O acordo aeronáutico assinado terça feira entre Timor-Leste e a Indonésia abre caminho para a criação de uma companhia aérea timorense, que deverá envolver investidores portugueses, disse hoje dos promotores do projeto.
Vasco Carrascalão da Silva, juntamente com o luso-moçambicano Mário Gonçalves, ambos radicados na Austrália, são os rostos do projeto "Timor-Leste Airlines" (TLA), que aguarda pela aprovação do governo timorense.
Sobre o acordo aeronáutico com a Indonésia, Vasco Carrascalão explicou que "esses acordos terão de ser feitos com todos os países para onde a companhia irá voar. Aliás, a vantagem de uma companhia de bandeira é precisamente a do direito à reciprocidade."
quarta-feira, julho 28, 2010
Guiné: Governo suspende missões estrangeiro e compra de viaturas
O primeiro ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, mandou suspender as missões ao estrangeiro de membros do Governo, compra de viaturas e de mobiliário como medidas de contenção da despesa pública.
Gomes Júnior terá tomado essa decisão em virtude da crise financeira que assola o mundo, mas também como forma de moralizar o exercício governativo.
"Dada a crise financeira a que se assiste no mercado mundial, se os nossos parceiros estão a fazer contenção, a Guiné-Bissau também não pode ficar alheia e indiferente a essas medidas", defendeu o chefe do governo.
Noutra notícia relacionada com este país, o Presidente da República, Bacai Sanhá, negou que o Conselho de Segurança (CS) da ONU tenha exigido a libertação imediata do ex-chefe das Forças Armadas Zamora Induta, mas admitiu que aquele órgão recomenda a libertação de todos os detidos nas crises dos últimos anos.
Em declarações à imprensa à sua chegada à Guiné-Bissau, de regresso das cimeiras da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da União Africana, Sanhá afirmou que no documento que tem na sua posse em nenhum momento o CS exigiu a libertação de Induta e acusou os jornalistas de deturparem a informação.
"Vocês, os jornalistas, deviam ajudar o país, o relatório que nós temos não diz libertação imediata de ninguém", disse o chefe de Estado guineense.
Gomes Júnior terá tomado essa decisão em virtude da crise financeira que assola o mundo, mas também como forma de moralizar o exercício governativo.
"Dada a crise financeira a que se assiste no mercado mundial, se os nossos parceiros estão a fazer contenção, a Guiné-Bissau também não pode ficar alheia e indiferente a essas medidas", defendeu o chefe do governo.
Noutra notícia relacionada com este país, o Presidente da República, Bacai Sanhá, negou que o Conselho de Segurança (CS) da ONU tenha exigido a libertação imediata do ex-chefe das Forças Armadas Zamora Induta, mas admitiu que aquele órgão recomenda a libertação de todos os detidos nas crises dos últimos anos.
Em declarações à imprensa à sua chegada à Guiné-Bissau, de regresso das cimeiras da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da União Africana, Sanhá afirmou que no documento que tem na sua posse em nenhum momento o CS exigiu a libertação de Induta e acusou os jornalistas de deturparem a informação.
"Vocês, os jornalistas, deviam ajudar o país, o relatório que nós temos não diz libertação imediata de ninguém", disse o chefe de Estado guineense.
domingo, julho 25, 2010
Vinhos: "Região do Dão é a Arca de Noé das castas"
A Região do Vinho do Dão é vista por conceituados críticos estrangeiros como sendo "uma das mais interessantes de todo o mundo», considerando-a a «Arca de Noé das castas".
O jornalista americano Paul White sustenta que "não há outra região no mundo que tenha mais castas desconhecidas que o Dão". Segundo ele "o Dão é a arca de Noé das castas", numa alusão à enorme variedade nesta região vitícola portuguesa.
Já o perito inglês Charles Metcalfe destacou a região do Dão como sendo uma das suas preferidas, "por causa da acidez que os vinhos revelam". Aponta que se trata de "um vinho que se pode beber agora, ou daqui a 30 anos". E conclui que "não há muitas regiões no mundo com vinhos com esta capacidade de longevidade".
O jornalista americano Paul White sustenta que "não há outra região no mundo que tenha mais castas desconhecidas que o Dão". Segundo ele "o Dão é a arca de Noé das castas", numa alusão à enorme variedade nesta região vitícola portuguesa.
Já o perito inglês Charles Metcalfe destacou a região do Dão como sendo uma das suas preferidas, "por causa da acidez que os vinhos revelam". Aponta que se trata de "um vinho que se pode beber agora, ou daqui a 30 anos". E conclui que "não há muitas regiões no mundo com vinhos com esta capacidade de longevidade".
Manifestação pelo reconhecimento da Galiza como nação junta 10 mil
Santiago de Compostela acolheu, este domingo, dez mil pessoas que exigiam a proclamação da Galiza como "nação".
O Bloco Nacionalista Galego, que convocou o manifestação, diz que a região "só terá futuro se tiver capacidade real de se autogovernar e só se fará respeitar quando decidir-se comportar-se como nação". O porta-voz Guillerme Vasquez considera que o "governo regional não é mais que uma sucursal do Governo central". "Um diz mata, o outro diz esfola. E assim nunca mais deixará de ser uma região consolidada na segunda divisão", atirou. O protesto integrou as comemorações do Dia da Pátria Galega.
O Bloco Nacionalista Galego, que convocou o manifestação, diz que a região "só terá futuro se tiver capacidade real de se autogovernar e só se fará respeitar quando decidir-se comportar-se como nação". O porta-voz Guillerme Vasquez considera que o "governo regional não é mais que uma sucursal do Governo central". "Um diz mata, o outro diz esfola. E assim nunca mais deixará de ser uma região consolidada na segunda divisão", atirou. O protesto integrou as comemorações do Dia da Pátria Galega.
quarta-feira, julho 21, 2010
CPLP é uma organização que "não serve para nada"
O escritor Vasco Graça Moura considera que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é uma espécie de organização fantasma, "que não serve para rigorosamente nada", a não ser "ocupar gente desocupada".
"O Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) não está em funcionamento porque nenhum dos países membros da CPLP lhe dá meios para o fazer", disse o escritor e também poeta Vasco Graça Moura, a propósito da VIII Cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), na sexta feira, em Luanda.
Para o escritor, o IILP "é uma entidade fantasma criada dentro de outra entidade fantasma."
Na cimeira de Luanda, será analisada a aprovação da reestruturação do IILP e também de um plano de acção para a projecção internacional do português.
"Não se nota que exista qualquer espécie de política da língua da parte do Governo português e nota-se, da parte da mesma entidade, uma enorme estupidez na forma de tratar a língua, no que diz respeito ao Acordo Ortográfico", disse o escritor.
Graça Moura, que é uma das vozes contrárias ao Acordo Ortográfico por considerar que este tem deficiências e erros que lesam o Português, considera que o Governo está a cometer um crime contra a língua portuguesa.
"Os crimes que este Governo está a cometer e está em vias de cometer em relação à língua diz respeito ao Acordo Ortográfico. Portanto, não há política de língua digna deste nome. Há uma série de equívocos em que este Governo está a persistir", sublinhou.
Segundo o escritor, "o acordo ortográfico é um atentado criminoso contra a língua portuguesa tal como se fala em Portugal, Angola, Moçambique, na Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe." "É um atentado que tenta desfigurar completamente a língua e é absolutamente irresponsável da parte de quem negociou e da parte de quem o aprovou", disse.
"As pessoas falam português em qualquer parte do mundo e se entendem, seja no aspecto familiar, cultural, negocial, diplomático, isso nunca prejudicou ninguém (o facto de não haver um acordo ortográfico)", referiu.
Graça Moura sublinhou também a importância dos países africanos lusófonos na projecção do português no âmbito internacional, além de Portugal e Brasil.
"Basta considerar o número de habitantes de todos os países que falam a língua portuguesa, não apenas o Brasil, não apenas Portugal. Se considerarmos os países africanos de língua portuguesa, temos mais 50 milhões de pessoas, pelo menos, a falar português", indicou.
Para Graça Moura, nunca foi preciso um Acordo Ortográfico para a projecção internacional do português.
"A projecção do português pode passar pelas organizações internacionais, pode passar pela promoção da cultura da língua, pela promoção da aprendizagem. Neste momento, a melhor maneira de projectar a língua é acabar, pura e simplesmente, com o Acordo Ortográfico", concluiu.
"O Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) não está em funcionamento porque nenhum dos países membros da CPLP lhe dá meios para o fazer", disse o escritor e também poeta Vasco Graça Moura, a propósito da VIII Cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), na sexta feira, em Luanda.
Para o escritor, o IILP "é uma entidade fantasma criada dentro de outra entidade fantasma."
Na cimeira de Luanda, será analisada a aprovação da reestruturação do IILP e também de um plano de acção para a projecção internacional do português.
"Não se nota que exista qualquer espécie de política da língua da parte do Governo português e nota-se, da parte da mesma entidade, uma enorme estupidez na forma de tratar a língua, no que diz respeito ao Acordo Ortográfico", disse o escritor.
Graça Moura, que é uma das vozes contrárias ao Acordo Ortográfico por considerar que este tem deficiências e erros que lesam o Português, considera que o Governo está a cometer um crime contra a língua portuguesa.
"Os crimes que este Governo está a cometer e está em vias de cometer em relação à língua diz respeito ao Acordo Ortográfico. Portanto, não há política de língua digna deste nome. Há uma série de equívocos em que este Governo está a persistir", sublinhou.
Segundo o escritor, "o acordo ortográfico é um atentado criminoso contra a língua portuguesa tal como se fala em Portugal, Angola, Moçambique, na Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe." "É um atentado que tenta desfigurar completamente a língua e é absolutamente irresponsável da parte de quem negociou e da parte de quem o aprovou", disse.
"As pessoas falam português em qualquer parte do mundo e se entendem, seja no aspecto familiar, cultural, negocial, diplomático, isso nunca prejudicou ninguém (o facto de não haver um acordo ortográfico)", referiu.
Graça Moura sublinhou também a importância dos países africanos lusófonos na projecção do português no âmbito internacional, além de Portugal e Brasil.
"Basta considerar o número de habitantes de todos os países que falam a língua portuguesa, não apenas o Brasil, não apenas Portugal. Se considerarmos os países africanos de língua portuguesa, temos mais 50 milhões de pessoas, pelo menos, a falar português", indicou.
Para Graça Moura, nunca foi preciso um Acordo Ortográfico para a projecção internacional do português.
"A projecção do português pode passar pelas organizações internacionais, pode passar pela promoção da cultura da língua, pela promoção da aprendizagem. Neste momento, a melhor maneira de projectar a língua é acabar, pura e simplesmente, com o Acordo Ortográfico", concluiu.
Cadeia de luxo Prada fala português em Nova Iorque
A loja da cadeia italiana no Soho tem, em permanência, pelo menos três vendedores que falam português. O objectivo é atrair brasileiros.
Os turistas da maior economia da América do Sul no Brasil “não pestanejam” antes de comprar uma garrafa de vinho por mil dólares, segundo Ana Paula Galvani, que explora uma loja de vinho em Park Avenue.
O maior crescimento dos últimos 15 anos, a subida dos salários e uma divisa que duplicou de valor face ao dólar, desde que Lula assumiu a liderança do governo brasileiro (Junho de 2003), está a aumentar a importância dos consumidores de luxo proveniente do Brasil em Nova Iorque. Daí que a loja da Prada no Soho tenha sempre um mínimo de três vendedores que falem português.
“O Brasil entrou verdadeiramente no meu radar”, diz o sócio da loja Stereo Exchange em Manhattan, que na semana passada vendeu um sistema de som por 100 mil dólares, a um cliente de São Paulo. No Brasil, o número de pessoas com mais de mil milhões de dólares duplicou, desde 2000, para 18 pessoas e é agora o país da América Latina, com o maior número de pessoas tão ricas, segundo a Bloomberg, que cita a Forbes.
Já o número multimilionários no Brasil cresceu 19% em 2009 para 126,8 mil, num país com 193 milhões de pessoas, segundo Boston Consultin Group, citado pela Bloomberg.
A estilista de moda brasileira, Patrícia de Azevedo Camargo Araújo, vai regularmente a Nova Iorque comprar artigos de luxo, segundo a Bloomberg que a encontrou a fazer comprar em na loja da Prada na Bradway, com as duas filhas e o marido.
“Nas nossas viagens focamo-nos no luxo”, disse à Bloomberg. “Temos melhor acesso fora do Brasil”, uma vez que as lojas de Nova Iorque oferecem maior variedade do que a disponível no Brasil, explicou.
Os turistas da maior economia da América do Sul no Brasil “não pestanejam” antes de comprar uma garrafa de vinho por mil dólares, segundo Ana Paula Galvani, que explora uma loja de vinho em Park Avenue.
O maior crescimento dos últimos 15 anos, a subida dos salários e uma divisa que duplicou de valor face ao dólar, desde que Lula assumiu a liderança do governo brasileiro (Junho de 2003), está a aumentar a importância dos consumidores de luxo proveniente do Brasil em Nova Iorque. Daí que a loja da Prada no Soho tenha sempre um mínimo de três vendedores que falem português.
“O Brasil entrou verdadeiramente no meu radar”, diz o sócio da loja Stereo Exchange em Manhattan, que na semana passada vendeu um sistema de som por 100 mil dólares, a um cliente de São Paulo. No Brasil, o número de pessoas com mais de mil milhões de dólares duplicou, desde 2000, para 18 pessoas e é agora o país da América Latina, com o maior número de pessoas tão ricas, segundo a Bloomberg, que cita a Forbes.
Já o número multimilionários no Brasil cresceu 19% em 2009 para 126,8 mil, num país com 193 milhões de pessoas, segundo Boston Consultin Group, citado pela Bloomberg.
A estilista de moda brasileira, Patrícia de Azevedo Camargo Araújo, vai regularmente a Nova Iorque comprar artigos de luxo, segundo a Bloomberg que a encontrou a fazer comprar em na loja da Prada na Bradway, com as duas filhas e o marido.
“Nas nossas viagens focamo-nos no luxo”, disse à Bloomberg. “Temos melhor acesso fora do Brasil”, uma vez que as lojas de Nova Iorque oferecem maior variedade do que a disponível no Brasil, explicou.
Embraer confirma início da construção de duas fábricas em Évora
O presidente da Embraer Europa anunciou, esta quarta-feira, que as obras das duas fábricas construir em Évora vão arrancar em Novembro. O construtor aeronáutico brasileiro planeia que estejam concluídas até ao final de 2011.
Luiz Fuchs adiantou, em Farnborough, que a produção começará em 2012 e que a "produção das fábricas estará em full power em 2013". O responsável falou ainda em oportunidades de cooperação com empresas portuguesas.
"Queremos juntar forças com as empresas portuguesas", afirmou o líder da Embraer Europa, que planeia investir 150 milhões de euros e criar 600 postos de trabalho (sobretudo altamente qualificados) nas duas fábricas de Évora.
Luiz Fuchs adiantou, em Farnborough, que a produção começará em 2012 e que a "produção das fábricas estará em full power em 2013". O responsável falou ainda em oportunidades de cooperação com empresas portuguesas.
"Queremos juntar forças com as empresas portuguesas", afirmou o líder da Embraer Europa, que planeia investir 150 milhões de euros e criar 600 postos de trabalho (sobretudo altamente qualificados) nas duas fábricas de Évora.
terça-feira, julho 20, 2010
Primeira-dama pede "mais atenção de Portugal" para a situação no seu país
A primeira dama da Guiné-Bissau, Mariama Sanhá, pediu mais atenção a Portugal para a situação do seu país, defendendo que Lisboa “é como se fosse o pai dos guineenses”, por ter sido a potência colonial.
A mulher do chefe do Estado guineense, que falava numa cerimónia na fundação ‘Ninho das Crianças’, dirigida por si, afirmou: “Portugal é como o nosso pai. Não pode descurar os nossos problemas, tem que estar sempre presente, tem que nos ajudar, porque não temos outra saída”, afirmou Mariama Sanhá quando recebia de uma empresa de capitais portugueses apoios destinados à sua fundação.
“Se as coisas não correm bem aqui, deve ser também preocupação de Portugal, porque foi o nosso colono”, sublinhou a primeira dama guineense, frisando ser este o motivo pelo qual o país continuará a pedir e a esperar apoios dos portugueses.
“É por isso que contamos sempre com Portugal, que mandamos para lá as nossas crianças doentes, que mandamos para lá os nossos jovens estudarem”, considerou Mariama Sanhá.
A mulher do Presidente guineense frisou, no entanto, que a Guiné-Bissau também espera obter meios no sentido de começar a resolver os seus problemas internamente, sublinhando que neste momento o país até tem quadros, faltando-lhe os equipamentos.
Mariama Sanhá tem sido bastante interventiva, sobretudo na área social. No espaço de um ano de existência, a sua fundação ‘Ninho das Crianças’ participou ou apoiou diversas actividades de interesse para crianças, mulheres e pessoas carenciadas.
A mulher do chefe do Estado guineense, que falava numa cerimónia na fundação ‘Ninho das Crianças’, dirigida por si, afirmou: “Portugal é como o nosso pai. Não pode descurar os nossos problemas, tem que estar sempre presente, tem que nos ajudar, porque não temos outra saída”, afirmou Mariama Sanhá quando recebia de uma empresa de capitais portugueses apoios destinados à sua fundação.
“Se as coisas não correm bem aqui, deve ser também preocupação de Portugal, porque foi o nosso colono”, sublinhou a primeira dama guineense, frisando ser este o motivo pelo qual o país continuará a pedir e a esperar apoios dos portugueses.
“É por isso que contamos sempre com Portugal, que mandamos para lá as nossas crianças doentes, que mandamos para lá os nossos jovens estudarem”, considerou Mariama Sanhá.
A mulher do Presidente guineense frisou, no entanto, que a Guiné-Bissau também espera obter meios no sentido de começar a resolver os seus problemas internamente, sublinhando que neste momento o país até tem quadros, faltando-lhe os equipamentos.
Mariama Sanhá tem sido bastante interventiva, sobretudo na área social. No espaço de um ano de existência, a sua fundação ‘Ninho das Crianças’ participou ou apoiou diversas actividades de interesse para crianças, mulheres e pessoas carenciadas.
sábado, julho 17, 2010
Timor-Leste: País não está preparado para aderir à ASEAN em 2012 - PR Ramos-Horta
O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, disse hoje não acreditar que seja possível a adesão do país à ASEAN, devido ao atraso no processo de harmonização legislativa.
Ramos-Horta falava aos jornalistas no Aeroporto Nicolau Lobato, em Díli, à chegada de uma deslocação à República Popular da China, onde teve oportunidade de visitar a Expo Xangai e o pavilhão de Timor-Leste.
"Embora politicamente, da parte da ASEAN, haja boa vontade de acolher Timor-Leste como 11.º membro, no plano interno de preparação legislativa, de harmonização com a legislação da ASEAN respeitante a matérias como a imigração e questões aduaneiras, semelhante à adesão à UE e por isso um processo muito complexo, Timor-Leste está muito atrasado e não acredito que em dois anos seja possível fazer o que não fizemos em três anos", disse.
Ramos-Horta falava aos jornalistas no Aeroporto Nicolau Lobato, em Díli, à chegada de uma deslocação à República Popular da China, onde teve oportunidade de visitar a Expo Xangai e o pavilhão de Timor-Leste.
"Embora politicamente, da parte da ASEAN, haja boa vontade de acolher Timor-Leste como 11.º membro, no plano interno de preparação legislativa, de harmonização com a legislação da ASEAN respeitante a matérias como a imigração e questões aduaneiras, semelhante à adesão à UE e por isso um processo muito complexo, Timor-Leste está muito atrasado e não acredito que em dois anos seja possível fazer o que não fizemos em três anos", disse.
quinta-feira, julho 15, 2010
Sonae detém 27% da maior corretora independente do mundo
A Sonae, através da MDS, assumiu posição de destaque na maior corretora independente do mundo depois da fusão entre a europeia Cooper Gay e a norte-americana Swett & Crawford, noticia o Jornal de Negócios esta quinta-feira.
A MDS, o braço segurador do grupo Sonae, passa a deter 27% do maior corretor independente do mundo, após a fusão da sua participada europeia Cooper Gay, onde tinha uma participação de 32,12%, com a norte-americana Swett & Crawford.
"Tal como acontecia na Cooper Gay, mantemos a nossa posição de accionista principal da nova Cooper Gay Swett & Crawford Ltd", adiantou José Manuel Dias da Fonseca, presidente executivo da MDS.
"A conclusão deste negócio cria o maior corretor grossista e de resseguros do mundo, um corretor verdadeiramente global e independente", enfatizou.
A MDS, o braço segurador do grupo Sonae, passa a deter 27% do maior corretor independente do mundo, após a fusão da sua participada europeia Cooper Gay, onde tinha uma participação de 32,12%, com a norte-americana Swett & Crawford.
"Tal como acontecia na Cooper Gay, mantemos a nossa posição de accionista principal da nova Cooper Gay Swett & Crawford Ltd", adiantou José Manuel Dias da Fonseca, presidente executivo da MDS.
"A conclusão deste negócio cria o maior corretor grossista e de resseguros do mundo, um corretor verdadeiramente global e independente", enfatizou.
Diplomacia: Luís Amado visita Azerbaijão e Cazaquistão
Portugal e o Azerbaijão vão assinar hoje um memorando de consultas políticas recíprocas durante a deslocação oficial de Luís Amado a Baku, referiu à Lusa o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O documento dá início a uma nova fase da cooperação bilateral e vai ser firmado entre o chefe da diplomacia portuguesa e o seu homólogo azeri, Elmar Mammadyarov.
Após as conversações e a assinatura do memorando, os dois ministros promovem uma conferência de imprensa conjunta, que conclui a primeira visita oficial de Luís Amado ao país do Cáucaso do sul.
Na sexta feira, Luís Amado desloca-se a Almaty, a principal cidade do Cazaquistão (sudeste), para participar na reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que decorre entre 16 e 17 de julho.
Durante o conclave dos MNE da OSCE, o chefe da diplomacia portuguesa deverá manter entre sexta feira e sábado conversações privadas com os seus homólogos da Bielorrússia, Serguei Martinov, e da Arménia, Edward Nalbandian, para além de um encontro com o Presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbaiev.
[E que tal uma aliança estratégica entre Portugal e Cazaquistão? O país asiático, rico em petróleo e gás, é um dos actuais países emergentes e a entrada do Samruk-Kazyna (fundo soberano cazaque com activos mais de 80 mil milhões de dólares) numa das principais companhias portuguesas - PT e/ou Galp - dar-lhes-ia fôlego financeiro e de tesouraria, além de outras implicações positivas que daí adviriam. Esqueçam as belelas da "questão do regime" daquele país. Temos que ser pragmáticos em tempo de crise!]
O documento dá início a uma nova fase da cooperação bilateral e vai ser firmado entre o chefe da diplomacia portuguesa e o seu homólogo azeri, Elmar Mammadyarov.
Após as conversações e a assinatura do memorando, os dois ministros promovem uma conferência de imprensa conjunta, que conclui a primeira visita oficial de Luís Amado ao país do Cáucaso do sul.
Na sexta feira, Luís Amado desloca-se a Almaty, a principal cidade do Cazaquistão (sudeste), para participar na reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que decorre entre 16 e 17 de julho.
Durante o conclave dos MNE da OSCE, o chefe da diplomacia portuguesa deverá manter entre sexta feira e sábado conversações privadas com os seus homólogos da Bielorrússia, Serguei Martinov, e da Arménia, Edward Nalbandian, para além de um encontro com o Presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbaiev.
[E que tal uma aliança estratégica entre Portugal e Cazaquistão? O país asiático, rico em petróleo e gás, é um dos actuais países emergentes e a entrada do Samruk-Kazyna (fundo soberano cazaque com activos mais de 80 mil milhões de dólares) numa das principais companhias portuguesas - PT e/ou Galp - dar-lhes-ia fôlego financeiro e de tesouraria, além de outras implicações positivas que daí adviriam. Esqueçam as belelas da "questão do regime" daquele país. Temos que ser pragmáticos em tempo de crise!]
Barroso lamenta relações com EUA "aquém do esperado"
As relações com a administração do presidente norte-americano, Barack Obama, estão aquém do ambicionado, lamentou o presidente da Comissão Europeia (CE) numa entrevista publicada hoje pelo The Times.
“A relação transatlântica não está à altura do potencial. Penso que devíamos fazer mais juntos. Temos condições como nunca tivemos e seria uma pena se perdêssemos a oportunidade”, comentou José Manuel Durão Barroso.
Uma fonte não identificada da administração norte-americana negou que a União Europeia esteja a ser ignorada e avançou uma explicação ao jornal.
“As expetativas eram tão altas que elas nunca poderiam ser concretizadas tendo em conta a resposta europeia às eleições”, justificou.
Questionado sobre como tenciona persuadir Obama, Durão Barroso defendeu que depende da atitude de Washington.
“Claro que é também uma questão de como os norte-americanos nos vão persuadir porque a relação deve ser mútua”, vincou o presidente da CE.
“A relação transatlântica não está à altura do potencial. Penso que devíamos fazer mais juntos. Temos condições como nunca tivemos e seria uma pena se perdêssemos a oportunidade”, comentou José Manuel Durão Barroso.
Uma fonte não identificada da administração norte-americana negou que a União Europeia esteja a ser ignorada e avançou uma explicação ao jornal.
“As expetativas eram tão altas que elas nunca poderiam ser concretizadas tendo em conta a resposta europeia às eleições”, justificou.
Questionado sobre como tenciona persuadir Obama, Durão Barroso defendeu que depende da atitude de Washington.
“Claro que é também uma questão de como os norte-americanos nos vão persuadir porque a relação deve ser mútua”, vincou o presidente da CE.
Movimento de contentores em Sines aumenta 71% no 1.º semestre
O movimento de contentores no Porto de Sines (PdS) aumentou 71% nos primeiros seis meses do ano face a igual período de 2009.
O PdS avança em comunicado que registou um total de 164.992 TEU (medida que equivale a um contentor de 20 pés - 6 metros) movimentados no Terminal XXI nos primeiros seis meses do ano, contra os 96.636 TEU movimentados em igual período de 2009.
"Este crescimento nos contentores foi sustentado por uma evolução muito positiva dos tráfegos de transbordo e de importação/exportação com origem e destino no mercado Ibérico", refere o PdS, salientando que este tráfego registou um crescimento de 46%.
Em termos globais registou um crescimento de 9% na movimentação de mercadorias, um aumento "puxado fortemente pela carga geral e pelos granéis líquidos".
"O aumento da carga movimentada foi acompanhado também por um incremento no número de navios operados no porto, tendo nos primeiros seis meses deste ano decorrido mais 19% de operações comerciais face a igual período do ano transacto", refere o comunicado.
O PdS avança em comunicado que registou um total de 164.992 TEU (medida que equivale a um contentor de 20 pés - 6 metros) movimentados no Terminal XXI nos primeiros seis meses do ano, contra os 96.636 TEU movimentados em igual período de 2009.
"Este crescimento nos contentores foi sustentado por uma evolução muito positiva dos tráfegos de transbordo e de importação/exportação com origem e destino no mercado Ibérico", refere o PdS, salientando que este tráfego registou um crescimento de 46%.
Em termos globais registou um crescimento de 9% na movimentação de mercadorias, um aumento "puxado fortemente pela carga geral e pelos granéis líquidos".
"O aumento da carga movimentada foi acompanhado também por um incremento no número de navios operados no porto, tendo nos primeiros seis meses deste ano decorrido mais 19% de operações comerciais face a igual período do ano transacto", refere o comunicado.
quarta-feira, julho 14, 2010
As opções da PT nos próximos dias/meses
Tendo em conta a força da proposta da Telefonica, a PT tem poucas hipóteses de manter a dimensão importante no mercado de língua portuguesa (Brasil) que vai tendo:
Opção 1 - Começa a perspectivar com rapidez a consolidação com a Sonaecom, apontando vários analistas que é o "operador mais provável de ser envolvido" nesse movimento, porque "é apenas uma questão de tempo". Crescia internamente. Mas para quê? Qual seria o aporte da Sonaecom?
Opção 2 - Tem alguma carta angolana na mão, que lhe permita alargar ainda mais horizontes no mercado de Angola e países limítrofes. Não compensa a perda do Brasil.
Opção 3 - Torna-se accionista de referência da Telefonica, perdendo a Vivo mas mantendo a face... Mantém acesso a dividendos e preserva uma certa relevância europeia e presença nalguns mercados mundiais, mas já longe do lugar onde começara.
Opção 4 - Tenta entrar numa empresa brasileira. A Oi surgia como a mais provável aliada pela sua dimensão. Contudo, depois das medidas proteccionistas do governo brasileiro, a possibilidade de entrar, ter a maioria do capital e controlar os destinos comerciais da empresa (e é essa a vocação da PT) tornou-se impossível.
Assim, o que fica?
Opção 1 - Começa a perspectivar com rapidez a consolidação com a Sonaecom, apontando vários analistas que é o "operador mais provável de ser envolvido" nesse movimento, porque "é apenas uma questão de tempo". Crescia internamente. Mas para quê? Qual seria o aporte da Sonaecom?
Opção 2 - Tem alguma carta angolana na mão, que lhe permita alargar ainda mais horizontes no mercado de Angola e países limítrofes. Não compensa a perda do Brasil.
Opção 3 - Torna-se accionista de referência da Telefonica, perdendo a Vivo mas mantendo a face... Mantém acesso a dividendos e preserva uma certa relevância europeia e presença nalguns mercados mundiais, mas já longe do lugar onde começara.
Opção 4 - Tenta entrar numa empresa brasileira. A Oi surgia como a mais provável aliada pela sua dimensão. Contudo, depois das medidas proteccionistas do governo brasileiro, a possibilidade de entrar, ter a maioria do capital e controlar os destinos comerciais da empresa (e é essa a vocação da PT) tornou-se impossível.
Assim, o que fica?
Turquia apoia candidatura de Portugal ao Conselho de Segurança
A Turquia apoia a candidatura de Portugal ao Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas, afirmou hoje em Lisboa o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Ahmet Davutoglu.
“Tenho o prazer de declarar aqui que a Turquia vai apoiar a candidatura de Portugal ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. Vamos apoiar Portugal com todos os instrumentos”, disse o ministro turco numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo português, Luís Amado.
Portugal é candidato a um lugar não-permanente no CS no biénio 2011-2012. Portugal é candidato a duas vagas do grupo Europa Ocidental e Outros, às quais concorrem também a Alemanha e o Canadá.
Para a eleição são necessários dois terços (128) dos votos dos 192 países membros da ONU.
“Tenho o prazer de declarar aqui que a Turquia vai apoiar a candidatura de Portugal ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. Vamos apoiar Portugal com todos os instrumentos”, disse o ministro turco numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo português, Luís Amado.
Portugal é candidato a um lugar não-permanente no CS no biénio 2011-2012. Portugal é candidato a duas vagas do grupo Europa Ocidental e Outros, às quais concorrem também a Alemanha e o Canadá.
Para a eleição são necessários dois terços (128) dos votos dos 192 países membros da ONU.
terça-feira, julho 13, 2010
Augusto Mateus defende demolição de estádios do Euro 2004
O antigo ministro da Economia afirma que os estádios construídos para o Euro 2004 em Portugal que não dão lucros devem ser demolidos.
O ex-ministro deixa ao Brasil, encarregue da organização do Mundial de Futebol em 2014, o conselho de reformar os estádios já existentes antes de construir novos. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Mateus defende que Portugal ainda está a pagar a factura dos estádios construídos ou renovados para a realização do Euro 2004.
No total, Portugal gastou cerca de 1,1 mil milhões de euros na reforma de estádios já existentes e na construção dos novos estádios, como o de Leiria, Aveiro, Faro, Coimbra, Braga e Guimarães. Apenas quatro dos dez estádios utilizados para o evento escaparam ao investimento público por pertencerem a clubes (Benfica, Sporting, Porto e Boavista).
E como aponta Augusto Mateus, “a lotação dos estádios aproxima-se bastante da população dessas cidades, o que é manifestamente insuficiente”, sendo a raiz dos problemas. “As cidades que acolheram estádios sem terem suficiente população e sem clubes organizados e representativos têm hoje problemas financeiros enormes”. Deste modo, Mateus encara a demolição destes estádios como uma possível forma de desinvestimento.
E o cenário parece ser o mesmo para a maioria destes estádios. O estádio de Coimbra custou 60 milhões de euros e recebeu apenas dois jogos do Euro 2004. O de Braga e o de Faro acumulam prejuízos a cada dia que passa, enquanto se procura um comprador para o de Leiria. Resta-lhes a possibilidade de serem considerados na candidatura conjunta de Portugal e Espanha para a organização do Mundial de Futebol de 2018, mas mesmo assim teriam de sofrer alterações para preencherem os requisitos da FIFA.
Perspectivando o futuro encargo do Brasil na organização do evento, Augusto Mateus deixa o conselho de que o “Brasil não se deixe entusiasmar pela festa do futebol”. O país deve retirar da experiência de Portugal um exemplo a evitar, pois “o principal problema dessas operações é que quando lançadas, parecem ter uma forte adesão dos cidadãos e dos responsáveis políticos (...) mas no ‘day-after’, ficam encargos financeiros e custos de manutenção elevados”, afirmou à Folha.
O ex-ministro deixa ao Brasil, encarregue da organização do Mundial de Futebol em 2014, o conselho de reformar os estádios já existentes antes de construir novos. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Mateus defende que Portugal ainda está a pagar a factura dos estádios construídos ou renovados para a realização do Euro 2004.
No total, Portugal gastou cerca de 1,1 mil milhões de euros na reforma de estádios já existentes e na construção dos novos estádios, como o de Leiria, Aveiro, Faro, Coimbra, Braga e Guimarães. Apenas quatro dos dez estádios utilizados para o evento escaparam ao investimento público por pertencerem a clubes (Benfica, Sporting, Porto e Boavista).
E como aponta Augusto Mateus, “a lotação dos estádios aproxima-se bastante da população dessas cidades, o que é manifestamente insuficiente”, sendo a raiz dos problemas. “As cidades que acolheram estádios sem terem suficiente população e sem clubes organizados e representativos têm hoje problemas financeiros enormes”. Deste modo, Mateus encara a demolição destes estádios como uma possível forma de desinvestimento.
E o cenário parece ser o mesmo para a maioria destes estádios. O estádio de Coimbra custou 60 milhões de euros e recebeu apenas dois jogos do Euro 2004. O de Braga e o de Faro acumulam prejuízos a cada dia que passa, enquanto se procura um comprador para o de Leiria. Resta-lhes a possibilidade de serem considerados na candidatura conjunta de Portugal e Espanha para a organização do Mundial de Futebol de 2018, mas mesmo assim teriam de sofrer alterações para preencherem os requisitos da FIFA.
Perspectivando o futuro encargo do Brasil na organização do evento, Augusto Mateus deixa o conselho de que o “Brasil não se deixe entusiasmar pela festa do futebol”. O país deve retirar da experiência de Portugal um exemplo a evitar, pois “o principal problema dessas operações é que quando lançadas, parecem ter uma forte adesão dos cidadãos e dos responsáveis políticos (...) mas no ‘day-after’, ficam encargos financeiros e custos de manutenção elevados”, afirmou à Folha.
segunda-feira, julho 12, 2010
Sevens: Portugal sagra-se campeão europeu em Moscovo
A Selecção Nacional de râguebi sagrou-se pela sétima vez campeã da Europa de “sevens”, ao derrotar a França por 12-5, na final da competição disputada em Moscovo.
A equipa das quinas, orientada por Pedro Neto, impôs-se com ensaios de Vasco Uva e António Aguilar e uma transformação de Pedro Leal. A formação gaulesa não foi além de um ensaio.
Para chegar à final, o seleccionado luso havia vencido a Espanha nas meias-finais, por 17-12.
Portugal sucede à Rússia como novo campeão europeu.
A equipa das quinas, orientada por Pedro Neto, impôs-se com ensaios de Vasco Uva e António Aguilar e uma transformação de Pedro Leal. A formação gaulesa não foi além de um ensaio.
Para chegar à final, o seleccionado luso havia vencido a Espanha nas meias-finais, por 17-12.
Portugal sucede à Rússia como novo campeão europeu.
Agência de “rating” chinesa classifica EUA abaixo da China e Portugal com A-
Uma agência de “rating” chinesa alertou hoje para os “graves problemas” que enfrentam os países desenvolvidos, atribuindo uma classificação AA aos EUA, abaixo da China (AA+), enquanto Portugal recebeu um A-, tal como Espanha e Itália.
O relatório sobre risco da dívida soberana da Dagong Global Credit Rating, que abrange 50 países, é o primeiro realizado por uma agência de rating não ocidental e alerta para os problemas dos países densenvolvidos, devido ao facto do crescimento da dívida estar acima das receitas.
Pequim já tinha manifestado o interesse por uma alternativa às agências ocidentais, consideradas responsáveis por terem subestimado os riscos de crédito que conduziram a uma crise financeira global em 2008.
Os EUA (AA) e outros 17 países entre os quais o Canadá (AA+), Grã Bretanha (AA-)e França (AA-) receberam classificações mais baixas da Dagong do que das três agências norte-americanas de referência, Moody’s Fitch e Standard & Poor's.
Nove países em desenvolvimento, incluindo a China (AA+), Rússia (A-)e Brasil (A-) tiveram classificações mais altas do que as atribuídas pelas agências de notação norte-americanas.
Portugal, Espanha, Itália, Bélgica, Chile, África do Sul, Malásia, Estónia, Polónia e Israel foram classificados com A-.
A Noruega, Austrália, Dinamarca, Luxemburgo, Suíça, Singapura e Nova Zelândia tiveram AAA.
O relatório sobre risco da dívida soberana da Dagong Global Credit Rating, que abrange 50 países, é o primeiro realizado por uma agência de rating não ocidental e alerta para os problemas dos países densenvolvidos, devido ao facto do crescimento da dívida estar acima das receitas.
Pequim já tinha manifestado o interesse por uma alternativa às agências ocidentais, consideradas responsáveis por terem subestimado os riscos de crédito que conduziram a uma crise financeira global em 2008.
Os EUA (AA) e outros 17 países entre os quais o Canadá (AA+), Grã Bretanha (AA-)e França (AA-) receberam classificações mais baixas da Dagong do que das três agências norte-americanas de referência, Moody’s Fitch e Standard & Poor's.
Nove países em desenvolvimento, incluindo a China (AA+), Rússia (A-)e Brasil (A-) tiveram classificações mais altas do que as atribuídas pelas agências de notação norte-americanas.
Portugal, Espanha, Itália, Bélgica, Chile, África do Sul, Malásia, Estónia, Polónia e Israel foram classificados com A-.
A Noruega, Austrália, Dinamarca, Luxemburgo, Suíça, Singapura e Nova Zelândia tiveram AAA.
quinta-feira, julho 08, 2010
Brasil apoia a Guiné-Equatorial como membro de pleno direito da CPLP
in Notícias Lusófonas
O Brasil apoia o interesse da Guiné-Equatorial em tornar-se membro pleno da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), afirmou hoje o porta-voz da Presidência.
Marcelo Baumbach falava aos jornalistas a respeito do périplo que o presidente Lula da Silva fará a partir de sexta-feira por seis países africanos - Cabo Verde, Guiné-Equatorial, Quénia, Tanzânia, Zâmbia e África do Sul.
Questionado sobre as razões do apoio brasileiro a um país que não fala português e que é alvo de denúncias de violação de direitos humanos por parte de organismos internacionais, o porta-voz presidencial esquivou-se.
“Não me cabe discorrer sobre isso. O que eu posso dizer é que existe sim o apoio do Brasil e o interesse da Guiné-Equatorial”, afirmou Baumbach, acrescentando que não poderia prever se a entrada do país na CPLP como membro pleno será oficializada na Cimeira da Comunidade, em Luanda, a 23 de Julho.
De acordo com o porta-voz, o Brasil propõe que seja criado na Guiné-Equatorial um leitorado de língua portuguesa, “desde que exista uma universidade interessada em receber e em oferecer contrapartidas”.
“Uma vez instalado esse leitorado brasileiro, haveria até condições para a abertura de um centro cultural brasileiro no país”, acrescentou.
Lula da Silva chegará a Malabo na noite de domingo e, no dia seguinte, terá encontro com o presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo e participará num encontro empresarial dos dois países.
O porta-voz disse que o presidente brasileiro “deseja conferir importante impulso político ao processo de conhecimento e aproximação entre o Brasil e a Guiné-Equatorial”.
Este processo foi iniciado com a abertura de embaixadas residentes em 2005, em Brasília, e em 2006, em Malabo. Na avaliação do governo brasileiro, as maiores potencialidades do comércio com a Guiné Equatorial concentram-se nos sectores de gás e petróleo, infraestrutura, construção civil, máquinas e equipamentos agrícolas, material de defesa e aeronaves.
Durante a visita do presidente Lula a Malabo, deverão ser assinados acordos para a cooperação na área de defesa e para a criação de uma Comissão Mista Brasil-Guiné-Equatorial.
O Brasil apoia o interesse da Guiné-Equatorial em tornar-se membro pleno da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), afirmou hoje o porta-voz da Presidência.
Marcelo Baumbach falava aos jornalistas a respeito do périplo que o presidente Lula da Silva fará a partir de sexta-feira por seis países africanos - Cabo Verde, Guiné-Equatorial, Quénia, Tanzânia, Zâmbia e África do Sul.
Questionado sobre as razões do apoio brasileiro a um país que não fala português e que é alvo de denúncias de violação de direitos humanos por parte de organismos internacionais, o porta-voz presidencial esquivou-se.
“Não me cabe discorrer sobre isso. O que eu posso dizer é que existe sim o apoio do Brasil e o interesse da Guiné-Equatorial”, afirmou Baumbach, acrescentando que não poderia prever se a entrada do país na CPLP como membro pleno será oficializada na Cimeira da Comunidade, em Luanda, a 23 de Julho.
De acordo com o porta-voz, o Brasil propõe que seja criado na Guiné-Equatorial um leitorado de língua portuguesa, “desde que exista uma universidade interessada em receber e em oferecer contrapartidas”.
“Uma vez instalado esse leitorado brasileiro, haveria até condições para a abertura de um centro cultural brasileiro no país”, acrescentou.
Lula da Silva chegará a Malabo na noite de domingo e, no dia seguinte, terá encontro com o presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo e participará num encontro empresarial dos dois países.
O porta-voz disse que o presidente brasileiro “deseja conferir importante impulso político ao processo de conhecimento e aproximação entre o Brasil e a Guiné-Equatorial”.
Este processo foi iniciado com a abertura de embaixadas residentes em 2005, em Brasília, e em 2006, em Malabo. Na avaliação do governo brasileiro, as maiores potencialidades do comércio com a Guiné Equatorial concentram-se nos sectores de gás e petróleo, infraestrutura, construção civil, máquinas e equipamentos agrícolas, material de defesa e aeronaves.
Durante a visita do presidente Lula a Malabo, deverão ser assinados acordos para a cooperação na área de defesa e para a criação de uma Comissão Mista Brasil-Guiné-Equatorial.
Guiné: Liga Direitos Humanos diz militares obstáculos Estado Direito
A Liga Guineense dos Direitos Humanos considerou hoje que os militares são os principais obstáculos aos esforços da construção de um Estado de Direito e à consolidação da paz na Guiné-Bissau.
A Liga reagia desta forma aos incidentes ocorridos terça-feira em Bissau, quando um grupo de soldados espancou brutalmente cinco agentes da polícia de trânsito, quatro dos quais mulheres, em plena via pública.
Segundo um comunicado do Movimento da Sociedade Civil (plataforma que agrupa as organizações da sociedade civil), o incidente envolveu alegadamente a mulher e o motorista do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, António Indjai.
A Liga reagia desta forma aos incidentes ocorridos terça-feira em Bissau, quando um grupo de soldados espancou brutalmente cinco agentes da polícia de trânsito, quatro dos quais mulheres, em plena via pública.
Segundo um comunicado do Movimento da Sociedade Civil (plataforma que agrupa as organizações da sociedade civil), o incidente envolveu alegadamente a mulher e o motorista do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, António Indjai.
Cabo Verde defende criação de corredor marítimo com PortugalÁfrica
A ministra das Finanças de Cabo Verde, Cristina Duarte, considerou hoje que Portugal e o arquipélago podem em conjunto criar um "corredor extremamente competitivo" do Atlântico Norte ao Atlântico Sul.
No final de uma apresentação ao Presidente da República português, Cavaco Silva, Cristina Duarte indicou que "apesar de ter mais território do que Cabo Verde, Portugal tem que ter como um dos pontos de partida o mar. Aliás, historicamente foi assim. É aí que, estabelecendo uma parceria Cabo Verde-Portugal através do cluster mar, podemos criar um corredor extremamente competitivo do Atlântico Norte até ao Atlântico Sul, envolvendo outros países da CPLP", disse.
O projecto de "cluster mar", explicou a governante cabo-verdiana, nasce da constatação de que o modelo económico "assente em remessas e ajuda púbica ao desenvolvimento" se tinha esgotado e era necessário "aproveitar as vantagens competitivas" do país.
"Cabo Verde é antes de mais mar e céu. Só temos quatro mil quilómetros quadrados de terra. Logo, a nossa visão estratégica tem que ter isto como ponto de partida. Logo, o cluster mar tem que se transformar num motor do crescimento económico. E, quando falamos desse cluster, falamos como grande arrastador do porto de águas profundas. E aí surge o Mindelo, como epicentro deste cluster, não só como transbordo, como centro internacional de pescas, centro de excelência em termos de investigação oceanográfica, turismo", explicou.
O porto de águas profundas do Mindelo é uma "peça fundamental" do "cluster", num investimento de 400 milhões de euros.
No final de uma apresentação ao Presidente da República português, Cavaco Silva, Cristina Duarte indicou que "apesar de ter mais território do que Cabo Verde, Portugal tem que ter como um dos pontos de partida o mar. Aliás, historicamente foi assim. É aí que, estabelecendo uma parceria Cabo Verde-Portugal através do cluster mar, podemos criar um corredor extremamente competitivo do Atlântico Norte até ao Atlântico Sul, envolvendo outros países da CPLP", disse.
O projecto de "cluster mar", explicou a governante cabo-verdiana, nasce da constatação de que o modelo económico "assente em remessas e ajuda púbica ao desenvolvimento" se tinha esgotado e era necessário "aproveitar as vantagens competitivas" do país.
"Cabo Verde é antes de mais mar e céu. Só temos quatro mil quilómetros quadrados de terra. Logo, a nossa visão estratégica tem que ter isto como ponto de partida. Logo, o cluster mar tem que se transformar num motor do crescimento económico. E, quando falamos desse cluster, falamos como grande arrastador do porto de águas profundas. E aí surge o Mindelo, como epicentro deste cluster, não só como transbordo, como centro internacional de pescas, centro de excelência em termos de investigação oceanográfica, turismo", explicou.
O porto de águas profundas do Mindelo é uma "peça fundamental" do "cluster", num investimento de 400 milhões de euros.
Telefónica cai de 3ª para 5ª maior telecom do mundo
Há oito meses, a Telefónica era a 3ª maior empresa de telecomunicações do mundo em Bolsa. Hoje é a 5ª. Alierta foi passado há dias por Carlos Slim. O que explica em parte o ataque à Vivo. A PT joga noutro campeonato.
A Telefónica vale neste momento em Bolsa menos 18% do que abriu o ano de 2010, quando valia perto de 90 mil milhões de euros. É mesmo a segunda operadora europeia que mais cai este ano. A empresa espanhola está a ter um ano de 2010 de forte queda, depois de um 2009 de forte alta, em termos absolutos mas também relativamente aos competidores directos internacionais.
Depois de, há oito meses, ser a maior empresa de telecomunicações europeia e ter estado a meros 10 mil milhões da gigante americana AT&T, este ano, o "ranking" virou. A AT&T distanciou-se e, agora, a America Movil passa também a Telefónica. O arqui-rival mexicano Carlos Slim reagrupou as participações do seu grupo e deixou para trás a empresa de César Alierta.
PT noutro campeonato
O "ranking" das maiores empresas de telecomunicações tem cada vez menos empresas europeias. Empresas como a France Télécom e a Deutsche Telekom, hoje lutam por não cair do top 10, quando não há muitos anos estavam mais próximas da cabeça que do final.
Este é outro campeonato: se a Telefónica vale 73 mil milhões de euros, a PT vale 7,6 mil milhões. O multiplicador é de quase dez vezes. Mas se a Telefónica cai 18% estre ano, a PT está "em casa", com uma variação próxima de zero. Isto porque a oferta da Telefónica à PT para comprar a Vivo fez valorizar a empresa portuguesa nos últimos dois meses, desvalorizando a empresa espanhola.
Vários analistas têm sublinhado que a necessidade da Telefónica em reagir à ascensão do império de Carlos Slim na América Latina é uma das principais motivações para a oferta da Telefónica sobre a Vivo. Isso permitir-lhe ia fazer uma fusão entre a Vivo (operadora móvel) e a antiga Telesp (operadora fixa da Telefónica em São Paulo), empresas que têm tido desempenhos opostos, com vantagem para a Vivo. Essa fusãooque geraria fortes sinergias para a Telefónica.
A ascensão de Carlis Slim
A subida do império de telecomunicações de Carlos Slim deu-se imediatamente após a integração dos activos da Telmex Internacional e da Carso, o que multiplicou o número de acções sem prejudicar a cotação. A América Móvil vale agora quase 78 mil milhões de euros em Bolsa, deixando para trás a Telefónica.
[Slim era um precioso aliado para a PT...]
A Telefónica vale neste momento em Bolsa menos 18% do que abriu o ano de 2010, quando valia perto de 90 mil milhões de euros. É mesmo a segunda operadora europeia que mais cai este ano. A empresa espanhola está a ter um ano de 2010 de forte queda, depois de um 2009 de forte alta, em termos absolutos mas também relativamente aos competidores directos internacionais.
Depois de, há oito meses, ser a maior empresa de telecomunicações europeia e ter estado a meros 10 mil milhões da gigante americana AT&T, este ano, o "ranking" virou. A AT&T distanciou-se e, agora, a America Movil passa também a Telefónica. O arqui-rival mexicano Carlos Slim reagrupou as participações do seu grupo e deixou para trás a empresa de César Alierta.
PT noutro campeonato
O "ranking" das maiores empresas de telecomunicações tem cada vez menos empresas europeias. Empresas como a France Télécom e a Deutsche Telekom, hoje lutam por não cair do top 10, quando não há muitos anos estavam mais próximas da cabeça que do final.
Este é outro campeonato: se a Telefónica vale 73 mil milhões de euros, a PT vale 7,6 mil milhões. O multiplicador é de quase dez vezes. Mas se a Telefónica cai 18% estre ano, a PT está "em casa", com uma variação próxima de zero. Isto porque a oferta da Telefónica à PT para comprar a Vivo fez valorizar a empresa portuguesa nos últimos dois meses, desvalorizando a empresa espanhola.
Vários analistas têm sublinhado que a necessidade da Telefónica em reagir à ascensão do império de Carlos Slim na América Latina é uma das principais motivações para a oferta da Telefónica sobre a Vivo. Isso permitir-lhe ia fazer uma fusão entre a Vivo (operadora móvel) e a antiga Telesp (operadora fixa da Telefónica em São Paulo), empresas que têm tido desempenhos opostos, com vantagem para a Vivo. Essa fusãooque geraria fortes sinergias para a Telefónica.
A ascensão de Carlis Slim
A subida do império de telecomunicações de Carlos Slim deu-se imediatamente após a integração dos activos da Telmex Internacional e da Carso, o que multiplicou o número de acções sem prejudicar a cotação. A América Móvil vale agora quase 78 mil milhões de euros em Bolsa, deixando para trás a Telefónica.
[Slim era um precioso aliado para a PT...]
terça-feira, julho 06, 2010
O cheque e o xeque-mate
Por Fernando Sobral
No meio do teatro de sombras em que se transformou o negócio PT/Vivo/Telefónica, o Governo espanhol achou que a Portugal estava reservado o papel de D. Quixote, o cavaleiro que não distingue a ficção da realidade.
Os ministros Miguel Angel Moratinos e Elena Salgado e a Telefónica, transformaram--se em anjos impolutos, escrevendo o argumento. José Sócrates entendeu tarde demais o verdadeiro dilema da PT, entretido com o assalto à TVI numa lógica que um dia será melhor explicada.
Não se preparou, estrategicamente, para o que a Espanha queria e, por isso, a sua reacção foi tardia e disparatada. Mas talvez esteja a tempo de recuperar o equilíbrio político. A sua entrevista ao "El País" mostra um renovado Sócrates que sabe separar o trigo do joio. E que entende o que efectivamente está em jogo, enquanto que atrás das cortinas se continuam a inventar cenários para que tudo pareça um conto de fadas.
O Governo espanhol e a Telefónica, tão amigos das regras de mercado, sabem o que fizeram à alemã E.on quando tentou entrar em Espanha. E sabem como Berlusconi despachou a Telefónica quando esta estava tentada pela Telecom Itália. As leis do mercado têm diferente valor em diferentes épocas.
Mas a ideia espanhola foi genial e lembra quando Maquiavel, para comemorar as vitórias de Florença, comissionou um mural em conjunto a Leonardo Da Vinci e a Michelangelo, sabendo que ambos se odiavam. Conseguiu dividir o poder político e o económico português, enquanto acenava com o cheque.
Agora resta saber quem aplicará o xeque-mate.
No meio do teatro de sombras em que se transformou o negócio PT/Vivo/Telefónica, o Governo espanhol achou que a Portugal estava reservado o papel de D. Quixote, o cavaleiro que não distingue a ficção da realidade.
Os ministros Miguel Angel Moratinos e Elena Salgado e a Telefónica, transformaram--se em anjos impolutos, escrevendo o argumento. José Sócrates entendeu tarde demais o verdadeiro dilema da PT, entretido com o assalto à TVI numa lógica que um dia será melhor explicada.
Não se preparou, estrategicamente, para o que a Espanha queria e, por isso, a sua reacção foi tardia e disparatada. Mas talvez esteja a tempo de recuperar o equilíbrio político. A sua entrevista ao "El País" mostra um renovado Sócrates que sabe separar o trigo do joio. E que entende o que efectivamente está em jogo, enquanto que atrás das cortinas se continuam a inventar cenários para que tudo pareça um conto de fadas.
O Governo espanhol e a Telefónica, tão amigos das regras de mercado, sabem o que fizeram à alemã E.on quando tentou entrar em Espanha. E sabem como Berlusconi despachou a Telefónica quando esta estava tentada pela Telecom Itália. As leis do mercado têm diferente valor em diferentes épocas.
Mas a ideia espanhola foi genial e lembra quando Maquiavel, para comemorar as vitórias de Florença, comissionou um mural em conjunto a Leonardo Da Vinci e a Michelangelo, sabendo que ambos se odiavam. Conseguiu dividir o poder político e o económico português, enquanto acenava com o cheque.
Agora resta saber quem aplicará o xeque-mate.
União Europeia vai reexaminar as suas ajudas à Guiné-Bissau
A União Europeia (UE) anunciou hoje a sua intenção de “reexaminar” a ajuda que concede ao desenvolvimento da Guiné-Bissau, tendo em conta a tomada de posse do golpista António Indjai como chefe do Estado-Maior General.
A chefe da diplomacia da UE, a britânica Catherine Ashton, “considera que a situação presente poderá constituir uma violação dos compromissos da Guiné-Bissaau em termos de respeito pelos direitos humanos, a democracia e o Estado de Direito”, no quadro do Acordo de Cotonou.
Em consequência, Ashton pediu um reexame da “implicação global da UE na Guiné-Bissau”, país que está a ficar cada vez mais isolado devido ao peso dos seus militares, às arbitrariedades dos mesmos e ao facto de alguns deles se envolverem no narcotráfico que passa pela região.
O Acordo de Cotonou, entre a UE e a maior parte dos países da África, das Caraíbas e do Pacífico (ACP) foi assinado no Benim em 23 de Junho de 2000, depois de ter expirado a Convenção de Lomé, que anteriormente ligava as duas partes. E prevê ajuda económica e ao desenvolvimento dos estados mais carenciados, desde que eles respeitem diversos critérios, nomeadamente os políticos.
A UE tinha programada uma ajuda total de 102,8 milhões de euros para a Guiné-Bissau, no período de 2008 a 2013; e agora, se realmente suspender o seu auxílio, isto dirá respeito aos fundos especificamente destinados ao Estado e não às populações e às organizações não governamentais.
Em 2008 os 27 criaram uma missão destinada a apoiar a reforma do sector da polícia, da justiça e das Forças Armadas da Guiné-Bissau, os quais têm funcionado muito mal, não tendo sido ainda apurados os responsáveis pelos assassínios, no ano passado, do Presidente João Bernardo Nino Vieira e de uma série de outras personalidades.
O mandato daquela missão termina agora a 30 de Novembro, estando a sua coordenação actualmente entregue ao coronel português Fernando Afonso, que sucedeu nas últimas semanas ao general espanhol espanhol Juan Esteban Verastegui.
A baronesa Ashton declarou-se “consternada pela recente nomeação do general António Indjai, tendo em conta que ele foi o principal responsável pelo motim de Abril”, que remeteu para uma prisão militar o anterior chefe do Estado-Maior General, almirante Zamora Induta, cuja libertação ela hoje solicitou.
Naquele mesmo dia 1 de Abril, Indjai, que era o vice-chefe do Estado-Maior, retirou do seu refúgio na representação das Nações Unidas o contra-almirante Bubo Na Tchuto, indiciado pelos Estados Unidos como narcotraficante, e sequestrou durante algumas horas o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, que chegou a ameaçar em público de mandar matar, perante as manifestações de apoio popular de que o mesmo estava a ser alvo.
Nos 10 anos anteriores ao afastamento de Zamora Induta, já tinham sido assassinados três chefes do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses: Ansumane Mané, Veríssimo Correia Seabra e Tagma Na Wae, num sucessivo ajuste de contas entre diferentes facções militares, lideradas em muitos dos casos por oficiais que vieram da guerrilha que, a partir de 1963, se travou contra a potência colonial, Portugal, que em 1974 acabou por reconhecer a independência do país, depois de em Lisboa se ter dado o movimento do 25 de Abril.
Dia 29 de Junho, ao conceder posse a Indjai no cargo que efectivamente ele já estava a desempenhar de facto desde Abril, o Presidente da República, Malam Bacai Sanha, afirmou: "Tomámos a nossa decisão soberanamente, porque somos um Estado soberano". E neste último fim-de-semana, chamado à pedra pelos seus pares da África Ocidental, durante uma cimeira que houve na ilha do Sal, em Cabo Verde, comentou que "uma coisa é querer, outra coisa é poder". Ou seja, aparentemente, reconheceu o que muitos observadores têm vindo a dizer. As estruturas políticas do país não têm poder suficiente para se opor às decisões tomadas pelas estruturas militares, de há muito a necessitarem de uma profunda reestruturação.
Para além da UE e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), também os Estados Unidos e o Brasil já criticaram energicamente a proposta governamental, homologada pelo Presidente, de se nomear chefe do Estado-Maior um general golpista.
[A CPLP manteve-se num silêncio ensurdecedor...]
A chefe da diplomacia da UE, a britânica Catherine Ashton, “considera que a situação presente poderá constituir uma violação dos compromissos da Guiné-Bissaau em termos de respeito pelos direitos humanos, a democracia e o Estado de Direito”, no quadro do Acordo de Cotonou.
Em consequência, Ashton pediu um reexame da “implicação global da UE na Guiné-Bissau”, país que está a ficar cada vez mais isolado devido ao peso dos seus militares, às arbitrariedades dos mesmos e ao facto de alguns deles se envolverem no narcotráfico que passa pela região.
O Acordo de Cotonou, entre a UE e a maior parte dos países da África, das Caraíbas e do Pacífico (ACP) foi assinado no Benim em 23 de Junho de 2000, depois de ter expirado a Convenção de Lomé, que anteriormente ligava as duas partes. E prevê ajuda económica e ao desenvolvimento dos estados mais carenciados, desde que eles respeitem diversos critérios, nomeadamente os políticos.
A UE tinha programada uma ajuda total de 102,8 milhões de euros para a Guiné-Bissau, no período de 2008 a 2013; e agora, se realmente suspender o seu auxílio, isto dirá respeito aos fundos especificamente destinados ao Estado e não às populações e às organizações não governamentais.
Em 2008 os 27 criaram uma missão destinada a apoiar a reforma do sector da polícia, da justiça e das Forças Armadas da Guiné-Bissau, os quais têm funcionado muito mal, não tendo sido ainda apurados os responsáveis pelos assassínios, no ano passado, do Presidente João Bernardo Nino Vieira e de uma série de outras personalidades.
O mandato daquela missão termina agora a 30 de Novembro, estando a sua coordenação actualmente entregue ao coronel português Fernando Afonso, que sucedeu nas últimas semanas ao general espanhol espanhol Juan Esteban Verastegui.
A baronesa Ashton declarou-se “consternada pela recente nomeação do general António Indjai, tendo em conta que ele foi o principal responsável pelo motim de Abril”, que remeteu para uma prisão militar o anterior chefe do Estado-Maior General, almirante Zamora Induta, cuja libertação ela hoje solicitou.
Naquele mesmo dia 1 de Abril, Indjai, que era o vice-chefe do Estado-Maior, retirou do seu refúgio na representação das Nações Unidas o contra-almirante Bubo Na Tchuto, indiciado pelos Estados Unidos como narcotraficante, e sequestrou durante algumas horas o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, que chegou a ameaçar em público de mandar matar, perante as manifestações de apoio popular de que o mesmo estava a ser alvo.
Nos 10 anos anteriores ao afastamento de Zamora Induta, já tinham sido assassinados três chefes do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses: Ansumane Mané, Veríssimo Correia Seabra e Tagma Na Wae, num sucessivo ajuste de contas entre diferentes facções militares, lideradas em muitos dos casos por oficiais que vieram da guerrilha que, a partir de 1963, se travou contra a potência colonial, Portugal, que em 1974 acabou por reconhecer a independência do país, depois de em Lisboa se ter dado o movimento do 25 de Abril.
Dia 29 de Junho, ao conceder posse a Indjai no cargo que efectivamente ele já estava a desempenhar de facto desde Abril, o Presidente da República, Malam Bacai Sanha, afirmou: "Tomámos a nossa decisão soberanamente, porque somos um Estado soberano". E neste último fim-de-semana, chamado à pedra pelos seus pares da África Ocidental, durante uma cimeira que houve na ilha do Sal, em Cabo Verde, comentou que "uma coisa é querer, outra coisa é poder". Ou seja, aparentemente, reconheceu o que muitos observadores têm vindo a dizer. As estruturas políticas do país não têm poder suficiente para se opor às decisões tomadas pelas estruturas militares, de há muito a necessitarem de uma profunda reestruturação.
Para além da UE e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), também os Estados Unidos e o Brasil já criticaram energicamente a proposta governamental, homologada pelo Presidente, de se nomear chefe do Estado-Maior um general golpista.
[A CPLP manteve-se num silêncio ensurdecedor...]
segunda-feira, julho 05, 2010
Clientes de TV paga em Espanha perdem RTP Internacional
Os clientes do serviço de televisão paga espanhol Digital Plus (DP) deixaram desde 1 de julho de ter acesso aos canais internacionais, incluindo a RTP Internacional, por decisão da plataforma francesa Canalsat.
A decisão implica que milhares de clientes deixaram de ter acesso a esses canais o que, no caso da RTP, está a provocar intenso debate entre a comunidade portuguesa em Espanha.
No caso da DP, o corte afecta praticamente todos os canais europeus internacionais, incluindo a RAI Internacional e a própria TVE Internacional, numa decisão que a plataforma espanhola diz não ser da sua responsabilidade.
Fonte da DP explicou que nos últimos dias receberam “inúmeros” contactos de clientes sobre o corte dos serviços que só serão restabelecidos, no futuro, se houver interesse para tal.
“Tem havido muito interesse. Estes canais não faziam parte da nossa oferta e nós apenas os transmitíamos porque eram distribuídos em sinal aberto pelo satélite Astra”, explicou a fonte.
Fonte da Astra em Espanha explicou que a suspensão da transmissão se deve diretamente a uma decisão do canal de distribuição francês DTH CanalSat, equivalente francês à DP.
“Há algum tempo o CanalSat tinha alugado espaço no Astra para transmitir a RTP Internacional e outros canais. Agora deixou de ter esse interesse por necessitar do espaço para outros canais”, disse.
Em comunicado recente a RTP informou que a partir do dia 1 de julho de 2010, o sinal da RTP Internacional deixaria “de estar disponível na plataforma DTH CANALSAT de França, por decisão desta, e, como consequência”, também deixaria “de ser difundido na Europa pelo satélite Astra”.
A decisão implica que milhares de clientes deixaram de ter acesso a esses canais o que, no caso da RTP, está a provocar intenso debate entre a comunidade portuguesa em Espanha.
No caso da DP, o corte afecta praticamente todos os canais europeus internacionais, incluindo a RAI Internacional e a própria TVE Internacional, numa decisão que a plataforma espanhola diz não ser da sua responsabilidade.
Fonte da DP explicou que nos últimos dias receberam “inúmeros” contactos de clientes sobre o corte dos serviços que só serão restabelecidos, no futuro, se houver interesse para tal.
“Tem havido muito interesse. Estes canais não faziam parte da nossa oferta e nós apenas os transmitíamos porque eram distribuídos em sinal aberto pelo satélite Astra”, explicou a fonte.
Fonte da Astra em Espanha explicou que a suspensão da transmissão se deve diretamente a uma decisão do canal de distribuição francês DTH CanalSat, equivalente francês à DP.
“Há algum tempo o CanalSat tinha alugado espaço no Astra para transmitir a RTP Internacional e outros canais. Agora deixou de ter esse interesse por necessitar do espaço para outros canais”, disse.
Em comunicado recente a RTP informou que a partir do dia 1 de julho de 2010, o sinal da RTP Internacional deixaria “de estar disponível na plataforma DTH CANALSAT de França, por decisão desta, e, como consequência”, também deixaria “de ser difundido na Europa pelo satélite Astra”.
domingo, julho 04, 2010
Portugal: Moutinho-Lopes a dupla que marcou o fim-de-semana
A saída de Fátima Lopes da SIC para a rival TVI e a saída de João Moutinho do Sporting para o rival FC Porto foram as duas notícias quem mais desiludiram ou criaram novas ilusões em muitos portugueses neste fim-de-semana.
Para muitos é o afirmar de que já nada é sagrado. Para outros é o constatar de que as coisas estão como sempre foram: "o dinheiro faz mover o mundo".
Fátima Lopes sempre foi uma querida para os mais velhinhos e fez companhia em muitas manhãs e tardes a donas de casa ocupadas ou desocupadas nos seus afazeres. João Moutinho era actualmente uma esperança para os sportinguistas (viam nele a esperança num bom encaixe financeiro em tempos tão difíceis pelas bandas de Alvalade) e era sempre tido como o "baixinho" (a sua pequenês fazia-o parecer realmente uma criança), despertando carinho nas hostes verde e brancas.
São dois ícones portugueses que abandonam as suas casas e as trocam por "novas oportunidades" e "passos em frente" na carreira.
Portugal sai reforçado na sua sensatez e refreado na sua loucura.
Fátima Lopes não se transferiu para nenhum canal espanhol, não, ficou cá. Sacrificou-se para se transferir para o canal líder de audiências - a TVI. Moutinho foi coerente (na incoerência), não se transferiu para um qualquer grande da Europa, não, sacrificou-se e, ao invés de ir para Espanha, onde tudo seria mais fácil, assinou pelo FC Porto, demonstrando querer arriscar ser campeão em Portugal (e mostrou dar valor à história: o clube do norte até jáo tinha namoriscado há uns anos...).
Depois de o Governo ter recusado as intenções da Telefónica e demais incursões momentâneas espanholas, estes dois ícones da modernidade pós-europeia portuguesa são hoje símbolos de que Portugal ganhou valor suficiente para que tudo se passe entre paredes, não precisamos de ir para uma Espanha qualquer, ficamos na nossa...
Para muitos é o afirmar de que já nada é sagrado. Para outros é o constatar de que as coisas estão como sempre foram: "o dinheiro faz mover o mundo".
Fátima Lopes sempre foi uma querida para os mais velhinhos e fez companhia em muitas manhãs e tardes a donas de casa ocupadas ou desocupadas nos seus afazeres. João Moutinho era actualmente uma esperança para os sportinguistas (viam nele a esperança num bom encaixe financeiro em tempos tão difíceis pelas bandas de Alvalade) e era sempre tido como o "baixinho" (a sua pequenês fazia-o parecer realmente uma criança), despertando carinho nas hostes verde e brancas.
São dois ícones portugueses que abandonam as suas casas e as trocam por "novas oportunidades" e "passos em frente" na carreira.
Portugal sai reforçado na sua sensatez e refreado na sua loucura.
Fátima Lopes não se transferiu para nenhum canal espanhol, não, ficou cá. Sacrificou-se para se transferir para o canal líder de audiências - a TVI. Moutinho foi coerente (na incoerência), não se transferiu para um qualquer grande da Europa, não, sacrificou-se e, ao invés de ir para Espanha, onde tudo seria mais fácil, assinou pelo FC Porto, demonstrando querer arriscar ser campeão em Portugal (e mostrou dar valor à história: o clube do norte até jáo tinha namoriscado há uns anos...).
Depois de o Governo ter recusado as intenções da Telefónica e demais incursões momentâneas espanholas, estes dois ícones da modernidade pós-europeia portuguesa são hoje símbolos de que Portugal ganhou valor suficiente para que tudo se passe entre paredes, não precisamos de ir para uma Espanha qualquer, ficamos na nossa...
Angola no 'top' do vinho português
Portugal exportou vinho no valor de 246 milhões de euros. Angola é o maior importador; Reino Unido e EUA estão a seguir.
Angola lidera o ranking dos dez países que mais compram vinhos portugueses, tendo importado 444,6 mil de hectolitros em 2009, no valor de 56,9 milhões de euros. No ano passado, Portugal exportou em vinhos tintos e brancos, isto é, vinhos tranquilos, 1,59 milhões de hectolitros, o que correspondeu a 246 milhões de euros, indicam dados a da ViniPortugal. Ou seja, Angola representa já cerca de um quarto das exportações nacionais.
O dinamismo das exportações de vinhos portugueses para Angola continua a ser sustentado e "o potencial de mercado grande", segundo a ViniPortugal. A seguir a Angola, surge o Reino Unido, com um valor de importações da ordem dos 19,6 milhões de euros; e depois os EUA, com compras no valor de 18,6 milhões de euros.
Para muitas empresas produtoras de vinho, as exportações surgem como a única possibilidade para a expansão do negócio, já que em Portugal o consumo de vinho tem vindo a diminuir. "Como as famílias têm menos dinheiro, consomem menos", refere uma das maiores empresas vinícolas. A produção total de vinho na campanha de 2009/2010 foi de 5,867 milhões de hectolitros, um aumento de 3,1% face ao ano anterior. Os vinhos com denominação de origem protegida (DOP) representaram 51,1% da produção e os vinhos com indicação de geografia protegida (IGP) 21,7%. A categoria vinho representou 27% e os vinhos com indicação de casta e/ou ano, apenas 0,1%.
Angola lidera o ranking dos dez países que mais compram vinhos portugueses, tendo importado 444,6 mil de hectolitros em 2009, no valor de 56,9 milhões de euros. No ano passado, Portugal exportou em vinhos tintos e brancos, isto é, vinhos tranquilos, 1,59 milhões de hectolitros, o que correspondeu a 246 milhões de euros, indicam dados a da ViniPortugal. Ou seja, Angola representa já cerca de um quarto das exportações nacionais.
O dinamismo das exportações de vinhos portugueses para Angola continua a ser sustentado e "o potencial de mercado grande", segundo a ViniPortugal. A seguir a Angola, surge o Reino Unido, com um valor de importações da ordem dos 19,6 milhões de euros; e depois os EUA, com compras no valor de 18,6 milhões de euros.
Para muitas empresas produtoras de vinho, as exportações surgem como a única possibilidade para a expansão do negócio, já que em Portugal o consumo de vinho tem vindo a diminuir. "Como as famílias têm menos dinheiro, consomem menos", refere uma das maiores empresas vinícolas. A produção total de vinho na campanha de 2009/2010 foi de 5,867 milhões de hectolitros, um aumento de 3,1% face ao ano anterior. Os vinhos com denominação de origem protegida (DOP) representaram 51,1% da produção e os vinhos com indicação de geografia protegida (IGP) 21,7%. A categoria vinho representou 27% e os vinhos com indicação de casta e/ou ano, apenas 0,1%.
quinta-feira, julho 01, 2010
Cabinda: Nzita Tiago não aceita passagem à reforma como líder da FLEC
Na qualidade de fundador de Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), Nzita Henriques Tiago acusou de alta traição o vice-presidente Alexandre Tati Buílo e outros três dirigentes, que revogou das suas funções, depois de eles o terem afastado da direcção efectiva.
Num comunicado hoje enviado ao PÚBLICO, em francês, por seu neto Jean-Claude Nzita, presidente da comunidade cabindesa na Suíça, o velho político deste movimento que quer ser independente de Angola, diz ter afastado Buílo, o chefe da segurança, Moisés Carlos, o “encarregado de missões na presidência”, Veras Luemba Luís, e o chefe do Estado-Maior General, Estanislau Boma. Estas decisões, diz o comunicado do líder que este mês completa 83 anos, têm efeito a partir do dia de ontem.
Segundo este texto, os novos vice-presidente, chefe do Estado-Maior e chefe da segurança serão nomeados posteriormente. Mas os comandantes das diferentes regiões militares da guerrilha devem permanecer nos seus postos até nova ordem.
Ontem, o Alto Comando das Forças Armadas Cabindesas Unificadas (FACU) fez saber que decidira retirar a Nzita Henriques Tiago “todas as responsabilidade políticas no seio da FLEC”, o movimento criado em 1963 para lutar pela autodeterminação do território.
Este foi mais um episódio da agitada história do movimento, que não aceita o estatuto de Cabinda como simples província de Angola.
O mesmo órgão supremo militar da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) designou o vice-presidente Alexandre Tati Builo “para assumir todos os cargos da direcção” do grupo independentista. E adiantou que Nzita Henriques Tiago ficaria com o título honorário de “Líder Histórico, Herói Nacional e Património do Povo de Cabinda”.
O comando militar afirmava que, mesmo na reforma, Tiago permaneceria “o grande timoneiro e conselheiro da FLEC”, o que pelos vistos ele não achou suficiente, a acreditar no texto hoje distribuído por seu neto.
Ao longo dos anos, a FLEC tem-se dividido periodicamente em diferentes facções, que ocasionalmente se reagrupam, para depois se cindirem em outros grupos ou tendências, numa agitação permanente.
Em Janeiro, elementos afectos a uma das alas do movimento independentista atacaram a selecção togolesa que ia participar em Cabinda no campeonato africano de futebol. Morreram então duas pessoas, pelo que a equipa do Togo acabou por se retirar da competição.
Num comunicado hoje enviado ao PÚBLICO, em francês, por seu neto Jean-Claude Nzita, presidente da comunidade cabindesa na Suíça, o velho político deste movimento que quer ser independente de Angola, diz ter afastado Buílo, o chefe da segurança, Moisés Carlos, o “encarregado de missões na presidência”, Veras Luemba Luís, e o chefe do Estado-Maior General, Estanislau Boma. Estas decisões, diz o comunicado do líder que este mês completa 83 anos, têm efeito a partir do dia de ontem.
Segundo este texto, os novos vice-presidente, chefe do Estado-Maior e chefe da segurança serão nomeados posteriormente. Mas os comandantes das diferentes regiões militares da guerrilha devem permanecer nos seus postos até nova ordem.
Ontem, o Alto Comando das Forças Armadas Cabindesas Unificadas (FACU) fez saber que decidira retirar a Nzita Henriques Tiago “todas as responsabilidade políticas no seio da FLEC”, o movimento criado em 1963 para lutar pela autodeterminação do território.
Este foi mais um episódio da agitada história do movimento, que não aceita o estatuto de Cabinda como simples província de Angola.
O mesmo órgão supremo militar da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) designou o vice-presidente Alexandre Tati Builo “para assumir todos os cargos da direcção” do grupo independentista. E adiantou que Nzita Henriques Tiago ficaria com o título honorário de “Líder Histórico, Herói Nacional e Património do Povo de Cabinda”.
O comando militar afirmava que, mesmo na reforma, Tiago permaneceria “o grande timoneiro e conselheiro da FLEC”, o que pelos vistos ele não achou suficiente, a acreditar no texto hoje distribuído por seu neto.
Ao longo dos anos, a FLEC tem-se dividido periodicamente em diferentes facções, que ocasionalmente se reagrupam, para depois se cindirem em outros grupos ou tendências, numa agitação permanente.
Em Janeiro, elementos afectos a uma das alas do movimento independentista atacaram a selecção togolesa que ia participar em Cabinda no campeonato africano de futebol. Morreram então duas pessoas, pelo que a equipa do Togo acabou por se retirar da competição.
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