quinta-feira, dezembro 30, 2010

A prateleira que nos mostra bem, por Ferreira Fernandes

in DN
A expressão "ir para a prateleira" é, chapado, o Portugal ineficaz. Um profissional faz carreira, chega a um patamar e um dia sabe que já não o querem mais ali. Seja porque ele atingiu o seu patamar de Peter (não exerce bem o cargo) ou porque é vítima de injustiça - não interessa, o facto é que quem de direito o quer demitir. O normal seria mandarem-no para cargo compatível com o que ele sabe fazer ou despedirem-no. Em Portugal há uma terceira via: a prateleira. A empresa, ou a repartição, poupa um pouco nos gastos, mas fica também com um peso absolutamente morto. O ex-chefe de qualquer coisa passa a ser o mais inútil dos empregados, não faz nada.

Nem de conta. É o pegar de cernelha aplicado aos nossos recursos humanos. Pegar a relação pelos cornos seria cortá-la (a relação), pagando o que a lei estipula que se pague no despedimento, ou, mais difícil e inteligente, seria patrão e empregado (já que se este subiu na carreira algum mérito há-de ter) encontrarem um novo posto, embora mais baixo, para o demitido. Mas esta última solução raramente é praticada. Porque o patrão não acredita na boa vontade do empregado rebaixado de posto ou porque o empregado não aceita ir de cavalo para burro. Daí preferir ir para a prateleira - de cavalo para carcaça de cavalo. René Debré foi primeiro-ministro antes de ser, por várias vezes, ministro. Em França não é caso único, mas por cá seria impensável. Dar a volta por cima por vezes não se consegue senão a meia altura, e quando é assim revela até uma ainda maior capacidade de combater a adversidade.

Quando Gonçalo M. Tavares, director do DN por um dia, me pediu para fazer esta crónica sobre um assunto intemporal, lembrei-me logo de escrever sobre o "ir para a prateleira". Podia pensar-se que escrevo esta crónica para que, depois de amanhã, caso ele seja convidado para cronista (ou para entrevistado ou para dar uma simples opinião), não recuse porque já foi nesta casa "sr. Director" e não aceite nada abaixo disso. Mas, na verdade, escrevo sobre "ir para a prateleira" porque é dos mais imprestáveis hábitos nacionais, de hoje, ontem e amanhã. Intemporal, como me foi pedido.

Venda de electricidade a Espanha rende 3 milhões em dois dias

Sistema eléctrico português está a exportar mais energia para o mercado espanhol e terá em 2010 o ano com o saldo comercial mais favorável da década.

Portugal está a vender mais electricidade para Espanha.
O aumento da exportação de electricidade para Espanha rendeu a Portugal um encaixe de 3 milhões de euros em apenas dois dias, num momento em que o país acumula várias semanas consecutivas de saldo positivo na compra e venda de electricidade com Espanha.

Ontem e hoje, dias 29 e 30 de Dezembro, o país exportará mais de 60 gigawatts hora (GWh) a um preço médio de 42 euros por cada megawatt hora (MWh). Só durante o mês de Dezembro, Portugal já exportou mais de 250 GWh, permitindo que 2010 seja o ano da década com saldo comercial mais favorável, segundo a REN.
O forte saldo exportador registado demonstra o potencial de crescimento do sector das energias renováveis em Portugal, consolidado pela Estratégia Nacional de Energia (ENE) 2020, refere o Governo.

O efeito das renováveis é que havendo mais electricidade renovável a ser produzida isso pode obrigar o sistema eléctrico a ter soluções para escoar eventuais excessos e uma das opções é exportar alguma produção eléctrica a preços mais baixos.
Segundo a mesma fonte, “a ENE 2020 já permitiu, em 2010, reduzir as importações de combustíveis fósseis em cerca de 800 milhões de euros e contribuir para o equilíbrio da balança comercial do país através de mais de 400 milhões de euros exportados em equipamentos associados às renováveis”.

[Se o consumidor ganhasse alguma coisa com isso...]

Morangos do Algarve deliciam nórdicos e russos

Os morangos produzidos no Algarve nesta época do ano não chegam para as encomendas de Natal e Passagem de Ano solicitadas por países como a Holanda, Reino Unidos, Suíça ou Rússia.

A chave do sucesso é a qualidade dos pequenos frutos vermelhos que é fornecida pela luz algarvia conjugada com a alta tecnologia.
"Com a neve, o frio rigoroso e sem luz do sol suficiente, os países do Norte da Europa não conseguem produzir morangos para a época natalícia e, por isso, recorrem à produção algarvia", explica Pedro Vaquinhas, produtor de morangos e framboesas pelo método de hidroponia (sem solo).

Holanda, Suíça, Dinamarca, Noruega, Reino Unido, Alemanha, Finlândia e até a Rússia são mercados consumidores de morangos ao longo de todo o ano, mas como no inverno não têm a luz algarvia para desenvolver o fruto vermelho, têm de recorrer à importação, esgotando os stocks no Algarve.

Louis Vuitton instala fábrica em Ponte de Lima

O grupo francês de malas e carteiras Louis Vuitton vai instalar uma unidade de produção em Ponte de Lima, que ganhou a corrida a Santo Tirso.

A marca francesa vai recuperar uma fábrica desativada e criar 100 postos de trabalho.

terça-feira, dezembro 28, 2010

Portugal: Consumidora intimada por queixar-se na Internet

E se de repente uma empresa resolver ir para tribunal para impedir uma cliente descontente de queixar-se na Internet? Foi isso que aconteceu com Maria João Nogueira, que na semana passada foi surpreendida por uma nota de citação pessoal de 31 páginas da Ensitel.
O objectivo? Fazer com que retirasse do seu blogue uma série de seis posts que tinha escrito sobre as dificuldades para trocar o telemóvel "defeituoso" comprado na Ensitel. O resultado? Contraproducente para a imagem da empresa.

A saga começou em Março de 2009 e acabou no Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo de Lisboa em Maio do mesmo ano. "O juiz disse que eu devia entregar o telemóvel à Ensitel para ser reparado e eu acabei por aceitar. Estava muito irritada mas não quis recorrer e gastar mais dinheiro e tempo com aquilo. Por mim, o assunto tinha morrido por ali", conta Maria João.

Mas não morreu. Os posts a relatar o caso ficaram no blogue e Ensitel quer que sejam apagados. O caso teve ontem o último desenvolvimento, quando Maria João decidiu contar no seu blogue que tinha sido notificada.
A história espalhou-se na internet como fogo num palheiro: do blogue pessoal para o Twitter e do Twitter para o Facebook, originado dezenas de críticas, até na página da empresa.

Em comunicado, a Ensitel responde que não põe "em causa qualquer tipo ou forma de liberdade de expressão", mas que "não aceita ser alvo" de uma "campanha difamatória", assente em factos falsos "apenas porque o cliente não se conformou com uma decisão judicial foi desfavorável".

Maria João tem agora alguns dias para contestar a providência - "o que me vai custar mais de 200 euros". "Não percebo como se sentem lesados por relatar factos e a minha opinião sobre esses factos, mas se o juiz decidir que tenho de tirar os posts tiro", conclui.

O jurista Luís Filipe Carvalho lembra que qualquer entidade que se sinta lesada no seu bom nome (neste caso comercial) pode recorrer ao tribunal, através de uma providência cautelar, para que as referências consideradas lesivas sejam retiradas da internet. Cabe depois ao tribunal decidir se há ou não fundamento para isso.

No entanto, para Filipe Marques, especialista em comunicação digital da OAK Brand, o que Ensitel fez foi completamente contraproducente em termos de imagem. "Foram desenterrar um assunto que estava morto, provavelmente porque aqueles posts aparecem quando se fazem pesquisas por Ensitel nos motores de busca, e desenterrá-lo". Mas acabaram por amplificar "a má experiência de compra daquela cliente". E criar um problema de imagem, conclui.

O blogue em causa: http://jonasnuts.com/387191.html

[Tudo é possível...]

Política de drogas em Portugal é exemplo para os EUA

A política portuguesa de combate à droga está a ser apontada como exemplo nos EUA e pode mesmo vir a ser seguida pela maior potência do Mundo. Para já, o sucesso da intervenção no Casal Ventoso está a ser estudada por peritos.

É notícia no Washington Post: "A política de droga portuguesa compensa; EUA atentos à lição". É com este título que um artigo hoje publicado num dos mais prestigiados jornais daquele país fala do exemplo do Casal Ventoso, que há 10 anos era um espaço de alta criminalidade e hoje um bairro onde é possível ver crianças na rua, com as mães, em segurança.

De acordo com o artigo do Washington Post, os EUA conduzem uma guerra há 40 anos contra a droga, sem sucesso, pelo que agora procuram resposta "no pequeno Portugal", pode ler-se. Gil Kerlikowske, guru do combate antidroga da Casa Branca, veio a Portugal em Setembro, tendo também visitado Noruega, Dinamarca, Austrália e Peru.

O que surpreende os norte-americanos é não só a medida aplicada – descriminalizar o consumo de droga, oferecer tratamento aos dependentes – mas também os resultados.
"Os desastres previstos pelos críticos não aconteceram. A resposta foi simples: dar tratamento", explica o professor Alex Stevens, da universidade de Kent.

A notícia do Washington Post explica ainda que se por um lado houve, em Portugal, mais gente a experimentar drogas nos últimos 10 anos, também é verdade que menos acabaram viciados e os casos de HIV relacionado com droga reduziu 75% – 49% dos dependentes tinham Sida e em 2008 o número tinha sido reduzido para 28%.

Nós não temos mesmo vergonha, por Camilo Lourenço

A falta de credibilidade é o problema mais grave que Portugal enfrenta. É por isso que já ninguém empresta dinheiro à República e aos bancos nacionais.


Ora se há coisa de que um país nesta situação precisa é de mostrar aos mercados que está a fazer tudo para que voltem a confiar nele. E isso faz-se "entregando". Ou seja, cumprindo o que se promete. Basta olhar para os últimos 18 meses de execução orçamental para se perceber que o País não tem "entregado" nada.

Uma das formas de reforçar essa "entrega" é fiscalizar, com meios eficazes, a execução do Orçamento do Estado. Daí os apelos sensatos do governador do Banco de Portugal à criação de uma agência independente que traga verdade à execução orçamental. No acordo estabelecido entre PSD e PS para o Orçamento de 2011 ficou inscrita a criação de uma entidade com esse perfil. O problema é que ela tarda em arrancar e, mais grave, os primeiros sinais relativos à sua orgânica e atribuições (ver informações divulgadas ontem pelo "DE") não são tranquilizadores. Porque criam as condições para que a futura agência tenha o dedo do Governo. Deste e dos próximos.

Se o Governo quer fazer um favor ao País devia rever as regras de constituição e funcionamento da instituição: quem nomeia quem, a quem presta contas o seu presidente, como é feito o seu financiamento, quais os critérios de nomeação dos seus membros, qual o período de nojo findo o mandato, etc.

Optar por soluções que facilitem a nomeação de amigos e condicionar o funcionamento de um órgão que deve ser independente é "comprar" ainda mais desconfiança dos mercados e das agências de "rating".

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Lisboa é a melhor cidade do Mundo para congressos

A capital portuguesa foi considerada a melhor cidade do Mundo para a relização de congressos, além de ser um destino turístico recomendado por 100% dos 909 congressistas estrangeiros que responderam ao Inquérito ao Congressista 2010, promovido pelo Observatório do Turismo de Lisboa.

Lisboa ficou assim à frente de cidades como Londres, Madrid, Paris, Milão, Nova Iorque, Munique, Barcelona, Roma, Amesterdão, São Paulo e Berlim, sendo que os critérios mais valorizados foram a qualidade dos equipamentos e a funcionalidade dos apoios no local dos congressos. Lisboa somou 8,2, numa escala de 0 a 10.

Dos 909 congressistas, 62,2% já estiveram em Lisboa, sendo que 99,2% considerou "provável ou muito provável" um regresso à capital portuguesa.

A estada média dos inquiridos, na sua maioria oriundos de Espanha, Inglaterra e França, foi de 4,5 dias, com alojamento preferencial em hotéis de quatro estrelas e com uma despesa média, por pessoa, de 1656,67 euros.

Portugal é o quinto destino do investimento brasileiro

Portugal é o quinto destino dos investimentos brasileiros a nível global, incluindo os paraísos fiscais, num 'ranking' divulgado ontem pela imprensa brasileira. Na Europa, Portugal é o terceiro destino do investimento brasileiro no exterior, atrás do Luxemburgo e da França.

De Janeiro a Novembro deste ano, as empresas brasileiras investiram em Portugal 959 milhões de dólares, 20 vezes mais do que em relação ao total investido em 2006. Os primeiros destinos europeus do investimento directo brasileiro receberam 16,9% do total, percentual que se compara aos 3,7% registados em 2006. Só o investimento na França nos 11 primeiros meses deste ano ascendeu a 1,13 mil milhões de dólares. Entre os países europeus que mais recebem investimento brasileiro, a Holanda ocupa a quarta posição, com um total de 774 milhões de dólares, no período em análise.

"A crise económica tornou-se uma oportunidade de investimento para as empresas brasileiras, que estão a apostar cada vez mais nos mercados da Europa, enquanto os instáveis vizinhos sul-americanos perdem espaço", escreve o jornal Folha de São Paulo.

O 'ranking' geral do destino dos investimentos brasileiros no estrangeiro é liderado pelas Ilhas Cayman, com oito mil milhões de dólares. Em segundo lugar, no 'ranking' global, aparecem os Estados Unidos, com 3,62 mil milhões de dólares, o que corresponde a um aumento superior a três vezes.

Portugal: Turistas de cruzeiros vão pagar 2 euros para pisar terra

Nova taxa entra em vigor a 1 de Janeiro e será cobrada pelo SEF.

Os turistas que cheguem a Portugal Continental por mar vão pagar dois euros se quiserem pisar terra. A nova taxa, fixada numa portaria publicada a 17 de Dezembro pelo Ministério da Administração Interna, entra em vigor já a partir de 1 de Janeiro de 2011.

"É uma perfeita loucura. Tenho a certeza que nos arriscamos a perder um volume enorme de escalas de cruzeiros" afirma António Belmar da Costa, director executivo da Associação dos Agentes de Navegação de Portugal (AGEPOR).
 
[Mais um brilhante serviço ao País...]

Editorial do DN: "Portugueses de sucesso em 2010"

Surgem quatro portugueses entre as cem figuras ibero-americanas que marcaram 2010 segundo o El País. Tradicionalmente, a Ibero-América incluiu Portugal, Espanha e Andorra e, do outro lado do Atlântico, duas dezenas de países, desde o gigante Brasil até ao minúsculo El Salvador. Mas no critério do grande jornal madrileno, os ibero-americanos incluem também os 40 milhões de hispânicos que vivem nos Estados Unidos, como é o caso de Marco Rubio, senador pela Florida e uma das estrelas em ascensão do Partido Republicano. Há quem lhe chame mesmo "O Obama republicano", designação cheia de optimismo que o antevê já como o primeiro hispânico a chegar à Casa Branca, assim como Barack Obama, eleito em 2008, foi o primeiro negro.

Sem surpresa, três dos portugueses destacados pelo El País trabalham fora de Portugal. São eles José Mourinho, treinador do Real de Madrid, Paula Rego, a pintora que há muito escolheu a Inglaterra como casa, e Filipe Oliveira Baptista, o novo director artístico da Lacoste, mítica marca francesa. A quarta figura portuguesa, e única a viver aquém-fronteiras, é Leonor Beleza, a presidente da Fundação Champalimaud.

A lista do El País vale o que vale, mas ao contrário do que é hábito em publicações espanholas não nos deixa ficar mal. Quatro em cem é uma representação justa, tanto mais que na Ibero-América em 2010 houve acontecimentos tão significativos como o triunfo de Dilma Rousseff nas presidenciais brasileiras, o mundial de futebol conquistado pela selecção espanhola liderada por Vicente del Bosque, o Nobel da Literatura para o peruano Mario Vargas Llosa ou o Prémio Sakharov para o dissidente cubano Guillermo Fariñas. Os quatro seleccionados portugueses devem servir, de certo modo, de inspiração. O País pode estar em crise, mas os portugueses são capazes de fazer muito melhor. E mostram-no todos os dias. Não só estes quatro destacados pelo El País mas muitos outros.

terça-feira, dezembro 21, 2010

Sotaque minhoto no Senado de Nova Iorque

Filho de emigrantes da freguesia de Alheira (Barcelos), Jack Martins, republicano, 43 anos, é o primeiro lusodescendente eleito para o Senado de Nova Iorque após dura disputa legal.

A batalha pela vitória foi mais longa do que é habitual para Jack Martins, político republicano que, a partir de 1 de Janeiro, será o primeiro senador luso-americano no estado de Nova Iorque, representando quase o dobro da população que tem Portugal. 451 votos apenas o separaram do seu rival, o democrata Craig Johnson, que não aceitou a derrota, apesar de ela ter sido assumida pelo Departamento de Eleições do Condado de Nassau. O desfecho da disputa legal, que se arrastou durante mais de um mês após as eleições de 2 de Novembro, significa que, graças a Martins, os republicanos voltaram a ter o controlo do senado nova-iorquino.

"A redução do défice e da dívida do estado de Nova Iorque são as prioridades", disse o actual presidente da câmara de Mineola, na ilha de Long Island, onde foi responsável pela reestrutução fiscal do município desde que chegou ao cargo em 2003. Martins, de 43 anos, é contra o aumento de impostos porque acha que isso vair prejudicar os negócios. "Não é possível aumentar os impostos quando, com a crise, as empresas estão a afundar-se", afirma o autarca, dizendo que até agora não tem achado positivas as políticas da Administração Barack Obama.

Filho de emigrantes portugueses da freguesia de Alheira, no concelho de Barcelos, Martins mantém uma forte ligação à comunidade portuguesa e também a Portugal. "Nesta zona, temos uma grande comunidade, muito unida, que tem apoiado muito a minha carreira e a de outros lusodescendentes. Na minha vila há 20 mil habitantes e uma terça parte são portugueses ou seus descendentes", explica, num português perfeito, salpicado de sotaque minhoto.

Nascido no bairro de Queens, foi viver aos três anos para Mineola, onde hoje reside com os pais, a mulher e as quatro filhas. "Os meus pais emigraram à procura de melhores oportunidades nos anos 60. A minha família tem negócios no sector da construção civil. Acho que hoje, apesar da crise, ainda há aqui oportunidades que talvez não haja aí. Eu sou advogado, o meu irmão engenheiro, a minha irmã é médica. Não sei se teríamos tido essas oportunidades noutro país que não fosse os EUA", sublinha, explicando que apesar de tudo mantém uma forte relação com as suas raízes portuguesas e todos os anos visita Portugal pelo menos uma ou duas vezes para ver familiares e amigos.

A mulher, Paula, farmacêutica de profissão, também é lusodescendente. Os pais dela, oriundos de Leiria, emigraram, primeiro para a antiga Rodésia, hoje Zimbabwe, depois para os EUA. "As minhas filhas aprendem português em casa e falam um pouco quando vamos aí. O mínimo que podemos fazer é tentar dar aos nossos filhos um bocadinho das nossas raízes. Fazemos com que dobrem a língua", conta, entre risos. Ao contrário do que acontece com muitos emigrantes e seus descendentes, aquilo de que Martins tem mais saudades não é nenhum tipo de comida ou nenhum clube de futebol português.
"Ao longo de toda a minha vida sempre tive grandes amizades e contactos em Portugal. O que mais saudades me causa é o facto de haver uma cultura e uma história que é a portuguesa e que é realmente distinta de qualquer outra no mundo. Portugal tem a sua maneira de se expressar", refere, lamentando a situação económica e financeira em que o país de origem dos seus pais se encontra.

A crise afecta a todos, é verdade, mas algumas entidades e governos têm mais e melhores instrumentos do que outros para conseguir sair dela, constata o autarca do município de Mineola. "Portugal parece estar numa situação em que vai precisar da ajuda de outros", refere o político, que diz ser republicano por considerar que este é o partido das oportunidades nos EUA.

quinta-feira, dezembro 09, 2010

Governo de São Tomé mandou suspender o programa televisivo de maior audiência

O programa “Em Directo”, da TVS, criado pela jornalista Conceição Lima, antiga correspondente do PÚBLICO, foi comparado por aquele jornal ao programa “Grande Entrevista” do canal português RTP1, rubrica que tem como apresentadora Judite de Sousa.

O “Téla Nón” fez a comparação para que os seus leitores compreendessem a importância do programa da jornalista e poeta Conceição Lima no esclarecimento da opinião pública de São Tomé e Príncipe.

Desde Junho, o “Em Directo” tornara-se o programa de maior audiência da televisão são-tomense. Era transmitido semanalmente às quartas-feiras, com reposição no sábado, sendo a sua apresentadora, licenciada em estudos afro-portugueses e brasileiros pelo King’s College, de Londres, o elemento mais popular da comunicação social em São Tomé e Príncipe.
O problema surgiu na semana passada, quando o Governo de Trovoada, que tomou posse em Agosto, decidiu proibir a entrevista que a jornalista tinha combinado com um antigo primeiro-ministro de Cabo Verde, Carlos Veiga, com o aval, aliás, do director da TVS, Óscar Medeiros.

São Lima, como normalmente é conhecida, denunciou o facto na crónica que semanalmente escreve para o “Téla Nón”: “Medeiros chamou-me ao seu gabinete para me comunicar que o Governo o instruíra a dizer-me que o meu contrato com a TVS, que perdura até 31 de Dezembro, não seria renovado".
Esta sanção pesada do Governo só faz lembrar actuações de regimes ditatoriais”, escreveu naquele jornal online Abel Veiga, colaborador local da RTP África, segundo o qual depois da tentativa falhada de entrevistar Carlos Veiga também foram canceladas todas as emissões do programa “Em Directo” para o resto do mês.

Achei extraordinário que tivesse sido o Governo a instruir o director a dizer-me que o meu contrato não seria renovado. Sendo eu jornalista da TVS, acho que cabia ao director aferir da minha utilidade ou inutilidade para a televisão são-tomense”, sintetizou Conceição Lima, que já foi produtora dos serviços da BBC em língua portuguesa e é autora dos livros de poemas “O Útero da Casa” e “A Dolorosa Raiz do Micondó”.
Contactada pelo “Téla Nón”, a direcção da TVS recusou prestar qualquer declaração sobre este assunto.

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Guiné Equatorial: MNE esperançado na adesão à CPLP em 2012

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné Equatorial, Pastor Micha Bilee, mostrou-se hoje esperançado na adesão do seu país à CPLP durante a próxima cimeira dos oito países lusófonos, agendada para 2012.

"Portugal e o secretariado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) têm que ajudar-nos a estabelecer um plano de ação para que a nossa adesão seja possível na próxima cimeira" da comunidade de países lusófonos, disse Bilee.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné Equatorial, que falava em Lisboa, no final de um encontro com o seu homólogo Luís Amado, explicou que o acompanha nesta visita um grupo de especialistas para falarem com técnicos do secretariado da CPLP sobre a elaboração desse plano.

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Viagem da Sagres: Goeses vestiram camisola da selecção portuguesa

Antes da passagem pelo Golfo de Aden, uma zona de pirataria, a ‘Sagres’ teve honras de festa na despedida da comunidade piscatória de Goa.

O ponto alto da nossa recepção em Goa foi a actuação da Sónia Sirshat, uma cantora goesa que nos encantou com fados e mandós, a canção tradicional de Goa.

Largámos de Mormugão na manhã de terça-feira, dia dezasseis de Novembro. Durante os preparativos da largada fomos surpreendidos por um som festivo que se aproximava vindo do rio Zuvari. Numa manifestação indubitável de empatia com a cultura portuguesa, a comunidade piscatória local veio acompanhar a partida da “Sagres”. Seriam umas três dezenas de embarcações, que transportavam à pinha algumas centenas de pessoas, muitos vestindo a camisola da nossa selecção.

Enfeitadas a rigor com folhas de palmeira e balões verde e rubro e ostentando orgulhosamente bandeiras de Portugal ao lado da indiana, as embarcações acompanharam-nos ao longo de algumas milhas. As pessoas dançavam efusivamente ao som de música popular portuguesa. Trocámos lembranças e agradecemos aquele gesto que nos mostra que esta viagem vale a pena e despedimo-nos até breve.

Já com a monção de nordeste a impor-se, navegámos à vela a motor em direcção ao Corno de África. No dia vinte e um alcançámos o Golfo de Aden, zona do globo flagelada diariamente por actividades de pirataria. A navegação no Internationally Recommended Traffic Corridor foi realizada sob condições propícias. Por um lado, o mar cavado não se adequava às pequenas e rápidas embarcações dos piratas. Por outro, as boas condições de visibilidade, adjuvadas por uma lua cheia à noite não ofereciam camuflagem aos usurpadores. Para esta passagem sem incidentes, em muito contribui a forte presença naval reunida nesta zona pela União Europeia, pela NATO e por vários países asiáticos com interesses nesta intensa rota comercial.

Ao longo deste percurso fomos saudados por vários navios das Marinhas que patrulham estas águas. Ficavam algumas horas connosco, trocávamos comunicações rádio e muitas fotos. Este foi um grande apoio como que retribuindo a presença dos navios portugueses que ao longo do ano 2009 aqui comandaram o grupo de navios da NATO envolvido no combate à pirataria e protecção da navegação.
Num final de tarde solarengo, até um avião de combate da coligação sobrevoou a “Sagres” abanando as asas em sinal de cumprimento.
Na manhã desta quarta-feira transpusemos o Estreito de Bab el Mandeb. Á vela e a 12 nós, alcançámos finalmente as águas calmas do Mar Vermelho onde o risco é menor.

Navegamos agora entre a Arábia Saudita e o Sudão, a caminho do Suez, onde faremos uma paragem para ultimar os preparativos para a exigente passagem do canal que nos levará ao Mar Mediterrâneo!

segunda-feira, novembro 29, 2010

Wikileaks ou o fim do Jornalismo

Este é certamente um "case study" para os jovens jornalistas. por um lado fica demonstrada a necessidade de mediação por parte de um profissional.

Este último caso da correspondência das diplomacias pelo que vi até este momento, e ressalvo, ATÉ ESTE MOMENTO, resume-se a voyerismo e não jornalismo.

É meramente uma questão criminal de violação de correspondência.

As consequências da revelação de tais informações podem ter consequências desastrosas e no entanto o interesse público parece ser mínimo.

Eu sou aliás um fervoroso adepto das fugas, mas quando se confunde interesse público com interesse de alguém de protagonismo, e os meios de comunicação social se demitem das suas responsabilidades, são as bases da democracia que estão em perigo.

terça-feira, novembro 23, 2010

Devolver os Blindados?

Para quê?!

Convençam-se, os 6 blindados encomedados para a PSP e que são armas de guerra, não veículos de segurança, nunca foram adjudicados directamente por causa da cimeira na NATO. O intuito dos controleiros deste país foi sempre usar estes carros na pacificação cá do burgo. Não tenham dúvidas. A cimeira foi um artíficio que à boa maneira dos políticos portugueses saiu furado.

sábado, novembro 20, 2010

"Há uma perda de soberania nacional e uma cultura de desmazelo em Portugal", diz João Salgueiro

Antigo presidente da Associação Portuguesa de Bancos e ex-ministro das Finanças, alertou hoje para a "perda" de soberania nacional e para a "cultura de desmazelo" face aos "graves" problemas económicos do país.

"Assistimos a uma clara perda de independência nacional, e a grande velocidade", afirmou aquele membro do Conselho Económico e Social (CES), na abertura de um debate na Universidade Católica subordinado ao tema O Desafio da Mudança Urgente. Caridade, Verdade e uma Encíclica.

Alertando para o facto de que "os anos que se aproximam vão ser mais difíceis", Salgueiro salientou as limitações dos benefícios sociais e defendeu que o desemprego "vai continuar a crescer" e que para muitos empresários "o que está em causa" é conseguir sobreviver.
"A solidariedade significa que é preciso melhor distribuição da riqueza e ajuda aos continentes mais atrasados. Mas não é isso que estamos a assistir. Muitos portugueses estão a abandonar o país, os empresários estão a deslocalizar as sedes das empresas", alertou o economista.

"Acima do medo que se vive hoje, o pior problema é esta cultura de desmazelo e não compreensão do que se está a passar. O eurocentrismo não faz sentido neste momento. Quem está a ganhar o poder, além dos Estados Unidos, são os países emergentes, como a China, Índia e Vietname, para onde estão a ser deslocalizados trabalhadores e empresas", defendeu.

O economista considerou que a China está a desenvolver um capitalismo "ainda mais selvagem" do que o do mundo ocidental.

Joaquim Franco, da Comissão Nacional de Justiça e Paz, defendeu que se atravessa um tempo de mudança: "Basta ver o percurso da história para encontrar semelhanças, como catástrofes naturais, escassez de ética e não concretização da justiça para perceber que vamos ter uma mudança, só que agora é mais rápida do que no passado".

Este responsável defendeu ainda estarem a ruir os "critérios sobre os quais construímos a nossa felicidade" e disse esperar que a greve geral, marcada para quarta-feira, seja "construtora" de uma nova dinâmica de participação e de mudança política: "se assim não for [a greve] é em vão", defendeu.

O antigo ministro da Educação Roberto Carneiro defendeu a necessidade de "uma governação diferente para o mundo", alertando para o facto de o crescimento sem coesão social não ser sinónimo de prosperidade.

FMI: Portugal pagou entrada no Fundo com ouro às paletes

O pagamento da quota de adesão de Portugal ao Fundo Monetário Internacional (FMI), há cinquenta anos, foi feito em paletes de ouro nas caves da Reserva Federal de Nova Iorque, contou "pai" da entrada portuguesa na instituição.

Manuel Jacinto Nunes, 84 anos, foi o homem que, enquanto vice-governador do Banco de Portugal, conduziu a entrada portuguesa no FMI, à frente de uma equipa de quatro pessoas, e lembrou o processo de adesão, que se concretizou a 21 de novembro de 1960.

Na altura, o Banco de Portugal era uma sociedade anónima de responsabilidade limitada, com capital de 100 mil contos. Para entrar no FMI, Portugal teve de pagar uma quota de 60 milhões de dólares, o mesmo que a Jugoslávia tinha pago e mais 20 milhões do que a Grécia.

Instituto Pedro Nunes é a melhor incubadora de base tecnológica a nível mundial

O Instituto Pedro Nunes (IPN), venceu o prémio internacional de Melhor Incubadora de Base Tecnológica do mundo, evidenciando-se entre cinquenta concorrentes de 26 países, anunciou hoje a Faculdade de Ciências e Tecnologia  da Universidade de Coimbra (FCT- UC).
IPN já tinha ganho um prémio em 2008.

Em comunicado, a FCT- UC anunciou que a “atribuição deste prémio é baseada na análise de uma combinação de 25 indicadores de performance da própria incubadora e das empresas incubadas”.
A instituição foi premiada pelos “excelentes resultados” ao nível de um modelo de negócio autosustentado com forte retorno do investimento público, de uma taxa de sobrevivência das empresas incubadas superior a 80%, por um volume de negócios agregado superior a 70 milhões de euros, e na criação de mais 1500 postos de trabalho directos, “muito qualificados”, desde o seu inicio de actividade.

O concurso decorreu entre quinta e sexta-feira, em Liverpool, Inglaterra, durante a 9.ª conferência anual sobre boas práticas em incubadora de base tecnológica e envolveu cinquenta incubadoras de 26 países.

Já no final de 2008, o IPN tinha ficado em segundo lugar no concurso Best Science Based Incubators, que decorreu em Paris e envolveu 53 incubadoras provenientes de 23 países diferentes. A vencedora foi então a incubadora italiana da Città della Scienza, em Nápoles.

A incubadora do IPN, surgiu em Coimbra em 1996 e conseguiu já apoiar o lançamento de mais de 130 projectos empresariais, a maioria dos quais são “spin-off’s” de universidades, com destaque para a UC. No total, mais de mil postos de trabalho directos, altamente qualificados, foram criados, gerando um volume de negócios que, em 2008, chegou aos 50 milhões de euros. Foi a partir daqui que surgiram empresas como a Critical Software ou a Crioestaminal.

quinta-feira, novembro 18, 2010

Andorra quer intensificar relações com Portugal

Andorra é um país "ímpar e diversificado" que pretende "intensificar as relações" turísticas com Portugal, defende o ministro do Turismo, Comércio e Indústria do principado.

Claudi Benet apresentou hoje em Portugal a oferta turística do principado, que em 2009 recebeu 9 milhões de turistas, e este ano aposta no lema "um mundo inteiro num pequeno país" para atrair novos visitantes.
O representante do principado afirmou que a presença em Portugal visa o reforço de ligações com Portugal no sector do turismo, tendo anunciado que tem agendada para hoje uma reunião com o secretário de Estado do sector em Portugal, Bernardo Trindade.

A relação entre Andorra e Portugal "vai para além do turismo", disse Benet aos jornalistas à margem da apresentação da campanha turística, recordando o "terrível acidente" que há sensivelmente um ano vitimou cinco trabalhadores portugueses no túnel dos Dos Valires.
O turismo é a "fonte principal" da economia no "país dos Pirenéus", sublinha o ministro do principado, que revelou que neste ano a aposta incidirá também "noutra dimensão" da área, ligada à natureza e à cultura, que complemente o turismo comercial, desportivo (em concreto o esqui) e de outras áreas.
O ministro de Andorra destacou ainda a "segurança: os habitantes sentem-se muito tranquilos, é um país muito seguro".

Acompanhado do embaixador do principado em Portugal, Julià Vila Coma, e da directora de marketing da campanha de turismo, Noemi Pedra, o representante do Governo de Andorra reiterou o desejo de ver "mais e mais turistas" no país, que tem na comunidade britânica, russa e portuguesa os maiores visitantes, exceptuando os turistas espanhóis e franceses.

Hoje foi também lançado o primeiro prémio "Turismo de Andorra", destinado a premiar os trabalhos jornalísticos sobre a oferta turística no principado publicados nos meios de comunicação social portugueses.

O principado de Andorra tem 488 quilómetros quadrados, é o maior dos pequenos Estados da Europa, e situa-se nos Pirenéus, entre o nordeste de Espanha e o sudoeste de França.

quarta-feira, novembro 17, 2010

Durão Barroso eleito "Europeu do Ano" pelos jornais e revistas da Alemanha

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, recebe na quinta-feira o prémio "Europeu do Ano" da Associação de editores de jornais e revistas da Alemanha (VDZ), numa cerimónia em Berlim.

O ex-ministro presidente do Estado alemão da Baviera Edmund Stoiber fará a apresentação e o elogio a José Manuel Durão Barroso, que recebe a distinção no primeiro dos dois dias das "Jornadas da Imprensa" da associação alemã.

O prémio, atribuído pela primeira vez, será entregue na Publishers Night da VDZ (que representa os interesses dos editores de jornais e revistas alemães) e em que participa também o presidente da Alemanha, Christian Wullf.

As 400 editoras associadas na VDZ são responsáveis pela publicação de mais de três mil jornais e revistas, que perfazem cerca de 90% do total deste mercado.

Porto: Livraria Lello considerada por guia australiano "uma pérola de arte nova", no seu "top ten" para 2011

A Lonely Planet classifica a Lello, fundada em 1906, como a terceira melhor livraria do mundo.

A livraria centenária portuense Lello foi classificada pela Lonely Planet, no guia que esta editora fundada na Austrália acaba de lançar para o próximo ano. Numa listagem em que faz o “top ten” dos países, regiões e cidades a visitar em 2011, a Lonely Planet coloca a livraria situada na Rua das Carmelitas, no Porto, na terceira posição, depois da City Lights Books, em São Francisco, nos Estados Unidos, e da El Ateneo Grand Splendid, em Buenos Aires.

A Lello é classificada no guia "Lonely Planet's Best in Travel 2011", como “uma pérola de arte nova”, que se mantém como uma das livrarias – e talvez mesmo uma das lojas – “mais espantosas do mundo”.

Na descrição que faz do seu interior, destaca “as prateleiras neogóticas” que fazem mesmo concorrência aos livros na atenção dos visitantes, mas também a decoração nas paredes com os bustos esculpidos de escritores portugueses, além, claro, da “escadaria vermelha em espiral” que leva os clientes até ao primeiro andar e que parece “uma flor exótica”. O trilho e o carrinho para o transporte dos livros e a pequena cafetaria no primeiro andar, de onde se vê a luz do dia filtrada por coloridos vitrais, são outras notas deixadas aos leitores deste que se tornou já num dos mais populares guias de viagem em todo o mundo.


Esta classificação da Lello repete aquela que a loja portuense já tinha conquistado em Janeiro de 2008, quando o diário britânico The Guardian também a considerou como a terceira mais bela livraria do mundo, igualmente a seguir à Ateneu da capital argentina, que ocupa o lugar de um antigo teatro – dessa vez, em primeiro lugar, surgia a livraria holandesa em Maastricht, Boekhandel Selexyz Dominicanen, instalada numa antiga igreja.

O actual edifício da Livraria Lello, que foi desenhado de raiz para ser uma livraria pelo engenheiro Francisco Xavier Esteves, já tinha também sido considerado pelo escritor catalão Enrique Vila-Matas como “a mais bonita livraria do mundo”.

No “top ten”, logo após a Lello surge a Shakespeare & Company, em Paris, seguindo-se a Daunt Books, em Londres, a Another Country, em Berlim, a The Bookworm, em Beijing, a já citada Selexyz Dominicanen, em Maastricht, a Bookàbar, em Roma, e, na décima posição, a Atlantis Books, em Santorini, na Grécia.

Autoreuropa vai apostar no transporte ferroviário

A Volkswagen Autoeuropa está a trabalhar com o Governo para encontrar uma solução de transporte ferroviário que lhe permita reduzir os seus custos logísticos na exportação dos automóveis que produz.

O director geral da Autoeuropa, António Melo Pires, afirmou hoje num encontro com imprensa que a transição fronteiriça do transporte ferroviário é ainda “um grande óbice”, pois implica paragens na operação de transporte de 4 horas.

Por esse motivo, a fábrica portuguesa da Volkswagen tem apostado sobretudo no meio rodoviário. Mas mesmo aí há algumas ineficiências “por cada três camiões que entram em Portugal um sai vazio. Essa problemática do transporte tem de ser optimizada”, afirmou o director geral da Autoeuropa. De acordo com António Melo Pires o custo logístico associado a cada carro ronda hoje os 400 euros, sendo objectivo da administração reduzi-lo em 25%.

O director geral da Autoeuropa assegura que a empresa já está a trabalhar neste domínio. “Vamos fazer um comboio de Barcelona para a Autoeuropa e mais tarde testar os comboios da Alemanha para Portugal. Vamos tentar fazê-lo no próximo ano”, explicou AMP.

Nos primeiros dez meses deste ano a Autoeuropa produziu mais de 83 mil veículos que é o valor mais alto desde 2006. As perspectivas da empresa apontam para um volume de produção no final deste ano próximo das 100 mil unidades.

terça-feira, novembro 16, 2010

Sonangol e Puma Energy compram negócios da BP em vários países africanos

-- A Puma Energy, sucursal da multinacional Trafigura baseada na Suíça, associou-se à Sonangol na compra das actividades de distribuição da petrolífera britânica BP em vários países africanos, anunciam as empresas.

A petrolífera estatal angolana Sonangol terá 10% das acções nos negócios adquiridos à BP, esclarece a Trafigura em comunicado.

A BP tinha já anunciado segunda-feira que tinha chegado a acordo para vender 100 dos seus activos ligados à distribuição de combustível na Namíbia e no Botswana, 75% na Zâmbia e 50% no Malawi e na Tanzânia.

O negócio, no valor de cerca de 300 milhões de dólares (cerca de 220 milhões de euros), está sujeito à aprovação por parte das autoridades da concorrência, sendo que a Namíbia impõe algumas condições específicas antes de aprovar.

A BP detém 190 estações de serviço tradicionais nos cinco países citados.
A transacção inclui também as actividades de distribuição de combustível para aviões.
A Puma Energy começou a operar em África na actividade da distribuição no Congo, mas os seus negócios estendem-se actualmente a Angola, Moçambique, Gana, Nigéria, e República Democrática do Congo.
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-- O Brasil é também a "grande aposta" para Sonangol no processo de internacionalização da companhia, disse o presidente da empresa angolana no Brasil, Cândido Cardoso. "Importante porque os laços que existem com o Brasil e a Petrobras são laços que já datam desde o início da Sonangol", destacando que o Brasil oferece "perspectivas interessantes".

O empresário angolano ressaltou a decisão de internacionalizar a companhia após o processo de consolidação da petrolífera: "logicamente um dos países para que olhou foi o Brasil".
Segundo o empresário, há "similaridades" geológicas entre o Brasil e Angola.
"A própria Sonangol já tinha uma participação como accionista na Starfish e depois decidiu entrar na exploração e produção, que faz todo o sentido", explicou.
Em Agosto de 2009, a Sonangol assumiu oficialmente o controlo da petrolífera brasileira Starfish.
"Tanto o Brasil como Angola, do ponto de vista técnico, têm coisas a ganhar e a trazer experiências que atravessam o Atlântico", garantiu Cardoso ao ser questionado sobre futuras parcerias e cooperações com a Petrobras, companhia líder mundial em exploração e produção de águas profundas e ultra profundas. No Brasil, a "grande aposta é o offshore", assegurou. A Sonangol actua no Brasil associada à petrolífera brasileira em três blocos offshore, sendo que dois na Bacia de Campos e um na Bacia de Santos.
"A Petrobras é nossa parceira e nós somos o operador. Pretendemos iniciar as operações e a perfuração dos poços ainda este ano em Campos", adiantou Cardoso.

Erro no Google Maps cria conflito entre Costa Rica e Nicarágua

Nicarágua quer levar o caso ao Tribunal Internacional de Justiça e ameaça deixar a Organização dos Estados Americanos.


Um erro no Google Maps deu origem a uma alegada invasão de militares da Nicarágua no território da Costa Rica, nas Caraíbas. O caso aconteceu há cerca de um mês, mas está agora a atingir proporções inéditas, com a Nicarágua a querer levar a disputa fronteiriça com a vizinha americana ao Tribunal Internacional de Justiça. Este domingo, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, ameaçou mesmo deixar a Organização dos Estados Americanos (OEA), protestando com uma resolução que considerou ser parcial a favor da Costa Rica.

Mas como aconteceu tudo isto?
A alegada "invasão" ocorreu em Outubro, quando as forças de segurança da Nicarágua foram enviadas para uma das margens do rio fronteiriço San Juan, com o intuito de controlar um projecto de dragagem. Há aqui uma parcela de terreno, a ilha Calero, que ambos os países da América Central disputam há 200 anos e este episódio só veio agravar a contenda. Segundo declarações de um dos oficiais nicaraguenses, o local de estacionamento dos militares foi deter- minado com base no Google Maps, uma referência que afinal estava incorrecta. A Costa Rica não gostou, acusou a Nicarágua de invasão e pediu à OEA que emitisse uma resolução condenatória.

A Google acabou por se desculpar na sexta-feira, dizendo que usou dados oficiais do US State Department que se revelaram pouco rigorosos. No entanto, o estrago estava feito: a presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, já veio dizer que se trata de uma "urgência nacional" e que a dignidade do país está a ser "manchada", pelo que foram destacados cerca de 70 polícias para uma cidade próxima daquela zona.
A intervenção diplomática que saiu da reunião da OEA, na sexta-feira, acabou por piorar as coisas: a maioria dos países votou pela contenção do uso da força e por um encontro entre os dois países para resolver o problema, uma resolução que a Costa Rica saudou como "vitória" diplomática. O presidente nicaraguense não gostou e afirmou que a resolução "matou" qualquer possibilidade de solução através do diálogo.

"Por princípio, não vamos deixar qualquer área dentro do território da Nicarágua que faça fronteira com as nações fraternas Costa Rica e Honduras", disse Ortega. "E também não vamos tirar as nossas forças de qualquer fronteira marítima. Nem o exército nem a polícia que estão a lutar contra o tráfico de droga", concluiu.
Aliás, Ortega acabou mesmo por acusar outros países vizinhos, como o México, a Colômbia, o Panamá, as Honduras e a Guatemala, de terem votado a favor da resolução, por serem influenciados pela importância do narcotráfico na região da Costa Rica. Estas declarações polémicas levaram ontem a Costa Rica e o México a enviar notas de repúdio pelos "insultos e acusações infundadas". A Costa Rica afirmou que Ortega está a "lançar acusações imprudentes sobre tráfico de droga contra vários países da América Latina", acusando-o de o fazer para "distrair o seu povo da derrota monumental que sofreu" na resolução da OEA.
O que se segue agora é uma nova tentativa de intervenção diplomática, com algumas personalidades a dizerem que acreditam na resolução pacífica e célere do conflito. Quanto à Google, não há nada que possa fazer; nem sequer corrigir o Maps, sem que alguma das partes se insurja.

sexta-feira, novembro 12, 2010

Guiné-Bissau: Estudo recomenda desenvolvimento na energia, telecomunicações e estradas

A Guiné-Bissau precisa de desenvolver as infra-estruturas de base, nomeadamente electricidade, telecomunicações e estradas, para conseguir um crescimento económico sustentável e combater a pobreza, refere um relatório hoje apresentado em Bissau.

O Estudo Sobre as Fontes de Crescimento Económico na Guiné-Bissau considera também essenciais para o desenvolvimento da economia e combate à pobreza a estabilidade política, o reforço do capital humano e melhoria do ambiente de negócios para aumentar o investimento privado.

Segundo o documento, a falta de fornecimento de energia eléctrica na Guiné-Bissau "afecta de forma muito negativa o ambiente de negócios" no país, nomeadamente o desenvolvimento do sector industrial. O estudo recomenda uma reabilitação da Empresa de Águas e Electricidade e o aumento da capacidade de produção de electricidade através de investimentos públicos e privados e de novas fontes de produção de energia para um fornecimento de luz eléctrica mais eficaz.

Nas telecomunicações, o estudo considera que são caras e de má qualidade, recomendando ao Governo a regulamentação do sector, a entrada de privados nas empresas estatais de telecomunicações e o aumento da capacidade do sector para aceder à fibra óptica através do Senegal.

Em relação às vias de acessibilidade do país, o estudo considera que se encontram em avançado estado de degradação e impedem a mobilização urbana, isolando os locais de produção agrícola.
O estudo recomenda ao governo a continuar com o apoio a parcerias técnicas e financeiras de melhoramento das estradas, nomeadamente daquelas que ligam as cidades aos locais de produção agrícola.

No relatório, são também feitas recomendações para que o país prossiga com a consolidação da estabilidade macroeconómica e para diversificar as bases do crescimento económico.
Nesse sentido, o estudo recomenda uma forte aposta no sector do turismo, transportes e agro-alimentar.

O documento foi elaborado por uma equipa de peritos internacionais a pedido do governo e financiado pelo PNUD e pelo BAD, no âmbito do programa de reforço da capacidade de pilotagem da economia e de coordenação da ajuda pública ao desenvolvimento.

Timor-Leste quer exportar gás e recursos minerais para a China

Timor-Leste acredita que no futuro poderá beneficiar da cooperação com a China e vender ao gigante asiático gás e minerais, alterando as quase escassas exportações actuais.

"Penso que há hipótese de essa cooperação se virar a nosso favor no futuro, quando começarmos a exportar gás e outros recursos minerais", disse o ministro da Economia e Desenvolvimento de Timor-Leste, João Gonçalves.

O ministro considerou que as exportações timorenses para a China são mínimas e estão basicamente centradas no café que chega ao continente chinês através de Macau.
O ministro assinalou que a China tem apoiado os países de expressão portuguesa e sido "bom parceiro de desenvolvimento" também para Timor-Leste.

Como exemplo do apoio chinês, João Gonçalves deu a "entrada na China livre de quaisquer impostos" decidida pela China para os produtos de Timor-Leste, e defendeu que a "cooperação económica certamente irá providenciar maiores oportunidades de relações bilaterais".

quinta-feira, novembro 11, 2010

Guiné-Bissau: "O Presidente Obama sabe quem eu sou" - Bubo Na Tchuto

O chefe do Estado-Maior da Armada guineense, contra-almirante Bubo Na Tchuto, responsabilizou hoje os "americanos da Guiné" pelas acusações do seu envolvimento no tráfico de droga: "Até o Presidente Obama sabe quem eu sou".

"É tudo conversa alimentada pelos americanos da Guiné, não pelos americanos da América. Recentemente, estive com um jornalista do New York Times, mais de duas horas, em conversa e ele levou toda a minha biografia. Até o Presidente deles (Obama) leu a minha biografia. Até o Presidente deles ficou a saber quem é o Bubo e reconheceu que sou uma pessoa de bem", enfatizou o chefe da Armada guineense.

Na Tchuto é acusado pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos de ser o rosto de tráfico de droga na Guiné-Bissau.
O militar nega as acusações, defendendo ser uma ação urdida pelos "americanos da Guiné-Bissau".

"Aos americanos da Guiné, só tenho a dizer-lhes que sabemos onde estão, mas não temos tempo para dizer é você quem faz isso, não temos tempo para isso. Conhecemo-nos aqui neste país. Como disse, vou dizer os americanos da Guiné que continuem a falar", sublinhou.
"Digo apenas àqueles que me caluniam que a mentira tem pernas curtas, a verdade ganha sempre e a maldade perde sempre, porque tem pernas curtas. Quem faz a bondade tem sempre amigos e a proteção divina. O Bubo não quer guerra. Estou na Marinha para trabalhar. Perdoo aqueles que erraram comigo e também peço perdão àqueles com quem errei. É este o meu objetivo", concluiu Bubo Na Tchuto.

Sobre a situação da Guiné-Bissau, o chefe do Estado-Maior da Armada disse que se lhe "pudessem emprestar o país" o mudava em dois anos, inspirando-se no exemplo de Lula da Silva, Presidente cessante do Brasil.
"É preciso saber pensar no povo e noutros aspetos. Ter organização e determinação é isso que faz um homem avançar. Vejam o Lula no Brasil. O Brasil hoje em dia não deve nada a ninguém e faz parte dos países mais ricos do mundo. Pagou toda a sua dívida e até empresta dinheiro aos outros países para que estes possam trabalhar", considerou Bubo Na Tchuto.

O contra-almirante ainda não tem planos políticos, mas afirmou que se um dia pudesse ter essa oportunidade iria mudar a Guiné-Bissau.
"Sou um patriota deste país. Podia mudar isto. A inteligência natural de uma pessoa é que faz um homem, não apenas porque a pessoa sabe ler", defendeu o chefe da Armada guineense.

"Se uma pessoa sabe ler e não souber pensar não é ninguém. E isso é que é ser homem. Não é falar apenas por falar. Não é quando se dá um carro, uma roda ou dinheiro a alguém, aparecermos logo a contar isso publicamente. Eu não gosto de falar. Comigo é ação, organização e trabalho", acrescentou Na Tchuto.

[Bubo Na Tchuto não é nenhum herói, isso é claro. Defende os seus interesses e tem prejudicado os guineenses a seu bel-prazer. O povo da Guiné, que não tem culpa que o exército mande naquele quase-país, deve rir-se, mas sem muita vontade, quando Na Tchuto diz: "Obama conhece-me". E ri-se para disfarçar a tristeza por as "coisas" não estarem resolvidas enquanto a maioria dos militares não forem definitivamente integrados na sociedade civil...]

"Espanha está muito melhor que Portugal", diz ministra

Elena Salgado diz que Irlanda está na base da volatilidade dos mercados

A ministra espanhola da Economia e Finanças considerou esta quinta-feira que a volatilidade dos mercados está a prejudicar "em muitíssimo menor grau" Espanha, em comparação com Portugal e com a Irlanda.
Numa conferência de imprensa em Seul, onde arrancou a reunião de dois dias dos chefes de Estado e de governo do G20, Elena Salgado disse que os ministros das Finanças do grupo das vinte maiores economias do mundo discutiram, também, a situação financeira da Irlanda.

Salgado admitiu "uma certa preocupação" e acrescentou que a volatilidade dos mercados causada pela a situação do sistema financeiro irlandês está a prejudicar "fundamentalmente a Irlanda, em menor medida Portugal e, de forma colateral, todos os países".

[Amigos, amigos...]

Quinta da Aveleda vence Best of Wine Tourism 2011

A Quinta da Aveleda ganhou o prémio "Arquitectura, Parques e Jardins" da edição 2011 do concurso Best of Wine Tourism (BWT), sendo a primeira vez que o galardão é atribuído a uma empresa da Região dos Vinhos Verdes.


O BWT é um concurso promovido desde 2003 pela Câmara do Porto, com o objectivo de "incentivar a prestação de serviços de enoturismo de excelência e associar aos concorrentes do Norte de Portugal uma marca com prestígio internacional".

O director de Marketing e administrador da Quinta da Aveleda, Martim Guedes, afirma que a Aveleda, situada em Penafiel, tenta "fazer um ligação forte entre o vinho e a arquitectura, parques e jardins, o que é visível nos vinhos Folles, com cada rótulo a invocar uma peça arquitectónica dos jardins da quinta".

A Quinta da Aveleda tem 120 hectares com grandes "jardins, abertos de segunda a sexta-feira", e recebe por ano cerca de 10 mil visitantes, "na maioria estrangeiros". A empresa é líder do mercado nos vinhos verdes e exporta 60% da sua produção para vários mercados, sobretudo EUA, Alemanha e Brasil.

terça-feira, novembro 09, 2010

EUA: luso-americano Pat Toomey (Pensilvânia - R) eleito para o Senado

O luso-americano e republicano Pat Toomey foi eleito para o Senado federal pelo estado da Pensilvânia, derrotando o democrata Joe Sestak.

Toomey, bisneto de açorianos, foi ex-membro do "caucus" (facção) luso-americano no Senado.
Naquela que foi uma das mais disputadas eleições para lugares no Senado, Toomey só viu confirmada a sua eleição por volta das 00:00 de Nova Iorque, 04:00 de Lisboa.
Com 99,4% dos votos contados, Toomey reclamava 51%, contra 49% do seu adversário democrata.

Toomey é um republicano da linha dura. Opõe-se à legalização do aborto e ao casamento homossexual. Defende a livre posse de armas e o reforço das fronteiras. Critica duramente o sistema de saúde gratuito da administração Obama e acredita que os imigrantes ilegais devem ser deportados. Apoia o reforço das sanções ao Irão e da cooperação militar com Israel. Propõe uma descida generalizada dos impostos e um corte radical na despesa pública. A revista de política Mother Jones diz que "Pat é tão ultraconservador que mais parece um candidato do Texas". Mas não, concorreu num estado tradicionalmente liberal.

Benjamin Sarlin tentava explicar o "efeito Toomey" há uns dias no The Daily Beast, o site-sensação de notícias e comentários criado há dois anos por Tina Brown, antiga editora da New Yorker e da Vanity Fair. "Ele foi um dos primeiros a puxar o Partido Republicano para a direita. Que raios, Pat Toomey fundou o Tea Party quando ainda não existia Tea Party. Mas agora, quando todos os outros estão a radicalizar o discurso, ele optou pela prudência e usa palavras brandas, mesmo que as ideias não o sejam."
O jornalista dá um exemplo: no ano passado, em nítida contracorrente com os demais republicanos, Toomey apoiou a nomeação da juíza Sonia Sottomayor para o Supremo Tribunal de Justiça. "É uma forma de parecer mais moderado e conquistar votos em Filadélfia e Pittsburgh."

O Tea Party é a grande novidade destas eleições. Apesar de não ter uma figura de proa assumida, o movimento tem ganho força com nomes como Sarah Palin, Christine O"Donnell, Chuck Devore ou Pat Toomey. A coligação nasceu há menos de dois anos, em protesto contra as políticas de Obama e defendendo a descida dos impostos, a redução do número de funcionários públicos, o combate à dívida, ao défice e ao desperdício de fundos «em políticas sociais que não funcionam». As posições do Tea Party em relação à imigração - expulsar todos os ilegais - têm-lhe merecido acusações de racismo nos meios liberais.

De absurdo a possível. Estudo britânico sugere que Portugal saia do euro

Capital Economics vai mais longe e propõe fim da moeda única. Economistas portugueses consideram ideia inviável.

Competitividade alemã força Portugal a ajustar custos para poder competir em euros no exterior. Shäuble, ministro das Finanças diz que quem não for capaz deve sair do euro.
Portugal poderia evitar uma longa depressão económica e criar mais emprego se fizesse aquilo que muitos pensam, mas que ninguém admite em voz alta: sair voluntariamente da zona euro, defende o estudo "Por que o euro deve acabar", publicado pela Capital Economics, consultora britânica na área económica. Os economistas portugueses contactados pelo i admitem as dificuldades impostas pelo euro, mas rejeitam em bloco o canto de sereia de uma saída voluntária da moeda única.

"Não estamos em condições de sair da zona euro - o que não significa que ficar seja bom", comenta o economista Ricardo Paes Mamede, professor no ISCTE, em Lisboa. "Do ponto de vista económico seria muito difícil fazer a transição por factores como o facto de o país estar endividado sobretudo em euros", junta.
Para muitos observadores externos - sobretudo anglo-saxónicos - o eventual fim do euro ou a saída dos países mais fracos é uma questão passível de ser debatida. Ontem, numa longa reportagem sobre Portugal, o Financial Times apontava que "a noção de que a zona euro se pudesse fragmentar era vista pelos economistas como sendo absurda" e que agora passou a ser "meramente improvável". Não é só dos tradicionais "inimigos do euro" - norte-americanos e ingleses - que vêm as análises negativas: em Maio, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Shäuble afirmou que se um país do euro for incapaz de consolidar as suas contas ou de melhorar a sua competitividade "deve, em último recurso, sair da união monetária, mantendo-se como membro da União Europeia".

O pior é o esmagamento prolongado dos salários no sector privado para tentar recuperar competitividade externa. Com o investimento e o consumo apertados pela dívida e pelas dificuldades de financiamento, Portugal só pode contar com as exportações para crescer - e, para isso, terá de embarcar "num longo e doloroso" processo de deflação de preços e de salários. Para Portugal, isso representaria 20 anos sem crescimento económico - o suficiente para questionar os proveitos de pertencer a euro.

A Capital Economics aponta que a saída teria como vantagem a possibilidade de desvalorizar a moeda e aumentar as exportações sem um choque nos salários e preços. Em Portugal, a opinião não colhe apoios. "O país desvalorizou a sua moeda ao longo de décadas e isso contribuiu em nada para a subida da produtividade do país", aponta o economista Filipe Garcia, da consultora IMF, no Porto. Outro problema: o político. "Os que ficam no euro dificilmente aceitariam ver os vizinhos a ganhar competitividade à custa de desvalorizações cambiais", aponta Paes Mamede.

Depois há o facto de não existir uma saída ordeira do euro. "Quem tinha activos em Portugal quereria desfazer-se deles para evitar a desvalorização da moeda, investindo no estrangeiro", explica Paes Mamede. O estudo da Capital Economics diz que o buraco de fundos na banca - causado pela fuga de capitais - poderia ser compensado com financiamento externo ou do Banco de Portugal. Entretanto, o problema poderia ser compensado com depósitos suficientemente remunerados que atraíssem de volta o dinheiro. Quanto ao peso do euro na dívida, e sem falar no caso português, o estudo admite que seria necessário "algum nível de incumprimento ou reestruturação" da dívida.

BBB no país Ah Ah Ah, por Pedro Santos Guerreiro

in Jornal de Negócios

Numa luta de elefantes, quem se trama é a relva.

A frase, que é mais colorida no original brasileiro, mostra como está Portugal perante as agências de "rating": um dano colateral, pisado por gigantes.

A descida do "rating" dos quatro bancos anunciada ontem pela Fitch foi inesperada e brutal. Sobretudo para o BES e BCP, aos quais o "rating" foi cortado em dois "degraus", para BBB, acrescido de "outlook" negativo. É um nível humilhante, que coloca estes bancos à beira da exclusão de grandes investidores mais selectivos.

Tememos quando vemos o sismógrafo das taxas de juro roçar os 7%. Mas há muito que o problema português deixou de ser preço para ser acesso. Portugal e os seus bancos olham para a frente e vêem a parede imaginada por Fernando Ulrich cada vez mais próxima. Pagarão o que for preciso para aceder ao capital. Precisam é de tê-lo. E neste momento há fundos soberanos e investidores institucionais que já nos riscaram do mapa do seu dinheiro.

Como já aqui foi escrito, não estamos como a Irlanda: Portugal não tem um problema com os seus bancos, os seus bancos é que têm um problema com Portugal. O estado da economia portuguesa, frágil e deprimida, agrava as perspectivas dos bancos, que vão fazendo controlo de danos no malparado e aguentando sectores como a construção e o imobiliário para evitar males maiores. Fazer estes cortes de "rating" é como atar bolas de chumbo aos pés de quem tenta nadar.
A Fitch não explica as razões dos seus cortes em cada um dos bancos, dá apenas uma explicação geral e genérica: o corte reflecte "o aumento do risco de financiamento e liquidez" destas instituições, "dada a elevada dependência das fontes de financiamento de curto e médio prazo, bem como o aumento do recurso ao BCE, no contexto de continuadas dificuldades de acesso aos mercados de capitais e deterioração da qualidade dos activos domésticos".

Trocando por miúdos: os mercados vão-se fechando a Portugal e, como nos últimos anos o financiamento foi sendo feito a prazos curtos (um, dois, três anos), em 2011 converge uma necessidade de refinanciamentos dramática. É justo, este corte? Se o é, é parcial: onde estão os mesmos cortes para os bancos espanhóis, em pior situação? O BCP critica, o BES vai mais longe e corta a relação comercial com a Fitch. Uma medida sã mas provavelmente vã, de um banco sem dimensão para iniciar um turbilhão contra as agências de "rating". Estas decisões podem ser injustas, mas permanecem eficazes.

O mundo está um lugar estranho. Os Estados Unidos despejam dólares sobre a economia, com decisões de legalidade duvidosa. A Europa divide-se na hipótese de abrir uma guerra cambial a partir do euro. Enquanto isso, o factor político trai a lucidez tanto em Portugal como na Alemanha, que dramatiza as penalizações futuras a países que peçam socorro, o que acaba por apressar esses pedidos de socorro. E o FMI, quando olha para Portugal, faz cruz-credo à inviabilidade política.

Não é o número 7% dos juros mas a letra B de um "rating" que detonará o pedido de ajuda de Portugal. Se depois da banca vier o corte da República, temos o destino traçado. Entretanto, por cá, os partidos continuam cegos pelo poder que ainda nem sequer têm. O acordo entre o PS e o PSD está por implementar e os políticos das oposições chegam a mostrar risos pela desgraça que confirma os seus avisos. É tétrico. É fútil. É fatal. Ah, ah, ah? BBB!

segunda-feira, novembro 08, 2010

EUA: Luso-americanos eleitos no Massachussetts e Rhode Island

Os luso-americanos que concorreram pelas listas do Partido Democrata (D) nas eleições locais de terça-feira, em Rhode Island, Massachusetts e Colorado conseguiram, na maioria, ser eleitos.


Pelo menos duas dezenas de candidatos de origem portuguesa concorreram terça-feira a lugares nas legislaturas estaduais norte-americanas em pelo menos sete estados.

Além dos estados com forte presença portuguesa como Massachusetts e Rhode Island, que concentravam a maioria dos candidatos, havia também luso-descendentes na corrida para os senados e congressos estaduais do Arizona, Califórnia, Colorado, Connecticut e New Hampshire.

Para a assembleia legislativa do Estado mais português na América, Rhode Island, foram reeleitos dez congressistas de ascendência portuguesa - Gordon Fox, Charlene Lima, Debora Fellela, Edwin Pacheco, Agostinho Silva, William São Bento, Hélio Mello, Jared Nunes, Doreen Costa, Roberto Silva.
Amy G. Rice (D) obteve apenas 47,6%, perdendo a eleição para o republicano Daniel Reillly.

Fora do senado estadual de Connecticut ficou o estreante e candidato independente Manuel Batáguas, que conseguiu apenas 1% da votação do distrito 24.

Em Nova Iorque, Jack Martins, candidato republicano pelo 7.º distrito eleitoral, conseguiu uma vitória à tangente por 50,24%, contra 49,73% do democrata Craig Johnson. A vitória de Martins, ex-mayor de Mineola, foi alcançada por pouco mais de 400 votos, segundo dados da comissão eleitoral do condado de Nassau.

Para o Senado estadual de Rhode Island, e pelos democratas, foram eleitos Teresa Paiva-Weed (distrito 13) e Daniel da Ponte (concorria sem oposição para o 6º mandato em representação do distrito 14). Ambos foram reeleitos com facilidade, obtendo respectivamente 63,8% e 64,8% dos votos (8.073 eleitores).
Bettany Moura, nas listas do Partido Republicano (R), levou de vencida o seu opositor, conquistando 51,4% dos votos.

No Senado estadual de Massachusetts, Michael Rodrigues (D) foi eleito com 62% (distrito de First Plymouth e Bristol) e Marc Pacheco (D) reeleito com 58% dos sufrágios (corria a mais um mandato como representante de First Plymouth e Bristol).
Tony (António) Cabral, John Fernandes, Michael Rodrigues e Kevin Aguiar (D), respectivamente com 100% (sem oposição) e 75% dos votos, foram reeleitos para a Assembleia estadual, enquanto o independente Jacob (Jake) Ferreira, que procurava pela primeira vez de um lugar na legislatura, falhou a eleição.

quinta-feira, novembro 04, 2010

China: Cinco mil chineses aprendem português

Cerca de 5000 jovens e adultos chineses estudam o português em instituições de Macau que ensinam a língua de Camões.

"Macau é uma terra multicultural, com uma forte presença portuguesa e o Governo tem feito um esforço de promoção do português, porque é importante que os nossos estudantes aprendam a essência da cultura e da história de Macau", disse a chefe do departamento de ensino dos Serviços de Educação de Macau, Vicky Leong.


A mesma responsável salientou a importância da aprendizagem do português nos planos legal e político, dado que a própria Lei Básica de Macau, a lei fundamental, estipula que o português e chinês são línguas oficiais, bem como no plano económico, devido ao papel de plataforma da cidade entre a China e a lusofonia.

"Não podemos esquecer também o plano educacional, cultural e histórico, o papel de Macau como ponto de encontro entre o oriente e o ocidente e o facto de a cidade ser multicultural, logo os nossos jovens serem cidadãos do mundo", sublinhou.

Com cerca de 3000 alunos a estudar português nas escolas oficiais, as escolas luso-chinesas, Macau tem outros 1500 estudantes da língua de Camões nas escolas particulares, apoiados por nove professores contratados pelos serviços de Educação, que contam com o apoio do Instituto Português do Oriente (IPOR). Há ainda outras centenas que participam em actividades de Verão, estudando a língua na escola portuguesa para ingressarem em universidades de Portugal.

Para Rui Rocha, presidente do IPOR, o interesse pelo português "tem vindo a crescer, porque há cinco ou seis anos a China deu sinais claros de que era uma língua de interesse económico".

Índice de Desenvolvimento Humano 2010

Já faz alguns anos que vou referenciando esta classificação neste blogue, até porque é o mais fiável para analisar a verdadeira saúde das sociedades, Isto porque não se foca num item aoenas, seja económico, ou de saúde ou de educação. Engloba todos esses factores.

As classificações de Portugal sempre foram bastante razoáveis, tendo em conta o país que temos, este ano descemos seis posições para o quadragésimo lugar. Não será dramático, mas tendo em conta que a Espanha está em 20º, ou países que há bem pouco tempo estavam atrás de nós e são nossos concorrentes é motivo para nos acirrar. Países como a Eslováquia, República Checa, Eslovénia, Estónia ou até a Hungria, já nos deixaram a ver pó.

Mais motivos para uma reflexão nacional.

Mas este ranquingue sempre me serviu para marcar um argumento. O de que nas sociedades modernas as Monarquias funcionam melhor. Refuto como falso o argumento que para se ser desenvolvido é necessário ser monarquia, mas atendendo aos números e á constância com que as monarquias se mantém no topo das tabelas deste género de classificações, o sistema político há de ter alguma coisa a ver com esse facto.

Mais um ano, e este bem especial devido à grande crise que afectou o mundo, e a hegemonia no topo do IDH até se intensificou por parte das monarquias. De facto este ano apenas temos 3 Repúblicas no top10: Estados Unidos, Irlanda e Alemanha. Os restantes são Monarquias incluindo o top 3: Noruega, Austrália e Nova Zelândia, estes dois sob o reinado da mesma rainha, Isabel II.

Os resultados de ano para ano repetem-se, intensificam-se aliás. As Monarquias dão uma verdadeira abada a todos os níveis às repúblicas. Certamente há algo aqui para reflectir.

terça-feira, novembro 02, 2010

Dez mil portugueses na Baviera sem acesso a serviços consulares

Os portugueses residentes na região estão impedidos de tratarem as suas questões consulares com um técnico que se desloca a Munique e que nada pode fazer nem resolver

As chamadas permanências consulares em Munique não servem para nada e não resolvem nenhuns problemas das pessoas”. Quem o diz, segundo o Portugal Post, é uma fonte ligada ao consulado em Estugarda que considera que. desde o encerramento do consulado honorário, “há um técnico consular que se desloca de 2 em 2 meses a Munique onde permanece nas instalações da Missão Católica durante o horário de expediente com uma caneta e papel na mão, isto é, sem meios para resolver nada e nenhum problema”.

A mesma fonte disse que o técnico “nem telefone tem e está a olhar para as moscas durante o tempo que ali permanece”.
Naquela área da Baviera residem cerca de 10.000 portugueses, número que a tal permanência consular, isto é, um funcionário com uma caneta e papel nas mãos, deveria (deve) servir.
Quando existiam as instalações do consulado honorário ainda era possível tratar de alguns assuntos, mas desde o encerramento do consulado que o funcionário não vai lá fazer nada, apenas gastar tempo e dinheiro”, disse a mesma fonte.

Gritante é a impotência do técnico quando tem pela frente um problema grave do foro social para resolver. Sem condições técnicas, “o funcionário que se desloca do consulado de Estugarda não pode resolver um problema social medianamente grave em algumas horas e marcar de novo entrevista com o utente para daí a dois meses para continuar a resolver um assunto que devia ter um acompanhamento permanente”, refere a mesma.
Sem telefone, sem computador portátil, sem o mínimo de condições para atender utentes que se recorrem daquelas permanências consulares, o técnico social “está desmotivado” e, segundo a fonte, diz que se tem de resolver a situação ou, simplesmente, “deixar de ir a Munique”.

A situação da permanência consular em Munique tem de ser resolvida e, talvez, substituída por um escritório consular ou, em alternativa, deve-se dar os meios necessários a quem se desloque do consulado para resolver in loco situações elementares”, disse-nos alguém ligado à comunidade da área.

Com este problema concreto que a comunidade portuguesa na Baviera vive, há quem já pergunte “onde estão aqueles que reuniram as pretensas quatrocentas assinaturas para o afastamento do ex-cônsul honorário? Será que os problemas reais da comunidade não lhes interessam ? E se não é assim, porque é que não se mexem?
Estas interrogações levaram o Portugal Post a contactar um dos membros do movimento que encabeçou a luta pela substituição do cônsul honorário entretanto exonerado por suspeitas de envolvimento no famoso caso dos submarinos.

Pedro Castro, arquitecto, destacado membro do movimento que patrocinou o abaixo-assinado disse-nos que estas interrogações não fazem sentido, porque “o movimento foi criado para apenas exigir a substituição do ex-cônsul”.
No que diz respeito à prestação de serviços consulares, Pedro Castro fez questão de lembrar que “o técnico social do Consulado-Geral em Estugarda, o sr. Rodrigues, quando se deslocava ao consulado honorário uma vez por mês também não tinha mais do que uma caneta e papel, carimbo e um tinteiro, ou seja, não houve alteração de meios para o senhor Rodrigues executar a tarefa”.
Trocado por miúdos, a situação, segundo Pedro Castro, não se alterou, acrescentando que o movimento foi criado para “a substituição do consulado honorário e não para se dedicar a esses temas”, leia-se falta de serviços consulares.
Castro não vê porque o movimento se deve dedicar a este tema quando ele deve ser resolvido pelas entidades responsáveis, cabendo também aos deputados a denúncia destas questões.
No fundo, o que foi dado a entender por Castro é que o processo iniciado para a substituição do cônsul honorário (ainda não concluído) também era um processo para que a comunidade tivesse um consulado que correspondesse aos interesses dos portugueses, sendo que nestes interesses também cabem uma prestação de serviços consulares eficientes.

Seja como for, facto é que os cerca de 10.000 portugueses residentes na Baviera estão impedidos de tratarem as suas questões consulares com um técnico que se desloca a Munique que nada pode fazer nem resolver.

Fonte: Portugal Post

Entretenimento: Menus em inglês, francês, italiano, alemão, espanhol e holandês

Consolas da Nintendo sem língua portuguesa.

As consolas da Nintendo não têm a opção de escolher a língua portuguesa para aceder aos respectivos menus. A Wii, a mais recente consola da marca, tem seis idiomas disponíveis, mas quem não perceber inglês, francês, italiano, alemão, espanhol ou holandês terá muitas dificuldades em compreender para que servem.

A discussão sobre o tema e as dúvidas quanto à possibilidade de a Nintendo actualizar o firmware das consolas, passando a incluir a língua portuguesa no sistema operativo do aparelho, estão em qualquer fórum de discussão na internet. São vários os testemunhos de quem compra uma consola da Nintendo e confirma, ao chegar a casa, que a língua portuguesa não está disponível.

"A lei obriga a que as instruções ou menus estejam em português, por dois motivos: permitir ao utilizador retirar o melhor rendimento dos aparelhos e por questões de segurança", afirmou Jorge Morgado, secretário-geral da associação de defesa do consumidor Deco, explicando que "nos casos de não existirem menus ou um manual de instruções em português, as marcas estão ilegais".

No caso específico das consolas da Nintendo, os menus estão numa língua estrangeira, mas fazem-se acompanhar de um manual de instruções em português. A justificação para estas situações, acrescentou Morgado, prende-se com a dimensão do mercado português: "É muito pequeno. As marcas prevêem vender um determinado número de unidades, a um certo preço. Refazer o programa para incluir uma língua pode até encarecer o produto ao consumidor. A solução passa por incluir um manual, esse sim, em português."

No que diz respeito às consolas rivais da Wii, o modelo mais recente da Nintendo, quer a Playstation 3, da Sony, quer a Xbox 360, da Microsoft, têm disponível a língua portuguesa no seu firmware.

sábado, outubro 30, 2010

Expo Shangai: Pavilhão de Portugal ganha 'Prémio de Design'

O pavilhão de Portugal na Expo2010 ganhou um dos três 'Prémio de Design' atribuídos este sábado em Shangai pelo Bureau International des Exhibitions.

Portugal foi distinguido entre os 42 pavilhões alugados do certame, enquanto nos 40 pavilhões construídos de raiz pelos participantes ganharam o Reino Unido (mais de 4.000 metros quadrados) e a Finlândia (entre 2.000 e 4.000 metros quadrados).

O pavilhão português é um edifício de 2.000 metros quadrados, inteiramente revestido de cortiça, decorado pelo arquitecto Carlos Couto.

A Expo2010, que termina domingo, foi a maior exposição universal de sempre, com mais de 240 países e organizações internacionais, e também a mais concorrida, com mais de 72 milhões de visitantes.

O anterior recorde de afluência (64 milhões) durava desde a Expo de Osaka, em 1970.

Região da Macaronésia deverá nascer até ao final do ano

A cidade do Mindelo (São Vicente) deverá receber ainda este ano uma cimeira para criar a região da Macaronésia, na presença dos primeiros-ministros de Cabo Verde, Portugal e Espanha e os presidentes dos governos regionais das Canárias, Açores e Madeira.

A proposta foi apresentada pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, durante uma conferência dos presidentes dos Governos das Regiões Ultraperiféricas da União Europeia (UE), reunidos em Las Palmas (Canárias).
Numa entrevista à Rádio Nacional de Cabo Verde, José Maria Neves indicou que a proposta de Cabo Verde para a criação da região da Macaronésia foi bem recebida.

"Significa que os contactos estão avançados, há trabalho feito por Cabo Verde, como a preparação de documentação de base para fundamentar a proposta. Falta-nos conciliar as agendas para fixar a data da cimeira constitutiva da região da Macaronésia", disse.

O chefe do governo cabo-verdiano afirmou que a cimeira de Mindelo ainda não tem data marcada, já que depende das agendas das autoridades dos três países.

Além de mobilizar recursos financeiros, a proposta, segundo o primeiro-ministro cabo-verdiano, vai ao encontro de alguns pilares da parceria especial com a UE, que trata da questão da integração.
"A nossa perspectiva não é apenas mobilizar recursos financeiros, mas sim estratégica. No quadro da Parceria Especial, um dos pilares importantes é a integração regional na CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) e no espaço da Macaronésia (Canárias, Açores, Madeira e Cabo Verde)", disse.

"Estamos a dar passos consistentes na inserção competitiva de Cabo Verde no espaço da CEDEAO, e agora estamos a trabalhar na integração, também forte, do espaço da Macaronésia" concluiu.

Terça-feira, numa conferência de imprensa na Cidade da Praia, José Maria Neves avançou que a proposta foi bem acolhida por Portugal e Espanha, que, garantiu, irão apoiar Cabo Verde na criação da região da Macaronésia.
Sublinhando ter falado a este propósito pessoalmente com os seus homólogos português, José Sócrates, e espanhol, José Luiz Zapatero, o chefe do executivo cabo-verdiano lembrou tratar-se de uma proposta "poderosa" de Cabo Verde destinada a criar um espaço de paz, estabilidade e de cooperação para o desenvolvimento.

A ideia, segundo José Maria Neves, surge como parte da consolidação da estratégia de aproximação à Europa, no quadro da Parceria Especial com a UE.
A criação da Macaronésia permitirá, depois, tentar obter um estatuto de parceria especial no quadro das RUF da UE, permitindo o acesso a novos financiamentos para apoio ao desenvolvimento, destinados justamente às regiões ultraperiféricas da Europa Comunitária.

Acordo Orçamento

Cá me parece que depois de ter ficado com os trunfos na mão, Sócrates acabou por dar mais uma vez a volta por cima.

Conseguiu fazer o PSD cair na esparrela de assinar um acordo.

Mais uma "vida" para o PM.

Patinhos...

O raciocínio é este.

O PS não queria acordo... Não queria somente porque não faz parte do código genético deste governo. Daí que tenha sempre tentado passar as responsabilidades de um eventual chumbo para a esfera de responsabilidade do PSD.

Chumbo que mau para o país seria o que se melhor poderia acontecer a Sócrates e restantes. Viria mais um ano de vitimização e lamúrias, e o ónus das dificuldades recairia novamente sobre o PSD.

O PSD no entanto ao ir para negociações, conseguiu inverter o ónus, conseguiu demonstrar, aparentemente, que teria tentado... mas mais uma vez a inflexibilidade do governo PS não permitiu uma aproximação de posições.

Isto não invalidaria em nada a abstenção. Que argumento mais forte haveria do que: "o orçamento é mau, o PSD nada tem a ver com ele, mas a alternativa era bem pior para o país"

Tudo ia bem até que... Acordo.

Num primeiro momento parece uma vitória do PSD, porque conseguiu vergar o PS, mas... A partir deste momento o PS poderá sempre associar o PSD a este orçamento, particularmente para o mal.

Para o país, não me parece sinceramente que as propostas do PSD venham trazer algum alívio, assim sendo mais valeria ter tido o impacto maior as medidas do PS, incuntido a este as privações, e com uma retórica de correcção, para o ano, provocadas as eleições, capitalizar o descontentamento

sexta-feira, outubro 29, 2010

Macau: Festival da Lusofonia arranca hoje

O Festival da Lusofonia em Macau foi adiado devido ao super tufão Megi, que atingiu aquela zona do mundo, pelo que só deverá arrancar esta sexta-feira, disse fonte da organização.


Fonte do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais de Macau (IACM), organizador do evento, explicou que a aproximação da tempestade tropical e, por consequência, a previsão de chuvas intensas e ventos fortes, aconselharam o adiamento da festa, por não estarem reunidas as condições para a sua realização.

Apesar do adiamento, os nove grupos de países de língua portuguesa que tinham espectáculos agendados, quer para as Casas Museu na ilha da Taipa, quer para vários pontos da cidade, como a Praça do Senado ou o bairro do Iao On, foram contactados pelo organismo, para determinar a sua disponibilidade em permanecerem em Macau.

EUA: Luso-americanos aumentaram participação eleitoral

A participação eleitoral dos luso-americanos tem aumentado nos últimos anos e a comunidade é hoje das que mais vota nos Estados Unidos, embora dê ainda pouca importância a eleições locais, afirma o presidente executivo do Projeto de Cidadania da comunidade.

"Com base nos estudos que o Portuguese American Citizens Project tem das eleições da última década, os luso-americanos são um dos grupos étnicos que mais vota", disse Elmano Costa.

Criado em 1999 inteiramente com fundos da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), o PACP tem vindo a desenvolver iniciativas junto de igrejas e associações em cinco estados - Califórnia, Rhode Island, Massachusetts, New Jersey e Connecticut - de forte presença da comunidade.

quinta-feira, outubro 28, 2010

Mina alentejana de Neves-Corvo anuncia maior descoberta de cobre nos últimos 22 anos

A companhia mineira sueca-canadiana Lundin Mining anunciou que descobriu um novo depósito rico em cobre na mina de Neves-Corvo, no concelho alentejano de Castro Verde, frisando tratar-se da mais importante descoberta dos últimos 22 anos no complexo mineiro.


"É um acontecimento significativo na história da mina", salienta a companhia, proprietária da concessionária do complexo mineiro de Neves-Corvo, a Somincor, num comunicado divulgado no seu sítio de Internet.

A "última descoberta desta importância" na mina de Neves-Corvo foi a do jazigo de sulfuretos maciços do Lombador, há 22 anos, lembra o vice-presidente de Exploração e Desenvolvimento de Novos Negócios para a Lundin Mining, Neil O'Brien, citado no comunicado.

Ministra do Interior recusa comentar suspensão e continua a exercer funções

A ministra do Interior da Guiné-Bissau, Satu Camará, visitou hoje várias esquadras no país, mesmo depois de ter sido suspensa pelo primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior.
Durante uma visita às obras da futura esquadra de polícia do Bairro Militar, Satu Camará recusou fazer declarações aos jornalistas sobre a sua suspensão.

O objectivo desta visita é para ver as obras e como o trabalho vai. Gostávamos que a obra estivesse pronta em Janeiro”, afirmou Satu Camará.

A ministra salientou a importância da obra no quadro da reforma do sector e da criação de uma esquadra no Bairro Militar, onde está concentrada uma grande parte da população de Bissau.

Questionada sobre a sua suspensão, a ministra disse não ter nada a comentar.
O primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, suspendeu de funções a ministra do Interior por desobediência, segundo um despacho divulgado na quarta-feira à imprensa.

No despacho, o chefe do Governo explica que em Julho de 2009 determinou a suspensão de todas as nomeações e promoções no seio das Forças Armadas e no Ministério do Interior para “não perturbar ou prejudicar o processo de reforma em curso no sector de defesa e da segurança”.

A senhora ministra do Interior tinha perfeito conhecimento do despacho e, não obstante, entendeu dever fazer várias nomeações de pessoal (oficiais superiores) ao nível do seu ministério (…) sem conhecimento prévio do primeiro-ministro”, refere Carlos Gomes Júnior no documento.

Segundo o chefe do Governo, o comportamento da ministra do Interior “configura um claro desafio à autoridade do primeiro-ministro” e uma “atitude imperdoável e que não se coaduna com as responsabilidades de um membro de Governo”.

De acordo com o despacho, a ministra do Interior fica suspensa de funções até à sua exoneração pelo Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, que se encontra no Senegal por razões de saúde.

Portugal e Espanha apoiam integração como região ultraperiférica da UE

Portugal e Espanha apoiam a integração de Cabo Verde como região ultraperiférica da União Europeia (UE), ao lado dos arquipélagos dos Açores, Madeira e Canárias, disse hoje o primeiro-ministro cabo-verdiano.

Numa conferência de imprensa, José Maria Neves sublinhou já ter falado pessoalmente com os seus homólogos português, José Sócrates, e espanhol, José Luiz Zapatero, para apoiarem “uma proposta poderosa de Cabo Verde”, tendo em vista a criação da região da Macaronésia, envolvendo os quatro arquipélagos. Essa é, aliás, a razão que levará José Maria Neves a participar, quarta e quinta-feira, numa “cimeira” nas Canárias, que juntará os governos regionais locais e dos Açores e Madeira, no âmbito da Parceria Especial com a UE.

Estamos a fazer uma proposta ambiciosa, que é a da criação da região da Macaronésia, envolvendo as três regiões autónomas, Açores e Madeira, Canárias e a República de Cabo Verde, para criarmos um espaço de paz, estabilidade e de cooperação para o desenvolvimento”, disse o primeiro-ministro cabo-verdiano.

Queremos que os quatro arquipélagos possam construir fortes laços de cooperação, criar factores de competitividade e de crescimento da economia”, acrescentou.
Vamos também trabalhar com os governos das regiões ultraperiféricas da Europa do Atlântico para construirmos esta região da Macaronésia, que é uma proposta poderosa de Cabo Verde e que conta já com o apoios substanciais das regiões ultraperiféricas e dos governos de Portugal e Espanha”, referiu.

A ideia, segundo o chefe do executivo cabo-verdiano, surge como parte da consolidação da estratégia de aproximação à Europa, no quadro da Parceria Especial com a UE.
O Governo cabo-verdiano tem feito intensos esforços nas relações comerciais com Espanha, nomeadamente com as Canárias, que, a par de Portugal, constituem os principais parceiros comerciais de Cabo Verde.

As Canárias são, aliás, o principal ponto de abastecimento das diferentes unidades hoteleiras instaladas no Sal e Boavista, na sequência do diálogo político e de cooperação instituído em Junho de 2008, altura em que foi assinado um Programa Indicativo de Cooperação, que termina em 2011.
Várias foram as cimeiras já realizadas entre Cabo Verde e o Governo autónomo das Canárias, estando em curso conversações com os executivos da Madeira e Açores no mesmo sentido.

Em causa está a intenção cabo-verdiana de ser considerada membro de pleno direito da Macaronésia, uma vez que, obtendo o estatuto de região ultraperiférica da UE, deverá ter acesso a novos financiamentos para apoio ao desenvolvimento destinados justamente às regiões ultraperiféricas da Europa Comunitária.

sexta-feira, outubro 22, 2010

Portugal quer aprofundar relações económicas com o México, diz secretário de Estado do Comércio

Portugal quer alargar a cooperação económica com o México, uma das maiores economias latino-americanas, identificando o turismo, a construção, as tecnologias de informação e as energias renováveis como os sectores de eleição, sublinhou hoje o secretário de Estado Fernando Serrasqueiro.

"Contem com o empenho do Governo português para aprofundar as relações com o México", disse Fernando Serrasqueiro, secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, no Seminário "México Hoje - Um Mercado de Futuro", organizado pela Câmara de Comércio e Industria Luso-Mexicana (CCILM) e pelo Banco Espírito Santo (BES).

O governante apontou para o turismo, a construção, as infraestruturas, os moldes, as tecnologias de informação e as energias renováveis como as áreas chave para a cooperação com a segunda maior economia da América Latina, atrás do Brasil, que tem uma população de 108 milhões de habitantes.

"Há condições para que haja um aumento dos ainda reduzidos fluxos do comércio bilateral entre os dois países", reforçou Serrasqueiro.

O México é o 18.º mercado de destino do investimento externo português e Portugal é o 42.º destino do investimento externo mexicano, e o valor das trocas comerciais entre ambos os países é ligeiramente superior a 250 milhões de euros.

quinta-feira, outubro 21, 2010

Potugal insólito: Teixeira dos Santos anuncia país das maravilhas na China

Segurança Social é uma das mais sustentáveis da Europa”, disse o ministro das Finanças num almoço, durante a viagem a Macau nos dias 8 e 9 de setembro.

Mais exemplos de frase alarves ditas pelo ministro de Estado:
- "As receitas fiscais mais altas do que esperado indicam uma recuperação forte".
- "O cresciemnto é sobretudo resultado da exportação, que beneficiou das mudanças tecnológicas"
- "Em 2009, Portugal foi o quinto país da Europa em termos de energias renováveis".
- "Portugal conseguiu alcançar a maior taxa de crescimento da área do Euro no primeiro semestre de 2009".
- "Uma das mais fortes taxas de crescimento do Produto Interno Bruto e toda a área do Euro".

[E os chineses acreditaram...]

Al Gore fala sobre sustentabilidade: "Acredito que Portugal está a liderar esta mudança"

O ex-vice presidente dos EUA, Al Gore, esteve esta manhã, em Portugal, a falar de sustentabilidade, onde elogiou o papel "de liderança" que o País está a assumir na mudança de mentalidade no que concerne ao ambiente.

Portugal está a fazer um trabalho fantástico nas renováveis. Elogio sempre os esforços portugueses nas energias solar e eólicas nas minhas conferências por todo o mundo”, disse Al Gore, na sua apresentação durante o SAP Business Fórum que está a decorrer hoje no Centro de Congressos do Estoril.

O ex-vice-presidente dos EUA foi critico quanto à tomada de posição do seu país e foi bastante elogioso para Portugal. Al Gore sublinhou o facto de Portugal ser “pioneiro em muitos projectos ligados à sustentabilidade”.

Conhecido pela sua defesa pelo meio ambiente, Al Gore reforçou a necessidade da tomada de consciência e respectiva mudança, começando especificamente pelos EUA, sendo uma das maiores economias do mundo.
A crise trás desafios, mas também trás muitas oportunidades. E a vontade política também é um recurso renovável”, disse Al Gore.

O ex-governante norte-americano falou durante quase uma hora numa plateia cheia de gestores e colaboradores de empresas ligadas às tecnologias de informação, a convite da alemã SAP.

quarta-feira, outubro 20, 2010

Portugal tem três construtoras no Top100 da Europa

Portugal contava, em 2008, com três grandes construtoras entre as 100 maiores da Europa, segundo um relatório da consultora Deloitte.

A Mota-Engil era a mais bem colocada no ranking, ocupando a 45ª posição, seguida da Teixeira Duarte (78.ª) e a Soares da Costa (86º lugar).
Entre as 30 maiores da Europa, os dois primeiros lugares pertenciam a construtoras francesas (Vinci e Bouygues, ambas com volume de negócios superior a 30 mil milhões de euros).

De acordo com o relatório EPoC - European Powers of Construction, o Reino Unido liderava a lista com 27 empresas na lista. A Espanha, com 11 grupos dedicados ao sector ocupava a segunda posição, seguindo-se a Holanda (10) e a Alemanha (nove empresas).

A mesma fonte refere, para Portugal, receitas totais de 2,98 mil milhões em 2008, contra 1 612 milhões facturados na construção em 2007. Em média, o volume de negócios médio por companhia ascendeu a 995 milhões de euros (806 milhões em 2007).

terça-feira, outubro 19, 2010

Timor: CS da ONU deixa avisos contra "impunidade" judicial

A situação política e de segurança em Timor-Leste foi hoje considerada "estável" no Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas, onde, contudo, foram deixados avisos quanto à necessidade de combater a "impunidade" judicial e certificar mais agentes da polícia.

"A confiança pública na vontade de o Estado apoiar a força da lei e os direitos humanos pode ser afetada adversamente se a população entender que os indivíduos envolvidos em casos de maior notoriedade têm tratamento preferencial", disse hoje a representante do secretário geral, Ameerah Haq, ao Conselho de Segurança, em Nova Iorque.

Na apresentação do último relatório do secretário geral sobre a situação em Timor, de janeiro a setembro, Haq sublinhou ter expressado ao Presidente timorense, Ramos-Horta, preocupação quanto ao indulto concedido pelo chefe de Estado a militares condenados pelos atentados de 2008, que saíram da prisão a 27 de agosto.

segunda-feira, outubro 18, 2010

R.D.Congo: Bemba negoceia com Portugal destino após libertação

Portugal é um dos três países com os quais o ex-vice-presidente da RDCongo, Jean-Pierre Bemba, está em negociações para se refugiar se for libertado terça-feira em Haia, disse um porta-voz do político congolês.

Acusado de crimes de guerra e contra a humanidade, o senador e líder da oposição da República Democrática do Congo (RDCongo) encontra-se em Haia desde maio de 2008 sob um mandado do Tribunal Penal Internacional (TPI) mas já esteve refugiado em Portugal entre 2007 e 2008.

 Fidel Babala, diretor do gabinete do líder da oposição, afirmou que estão a decorrer "conversações" com "Portugal, Bélgica e África do Sul" para que um destes países o acolha.

[Há quem afirme que Bemba pode ter obtido a nacionalidade portuguesa...]