quinta-feira, junho 30, 2005

Investimento Privado - Central Nuclear

Neste momento não sou apologista nem opositor à construção de uma central nuclear em Portugal.

Faltam-me dados, económicos, sociais e ambientais onde possa sustentar tal tomada de posição.

Só sou contra um argumento: que Portugal não pode ter Centrais Nucleares (CN) porque pode acontecer um desastre de proporções apocalípticas.
1º porque acidentes com centrais nucleares são rarissimos e 2º porque as centrais espanholas estão em cima do nosso país, por isso nunca nos livrariamos de um acidente radioactivo.

Mas neste processo há algo que me dá imenso prazer. É o facto de serem os privados a avançar para esta solução. Pela primeira vez em Portugal (salvoerro), vejo um projecto desta dimensão não ser da responsabilidade estado.

Não é o estado Papá mas sim a sociedade civil que demonstra dinamismo, ambição e querer.

Mais casos destes se esperam.

Já algumas vezes escrevi sobre a questão da energia e mais uma vez relembro, que o nosso estado não está a investir nesta área. A comunidade científica POrtuguesa deveria intensamente debruçar-se sobre o problema da energia. O Projecto ITER parece interessante mas a nossa participação é diminuta e a solução poderá não ser a fissão nuclear. Essa tecnologia parece ainda demasiado imberbe.

Por exemplo, deveriamos apostar em fábricas de produção de hidrogénio e sua utilização como combustivel barato e inesgotável. Água é o que não nos falta. (obviamente não estou a falar de água doce).

Ainda existe a possibilidade da Fusão Fria.

Há todo um mundo que é base da nossa civilização que é a energia. Quem chegar primeiro irá dominar os próximos séculos.

Para bem do nosso país e da própria humanidade, Portugal deveria fazer yuma aposta forte nesse sector.

quinta-feira, junho 23, 2005

Sócrates o Grande Artista II

Razão 1-

Inventa-se um défice. 6,83%. Muito preciso para uma previsão não acham?

Com este número produzido cria uma suposta legitimidade para governar como lhe apetece.

Sobe os impostos, mas não ganhará muito com isso porque o consumo irá retrair-se, assim como o investimento o que levará a um aumento do desemprego, logo mais prestações sociais e mais despesa do Estado, menos consumo, menos impostos, menos receitas, agravamento do défice.

sinceramente penso que o governo está a ver o problema pelo lado errado.

A Racionalização das despesas do estado, do investimento, do Aeroporto da OTa, do tgv.

esse era o caminho, ainda mais tendo em conta que a UE prolongou os prazos do PEC.

quarta-feira, junho 15, 2005

Arrastão

Se o que se passou é muito grave, não menos grave é o levantamento da extrema direita (que acaba por ser normal) que já levanta a crista.

Como patriota que sou, dão-me nojo por usarem tal designação, usarem simbolos monárquicos ou outros que tais.

Essa gente deturpa os significados desses símbolos conspurcando-os, e inclusivé tornando-os criminosos aos olhos de muitos.

Não posso aceitar isso!!!

Sócrates o Grande Artista

Atiram com fumos, inventam cenários, tomam o Estado, destroem economias, reduzem o País e o seus cidadãos.

E Isto tudo sem que ninguém faça nada.

Como dizia o avô do outro,

É UM PAÍS DE BANANAS GOVERNADO POR SACANAS

Tratado Europeu

Não Vou estar a dissertar acerca deste tratado, nem sobre referendos. Apenas refiro que muito antes de ser moda dizer não, já era pelo não.

Não sou contra a União Europeia, sou contra o caminho para o qual nos dirigiamos, o caminho de uma federação de regiões, dirigidos por uma elite política algures em Bruxelas.

Sou a favor de uma união entre estados soberanos e paritários que escolhem um caminho comum, ainda que abdiquem de alguma da sua soberania, mas ser governado por um supra-estado, em que francese alemães governem a seu bel-prazer JAMAIS.

O Não ao tratado é para mim a demonstração que as pessoas compreenderam que a Europa está contra os cidadãos (não europeus porque não existem.

terça-feira, junho 14, 2005

Gonçalves, Cunhal e Andrade

Por este meio presto homenagem a três homens que marcaram a vida do nosso país durante o último século.

Homenagem porque influênciaram muitas pessoas, muitos homens e mulheres que se sentiram tocados por estas figuras.

Muito já se disse sobre estes homens. Gonçalves, ex-PM, foi responsável por algumas coisas más que ocorreram no pós revolução. A ideologia que marcou Portugal e que nos atrasou anos. A estas críticas, junta-se Cunhal, arauto de uma democracia muito especial, que ainda hoje ilude alguns (Bernardino Soares e a sua democracia Norte Coreana), responsável maior pela tremideira inicial da jovem democracia.

Estas críticas são justas, mas são justos também os elogios na luta contra a ditadura, no derrube de um regime podre e restritivo. Por isso merecem respeito, ainda que a visão do mundo que possuiam fosse deturpada. O papel destes homens acaba por ser decisivo para o benéfico e para o destruidor.

Cunhal por outro lado demonstra noutras áreas toda a sua capacidade. Além de um político hábil (mas claramente oposto à minha visão do mundo e da democracia), perdeu-se um escritor de alta visão e qualidade, que ficcionando realça as dificuldades reais e traça com as suas linhas uma verdade histórica inesquecivel.

Aqui se liga a Andrade, Vulto maior da cultura portuguesa, representa o que de mais puro e belo a nossa língua, cultura e saber consegue produzir. Dos três será provavelmente aquele que irá perdurar, aquele que tocará no âmago das emoções das pessoas através dos tempos. Por isso a devida vénia, daquele que juntamente com Pessoa, O'Neill, e alguns outros dignificam a portugalidade, mas mais importante, a Humanidade.

sexta-feira, junho 10, 2005

Incêndios

Com muita tristeza olho para a floresta queimada em Portugal e penso na incompetência dos nossos políticos, que não governam ou gerem um país, e sinceramente dá-me a sensação de que eles têm gosto e destruir o que existe.

Já nem falo das medidas de Sócrates para combater um défice (suspeito), nem do governo PS propriamente.

Isto vem de trás, muito atrás, em que sucessivos Governos não elaboram planos para minimizar este flagelo.

Como é possível num País que se pensa do primeiro mundo, não existirem meios aéreos próprios para combater incêndios, que afligem todos os anos as nossas populações.

Como é possível com um ano que se previa quente e propício a fogos, os meios aéreos não estarem disponíveis durante um mês e meio da época oficial de fogos.

Como é possível não existirem Canadair's e helicópteros dependentes do SNBPC, seja na força aérea seja onde fôr.

Não somos nada mais do que terceiro mundistas. Ainda falam da Europa, Conseguimos ser ultrapassados por todos!!