Desculpem lá que vos pergunte... mas além da suposta impossibilidade de uma pessoa de esquerda ser corrupta, também vem agregado um cérebro de pintainho?
Isto não pode ser Verdade...
Governo quer que a profissão conste no Cartão do Cidadão
Acho que vamos ter muitos tipos a chamarem-se doutor e engenheiro
Espanha reduz velocidade máxima nas autoestradas para 110 km/h
Já não bastava a graça higientista contra o tabaco agora mais uma ideia brilhante do sr. Sapateiro
sexta-feira, fevereiro 25, 2011
quinta-feira, fevereiro 24, 2011
Pai do computador português é o novo Reitor da Universidade de Coimbra
São cinco irmãos, todos cientistas. A família Silva ganha, em poucos dias, o reitor e o bastonário da Ordem dos Médicos. João Gabriel toma posse, a 1 de Março, da reitoria da Universidade de Coimbra.
O clã Silva pode ser um caso de estudo: José Manuel Silva lidera os Médicos; Jaime Silva é doutorado em Matemática; Margarida Silva é doutorada em Biologia Molecular e Jorge Silva é doutorado em Física. Já lhes chamam de "Os Cinco Magníficos".
O clã Silva pode ser um caso de estudo: José Manuel Silva lidera os Médicos; Jaime Silva é doutorado em Matemática; Margarida Silva é doutorada em Biologia Molecular e Jorge Silva é doutorado em Física. Já lhes chamam de "Os Cinco Magníficos".
Timor-Leste: Algo de "muito errado" se passa na democracia do país
O ministro timorense dos Negócios Estrangeiros, Zacarias Albano da Costa, acusou o Ministério Público (MP) de Timor-Leste de o estar a difamar e garantiu ao que quem vai pôr o órgão da justiça em tribunal é ele.
A notícia parece irónica, mas dada a situação disfuncional no país, o avanço não é mais do que o próximo capítulo de uma novela interminável. Tudo gira agora em torno do relatório anual da Procuradoria-Geral da República do país, referente a 2010 e agora publicado. A lista extensa de pessoas acusadas de corrupção e abuso de poder inclui, para além de Zacarias Costa, nomes como José Luís Guterres, actual vice-primeiro-ministro, João Freitas da Câmara, embaixador na Tailândia, e Rogério dos Santos, conselheiro da embaixada no Brasil. Em causa estão 31 processos distintos, um aumento de nove casos face a 2009.
Culpados ou inocentes, a questão não interessa para este caso. E a imagem mais adequada para descrever a situação da justiça na República Democrática de Timor-Leste será uma arena onde governo e oposição não se cansam de se acusar dos mesmos crimes. "A FRETILIN devia olhar para os anos que esteve no poder porque também eles impediram a Justiça de funcionar", disparou ontem o ministro timorense dos Negócios Estrangeiros, quando confrontado com as balas da oposição. Zacarias Albano da Costa foi acusado em 2010 de enriquecimento ilícito e de abuso de poder, no âmbito da nomeação de uma funcionária para a missão de Timor-Leste junto das Nações Unidas, em Nova Iorque. O caso foi a tribunal em finais do ano passado e na altura o presidente do colectivo de juízes, João Ribeiro, considerou as acusações contra o ministro como "manifestamente infundadas".
Mas o enredo da justiça politizada está longe de terminar e munições é o que não falta: "Quem vai pôr o MP em Tribunal sou eu", garantiu Zacarias da Costa. "O MP, sobretudo porque é o MP, se quiser fazer acusações contra alguém tem de ter provas. Vou pôr a Procuradoria-Geral da República em tribunal e exigir uma compensação para os danos ao meu bom nome", acrescentou.
A Justiça em Timor-Leste continua a ser mais política do que outra coisa qualquer. E a prova disso são as reacções de membros do governo e oposição quando confrontados com a realidade. Quanto às outras figuras envolvidos no caso, o ministro timorense é claro: "Se há outros, o problema é deles. Eu não tenho nada que ver com isso."
Já o assessor de Mari Alkatiri, ex-primeiro-ministro e líder da oposição, defende que o papel do governo deveria ser "zelar para que não haja corrupção". "Mas se o mesmo não pode ou não tem vontade política para que a corrupção seja combatida é outra questão", sublinhou Filomeno Aleixo. Voltamos ao início. Situação, que em gíria portuguesa, teria a classificação de "pescadinha de rabo na boca". Ao que parece, é a vontade política que determina se a justiça funciona, e em que termos, no território que até 1975 foi português. Talvez a herança nacional tenha responsabilidade, mas aqui não há nem espaço nem tempo para isso.
"Pessoalmente, como cidadão timorense, não basta fazer declarações, é preciso deitar mãos à obra para que as coisas funcionem", afirmou Aleixo, para quem as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros não passam de "ironias". "A FRETILIN nunca empatou a Justiça, isso seria contrariar-se a si própria. Foi a FRETILIN que fez de Timor-Leste um Estado de direito e elaborou a Constituição. Mas há gente aí que de repente se faz novo-rico. Compram carros e edifícios. Sinais exteriores de riqueza são indícios de que algo de muito errado se passa. A corrupção é um assunto sério no país", concluiu o assessor de Alkatiri.
A notícia parece irónica, mas dada a situação disfuncional no país, o avanço não é mais do que o próximo capítulo de uma novela interminável. Tudo gira agora em torno do relatório anual da Procuradoria-Geral da República do país, referente a 2010 e agora publicado. A lista extensa de pessoas acusadas de corrupção e abuso de poder inclui, para além de Zacarias Costa, nomes como José Luís Guterres, actual vice-primeiro-ministro, João Freitas da Câmara, embaixador na Tailândia, e Rogério dos Santos, conselheiro da embaixada no Brasil. Em causa estão 31 processos distintos, um aumento de nove casos face a 2009.
Culpados ou inocentes, a questão não interessa para este caso. E a imagem mais adequada para descrever a situação da justiça na República Democrática de Timor-Leste será uma arena onde governo e oposição não se cansam de se acusar dos mesmos crimes. "A FRETILIN devia olhar para os anos que esteve no poder porque também eles impediram a Justiça de funcionar", disparou ontem o ministro timorense dos Negócios Estrangeiros, quando confrontado com as balas da oposição. Zacarias Albano da Costa foi acusado em 2010 de enriquecimento ilícito e de abuso de poder, no âmbito da nomeação de uma funcionária para a missão de Timor-Leste junto das Nações Unidas, em Nova Iorque. O caso foi a tribunal em finais do ano passado e na altura o presidente do colectivo de juízes, João Ribeiro, considerou as acusações contra o ministro como "manifestamente infundadas".
Mas o enredo da justiça politizada está longe de terminar e munições é o que não falta: "Quem vai pôr o MP em Tribunal sou eu", garantiu Zacarias da Costa. "O MP, sobretudo porque é o MP, se quiser fazer acusações contra alguém tem de ter provas. Vou pôr a Procuradoria-Geral da República em tribunal e exigir uma compensação para os danos ao meu bom nome", acrescentou.
A Justiça em Timor-Leste continua a ser mais política do que outra coisa qualquer. E a prova disso são as reacções de membros do governo e oposição quando confrontados com a realidade. Quanto às outras figuras envolvidos no caso, o ministro timorense é claro: "Se há outros, o problema é deles. Eu não tenho nada que ver com isso."
Já o assessor de Mari Alkatiri, ex-primeiro-ministro e líder da oposição, defende que o papel do governo deveria ser "zelar para que não haja corrupção". "Mas se o mesmo não pode ou não tem vontade política para que a corrupção seja combatida é outra questão", sublinhou Filomeno Aleixo. Voltamos ao início. Situação, que em gíria portuguesa, teria a classificação de "pescadinha de rabo na boca". Ao que parece, é a vontade política que determina se a justiça funciona, e em que termos, no território que até 1975 foi português. Talvez a herança nacional tenha responsabilidade, mas aqui não há nem espaço nem tempo para isso.
"Pessoalmente, como cidadão timorense, não basta fazer declarações, é preciso deitar mãos à obra para que as coisas funcionem", afirmou Aleixo, para quem as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros não passam de "ironias". "A FRETILIN nunca empatou a Justiça, isso seria contrariar-se a si própria. Foi a FRETILIN que fez de Timor-Leste um Estado de direito e elaborou a Constituição. Mas há gente aí que de repente se faz novo-rico. Compram carros e edifícios. Sinais exteriores de riqueza são indícios de que algo de muito errado se passa. A corrupção é um assunto sério no país", concluiu o assessor de Alkatiri.
quarta-feira, fevereiro 23, 2011
Turquia quer multiplicar por cinco as trocas comerciais com Portugal
As "trocas entre Portugal e Turquia deviam ser de 5 mil milhões de dólares", afirmou o ministro do comércio externo da Turquia
O ministro do comércio externo da Turquia Zafer Çaglyan disse hoje que as trocas comerciais entre o país e Portugal deviam subir para 5 mil milhões de dólares quando hoje não atingem os mil milhões.
"Podemos mesmo atingir os 10 mil milhões", acrescentou. O responsável, que está hoje numa conferência organizada pelo Jornal de Negócios, deixou críticas as agências de rating que dão melhor rating a países que "multiplicaram a dívida 8 vezes" do que à Turquia.
O ministro do comércio externo da Turquia Zafer Çaglyan disse hoje que as trocas comerciais entre o país e Portugal deviam subir para 5 mil milhões de dólares quando hoje não atingem os mil milhões.
"Podemos mesmo atingir os 10 mil milhões", acrescentou. O responsável, que está hoje numa conferência organizada pelo Jornal de Negócios, deixou críticas as agências de rating que dão melhor rating a países que "multiplicaram a dívida 8 vezes" do que à Turquia.
Brisa interessada na privatização de auto-estradas turcas e vai gerir ponte na Índia, a partir de Março
A Brisa está interessada na eventual privatização da rede de auto-estradas com portagem turcas e, se ganhar o concurso, quer transformar a Turquia no segundo mercado doméstico da empresa.
A informação foi avançada hoje pelo presidente executivo da Brisa Internacional, Guilherme Magalhães, durante a conferência "Business Roundtable: Turquia - Negócios e Internacionalização", organizada pelo Jornal de Negócios e a decorrer em Lisboa.
Na Turquia, "o nosso foco é a eventual privatização da rede de autoestradas com portagem", afirmou Magalhães, acrescentando tratar-se de uma rede de cerca de 2.000 kms e de uma operação com um valor indicativo de 4.000 milhões de dólares (2,9 mil milhões de euros).
Entretanto, a partir de Março, a Brisa vai gerir ponte Mumbai Sea Link, em Bombaim, na Índia, anunciou hoje Guilherme Magalhães na mesma conferência.
A Índia é o país do mundo com o maior programa de desenvolvimento de estradas.
A Brisa estima ganhar entre 40 a 50 contratos de operação e manutenção de auto-estradas na Índia nos próximos cinco anos, com uma receita estimada entre 80 e 100 milhões de euros, num total de quatro mil kms.
Em termos de projectos de auto-estradas, a Índia tem em marcha um amplo programa de construção, modernização, ampliação e reabilitação de cerca de 55 mil kms.
A empresa portuguesa e a Feedback Ventures, o maior grupo de assessoria de infra-estruturas daquele país, anunciaram, em Janeiro, a constituição da Feedback Brisa Highways, destinada à prestação de serviços de operação e manutenção de estradas já existentes.
A nível internacional, a Brisa tem também concessionados por um período de 99 anos, nos Estados Unidos, 18 kms de estrada na cintura rodoviária de Denver, no Colorado.
A informação foi avançada hoje pelo presidente executivo da Brisa Internacional, Guilherme Magalhães, durante a conferência "Business Roundtable: Turquia - Negócios e Internacionalização", organizada pelo Jornal de Negócios e a decorrer em Lisboa.
Na Turquia, "o nosso foco é a eventual privatização da rede de autoestradas com portagem", afirmou Magalhães, acrescentando tratar-se de uma rede de cerca de 2.000 kms e de uma operação com um valor indicativo de 4.000 milhões de dólares (2,9 mil milhões de euros).
Entretanto, a partir de Março, a Brisa vai gerir ponte Mumbai Sea Link, em Bombaim, na Índia, anunciou hoje Guilherme Magalhães na mesma conferência.
A Índia é o país do mundo com o maior programa de desenvolvimento de estradas.
A Brisa estima ganhar entre 40 a 50 contratos de operação e manutenção de auto-estradas na Índia nos próximos cinco anos, com uma receita estimada entre 80 e 100 milhões de euros, num total de quatro mil kms.
Em termos de projectos de auto-estradas, a Índia tem em marcha um amplo programa de construção, modernização, ampliação e reabilitação de cerca de 55 mil kms.
A empresa portuguesa e a Feedback Ventures, o maior grupo de assessoria de infra-estruturas daquele país, anunciaram, em Janeiro, a constituição da Feedback Brisa Highways, destinada à prestação de serviços de operação e manutenção de estradas já existentes.
A nível internacional, a Brisa tem também concessionados por um período de 99 anos, nos Estados Unidos, 18 kms de estrada na cintura rodoviária de Denver, no Colorado.
terça-feira, fevereiro 22, 2011
Ministro das Finanças foi ao Japão dizer que Portugal não precisa de ajuda
Teixeira dos Santos (TdS): "Não precisamos de ajuda, Portugal está a esforçar-se".
Não há a necessidade de pedir ajuda. Nem TdS fez qualquer pedido ao Japão.
O país "está a tentar alcançar as suas metas fiscais. A situação é diferente da Grécia e da Irlanda", disse o ministro ao responsável pela mesma pasta no Japão, segundo o jornal japonês Nikkei. TdS encontra-se naquele país do Oriente para impulsionar o interesse dos investidores japoneses em Portugal.
O ministro quer que a economia nacional consiga financiar-se nos mercados e frisou que dois terços do total do montante para reembolsar a dívida com maturidade em Abril e Junho já estão garantidos. Dessa verba, cerca de 70% dizem respeito a investidores estrangeiros.
O ministro das Finanças não acredita que as taxas de juro de longo prazo continuem nos níveis actuais, acima dos 7%, cita a Reuters. Certo é que não têm havido tréguas.
As garantias deixadas pelo responsável pela pasta das Finanças portuguesas surgem um dia depois de terem sido conhecidos os dados da execução orçamental em Janeiro, com o défice a encolher 360 milhões de euros (31,4%).
Mas também ontem o BCE veio deixar um novo aviso: é "urgente" resolver o problema português.
Esta terça-feira, o Jornal de Negócios noticia que equipas do BCE e da Comissão Europeia estão em Lisboa para avaliar as contas públicas e a solidez do sistema bancário. Na agenda têm visitas aos principais bancos e ao Ministério das Finanças.
Não há a necessidade de pedir ajuda. Nem TdS fez qualquer pedido ao Japão.
O país "está a tentar alcançar as suas metas fiscais. A situação é diferente da Grécia e da Irlanda", disse o ministro ao responsável pela mesma pasta no Japão, segundo o jornal japonês Nikkei. TdS encontra-se naquele país do Oriente para impulsionar o interesse dos investidores japoneses em Portugal.
O ministro quer que a economia nacional consiga financiar-se nos mercados e frisou que dois terços do total do montante para reembolsar a dívida com maturidade em Abril e Junho já estão garantidos. Dessa verba, cerca de 70% dizem respeito a investidores estrangeiros.
O ministro das Finanças não acredita que as taxas de juro de longo prazo continuem nos níveis actuais, acima dos 7%, cita a Reuters. Certo é que não têm havido tréguas.
As garantias deixadas pelo responsável pela pasta das Finanças portuguesas surgem um dia depois de terem sido conhecidos os dados da execução orçamental em Janeiro, com o défice a encolher 360 milhões de euros (31,4%).
Mas também ontem o BCE veio deixar um novo aviso: é "urgente" resolver o problema português.
Esta terça-feira, o Jornal de Negócios noticia que equipas do BCE e da Comissão Europeia estão em Lisboa para avaliar as contas públicas e a solidez do sistema bancário. Na agenda têm visitas aos principais bancos e ao Ministério das Finanças.
segunda-feira, fevereiro 21, 2011
Trapaceiros os gregos? E nós?
Camilo Lourenço
Jornal de Negócios
Há um ano, quando a crise a Grécia foi ao tapete, jurámos ao mundo que éramos diferentes.
Argumento: a Grécia tinha um grave problema de credibilidade devido à manipulação de estatísticas.
O tempo está a mostrar que não somos assim tão diferentes: o défice de 2009, que era para ser de 5,9%, passou para 9,3%; a despesa de 2010, que nos prometeram controlada, acabou em derrapagem; as contas da Saúde foram outro buraco; o défice de 2010 só ficou abaixo de 7,3% com a "ajuda" da PT; agora soubemos que o Estado vendeu, a uma empresa sua, imóveis que renderam 300 milhões de euros (naturalmente abatidos ao défice orçamental).
Está por saber se o episódio dos imóveis não foi um dos últimos pregos no nosso caixão. Porque as desculpas do Governo (os imóveis devem ser geridos por uma empresa especializada), não conseguem esconder o óbvio: também fazemos contabilidade criativa, a roçar a trapaça. Não tão grosseira como a dos gregos, mas suficiente para rebentar com a nossa (escassa) credibilidade. Veja-se como o discurso dos amigos (Jean Claude-Trichet, Wolfgang Schauble e até Durão Barroso) mudou nos últimos dias: passou de um categórico "Portugal não precisa de ajuda", para um vago "Estamos disponíveis para ajudar". Até Espanha (com classe) se demarcou de nós…
É neste contexto que deve ser lido o "leak" ao Expresso, sobre a redução do défice orçamental (58%) em Janeiro. "Leak" onde faltam os números da despesa... Se calhar é porque não dão jeito: os défices em Portugal reduzem-se com impostos (não foi Sócrates que qualificou a receita de Janeiro de "positiva e encorajadora"?).
Jornal de Negócios
Há um ano, quando a crise a Grécia foi ao tapete, jurámos ao mundo que éramos diferentes.
Argumento: a Grécia tinha um grave problema de credibilidade devido à manipulação de estatísticas.
O tempo está a mostrar que não somos assim tão diferentes: o défice de 2009, que era para ser de 5,9%, passou para 9,3%; a despesa de 2010, que nos prometeram controlada, acabou em derrapagem; as contas da Saúde foram outro buraco; o défice de 2010 só ficou abaixo de 7,3% com a "ajuda" da PT; agora soubemos que o Estado vendeu, a uma empresa sua, imóveis que renderam 300 milhões de euros (naturalmente abatidos ao défice orçamental).
Está por saber se o episódio dos imóveis não foi um dos últimos pregos no nosso caixão. Porque as desculpas do Governo (os imóveis devem ser geridos por uma empresa especializada), não conseguem esconder o óbvio: também fazemos contabilidade criativa, a roçar a trapaça. Não tão grosseira como a dos gregos, mas suficiente para rebentar com a nossa (escassa) credibilidade. Veja-se como o discurso dos amigos (Jean Claude-Trichet, Wolfgang Schauble e até Durão Barroso) mudou nos últimos dias: passou de um categórico "Portugal não precisa de ajuda", para um vago "Estamos disponíveis para ajudar". Até Espanha (com classe) se demarcou de nós…
É neste contexto que deve ser lido o "leak" ao Expresso, sobre a redução do défice orçamental (58%) em Janeiro. "Leak" onde faltam os números da despesa... Se calhar é porque não dão jeito: os défices em Portugal reduzem-se com impostos (não foi Sócrates que qualificou a receita de Janeiro de "positiva e encorajadora"?).
domingo, fevereiro 20, 2011
Portugal é primeiro da Europa em serviços públicos online
Portugal é o país da União Europeia (UE) mais avançado em sofisticação e disponibilidade de serviços públicos online, de acordo com o relatório eGov Benchmark 2010, a ser apresentado na segunda-feira.
Portugal ocupa o primeiro lugar nos níveis de disponibilidade e sofisticação dos seus serviços públicos virtuais dirigidos a cidadãos e empresas: no que refere à sofisticação o primeiro lugar é partilhado com Irlanda, Malta e Áustria, ao passo que no campo da disponibilidade também a Itália, Malta, Áustria e Suécia apresentam níveis máximos de eficiência.
O estudo da Comissão Europeia destaca para Portugal "boas práticas" como a implementação do Cartão do Cidadão, a ferramenta Empresa Online, o serviço de declarações eletrónicas de impostos e a página virtual da Segurança Social.
Portugal ocupa o primeiro lugar nos níveis de disponibilidade e sofisticação dos seus serviços públicos virtuais dirigidos a cidadãos e empresas: no que refere à sofisticação o primeiro lugar é partilhado com Irlanda, Malta e Áustria, ao passo que no campo da disponibilidade também a Itália, Malta, Áustria e Suécia apresentam níveis máximos de eficiência.
O estudo da Comissão Europeia destaca para Portugal "boas práticas" como a implementação do Cartão do Cidadão, a ferramenta Empresa Online, o serviço de declarações eletrónicas de impostos e a página virtual da Segurança Social.
quinta-feira, fevereiro 17, 2011
Zeinal Bava: Presença em África é prioridade para a PT
O presidente executivo da Portugal Telecom (PT), Zeinal Bava, afirmou hoje que a presença em África é uma "prioridade" para a empresa, objetivo que deverão ser acompanhado de parcerias com diversos parceiros locais.
Falando na Namíbia, onde a MTC, empresa participada pela PT, apresentou o primeiro piloto de 4G do país e um dos primeiros de África, Zeinal Bava reiterou que as parcerias com actores locais são "parte do ADN" da PT, que marca presença actualmente em 12 países.
A expectativa em África, realçou o CEO da PT, é a de que haja um crescimento significativo no investimento em tecnologias, particularmente no período entre 2015 e 2020, pelo que o continente africano é uma prioridade para a empresa.
"Se não fizermos investimentos agora, perderemos o barco", disse Zeinal Bava, que reforçou que grande parte do negócio da operadora decorre fora de Portugal.
Na apresentação, transmitida em direto pela internet, estiveram ainda presentes Miguel Geraldes, CEO da MTC, e o primeiro-ministro da Namíbia, Nahas Angula.
Falando na Namíbia, onde a MTC, empresa participada pela PT, apresentou o primeiro piloto de 4G do país e um dos primeiros de África, Zeinal Bava reiterou que as parcerias com actores locais são "parte do ADN" da PT, que marca presença actualmente em 12 países.
A expectativa em África, realçou o CEO da PT, é a de que haja um crescimento significativo no investimento em tecnologias, particularmente no período entre 2015 e 2020, pelo que o continente africano é uma prioridade para a empresa.
"Se não fizermos investimentos agora, perderemos o barco", disse Zeinal Bava, que reforçou que grande parte do negócio da operadora decorre fora de Portugal.
Na apresentação, transmitida em direto pela internet, estiveram ainda presentes Miguel Geraldes, CEO da MTC, e o primeiro-ministro da Namíbia, Nahas Angula.
Diogo Morgado vai contracenar com Al Pacino
O actor português Diogo Morgado vai contracenar com lendas da sétima arte como Al Pacino e Peter O`Toole num novo filme sobre a Virgem Maria, noticia a Agência Informativa Católica Argentina.
A película, intitulada "Mary Mother of Christ", sera realizada por James Foley e contará com argumento de Benedict Fitzgerald, que assinou o guião de "A Paixão de Cristo".
Diogo Morgado vai interpretará o papel de José, enquanto Camilla Belle será Maria.
Al Pacino encarnará Herodes e Peter O`Toole será Simão.
O filme será rodado em Marrocos a partir de Março e tem estreia prevista para o Natal deste ano.
A película, intitulada "Mary Mother of Christ", sera realizada por James Foley e contará com argumento de Benedict Fitzgerald, que assinou o guião de "A Paixão de Cristo".
Diogo Morgado vai interpretará o papel de José, enquanto Camilla Belle será Maria.
Al Pacino encarnará Herodes e Peter O`Toole será Simão.
O filme será rodado em Marrocos a partir de Março e tem estreia prevista para o Natal deste ano.
Lanidor prepara compra de marca espanhola
A Lanidor vai abrir neste primeiro semestre a sua primeira loja na Polónia, o mercado que mais cresce na Europa, e quer estrear-se na Rússia ainda este ano.
O grupo português está a direccionar novamente os seus esforços de expansão para Espanha, depois de um processo de emagrecimento da rede de lojas naquele mercado, fruto da recessão daquela economia e das dificuldades da marca em ganhar notoriedade. O grupo prepara-se para abrir 11 lojas e está a estudar a compra de uma marca de vestuário naquele país, segundo avançou o administrador do grupo, Filipe Amaro.
Segundo este responsável, este "é o mercado natural de internacionalização para as empresas portuguesas".
O reforço em Espanha integra o projecto de expansão da rede Lanidor e Globe, mas também de entrada da marca do grupo Casa Batalha. Em fase de estudo, está a aquisição de uma marca de vestuário espanhola. Como adianta Filipe Amaro, "o mercado espanhol está já a apresentar sinais animadores", a que se soma a queda para praticamente "metade do preço das lojas de rua, como por exemplo em Madrid".
Todos este factores suportam a inversão da estratégia do grupo, que em 2009 se viu condicionado a encerrar mais de uma dezena de lojas Lanidor em Espanha. Mas, como realça Filipe Amaro, entre 2008 e 2009, fecharam dez mil lojas em Espanha.
O grupo português está a direccionar novamente os seus esforços de expansão para Espanha, depois de um processo de emagrecimento da rede de lojas naquele mercado, fruto da recessão daquela economia e das dificuldades da marca em ganhar notoriedade. O grupo prepara-se para abrir 11 lojas e está a estudar a compra de uma marca de vestuário naquele país, segundo avançou o administrador do grupo, Filipe Amaro.
Segundo este responsável, este "é o mercado natural de internacionalização para as empresas portuguesas".
O reforço em Espanha integra o projecto de expansão da rede Lanidor e Globe, mas também de entrada da marca do grupo Casa Batalha. Em fase de estudo, está a aquisição de uma marca de vestuário espanhola. Como adianta Filipe Amaro, "o mercado espanhol está já a apresentar sinais animadores", a que se soma a queda para praticamente "metade do preço das lojas de rua, como por exemplo em Madrid".
Todos este factores suportam a inversão da estratégia do grupo, que em 2009 se viu condicionado a encerrar mais de uma dezena de lojas Lanidor em Espanha. Mas, como realça Filipe Amaro, entre 2008 e 2009, fecharam dez mil lojas em Espanha.
quarta-feira, fevereiro 16, 2011
Portugal corre risco de se transformar num fornecedor de mão-de-obra da Alemanha
Whats the problem?
Maria João Rodrigues insurgiu-se hoje contra rolo compressor que a Alemanha está a exercer sobre as economias periféricas do euro. Em última análise, avisa, países como Portugal poderão ficar condenados a ser meros fornecedores de mão-de-obra barata e qualificada para alimentar a economia do centro, em especial a alemã.
Rodrigues, antiga ministra do Emprego de António Guterres e conselheira especial da União Europeia, lançou hoje um forte apelo ao Governo português para que rapidamente “mobilize todos os recursos diplomáticos” e os “aliados” de Portugal na União Europeia para combater a corrente “bem organizada” que encara a contenção orçamental e um maior aumento da competitividade à custa da redução dos salários na periferia como a única saída para a actual crise na Zona Euro.
Falando à margem da mesa redonda "Europa 2020: Desafios ao Programa Nacional de Reformas para o Crescimento e o Emprego", que decorre no Centro Cultural de Belém, a actual conselheira especial, designadamente da Comissão Europeia de Durão Barroso, disse acreditar ser ainda possível “endireitar o barco” e evitar que nas cimeiras decisivas, marcadas para 11 e 24 de Março, Berlim consiga ver aprovado seu “Pacto para a Competitividade” tal como está e, simultaneamente, para que se dê luz verde a um reforço e uma flexibilização do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).
Maria João Rodrigues insurgiu-se hoje contra rolo compressor que a Alemanha está a exercer sobre as economias periféricas do euro. Em última análise, avisa, países como Portugal poderão ficar condenados a ser meros fornecedores de mão-de-obra barata e qualificada para alimentar a economia do centro, em especial a alemã.
Rodrigues, antiga ministra do Emprego de António Guterres e conselheira especial da União Europeia, lançou hoje um forte apelo ao Governo português para que rapidamente “mobilize todos os recursos diplomáticos” e os “aliados” de Portugal na União Europeia para combater a corrente “bem organizada” que encara a contenção orçamental e um maior aumento da competitividade à custa da redução dos salários na periferia como a única saída para a actual crise na Zona Euro.
Falando à margem da mesa redonda "Europa 2020: Desafios ao Programa Nacional de Reformas para o Crescimento e o Emprego", que decorre no Centro Cultural de Belém, a actual conselheira especial, designadamente da Comissão Europeia de Durão Barroso, disse acreditar ser ainda possível “endireitar o barco” e evitar que nas cimeiras decisivas, marcadas para 11 e 24 de Março, Berlim consiga ver aprovado seu “Pacto para a Competitividade” tal como está e, simultaneamente, para que se dê luz verde a um reforço e uma flexibilização do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).
Aeroporto Sá Carneiro foi o segundo melhor da Europa em 2010
O aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, foi considerado o segundo melhor aeroporto europeu em 2010, segundo uma avaliação do Airports Council International (ACI). Além desse marco, a infraestrutura portuense foi também a quinta a nível mundial na categoria de tráfego de dois a cinco milhões de passageiros.
O ranking agora divulgado baseia-se nos resultados de cerca de 300.000 questionários preenchidos pelos passageiros em 2010, nos quais foram recolhidas opiniões sobre os vários serviços dos aeroportos, como atendimento no check-in, limpeza dos lavabos, simpatia dos funcionários, tempo de espera da primeira mala, portas de embarque, entre outros.
Recorde-se que o Aeroporto do Porto já tinha sido galardoado com o terceiro lugar em 2006, 2008 e 2009, tendo sido considerado o melhor aeroporto europeu até cinco milhões de passageiros em 2007.
Quanto ao ACI, é a associação profissional mundial de operadores de aeroportos, cujo objectivo principal é representar os interesses dos aeroportos e promover a excelência profissional na gestão e operação dos mesmos.
O ranking agora divulgado baseia-se nos resultados de cerca de 300.000 questionários preenchidos pelos passageiros em 2010, nos quais foram recolhidas opiniões sobre os vários serviços dos aeroportos, como atendimento no check-in, limpeza dos lavabos, simpatia dos funcionários, tempo de espera da primeira mala, portas de embarque, entre outros.
Recorde-se que o Aeroporto do Porto já tinha sido galardoado com o terceiro lugar em 2006, 2008 e 2009, tendo sido considerado o melhor aeroporto europeu até cinco milhões de passageiros em 2007.
Quanto ao ACI, é a associação profissional mundial de operadores de aeroportos, cujo objectivo principal é representar os interesses dos aeroportos e promover a excelência profissional na gestão e operação dos mesmos.
terça-feira, fevereiro 15, 2011
Línguas espanhola e italiana derrotadas na União Europeia
O conselho de ministros da Educação da União Europeia (UE) aprovou os planos da Comissão Europeia (CE) para que, no registo de patentes no espaço comunitário, se dê primazia ao inglês, francês e alemão. Espanha e Itália votaram contra e saíram derrotadas.
O objectivo da CE é que se acabe com um impasse de décadas, que obriga a que actualmente cada patente seja registada por uma pessoa ou uma entidade em cada país onde que se quer comercializar, o que na prática obriga a traduzir o documento em todas as línguas da UE e torna o registo de um invento dez vezes mais caro no espaço comunitário que nos EUA.
Se não sofrer alterações, o plano da CE prevê que a patente seja registada no Gabinete Europeu de Patentes, em Munique, Alemanha, numa das três línguas escolhidas. A publicação do registo será nas outras duas e, a partir desse momento, poder-se-á explorar comercialmente o invento em toda a UE.
Fruto das alterações introduzidas pelo Tratado de Lisboa, em algumas questões deixa de ser necessária a unanimidade entre os estados membros. Foi o que aconteceu no conselho de ministros, onde Itália e Espanha foram derrotadas e ficaram com receio de que esta medida seja uma desculpa para que as suas línguas sejam relegadas para segundo plano ao nível das instituições comunitárias. Segundo o El País, a Espanha fala numa "inaceitável discriminação linguística" e vai lutar contra esta medida no Tribunal Europeu de Justiça.
O objectivo da CE é que se acabe com um impasse de décadas, que obriga a que actualmente cada patente seja registada por uma pessoa ou uma entidade em cada país onde que se quer comercializar, o que na prática obriga a traduzir o documento em todas as línguas da UE e torna o registo de um invento dez vezes mais caro no espaço comunitário que nos EUA.
Se não sofrer alterações, o plano da CE prevê que a patente seja registada no Gabinete Europeu de Patentes, em Munique, Alemanha, numa das três línguas escolhidas. A publicação do registo será nas outras duas e, a partir desse momento, poder-se-á explorar comercialmente o invento em toda a UE.
Fruto das alterações introduzidas pelo Tratado de Lisboa, em algumas questões deixa de ser necessária a unanimidade entre os estados membros. Foi o que aconteceu no conselho de ministros, onde Itália e Espanha foram derrotadas e ficaram com receio de que esta medida seja uma desculpa para que as suas línguas sejam relegadas para segundo plano ao nível das instituições comunitárias. Segundo o El País, a Espanha fala numa "inaceitável discriminação linguística" e vai lutar contra esta medida no Tribunal Europeu de Justiça.
Timor: Polícia Militar com recado para não tolerar "abusos"
O secretário de Estado da Defesa de Timor-Leste, Júlio Tomas Pinto, exortou a Polícia Militar a controlar o comportamento dos efetivos das Forças de Defesa (F-FDTL) e a evitar atos de indisciplina.
Tomás Pinto falou segunda-feira na cerimónia de tomada de posse do novo comandante da Polícia Militar, Renilde Guterres, que substitui no cargo o tenente Abel da Costa Xavier "Niki", actualmente a frequentar um curso de oficiais em Portugal.
"A Policia Militar tem o dever de controlar os militares e de erradicar o mau comportamento bem como actos de indisciplina, durante o exercício das suas funções", explicou o secretário de Estado.
Tomás Pinto falou segunda-feira na cerimónia de tomada de posse do novo comandante da Polícia Militar, Renilde Guterres, que substitui no cargo o tenente Abel da Costa Xavier "Niki", actualmente a frequentar um curso de oficiais em Portugal.
"A Policia Militar tem o dever de controlar os militares e de erradicar o mau comportamento bem como actos de indisciplina, durante o exercício das suas funções", explicou o secretário de Estado.
segunda-feira, fevereiro 14, 2011
Guiné Equatorial: Pedido adesão CPLP é "esquizofrenia" de Obiang
O pedido de adesão da Guiné Equatorial à CPLP demonstra a "esquizofrenia" de Obiang, que apenas procura "legitimação" para um regime que "continua a ser responsável por graves abusos", disse um opositor ao regime.
Armengol Engonga, vice-presidente do Governo da Guiné Equatorial no exílio - que tem sede em Madrid - disse em entrevista não concordar com o pedido de adesão à CPLP, que os chefes de Estado e de Governo lusófonos se comprometeram a analisar, afirmando que "a entidade, língua e tradição" de um país "não se muda por decreto".
Apesar disso manifestou-se esperançado que, "um dia" a Guiné Equatorial possa ter de Espanha a "clareza" de políticas que as ex-colónias portuguesas têm da parte do Governo e da política portuguesa.
Armengol Engonga, vice-presidente do Governo da Guiné Equatorial no exílio - que tem sede em Madrid - disse em entrevista não concordar com o pedido de adesão à CPLP, que os chefes de Estado e de Governo lusófonos se comprometeram a analisar, afirmando que "a entidade, língua e tradição" de um país "não se muda por decreto".
Apesar disso manifestou-se esperançado que, "um dia" a Guiné Equatorial possa ter de Espanha a "clareza" de políticas que as ex-colónias portuguesas têm da parte do Governo e da política portuguesa.
Corticeira Amorim recicla rolhas dos Grammy
Todas as rolhas de garrafas abertas nos eventos oficiais dos prémios Grammy vão ser recicladas de acordo com o programa ReCork, que a Corticeira Amorim promove nos EUA.
Na 53ª cerimónia dos Grammy Awards, os vinhos servidos estavam vedados exclusivamente com cortiça natural, sendo que todas as unidades foram encaminhadas para uso posterior, mediante reciclagem.
"Escolher cortiça em detrimento de vedantes artificiais, metálicos ou derivados de petróleo, é uma pequena acção mas de grande impacto que os consumidores podem facilmente adoptar, com benefícios claros para a saúde do nosso Planeta", sublinhou Allen Hershkowitz, cientista sénior do Natural Resources Defense Council e um dos mentores desta iniciativa de apoio à cortiça portuguesa.
"Saúdo os Grammys e outras iniciativas semelhantes que têm abraçado a causa da sustentabilidade, com programas específicos para preservar a biodiversidade e reduzir a sua pegada ecológica", acrescentou.
Da mesma forma, também foram servidos no MusiCares Person of The Year, evento integrado no programa oficial dos Grammy, unicamente vinhos com rolha de cortiça.
Na 53ª cerimónia dos Grammy Awards, os vinhos servidos estavam vedados exclusivamente com cortiça natural, sendo que todas as unidades foram encaminhadas para uso posterior, mediante reciclagem.
"Escolher cortiça em detrimento de vedantes artificiais, metálicos ou derivados de petróleo, é uma pequena acção mas de grande impacto que os consumidores podem facilmente adoptar, com benefícios claros para a saúde do nosso Planeta", sublinhou Allen Hershkowitz, cientista sénior do Natural Resources Defense Council e um dos mentores desta iniciativa de apoio à cortiça portuguesa.
"Saúdo os Grammys e outras iniciativas semelhantes que têm abraçado a causa da sustentabilidade, com programas específicos para preservar a biodiversidade e reduzir a sua pegada ecológica", acrescentou.
Da mesma forma, também foram servidos no MusiCares Person of The Year, evento integrado no programa oficial dos Grammy, unicamente vinhos com rolha de cortiça.
Governo de Moçambique quer mais empresas portuguesas no país
O Governo moçambicano reiterou o interesse na presença de empresas portuguesas no país e defendeu que devem instalar-se ainda mais, de forma a ajudar ao desenvolvimento.
"Sempre dissemos que as empresas portuguesas têm uma alta qualidade, são conhecidas, e por isso é do nosso interesse que as empresas portuguesas estejam em Moçambique, e que venham mais, para o desenvolvimento do país", disse o vice-ministro das Obras Públicas, Francisco Manuel Pereira.
O responsável falava após um seminário sobre oportunidades de investimento em infra-estruturas que decorreu hoje em Maputo, por ocasião da visita a Moçambique do ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações de Portugal, António Mendonça.
Empresas portuguesas têm estado a construir estradas e pontes, mas também no sector do abastecimento de água, segundo Pereira. Estão actualmente em Moçambique cerca de duas centenas de empresas portuguesas ou de capitais portugueses, entre elas as principais ligadas às obras públicas.
O seminário juntou empresários dos dois países, com o ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Paulo Zucula, a garantir no início que o ritmo de crescimento no país não irá abrandar, apesar da crise internacional
Mendonça apelidou de "patamar adulto de desenvolvimento" o actual estágio de cooperação empresarial entre os dois países, salientando que Portugal também gostaria que empresas moçambicanas viessem a trabalhar no País. "Já há anos que as empresas portuguesas estão a trabalhar em Moçambique e julgo que têm feito um trabalho notável de cooperação e de contribuição para desenvolvimento económico e social de Moçambique".
O ponto alto da visita de António Mendonça (que termina quarta-feira) acontece esta terça-feira, com a assinatura de um protocolo entre os dois governos para a montagem, em Moçambique, de uma fábrica de vagões para os caminhos-de-ferro.
Lamy Figueiras, da EMEF Internacional (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário), disse hoje, em Maputo, que após a assinatura do protocolo há que concretizar uma série de acções para a constituição da empresa entre a EMEF e os CFM, Caminhos-de-ferro de Moçambique.
A futura fábrica irá construir numa primeira fase, de cinco anos, cerca de 600 vagões, de diversos tipos, e deverá ficar na região de Maputo, disse o responsável português, que acrescentou que a nova empresa poderá também reabilitar vagões existentes em Moçambique, material que existe em grande quantidade. Segundo Lamy Figueiras, a fábrica deverá empregar a volta de 100 trabalhadores, a maior parte mão-de-obra local, e os vagões servirão para transporte de carvão das explorações do norte interior (província de Tete) para o litoral mas também outros minérios ou mesmo contentores e cana-de-açúcar, exemplificou. No futuro a nova fábrica, cujos custos, disse, não estão ainda contabilizados, poderá também reabilitar locomotivas e produzir para países como o Malawi, Botsuana e Zimbabué, e até para a África do Sul.
"Sempre dissemos que as empresas portuguesas têm uma alta qualidade, são conhecidas, e por isso é do nosso interesse que as empresas portuguesas estejam em Moçambique, e que venham mais, para o desenvolvimento do país", disse o vice-ministro das Obras Públicas, Francisco Manuel Pereira.
O responsável falava após um seminário sobre oportunidades de investimento em infra-estruturas que decorreu hoje em Maputo, por ocasião da visita a Moçambique do ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações de Portugal, António Mendonça.
Empresas portuguesas têm estado a construir estradas e pontes, mas também no sector do abastecimento de água, segundo Pereira. Estão actualmente em Moçambique cerca de duas centenas de empresas portuguesas ou de capitais portugueses, entre elas as principais ligadas às obras públicas.
O seminário juntou empresários dos dois países, com o ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Paulo Zucula, a garantir no início que o ritmo de crescimento no país não irá abrandar, apesar da crise internacional
Mendonça apelidou de "patamar adulto de desenvolvimento" o actual estágio de cooperação empresarial entre os dois países, salientando que Portugal também gostaria que empresas moçambicanas viessem a trabalhar no País. "Já há anos que as empresas portuguesas estão a trabalhar em Moçambique e julgo que têm feito um trabalho notável de cooperação e de contribuição para desenvolvimento económico e social de Moçambique".
O ponto alto da visita de António Mendonça (que termina quarta-feira) acontece esta terça-feira, com a assinatura de um protocolo entre os dois governos para a montagem, em Moçambique, de uma fábrica de vagões para os caminhos-de-ferro.
Lamy Figueiras, da EMEF Internacional (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário), disse hoje, em Maputo, que após a assinatura do protocolo há que concretizar uma série de acções para a constituição da empresa entre a EMEF e os CFM, Caminhos-de-ferro de Moçambique.
A futura fábrica irá construir numa primeira fase, de cinco anos, cerca de 600 vagões, de diversos tipos, e deverá ficar na região de Maputo, disse o responsável português, que acrescentou que a nova empresa poderá também reabilitar vagões existentes em Moçambique, material que existe em grande quantidade. Segundo Lamy Figueiras, a fábrica deverá empregar a volta de 100 trabalhadores, a maior parte mão-de-obra local, e os vagões servirão para transporte de carvão das explorações do norte interior (província de Tete) para o litoral mas também outros minérios ou mesmo contentores e cana-de-açúcar, exemplificou. No futuro a nova fábrica, cujos custos, disse, não estão ainda contabilizados, poderá também reabilitar locomotivas e produzir para países como o Malawi, Botsuana e Zimbabué, e até para a África do Sul.
quinta-feira, fevereiro 10, 2011
Timor: Hospital Português recuperado por australianos
O antigo Hospital Português, em Lahane, Díli, pré-classificado como Património Mundial pela UNESCO, vai ser recuperado por uma organização de saúde de origem australiana, a quem o Governo timorense anunciou hoje ter concedido o respetivo arrendamento.
De acordo com a Resolução que aprova a concessão do terreno para a construção do Hospital of Hope, tomada em Conselho de Ministros e hoje divulgada, "é concedido o arrendamento, a longo prazo, do antigo Hospital Português (também conhecido como Dr. António Carvalho), em Lahane, para a edificação do futuro Hospital of Hope (HOH) Timor-Leste".
Vocacionado para a prestação de cuidados pré e pós-operatórios, o renovado hospital contará inicialmente com profissionais de saúde da Austrália e de outros países, compreendendo também o projeto uma componente de formação a profissionais timorenses, para que possam vir a assumir a gestão e os serviços clínicos.
De acordo com a Resolução que aprova a concessão do terreno para a construção do Hospital of Hope, tomada em Conselho de Ministros e hoje divulgada, "é concedido o arrendamento, a longo prazo, do antigo Hospital Português (também conhecido como Dr. António Carvalho), em Lahane, para a edificação do futuro Hospital of Hope (HOH) Timor-Leste".
Vocacionado para a prestação de cuidados pré e pós-operatórios, o renovado hospital contará inicialmente com profissionais de saúde da Austrália e de outros países, compreendendo também o projeto uma componente de formação a profissionais timorenses, para que possam vir a assumir a gestão e os serviços clínicos.
quarta-feira, fevereiro 09, 2011
Ministro brasileiro diz que preços da Galp levaram à desistência da compra pela Petrobras
A compra da Galp Energia não era vantajosa para a petrolífera brasileira, diz o membro do Executivo.
O ministro de Minas e Energia brasileiro, Edison Lobão, afirmou que os preços cobrados foram a justificação para a Petrobras ter desistido de comprar a participação que a italiana Eni tem na Galp Energia.
Segundo o Estado de São Paulo, os preços não se inseriam nos parâmetros de obtenção de lucros para a empresa, nas palavras do ministro.
“A Petrobras examinou essa possibilidade de associação com a Galp, mas chegou à conclusão de que no momento ela não é vantajosa aos interesses da Petrobras”, referiu Lobão sobre as negociações oficialmente terminadas a 7 de Fevereiro.
Inicialmente, aquando da notícia da desistência das negociações para a concretização do negócio, o Expresso tinha referido os atrasos sucessivos causados nas negociações, que envolviam o Ministério das Finanças, a Sonangol e a Américo Amorim, como o motivo para que a entrada da petrolífera brasileira na Galp não tivesse acontecido.
Previa-se que a empresa passasse a deter 25% do capital da cotada portuguesa, sendo que os restantes 8% que combinavam a propriedade total da Eni seriam comprados pelo Estado português para, posteriormente, serem colocado junto de outros investidores.
A italiana, segundo o seu CEO, Paolo Scaroni, não está em conversações para vender a participação que detém na Galp.
Por outro lado, os angolanos da Sonangol estão dispostos a substituir a empresa brasileira, noticiou o Negócios na semana passada. Estes têm 45% do capital da Amorim Energia, que por sua vez controla 33,34% da Galp.
De acordo com a publicação Estado de São Paulo, uma cláusula contratual previa que a Eni permanecesse no capital da empresa liderada por Faria de Oliveira até 30 de Dezembro de 2010, tendo Sócrates fechado um acordo com Lula da Silva que previa a aquisição.
A petrolífera nacional segue a cair 0,85% para os 15,075 euros, tendo já estado a cotar na sessão de hoje nos 14,95 euros. É a cotada que mais está a pressionar o PSI-20. Já a Petrobras quebrou ontem 0,96% para os 26,96 reais.
O ministro de Minas e Energia brasileiro, Edison Lobão, afirmou que os preços cobrados foram a justificação para a Petrobras ter desistido de comprar a participação que a italiana Eni tem na Galp Energia.
Segundo o Estado de São Paulo, os preços não se inseriam nos parâmetros de obtenção de lucros para a empresa, nas palavras do ministro.
“A Petrobras examinou essa possibilidade de associação com a Galp, mas chegou à conclusão de que no momento ela não é vantajosa aos interesses da Petrobras”, referiu Lobão sobre as negociações oficialmente terminadas a 7 de Fevereiro.
Inicialmente, aquando da notícia da desistência das negociações para a concretização do negócio, o Expresso tinha referido os atrasos sucessivos causados nas negociações, que envolviam o Ministério das Finanças, a Sonangol e a Américo Amorim, como o motivo para que a entrada da petrolífera brasileira na Galp não tivesse acontecido.
Previa-se que a empresa passasse a deter 25% do capital da cotada portuguesa, sendo que os restantes 8% que combinavam a propriedade total da Eni seriam comprados pelo Estado português para, posteriormente, serem colocado junto de outros investidores.
A italiana, segundo o seu CEO, Paolo Scaroni, não está em conversações para vender a participação que detém na Galp.
Por outro lado, os angolanos da Sonangol estão dispostos a substituir a empresa brasileira, noticiou o Negócios na semana passada. Estes têm 45% do capital da Amorim Energia, que por sua vez controla 33,34% da Galp.
De acordo com a publicação Estado de São Paulo, uma cláusula contratual previa que a Eni permanecesse no capital da empresa liderada por Faria de Oliveira até 30 de Dezembro de 2010, tendo Sócrates fechado um acordo com Lula da Silva que previa a aquisição.
A petrolífera nacional segue a cair 0,85% para os 15,075 euros, tendo já estado a cotar na sessão de hoje nos 14,95 euros. É a cotada que mais está a pressionar o PSI-20. Já a Petrobras quebrou ontem 0,96% para os 26,96 reais.
terça-feira, fevereiro 08, 2011
Portugal terá 1.ª torre eólica flutuante no Verão
A costa portuguesa vai ter no Verão, pela primeira vez, uma torre eólica flutuante, disse hoje no Porto, o secretário de Estado da Energia e Inovação, Carlos Zorrinho.
"Este Verão teremos a primeira torre eólica flutuante no mar e a seguir vamos abrir concurso para a colocação de mais torres", referiu Zorrinho, à margem do seminário O Sector das Energias Renováveis em Portugal e França: Oportunidades e Parcerias, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa.
O governante sublinhou que a costa portuguesa tem um "grande potencial" energético, com muito sol e muito vento, mas o mar é muito profundo e turbulento.
"O mar português é de maior profundidade, pelo que tem de ser uma tecnologia diferente da que existe. Vamos investir para sermos pioneiros no desenvolvimento dessa tecnologia".
Carlos Zorrinho referiu que Portugal está a dar passos no offshore, mas "ainda não fez tudo o que tinha a fazer no inshore", pelo que vai continuar a ser aumentada a capacidade de produção de energia eólica em terra.
O secretário de Estado considerou "muito importante" a cooperação entre Portugal e França nas energias renováveis, nomeadamente na produção de energia fotovoltaica e nos veículos eléctricos. "Portugal fez as escolhas certas. É um líder nas energias renováveis, mas somos um mercado pequeno, pelo que precisamos de bons parceiros. Juntos, Portugal e França, podemos procurar mercados muito importantes", realçou. Zorrinho salientou que "Portugal e França são aliados desde a primeira hora na mobilidade eléctrica", tendo dado passos importantes na consolidação de um "standard dos veículos eléctricos".
"Este Verão teremos a primeira torre eólica flutuante no mar e a seguir vamos abrir concurso para a colocação de mais torres", referiu Zorrinho, à margem do seminário O Sector das Energias Renováveis em Portugal e França: Oportunidades e Parcerias, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa.
O governante sublinhou que a costa portuguesa tem um "grande potencial" energético, com muito sol e muito vento, mas o mar é muito profundo e turbulento.
"O mar português é de maior profundidade, pelo que tem de ser uma tecnologia diferente da que existe. Vamos investir para sermos pioneiros no desenvolvimento dessa tecnologia".
Carlos Zorrinho referiu que Portugal está a dar passos no offshore, mas "ainda não fez tudo o que tinha a fazer no inshore", pelo que vai continuar a ser aumentada a capacidade de produção de energia eólica em terra.
O secretário de Estado considerou "muito importante" a cooperação entre Portugal e França nas energias renováveis, nomeadamente na produção de energia fotovoltaica e nos veículos eléctricos. "Portugal fez as escolhas certas. É um líder nas energias renováveis, mas somos um mercado pequeno, pelo que precisamos de bons parceiros. Juntos, Portugal e França, podemos procurar mercados muito importantes", realçou. Zorrinho salientou que "Portugal e França são aliados desde a primeira hora na mobilidade eléctrica", tendo dado passos importantes na consolidação de um "standard dos veículos eléctricos".
Ciclismo: Tour de Timor servirá para evidenciar a segurança no país
O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, afirmou que a próxima edição do Tour de Timor em ciclismo vai evidenciar a segurança do país, ao presidir ao lançamento de um filme sobre a prova.
"É um prazer lançar o filme do Tour de Timor. Este evento continuará a crescer a um ritmo acelerado, a obter reconhecimento no circuito mundial de ciclismo de montanha e, a nível regional, a pôr em evidência a situação de segurança em Timor-Leste, a beleza da sua geografia e do seu povo", afirmou.
O Presidente timorense considerou o Tour de Timor "uma experiência incrível para todos os participantes" e um evento anual que "mostra ao mundo que as portas de Timor-Leste estão abertas e que o seu povo está preparado para acolher visitantes".
O lançamento do filme do Tour de Timor contou com a exibição paralela de outras produções cinematográficas inéditas: seis filmes que promovem cada um dos seis distritos corridos pelo Tour de Timor em 2010, dois filmes de cinco minutos sobre alguns dos participantes locais (Anche Cabral, a melhor ciclista timorense, e David da Silva Gonçalves, o mais jovem participante) e, ainda, um documentário de 25 minutos cobrindo toda a acção do Tour de 2010.
"É um prazer lançar o filme do Tour de Timor. Este evento continuará a crescer a um ritmo acelerado, a obter reconhecimento no circuito mundial de ciclismo de montanha e, a nível regional, a pôr em evidência a situação de segurança em Timor-Leste, a beleza da sua geografia e do seu povo", afirmou.
O Presidente timorense considerou o Tour de Timor "uma experiência incrível para todos os participantes" e um evento anual que "mostra ao mundo que as portas de Timor-Leste estão abertas e que o seu povo está preparado para acolher visitantes".
O lançamento do filme do Tour de Timor contou com a exibição paralela de outras produções cinematográficas inéditas: seis filmes que promovem cada um dos seis distritos corridos pelo Tour de Timor em 2010, dois filmes de cinco minutos sobre alguns dos participantes locais (Anche Cabral, a melhor ciclista timorense, e David da Silva Gonçalves, o mais jovem participante) e, ainda, um documentário de 25 minutos cobrindo toda a acção do Tour de 2010.
segunda-feira, fevereiro 07, 2011
Portugal envolvido em projecto de 10 milhões para criar Mercosul digital
Se um cibernauta português fizer compras num site brasileiro e for enganado, a que autoridade deverá recorrer para o ajudar? Nenhuma. Enquanto não sair do papel o acordo assinado entre Portugal e Brasil para que os certificados digitais tenham valor jurídico, comprar arte baiana pela internet será sempre uma aventura. E o mesmo se passa na situação inversa, caso um nordestino se lembre de comprar queijo de cabra da Serra da Estrela numa loja online portuguesa. Nem a DECO nem o homólogo brasileiro ProCom têm jurisdição fora do país.
Este é um dos problemas que poderá ser resolvido no âmbito do Mercosul Digital, um projecto de 9,6 milhões de euros financiado a 80% pela União Europeia (UE). A ideia é abrir uma espécie de "espaço Schengen" do comércio electrónico entre os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e os países da UE, promovendo trocas seguras e com certificação digital. Além do investimento em infra-estruturas como banda larga e governo electrónico, o Mercosul Digital inclui a homogeneização jurídica dos contratos de compra e venda na internet. E o primeiro projecto-piloto deverá ser exactamente entre Portugal e Brasil, os primeiros países a assinarem um acordo que só necessita agora de transposição técnica.
"Na hora que a gente compra dentro do país, não usa uma identificação electrónica", explica Gerson Rolim, coordenador brasileiro do projecto Mercosul Digital, durante um workshop sobre a iniciativa em Lisboa, na semana passada. "Mas se algo correr mal quando compra online fora do país, para quem você vai chorar?", questionou. O responsável frisou que existem, neste momento, 23 milhões de brasileiros com o hábito de fazer compras online. "É uma grande oportunidade de negócio para as pequenas e médias empresas portuguesas", afirmou o coordenador. Só o comércio B2B (empresa a empresa) valeu 416 mil milhões de euros em 2010. "É um segmento que chega perto do valor do PIB de algumas nações", comparou Rolim. "Portugal podia estar a chegar perto disto", reiterou o responsável, para quem este projecto se trata de implementar "uma infovia de comunicação com segurança tecnológica e validade jurídica". Até porque o Brasil arrancou recentemente com uma Bolsa de Negócios na internet, um espaço de match making empresarial, onde já estão inscritas 12 mil organizações. "É preciso implementar a validade do reconhecimento mútuo dos certificados", reforçou.
Apesar de ter sido responsável pela confusão nas últimas eleições presidenciais, o Cartão do Cidadão é um dos principais trunfos de Portugal na validação de certificados digitais. Olivier Piou, CEO da empresa de segurança e encriptação Gemalto, refere que basta um leitor simples de cartões, que se liga por USB ao computador, para usar o Cartão do Cidadão como assinatura digital. "Portugal é um dos países líderes na competitividade e preparação digital na Europa", considerou.
Este é um dos problemas que poderá ser resolvido no âmbito do Mercosul Digital, um projecto de 9,6 milhões de euros financiado a 80% pela União Europeia (UE). A ideia é abrir uma espécie de "espaço Schengen" do comércio electrónico entre os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e os países da UE, promovendo trocas seguras e com certificação digital. Além do investimento em infra-estruturas como banda larga e governo electrónico, o Mercosul Digital inclui a homogeneização jurídica dos contratos de compra e venda na internet. E o primeiro projecto-piloto deverá ser exactamente entre Portugal e Brasil, os primeiros países a assinarem um acordo que só necessita agora de transposição técnica.
"Na hora que a gente compra dentro do país, não usa uma identificação electrónica", explica Gerson Rolim, coordenador brasileiro do projecto Mercosul Digital, durante um workshop sobre a iniciativa em Lisboa, na semana passada. "Mas se algo correr mal quando compra online fora do país, para quem você vai chorar?", questionou. O responsável frisou que existem, neste momento, 23 milhões de brasileiros com o hábito de fazer compras online. "É uma grande oportunidade de negócio para as pequenas e médias empresas portuguesas", afirmou o coordenador. Só o comércio B2B (empresa a empresa) valeu 416 mil milhões de euros em 2010. "É um segmento que chega perto do valor do PIB de algumas nações", comparou Rolim. "Portugal podia estar a chegar perto disto", reiterou o responsável, para quem este projecto se trata de implementar "uma infovia de comunicação com segurança tecnológica e validade jurídica". Até porque o Brasil arrancou recentemente com uma Bolsa de Negócios na internet, um espaço de match making empresarial, onde já estão inscritas 12 mil organizações. "É preciso implementar a validade do reconhecimento mútuo dos certificados", reforçou.
Apesar de ter sido responsável pela confusão nas últimas eleições presidenciais, o Cartão do Cidadão é um dos principais trunfos de Portugal na validação de certificados digitais. Olivier Piou, CEO da empresa de segurança e encriptação Gemalto, refere que basta um leitor simples de cartões, que se liga por USB ao computador, para usar o Cartão do Cidadão como assinatura digital. "Portugal é um dos países líderes na competitividade e preparação digital na Europa", considerou.
quinta-feira, fevereiro 03, 2011
A Galpada final?
A Petrobras abandonou as negociações para entrar na Galp.
Se não voltar, acabou o "Plano A" do Estado e de Amorim para a mais valiosa empresa portuguesa. O "Plano B" já não é deles. É da Sonangol. Desta vez já não há "golden share". Está na altura de Sócrates fazer outra chamada para o Brasil: "Alô Dilma? Preciso que me quebre um galho". Arrisca-se a ouvir: "Outra vez, José?".
Lembramo-nos suficientemente bem do vertiginoso negócio entre a PT e a Telefónica para excluirmos um "volte face". Até porque, na Galp, a imprensa tem difundido demasiada histeria não confirmada, com mais de recado que de recato, ante uma passividade rara da CMVM. Mas mesmo com esses cuidados, as evidências mostram que os dias estão a correr bem à Sonangol e a Isabel dos Santos. E mal a José Sócrates e Américo Amorim, que hoje controlam a Galp - mas amanhã talvez não.
É isso que está em causa: o poder da Galp. Não um CEO, não o chefe, mas o patrão. Até aqui, o poder estava nas mãos de Américo Amorim, com o Estado, e em relações cordatas com os pacientes italianos da Eni, que mesmo sendo os maiores accionistas sempre foram destratados.
A Sonangol e Isabel dos Santos, fartos de estarem "domesticados" na Amorim Energia, querem ter poder directo na empresa. O "Plano A" manteria este delicado equilíbrio. O "Plano B" pode invertê-lo.
A Petrobras sempre esteve nesta negociação mais por amor que por interesse. Muitos analistas criticavam o investimento na Galp e parte da Gestão não conseguia explicar porque havia de comprar um activo de que metade do valor está já nos blocos de pré-sal que a própria Petrobras controla. Dilma, que antes de ser a Presidenta foi a poderosa ministra dos petróleos, pareceria favorável. Mas não perderá muitos segundos nisso face às horas que dedicará à extracção do fabuloso e novo petróleo no Brasil, que vai enriquecer o País hoje e suportar objectivos sociais amanhã, através de um Fundo Social específico de poupança: "Recusaremos o gasto efémero que deixa para as futuras gerações apenas as dívidas e a desesperança", disse Dilma na tomada de posse.
A negociação era entre a Eni e a Petrobras, mas na prática estava a ser teleguiada pelo Estado e Amorim, que assim fracassam. E fracassam porque não souberam resolver o "affair" Sonangol e Isabel dos Santos: não podiam dizer que não, pois a importância de Angola é demasiado grande para que o Estado Português o possa hostilizar; e não souberam dizer que sim, deixando arrastar a indefinição durante meses e meses até que a janela Petrobras se fechou. Desta vez, os angolanos não foram levados na conversa que os fez entrar na Amorim Energia sem um contrato parassocial; desta vez, negoceiam com mestria.
Agora é preciso fazer a pergunta: quem se incomoda se a Sonangol mandar na Galp? Se tal acontecer, será o primeiro grande projecto português onde os angolanos passarão efectivamente a ter poder executivo, a que se seguirão outros, como o BCP, talvez o BPI, a Zon e outros, muitos investimentos dos quais foram financiados por bancos portugueses e com o apoio da Caixa.
O que é curioso é que, de todos os investimentos, o único onde os angolanos estão a ganhar dinheiro é na Galp, que é a principal prejudicada por esta indefinição accionista. Trata-se de uma empresa valiosa, acarinhada nas Bolsas, com resultados, mas com um plano de investimentos pela frente gigantesco e que exige capital. É isso que falta em Portugal: capitalistas com capital. O Governo que abre as portas ao investimento não pode fechá-las ao poder. Venham de lá os angolanos. António Vitorino, que lidera (mais) estas negociações em representação do Estado, poderá repetir uma frase que lhe ficou célebre: "Habituem-se!"
Se não voltar, acabou o "Plano A" do Estado e de Amorim para a mais valiosa empresa portuguesa. O "Plano B" já não é deles. É da Sonangol. Desta vez já não há "golden share". Está na altura de Sócrates fazer outra chamada para o Brasil: "Alô Dilma? Preciso que me quebre um galho". Arrisca-se a ouvir: "Outra vez, José?".
Lembramo-nos suficientemente bem do vertiginoso negócio entre a PT e a Telefónica para excluirmos um "volte face". Até porque, na Galp, a imprensa tem difundido demasiada histeria não confirmada, com mais de recado que de recato, ante uma passividade rara da CMVM. Mas mesmo com esses cuidados, as evidências mostram que os dias estão a correr bem à Sonangol e a Isabel dos Santos. E mal a José Sócrates e Américo Amorim, que hoje controlam a Galp - mas amanhã talvez não.
É isso que está em causa: o poder da Galp. Não um CEO, não o chefe, mas o patrão. Até aqui, o poder estava nas mãos de Américo Amorim, com o Estado, e em relações cordatas com os pacientes italianos da Eni, que mesmo sendo os maiores accionistas sempre foram destratados.
A Sonangol e Isabel dos Santos, fartos de estarem "domesticados" na Amorim Energia, querem ter poder directo na empresa. O "Plano A" manteria este delicado equilíbrio. O "Plano B" pode invertê-lo.
A Petrobras sempre esteve nesta negociação mais por amor que por interesse. Muitos analistas criticavam o investimento na Galp e parte da Gestão não conseguia explicar porque havia de comprar um activo de que metade do valor está já nos blocos de pré-sal que a própria Petrobras controla. Dilma, que antes de ser a Presidenta foi a poderosa ministra dos petróleos, pareceria favorável. Mas não perderá muitos segundos nisso face às horas que dedicará à extracção do fabuloso e novo petróleo no Brasil, que vai enriquecer o País hoje e suportar objectivos sociais amanhã, através de um Fundo Social específico de poupança: "Recusaremos o gasto efémero que deixa para as futuras gerações apenas as dívidas e a desesperança", disse Dilma na tomada de posse.
A negociação era entre a Eni e a Petrobras, mas na prática estava a ser teleguiada pelo Estado e Amorim, que assim fracassam. E fracassam porque não souberam resolver o "affair" Sonangol e Isabel dos Santos: não podiam dizer que não, pois a importância de Angola é demasiado grande para que o Estado Português o possa hostilizar; e não souberam dizer que sim, deixando arrastar a indefinição durante meses e meses até que a janela Petrobras se fechou. Desta vez, os angolanos não foram levados na conversa que os fez entrar na Amorim Energia sem um contrato parassocial; desta vez, negoceiam com mestria.
Agora é preciso fazer a pergunta: quem se incomoda se a Sonangol mandar na Galp? Se tal acontecer, será o primeiro grande projecto português onde os angolanos passarão efectivamente a ter poder executivo, a que se seguirão outros, como o BCP, talvez o BPI, a Zon e outros, muitos investimentos dos quais foram financiados por bancos portugueses e com o apoio da Caixa.
O que é curioso é que, de todos os investimentos, o único onde os angolanos estão a ganhar dinheiro é na Galp, que é a principal prejudicada por esta indefinição accionista. Trata-se de uma empresa valiosa, acarinhada nas Bolsas, com resultados, mas com um plano de investimentos pela frente gigantesco e que exige capital. É isso que falta em Portugal: capitalistas com capital. O Governo que abre as portas ao investimento não pode fechá-las ao poder. Venham de lá os angolanos. António Vitorino, que lidera (mais) estas negociações em representação do Estado, poderá repetir uma frase que lhe ficou célebre: "Habituem-se!"
terça-feira, fevereiro 01, 2011
Portugal ganha terreno no ranking da inovação
A Comissão Europeia (CE) apresenta hoje o European Innovation Scoreboard referente a 2010, no qual Portugal consegue subir mais um degrau na cadeia que o compara com os outros países, aproximando-se da média europeia e atingindo agora a 15.ª posição no ranking dos países mais inovadores da Europa a 27. No entanto, continua a estar quase na cauda da Europa (está na 23.ª posição), se em causa estiver a avaliação dos efeitos económicos que são atribuídas às medidas que foram tomadas.
Este ranking é elaborado através da análise de 24 indicadores, agregados em 8 grandes categorias: recursos humanos; sistemas de investigação abertos e atractivos; recursos financeiros e infra-estruturas; investimento das empresas; parcerias e empresas; patentes; empresas inovadoras e efeitos económicos. Face ao ranking de 2009, a progressão pode ser entendida como a de "apenas" um degrau (passou da 16.ª posição, em 2009, para a 15.ª, em 2010). Mas, analisada num ciclo de cinco anos, percebe-se que o esforço que tem vindo a ser feito permitiu a Portugal saltar 7 posições (em 2006, estava classificado em 22.º lugar) e ficar agora a liderar o grupo dos "Inovadores Moderados", à frente de Espanha e de Itália, os outros dois países que, tal como Portugal, se associaram numa iniciativa como a Cotec.
Nos rankings que medem o crescimento de indicadores, Portugal é o país que mais cresceu em termos de despesas efectuadas em I&D em percentagem do PIB (estando agora já muito próximo da média europeia), é também o país em que mais jovens com idades entre os 20 e os 24 anos têm o ensino secundário completo e está em primeiro lugar no crescimento de empresas inovadoras que colaboram com outras empresas (em percentagem do total de PME). Está também em segundo lugar no ranking dos países que mais aumentaram a despesa pública em investigação e dos que mais patentes efectuaram em áreas que "constituem um desafio para as sociedades".
Se a análise for feita em termos desagregados por cada uma das oito áreas analisadas, revela-se a boa posição do país nas áreas de auto-avaliação (em que as empresas declaram os seus métodos e resultados) e uma posição mais frágil nas variáveis que medem desempenhos económicos.
A rubrica em que Portugal mostra um melhor resultado - e está mesmo em 3º lugar face os países da Europa a 27 - é no item "Inovadores", isto é, dos países com empresas que declaram ter introduzido produtos ou processos inovadoras no mercado, conseguindo com eles uma maior eficiência na utilização de recursos ou na diminuição dos custos de produção. Nas restantes rubricas analisadas, está já próximo da média na dimensão de sistemas de investigação abertos e atractivos (onde está em 13.º lugar) e na existência de parcerias entre empresas (está em 15.º lugar), e tem um assinalável 12.º lugar em termos de recursos financeiros e infra-estruturas. Mas o investimento das empresas e os recursos humanos ainda estão longe da média, respectivamente, no 18.º lugar e na 21.ª posição.
O pior lugar de todos acaba por ser mesmo nos efeitos económicos conseguidos, onde ocupa a 23.ª posição. Indicadores como o emprego em sectores que exigem elevada qualificação, o volume das exportações de bens de média e alta tecnologia ou a venda de bens resultantes de inovações apresentam desempenhos e evoluções abaixo da média europeia.
O pelotão da frente deste European Innovation Scoreboard continua entregue à Suécia, à Dinamarca, à Finlândia e à Alemanha.
Este ranking é elaborado através da análise de 24 indicadores, agregados em 8 grandes categorias: recursos humanos; sistemas de investigação abertos e atractivos; recursos financeiros e infra-estruturas; investimento das empresas; parcerias e empresas; patentes; empresas inovadoras e efeitos económicos. Face ao ranking de 2009, a progressão pode ser entendida como a de "apenas" um degrau (passou da 16.ª posição, em 2009, para a 15.ª, em 2010). Mas, analisada num ciclo de cinco anos, percebe-se que o esforço que tem vindo a ser feito permitiu a Portugal saltar 7 posições (em 2006, estava classificado em 22.º lugar) e ficar agora a liderar o grupo dos "Inovadores Moderados", à frente de Espanha e de Itália, os outros dois países que, tal como Portugal, se associaram numa iniciativa como a Cotec.
Nos rankings que medem o crescimento de indicadores, Portugal é o país que mais cresceu em termos de despesas efectuadas em I&D em percentagem do PIB (estando agora já muito próximo da média europeia), é também o país em que mais jovens com idades entre os 20 e os 24 anos têm o ensino secundário completo e está em primeiro lugar no crescimento de empresas inovadoras que colaboram com outras empresas (em percentagem do total de PME). Está também em segundo lugar no ranking dos países que mais aumentaram a despesa pública em investigação e dos que mais patentes efectuaram em áreas que "constituem um desafio para as sociedades".
Se a análise for feita em termos desagregados por cada uma das oito áreas analisadas, revela-se a boa posição do país nas áreas de auto-avaliação (em que as empresas declaram os seus métodos e resultados) e uma posição mais frágil nas variáveis que medem desempenhos económicos.
A rubrica em que Portugal mostra um melhor resultado - e está mesmo em 3º lugar face os países da Europa a 27 - é no item "Inovadores", isto é, dos países com empresas que declaram ter introduzido produtos ou processos inovadoras no mercado, conseguindo com eles uma maior eficiência na utilização de recursos ou na diminuição dos custos de produção. Nas restantes rubricas analisadas, está já próximo da média na dimensão de sistemas de investigação abertos e atractivos (onde está em 13.º lugar) e na existência de parcerias entre empresas (está em 15.º lugar), e tem um assinalável 12.º lugar em termos de recursos financeiros e infra-estruturas. Mas o investimento das empresas e os recursos humanos ainda estão longe da média, respectivamente, no 18.º lugar e na 21.ª posição.
O pior lugar de todos acaba por ser mesmo nos efeitos económicos conseguidos, onde ocupa a 23.ª posição. Indicadores como o emprego em sectores que exigem elevada qualificação, o volume das exportações de bens de média e alta tecnologia ou a venda de bens resultantes de inovações apresentam desempenhos e evoluções abaixo da média europeia.
O pelotão da frente deste European Innovation Scoreboard continua entregue à Suécia, à Dinamarca, à Finlândia e à Alemanha.
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