quinta-feira, setembro 30, 2010

Solidal na construção do mais poderoso telescópio do mundo

A Solidal ganhou o projecto de fornecimento de cabos isolados de média tensão para a construção do ALMA, o mais poderoso telescópio do mundo, um contrato de um milhão de euros, anunciou hoje a empresa.

"Pelo elevadíssimo grau de exigência e rigor a que a construção de uma infra-estrutura internacional de astronomia desta envergadura e importância obedece, é prestigiante o facto de termos sido escolhidos para participar na sua instalação", diz o presidente da Solidal, Pedro Lima.

A empresa portuguesa explica em comunicado que os 180 quilómetros de cabos estão a ser instalados e destinam-se "ao transporte de energia entre a central de produção de energia e o planalto, situado a 5.000 metros de altitude, através da instalação de dois circuitos paralelos de extensão aproximada de 30 quilómetros".

O ALMA, um investimento de mil milhões de euros, situado no planalto de Chajnantor, no Chile, e cuja execução está a cargo do European Southern Observatory, vai permitir estudar os blocos de estrelas em crescimento, sistemas planetários, galáxias e a própria vida.

Orçamento da república

Que prenda adequada para comemorar 100 anos de república!

As propostas de Sócrates para o orçamento é uma espécie de diploma de 100 anos, que reproduz em súmula o resultado de um século.

Parabéns lololol
O País bateu no fundo ontem à noite.
Depois do discurso de que "tudo mudou em quinze dias", agora, tudo mudou em quinze minutos, o tempo que durou a comunicação ao país, às 20 horas de ontem.
Fica para a história um aumento do IVA para 23%, o que coloca Portugal no pelotão dos países europeus europeus com IVA mais elevado, só comparável, por exemplo, à Suécia e Finlândia. Sabe-se que com estes dois países temos poucas ou nenhumas afinidades, principalmente quase nenhumas. Agora temos pelo menos uma...

E agora vem aí o Código Contributivo que quero ver quem vai aprovar.

Além da carga fiscal directa, que aumenta, o CC aumentará tudo o resto...

E vamos cantando e rindo... Parabéns pela gestão brilhante que os 100 anos de República assinalam.

quarta-feira, setembro 29, 2010

Tintas: Dyrup arranca em 2011 com fábrica em Luanda

A Tintas Dyrup Portugal e a Pinturas Dyrup Espanha preparam-se para inaugurar uma fábrica em Angola, em abril de 2011, com um investimento previsto de 3,7 milhões de euros (cinco milhões de dólares) a três anos.
Apesar de a Dyrup e Bondex, produtos para madeiras, serem das marcas mais conhecidas em Angola e de, até 1974, ter existido uma fábrica em Angola, estas estavam apenas representadas do ponto de vista comercial desde 2006, através de agentes locais.

José Pedro Barbosa, diretor comercial da Dyrup Ibéria e Luís Santos, diretor financeiro, estão em Luanda para ultimar o projeto da fábrica de tintas e produtos para madeira e explicaram que a decisão de arrancar com uma unidade fabril resultou da notoriedade que as marcas têm em Angola mas também da análise e oportunidades detetadas.

Medvedev anuncia visita às ilhas Kuril e desagrada o Japão

O presidente russo, Dmitri Medvedev, anunciou hoje que pretende visitar num futuro próximo as ilhas Kurilas, que também são reivindicadas pelo Japão, numa entrevista concedida em Petropavlovsk-Kamtchatski, no extremo oriente do país.

"Vou (à Kurilas) decididamente num futuro próximo". "Infelizmente, as condições meteorológicas impedem-me de subir já para o avião", acrescentou Medvedev, dando a entender que pretendia fazer a visita imediatamente.

O governo japonês pediu ao presidente russo que desista dos planos.

O porta-voz do governo do Japão, Yoshito Sengoku, afirmou que Tóquio deu conta da sua posição ao lado russo. Questionado se o Japão solicitara de maneira explícita ao presidente russo que desistisse de visitar as ilhas em disputa, Sengoku respondeu: "Sim, isso é correcto".

O Japão e a Rússia mantêm uma divergência sobre quatro ilhas do arqhipélago e as Kurilas, chamadas de Territórios do Norte pelos japoneses.
A 18 de Agosto de 1945, três dias depois da rendição do imperador Hirohito que encerrou a Segunda Guerra Mundial, os soviéticos ocuparam e depois anexaram as ilhas, que nunca tinham pertencido a Rússia.

Portugal renova contrato com o MIT por mais cinco anos

A um ano do final do programa em Portugal, o ministro da Ciência anunciou que "a relação com o MIT é considerada uma prioridade desde a primeira hora" e continuará por mais cinco anos.

"As decisões sobre o novo programa - com novos objectivos e uma concentração de esforços nas áreas mais necessitadas - serão tomadas no próximo ano", disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, à margem da 2.ª Conferência do MIT (Massachusetts Institute of Technology) Portugal, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

O porta-voz da instituição norte-americana MIT, Dan Roos, mostrou interesse em prolongar a estada em Portugal para além de 2011 e Mariano Gago admitiu que o Governo "quer continuar" a colaborar com o programa, que "veio marcar uma viragem na história da investigação científica em Portugal". O ministro diz que as condições de renovação do protocolo entre o MIT e a Fundação da Ciência e Tecnologia vão "ser objecto de um trabalho conjunto", realçando que não estava à espera que os objectivos do programa fossem atingidos nos primeiros quatro anos de parceria.

Agência antidroga dos EUA instala 'filial' em Lisboa

O conselheiro de Obama esteve em Portugal e elogiou a política antidroga nacional.
Gil Kerlikowske, director da Estratégia Antidroga da Casa Branca, anunciou ontem, em Lisboa, que a Drug Enforcement Agency (DEA), a autoridade oficial norte-americana de combate à droga, vai abrir uma delegação na capital portuguesa já a partir do próximo mês de Outubro.
Kerlikowske, que falava na residência oficial do embaixador, num encontro com jornalistas, não quis adiantar detalhes sobre os motivos que levaram a esta decisão, mas reconheceu que a "longa linha costeira" de Portugal e a sua localização geográfica o coloca potencialmente na linha de trânsito traficantes. "Não há muito a fazer ", afirmou.
O conselheiro de Obama explicou ainda que a DEA tem uma "rede internacional de delegações, que incluem vários outros países da Europa", na qual Portugal vai ser incluído. "É muito importante a troca de informação entre as autoridades dos vários países", sublinhou. A DEA tem 87 delegações em países estrangeiros. A ligação de Portugal aos países africanos de língua oficial portuguesa pode também ter sido um dos motivos que levou a esta decisão do departamento de Justiça dos EUA. Kerlikowske admitiu que a "situação na Guiné Bissau está a ser acompanhada com atenção".
Este alto responsável lembrou ainda que o tráfico de droga é executado por "organizações criminosas internacionais, que também estão ligadas ao tráfico de armas e ao tráfico de seres humanos". Também "há informação" da "mistura" destes a "grupos terroristas" e ao seu "financiamento".
Kerlikowske encontrou-se, durante a sua visita, com os responsáveis do Instituto de Drogas e Toxicodependência e com a Polícia Judiciária, cujo trabalho, na prevenção, no primeiro caso, e na investigação e repressão, no segundo, considerou "positivo e organizado".
Este responsável destacou que "a relação entre as autoridades policiais americanas e as portuguesas no que diz respeito à investigação são muito sólidas e vêm de há longos anos".
Na sua opinião "as autoridades portuguesas estão a actuar bem" e manifestou-se "bem impressionado" com o que ouviu e "com os resultados que lhe foram apresentados".
O director da estratégia anti-droga, encontrou "semelhanças" entre a política seguida por Portugal em matéria de prevenção e os objectivos definidos pela equipa de Barak Obama, nomeadamente no que diz respeito "a encarar a questão como sendo um assunto essencialmente de saúde".

terça-feira, setembro 28, 2010

Ensinem História a Ramos-Horta, por Orlando costa

in Notícias Lusófonas
De visita a Portugal, o presidente timorense precisa de quem lhe diga que Cabinda está ao mesmo nível do Saara e de Timor-Leste. Mas esses não serão, com certeza, Cavaco Silva e José Sócrates

O chefe de Estado timorense já se encontra em Portugal para uma visita de trabalho de oito dias. Entre outros, José Ramos-Horta terá encontros com o seu homólogo português, Cavaco Silva, com o presidente do Parlamento, Jaime Gama, e com o primeiro ministro, José Sócrates. No dia 4 de Outubro, Ramos-Horta receberá o colar da Academia das Ciências, proferindo em seguida uma comunicação sobre “A Emergência do Oriente”. Do programa oficial da visita não consta, tanto quanto é público, nenhuma aula de História. O que é pena. Certamente que seria útil a Ramos-Horta aprende um pouco mais sobra esta matéria, não precisando sequer de recuar muito.

Mostrando alguns conhecimento dos tempos modernos, o também Nobel da Paz, considera que Marrocos deve honrar os compromissos que assumiu com a comunidade internacional para realizar o referendo no Saara Ocidental.
Mais ignorante está, no âmbito da Lusofonia, ao não ter visão, ou conhecimentos, sobre o que se passa na colónia angolana de Cabinda.

Será que alguém o pode elucidar? Ou será que Ramos-Horta pensa como o seu homólogo português, Cavaco Silva, que Angola vai de Cabinda ao Cunene?
É que pensar assim... também pensava a Indonésia quando considerava que Timor-Leste era uma sua província. Certo?

Quando o Presidente da República timorense recebeu as cartas credenciais do novo embaixador da República Árabe Saaraui Democrática (RASD), salientou que “o problema do Saara Ocidental já se arrasta há mais de 30 anos”.
Exactamente. Tal como o de Cabinda que começou em 1975 quando Portugal rasgou os acordos que tinha com o povo de Cabinda. Rasgou-os mas não conseguiu que fossem esquecidos por muitos. Muitos onde, apesar de uma causa semelhante, não consta José Ramos-Horta.
Timor-Leste libertou-se em 1999 e restaurou a sua independência em 2002, mas a questão do Saara que tem similaridade histórica e à luz do Direito Internacional, continua por ser resolvida”, observou no dia 1 de Junho o Presidente timorense.
E que tal Ramos-Horta pedir ajuda aos seus preclaros assessores, ou aos não meno ilustres anfitriões lusos, para perceber que, afinal, Cabinda está ao mesmo nível do Saara e de Timor-Leste?

É natural que Ramos-Horta não saiba a história de Angola e de Cabinda, ou apenas conheça a versão do regime do MPLA, partido que está no poder desde 1975. Se, por exemplo, os mais altos representantes políticos de Portugal nada conhecem, ou fingem não conhecer, da história do seu país, é natural que o presidente timorense também seja ignorante nesta, como noutras, matérias.

Resta a certeza de que, um dia destes, ainda vamos ver Cavaco Silva e Ramos-Horta, entre muitos outros, entre quase todos, a dizer também que devido a uma mudança no contexto geopolítico, Cabinda não é Angola e o Tibete não é China.

segunda-feira, setembro 27, 2010

UE atesta qualidade dos produtos de pesca de Cabo Verde e afasta embargo

A União Europeia (UE) atestou a qualidade dos produtos de pesca em Cabo Verde, cujas autoridades cumpriram praticamente a totalidade das recomendações emitidas pelos inspectores europeus na auditoria realizada em 2009, afastando o espectro de um eventual embargo.

O Ministério do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos cabo-verdiano sublinha em comunicado que a conclusão foi retirada pelos inspectores após a auditoria realizada em diversos pontos do arquipélago entre 15 e 23 deste mês.
As conclusões, se bem que "preliminares", lê-se no documento, são "positivas" e, segundo a delegação dos 27, registou-se "uma grande mudança" desde 2009, sobretudo no que diz respeito ao controlo oficial dos produtos da pesca.

Entre outros aspectos, segundo os inspectores europeus, houve "progressos significativos na sistematização de procedimentos ligados às guidelines da UE, e na melhoria do suporte laboratorial, com a introdução de um mecanismo quadripartido de avaliação laboratorial da qualidade dos produtos da pesca".
O mecanismo congrega o Laboratório Oficial dos Produtos da Pesca (LOPP), ANFACO (Espanha), Autoridade de Segurança Alimentar e Económica de Portugal (ASAE) e a Inlab.
A auditoria da UE elogiou também as melhorias no recrutamento de novos inspectores e na introdução de uma nova filosofia na Direcção Geral das Pescas (DGP) na abordagem à qualidade dos produtos da pesca.

Trata-se de uma estrondosa vitória para Cabo Verde, que afasta assim qualquer espectro de embargo aos produtos da pesca e demonstra - na sequência do que vem sendo referido - o profundo comprometimento com a melhoria da qualidade dos produtos alimentares em Cabo Verde, de que são exemplos os produtos da pesca", refere o comunicado.
Os resultados da auditoria surgem numa altura em que a DGP prepara igualmente a abertura do Departamento de Controlo da Qualidade dos Produtos da Pesca do Cais de Pesca da Praia, iniciativa que procura elevar o nível de controlo da qualidade dos produtos da pesca comercializados a nível interno, ao que se verifica para os produtos destinados à exportação.

Grupo de ONG da Guiné-Bissau abre loja para escoar produtos locais

Um grupo de organizações não governamentais da Guiné-Bissau juntou-se e abriu a loja Cabaz di Terra, em Bissau Velho, com o objectivo de comercializar produtos locais e tradicionais daquele país.

A Cabaz di Terra põe assim à disposição de guineenses e estrangeiros produtos fabricados no país e que, muitas vezes, são difíceis de encontrar, como o mel.
"Esta loja tem o principal objectivo de aproximar o produtor do consumidor. É uma estrutura colectiva de auxílio à comercialização de produtos essencialmente locais e tradicionais", afirmou Palmela Ferreira, coordenadora daquele espaço.

Segundo Palmela Ferreira, a ideia de abrir a loja surgiu num fórum de produtores e visa essencialmente fazer escoar os produtos.
Na loja, é possível encontrar malas, toalhas de mesa, colchas, cortinados fabricados no tradicional pano pente, bem como produtos alimentares, que vão desde o óleo de palma até ao arroz fabricado no país.

Para o futuro, segundo Palmela Ferreira, o objectivo é transformar o Cabaz di Terra numa "marca para entrar no circuito do comércio justo" e começar a exportar para locais onde existam grandes comunidades de guineenses.
"A comunidade guineense fora tem necessidade de determinados produtos e não encontra", disse.

quinta-feira, setembro 23, 2010

Cabo Verde: EUA e Espanha apoiam país

EUA dão 416 mil euros às instituições judiciais e Espanha quase duplica ajuda orçamental para 16 milhões de euros


Os EUA entregaram 500 mil dólares (416 mil euros), no quadro do acordo vigente para o controlo de narcóticos e fortalecimento das instituições judiciais, para garantir a aplicação das leis.
O Ministério de Justiça cabo-verdiano refere em comunicado que a "Carta de Acordo" é um instrumento pelo qual os executivos concordam em estabelecer e apoiar projectos destinados a fortalecer a capacidade do sector do direito penal, uma área prioritária, visando combater o uso e tráfico de narcóticos. Para tal Washington concedeu ao país fundos que visam estabelecer e fortalecer a capacidade do Governo para criar instituições de direito penal "eficazes, profissionais e responsáveis" e "capazes de contribuir para os esforços no combate" ao narcotráfico.

Ao abrigo da carta serão desenvolvidas metas e cronogramas específicos e programas que terão como objectivo reforçar a capacidade de interacção da sociedade civil com as instituições do direito penal e com as comunidades, visando a redução de crimes transnacionais e abuso de estupefacientes.
Desenvolver a capacidade dos sectores de segurança e do direito penal de conduzir investigações criminais que resultem em prisões e procedimentos penais contra organizações de narcotráfico, bem como criar sistemas integrados para lidar com o crime transnacional são outros dos objectivos destes programas.
As medidas a serem tomadas incluem formação, aconselhamento e assistência técnica em matéria de governação, desenvolvimento da capacidade e aptidão do sector de segurança, bem como a gestão de modificações organizacionais.


Já a Espanha passará de 9 para 16 milhões de euros o apoio às acções previstas no Programa de Cooperação bilateral no quadriénio 2011/14.

O memorando de entendimento foi assinado na Cidade da Praia no quadro de uma visita que a Directora-Geral de Cooperação com África, Ásia e Europa Oriental da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), Cármen Moreno Raymundo, efectua ao país. Segundo Raymundo, que permanece pelo menos até quarta-feira na capital cabo-verdiana, o montante será dividido em quatro tranches anuais de 4 milhões de euros.

A visita constitui uma ocasião para se proceder ao balanço das acções desenvolvidas no quadro das programações conjuntas e para conhecer alguns projectos financiados pela Espanha.
A agenda culminará com a assinatura, quarta-feira, da Adenda à Acta da IV Comissão Mista Hispano-Cabo-Verdiana, que define as regras do programa de cooperação bilateral 2007/09, no valor de 27 milhões de euros.
O futuro documento integrará também o Memorando de Entendimento sobre Ajuda Orçamental para o período 2011-2014, e o Protocolo de Cooperação Técnica e Financeira para a implementação do Projecto Sistemas de Informação Territorial de Cabo Verde, co-financiado por Espanha, pelo Governo cabo-verdiano e o das Canárias.

Espanha e Cabo Verde estabeleceram relações diplomáticas em 1978 e desde então tem havido um desenvolvimento progressivo nas relações bilaterais.
No plano multilateral e regional, Espanha tem concedido apoio às Parcerias de Cabo Verde com a União Europeia, à integração regional com as RUP da Macaronésia, aos Planos Estratégicos para África, incluindo a edição 2009/12.
Na área da cooperação, Cabo Verde foi seleccionado como país-piloto para assinar com a Espanha o Documento Marco de Associação, que constitui o novo instrumento de diálogo de cooperação deste parceiro, cuja conclusão está prevista para o segundo semestre deste ano, de forma a entrar em vigor entre 2011 e 2014.

Governo não vai cortar subsídios de Natal em 2010. Muito simpáticos...

As suspeitas em relação a eventuais cortes nos salários dos funcionários públicos foram desmentidos por fonte oficial do gabinete do primeiro-ministro José Sócrates, citada pelo jornal i.

"Não são necessárias mais medidas para controlar o défice este ano, o Governo não irá mexer nos salários dos funcionários públicos e não está em causa o corte do subsídio de natal de 2010", sublinhou a fonte.

Nos últimos dias têm crescido os rumores de que o Governo não pagará parte ou a totalidade do subsídio de Natal à Função Pública, numa altura em que a execução orçamental parece estar comprometida para este ano, com as despesas do Estado a continuarem a aumentar.

Pedro Passos Coelho afirmou na quarta-feira, em conferência de imprensa, que só será "necessário, para este ano, acordar cortes novos na despesa se alguma coisa não estiver a ser feita nas medidas que foram aprovadas", afastando a hipótese de um novo aumento de impostos, estando a receita fiscal a ter resultados "acima do estimado".

Risco de Portugal é o que mais sobe em todo o mundo

O preço dos "credit default swaps" sobre obrigações do Tesouro a cinco anos agravou a percepção dos de risco para com Portugal nos mercados internacionais. A subscrição dos seguros contra o eventual incumprimento português subiu para 409 pontos base.

A "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos aumentou 13 pontos para 6,174%, o que também demonstra o agravamento do risco atribuído à dívida portuguesa. Os dados avançados pela Bloomberg, que o Diário Económico cita, colocam a Irlanda no encalço de Portugal, com 470 pontos base.

O diferencial para a dívida alemã na mesma maturidade, um indicador conhecido por "spread", também avançou para os 400 pontos base. Recorde-se que Portugal colocou ontem 750 milhões de euros de obrigações do Tesouro a cerca de quatro e a dez anos, com os leilões a revelarem procuras sólidas, mas a juros muito altos.

Centro-direita sueco perdeu só por 298 votos

A coligação de centro-direita, vencedora das legislativas na Suécia, ficou apenas a 298 votos da maioria absoluta no Parlamento.
Esses votos impediriam a direita nacionalista e xenófoba reunida em torno do partido Democratas da Suécia, que pode vir a desempenhar um papel-chave na nova legislatura.

Os dados definitivos do escrutínio só serão divulgados depois de apurados os cerca de 60 mil votos por correspondência de suecos residentes no estrangeiro. "Nada ainda está decidido, o que é muito interessante", declarou o politólogo Olle Folke, citado pelo diário Expressen. O centro-direita venceu as legislativas, com 49,3% e 172 deputados - menos três do que a maioria absoluta.

[Espera-se que entre os 60 mil votos que faltam contar haja a diferença que permita ao centro-direita governar com maioria e, desde logo, com estabilidade, para bem do Reino da Suécia.]

terça-feira, setembro 21, 2010

Lisboa é a 42.ª localização de comércio mais cara do mundo

Lisboa é 42.ª localização de comércio mais cara do mundo, sendo o Chiado a zona mais cara da capital portuguesa, e a Rua de Santa Catarina a mais cara do Porto, segundo um estudo divulgado hoje.

De acordo com o estudo Main Streets Across the World 2010, publicado anualmente pela consultora imobiliária Cushman & Wakefield, "Lisboa desceu duas posições relativamente a 2009, sendo actualmente a 42.ª localização de comércio mais cara do mundo".

O estudo monitoriza as rendas de várias localizações de comércio em 59 países e o ranking apresentado baseia-se no valor de renda anual mais elevado em cada país analisado, não incluindo custos de condomínio, impostos locais e outras despesas de ocupação.

De acordo com a edição deste ano, o Chiado é a localização mais cara da capital e o valor das rendas (960 euros anuais por metro quadrado; 80 euros por metro quadrado por mês) reflecte uma "estabilidade" face ao ano anterior, "justificada por uma procura cada vez mais dinâmica nas zonas prime de comércio de rua na capital, não obstante a crise económica e os seus efeitos no mercado imobiliário de retalho".

A Avenida da Liberdade, em Lisboa, surge como a segunda localização de comércio mais cara em Portugal, com rendas de 73 euros por metro quadrado por mês.

No Porto a Rua de Santa Catarina é a localização de comércio mais cara, com rendas de 45 euros por metro quadrado por mês.

A 5.ª Avenida, em Nova Iorque, é, pelo nono ano consecutivo, a localização de comércio mais cara do mundo, tendo as rendas subido 8,8% no último ano. A Causeway Bay, em Hong Kong, ocupa o segundo lugar do ranking da Cushman & Wakefield.

Na Europa, a New Bond Street, em Londres, é a localização mais cara, tendo ultrapassado os Champs Élysées, em Paris, onde o valor de rendas caiu 9,5%.

Segundo o estudo da Cushman & Wakefield, %a maioria das mais importantes localizações de retalho a nível mundial registou estabilidade nos seus valores de rendas nos últimos 12 meses.
Cerca de dois terços (66%) dos 59 países analisados registaram um aumento ou manutenção de valores de rendas até Junho deste ano.

Isto contraria "a tendência registada em 2009, ano em que se registou a maior descida global dos valores de rendas de retalho nos 25 anos de história" do estudo.

Armando Vara é chairman da Camargo Corrêa para África. Premeia-se a competência...

O ex-administrador e vice-presidente do BCP Armando Vara disse hoje à agência Lusa que assumiu o cargo de presidente do conselho de administração da cimenteira Camargo Corrêa para África.

"Assumi o cargo de chairman [presidente do conselho de administração] da Camargo Corrêa para África. Já estou a trabalhar desde o dia 1 de Setembro", disse Armando Vara, sem adiantar mais pormenores.

O jornal diário moçambicano O País noticia hoje que tem "a seu cargo as actividades da empresa brasileira em Moçambique e Angola".

Vara, arguido no processo Face Oculta, renunciou em Julho aos cargos de administrador e vice-presidente do conselho de administração do BCP, depois de, em Novembro de 2009, ter pedido a suspensão destas funções.

A Camargo Corrêa, que detém 32,6% da Cimpor, actua em Moçambique nos sectores do cimento, da construção civil e da energia, segundo o jornal moçambicano.
Em Angola, refere o jornal, a Camargo Corrêa trabalha na reabilitação da Estrada Nacional Lubango - Benguela, sendo também responsável pelos acessos na zona do porto e na Marginal de Luanda.
O grupo brasileiro desenvolve ainda projectos de incorporação imobiliária, bem como construções para comércio e residências.

Zapatero promove Espanha em Nova Iorque na véspera de Sócrates

O presidente do Governo espanhol está hoje em Nova Iorque para promover Espanha junto dos investidores norte-americanos, com uma agenda de encontros preenchida. Amanhã será a vez do primeiro-ministro português, cuja agenda é praticamente desconhecida.

O primeiro-ministro de Espanha está hoje em Nova Iorque, onde terá encontros com investidores institucionais norte-americanos com o objectivo de defender a solidez da economia espanhola. A visita de José Luis Zapatero acontece um dia antes da deslocação do líder do governo português à capital financeira dos Estados Unidos, cujo objectivo será também captar investidores para as emissões de dívida portuguesa.

No entanto, enquanto o presidente do Governo de Espanha tem prevista uma agenda de encontros ao mais alto-nível, o programa da visita de José Sócrates é desconhecida. Segundo noticiou ontem o Diário Económico, o primeiro-ministro português “irá ter encontros com investidores internacionais para tentar fortalecer a credibilidade da dívida soberana nacional”.

O dia de Zapatero em Nova Iorque começa com um pequeno-almoço para o qual foram convidados representantes de bancos, fundos de investimento e companhias de seguros norte-americanas, como o Citigroup, Morgan Stanley, Goldman Sachs, Prudential, Metlife ou Blackrock. Segundo a imprensa espanhola, também já confirmaram presença os responsáveis máximos das gestoras Paulson and Co., Bridgewater Associates, Travelers, Weelington Management, KKA e TIAA.

A agenda do líder do governo espanhol prossegue com uma reunião com o conselho editorial do The Wall Street Journal, ou seja, com a equipa responsável pelos editoriais de um dos principais jornais financeiros do mundo. O primeiro-ministro de Espanha terá ainda um encontro com o investidor George Soros.

O dia de Zapatero terminará com uma palestra na Universidade de Columbia, numa conferência onde também José Sócrates marcará presença, segundo noticiava ontem o Correio da Manhã.

sábado, setembro 18, 2010

Évora isenta de taxas urbanísticas as fábricas da Embraer

A Câmara de Évora decidiu isentar de taxas urbanísticas a empresa aeronáutica brasileira Embraer, que pretende construir duas fábricas na cidade, por ser considerado um projeto "estruturante para o desenvolvimento económico e social do concelho".

O projeto da Embraer "é, claramente, estruturante para o desenvolvimento económico e social do concelho, por isso recebe estes apoios, fruto de uma política de incentivo e apoio à fixação de empresas", disse hoje o presidente da Câmara de Évora, José Ernesto Oliveira.

A decisão do município alentejano de isentar de taxas urbanísticas as fábricas da construtora aeronáutica brasileira, num valor de cerca de 63 mil euros, foi aprovada, por unanimidade, na última reunião pública de câmara.

Calçado: Empresários partem para Milão

Os empresários portugueses de calçado partem para a maior feira do setor, em Milão, com otimismo renovado pelo aumento das exportações e das encomendas nos últimos meses, que está a motivar a contratação de trabalhadores.

"Os sinais que temos recebido antecipam uma boa feira", disse hoje o presidente da Associação dos Industriais de Calçado (APICCAPS), realçando a inversão da tendência de queda das exportações de calçado português, que entre abril e junho aumentaram 4,3%, para 284 milhões de euros.

Fortunato Frederico, dono da marca Fly London, adiantou que "as encomendas estão a crescer", o que, revelou, vai apressar a abertura da nova fábrica do grupo Kyaia, em Paredes de Coura, para "conseguir responder ao aumento da procura".

40 anos depois, Rússia e Noruega chegam a acordo para dividir o Árctico

Durante 40 anos, os dois países disputaram a propriedade sobre as águas do mar de Barents e do oceano Árctico. Aquilo que está em causa é a exploração de um quarto das reservas mundiais de gás e petróleo.

Crude dividia os dois países
Rússia e Noruega chegaram a acordo na forma como se procederá à divisão das águas do mar de Barents e do oceano Árctico. O degelo que afecta o círculo polar árctico está a deixar a descoberto enormes reservas de gás e petróleo e a acender a cobiça dos dois países sobre uma região que se crê possa conter um quarto das reservas mundiais.

O espaço marítimo que, há cerca de quatro décadas, Noruega e Rússia disputavam, cobre uma área total de 175.000 quilómetros quadrados. Estima-se que a plataforma continental do mar de Barents contenha mais de 7 mil milhões de toneladas de combustível convencional e que são passíveis de ser extraídas 20 milhões de toneladas de hidrocarbonetos por ano. Um estudo do serviço geológico do governo dos EUA classificou, em 2005, a região como a segunda do mundo com maiores depósitos ainda ocultos.

Aquilo que separava as duas nações era a forma como se procederia à divisão do espaço.

Os russos pretendiam fazer uma repartição “por sectores”, ao passo que os escandinavos defendiam uma solução que, tão simplesmente, consistia no traçar de uma linha que dividisse as águas em dois. A solução encontrada – acordada em Abril, por ocasião de uma visita do presidente Medvedev a Oslo, e oficializada anteontem com a assinatura do acordo no porto russo de Múrmansk – prevê a divisão das águas em “duas partes equivalentes”. Mas aquilo que é verdadeiramente importante e que dividia os dois países até aqui é a solução encontrada para os depósitos que estejam na fronteira e, como tal, sejam de propriedade incerta.

Segundo o tratado de limitação de espaços marítimos e de colaboração celebrado entre as partes, “todos os depósitos que cruzem a linha de demarcação só poderão ser explorados conjuntamente e como um todo”, explicou um representante do governo russo, em declarações ao diário espanhol El País. Assim, evita-se que a exploração dos depósitos seja congelada por disputas territoriais.

Com o acordo, as duas nações ficam numa posição de inter-dependência, uma vez que os peritos defendem que as maiores reservas de gás e petróleo estão localizadas no lado russo, mas estes não têm a capacidade para extrair a matéria-prima em águas tão profundas.

Para o fazerem, as petrolíferas russas necessitam da empresa pública norueguesa Statoil Hydro, cuja experiência adquirida em extracções no círculo polar árctico, fazem dela a única empresa com capacidade para proceder à extracção na zona agora dividida.

O degelo que acelera… a corrida
A corrida que agora chega ao fim – com um empate – só é possível porque o degelo que se observa no Árctico está a deixar a descoberto as reservas, tornando-as exploráveis. No passado dia 10 de Setembro, o gelo árctico alcançou o seu mínimo anual, com 4,76 milhões de quilómetros quadrados, 31% abaixo da média observada entre 1979 e 2000. É o terceiro valor mais baixo desde que, em 1979, começaram a ser feitas as medições por satélite.

A partir de agora, e até à Primavera, o gelo volta a ganhar terreno, mas há cientistas que prevêem que o aquecimento global possa deixar o círculo polar árctico sem gelo no Verão, por volta do ano 2070 – um número que é revisto em baixa com frequência. Os ecologistas são muito críticos perante a exploração do Árctico, uma vez que consideram que um derrame naquela zona teria consequências muito piores do que em qualquer outra parte do mundo. Se no golfo do México a BP levou meses a selar o poço, fazê-lo em águas profundas e geladas, repletas de icebergs, seria muito mais complicado.

A corrida ao Árctico não se resume à Noruega e à Rússia. Também o Canadá reclama a propriedade sobre o cume de Lomonósov – um cume submarino com uma extensão de 1.800 quilómetros que atravessa o oceano Árctico – defendendo que é uma continuação da sua plataforma continental. A Rússia tem um entendimento semelhante, mas relativamente à sua plataforma continental.

Disputas à parte, a Rússia parece ter assumido a dianteira na corrida à ampliação das plataformas continentais das vastas zonas do Árctico. Além de ter apresentado à ONU os documentos necessários para obter o reconhecimento dos territórios que pretende, aprovou no ano passado uma estratégia a aplicar à zona pelo menos até 2020.

sexta-feira, setembro 17, 2010

PM de Cabo Verde visita EUA

José Maria Neves, primeiro-ministro de Cabo Verde, parte hoje para os EUA, onde irá permanecer uma semana para participar na Assembleia Geral da ONU e na reunião de alto nível das Nações Unidas sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM).

O PM indicou numa conferência de imprensa que, na visita, vai também assistir a um encontro da Fundação Clinton para a Iniciativa Global, reunir-se com a administração do Millennium Challenge Corporation (MCC) e com a direcção do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (ONUD).

No encontro com a administração do MCC, o primeiro-ministro cabo-verdiano disse ser sua intenção analisar as propostas de apoio financeiro a projectos de educação e saneamento a integrar num previsível segundo compacto do Millennium Challenge Account (MCA), cujo montante está ainda por definir, uma vez que termina em Outubro próximo o primeiro pacote.

A reunião com a direcção do PNUD destina-se a avaliar os projectos de desenvolvimento em Cabo Verde, enquanto na que terá com a Fundação Clinton serão abordadas questões relacionadas com os "desafios da humanidade".

José Maria Neves aproveitará também a estada para encontros bilaterais, nomeadamente com os seus homólogos da Rússia, Croácia e Eslovénia, com quem pretende assinar acordos quadro de cooperação, e com a comunidade cabo-verdiana em Nova Jérsia e em Brockton, onde inaugurará um balcão da Casa do Cidadão.

quinta-feira, setembro 09, 2010

Receitas e Soluções

Hoje passara-me dois pensamentos pela cabeça... de vez em quando lá aparece um, e sugeriram o quê?

Selecção: Despedir Queiroz não é solução para nada, enquanto mantê-lo poderia trazer alguma coisa, especialmente de futuro.

Selecção: PAULO BENTO!!!! Tá tudo louco... criticam porque os jogadores não estão com Queiroz, o que me parece verdade, mas querem por lá um tipo que no único clube que treinou queimou não sei quantos bons jogadores, criou inúmeros conflitos e arranjou não sei quantas confusões

Crise económica e Scuts: há algo que poderia salvar o défice deste país. Proponho duas coisas, legalização das drogas leves e legalização da prostituição. Os impostos destas duas actividades certamente iria tapar o buraco ;)

quinta-feira, setembro 02, 2010

As tapeçarias de pastrana são nossas

por Eurico de Barros

O herói da vinda a Portugal das Tapeçarias de Pastrana, em exposição no Museu de Arte Antiga até dia 12 de Setembro, é a Fundação Carlos de Amberes, à qual se deve o restauro destas quatro extraordinárias peças do século XV que documentam e celebram a conquista de Arzila e a tomada de Tânger por D. Afonso V.

O vilão é a diocese de Sigüenza-Guadalajara, em Espanha, em cuja Colegiada de Pastrana se encontram, há séculos, as tapeçarias (que deixaram Portugal em circunstâncias mal definidas, existindo várias teses sobre a sua saída), e que estavam em grave estado de degradação. Mesmo assim, o catálogo da exposição, A Invenção da Glória - D. Afonso V e as Tapeçarias de Pastrana, inclui um texto sorna do bispo de Sigüenza-Guada-lajara, onde este fala do "grande esforço" que os "padres da paróquia" e a "comunidade paroquial de Pastrana" têm feito "para preservar estas tapeçarias e mostrá-las ao público". Um belíssimo esforço, exemplificado pelos "buracos de vários tamanhos, alguns entre 10 e 20 cm2" que os responsáveis pelo restauro foram encontrar nas tapeçarias (ver o esclarecedor artigo de Yvan Maes De Wit no referido catálogo).

Quaisquer que tenham sido as razões que levaram as Tapeçarias de Pastrana a sair de Portugal e a ficar em Espanha todo este tempo, a verdade é que elas são um tesouro nacional, uma peça artística e patrimonial ímpar, e ilustram factos e feitos de uma época áurea da nossa história. Deviam, por isso, ficar permanentemente em Portugal, para serem apreciadas pelos portugueses e por quem nos visita. Convinha era haver "vontade política" do Ministério da Cultura e do Governo. Mas será que a têm?

Brasil está a examinar a ajuda a fornecer à Guiné-Bissau

A ajuda que o Brasil poderá fornecer à Guiné-Bissau ainda está a ser examinada, de acordo com o Chefe do Departamento de Organismos Internacionais do Itamaraty, sede da diplomacia brasileira, ao reforçar a disposição do Governo em consolidar a paz no país africano.

"Sempre haverá uma disposição muito positiva do Brasil no sentido de procurar ajudar à estabilização e à consolidação da paz na Guiné-Bissau", afirmou o ministro Carlos Duarte, representante do Ministério das Relações Exteriores.
O Brasil, segundo o embaixador, está envolvido nas questões do país africano de língua portuguesa por intermédio da Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas.

"O Brasil tem-se empenhado de maneira muito activa no âmbito da ONU, no sentido de ajudar a Guiné-Bissau a ter o seu programa de Governo, as suas prioridades na comissão específica, para que a situação interna do país não exija uma acção internacional ainda mais efectiva", destacou o ministro Carlos Duarte.
"O que já existe é uma iniciativa dos países da região, da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que tem mencionado a possibilidade de algum tipo de auxílio ao país".

O embaixador relembrou que o presidente guineense, Malam Bacai Sanhá, esteve em visita oficial ao Brasil no último dia 25 e que já está a discutir-se "o que a Guiné-Bissau necessitaria em termos de apoio institucional e até que ponto o Brasil poderia, eventualmente, participar nesse esforço". Na visita do chefe de Estado foram formalizados diversos acordos de cooperação nas áreas das pescas, agricultura, educação superior, combate à sida e assistência a mulheres vítimas de violência.

No início de Agosto o ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, admitiu o envio de tropas do seu país para uma força de estabilização na Guiné-Bissau, desde que sob a bandeira da ONU, garantindo que os seus efectivos "têm preparação para tudo".

Segundo o ministro Carlos Duarte a possibilidade do envio de tropas brasileiras para compor uma missão de paz no país africano "é uma questão que está a ser examinada".
O Brasil, como destacou o embaixador do Itamaraty, tem "tradição de participação em operações de paz desde 1956 e em países que têm expressão portuguesa e tiveram um passado colonial, como Angola, Moçambique, inclusive Timor Leste". Para ele a contribuição brasileira é a possibilidade de o país "compartilhar a sua experiência", para que o conflito se resolva de maneira mais durável e consistente, numa visão de longo prazo.

quarta-feira, setembro 01, 2010

António Guterres inicia visita de 3 dias à China

O Alto Comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, iniciou uma visita de três dias à China, país onde o organismo "está a ajudar a construir uma capacidade de protecção nacional dos refugiados".

A visita que hoje se inicia é a segunda de António Guterres à China em quatro anos e meio.

"Na China, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR) está a ajudar a construir uma capacidade de protecção nacional dos refugiados, numa altura em que as autoridades se preparam para promulgar nova legislação sobre asilo e assumir mais responsabilidades pelos refugiados e os que procuram asilo", diz a organização.

A China é signatária da Convenção Internacional sobre o Estatuto de Refugiado, adoptada em 1951, e o UNHCR tem uma missão em Pequim desde 1980.

O UNHCR considera que os 300.000 refugiados vietnamitas residentes na China "estão bem integrados" e manifestou "profundo apreço" pela forma como as autoridades chinesas acolheram cerca de 13.000 refugiados da vizinha Birmânia, no final do ano passado.

Mas a atitude face a refugiados norte-coreanos, que Pequim considera emigrantes ilegais e que em alguns casos deporta para a Coreia do Norte, tem sido internacionalmente criticada.

Posição do português "ameaçada" por falta de investimento

A falta de investimento na promoção do português, particularmente na formação de professores e em manuais escolares, está a prejudicar a posição da língua entre as mais faladas do mundo, segundo Joseph Levi, da universidade norte-americana de George Washington.

"A língua portuguesa, que é a quinta mais falada no mundo e a terceira indo-europeia mais falada, deveria ter um estatuto mais importante", disse o professor norte-americano, à margem da Conferência sobre o Ensino do Português e Culturas Lusófonas, que decorreu sexta feira em Fall River, nordeste dos Estados Unidos.

Levi está actualmente envolvido num levantamento sobre a prioridade dada pelos governos à difusão das principais línguas, no atual contexto político.

Roland Berger sugere promoção centralizada no Turismo de Portugal

O Turismo de Portugal (TP) poderá concentrar as decisões sobre contratos para a promoção das regiões do país no exterior, segundo uma proposta da consultora internacional Roland Berger.

Num documento de trabalho da Roland Berger que reavalia o Plano Estratégico Nacional de Turismo (PENT2015), são indicados "ajustamentos ao modelo actual" de contratualização, mudando a situação atual, em que são as agências regionais de promoção de turística a definir os planos de promoção, com a participação dos privados.

O TP aprova esses planos e na estutura organizacional há partilha de responsabilidades entre o organismo central e os agentes regionais do setor do Turismo.

Sócrates na Líbia após Kadhafi ter exigido 5 mil milhões para travar "Europa negra"

José Sócrates aterra esta tarde em Tripoli, quatro dias depois de Muammar Kadhafi ter provocado (mais uma) acesa polémica: exige 5 mil milhões de euros anuais da União Europeia para travar as rotas de imigração clandestina e evitar que o Velho Continente se transforme na "Europa negra".

Pela quarta vez em cinco anos e meio de Governo, o primeiro-ministro português parte hoje para a Líbia, um dos países com quem Portugal mais tem tentado estreitar as relações económicas, sobretudo nas áreas da energia, obras públicas, construção civil e financeira, destacando-se o posicionamento de empresas como a Galp, Bento Pedroso, Teixeira Duarte, BES e da Efacec.
Desta feita, José Sócrates desloca-se a Tripoli para participar no Encontro 5+5, que junta países europeus e do Norte de África da bacia do Mediterrâneo. Antes deste encontro de alto nível, os chefes de Estado e de Governo encontram-se ao fim da tarde com o líder líbio, sendo depois convidados por Muammar Kadhafi para assistirem às comemorações do 41º aniversário da revolução líbia.

A reunião do grupo 5+5 (que, do lado europeu, junta Portugal, Espanha, França, Itália e Malta), ocorre dois dias depois de Moammar Kadhafi ter pedido, em Roma, à União Europeia cinco mil milhões de euros para combater a imigração ilegal proveniente de África.
Kadhafi chegou à capital italiana no sábado para celebrar o segundo aniversário do Tratado de Amizade firmado com Itália. A sua deslocação ficou ainda marcada pelo apelo que fez, ao lado do Vaticano, para que a Europa se converta ao Islão.