha da frente" da alta tecnologia em África.
"Este é um projecto piloto muito importante. Queremos que as nossas crianças tenham acesso às tecnologias da informação", afirmou o governante, mostrando-se "entusiasmado" pelo programa que, a longo prazo, pretende ver estendido ao meio milhão de crianças em idade escolar da Namíbia.
Por sua vez, o presidente da PT, que está a realizar um périplo pela África Austral, explicou que o projecto permitirá cumprir três objectivos: ajudar as crianças da Namíbia, aumentar a base de clientes do grupo em África e contribuir para a exportação de alta tecnologia de fabrico português.
Bava acredita que o Magalhães é a melhor solução para a realidade da Namíbia e de outros países africanos. "Além disso, temos muita honra em contribuir para o aumento das exportações portuguesas", acrescentou.
A PT pretende estender o programa a outros mercados africanos onde está presente, como o vizinho Botswana, afirmou o presidente da operadora.
O continente africano é um "pilar decisivo" para a estratégia de crescimento da PT, disse ainda Bava.
A operadora portuguesa está atenta a todas as oportunidades de crescimento na Namíbia e em outros países africanos, afirmou o presidente da PT, salientando o facto de a Namíbia ser um país estável, com regulação previsível e boas condições para os investidores estrangeiros.
A MTC vai investir cerca de 860 mil eurosno projecto ConnectED, que se inspira no programa e-Escolas, o qual desde há um ano tem permitido a venda de computadores portáteis com acesso à internet a estudantes e professores portugueses, a preços baixos.
O lançamento do ConnectED coincide com o assinalar de um marco na vida da MTC, que conquistou há dias o "cliente número 1 milhão", o qual, simbolicamente, é "cliente de banda larga móvel", afirmou Zeinal Bava.
A MTC tem actualmente cerca de 20 mil clientes de Internet em banda larga móvel.
A empresa, que tem o português Miguel Geraldes (ex-TMN) como director-executivo, é a maior operadora móvel da Namíbia, sendo detida em 34% pela PT.
Este ano, a MTC deverá apresentar lucros de cerca de 30 milhões de euros.
O Governo da Namíbia, que controla os restantes 66 por cento da MTC, pretende privatizar uma parcela adicional de 15% do capital da operadora.
O primeiro-ministro Angula afirmou que está a ser estudada a forma como esta venda será feita, sendo certo que esta deverá decorrer "de forma aberta e transparente, para evitar a corrupção".
A PT tem sido vista como interessada nesta participação que será colocada no mercado, mas o primeiro-ministro namibiano garante que a operadora portuguesa terá de concorrer em condições semelhantes às de outros potenciais interessados.
No entanto, Angula espera que a PT "continue a investir" na Namíbia, no segmento móvel ou em "outras oportunidades de negócio", tal como outras empresas portuguesas, em sectores como a "energia, transportes, turismo ou vinhos, entre outros".
"Os investidores portugueses são bem-vindos à Namíbia. Temos laços culturais muito antigos com Portugal e existe uma comunidade portuguesa na Namíbia. Para vocês, a Namíbia não é um país estrangeiro", sublinhou o governante africano.
Timor: Biblioteca e Museu Nacional nas prioridades do Governo
A Biblioteca Nacional (BNTL) e o Museu Nacional de Timor-Leste (MNTL) são prioridades estratégicas em fase de concretização, afirmou o responsável da Cultura timorense.
A localização da futura BNTL "já foi identificada" e o ministério da Justiça, que tutela a Direcção de Terras e Propriedades, já recebeu um pedido de atribuição do respectivo terreno, afirmou o secretário de Estado da Cultura, Virgílio Simith.
A BNTL poderá nascer de raiz no bairro de Aitarak Laran, no centro de Díli, não longe do novo Palácio Presidencial que está em construção, afirmou Simith, numa entrevista sobre a estratégia do Governo para a Cultura.
De acordo com mesma fonte, a BNTL, cujas linhas conceptuais estão a ser definidas pela Secretaria de Estado da Cultura (SEC), será um espaço polivalente que incluirá um centro de espectáculos.
É também objectivo do actual Governo concretizar a médio prazo o MNTL, construindo um espaço para a colecção já existente e que está guardada numa sala do ministério da Educação, que tutela a SEC.
No âmbito do programa "UNESCO/Timor-Leste Parceria de Museu a Museu", 45 peças, das cerca de 500 existentes na SEC, foram cedidas temporariamente ao Museu e Galeria de Arte do Território do Norte (MAGNT), em Darwin, Austrália.
A exposição no MGNT, patente a partir de Novembro de 2008, será a primeira exibição de envergadura, no estrangeiro, desde a independência timorense.
A SEC dispõe já de técnicos timorenses qualificados em diferentes aspectos de museologia e conservação, a partir de parcerias com o MAGNT, a UNESCO e instituições académicas, salientou Simith.
As opções estratégicas da SEC a médio e longo prazo reflectem a integração da política cultural na política geral de Educação, reflectida nos organigramas dos sucessivos governos de Timor-Leste.
A localização da futura BNTL "já foi identificada" e o ministério da Justiça, que tutela a Direcção de Terras e Propriedades, já recebeu um pedido de atribuição do respectivo terreno, afirmou o secretário de Estado da Cultura, Virgílio Simith.
A BNTL poderá nascer de raiz no bairro de Aitarak Laran, no centro de Díli, não longe do novo Palácio Presidencial que está em construção, afirmou Simith, numa entrevista sobre a estratégia do Governo para a Cultura.
De acordo com mesma fonte, a BNTL, cujas linhas conceptuais estão a ser definidas pela Secretaria de Estado da Cultura (SEC), será um espaço polivalente que incluirá um centro de espectáculos.
É também objectivo do actual Governo concretizar a médio prazo o MNTL, construindo um espaço para a colecção já existente e que está guardada numa sala do ministério da Educação, que tutela a SEC.
No âmbito do programa "UNESCO/Timor-Leste Parceria de Museu a Museu", 45 peças, das cerca de 500 existentes na SEC, foram cedidas temporariamente ao Museu e Galeria de Arte do Território do Norte (MAGNT), em Darwin, Austrália.
A exposição no MGNT, patente a partir de Novembro de 2008, será a primeira exibição de envergadura, no estrangeiro, desde a independência timorense.
A SEC dispõe já de técnicos timorenses qualificados em diferentes aspectos de museologia e conservação, a partir de parcerias com o MAGNT, a UNESCO e instituições académicas, salientou Simith.
As opções estratégicas da SEC a médio e longo prazo reflectem a integração da política cultural na política geral de Educação, reflectida nos organigramas dos sucessivos governos de Timor-Leste.
Teixeira Duarte e Cimpor investem em fábrica de cimento na Namíbia
Um consórcio formado pela Teixeira Duarte (TD) e pela Cimpor vai investir até 180 milhões de euros numa fábrica de cimento na Namíbia, revelou hoje Jorge Gamito, responsável da C+PA, empresa do grupo TD responsável pelo projecto.
A nova unidade de produção, a construir em Karibib (a algumas dezenas de quilómetros do porto de Walvis Bay, a meio caminho entre a costa atlântica), deverá criar cerca de 200 postos de trabalho e produzir 600 mil toneladas de cimento por ano, adiantou o mesmo responsável, durante um encontro com jornalistas portugueses na capital da Namíbia. O governo da Namíbia atribuiu a licença para o novo projecto em Maio, esperando-se que as obras arranquem até ao fim do ano, de modo a que a nova unidade fabril entre em funcionamento em finais de 2010. De acordo com o mesmo responsável, cerca de metade da produção deverá destinar-se à exportação para outros países da África Austral, como Angola, Botwsana ou África do Sul. A TD detém 52% do capital da Karibib Portland Cements, a empresa constituída para construir a unidade fabril, cabendo os restantes 48% à Cimpor. Segundo Jorge Gamito, está prevista a venda de cinco por cento do capital da Karibib Cements a um consórcio de empresários namibianos, denominado Ciren Investments, que deverá colaborar na distribuição da produção da nova fábrica. O investimento na nova fábrica deverá situar-se entre 150 e 180 milhões de euros, com retorno previsto num prazo de entre 9 a 10 anos.
A nova unidade de produção, a construir em Karibib (a algumas dezenas de quilómetros do porto de Walvis Bay, a meio caminho entre a costa atlântica), deverá criar cerca de 200 postos de trabalho e produzir 600 mil toneladas de cimento por ano, adiantou o mesmo responsável, durante um encontro com jornalistas portugueses na capital da Namíbia. O governo da Namíbia atribuiu a licença para o novo projecto em Maio, esperando-se que as obras arranquem até ao fim do ano, de modo a que a nova unidade fabril entre em funcionamento em finais de 2010. De acordo com o mesmo responsável, cerca de metade da produção deverá destinar-se à exportação para outros países da África Austral, como Angola, Botwsana ou África do Sul. A TD detém 52% do capital da Karibib Portland Cements, a empresa constituída para construir a unidade fabril, cabendo os restantes 48% à Cimpor. Segundo Jorge Gamito, está prevista a venda de cinco por cento do capital da Karibib Cements a um consórcio de empresários namibianos, denominado Ciren Investments, que deverá colaborar na distribuição da produção da nova fábrica. O investimento na nova fábrica deverá situar-se entre 150 e 180 milhões de euros, com retorno previsto num prazo de entre 9 a 10 anos.
São Tomé quer empresas portuguesas para projectos de 161 milhões de euros
Obras no arquipélago ascendem aos 161 milhões de euros.
O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Rafael Branco, reúne-se hoje com várias empresas portuguesas, entre elas a construtora Mota-Engil. O objectivo é aliciar os empresários nacionais para a construção do novo aeroporto internacional do arquipélago, um investimento de cerca de 21 milhões de euros, bem como para o novo porto de águas profundas, no valor de 140 milhões de euros. No caso do novo aeroporto, o governo de Branco irá acordar com a empresa que ficar responsável pela construção, “um compromisso de concessão por alguns anos para a gestão da infra-estrutura”, avançou o primeiro-ministro em declarações à imprensa. Além das construtoras, Branco irá reunir-se com as petrolíferas, garantindo que está em cima da mesa a vontade do seu governo de “estabelecer parcerias com a Galp e a Sonangol para explorar os blocos de petróleo em São Tomé”. Os obstáculos do passado “serão ultrapassados com imaginação”, sublinhou.
Rafael Branco falava à margem da apresentação pública da nova companhia aérea de bandeira de São Tomé, a STP Airways, participada pela portuguesa euroAtlantic – um passo para “desenvolver a economia” no arquipélago, disse. A STP Airways terá um voo todas as segundas-feiras a ligar Lisboa a São Tomé e o presidente da euroAtlantic, Tomáz Metello, garantiu que será “mais que uma companhia aérea, um projecto verticalizado com o sector hoteleiro e o governo”.
O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Rafael Branco, reúne-se hoje com várias empresas portuguesas, entre elas a construtora Mota-Engil. O objectivo é aliciar os empresários nacionais para a construção do novo aeroporto internacional do arquipélago, um investimento de cerca de 21 milhões de euros, bem como para o novo porto de águas profundas, no valor de 140 milhões de euros. No caso do novo aeroporto, o governo de Branco irá acordar com a empresa que ficar responsável pela construção, “um compromisso de concessão por alguns anos para a gestão da infra-estrutura”, avançou o primeiro-ministro em declarações à imprensa. Além das construtoras, Branco irá reunir-se com as petrolíferas, garantindo que está em cima da mesa a vontade do seu governo de “estabelecer parcerias com a Galp e a Sonangol para explorar os blocos de petróleo em São Tomé”. Os obstáculos do passado “serão ultrapassados com imaginação”, sublinhou.
Rafael Branco falava à margem da apresentação pública da nova companhia aérea de bandeira de São Tomé, a STP Airways, participada pela portuguesa euroAtlantic – um passo para “desenvolver a economia” no arquipélago, disse. A STP Airways terá um voo todas as segundas-feiras a ligar Lisboa a São Tomé e o presidente da euroAtlantic, Tomáz Metello, garantiu que será “mais que uma companhia aérea, um projecto verticalizado com o sector hoteleiro e o governo”.
sexta-feira, setembro 12, 2008
Guiné Bissau: Portugal anuncia reforço da cooperação técnico-militar
O ministro da Defesa português, Nuno Severiano Teixeira, anunciou hoje em Bissau o reforço de alguns projectos da cooperação técnico-militar com a Guiné-Bissau, nomeadamente o das lanchas, "fundamentais para o controlo de todos os tráficos ilegais". "Há projectos que vão ser reforçados, nomeadamente o das lanchas, que são fundamentais para o controlo e exercício da soberania da Guiné-Bissau e para o controlo de todos os tráficos ilegais", afirmou o ministro português, no final de um encontro com o Presidente guineense, João Bernardo "Nino" Vieira.
"Foi manifestado pela Guiné-Bissau o interesse de ter um apoio técnico-militar de nível mais elevado e, no âmbito da cooperação, vai ser reforçada a componente técnico-militar com um oficial para fazer esse apoio técnico especializado", acrescentou Teixeira, que chegou quarta-feira a Bissau para uma visita oficial de dois dias. No encontro com "Nino" Vieira, o ministro da Defesa português abordou também a cooperação multilateral no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), anunciando que a Guiné-Bissau definiu o centro de instrução de Cumeré como o centro de excelência para a dimensão de defesa daquela organização.
"Nessa dimensão de defesa da CPLP, há projectos que estão relacionados com o desenvolvimento de uma rede de centros de excelência e a Guiné definiu o centro de instrução de Cumeré como um centro de excelência que pode vir a estar à disposição da CPLP", disse Severiano Teixeira. "Vamos, portanto, investir nesse centro, não só ao nível do melhoramento do quartel, mas também da activação e da formação de formadores", sublinhou o ministro, que realiza sexta-feira, antes de regressar a Lisboa, uma visita àquele quartel, situado nos arredores de Bissau. Severiano Teixeira abordou ainda com o chefe de Estado guineense a Missão da União Europeia para a Reforma do Sector da Segurança da Guiné, que considerou "fundamental para a consolidação das instituições democráticas e para a estabilidade política do país". Sobre as eleições legislativas na Guiné, previstas para 16 de Novembro, Severiano Teixeira disse que, segundo o Presidente guineense, estão a ser "desenvolvidos todos os esforços no sentido de realizar as legislativas". O Presidente guineense "espera que as eleições sejam um marco importante, fechando um ciclo e abrindo outro, na vida política da Guiné-Bissau, que permita dar estabilidade e segurança, condições fundamentais para o desenvolvimento", afirmou o ministro português.
"Foi manifestado pela Guiné-Bissau o interesse de ter um apoio técnico-militar de nível mais elevado e, no âmbito da cooperação, vai ser reforçada a componente técnico-militar com um oficial para fazer esse apoio técnico especializado", acrescentou Teixeira, que chegou quarta-feira a Bissau para uma visita oficial de dois dias. No encontro com "Nino" Vieira, o ministro da Defesa português abordou também a cooperação multilateral no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), anunciando que a Guiné-Bissau definiu o centro de instrução de Cumeré como o centro de excelência para a dimensão de defesa daquela organização.
"Nessa dimensão de defesa da CPLP, há projectos que estão relacionados com o desenvolvimento de uma rede de centros de excelência e a Guiné definiu o centro de instrução de Cumeré como um centro de excelência que pode vir a estar à disposição da CPLP", disse Severiano Teixeira. "Vamos, portanto, investir nesse centro, não só ao nível do melhoramento do quartel, mas também da activação e da formação de formadores", sublinhou o ministro, que realiza sexta-feira, antes de regressar a Lisboa, uma visita àquele quartel, situado nos arredores de Bissau. Severiano Teixeira abordou ainda com o chefe de Estado guineense a Missão da União Europeia para a Reforma do Sector da Segurança da Guiné, que considerou "fundamental para a consolidação das instituições democráticas e para a estabilidade política do país". Sobre as eleições legislativas na Guiné, previstas para 16 de Novembro, Severiano Teixeira disse que, segundo o Presidente guineense, estão a ser "desenvolvidos todos os esforços no sentido de realizar as legislativas". O Presidente guineense "espera que as eleições sejam um marco importante, fechando um ciclo e abrindo outro, na vida política da Guiné-Bissau, que permita dar estabilidade e segurança, condições fundamentais para o desenvolvimento", afirmou o ministro português.
Ucrânia: Deputados Rada Suprema têm passaportes portugueses (!?)
Há deputados da Rada Suprema (Parlamento ucraniano) que têm passaportes de países estrangeiros, nomeadamente de Portugal, confirmou hoje Natália Vitrenko, dirigente do Partido Socialista Progressista da Ucrânia.
"Na Rada, três quatros dos deputados têm passaportes estrangeiros: do Mónaco, Espanha, Portugal e Estados Unidos", precisou esta política pró-russa.
Contactada por telefone a partir de Moscovo, Vitrenko, também conhecida por "Jirinovski de saias", devido às suas posições radicais, afirmou ter recebido essas informações "de funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia".
"Não sei como conseguiram receber os passaportes portugueses. Sei é que, nos últimos tempos, homens de negócios ucranianos trabalham activamente em Espanha e Portugal. Criam uma empresa, recebem autorização de residência e, depois, nacionalidade", precisou.
Estas declarações foram feitas a propósito do receio das autoridades ucranianas face às notícias de que Moscovo estaria a distribuir passaportes russos entre a população da Crimeira, região autónoma da Ucrânia onde a maioria da população é de origem russa.
O Parlamento ucraniano, a fim de combater esse fenómeno pretende aprovar uma lei que obrigue os cidadãos a informar as autoridades quando receberem uma segunda nacionalidade.
"Na Rada, três quatros dos deputados têm passaportes estrangeiros: do Mónaco, Espanha, Portugal e Estados Unidos", precisou esta política pró-russa.
Contactada por telefone a partir de Moscovo, Vitrenko, também conhecida por "Jirinovski de saias", devido às suas posições radicais, afirmou ter recebido essas informações "de funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia".
"Não sei como conseguiram receber os passaportes portugueses. Sei é que, nos últimos tempos, homens de negócios ucranianos trabalham activamente em Espanha e Portugal. Criam uma empresa, recebem autorização de residência e, depois, nacionalidade", precisou.
Estas declarações foram feitas a propósito do receio das autoridades ucranianas face às notícias de que Moscovo estaria a distribuir passaportes russos entre a população da Crimeira, região autónoma da Ucrânia onde a maioria da população é de origem russa.
O Parlamento ucraniano, a fim de combater esse fenómeno pretende aprovar uma lei que obrigue os cidadãos a informar as autoridades quando receberem uma segunda nacionalidade.
quarta-feira, setembro 10, 2008
Cabinda : entre a fraude e a validade das eleições
Os resultados parciais das eleições legislativas de sexta-feira, pelo círculo eleitoral de Cabinda dão vantagem ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) sobre a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA). Segundo o mapa actualizado de 8 de Setembro de 2008, dos 90.406 eleitores com votos válidos que compareceram nas Assembleias de voto, 53.050.24, seja 59,48% votaram a favor do MPLA e 31.416.09, seja 34,75% a favor da UNITA.
Porém, em relação às províncias angolanas, caso por exemplo do Namibe onde o partido no poder chegou a obter 94.45% e o partido do Galo Negro 2.84%, em Cabinda registou-se uma vantagem mínima ao MPLA sobre a UNITA por causa sobretudo dos resultados de votação expressos pelos trabalhadores da indústria petrolífera em que a maioria esmagadora votou a favor da UNITA. O desânimo é evidente no MPLA; e o segundo secretário do MPLA, Mangovo Tomé fala de fraude. Porém, segundo o Director de informação do MPLA, Rui Falcão, "a vitória não está em causa, somente a obtenção da maioria qualificada". No caso de obter 2/3 dos 220 assentos de deputados no parlamento, o actual partido no poder angolano está, com efeito, à altura de modificar a Constituição.
in Jornal de SãoTomé (www.jornal.st)
Porém, em relação às províncias angolanas, caso por exemplo do Namibe onde o partido no poder chegou a obter 94.45% e o partido do Galo Negro 2.84%, em Cabinda registou-se uma vantagem mínima ao MPLA sobre a UNITA por causa sobretudo dos resultados de votação expressos pelos trabalhadores da indústria petrolífera em que a maioria esmagadora votou a favor da UNITA. O desânimo é evidente no MPLA; e o segundo secretário do MPLA, Mangovo Tomé fala de fraude. Porém, segundo o Director de informação do MPLA, Rui Falcão, "a vitória não está em causa, somente a obtenção da maioria qualificada". No caso de obter 2/3 dos 220 assentos de deputados no parlamento, o actual partido no poder angolano está, com efeito, à altura de modificar a Constituição.
in Jornal de SãoTomé (www.jornal.st)
terça-feira, setembro 09, 2008
Efacec ganha 4 aeroportos na Índia
A EFACEC vai fornecer e instalar sistemas de transporte de bagagens de partida e chegada em quatro novos terminais aeroportuários indianos, anunciou a empresa.
Fonte da empresa sublinhou que o negócio, no montante de 3 milhões de euros, reveste-se de enorme importância para o crescimento da actividade da Logística de Aeroportos, permitindo ainda o desenvolvimento das competências de engenharia e fabricação da joint venture local, Gearl, que irá “efectuar a assistência técnica e apoiar a operação durante o período de garantia de dois anos”. No concurso, lançado pela Autoridade Aeroportuária Indiana, que detém a concessão de 120 aeroportos na Índia, a empresa portuguesa, concorria com players mundiais como a alemã Siemens.
A obtenção deste contrato é resultado da estratégia de internacionalização que a Efacec tem vindo a implementar. Já em Janeiro deste ano, a empresa, de que é CEO, Luís Filipe Pereira, concretizou um importante passo neste seu objectivo de globalização ao estabelecer na Índia duas joint ventures com ogrupo C&S – Control and Switchgear.
Fonte da empresa sublinhou que o negócio, no montante de 3 milhões de euros, reveste-se de enorme importância para o crescimento da actividade da Logística de Aeroportos, permitindo ainda o desenvolvimento das competências de engenharia e fabricação da joint venture local, Gearl, que irá “efectuar a assistência técnica e apoiar a operação durante o período de garantia de dois anos”. No concurso, lançado pela Autoridade Aeroportuária Indiana, que detém a concessão de 120 aeroportos na Índia, a empresa portuguesa, concorria com players mundiais como a alemã Siemens.
A obtenção deste contrato é resultado da estratégia de internacionalização que a Efacec tem vindo a implementar. Já em Janeiro deste ano, a empresa, de que é CEO, Luís Filipe Pereira, concretizou um importante passo neste seu objectivo de globalização ao estabelecer na Índia duas joint ventures com ogrupo C&S – Control and Switchgear.
Portugal é 2º país de 27 com mais empregados sem qualificação
Cerca de 60 por cento da mão-de-obra em Portugal não tem qualquer formação específica, sendo apenas ultrapassada, entre 27 países ocidentais, pela Turquia, onde aquele indicador se situa nos 64%, revela um relatório internacional.
Os indicadores da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), referentes a este ano mas elaborados com base em dados de 2006, colocam ainda Portugal nos últimos lugares quanto à percentagem de trabalhadores com formação superior (cerca de 13%), a par da Itália e só à frente da Turquia (pouco mais de 10%).
Quanto à mão-de-obra especializada, Portugal é também o penúltimo, com 28%, de novo apenas à frente da Turquia (cerca de 25%), e no lado oposto da Holanda, com um pouco mais de 50%, da Austrália (à volta de metade) e da Suíça (48%).
Ainda de acordo com a OCDE, em 2006 países como o Canadá e Israel tinham apenas sete por cento da sua força laboral sem formação universitária nem qualquer especialização.
Holanda, Suíça, Finlândia, Noruega e Islândia surgem logo a seguir nos lugares cimeiros, enquanto no fundo da tabela, mas à frente de Portugal, aparecem a Polónia, Itália, República Checa, Hungria e Eslováquia. Espanha surge à frente deste grupo, com cerca de 40% dos empregados sem qualquer qualificação específica.
Os indicadores da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), referentes a este ano mas elaborados com base em dados de 2006, colocam ainda Portugal nos últimos lugares quanto à percentagem de trabalhadores com formação superior (cerca de 13%), a par da Itália e só à frente da Turquia (pouco mais de 10%).
Quanto à mão-de-obra especializada, Portugal é também o penúltimo, com 28%, de novo apenas à frente da Turquia (cerca de 25%), e no lado oposto da Holanda, com um pouco mais de 50%, da Austrália (à volta de metade) e da Suíça (48%).
Ainda de acordo com a OCDE, em 2006 países como o Canadá e Israel tinham apenas sete por cento da sua força laboral sem formação universitária nem qualquer especialização.
Holanda, Suíça, Finlândia, Noruega e Islândia surgem logo a seguir nos lugares cimeiros, enquanto no fundo da tabela, mas à frente de Portugal, aparecem a Polónia, Itália, República Checa, Hungria e Eslováquia. Espanha surge à frente deste grupo, com cerca de 40% dos empregados sem qualquer qualificação específica.
Manuel Pinho "ofendido" com expressão usada pelo Financial Times
Finalmente, o ministro da Economia, Manuel Pinho, mostrou-se "ofendido" com a designação de "Pigs" (porcos, em inglês) utilizada pelo jornal britânico 'Financial Times' para se referir aos quatro países do sul da Europa - Portugal, Itália, Grécia e Espanha.
"Enquanto português que gosta do seu País, eu fico ofendido com tamanha designação. Fico, sinceramente, muito ofendido que designem o meu País por esse termo", disse Pinho, que falava aos jornalistas após a inauguração do Troiaresort, que teve lugar ontem.
Questionado sobre um eventual protesto junto do jornal britânico, o ministro da Economia e Inovação optou por não revelar a intenção do Governo português. Num artigo intitulado ‘Pigs in muck’, o jornal britânico evidenciava o mau desempenho da economia e o agravamento do défice dos quatro países do sul da Europa - Portugal, Itália, Grécia e Espanha, depois de um período de crescimento na sequência da adesão à zona euro e à moeda única. O acrónimo utilizado por aquele que é considerado como um jornal de referência na área da economia está a gerar grande indignação nos quatro países visados.
"Enquanto português que gosta do seu País, eu fico ofendido com tamanha designação. Fico, sinceramente, muito ofendido que designem o meu País por esse termo", disse Pinho, que falava aos jornalistas após a inauguração do Troiaresort, que teve lugar ontem.
Questionado sobre um eventual protesto junto do jornal britânico, o ministro da Economia e Inovação optou por não revelar a intenção do Governo português. Num artigo intitulado ‘Pigs in muck’, o jornal britânico evidenciava o mau desempenho da economia e o agravamento do défice dos quatro países do sul da Europa - Portugal, Itália, Grécia e Espanha, depois de um período de crescimento na sequência da adesão à zona euro e à moeda única. O acrónimo utilizado por aquele que é considerado como um jornal de referência na área da economia está a gerar grande indignação nos quatro países visados.
sábado, setembro 06, 2008
Investimento de 125 milhões 'voa' de Évora para França
Foi por água abaixo o projecto para instalar em Évora uma fábrica para construir o novo avião do grupo francês GECI, o 'Skylander'.
Um projecto de 125 milhões de euros e três mil postos de trabalho (mil directos).
Paris resolveu em três semanas o que Lisboa não solucionou em quatro anos.
Afinal Évora já não vai ter a fábrica dos aviões Skylander, do grupo francês GECI, projecto que previa um investimento na ordem dos 125 milhões de euros, criando cerca três mil postos de trabalho (mil directos, os restantes indirectos). Num volte-face ocorrido nas últimas três semanas, e que incluiu o envolvimento directo do Presidente da França, Nicholas Sarkozy, a GECI decidiu construir a sua nova unidade fabril na região da Lorena, França. Há quatro anos que se preparava a instalação da fábrica em Évora (!?).
O projecto já tinha obtido o estatuto de PIN (projecto de interesse nacional). Em Maio de 2007, Serge Bitboul, presidente da GECI, chegou a prometer: "Estamos nos últimos acertos. Estará tudo [pronto] no Verão. Absolutamente." Em Maio deste ano um grupo de executivos do grupo francês esteve em Évora e Bitboul explicou: "Queremos que as direcções de topo das várias empresas da GECI espalhadas pelo mundo aproveitem para conhecer o Alentejo, sentir este lugar onde vamos desenvolver um dos nossos projectos nas próximas duas décadas."
A GECI anunciou a suas intenções anteontem à tarde na Bolsa de Paris após uma reunião de Serge Bitboul com o ministro francês Jean-Louis Borloo (do Ordenamento do Território). "Perante a oportunidade proposta pelo Estado [francês] e pela região da Lorena de instalar esta nova indústria aeronáutica em Chambley-Bussières e a vontade de respeitar o nosso calendário de projecto, procedemos à relocalização do programa", disse Bitboul. A decisão da GECI deve-se ao facto de "o desenvolvimento do projecto em Évora, nos prazos definidos, se ter tornado impossível face aos entraves e outras questões absurdas colocadas pela burocracia portuguesa".
"O governo francês contactou a GECI no início de Agosto e em três semanas resolveu o assunto que em Portugal as autoridades não conseguiram tratar em mais de quatro anos." A unidade fabril - que seria a primeira em Portugal de construção aeronáutica - construiria o Skylander-100, um bimotor turbopropulsor com capacidade para transportar até 3,3 toneladas de carga e capacidade para, no máximo, 29 pessoas. Poderá ter vários usos: humanitário, transporte médico, combate a incêndios. A GECI, que dizia já ter mais 180 encomendas para o novo aparelho, pretendia começar a fazer entregas em 2010. Seriam produzidos em Évora seis aviões por mês.
Um projecto de 125 milhões de euros e três mil postos de trabalho (mil directos).
Paris resolveu em três semanas o que Lisboa não solucionou em quatro anos.
Afinal Évora já não vai ter a fábrica dos aviões Skylander, do grupo francês GECI, projecto que previa um investimento na ordem dos 125 milhões de euros, criando cerca três mil postos de trabalho (mil directos, os restantes indirectos). Num volte-face ocorrido nas últimas três semanas, e que incluiu o envolvimento directo do Presidente da França, Nicholas Sarkozy, a GECI decidiu construir a sua nova unidade fabril na região da Lorena, França. Há quatro anos que se preparava a instalação da fábrica em Évora (!?).
O projecto já tinha obtido o estatuto de PIN (projecto de interesse nacional). Em Maio de 2007, Serge Bitboul, presidente da GECI, chegou a prometer: "Estamos nos últimos acertos. Estará tudo [pronto] no Verão. Absolutamente." Em Maio deste ano um grupo de executivos do grupo francês esteve em Évora e Bitboul explicou: "Queremos que as direcções de topo das várias empresas da GECI espalhadas pelo mundo aproveitem para conhecer o Alentejo, sentir este lugar onde vamos desenvolver um dos nossos projectos nas próximas duas décadas."
A GECI anunciou a suas intenções anteontem à tarde na Bolsa de Paris após uma reunião de Serge Bitboul com o ministro francês Jean-Louis Borloo (do Ordenamento do Território). "Perante a oportunidade proposta pelo Estado [francês] e pela região da Lorena de instalar esta nova indústria aeronáutica em Chambley-Bussières e a vontade de respeitar o nosso calendário de projecto, procedemos à relocalização do programa", disse Bitboul. A decisão da GECI deve-se ao facto de "o desenvolvimento do projecto em Évora, nos prazos definidos, se ter tornado impossível face aos entraves e outras questões absurdas colocadas pela burocracia portuguesa".
"O governo francês contactou a GECI no início de Agosto e em três semanas resolveu o assunto que em Portugal as autoridades não conseguiram tratar em mais de quatro anos." A unidade fabril - que seria a primeira em Portugal de construção aeronáutica - construiria o Skylander-100, um bimotor turbopropulsor com capacidade para transportar até 3,3 toneladas de carga e capacidade para, no máximo, 29 pessoas. Poderá ter vários usos: humanitário, transporte médico, combate a incêndios. A GECI, que dizia já ter mais 180 encomendas para o novo aparelho, pretendia começar a fazer entregas em 2010. Seriam produzidos em Évora seis aviões por mês.
'Financial Times' chama porco a Portugal
O jornal 'Financial Times' (FT) retomou o acrónimo para definir o défice de Portugal, Itália, Grécia e Espanha - PIGS, ou porcos, em português.
Salvador da Cunha, presidente da APECOM (Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas), diz que é motivo para um "incidente diplomático". Espanha, que também foi visada, já se queixou ao jornal britânico.
"O Governo português tem de se pronunciar sobre isto." É desta forma que Cunha, presidente da APECOM, reage ao artigo de opinião publicado pelo FT, que retoma o acrónimo para classificar os défices de Portugal, Itália, Grécia e Espanha - PIGS (o S é de Spain), em português, porcos.
Já o havia feito aquando da adesão de Portugal ao Euro. O jornal vai mais longe e apelida estes países de "pigs in muck" - porcos na pocilga, na tradução literal. "Há oito anos, os porcos chegaram realmente a voar. As suas economias dispararam depois da adesão à Zona Euro (...), mas agora os porcos estão a cair novamente por terra", lê-se no artigo publicado no dia 1 deste mês no FT.
Em Espanha, a DIRCOM - associação que reúne directores de comunicação de empresas como o Banco Santander, El Corte Inglés ou Repsol, entre muitas outras - enviou uma carta ao FT, já publicada pelo diário, em que considera que o termo usado é "depreciativo e degradante". E acrescenta que não pode ser "considerado como um jogo de palavras pouco feliz, nem uma anedota de mau gosto". O artigo de opinião, escrito pelos responsáveis do jornal britânico, é classificado pela entidade espanhola como um atentado à dignidade dos cidadãos, políticos e empresas daqueles países. Contactado João Palmeiro, presidente da Associação de Imprensa (API), este não quis tomar, para já, uma posição.
Salvador da Cunha, presidente da APECOM (Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas), diz que é motivo para um "incidente diplomático". Espanha, que também foi visada, já se queixou ao jornal britânico.
"O Governo português tem de se pronunciar sobre isto." É desta forma que Cunha, presidente da APECOM, reage ao artigo de opinião publicado pelo FT, que retoma o acrónimo para classificar os défices de Portugal, Itália, Grécia e Espanha - PIGS (o S é de Spain), em português, porcos.
Já o havia feito aquando da adesão de Portugal ao Euro. O jornal vai mais longe e apelida estes países de "pigs in muck" - porcos na pocilga, na tradução literal. "Há oito anos, os porcos chegaram realmente a voar. As suas economias dispararam depois da adesão à Zona Euro (...), mas agora os porcos estão a cair novamente por terra", lê-se no artigo publicado no dia 1 deste mês no FT.
Em Espanha, a DIRCOM - associação que reúne directores de comunicação de empresas como o Banco Santander, El Corte Inglés ou Repsol, entre muitas outras - enviou uma carta ao FT, já publicada pelo diário, em que considera que o termo usado é "depreciativo e degradante". E acrescenta que não pode ser "considerado como um jogo de palavras pouco feliz, nem uma anedota de mau gosto". O artigo de opinião, escrito pelos responsáveis do jornal britânico, é classificado pela entidade espanhola como um atentado à dignidade dos cidadãos, políticos e empresas daqueles países. Contactado João Palmeiro, presidente da Associação de Imprensa (API), este não quis tomar, para já, uma posição.
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