sexta-feira, junho 29, 2012

Exportações: caminho aberto para a carne portuguesa na Rússia


O Ministro de Estado e Negócios Estrangeiros (MENE) conseguiu abrir portas para a exportação da carne portuguesa para a Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão.

O desbloquear das exportações da carne nacional para a Rússia era o principal objetivo da visita de Paulo Portas, hoje, a Astana, capital do Cazaquistão. Porque estas exportações encontravam-se dependentes de uma tripla autorização, que tem que ser conseguida junto das autoridades de Moscovo, Minsk e Astana.
A partir desta decisão, as exportadoras portuguesas de carne terão acesso a um mercado potencial de 170 milhões de consumidores.

De acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) estes três países - Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão - têm uma união aduaneira, "o que significa que o acesso a um destes mercados siginifica o acesso a todos, ao contrário, havendo objecções por parte de um deles, isso é o bastante para bloquear as exportações para todos".
O MNE refere ainda que há vários anos que Portugal tentava desbloquear a falta de autorização por parte das autoridades do Cazaquistão, o que agora foi possível.
As autoridades do Cazaquistão credenciaram 44 empresas para poderem exportar "não apenas para aquele país como para todo o mercado regional".

Paulo Portas fez esta visita relâmpago de 24 horas a Astana acompanhado por um grupo de 15 empresários com interesse naquele mercado, numa missão organizada pela AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo. Os sectores empresariais mais representados eram o farmacêutico, e-governance, energia, ambiente e vinho.

O MENE fez ainda uma intervenção na abertura do 2º Seminário Empresarial Cazaquistão - Portugal, que decorreu em Astana, e durante a qual defendeu o reforço das relações comerciais entre os dois países, neste momento bastante desequilibradas a favor das importações do Cazaquistão.
Portas defendeu uma relação económica “win-win” entre os dois países, apelando a que seja facilitado o acesso de empresas portuguesas a oportunidades de negócio no Cazaquistão.

No âmbito desta visita foi ainda assinado um Memorando de Entendimento entre a AICEP e a sua congénere do Cazaquistão, tendo em vista uma maior cooperação que venha a facilitar as relações económicas e comerciais entre os dois países.

segunda-feira, junho 25, 2012

Exportações: Nova empresa luso-chinesa à conquista das "cidades de segunda e terceira linha"


Vinhos, azeite e outros produtos portugueses vão começar a ser distribuídos ainda este mês por 150 supermercados da próspera província chinesa de Zhejiang, na costa leste do país, assinalando o início das operações de uma nova empresa luso-chinesa.

"A distribuição, na China, tem sido um problema e por isso criámos uma empresa de raiz, com um parceiro chinês que é muito ocidentalizado", disse Rui Oliveira, presidente da Premium European Food Distributors, com sede em Ningbo, um dos maiores portos da China.

"O primeiro contentor, que já está todo vendido, chega já esta semana e até ao fim do ano esperamos receber mais cinco", adiantou o empresário, um engenheiro e gestor do Porto, nascido em 1979 e radicado há três anos naquela cidade chinesa.

quarta-feira, junho 20, 2012

Mariza vai actuar no cartaz cultural dos Jogos Olímpicos de Londres


A fadista Mariza estará entre milhares de artistas das 204 nações em competição nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, em Londres, que actuarão num grande festival cultural que arranca quinta-feira e decorre até 9 de Setembro, no Reino Unido.

Mariza actuará dia 21 de Julho, no palco Europa do BT River of Music, um evento de música de entrada gratuita, à beira do rio Tamisa, que terá lugar no fim-de-semana que antecede o início das olimpíadas, a 27 de Julho.

Ao todo, os organizadores têm programados 12 mil eventos com a participação de mais de 25 mil artistas, incluindo alguns mais conhecidos como Gilberto Gil, Yoko Ono, Damon Albarn, Cate Blanchett, Jay Z e Florence and the Machine, entre outros.
Apesar de ser centrado em Londres, o festival será distribuído por 900 recintos, em todo o Reino Unido, e inclui 137 estreias mundiais e 85 estreias britânicas.

A abertura será feita em Edimburgo, num concerto ao ar livre com Gustavo Dudamel e a Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela, à qual se juntará um grupo de jovens músicos locais.

Este festival é o culminar das Olimpíadas Culturais, que começaram no país em 2008, para celebrar a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos em Londres e que abrangem outros eventos paralelos.

Os autores lusófonos presentes serão Rosa Alice Branco (Portugal), Ana Paula Tavares (Angola), Conceição Lima (São Tomé e Príncipe), Ana Mafalda Leite (Moçambique) e Corsino Fortes (Cabo Verde), Teresia Teaiwa (Timor Leste), Doina Ioanid (Guiné Bissau) e Paulo Henriques Britto (Brasil).

terça-feira, junho 19, 2012

Fabricante do Magalhães prepara venda de 40 mil computadores no Perú


A empresa portuguesa JP Sá Couto está próxima de fechar um negócio no Perú para a venda de 40 mil computadores da marca Magalhães, que serão fornecidos ao Ministério da Educação peruano, provavelmente com outro nome.

Em Lima, João Paulo Sá Couto, administrador da JP Sá Couto, adiantou que este negócio vai ser feito em parceria com uma empresa peruana e tem um valor estimado entre 8 e 10 milhões de dólares.

A JP Sá Couto é uma das cerca de 50 empresas que se encontram em Lima para participar num encontro empresarial organizado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), que hoje de manhã contou com a presença do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

"Este será o nosso primeiro negócio aqui no Perú. Já tínhamos alguns contactos com empresas peruanas, e esta visita agora permitiu-nos consolidar essas ligações e, talvez, concretizar este negócio", afirmou Sá Couto. "Achamos que o Perú tem grandes potencialidades", acrescentou.

Actualmente, mais de dois terços da facturação da JP Sá Couto provêm de exportações, a maior parte para países da América Latina, como a Argentina ou a Venezuela, referiu.
"Temos crescido, em contraciclo face à crise na Europa, graças aos mercados fora da Europa", resumiu Sá Couto.

Universidade Nova é das melhores do mundo em Finanças

Mestrado em Finanças da escola de negócios da Nova School of Business and Economics (Nova SBE)integra lista dos melhores programas do mundo do Financial Times (FT).

Pela segunda vez consecutiva, este programa integra o ranking mundial do FT, estando agora na 21ª posição numa lista de 35 escolas de negócios, o que representa uma subida de oito posições face à classificação do ano passado. A estreia nesta tabela deu-se em 2011.

O ranking é encabeçado pela francesa HEC Paris, seguida da espanhola IE Business School.

Em termos de exposição internacional dos alunos - um dos vários critérios analisados pelo FT -, o mestrado na Nova SBE é líder mundial.

Segundo a escola portuguesa, este reconhecimento resulta da diversidade de nacionalidades do corpo docente e dos alunos, bem como das viagens e visitas de estudos a outros países que integram o programa.

sábado, junho 16, 2012

Construção, pescas e turismo na agenda iraniana em Portugal


Missão com 24 empresários, oriunda da província mais a Sul do Irão, com 1100 quilómetros de costa no Golfo Pérsico, procuram durante dois dias parceiros na região Norte portuguesa, a mais exportadora do País.

Pela terceira vez nos últimos três anos, um grupo de empresários do Irão está em Portugal para apresentar as potencialidades de investimento naquele país de 73 milhões de habitantes (e que faz fronteira com sete nações), e reunir-se directamente com perto de uma centena de firmas nacionais, que estão a tentar diversificar os mercados de exportação para “fugir” da Europa.

Para a missão de negócios que hoje arrancou – e que foi acolhida nas instalações da Associação Empresarial de Portugal (AEP), no Porto – viajaram oito empresas do sector da construção, quatro de engenharia, duas industriais, uma de mineração, quatro do ramo agro-alimentar e cinco ligadas ao turismo.

Depois de, nas anteriores iniciativas, concentrar esforços nas duas maiores cidades do Irão, a AEP escolheu desta vez a província de Hormozgan, que o presidente da associação empresarial, José António Barros, disse ter algumas “similaridades” com o Norte de Portugal no que toca ao seu tecido económico, desde logo pela aposta crescente nos recursos marítimos e na economia do mar.
Barros resumiu que as oportunidades que este grupo de empresários iranianos trouxeram desta vez a Portugal passam, por um lado, pela pesca, aquacultura, mariscos e extracção de minerais, mas também pelo turismo, pela construção, pelo portos e pelas energias renováveis.

Está a ser feito um grande investimento na construção, já que estão a ser construídas naquela região 56 mil casas. Não são oportunidades para as empresas de construção, porque isso eles fazem, mas para a fileira dos materiais de construção e dos isolamentos”, apontou o responsável empresarial, lembrando a potencialidade da cortiça em virtude do clima.

"Roubar" tecnologia do Porto de Leixões
A acompanhar os empresários vieram igualmente os presidentes do porto de Shahid Rajaee, que tem uma área total de 2400 hectares, e também da autoridade portuária daquela região, que está virada para o Golfo Pérsico. No sábado, vão ter contactos com os responsáveis do Porto de Leixões, uma vez que, apesar de terem um porto “dez vezes maior”, não está tão actualizado tecnologicamente como a infraestrutura portuguesa.

A missão portuguesa no Irão, que terá um terceiro capítulo multifileiras em Outubro, faz parte do programa “Business On the Way”, que integra 41 missões empresariais e feiras no estrangeiro durante 2012. Apenas oito são na Europa, o que o presidente da AEP justifica como uma vontade expressa das suas associadas em diversificar as vendas ao exterior. E que explica com os números do comércio internacional português no primeiro quadrimestre: o contributo extra-comunitário para o crescimento das exportações foi um aumento de 26%, contra apenas 3% no Velho Continente.

terça-feira, junho 12, 2012

Cooperação entre Portugal e Cabo Verde alargada à ciência, tecnologia e empreendedorismo

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português disse hoje que o plano de cooperação com Cabo Verde, que está em fase final de negociação, será alargado às áreas da ciência, tecnologia e empreendedorismo.
"Há inovação nas áreas setoriais abrangidas. Estamos atentos às necessidades de desenvolvimento de Cabo Verde e, por isso, vamos apostar em áreas que vão ser decisivas para o crescimento e desenvolvimento de Cabo Verde nos próximos anos. São a capacitação científica e tecnológica e o apoio ao empreendedorismo e ao desenvolvimento empresarial", disse Luís Brites Pereira.


Adiantou ainda que se mantém o apoio aos tradicionais setores da cooperação portuguesa com Cabo verde, nomeadamente saúde, educação e cooperação técnico-policial.

Brites Pereira falava hoje aos jornalistas à margem do seminário Portugal-Cabo Verde, que decorreu no Centro de Congressos de Lisboa, e contou na sessão de abertura com a presença do presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, que cumpre o segundo dia de uma visita de Estado a Portugal.

O secretário de Estado adiantou que o Plano Indicativo de Cooperação (PIC) com Cabo Verde, que vigorará até 2015, está em fase final de negociação, devendo estar pronto para assinar depois do verão, mas escusou-se a avançar os valores do plano.

Questionado sobre se o Governo português está disponível para manter o esforço de cooperação com Cabo Verde, como pediu o chefe de Estado cabo-verdiano, Brites Pereira garantiu que o executivo "está atento e a tentar corresponder a esse apelo".

Embraer arranca com produção em Évora


A construtora aeronáutica brasileira Embraer anunciou hoje que a produção nas suas duas novas fábricas em Évora arranca já "em meados de julho", embora a inauguração das unidades esteja marcada para 21 de setembro.
"Devemos iniciar a produção agora, em meados de julho" para "fazermos as primeiras entregas ainda este ano para o Brasil", revelou Paulo Marchioto, responsável pela Embraer Portugal.

O anúncio da construtora brasileira foi feito hoje durante uma visita para jornalistas às duas novas unidades industriais, localizadas no parque aeronáutico de Évora.

A Embraer está a construir, desde novembro de 2010, duas fábricas em Évora, uma dedicada a estruturas metálicas (asas) e outra a materiais compósitos (caudas). De acordo com a empresa, o investimento inicial nas duas fábricas ronda os 180 milhões de euros, contando já com 78 trabalhadores dos setores da engenharia e produção.

Em 2015, ano apontado para a "velocidade de cruzeiro" da produção, o número de trabalhadores deve aumentar para cerca de 400.

Segundo Marchioto, os primeiros componentes a serem fabricados em Évora, em materiais compósitos, destinam-se às caudas do avião executivo Legacy 450.
"Vamos fazer os estabilizadores horizontal e vertical", indicou, explicando que estes componentes seguem depois para as linhas de montagem no Brasil.
Outros componentes, a serem fabricados em Évora, vão equipar o avião Legacy 500 e o KC-390.
O projeto KC-390 prevê a construção de aeronaves de combate com capacidade de reabastecimento em voo para a Força Aérea Brasileira (FAB), numa parceria entre a fabricante brasileira Embraer e as portuguesas OGMA (Indústria Aeronáutica de Portugal) e EEA (Empresa de Engenharia Aeronáutica).

segunda-feira, junho 11, 2012

Aicep: Exportações são "verdadeira locomotiva" da economia


O presidente da AICEP, Pedro Reis, afirmou hoje que as exportações de bens aumentaram 9,7% de janeiro a abril, face a igual período de 2011.
"O crescimento das exportações de bens em quase 10% no primeiro quadrimestre do ano é indiscutivelmente uma boa performance, que mostra que as empresas portuguesas estão a resistir ao pessimismo e são a verdadeira locomotiva da economia portuguesa", disse o responsável pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.

Pedro Reis disse também que nos quatro primeiros meses o comércio de bens intracomunitário aumentou 4,3% e as exportações para fora da União Europeia (UE) subiram 26,8% em termos homólogos.

Privatizações: Secretária de Estado do Tesouro inicia segunda-feira visita à China


A secretária de Estado do Tesouro e Finanças, Maria Luís Albuquerque, inicia na segunda-feira uma visita à China, país que mais do que duplicou o investimento no estrangeiro no primeiro trimestre, para 17 mil milhões de euros.

Durante a visita, a governante vai encontrar-se com responsáveis do ministério chinês das finanças e das empresas China Three Gorges e da State Grid, que recentemente se tornaram acionistas da EDP e da REN - Redes Energéticas Nacionais, respectivamente.
Maria Luís Albuquerque será acompanhada por um representante do Instituto de Gestão do Crédito Público, disse fonte diplomática em Pequim.

quarta-feira, junho 06, 2012

Cada aluno do Ensino Superior custou 5841 euros no ano 2010/2011

in JN

Sugere-me um comentário. Urge mudar as regras no ensino superior. Lembro-me bem como as bolsas são atribuidas. Muitos dos que mais tinham era quem recebia as melhores bolsas.

Mas isto é apenas um áparte.

Parece-me perfeitamente lógico que o funcionamento e o financiamento estatal às universidades precisa de alterações.

Não faz sentido que o estado financie universidades tendo em conta o número de alunos, isso promove como vemos a criação de inúmeros cursos que não têm qualquer sentido, variações de nomes e conteúdos mínimos que promovem sabe-se lá o quê.

1 - os cursos deveriam ser organizados em troncos únicos e apenas nos mestrados deverá existir uma maior especialização.

2 - pergunto-me a necessidade da existência de bolsas, quando muitas delas têm como valor total apenas o valor total das propinas. seria muito melhor existir um sistema de isenções para estes casos, poupa sobretudo burocracia e recursos.

3 - Cada curso tem custos muito diferentes por aluno. Uma diferenciação de propinas seria a solução mais justa. A partir desse momento cada um pagaria efectivamente o custo do seu curso. Isso é especialmente visível por exemplo em medicina. Paga o mesmo que um aluno de história e ainda tem emprego garantido.

4 -  Para mim o mínimo denominador comum é simples. Ninguém deverá ficar impedido de tirar um curso por dificuldades financeiras e as bolsas não deverão ser cortadas apenas porque se chumba um ano. Devem ser estabelecidos limites de tempo e mínimos de aproveitamento mas que possam incluir o chumbo que pode sempre acontecer.

terça-feira, junho 05, 2012

Paulo Portas inicia visita de cinco dias aos EUA


O ministro dos Negócios Estrangeiros português inicia hoje uma visita de cinco dias aos Estados Unidos (EUA) para participar nas comemorações do Dia de Portugal e para encontros com políticos e empresários em Boston, Washington e Houston.

A visita arranca hoje em Boston, estado do Massachusetts, com um jantar com empresários, políticos, altos funcionários, lobistas, diretores de museus e bibliotecas e académicos, segundo o programa divulgado hoje pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

Na terça-feira, Paulo Portas toma o pequeno-almoço com o núcleo Luso-Americano da Assembleia Legislativa (State House) de Massachusetts, incluindo os senadores de origem portuguesa Marc Pacheco e Michael Rodrigues e os representantes estaduais António Cabral, John Fernandes, David Vieira, Kevin Aguiar e Viriato de Macedo.

Segue-se a sessão comemorativa do Dia de Portugal na Câmara dos Representantes da Assembleia Legislativa, uma tradição com quase três décadas que anualmente homenageia os portugueses e luso-descendentes que se destacaram.

Portas tem ainda prevista uma reunião com o governador do estado de Massachusetts, Deval Patrick, e uma visita ao Massachusetts Institute of technology (MIT), que desenvolve um programa de cooperação científica com Portugal.
Durante a visita ao MIT, o chefe da diplomacia portuguesa proferirá, para uma plateia de empresários e líderes da comunidade portuguesa, uma palestra sobre "A Perspetiva Portuguesa no Atual Contexto Europeu".
O programa do ministro em Boston termina com um encontro com a direção da Portuguese-American Post-Graduate Society.

Na quarta-feira, já em Washington , Paulo Portas participa numa conferência no European Institute, seguindo-se encontros com o Senador Patrick Toomey, um dos presidentes do grupo "Friends of Portugal", com o porta-voz da Câmara dos Representantes, John Bohener, e com os senadores Jack Reed e John Kerry.
Ao final do dia, depois de um encontro com membros do Portuguese-American Caucus, o MNE português janta com congressistas.

Quinta-feira, em Houston, Texas, o dia é dedicado às questões da energia, com Paulo Portas a participar num almoço de trabalho na sede da empresa EDP Renováveis, seguido de uma visita às instalações.
Segue-se uma palestra no Baker Institute of Public Policy sobre o caso de Portugal no contexto da atual "encruzilhada" europeia.
Na sexta-feira, Paulo Portas participa num pequeno-almoço com membros da comunidade portuguesa de Houston, seguindo-se uma visita à "The Menil Collection" e um debate com empresários da indústria do gás e com membros do Instituto Rice.

Depois de um encontro com o mayor de Houston, Paulo Portas reúne-se com professor Ronald de Pinho e com o responsável pelos Global Academic Programs, Oliver Bogler.

segunda-feira, junho 04, 2012

O maior investimento estrangeiro de sempre em Portugal pode nascer nas minas de Moncorvo

Nestas minas ricas em ferro pode nascer o maio investimento estrangeiro em Portugal

O essencial das negociações entre o Governo e a multinacional anglo-australiana Rio Tinto, para a exploração de ferro nas minas de Moncorvo, no Nordeste do país, está concluída e a assinatura do contrato está prevista para a semana entre 11 e 15 de Junho.

O contrato a assinar, que deverá representar o maior investimento estrangeiro alguma vez realizado em Portugal, assumirá a forma de "concessão experimental". Tecnicamente, a concessão experimental é uma fase intermédia até ao contrato de exploração final, e visa aprofundar o conhecimento do jazigo, que se admite ser um dos maiores da Europa.
A concessão experimental apresenta ainda outra vantagem, que é a de permitir adiar as licenças e os estudos finais de impacte ambiental para a fase em que há certeza absoluta de que a riqueza é compatível com o investimento necessário. Esta concessão intermédia permite, assim, diminuir o risco do investimento, que, tendo como referência outras explorações semelhantes a nível mundial, poderá ultrapassar os mil milhões de euros.

O grosso do investimento no coração de Trás-os-Montes só será feito na fase da concessão definitiva, o que deverá acontecer no prazo de cinco a oito anos. Durante a primeira fase de concessão, já haverá algum investimento, dado que será feita uma grande movimentação de materiais, a pré-concentração do minério à boca da mina e o seu transporte para tratamento definitiva.

Fonte conhecedora do processo disse que os estudos recentes sobre a qualidade do minério "são bastante animadores, apontando para uma mina de classe mundial". Animadora é também a evolução da cotação de ferro nos mercados internacionais, que continua em alta. A impulsionar a exploração está ainda a elevada dependência da Europa em relação a esta matéria-prima, superando os 90%, o que deixa várias indústrias europeias, incluindo a automóvel, na mão de fornecedores internacionais.
O Ministério da Economia (ME) não prestou ainda esclarecimentos sobre este assunto. A última posição oficial do ME sobre este projecto de investimento foi a de que "não comentava negociações em curso".

Dificuldades de escoamento
As negociações arrastam-se há mais de meio ano, por diversas questões, entre as quais os prazos de exploração experimental e o transporte do minério, que envolve quantidades elevadas, sendo uma componente importante para a rentabilização da exploração.

Na questão do transporte, uma das soluções equacionadas, e que está referenciada inclusive na página de Internet da MTI - a empresa de capitais portugueses e estrangeiros que detém a concessão de prospecção e pesquisa das minas de ferro de Moncorvo -, é o transporte fluvial, através do rio Douro.
Esta solução poderá estar afastada, pelo menos numa fase inicial, devido a limitações de navegabilidade do rio, que actualmente não comporta barcos com grande capacidade de carga.

Equacionada e também referida no site da empresa tem sido a construção de um mineroduto, canal de transporte de minério como existe para o gás ou para combustíveis, solução utilizada em vários países. Esta infra-estrutura, que poderia aproveitar parte da rede de auto-estradas, ligaria Moncorvo directamente ao Porto de Aveiro, com capacidade de atracagem de grandes navios de carga se forem realizados investimentos para o desassoreamento do Porto. De acordo com a informação da MTI, esta seria uma solução mais económica, permitindo elevada capacidade de escoamento.

Para já, a solução que poderá garantir o escoamento de minério na fase de exploração experimental será a ferroviária, o que implicará a construção de um troço, na antiga linha ferroviária do Sabor, entre Moncorvo e Pocinho, utilizando depois a já existente, no Douro, até ao Porto de Leixões ou até ao Porto de Aveiro. O Porto de Leixões tem condições de profundidade para a atracagem de grandes navios de carga, mas apresenta algumas limitações de capacidade, numa altura em que o alargamento do Canal do Panamá faz aumentar a navegação desse tipo de barcos no porto nortenho.

Uma soluções discutida no passado para o escoamento de mercadorias do Nordeste para Lisboa/Sines, mas também para Espanha, passava pela construção de uma ligação ferroviária do Pocinho a Vila Franca das Naves, permitindo a ligação à linha ferroviária da Beira Alta.
Durante as negociações entre a Rio Tinto, uma das três maiores mineiras a nível mundial, e o Governo terá sido equacionada a possibilidade de escoamento do minério via Espanha, solução que terá desagradado ao Ministério da Economia.

É de notar que foi o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, que no final de Outubro do ano passado referiu que estava a ser negociado um projecto de investimento estrangeiro que seria o maior alguma vez realizado em Portugal. Poucos dias depois, ficou a saber-se que a negociação envolvia a exploração das minas de Moncorvo e multinacional anglo-australiana, que está presente em mais de 20 países do mundo.

Porquê tanto pessimismo?



Por Camilo Lourenço
in jornaldenegocios.pt

Na semana passada ligaram-me dois jornalistas estrangeiros. O primeiro para perceber o porquê de tanto pessimismo em Portugal. "Como assim?", perguntei.
"O Financial Times elogia as exportações portuguesas, a Moody's diz que há razões para optimismo e vocês não ligaram nenhuma". Na segunda chamada, Fiona Govan, do Daily Telegraph, reportando-se à crónica publicada aqui a 28 de Maio ("Portugal atingiu o ponto de viragem?") queria saber o que está por trás do bom comportamento das exportações e da paz social em Portugal.

É curioso. Olha-se para a Imprensa estrangeira e percebe-se um olhar diferente sobre Portugal; um misto de surpresa e admiração. Surpresa porque as notícias dominantes em entre nós evidenciam um profundo pessimismo (e nem os elogios da insuspeita Moody's, que ainda há pouco tempo nos atirou para o "lixo", mexe connosco). Surpresa por causa da paz social, que nos torna diferentes da Grécia e mesmo de Espanha (onde o Governo parece querer provocar uma corrida aos depósitos…).

É difícil encontrar explicação para tanto pessimismo. É um problema genético (oscilamos entre o "oito e o oitenta")? Ou a análise económica dominante cede a questões ideológicas? Não sei. O que sei é que, apesar da tragédia do desemprego, os indicadores começam a mostrar que, se não houver débacles em Espanha e Grécia, a economia vai recuperar mais cedo do que se pensava. Cortesia da espectacular capacidade de ajustamento de famílias e empresas, sem par na zona Euro.

Isto não tem sido suficientemente analisado (e valorizado) por nós, jornalistas. E a continuar assim se os portugueses quiserem fugir à depressão só consultando a Imprensa estrangeira.

sexta-feira, junho 01, 2012

Volvo Ocean Race: impacto económico triplica investimento



A passagem da Volvo Ocean Race deve gerar um impacto económico de 30 milhões de euros, "duas a três vezes o investimento", segundo Knut Frostad, responsável executivo do evento.
"Em cada stop-over o impacto tem sido nessa ordem e penso que Lisboa está em condições de consegui-lo", afirmou. Frostad adiantou ainda que há um "grande interesse" em que Lisboa possa organizar a prova entre 2014 e 2017. A capital portuguesa está na short list de 33 cidades candidatas e as próximas duas semanas serão decisivas no processo de escolha.

A Race Village foi ontem inaugurada na doca de Pedrouços. Segundo João Lagos, "pelo feedback recebido poderia dizer que estamos muito bem posicionados e penso que dificilmente a Volvo Ocean Race poderá passar sem Portugal nos próximos anos", cita o jornal.

Com dois milhões de euros investidos, a Lagos Sports foi acompanhada pela APL (quatro milhões), Turismo de Portugal (três milhões) e câmaras de Lisboa e Oeiras (um milhão) num total de 10 milhões investidos.