Por este meio presto homenagem a três homens que marcaram a vida do nosso país durante o último século.
Homenagem porque influênciaram muitas pessoas, muitos homens e mulheres que se sentiram tocados por estas figuras.
Muito já se disse sobre estes homens. Gonçalves, ex-PM, foi responsável por algumas coisas más que ocorreram no pós revolução. A ideologia que marcou Portugal e que nos atrasou anos. A estas críticas, junta-se Cunhal, arauto de uma democracia muito especial, que ainda hoje ilude alguns (Bernardino Soares e a sua democracia Norte Coreana), responsável maior pela tremideira inicial da jovem democracia.
Estas críticas são justas, mas são justos também os elogios na luta contra a ditadura, no derrube de um regime podre e restritivo. Por isso merecem respeito, ainda que a visão do mundo que possuiam fosse deturpada. O papel destes homens acaba por ser decisivo para o benéfico e para o destruidor.
Cunhal por outro lado demonstra noutras áreas toda a sua capacidade. Além de um político hábil (mas claramente oposto à minha visão do mundo e da democracia), perdeu-se um escritor de alta visão e qualidade, que ficcionando realça as dificuldades reais e traça com as suas linhas uma verdade histórica inesquecivel.
Aqui se liga a Andrade, Vulto maior da cultura portuguesa, representa o que de mais puro e belo a nossa língua, cultura e saber consegue produzir. Dos três será provavelmente aquele que irá perdurar, aquele que tocará no âmago das emoções das pessoas através dos tempos. Por isso a devida vénia, daquele que juntamente com Pessoa, O'Neill, e alguns outros dignificam a portugalidade, mas mais importante, a Humanidade.
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