in Notícias Lusófonas
Os Emirados Árabes Unidos (EAU) pediram apoio a Cabo Verde à candidatura para albergar a futura sede da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), disse na Cidade da Praia o ministro dos Negócios Estrangeiros da EAU. Segundo Sheikh Abdullah Bin Zayed Al Nahyan, que cumpriu hoje uma visita de cinco horas a Cabo Verde, os Emirados têm em curso uma série de contactos internacionais nesse sentido, nomeadamente entre os Estados africanos que assinaram a declaração constitutiva da IRENA, em Janeiro deste ano.
A eleição para a escolha do país que instalará a sede da organização será realizada dentro de dois meses e, segundo Al Nahyan, os Emirados contam já com o apoio de alguns Estados africanos, que não nomeou. Entre os Estados africanos que rubricaram a declaração constitutiva da IRENA, entre eles Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, figuram também a África do Sul, Comores, Gâmbia, Madagáscar, República Democrática do Congo e Zâmbia, entre outros. Como contrapartida, a delegação árabe manifesta a intenção do seu país em reforçar relações de cooperação com Cabo Verde, sobretudo no domínio das energias renováveis, mercado em que Portugal está também apostado e que ficou patente durante a visita do primeiro-ministro português, José Sócrates, à Cidade da Praia, em Março último.
“Há um interesse genuíno da parte dos Emirados Árabes Unidos em efectuar investimentos sustentáveis no domínio das energias renováveis e certamente essa agência dará muitos ganhos se a sua sede se situar no meu país”, alegou Al Nahyan. A IRENA foi fundada em Bona, Alemanha, por um grupo de 75 países, entre eles também Portugal. Os EAU, federação de pequenos emirados, situados na Península Arábica, tem uma economia forte, baseada no petróleo, e é um dos países mais ricos do mundo.
quarta-feira, abril 29, 2009
"Timor será prioridade estratégica e factor de influência regional"
in Notícias Lusófonas
Quando Timor-Leste alcançar a estabilidade política interna, a China tornará o país uma prioridade estratégica e um factor de expansão da sua influência regional, defendeu o académico e investigador de assuntos asiáticos Moisés Silva Fernandes.
"Se houver estabilidade política em Timor-Leste, é inexorável que a China se vai virar para Timor. Nota-se isso em Timor - quem construiu um edifício novo para o Ministério dos Negócios estrangeiros de Timor foi a China, quem está a construir o palácio presidencial é a China e a China que já tinha uma embaixada está a construir uma nova embaixada para ser uma das maiores no país", disse Moisés Silva Fernandes, director do Instituto Confúcio da Universidade de Lisboa. Para o investigador, "havendo estabilidade política, depois tudo pode mexer. A China sabe que existe ali um actor importante, mas não quer entrar num confronto de influências directo com a Austrália porque sabe que a Austrália é o polícia regional para os Estados Unidos".
"Um aumento de influência da China naquela região nunca acontecerá de uma forma confrontacional, mas poderá acontecer através de uma aliança informal, nunca escrita, em que haverá uma convergência de interesses - incluindo Portugal, por razões políticas, que quer que Timor seja um Estado viável e onde a hegemonia australiana seja menor; e também a Indonésia e a Malásia", adiantou. Silva Fernandes defende que Portugal, China, Indonésia e Malásia "têm o denominador comum de serem favoráveis a uma redução da hegemonia australiana, e dentro destes quatro há Estados que têm interesses muito concretos que no caso da China é o petróleo, devido à proximidade do sul da China a Timor". "Isto será feito gradualmente só depois da resolução da questão da estabilidade política interna de Timor-Leste, mas há sem dúvida um interesse muito concreto nos recursos energéticos", observou.
A China tem apostado em África - Angola é o principal fornecedor de petróleo à República Popular -, mas enfrenta o problema dos custos elevados em termos de transporte, devido à distância, e de segurança, devido à necessidade de passagem por duas zonas onde os problemas de pirataria são graves, a costa da Somália e a zona do estreito de Malaca. "Uma solução regional seria muito melhor para a China porque lhe custaria muito menos em termos de transporte e segurança e também em termos de projecção de influência e havendo alternativas regionais ao fornecimento energético, como Timor, as prioridades ajustam-se", disse Silva Fernandes. Tudo dito, o investigador ressalva no entanto que "é impossível avançar horizontes temporais", para tal evolução estratégica.
Quando Timor-Leste alcançar a estabilidade política interna, a China tornará o país uma prioridade estratégica e um factor de expansão da sua influência regional, defendeu o académico e investigador de assuntos asiáticos Moisés Silva Fernandes.
"Se houver estabilidade política em Timor-Leste, é inexorável que a China se vai virar para Timor. Nota-se isso em Timor - quem construiu um edifício novo para o Ministério dos Negócios estrangeiros de Timor foi a China, quem está a construir o palácio presidencial é a China e a China que já tinha uma embaixada está a construir uma nova embaixada para ser uma das maiores no país", disse Moisés Silva Fernandes, director do Instituto Confúcio da Universidade de Lisboa. Para o investigador, "havendo estabilidade política, depois tudo pode mexer. A China sabe que existe ali um actor importante, mas não quer entrar num confronto de influências directo com a Austrália porque sabe que a Austrália é o polícia regional para os Estados Unidos".
"Um aumento de influência da China naquela região nunca acontecerá de uma forma confrontacional, mas poderá acontecer através de uma aliança informal, nunca escrita, em que haverá uma convergência de interesses - incluindo Portugal, por razões políticas, que quer que Timor seja um Estado viável e onde a hegemonia australiana seja menor; e também a Indonésia e a Malásia", adiantou. Silva Fernandes defende que Portugal, China, Indonésia e Malásia "têm o denominador comum de serem favoráveis a uma redução da hegemonia australiana, e dentro destes quatro há Estados que têm interesses muito concretos que no caso da China é o petróleo, devido à proximidade do sul da China a Timor". "Isto será feito gradualmente só depois da resolução da questão da estabilidade política interna de Timor-Leste, mas há sem dúvida um interesse muito concreto nos recursos energéticos", observou.
A China tem apostado em África - Angola é o principal fornecedor de petróleo à República Popular -, mas enfrenta o problema dos custos elevados em termos de transporte, devido à distância, e de segurança, devido à necessidade de passagem por duas zonas onde os problemas de pirataria são graves, a costa da Somália e a zona do estreito de Malaca. "Uma solução regional seria muito melhor para a China porque lhe custaria muito menos em termos de transporte e segurança e também em termos de projecção de influência e havendo alternativas regionais ao fornecimento energético, como Timor, as prioridades ajustam-se", disse Silva Fernandes. Tudo dito, o investigador ressalva no entanto que "é impossível avançar horizontes temporais", para tal evolução estratégica.
Cinema: estatuetas da academia indiana entregues em Macau em meados de Junho
A décima edição da academia de óscares do cinema indiano vai decorrer em Macau entre 11 e 13 de Junho no complexo de hotelaria e jogo The Venetian, anunciou a organização na noite de terça-feira.
Depois de "viajar" por países como Inglaterra, África do Sul, Singapura, Dubai ou Tailândia, os óscares indianos serão distribuídos em Macau numa cerimónia que contará com a presença de autoridades locais e na qual a organização promete um vasto conjunto de surpresas.
"Em 2009, a academia celebra o seu décimo aniversário e promete ser mais uma experiência cativante" disse em conferência de imprensa Amitabh Bachchan, embaixador da academia indiana ao salientar também que o The Venetian é uma "excelente escolha" e que a organização está entusiasmada por levar a sua magia à Região Administrativa Especial chinesa.
Depois de "viajar" por países como Inglaterra, África do Sul, Singapura, Dubai ou Tailândia, os óscares indianos serão distribuídos em Macau numa cerimónia que contará com a presença de autoridades locais e na qual a organização promete um vasto conjunto de surpresas.
"Em 2009, a academia celebra o seu décimo aniversário e promete ser mais uma experiência cativante" disse em conferência de imprensa Amitabh Bachchan, embaixador da academia indiana ao salientar também que o The Venetian é uma "excelente escolha" e que a organização está entusiasmada por levar a sua magia à Região Administrativa Especial chinesa.
Timor: Heróis da resistência passam testemunho às Forças Armadas
Uma cerimónia muito emotiva no quartel-general das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) marcou hoje o início da passagem de testemunho dos veteranos heróis da resistência para 80 oficiais, 30 sargentos e 490 praças que iniciam recruta em Maio.
O Presidente da República, José Ramos-Horta, o primeiro-ministro, Kay Rala Xanana Gusmão, e o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), brigadeiro-general Taur Matan Ruak, foram as personalidades em destaque.
No encerramento do "breefing", Matan Ruak não escondeu a sua "preocupação em assegurar uma transição estável" e chamou a atenção para as "necessidades financeiras" em jogo.
O Presidente da República, José Ramos-Horta, o primeiro-ministro, Kay Rala Xanana Gusmão, e o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), brigadeiro-general Taur Matan Ruak, foram as personalidades em destaque.
No encerramento do "breefing", Matan Ruak não escondeu a sua "preocupação em assegurar uma transição estável" e chamou a atenção para as "necessidades financeiras" em jogo.
Defesa avança para parcerias económicas em Marrocos e Argélia
Depois da Mauritânia, Líbia e da Tunísia, o Governo português, no âmbito da cooperação na área da defesa, já está a pensar nas próximas viagens a mais dois países da região do Magrebe, Marrocos e Argélia.
O objectivo é alargar a estes dois mercados as parcerias na área militar, mas também na economia da indústria da defesa, e identificar oportunidades de negócios como já fez nos outros países do Norte de África. Na semana passada, uma delegação líbia visitou Portugal para dar continuidade às negociações que arrancaram no seu país.
Na Tunísia, os primeiros passos já foram dados nesta semana com a visita oficial do ministro da Defesa, nomeadamente em áreas de negócio da Empordef, a "holding" estatal da defesa nacional. "Na Argélia já existe alguma coisa, mas vamos fazer os primeiros contactos exploratórios com Marrocos", disse o ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira.
O objectivo é alargar a estes dois mercados as parcerias na área militar, mas também na economia da indústria da defesa, e identificar oportunidades de negócios como já fez nos outros países do Norte de África. Na semana passada, uma delegação líbia visitou Portugal para dar continuidade às negociações que arrancaram no seu país.
Na Tunísia, os primeiros passos já foram dados nesta semana com a visita oficial do ministro da Defesa, nomeadamente em áreas de negócio da Empordef, a "holding" estatal da defesa nacional. "Na Argélia já existe alguma coisa, mas vamos fazer os primeiros contactos exploratórios com Marrocos", disse o ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira.
terça-feira, abril 28, 2009
Propagandas
Por alguma razão não estou surpreendido... Mas desde quando é que a esquerda e especialmente o PS não tem o estado como seu burgo natural.
Desta vez incautas criancinhas foram filmadas para uma reportagem da Min. Educação, o que já de si é estranho e acabam num tempo de antena do PS.
Seria giro ir conferir quanta propaganda do PS é paga pelo contribuinte, é só uma curiosidade minha desculpem lá.
A diferença é que é a esquerda a tomar este tipo de atitudes, ora imaginem as discussões acaloradas que por aí, entre supostos intelectuais se tivesse o Santanta Lopes "enganado" pais e criancinhas para servir o aparelhómetro partidário a manter-se no poder? Possivelmente até o terá feito, não sei, mas não é a esquerda que defende aquela coisa um pouco estranha chamada de "ética republicana"?
Da outra vez contrataram figurantes para se fazer passar por estudantes (ou já se esqueceram) agora têm estudantes a fazer o trabalho de figurantes!
Mas vocês, digam-me lá a verdade... Surpreendem-se?
Eu cá não
Desta vez incautas criancinhas foram filmadas para uma reportagem da Min. Educação, o que já de si é estranho e acabam num tempo de antena do PS.
Seria giro ir conferir quanta propaganda do PS é paga pelo contribuinte, é só uma curiosidade minha desculpem lá.
A diferença é que é a esquerda a tomar este tipo de atitudes, ora imaginem as discussões acaloradas que por aí, entre supostos intelectuais se tivesse o Santanta Lopes "enganado" pais e criancinhas para servir o aparelhómetro partidário a manter-se no poder? Possivelmente até o terá feito, não sei, mas não é a esquerda que defende aquela coisa um pouco estranha chamada de "ética republicana"?
Da outra vez contrataram figurantes para se fazer passar por estudantes (ou já se esqueceram) agora têm estudantes a fazer o trabalho de figurantes!
Mas vocês, digam-me lá a verdade... Surpreendem-se?
Eu cá não
Comemorações das relações Portugal/Japão arrancam em Belém
O presidente do Comité para as Comemorações dos 150 anos das relações diplomáticas Portugal/Japão, Shoei Utsuda deslocou-se hoje a Lisboa, marcando o arranque da preparação das iniciativas a realizar do lado asiático.
"Vamos começar agora, mas o meu objectivo é promover muitos eventos do lado japonês. A partir de agora vamos começar a preparar os projectos do lado japonês", afirmou Shoei Utsuda, no final de uma audiência com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, no Palácio de Belém.
Por outro lado, nesta visita a Lisboa, Shoei Utsuda tentará ainda actualizar-se sobre a realidade portuguesa, já que a última vez que visitou o país foi há quase três décadas.
"A minha última visita a Portugal foi há quase 30 anos. Quero conhecer a actual situação", declarou.
"Vamos começar agora, mas o meu objectivo é promover muitos eventos do lado japonês. A partir de agora vamos começar a preparar os projectos do lado japonês", afirmou Shoei Utsuda, no final de uma audiência com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, no Palácio de Belém.
Por outro lado, nesta visita a Lisboa, Shoei Utsuda tentará ainda actualizar-se sobre a realidade portuguesa, já que a última vez que visitou o país foi há quase três décadas.
"A minha última visita a Portugal foi há quase 30 anos. Quero conhecer a actual situação", declarou.
Ministro dos Negócios Estrangeiros visita Kuwait e Omã
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, viajou hoje para o Golfo Pérsico para uma reunião União Europeia-Conselho de Cooperação do Golfo em Omã e para uma visita bilateral ao Kuwait, informou o seu Ministério.
Quarta-feira, em Mascate, Amado participa na 19ª reunião ministerial conjunta da UE com o Conselho de Cooperação do Golfo (Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã e Qatar), consagrada ao reforço das relações nos âmbitos económico, de energia, ambiente e educação.
Na agenda dos ministros vão estar também temas da agenda internacional como a situação no Médio Oriente, Irão, Iraque, pirataria, terrorismo, crise económica e financeira e direitos humanos.
Quarta-feira, em Mascate, Amado participa na 19ª reunião ministerial conjunta da UE com o Conselho de Cooperação do Golfo (Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã e Qatar), consagrada ao reforço das relações nos âmbitos económico, de energia, ambiente e educação.
Na agenda dos ministros vão estar também temas da agenda internacional como a situação no Médio Oriente, Irão, Iraque, pirataria, terrorismo, crise económica e financeira e direitos humanos.
segunda-feira, abril 27, 2009
Lisboa ocupa 44ª posição no "ranking" das cidades com melhor qualidade de vida
O Estudo mundial sobre qualidade de Vida 2009, realizado em 215 cidades mundiais, coloca Lisboa no 44º lugar do "ranking", com a mesma pontuação que as cidades norte-americanas de Washington e Chicago e a japonesa Osaka.
O estudo realizado pela consultora Mercer, e divulgado hoje pelo jornal espanhol Expansión, analisa 39 factores relacionados com a situação política, social, cultural e económica além dos transportes, lazer, bens de consumo, habitação e meio ambiente das cidades. Segundo estes parâmetros, Viena de Áustria é a cidade com melhor qualidade de vida, seguida das cidades suíças, Zurique e Genebra. Vancouver, no Canadá, e Auckland, na Nova Zelândia, estão empatadas na quarta posição.
A Alemanha e a Suiça são os países com mais cidades no top 10 do "ranking" da Mercer, com 3 cada um. Lisboa aparece em 44º lugar, ocupando a mesma posição do ano passado e empatada com Washington, Chicago e Osaka. A capital lusa ultrapassou a espanhola, em termo de qualidade de vida, uma vez que Madrid, que no ano passado ocupou a 43ª posição, este ano caiu para a 48ª. Barcelona aparece em 42º lugar, Paris em 32º e Londres em 38º. Nova Iorque, a cidade que serve de base comparativa, ocupa a 49ª posição. Bagdade, no Iraque, aparece como a cidade mundial com menos qualidade de vida, ocupando o 215º lugar na lista da Mercer.
O estudo realizado pela consultora Mercer, e divulgado hoje pelo jornal espanhol Expansión, analisa 39 factores relacionados com a situação política, social, cultural e económica além dos transportes, lazer, bens de consumo, habitação e meio ambiente das cidades. Segundo estes parâmetros, Viena de Áustria é a cidade com melhor qualidade de vida, seguida das cidades suíças, Zurique e Genebra. Vancouver, no Canadá, e Auckland, na Nova Zelândia, estão empatadas na quarta posição.
A Alemanha e a Suiça são os países com mais cidades no top 10 do "ranking" da Mercer, com 3 cada um. Lisboa aparece em 44º lugar, ocupando a mesma posição do ano passado e empatada com Washington, Chicago e Osaka. A capital lusa ultrapassou a espanhola, em termo de qualidade de vida, uma vez que Madrid, que no ano passado ocupou a 43ª posição, este ano caiu para a 48ª. Barcelona aparece em 42º lugar, Paris em 32º e Londres em 38º. Nova Iorque, a cidade que serve de base comparativa, ocupa a 49ª posição. Bagdade, no Iraque, aparece como a cidade mundial com menos qualidade de vida, ocupando o 215º lugar na lista da Mercer.
Portuguesa dirige em Berlim melhor escola sapateado europeia
A bailarina portuguesa Cristina Delius dirige em Berlim, onde reside, a Tapa Toe Steptanzstudio, considerada pelos melhores bailarinos norte-americanos de sapateado como a melhor escola da especialidade na Europa.
Delius, que actuou quinta-feira no Porto, estudou dança clássica na sua Lisboa natal, onde trabalhou na Oficina Teatro e Dança e com o Ballet Gulbenkian antes de seguir para Paris, em 1984, onde estudou no Conservatório Marcel Dupré e prosseguiu a sua aprendizagem de sapateado Centre de Dance du Marais, com Victor Cuno.
"Tive a sorte de encontrar as pessoas certas nos momentos certos, o que me proporcionou a descoberta do sapateado", disse a bailarina sexta-feira, no final da sua actuação no Teatro Campo Alegre, nas Quintas de Leitura, sessões de poesia que incluem música, performance e dança.
Delius, que actuou quinta-feira no Porto, estudou dança clássica na sua Lisboa natal, onde trabalhou na Oficina Teatro e Dança e com o Ballet Gulbenkian antes de seguir para Paris, em 1984, onde estudou no Conservatório Marcel Dupré e prosseguiu a sua aprendizagem de sapateado Centre de Dance du Marais, com Victor Cuno.
"Tive a sorte de encontrar as pessoas certas nos momentos certos, o que me proporcionou a descoberta do sapateado", disse a bailarina sexta-feira, no final da sua actuação no Teatro Campo Alegre, nas Quintas de Leitura, sessões de poesia que incluem música, performance e dança.
Obra de Lobo Antunes é "obsessivamente local" - New Yorker
A revista literária norte-americana The New Yorker publica hoje online um longo artigo sobre o escritor português António Lobo Antunes, cuja obra descreve como "obsessivamente local,
preocupada com os males herdados da história portuguesa e as debilidades da sua cultura".
"Ele visa - escreve Peter Conrad, o autor do artigo -, tal como Stephen Dedalus [do «Ulisses», de James Joyce] chamando a si os inimigos da Irlanda, ser uma consciência nacional, lembrando aos seus recentemente europeizados, untuosamente prósperos compatriotas, o legado de culpa do seu vergonhoso passado deixado pela ditadura de António de Oliveira Salazar, que dirigiu o país entre 1932 e 1968, e pela brutalidade do seu regime colonial em África".
Em confronto com Lobo Antunes, o articulista coloca José Saramago, que, ao contrário daquele, situa quase sempre as suas narrativas "em países não identificados ou imaginários" e as faz "facilmente partir em direcção à universalidade".
preocupada com os males herdados da história portuguesa e as debilidades da sua cultura".
"Ele visa - escreve Peter Conrad, o autor do artigo -, tal como Stephen Dedalus [do «Ulisses», de James Joyce] chamando a si os inimigos da Irlanda, ser uma consciência nacional, lembrando aos seus recentemente europeizados, untuosamente prósperos compatriotas, o legado de culpa do seu vergonhoso passado deixado pela ditadura de António de Oliveira Salazar, que dirigiu o país entre 1932 e 1968, e pela brutalidade do seu regime colonial em África".
Em confronto com Lobo Antunes, o articulista coloca José Saramago, que, ao contrário daquele, situa quase sempre as suas narrativas "em países não identificados ou imaginários" e as faz "facilmente partir em direcção à universalidade".
Defesa: Severiano Teixeira na Tunísia para assinar acordo
O ministro da Defesa assina esta segunda-feira em Tunes um plano de cooperação militar com a Tunísia, válido por três anos, em áreas como a economia e as indústrias de defesa, a formação, ensino, treino e a medicina militar.
O Plano Indicativo que vai ser assinado enquadra a cooperação entre os dois países na área da Defesa, sendo, segundo o Ministério da Defesa Nacional (MDN), a "primeira vez que se faz um guião a três anos".
"A ideia é levar a cooperação entre Portugal e a Tunísia a um patamar estratégico, juntando todas as áreas num 'pacote', programando-as ao longo de três anos", indicou fonte oficial do MDN.
O Plano Indicativo que vai ser assinado enquadra a cooperação entre os dois países na área da Defesa, sendo, segundo o Ministério da Defesa Nacional (MDN), a "primeira vez que se faz um guião a três anos".
"A ideia é levar a cooperação entre Portugal e a Tunísia a um patamar estratégico, juntando todas as áreas num 'pacote', programando-as ao longo de três anos", indicou fonte oficial do MDN.
sexta-feira, abril 24, 2009
PM de São Vicente e Granadinas em visita a Portugal
O primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, foi hoje recebido pelo Presidente da Assembleia República, Jaime Gama, no âmbito da sua visita a Portugal, terra dos seus antepassados, para atrair investimentos e reforçar as relações diplomáticas.
Gonsalves, de 63 anos, é bisneto de madeirenses que emigraram para as Caraíbas em 1845, e esta é a primeira vez que visita Portugal.
"Estamos a diversificar a base das nossa relações exteriores. Portugal é um país pequeno, mas importante e que tem a Madeira, uma ilha importante e similar a São Vicente e Granadinas", disse Ralph Gonsalves.
Gonsalves, de 63 anos, é bisneto de madeirenses que emigraram para as Caraíbas em 1845, e esta é a primeira vez que visita Portugal.
"Estamos a diversificar a base das nossa relações exteriores. Portugal é um país pequeno, mas importante e que tem a Madeira, uma ilha importante e similar a São Vicente e Granadinas", disse Ralph Gonsalves.
Ralph Everard Gonsalves (nasceu em 8 de Agosto de 1946) e é também conhecido como "Camarada Ralph". É líder do Partido da União Trabalhista, tendo vencido as eleições de 2001 com grande vantagem (12 assentos para 3).
Entrou na vida política quando era estudante na University of the West Indies em Mona Jamaica; em 1968, como presidente da Guild of Undergraduates, Gonsalves liderou o protesto estudantil para sanear o popular historiador e intelectual Walter Rodney.
Gonsalves recebeu o seu Ph.D. em ciência política da UWI, Mona.
Gonsalves recebeu o seu Ph.D. em ciência política da UWI, Mona.
segunda-feira, abril 20, 2009
Emir do Qatar espera que vozes de Portugal e Europa se façam ouvir no processo do Médio Oriente
O Emir do Qatar disse hoje esperar que as vozes de Portugal e da Europa se façam ouvir no processo de estabilização do Médio Oriente, considerando necessário inaugurar uma "nova fase" neste domínio.
"Esperamos que a voz de Portugal e a voz da Europa se façam ouvir para garantir a estabilização do Médio Oriente, sobretudo na sequência das agressões que tiveram lugar nos últimos tempos em Gaza" , disse o Emir do Qatar numa declaração no Palácio de Belém, no final de uma audiência com o Presidente da República (PR).
Recordando as "relações de longa data" existentes entre Portugal e o Qatar, o Sheikh Hamad Bin Khalifa Al Thani considerou ser agora tempo de "inaugurar uma nova fase, reforçando juntos o processo de paz do Médio Oriente".
"Foi um assunto que abordámos com bastante pormenor no nosso encontro" , acrescentou, numa referência à audiência com o PR, Aníbal Cavaco Silva, que se prolongou por cerca de 45 minutos.
Ainda a propósito do processo de estabilização do Médio Oriente, Cavaco Silva recordou igualmente "a convergência muito forte" que existe entre Portugal e o Qatar no "desejo de paz, estabilidade e desenvolvimento no Médio Oriente".
"Portugal considera que a voz moderada e sábia do Qatar é muito importante para que o processo de paz do Médio Oriente tenha sucesso", sublinhou o PR, assinalando que o Sheikh é o primeiro chefe de Estado do Qatar a visitar Portugal, países que estabeleceram relações diplomáticas em 1982.
A propósito da visita do Emir do Qatar, o chefe de Estado português disse estar certo que irá contribuir para o fortalecimento das relações bilaterais dos dois países, quer no plano político, mas também no plano económico e empresarial.
O PR destacou ainda o acordo que irá ser assinado entre Portugal e o Qatar sobre "promoção do investimento", manifestando-se convicto que possam vir a contribuir para a realização de parcerias entre empresários dos dois países.
"Estou convencido que vai contribuir para que se possam realizar parcerias e investimentos cruzados entre empresários portugueses e empresários do Qatar", sublinhou.
Ainda no âmbito das relações económicas, o Sheikh Al Thani disse ter sido com "grato prazer" que verificou que existe em Portugal "um terreno de interesses recíprocos", assegurando que tudo fará para "reforçar a cooperação das relações económicas entre o Qatar e Portugal".
O Emir do Qatar agradeceu ainda a Cavaco Silva as diligências que tem desenvolvido para a assegurar a presença de uma embaixada do Qatar em Portugal, considerando que a presença de um embaixador em Lisboa "vai também ajudar a reforçar a cooperação, a parceria, a amizade" entre os dois países.
"Esperamos que a voz de Portugal e a voz da Europa se façam ouvir para garantir a estabilização do Médio Oriente, sobretudo na sequência das agressões que tiveram lugar nos últimos tempos em Gaza" , disse o Emir do Qatar numa declaração no Palácio de Belém, no final de uma audiência com o Presidente da República (PR).
Recordando as "relações de longa data" existentes entre Portugal e o Qatar, o Sheikh Hamad Bin Khalifa Al Thani considerou ser agora tempo de "inaugurar uma nova fase, reforçando juntos o processo de paz do Médio Oriente".
"Foi um assunto que abordámos com bastante pormenor no nosso encontro" , acrescentou, numa referência à audiência com o PR, Aníbal Cavaco Silva, que se prolongou por cerca de 45 minutos.
Ainda a propósito do processo de estabilização do Médio Oriente, Cavaco Silva recordou igualmente "a convergência muito forte" que existe entre Portugal e o Qatar no "desejo de paz, estabilidade e desenvolvimento no Médio Oriente".
"Portugal considera que a voz moderada e sábia do Qatar é muito importante para que o processo de paz do Médio Oriente tenha sucesso", sublinhou o PR, assinalando que o Sheikh é o primeiro chefe de Estado do Qatar a visitar Portugal, países que estabeleceram relações diplomáticas em 1982.
A propósito da visita do Emir do Qatar, o chefe de Estado português disse estar certo que irá contribuir para o fortalecimento das relações bilaterais dos dois países, quer no plano político, mas também no plano económico e empresarial.
O PR destacou ainda o acordo que irá ser assinado entre Portugal e o Qatar sobre "promoção do investimento", manifestando-se convicto que possam vir a contribuir para a realização de parcerias entre empresários dos dois países.
"Estou convencido que vai contribuir para que se possam realizar parcerias e investimentos cruzados entre empresários portugueses e empresários do Qatar", sublinhou.
Ainda no âmbito das relações económicas, o Sheikh Al Thani disse ter sido com "grato prazer" que verificou que existe em Portugal "um terreno de interesses recíprocos", assegurando que tudo fará para "reforçar a cooperação das relações económicas entre o Qatar e Portugal".
O Emir do Qatar agradeceu ainda a Cavaco Silva as diligências que tem desenvolvido para a assegurar a presença de uma embaixada do Qatar em Portugal, considerando que a presença de um embaixador em Lisboa "vai também ajudar a reforçar a cooperação, a parceria, a amizade" entre os dois países.
Correio da Manhã: Entrevista a Francisco José Fadul
Correio da Manhã – Como está o seu estado de saúde?
Francisco Fadul – Graça a Deus estou bastante melhor, o controlo de cirurgia demonstrou que a operação feita a mão está bem, tenho de agradecer toda a equipa médica pela assistência e atenção que me prestaram.
- Acusou os militares de o terem agredido. Mantém essa acusação?
- Sim, não há dúvida nenhuma. Até porque é um grupo bem definido. Fui espancado em casa por 15 homens vestidos com uniformes militares e armados com AK-47. Roubaram-me dinheiro e bens. Eles ostensivamente telefonaram ao presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Luís Vaz Martins, anunciando que iam arrasar-me. O presidente da Liga foi falar com as chefias militares que lhe garantiram que nada disto iria acontecer. Mas à noite voltaram a telefonar a Luís Vaz Martins a dizer que iriam mesmo atacar-me. A agressão aconteceu poucas horas depois de ter prestado declarações numa conferência de Imprensa em que acusei o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, de estar a revelar atitudes de submissão perante os militares. E disse ainda que há o risco de as Forças Armadas assumirem o poder caso não houver consenso entre a classe política em relação à realização das eleições presidenciais. Depois da agressão de que fui vítima, a Liga emitiu um comunicado muito duro contra os militares. Nesse mesmo dia, um militar armado foi à sede da Liga procurar por Luís Vaz Martins, ameaçando de morte. O que acontece é que ele agora anda fugido quer de casa, quer da Liga.
- O que é que esses militares lhe disseram?
- Eles exigiram-me satisfações sobre questões militares. Perguntaram-me por que motivo é que disse que os militares ficam com o dinheiro do orçamento que lhes é destinado e não prestam contas. Perguntaram como sei disto. Disse-lhes que sou presidente do Tribunal de Contas e fui informado. Depois de lhes ter tido isto, eles voltaram a bater-me. Expliquei-lhe tudo que se passava à volta das chefias militares e que estava a defender os soldados. Entenderam a minha explicação, talvez tenha sido a minha salvação, e acabaram por sair de casa, mas antes voltaram a agredir-me, a minha mulher e os filhos.
- Vai mesmo processar o governo por causa dessa agressão?
- Sim, sem dúvida. Aliás, quase que não preciso de processar porque fiz publicamente a denúncia desses crimes. Tanto mais que quando ainda estava no Hospital de Bissau, na manhã da agressão, dois agentes da Polícia Judiciária foram ouvir-me. A Polícia Judiciária esteve também em minha casa, fotografaram, fizeram um relatório de tudo que os militares roubaram. Portanto, a PJ cumpriu a fase inicial de tomada de declarações e do conhecimento dos factos.
“EU QUERO QUE ME PROCESSEM”
- O primeiro-ministro e o chefe dos militares disseram que as suas declarações são falsas e vão processá-lo...
- Eu quero que me processem. Vai ser uma oportunidade para eles explicarem certas coisas. Por exemplo, de onde veio o senhor Zamora Induta para ser agora o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas? Veio com a chuva? Houve algum tornado que o trouxe? Ele não era adjunto do Chefe de Estado Maior Geral das Forças Armadas, não era vice, não era sequer Chefe do Estado Maior de qualquer ramo, nem sequer adjunto de Chefe do Estado Maior de qualquer ramo, como é que ele surge? E depois surge com artes de magia. Ele surge logo depois da morte de Chefe do Estado Maior Geral das Forças Armadas, Tagmé Na Waie, dizendo que o assassinato de Tagmé e de Nino foi um ajuste de contas. Que informações Zamora Induta tinha para fazer essa declaração? Como é que ele aparece a dialogar com o governo numa posição de supremacia?
- Trabalhou vários anos com o ex-presidente Nino Vieira. Como é que ele estava nos últimos tempos?
- Nino Vieira disse-me várias vezes que estava preocupado com Tagmé Na Waie porque sempre que tinha de se ausentar do país, Tagma telefonava-lhe. Dizia-lhe que sabia que tinha assinado o decreto da sua exoneração que seria lido na sua ausência. Nino dizia a Tagmé que enquanto for presidente ele seria sempre o chefe dos militares. As intrigas entre ambos eram muitas. Nino pressentia que algo de anormal iria acontecer. Ele viva com medo, tinha medo de sair de casa, temia da sua segurança. Quando foi recentemente para o estrangeiro fazer uma operação, disse-me que não sabia se voltava. Ofereci-lhe uma bíblia e ele aceitou. Ele pedia que o ajudassem para não cometer os mesmos erros do passado. O Nino que foi morto, não é o mesmo de outros tempos, duro, implacável e autoritário.
- Disse que o 1º ministro e o actual chefe dos militares são responsáveis pela morte de Nino Vieira...
- Os dois têm de explicar porque é que Zamora, após a morte do Tagma, reforçou a segurança do 1º ministro e não reforçou a do presidente? Zamora não é chefe de nenhum dos ramos das Forças Armadas, como é que chega a líder? Há então um conluio entre ambos que deu o golpe que decapitou o Estado. A forma como foi feita a ascensão de Zamora poderá trazer problemas no futuro.
Defendo que o Tribunal Penal Internacional devia julgar o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e CEMGFA interino, Zamora Induta, por envolvimento num golpe de Estado. O Tribunal Penal Internacional deve agir, prendendo esses dois suspeitos do golpe de estado e dessas barbaridades.
“SOU CANDIDATO”
- Como sair da instabilidade em que o país vive?
- Entregando a governação do país à ONU por um período mínimo de 10 anos para promover eleições, depois de ter criado os hábitos de boa governação, de fiscalização das contas públicas, portanto, depois de garantir o funcionamento pleno do Estado guineense. Só depois viria a organização de eleições livres, transparente, fiscalizadas pela ONU. Mas primeiro que tudo é necesario que seja enviada uma força multinacional de intervenção que garantisse a isenção e a exemplaridade das eleições e que, enfim, estivesse lá também para fazer vigilância daquilo que é protegido pela Carta da ONU, que é a democracia e os direitos humanos. O envio de uma força militar multinacional justifica-se com o princípio do dever de intervenção e esquecendo o princípio caduco da não ingerência em assuntos internos, que cai perante os prejuízos à democracia e aos Direitos Humanos.
- Quando é que tenciona regressar a Bissau?
- Dentro de cinco a seis semanas.
- Vai candidatar-se à Presidência da República nas eleições de 28 de Junho próximo?
- Sim, sou candidato. O meu partido (Partido para a Democracia, Desenvolvimento e Cidadania) já me elegeu internamente e está a angariar assinaturas e a promover contactos com outros partidos no sentido de obter a confluência de interesses para as presidenciais. Prometo da minha parte uma campanha muito séria, apresentando estratégias para tirar a Guiné-Bissau do contexto em que está e os guineenses da miséria moral. Não deixarei de dialogar com quem quer que seja. Terei todo o respeito, o maior respeito por todos. Vou fazer, como sempre faço, uma campanha pedagógica.
PERFIL
Francisco Fadul. Com 56 anos, foi primeiro-ministro, à frente de um governo de unidade nacional, entre Dezembro de 1998 e Fevereiro 2000. Líder do Partido para a Democracia Desenvolvimento e Cidadania é considerado um político muito frontal.
Francisco Fadul – Graça a Deus estou bastante melhor, o controlo de cirurgia demonstrou que a operação feita a mão está bem, tenho de agradecer toda a equipa médica pela assistência e atenção que me prestaram.
- Acusou os militares de o terem agredido. Mantém essa acusação?
- Sim, não há dúvida nenhuma. Até porque é um grupo bem definido. Fui espancado em casa por 15 homens vestidos com uniformes militares e armados com AK-47. Roubaram-me dinheiro e bens. Eles ostensivamente telefonaram ao presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Luís Vaz Martins, anunciando que iam arrasar-me. O presidente da Liga foi falar com as chefias militares que lhe garantiram que nada disto iria acontecer. Mas à noite voltaram a telefonar a Luís Vaz Martins a dizer que iriam mesmo atacar-me. A agressão aconteceu poucas horas depois de ter prestado declarações numa conferência de Imprensa em que acusei o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, de estar a revelar atitudes de submissão perante os militares. E disse ainda que há o risco de as Forças Armadas assumirem o poder caso não houver consenso entre a classe política em relação à realização das eleições presidenciais. Depois da agressão de que fui vítima, a Liga emitiu um comunicado muito duro contra os militares. Nesse mesmo dia, um militar armado foi à sede da Liga procurar por Luís Vaz Martins, ameaçando de morte. O que acontece é que ele agora anda fugido quer de casa, quer da Liga.
- O que é que esses militares lhe disseram?
- Eles exigiram-me satisfações sobre questões militares. Perguntaram-me por que motivo é que disse que os militares ficam com o dinheiro do orçamento que lhes é destinado e não prestam contas. Perguntaram como sei disto. Disse-lhes que sou presidente do Tribunal de Contas e fui informado. Depois de lhes ter tido isto, eles voltaram a bater-me. Expliquei-lhe tudo que se passava à volta das chefias militares e que estava a defender os soldados. Entenderam a minha explicação, talvez tenha sido a minha salvação, e acabaram por sair de casa, mas antes voltaram a agredir-me, a minha mulher e os filhos.
- Vai mesmo processar o governo por causa dessa agressão?
- Sim, sem dúvida. Aliás, quase que não preciso de processar porque fiz publicamente a denúncia desses crimes. Tanto mais que quando ainda estava no Hospital de Bissau, na manhã da agressão, dois agentes da Polícia Judiciária foram ouvir-me. A Polícia Judiciária esteve também em minha casa, fotografaram, fizeram um relatório de tudo que os militares roubaram. Portanto, a PJ cumpriu a fase inicial de tomada de declarações e do conhecimento dos factos.
“EU QUERO QUE ME PROCESSEM”
- O primeiro-ministro e o chefe dos militares disseram que as suas declarações são falsas e vão processá-lo...
- Eu quero que me processem. Vai ser uma oportunidade para eles explicarem certas coisas. Por exemplo, de onde veio o senhor Zamora Induta para ser agora o Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas? Veio com a chuva? Houve algum tornado que o trouxe? Ele não era adjunto do Chefe de Estado Maior Geral das Forças Armadas, não era vice, não era sequer Chefe do Estado Maior de qualquer ramo, nem sequer adjunto de Chefe do Estado Maior de qualquer ramo, como é que ele surge? E depois surge com artes de magia. Ele surge logo depois da morte de Chefe do Estado Maior Geral das Forças Armadas, Tagmé Na Waie, dizendo que o assassinato de Tagmé e de Nino foi um ajuste de contas. Que informações Zamora Induta tinha para fazer essa declaração? Como é que ele aparece a dialogar com o governo numa posição de supremacia?
- Trabalhou vários anos com o ex-presidente Nino Vieira. Como é que ele estava nos últimos tempos?
- Nino Vieira disse-me várias vezes que estava preocupado com Tagmé Na Waie porque sempre que tinha de se ausentar do país, Tagma telefonava-lhe. Dizia-lhe que sabia que tinha assinado o decreto da sua exoneração que seria lido na sua ausência. Nino dizia a Tagmé que enquanto for presidente ele seria sempre o chefe dos militares. As intrigas entre ambos eram muitas. Nino pressentia que algo de anormal iria acontecer. Ele viva com medo, tinha medo de sair de casa, temia da sua segurança. Quando foi recentemente para o estrangeiro fazer uma operação, disse-me que não sabia se voltava. Ofereci-lhe uma bíblia e ele aceitou. Ele pedia que o ajudassem para não cometer os mesmos erros do passado. O Nino que foi morto, não é o mesmo de outros tempos, duro, implacável e autoritário.
- Disse que o 1º ministro e o actual chefe dos militares são responsáveis pela morte de Nino Vieira...
- Os dois têm de explicar porque é que Zamora, após a morte do Tagma, reforçou a segurança do 1º ministro e não reforçou a do presidente? Zamora não é chefe de nenhum dos ramos das Forças Armadas, como é que chega a líder? Há então um conluio entre ambos que deu o golpe que decapitou o Estado. A forma como foi feita a ascensão de Zamora poderá trazer problemas no futuro.
Defendo que o Tribunal Penal Internacional devia julgar o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e CEMGFA interino, Zamora Induta, por envolvimento num golpe de Estado. O Tribunal Penal Internacional deve agir, prendendo esses dois suspeitos do golpe de estado e dessas barbaridades.
“SOU CANDIDATO”
- Como sair da instabilidade em que o país vive?
- Entregando a governação do país à ONU por um período mínimo de 10 anos para promover eleições, depois de ter criado os hábitos de boa governação, de fiscalização das contas públicas, portanto, depois de garantir o funcionamento pleno do Estado guineense. Só depois viria a organização de eleições livres, transparente, fiscalizadas pela ONU. Mas primeiro que tudo é necesario que seja enviada uma força multinacional de intervenção que garantisse a isenção e a exemplaridade das eleições e que, enfim, estivesse lá também para fazer vigilância daquilo que é protegido pela Carta da ONU, que é a democracia e os direitos humanos. O envio de uma força militar multinacional justifica-se com o princípio do dever de intervenção e esquecendo o princípio caduco da não ingerência em assuntos internos, que cai perante os prejuízos à democracia e aos Direitos Humanos.
- Quando é que tenciona regressar a Bissau?
- Dentro de cinco a seis semanas.
- Vai candidatar-se à Presidência da República nas eleições de 28 de Junho próximo?
- Sim, sou candidato. O meu partido (Partido para a Democracia, Desenvolvimento e Cidadania) já me elegeu internamente e está a angariar assinaturas e a promover contactos com outros partidos no sentido de obter a confluência de interesses para as presidenciais. Prometo da minha parte uma campanha muito séria, apresentando estratégias para tirar a Guiné-Bissau do contexto em que está e os guineenses da miséria moral. Não deixarei de dialogar com quem quer que seja. Terei todo o respeito, o maior respeito por todos. Vou fazer, como sempre faço, uma campanha pedagógica.
PERFIL
Francisco Fadul. Com 56 anos, foi primeiro-ministro, à frente de um governo de unidade nacional, entre Dezembro de 1998 e Fevereiro 2000. Líder do Partido para a Democracia Desenvolvimento e Cidadania é considerado um político muito frontal.
Investigação: crustáceos permitem regenerar pele
Cientistas chilenos desenvolveram, separadamente, novas técnicas de regeneração da pele ferida, a partir de crustáceos e células-mãe, com as quais será possível o tratamento de queimaduras e cicatrizes.
Químicos da Universidade de Concepción encontraram nas carapaças dos crustáceos uma substância chamada quitina, que, depois de transformada em quitosano e com aditivos e plastificantes, converte-se no perfeito substituto da pele humana.
"É usada (...) como suporte do crescimento que vai restaurando a mesma pele da pessoa sem deixar marcas", explicou o investigador Galo Cárdenas, salientando a compatibilidade da substância com o organismo humano.
Além disso, a pele artificial é elástica, transparente e biodegradável, evitando a recuperação dolorosa.
A invenção, que foi testada em 50 doentes, poderá ser vendida brevemente nas farmácias a 35 dólares (26,4 euros) por cada dez centímetros quadrados.
Paralelamente, investigadores da Universidade de Valparaíso, juntamente com colegas das universidades de Playa Ancha e Federico Santa María (UFSM), continuam a trabalhar para gerar pele a partir de células-mãe, uma metodologia que promete uma recuperação maior com menos rejeição por parte do paciente, já que se trata de células da mesma pessoa.
De acordo com Manuel Young, director do Centro de Biotecnologia da UFSMaría, as células mesenquimáticas, que se reproduzem rapidamente, são capazes de formar novos tecidos e permitem uma regeneração da pele de forma mais saudável e com menos cicatrizes.
Químicos da Universidade de Concepción encontraram nas carapaças dos crustáceos uma substância chamada quitina, que, depois de transformada em quitosano e com aditivos e plastificantes, converte-se no perfeito substituto da pele humana.
"É usada (...) como suporte do crescimento que vai restaurando a mesma pele da pessoa sem deixar marcas", explicou o investigador Galo Cárdenas, salientando a compatibilidade da substância com o organismo humano.
Além disso, a pele artificial é elástica, transparente e biodegradável, evitando a recuperação dolorosa.
A invenção, que foi testada em 50 doentes, poderá ser vendida brevemente nas farmácias a 35 dólares (26,4 euros) por cada dez centímetros quadrados.
Paralelamente, investigadores da Universidade de Valparaíso, juntamente com colegas das universidades de Playa Ancha e Federico Santa María (UFSM), continuam a trabalhar para gerar pele a partir de células-mãe, uma metodologia que promete uma recuperação maior com menos rejeição por parte do paciente, já que se trata de células da mesma pessoa.
De acordo com Manuel Young, director do Centro de Biotecnologia da UFSMaría, as células mesenquimáticas, que se reproduzem rapidamente, são capazes de formar novos tecidos e permitem uma regeneração da pele de forma mais saudável e com menos cicatrizes.
Portugal assina terça-feira participação na Expo-2010 Xangai
Portugal assina terça-feira, em Xangai, o contrato de participação na Expo 2010, que decorrerá no próximo ano naquela grande metrópole chinesa, sob o lema "Better city, Better life" ("Melhor cidade, Melhor qualidade de vida").
O contrato será assinado pelo presidente do Grupo Parque Expo, Rolando Borges Martins, que foi nomeado em Março Comissário-geral da Participação Portuguesa na Expo 2010.
Fonte portuguesa adiantou que o Pavilhão de Portugal terá “uma área prevista de implantação de 2.000 metros quadrados” e “uma localização privilegiada” na Praça Europa, um espaço de 6.000 metros quadrados e com capacidade para acolher espectáculos com 1.200 espectadores.
Borges Martins, mestre em gestão de empresas e arquitecto, foi também o comissário-geral de Portugal na Exposição Internacional de Saragoça, Espanha, em 2008.
Xangai, a maior e mais cosmopolita cidade chinesa, com quase 20 milhões de habitantes, é considerada a capital económica da China.
Depois dos Jogos Olímpicos de Pequim, no Verão passado, a Expo 2010 será o maior acontecimento internacional organizado pela China na primeira metade do século XXI, esperando atrair 70 milhões de visitantes.
O contrato será assinado pelo presidente do Grupo Parque Expo, Rolando Borges Martins, que foi nomeado em Março Comissário-geral da Participação Portuguesa na Expo 2010.
Fonte portuguesa adiantou que o Pavilhão de Portugal terá “uma área prevista de implantação de 2.000 metros quadrados” e “uma localização privilegiada” na Praça Europa, um espaço de 6.000 metros quadrados e com capacidade para acolher espectáculos com 1.200 espectadores.
Borges Martins, mestre em gestão de empresas e arquitecto, foi também o comissário-geral de Portugal na Exposição Internacional de Saragoça, Espanha, em 2008.
Xangai, a maior e mais cosmopolita cidade chinesa, com quase 20 milhões de habitantes, é considerada a capital económica da China.
Depois dos Jogos Olímpicos de Pequim, no Verão passado, a Expo 2010 será o maior acontecimento internacional organizado pela China na primeira metade do século XXI, esperando atrair 70 milhões de visitantes.
domingo, abril 19, 2009
Parque em Montreal "ganha" bandeira portuguesa permanente
A comunidade portuguesa de Montreal, no Canadá, garantiu a colocação da bandeira portuguesa no Parque de Portugal naquela cidade, a qual fica agora içada em permanência.
Este era um projecto defendido desde 2005 por um conselheiro da comunidade portuguesa, o comendador Francisco Salvador, agora concretizado com um apoio financeiro do Governo português.
Localizado na histórica alameda Saint-Laurent, em Montreal, o Parque de Portugal – um pequeno jardim com um padrão português e um coreto, na intersecção com a rua Marie-Anne - é uma homenagem da cidade à comunidade portuguesa que ali começou a chegar na década de 1950, instalando-se com a criação de comércios e residências.
"Não fazia sentido termos há 20 anos em Montreal um parque com o nome de Portugal, sem a bandeira portuguesa", frisou o comendador Francisco Salvador.
À bandeira portuguesa decidiu-se juntar mais três estandartes: o do Canadá, da província do Quebeque e da Câmara de Montreal, "porque representam a integração dos portugueses nesta sociedade", explicou.
Este era um projecto defendido desde 2005 por um conselheiro da comunidade portuguesa, o comendador Francisco Salvador, agora concretizado com um apoio financeiro do Governo português.
Localizado na histórica alameda Saint-Laurent, em Montreal, o Parque de Portugal – um pequeno jardim com um padrão português e um coreto, na intersecção com a rua Marie-Anne - é uma homenagem da cidade à comunidade portuguesa que ali começou a chegar na década de 1950, instalando-se com a criação de comércios e residências.
"Não fazia sentido termos há 20 anos em Montreal um parque com o nome de Portugal, sem a bandeira portuguesa", frisou o comendador Francisco Salvador.
À bandeira portuguesa decidiu-se juntar mais três estandartes: o do Canadá, da província do Quebeque e da Câmara de Montreal, "porque representam a integração dos portugueses nesta sociedade", explicou.
quinta-feira, abril 16, 2009
Sigilo Bancário
Tou curioso... com vários aspectos deste fim anunciado!
A primeira é como vão os pequenos corrompidos continuar a sua labuta diária no amealhar do dinheirinho do construtor civil se não têm contas em offshores.
À primeira vista não sou contra esta medida, acho que tanto judicialmente como a nivel do fisco deve existir agilidade de processos na prevenção de diversos males (todos eles tão enraízados na sociedade portuguesa), mas tenho um grande receio...
No país em que vivemos, não me estranhava começar a ter um Big Brother estatal a controlar até as cuecas que vestimos, ou neste caso o dinheiro que gastámos nas cuecas.
É importante estabelecer em que termos, com quem e para que fim se levantará o sigilo bancário, e definitivamente saber quem terá acesso a tal informação, e como se evitará o uso dessas informações paraobjectivos mais obscuros....
É que com um governo controleiro como este é de recear certo tipo "abusos".
Politicamente falando, fico claramente com a sensação que esta é uma lei aprovada por todos os motivos menos o da bondade da própria lei.
Primeiro porque tenho quase, repito... quase a certeza que esta lei nunca seria aprovada pelo PS se não fossem as circunstâncias muito particulares do momento político em que vivemos. Acima de tudo parece um passo populista em momento crítico de eleições com o chefe a andar sobre um tapete de ovos. Arrebanham-se uns votos no povinho descontente com a "crise", dá-se um chuto no traseiro de ricos e políticos, tudo à vontade do frguês, além de que adivinha uma reaproximação à esquerda bloquista, criando pontes a uma coligação quiçá necessária.
Isto embora acredite que o BE seria o primeiro a sabotar tal coligação, não faz parte do adn bloquista ser poder.
Demonstra também uma falsa abertura do PS a pensamentos exteriores a si, o que também marca pontos entre o povo mais desmemoriado.
E já agora com aquela possibilidade fantástica de "nunca regulamentar a lei", o que é perfeitamente normal
Mas dou a mão à palmatória... e segundo o novo acordo ortográfico... tática política perfeita.
A primeira é como vão os pequenos corrompidos continuar a sua labuta diária no amealhar do dinheirinho do construtor civil se não têm contas em offshores.
À primeira vista não sou contra esta medida, acho que tanto judicialmente como a nivel do fisco deve existir agilidade de processos na prevenção de diversos males (todos eles tão enraízados na sociedade portuguesa), mas tenho um grande receio...
No país em que vivemos, não me estranhava começar a ter um Big Brother estatal a controlar até as cuecas que vestimos, ou neste caso o dinheiro que gastámos nas cuecas.
É importante estabelecer em que termos, com quem e para que fim se levantará o sigilo bancário, e definitivamente saber quem terá acesso a tal informação, e como se evitará o uso dessas informações paraobjectivos mais obscuros....
É que com um governo controleiro como este é de recear certo tipo "abusos".
Politicamente falando, fico claramente com a sensação que esta é uma lei aprovada por todos os motivos menos o da bondade da própria lei.
Primeiro porque tenho quase, repito... quase a certeza que esta lei nunca seria aprovada pelo PS se não fossem as circunstâncias muito particulares do momento político em que vivemos. Acima de tudo parece um passo populista em momento crítico de eleições com o chefe a andar sobre um tapete de ovos. Arrebanham-se uns votos no povinho descontente com a "crise", dá-se um chuto no traseiro de ricos e políticos, tudo à vontade do frguês, além de que adivinha uma reaproximação à esquerda bloquista, criando pontes a uma coligação quiçá necessária.
Isto embora acredite que o BE seria o primeiro a sabotar tal coligação, não faz parte do adn bloquista ser poder.
Demonstra também uma falsa abertura do PS a pensamentos exteriores a si, o que também marca pontos entre o povo mais desmemoriado.
E já agora com aquela possibilidade fantástica de "nunca regulamentar a lei", o que é perfeitamente normal
Mas dou a mão à palmatória... e segundo o novo acordo ortográfico... tática política perfeita.
quarta-feira, abril 15, 2009
Consórcio da Mota ganha projecto de 3,3 mil milhões na Eslováquia
A Mota-Engil anunciou hoje que o consórcio detido em 19% pela sua participada Ascendi assinou o contrato com o Estado Eslovaco, para a construção e exploração de uma auto-estrada no país, num projecto de 3,3 mil milhões de euros.
O Consórcio Slovenské Dial’nice, onde a Ascendi detêm actualmente uma posição de 19%, assinou com o estado Eslovaco, um contrato de concessão, que será válido por um período de 30 anos, para a execução do projecto, construção, financiamento, operação e manutenção de 5 secções da Auto-Estrada D1.Segundo um comunicado da Mota-Engil, o valor global do projecto é de aproximadamente 3,3 mil milhões de euros, o qual inclui um investimento para o período de construção de cerca de 2,5 mil milhões de euros.
Além da empresa portuguesa, participam ainda neste consórcio empresas do grupo francês Bouygues (19%), as eslovacas Doprastav e Vahostav, cada uma com 19%, a gestora de fundos luxemburguesa Meridiam (19%) e a sul-africana Intertoll com 5%. Segundo anunciou a Mota-Engil, foi acordado entre os sócios da concessionária que, logo após o fecho dos acordos de financiamento e início efectivo do período de concessão, se procederá a um reforço da posição dos investidores exclusivamente financeiros (Meridiam), que passarão a deter 49% da concessionária. Os parceiros industriais, que em conjunto deterão 51% do capital, reduzirão a sua participação proporcionalmente, pelo que a Ascendi passará a deter 12% da concessão.
O Consórcio Slovenské Dial’nice, onde a Ascendi detêm actualmente uma posição de 19%, assinou com o estado Eslovaco, um contrato de concessão, que será válido por um período de 30 anos, para a execução do projecto, construção, financiamento, operação e manutenção de 5 secções da Auto-Estrada D1.Segundo um comunicado da Mota-Engil, o valor global do projecto é de aproximadamente 3,3 mil milhões de euros, o qual inclui um investimento para o período de construção de cerca de 2,5 mil milhões de euros.
Além da empresa portuguesa, participam ainda neste consórcio empresas do grupo francês Bouygues (19%), as eslovacas Doprastav e Vahostav, cada uma com 19%, a gestora de fundos luxemburguesa Meridiam (19%) e a sul-africana Intertoll com 5%. Segundo anunciou a Mota-Engil, foi acordado entre os sócios da concessionária que, logo após o fecho dos acordos de financiamento e início efectivo do período de concessão, se procederá a um reforço da posição dos investidores exclusivamente financeiros (Meridiam), que passarão a deter 49% da concessionária. Os parceiros industriais, que em conjunto deterão 51% do capital, reduzirão a sua participação proporcionalmente, pelo que a Ascendi passará a deter 12% da concessão.
Portugal e Argentina negoceiam no sector ferroviário
No âmbito da visita da secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, a Buenos Aires, serão negociados contratos no sector ferroviário superiores a 182 milhões de euros, entre os governos português e argentino.
De acordo com o comunicado do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Ana Paula Vitorino vai estar na Argentina na quinta e sexta-feira.
"Esta deslocação vem no seguimento da visita da secretária de Estado dos Transportes à Argentina, em Março de 2006, que permitiu dinamizar os negócios entre os dois países, com especial incidência no sector ferroviário", refere o comunicado.
O Ministério garante que "serão assinados contratos para fornecimento de material circulante e celebrado um protocolo para a implementação do projecto de modernização e beneficiação da linha ferroviária de San Martin".
Serão assinados dois contratos pela CP - Caminhos de Ferro Portugueses e pela Secretaria de Estado dos Transportes da Argentina, visando o fornecimento de dez locomotivas, 58 carruagens e dois furgões no valor de 21 milhões de euros.
Outro acordo a ser assinado visa a possibilidade de fornecer mais de 40 locomotivas e 50 carruagens num valor global estimado superior a 30 milhões de euros.
De acordo com o comunicado do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Ana Paula Vitorino vai estar na Argentina na quinta e sexta-feira.
"Esta deslocação vem no seguimento da visita da secretária de Estado dos Transportes à Argentina, em Março de 2006, que permitiu dinamizar os negócios entre os dois países, com especial incidência no sector ferroviário", refere o comunicado.
O Ministério garante que "serão assinados contratos para fornecimento de material circulante e celebrado um protocolo para a implementação do projecto de modernização e beneficiação da linha ferroviária de San Martin".
Serão assinados dois contratos pela CP - Caminhos de Ferro Portugueses e pela Secretaria de Estado dos Transportes da Argentina, visando o fornecimento de dez locomotivas, 58 carruagens e dois furgões no valor de 21 milhões de euros.
Outro acordo a ser assinado visa a possibilidade de fornecer mais de 40 locomotivas e 50 carruagens num valor global estimado superior a 30 milhões de euros.
Estes espanhóis são engraçados
Os espanhóis têm uns traços de personalidade bem interessantes, e então qaundo nos toca a nós!!! Portuguesinhos... enfim.
Reparem no Título desta Notícia do Jornal "El Mundo"
São uns gajos porreiros não são ;)
Reparem no Título desta Notícia do Jornal "El Mundo"
'Bo', la nueva mascota de los Obama
Un inquilino ibérico en la Casa Blanca
El presidente de Estados Unidos, Barack Obama, compartirá desde ahora su
residencia oficial con un inquilino de raza ibérica. 'Bo', la
nueva mascota de las hijas del mandatario, es un perro de agua portugués,
autóctono de la Península Ibérica y emparentado con el perro de agua
español.
São uns gajos porreiros não são ;)
terça-feira, abril 14, 2009
Timor-Leste quer que a sua experiência sirva para ajudar a estabilizar a Guiné-Bissau
O ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri chefia uma delegação designada pelo presidente José Ramos-Horta para uma missão de bons ofícios.
O antigo primeiro-ministro timorense, cuja governação decorreu de Maio de 2002 a Junho de 2006, declarou ontem, em Lisboa, que Díli pretende colocar ao serviço da Guiné a sua experiência no campo da delimitação de fronteiras e do melhor aproveitamento possível dos recursos petrolíferos, comuns aos dois países.
"Não é estranho eu seguir quarta-feira para Bissau como enviado especial de Timor-Leste. É normal noutros países, designadamente os de tradição anglo-saxónica, recorrer-se ao chefe da oposição para determinadas missões. Oponho-me ao Governo e não ao Estado", explicou o secretário-geral da Fretilin, antes de ser recebido pelo ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, como delegado de Ramos-Horta para a questão guineense.
"Primeiro tinha aceite encarregar-me do dossier do mar de Timor, mas como no Governo levantaram problemas a escolha ficou sem efeito. Mas desta vez tenho uma base de apoio forte, como é necessário para que se tenha legitimidade. Houve unanimidade na minha escolha para enviado especial à Guiné", acrescentou Alkatiri. Durante as próximas semanas tenciona pôr ao serviço dos guineenses a sua experiência de coabitação com a comunidade internacional.
"É preciso saber como lidar com todos, consolidar e estabilizar um país. É preciso ter a coragem de aceitar os desafios; e nós ainda não sofremos com a crise internacional, dada a nossa vivência no processo negocial", disse Alkatiri. Em seu entender, as experiências timorenses na definição de fronteiras e no aproveitamento dos recursos petrolíferos poderão ser úteis à Guiné, que tem lençóis de hidrocarbonetos tanto no mar como em terra. Há um grande potencial para a indústria petrolífera na Guiné. Para além das velhas jazidas do Norte, na área das fronteiras tanto marítimas como terrestres com o Senegal, apareceram nesta última década potencialidades mais a sul, que estão a ser estudadas pela empresa britânica Premier Oil.
O offshore guineense está profundamente subaproveitado. Até há poucos anos, poucas pessoas tinham ouvido falar dos blocos que a empresa nacional de combustíveis, a Petroguin, abriu à licitação de interesses internacionais, como os da Premier: áreas marítimas com milhares de km2 e em que as terras mais próximas são o arquipélago das Bijagós e a ilha de Bolama. O petróleo poderá vir a ser uma nova fonte de rendimentos para o país, que até agora vive sobretudo da agricultura e da pesca. "Conheço bem os PALOP e a Guiné-Bissau é um caso único. Ao partir da base de dois Estados com um mesmo partido a geri-los, o PAIGC, ia ser difícil. Cabo Verde ainda teve a sorte de poder contar com os seus quadros, com os seus recursos humanos; mas na Guiné foram crises atrás de crises, até se atingir o pico com o assassínio do chefe do Estado-Maior e do Presidente Nino Vieira", expôs. "Não acredito que vá continuar a viver neste círculo vicioso. São precisas reformas; é necessária uma ajuda internacional do tipo Plano Marshall", prosseguiu Alkatiri, que numa primeira fase vai estar dez dias em Bissau, acompanhado pelo antigo ministro Roque Rodrigues e por mais três elementos.
"O sonho de Amílcar Cabral foi genial, mas creio que, se continuasse vivo, não seria nunca chefe de nenhum dos Estados por cuja independência lutou. Ficaria só como chefe do partido. É sempre muito difícil a passagem de um período revolucionário para o da gestão do Estado", concluiu.
O antigo primeiro-ministro timorense, cuja governação decorreu de Maio de 2002 a Junho de 2006, declarou ontem, em Lisboa, que Díli pretende colocar ao serviço da Guiné a sua experiência no campo da delimitação de fronteiras e do melhor aproveitamento possível dos recursos petrolíferos, comuns aos dois países.
"Não é estranho eu seguir quarta-feira para Bissau como enviado especial de Timor-Leste. É normal noutros países, designadamente os de tradição anglo-saxónica, recorrer-se ao chefe da oposição para determinadas missões. Oponho-me ao Governo e não ao Estado", explicou o secretário-geral da Fretilin, antes de ser recebido pelo ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, como delegado de Ramos-Horta para a questão guineense.
"Primeiro tinha aceite encarregar-me do dossier do mar de Timor, mas como no Governo levantaram problemas a escolha ficou sem efeito. Mas desta vez tenho uma base de apoio forte, como é necessário para que se tenha legitimidade. Houve unanimidade na minha escolha para enviado especial à Guiné", acrescentou Alkatiri. Durante as próximas semanas tenciona pôr ao serviço dos guineenses a sua experiência de coabitação com a comunidade internacional.
"É preciso saber como lidar com todos, consolidar e estabilizar um país. É preciso ter a coragem de aceitar os desafios; e nós ainda não sofremos com a crise internacional, dada a nossa vivência no processo negocial", disse Alkatiri. Em seu entender, as experiências timorenses na definição de fronteiras e no aproveitamento dos recursos petrolíferos poderão ser úteis à Guiné, que tem lençóis de hidrocarbonetos tanto no mar como em terra. Há um grande potencial para a indústria petrolífera na Guiné. Para além das velhas jazidas do Norte, na área das fronteiras tanto marítimas como terrestres com o Senegal, apareceram nesta última década potencialidades mais a sul, que estão a ser estudadas pela empresa britânica Premier Oil.
O offshore guineense está profundamente subaproveitado. Até há poucos anos, poucas pessoas tinham ouvido falar dos blocos que a empresa nacional de combustíveis, a Petroguin, abriu à licitação de interesses internacionais, como os da Premier: áreas marítimas com milhares de km2 e em que as terras mais próximas são o arquipélago das Bijagós e a ilha de Bolama. O petróleo poderá vir a ser uma nova fonte de rendimentos para o país, que até agora vive sobretudo da agricultura e da pesca. "Conheço bem os PALOP e a Guiné-Bissau é um caso único. Ao partir da base de dois Estados com um mesmo partido a geri-los, o PAIGC, ia ser difícil. Cabo Verde ainda teve a sorte de poder contar com os seus quadros, com os seus recursos humanos; mas na Guiné foram crises atrás de crises, até se atingir o pico com o assassínio do chefe do Estado-Maior e do Presidente Nino Vieira", expôs. "Não acredito que vá continuar a viver neste círculo vicioso. São precisas reformas; é necessária uma ajuda internacional do tipo Plano Marshall", prosseguiu Alkatiri, que numa primeira fase vai estar dez dias em Bissau, acompanhado pelo antigo ministro Roque Rodrigues e por mais três elementos.
"O sonho de Amílcar Cabral foi genial, mas creio que, se continuasse vivo, não seria nunca chefe de nenhum dos Estados por cuja independência lutou. Ficaria só como chefe do partido. É sempre muito difícil a passagem de um período revolucionário para o da gestão do Estado", concluiu.
Guiné-Bissau: Brasil disponível para enviar tropas
O Brasil poderá enviar tropas para a Guiné-Bissau, caso haja uma decisão da ONU, disse hoje o ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, que se referiu também ao envolvimento do seu país na criação de uma força de paz da União Africana.
Respondendo a uma questão sobre possibilidade do envio de um contingente militar para Guiné-Bissau, após o assassínio do Presidente "Nino" Vieira e do atentado contra o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, ambos no início de Março, Jobim afirmou à imprensa, no Rio de Janeiro, que o Brasil tem "'expertise' para isso".
No entanto, o envio de uma missão de paz "depende de decisões a serem tomadas pela ONU", observou. "Se a ONU decidir que há a necessidade, o Brasil tem disponibilidade para participar desse tipo de coisa".
Segundo o ministro da Defesa, o Brasil não realiza operações para «fazer a paz», o Brasil "participa de operações de manutenção de paz e esta distinção é fundamental".
[O Brasil demonstra uma atenção extrema, relativamente aos países africanos de expressão oficial portuguesa. Esta posição do MNE brasileiro explicita a estratégia de afirmar o país como um verdadeiro "player" mundial, país BRIC (país emergente) e potência regional.]
Respondendo a uma questão sobre possibilidade do envio de um contingente militar para Guiné-Bissau, após o assassínio do Presidente "Nino" Vieira e do atentado contra o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, ambos no início de Março, Jobim afirmou à imprensa, no Rio de Janeiro, que o Brasil tem "'expertise' para isso".
No entanto, o envio de uma missão de paz "depende de decisões a serem tomadas pela ONU", observou. "Se a ONU decidir que há a necessidade, o Brasil tem disponibilidade para participar desse tipo de coisa".
Segundo o ministro da Defesa, o Brasil não realiza operações para «fazer a paz», o Brasil "participa de operações de manutenção de paz e esta distinção é fundamental".
[O Brasil demonstra uma atenção extrema, relativamente aos países africanos de expressão oficial portuguesa. Esta posição do MNE brasileiro explicita a estratégia de afirmar o país como um verdadeiro "player" mundial, país BRIC (país emergente) e potência regional.]
domingo, abril 12, 2009
Em defesa da promoção do Coronel Jaime Neves
O coronel Jaime Neves, figura preponderante dos operacionais do golpe militar de 25 de Novembro de 1975, nasceu na freguesia de São Dinis, no concelho de Vila Real, em 1936, tendo entrado na Escola do Exército em 1953 e feito cinco missões de serviço em África e na Índia.
Durante o 25 de Novembro de 1975, Jaime Neves estava nos Comandos da Amadora, uma das unidades militares que pôs fim à influência da esquerda militar radical e conduziu ao fim do PREC (Período Revolucionário Em Curso).
Em 1995, foi condecorado pelo então Presidente da República, Mário Soares, com a medalha de grande-oficial com Palma, da Ordem Militar da Torre e Espada, do valor, Lealdade e Mérito.
Durante o 25 de Novembro de 1975, Jaime Neves estava nos Comandos da Amadora, uma das unidades militares que pôs fim à influência da esquerda militar radical e conduziu ao fim do PREC (Período Revolucionário Em Curso).
Em 1995, foi condecorado pelo então Presidente da República, Mário Soares, com a medalha de grande-oficial com Palma, da Ordem Militar da Torre e Espada, do valor, Lealdade e Mérito.
Luís Amado vai visitar a Rússia e Ásia Central
O Ministério dos Negócios Estrangeiros informou que Luis Amado parte segunda-feira numa viagem que o vai levar à Rússia, Uzbequistão e Tajiquistão.
Em Moscovo, Luís Amado vai reunir-se com o seu homólogo russo, Serguei Lavrov, e a agenda inclui temas como as relações entre os dois países, as relações UE-Rússia e NATO-Rússia. Mas a crise financeira internacional, as questões energéticas e a segurança europeia também serão temas discutidos. Ainda na capital russa, vai também reunir-se com o presidente da comissão de Negócios Estrangeiros do Conselho da Federação, Mikhail Margelov.
Na quarta-feira, Luís Amado parte para a Ásia Central, onde tem previstas visitas ao Uzbequistão e ao Tajiquistão, para aprofundar as relações bilaterais com estes países e novos acordos de cooperação.
[Importa não esquecer as ex-repúblicas soviéticas, onde Portugal parece estar preocupantemente ausente.]
Em Moscovo, Luís Amado vai reunir-se com o seu homólogo russo, Serguei Lavrov, e a agenda inclui temas como as relações entre os dois países, as relações UE-Rússia e NATO-Rússia. Mas a crise financeira internacional, as questões energéticas e a segurança europeia também serão temas discutidos. Ainda na capital russa, vai também reunir-se com o presidente da comissão de Negócios Estrangeiros do Conselho da Federação, Mikhail Margelov.
Na quarta-feira, Luís Amado parte para a Ásia Central, onde tem previstas visitas ao Uzbequistão e ao Tajiquistão, para aprofundar as relações bilaterais com estes países e novos acordos de cooperação.
[Importa não esquecer as ex-repúblicas soviéticas, onde Portugal parece estar preocupantemente ausente.]
quarta-feira, abril 08, 2009
Defesa: Jaime Neves promovido a general
O coronel Jaime Neves foi promovido a major-general.
Trata-se de uma das figuras mais proeminentes no contra-golpe militar que, em Novembro de 1975, neutralizou a deriva de esquerda radical que se seguiu ao 25 de Abril.
[Com todo o mérito! Parabéns senhor General!]
Trata-se de uma das figuras mais proeminentes no contra-golpe militar que, em Novembro de 1975, neutralizou a deriva de esquerda radical que se seguiu ao 25 de Abril.
[Com todo o mérito! Parabéns senhor General!]
Guiné-Bissau: Francisco Fadul candidata-se a presidente
Francisco Fadul, antigo primeiro-ministro e actual presidente do Tribunal de Contas da Guiné-Bissau, garantiu hoje, em Lisboa, que é candidato às eleições presidenciais de 28 de Junho.
"Sim (sou candidato). O meu partido (Partido para a Democracia, Desenvolvimento e Cidadania) já me elegeu internamente e está a angariar assinaturas e a promover contactos com outros partidos no sentido de obter a confluência de interesses para as presidenciais", disse Fadul.
O antigo primeiro-ministro chegou sábado de manhã a Lisboa para receber tratamento médico, na sequência do espancamento de que foi alvo, por homens fardados e armados, em sua casa, em Bissau, no passado dia 31 de Março.
"Prometo da minha parte uma campanha muito séria, apresentando estratégias para tirar a Guiné-Bissau do contexto em que está e os guineenses da miséria moral", acentuou.
"Não deixarei de dialogar com quem quer que seja. Terei todo o respeito, o maior respeito por todos. Vou fazer, como sempre faço, uma campanha pedagógica", disse.
Francisco Fadul acrescentou que permanecerá "entre cinco a seis semanas" em Lisboa, para conclusão dos tratamentos médicos a que foi sujeito, incluindo uma operação à mão esquerda e a várias equimoses no corpo.
"Sim (sou candidato). O meu partido (Partido para a Democracia, Desenvolvimento e Cidadania) já me elegeu internamente e está a angariar assinaturas e a promover contactos com outros partidos no sentido de obter a confluência de interesses para as presidenciais", disse Fadul.
O antigo primeiro-ministro chegou sábado de manhã a Lisboa para receber tratamento médico, na sequência do espancamento de que foi alvo, por homens fardados e armados, em sua casa, em Bissau, no passado dia 31 de Março.
"Prometo da minha parte uma campanha muito séria, apresentando estratégias para tirar a Guiné-Bissau do contexto em que está e os guineenses da miséria moral", acentuou.
"Não deixarei de dialogar com quem quer que seja. Terei todo o respeito, o maior respeito por todos. Vou fazer, como sempre faço, uma campanha pedagógica", disse.
Francisco Fadul acrescentou que permanecerá "entre cinco a seis semanas" em Lisboa, para conclusão dos tratamentos médicos a que foi sujeito, incluindo uma operação à mão esquerda e a várias equimoses no corpo.
terça-feira, abril 07, 2009
CPLP: "Brasil deve liderar países de língua portuguesa", diz alto responsável da CPLP
O secretário-geral do Conselho Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) considera importante reconhecer "o grande papel do Brasil" na cena internacional e entende que este país deve liderar o bloco lusófono.
"Penso que pela importância tradicional do país, a comunidade de língua portuguesa deverá ser liderada pelo Brasil", referiu Francisco Mantero. Para o secretário-geral, isso é uma "inevitabilidade e será muito bom, não só pela grandeza cultural mas económica e da população do país".
O Brasil chegou ao G20 e, na avaliação de Mantero, "será uma questão de tempo" para obter um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. "Muito provavelmente será um dos países vencedores da crise internacional", preconizou.
Para Mantero, o Presidente Lula tem sido o maior embaixador da língua portuguesa no mundo, pois como não fala outra língua, acaba fazendo com que os outros falem o português "e isso é altamente positivo".
A Cimeira do G20, realizada em Londres, segundo referiu Mantero, registou também outra presença importante da língua portuguesa: do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
"Todo esse movimento é fundamental para a afirmação da língua. Afirmando-se a língua, afirma-se também a capacidade empresarial de fazer negócios", acrescentou.
"Penso que pela importância tradicional do país, a comunidade de língua portuguesa deverá ser liderada pelo Brasil", referiu Francisco Mantero. Para o secretário-geral, isso é uma "inevitabilidade e será muito bom, não só pela grandeza cultural mas económica e da população do país".
O Brasil chegou ao G20 e, na avaliação de Mantero, "será uma questão de tempo" para obter um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. "Muito provavelmente será um dos países vencedores da crise internacional", preconizou.
Para Mantero, o Presidente Lula tem sido o maior embaixador da língua portuguesa no mundo, pois como não fala outra língua, acaba fazendo com que os outros falem o português "e isso é altamente positivo".
A Cimeira do G20, realizada em Londres, segundo referiu Mantero, registou também outra presença importante da língua portuguesa: do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
"Todo esse movimento é fundamental para a afirmação da língua. Afirmando-se a língua, afirma-se também a capacidade empresarial de fazer negócios", acrescentou.
sexta-feira, abril 03, 2009
Cidadão português de etnia chinesa condenado à morte na China
Um cidadão português de etnia chinesa residente permanente em Macau foi condenado recentemente à morte no continente chinês por tráfico de droga e posse de arma proibida, disse hoje à agência Lusa o advogado Vasco Passeira.
Lau Fat Wai, 49 anos, pai de um filho menor, foi condenado à morte por um tribunal da cidade de Cantão, capital da província chinesa de Guangdong, adjacente a Macau, explicou o causídico. O advogado disse ainda que estão a ser encetados contactos com as autoridades portuguesas de Macau e de Lisboa para "tentar a suspensão da pena" e "encontrar uma forma" do cidadão português cumprir uma pena de prisão em substituição da pena capital. A sentença aplicada a Lau Fat Wai, que obteve o último passaporte português a 29 de Outubro de 2003 no Consulado-Geral de Portugal em Macau e o Bilhete de Identidade a 2 de Fevereiro de 2004, não foi ainda executada porque o advogado em Cantão apresentou recurso, acrescentou Vasco Passeira.
Lau Fat Wai, 49 anos, pai de um filho menor, foi condenado à morte por um tribunal da cidade de Cantão, capital da província chinesa de Guangdong, adjacente a Macau, explicou o causídico. O advogado disse ainda que estão a ser encetados contactos com as autoridades portuguesas de Macau e de Lisboa para "tentar a suspensão da pena" e "encontrar uma forma" do cidadão português cumprir uma pena de prisão em substituição da pena capital. A sentença aplicada a Lau Fat Wai, que obteve o último passaporte português a 29 de Outubro de 2003 no Consulado-Geral de Portugal em Macau e o Bilhete de Identidade a 2 de Fevereiro de 2004, não foi ainda executada porque o advogado em Cantão apresentou recurso, acrescentou Vasco Passeira.
Execução de fundos da Cooperação Portuguesa acima da expectativa
in Notícias Lusófonas
A execução do pacote financeiro da Cooperação Portuguesa em Timor-Leste para 2007-2010 está “acima da expectativa” ao fim de dois anos, afirmou hoje em Díli um responsável do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD). Dos 60 milhões de euros previstos no Programa Indicativo de Cooperação (PIC), 52% foram gastos nos dois primeiros anos, afirmou o presidente do IPAD, Manuel Correia.
“Este facto aponta para que se ultrapasse a dotação inicial do PIC até 2010”, salientou Manuel Correia, referindo que esta situação em Timor-Leste “é única” entre os países com os quais Portugal tem programas de cooperação. Manuel Correia está em Díli para a reunião anual entre o Governo timorense e os parceiros de cooperação bilateral e multilateral, que hoje teve o primeiro dia de reuniões técnicas. O presidente do IPAD assinou já, antes da conferência de doadores, um memorando de entendimento com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para uma contribuição adicional de 3 milhões de dólares norte-americanos (2,2 milhões de euros) para o Programa de Fortalecimento do Sector da Justiça de Timor-Leste.
“O acordo com o PNUD foi renovado para os próximos três anos, com uma contribuição de Portugal num montante de um milhão de dólares anuais”, afirmou Correia. A assinatura do acordo entre o IPAD e o PNUD vai permitir a continuação do Programa de Apoio ao Sistema de Justiça e o financiamento das actividades para o período de 2009 a 2011. O Programa, onde Portugal colocou já cerca de oito milhões de euros (10,7 milhões de dólares) conta com mais de 30 funcionários internacionais desempenhando funções judiciais, de orientação e formação. A reunião anual com os parceiros de desenvolvimento de Timor-Leste prossegue sexta-feira sob a presidência do ministro dos Negócios Estrangeiros, Zacarias Albano da Costa. Em agenda estão intervenções de fundo do primeiro-ministro, Xanana Gusmão, do Presidente da República, José Ramos-Horta, e do chefe da Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT), Atul Khare, além de várias sessões sectoriais dirigidas pelos ministros da tutela. A conferência de doadores termina no sábado, com dois debates em torno de questões de segurança e de acesso à justiça.
A execução do pacote financeiro da Cooperação Portuguesa em Timor-Leste para 2007-2010 está “acima da expectativa” ao fim de dois anos, afirmou hoje em Díli um responsável do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD). Dos 60 milhões de euros previstos no Programa Indicativo de Cooperação (PIC), 52% foram gastos nos dois primeiros anos, afirmou o presidente do IPAD, Manuel Correia.
“Este facto aponta para que se ultrapasse a dotação inicial do PIC até 2010”, salientou Manuel Correia, referindo que esta situação em Timor-Leste “é única” entre os países com os quais Portugal tem programas de cooperação. Manuel Correia está em Díli para a reunião anual entre o Governo timorense e os parceiros de cooperação bilateral e multilateral, que hoje teve o primeiro dia de reuniões técnicas. O presidente do IPAD assinou já, antes da conferência de doadores, um memorando de entendimento com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para uma contribuição adicional de 3 milhões de dólares norte-americanos (2,2 milhões de euros) para o Programa de Fortalecimento do Sector da Justiça de Timor-Leste.
“O acordo com o PNUD foi renovado para os próximos três anos, com uma contribuição de Portugal num montante de um milhão de dólares anuais”, afirmou Correia. A assinatura do acordo entre o IPAD e o PNUD vai permitir a continuação do Programa de Apoio ao Sistema de Justiça e o financiamento das actividades para o período de 2009 a 2011. O Programa, onde Portugal colocou já cerca de oito milhões de euros (10,7 milhões de dólares) conta com mais de 30 funcionários internacionais desempenhando funções judiciais, de orientação e formação. A reunião anual com os parceiros de desenvolvimento de Timor-Leste prossegue sexta-feira sob a presidência do ministro dos Negócios Estrangeiros, Zacarias Albano da Costa. Em agenda estão intervenções de fundo do primeiro-ministro, Xanana Gusmão, do Presidente da República, José Ramos-Horta, e do chefe da Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT), Atul Khare, além de várias sessões sectoriais dirigidas pelos ministros da tutela. A conferência de doadores termina no sábado, com dois debates em torno de questões de segurança e de acesso à justiça.
quarta-feira, abril 01, 2009
Israel: Novo MNE nega compromisso criação Estado palestiniano
O novo ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, o ultra-conservador Avigdor Lieberman, afirmou hoje que o novo governo não tem compromisso com os acordos de paz alcançados na conferência de Annapolis, realizada em 2007 sob mediação dos Estados Unidos e que estabelece a criação de um Estado palestiniano.
"Não tem validade", disse Lieberman, líder do Partido Yisrael Beitenu, acusado de racismo por fazer campanha contra a minoria árabe do país e cujo lema era "não à cidadania sem lealdade ao Estado".
A posse de Lieberman como ministro dos Negócios Estrangeiros preocupa a comunidade internacional pelos retrocessos no acordo de paz com os palestinianos.
O cargo foi uma concessão do novo primeiro-ministro israelita, Benyamin Netanyahu, do conservador Likud, que precisou dos 15 assentos obtidas pelo Beitenu no Parlamento para formar a coligação.
Na conferência de Annapolis, o então primeiro-ministro Ehud Olmert concordou em avançar nos esforços pela solução de dois Estados, nas conversas de paz com os palestinianos.
"O governo de Israel nunca ratificou Annapolis, nem o Parlamento", disse Lieberman.
[E alguém que conheça esta "individualidade" estava à espera de afirmações diferentes? Começou a palhaçada no governo de Netanyahu. Esta coligação governamental durará quantos meses?]
"Não tem validade", disse Lieberman, líder do Partido Yisrael Beitenu, acusado de racismo por fazer campanha contra a minoria árabe do país e cujo lema era "não à cidadania sem lealdade ao Estado".
A posse de Lieberman como ministro dos Negócios Estrangeiros preocupa a comunidade internacional pelos retrocessos no acordo de paz com os palestinianos.
O cargo foi uma concessão do novo primeiro-ministro israelita, Benyamin Netanyahu, do conservador Likud, que precisou dos 15 assentos obtidas pelo Beitenu no Parlamento para formar a coligação.
Na conferência de Annapolis, o então primeiro-ministro Ehud Olmert concordou em avançar nos esforços pela solução de dois Estados, nas conversas de paz com os palestinianos.
"O governo de Israel nunca ratificou Annapolis, nem o Parlamento", disse Lieberman.
[E alguém que conheça esta "individualidade" estava à espera de afirmações diferentes? Começou a palhaçada no governo de Netanyahu. Esta coligação governamental durará quantos meses?]
Guiné-Bissau: ex-PM Francisco Fadul espancado por homens fardados
O antigo primeiro-ministro da Guiné-Bissau e actual presidente do Tribunal de Contas guineense, Francisco Fadul, foi espancado hoje de madrugada na sua residência em Bissau por homens armados, encontrando-se a receber tratamento no hospital da capital.
"Fui espancado por 15 homens vestidos com uniformes militares e armados com AK-47", afirmou Fadul, em declarações aos jornalistas. "Roubaram-me dinheiro e bens", acrescentou.
O ataque a Francisco Fadul aconteceu depois do ex-governante ter acusado o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, de estar a revelar atitudes de submissão perante os militares, durante uma conferência de imprensa, na segunda-feira.
Fadul alertou ainda na conferência de imprensa para o "risco de as Forças Armadas assumirem o poder" caso não houvesse um consenso entre a classe política em relação à realização de presidenciais.
O primeiro-ministro guineense anunciou terça-feira que os partidos políticos chegaram a um consenso político e que as presidenciais deverão ocorrer em finais de Junho.
Entretanto, o representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba, condenou os ataques contra Francisco Fadul, e o advogado Pedro Infanda.
Mutaboba "condena a detenção ilegal a 23 de Março do advogado Pedro Infanda pelas Forças Armadas depois das suas declarações à imprensa e os maus-tratos físicos durante a sua detenção".
[É o que acontece a quem tem opinião e critica os militares neste "país" "democrático"? Ainda gostava que alguém me explicasse quais as habilitações de Francisco Fadul para ser presidente do Tribunal de Contas da Guiné. Nomeado por Nino Vieira (antes era pró-Mané...), uma das primeiras medidas foi pôr o Governo em tribunal. Excelente...]
"Fui espancado por 15 homens vestidos com uniformes militares e armados com AK-47", afirmou Fadul, em declarações aos jornalistas. "Roubaram-me dinheiro e bens", acrescentou.
O ataque a Francisco Fadul aconteceu depois do ex-governante ter acusado o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, de estar a revelar atitudes de submissão perante os militares, durante uma conferência de imprensa, na segunda-feira.
Fadul alertou ainda na conferência de imprensa para o "risco de as Forças Armadas assumirem o poder" caso não houvesse um consenso entre a classe política em relação à realização de presidenciais.
O primeiro-ministro guineense anunciou terça-feira que os partidos políticos chegaram a um consenso político e que as presidenciais deverão ocorrer em finais de Junho.
Entretanto, o representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba, condenou os ataques contra Francisco Fadul, e o advogado Pedro Infanda.
Mutaboba "condena a detenção ilegal a 23 de Março do advogado Pedro Infanda pelas Forças Armadas depois das suas declarações à imprensa e os maus-tratos físicos durante a sua detenção".
[É o que acontece a quem tem opinião e critica os militares neste "país" "democrático"? Ainda gostava que alguém me explicasse quais as habilitações de Francisco Fadul para ser presidente do Tribunal de Contas da Guiné. Nomeado por Nino Vieira (antes era pró-Mané...), uma das primeiras medidas foi pôr o Governo em tribunal. Excelente...]
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