terça-feira, setembro 29, 2009

Amin Maalouf

O Escritor Francolibanês voz de muitos muçulmanos moderados será monárquico? Ao "El Mundo" de espanha afirma:

"Não estou seguro que haja uma solução militar para o conflito no Afeganistão. Houve uma oportunidade, quando da caída dos taliban, para instalar um regime que pudesse unir todas as facções do País. Pode ser, sendo a esta a minha visão pessoal, que a solução seja restaurar a monarquia"


Nãããããã, deve ser doido, isso monarquia é do antigamente.... :P

Ler aqui

Foi rápido...

Bastou CDS - PP ser na visão de muitos o grande vencedor das legislativas para dois dias depois começar o contra-ataque (aqui)

Curioso....

quarta-feira, setembro 23, 2009

Afinal o PS também compra votos!

Mas estes não é numa garagem, é mesmo pela comunicação Social.


Compram-se votos: O preço, um Magalhães



aqui ou aqui (foto Público)

segunda-feira, setembro 14, 2009

"Portugal não é uma província de Espanha"

Com esta frase Manuela Ferreira Leite ganhou o meu voto.

(Ps: Dedicado aos inteligentes deste canto à beira mar plantado que simplesmente não percebem ou não querem perceber o verdadeiro significado desta frase)

sexta-feira, setembro 11, 2009

A culpa é da crise?

O Governo anuncia com pompa e circunstância o facto de Portugal estar agora na 33.ª posição no pilar Inovação e na 43.ª posição no índice global de competitividade, do Forum Económico Mundial

Há 4 anos, porém, no seu programa eleitoral, criticou fortemente o então Governo PSD / CDS pelo facto de Portugal se encontrar na posição 32.ª no pilar Inovação e na 25.ª posição no índice de competitividade. O PS propunha-se, então, adoptar uma série de medidas que nos colocariam nos lugares cimeiros dos referidos índices.

In "Rua direita"

sábado, setembro 05, 2009

Escócia quer referendo para a independência

A proposta do Governo regional minoritário terá grande dificuldade em passar no Parlamento, mas o Executivo dominado pelo Partido Nacional Escocês afirma que o eleitorado tem o direito de se pronunciar.

O presidente do Governo regional escocês, Alex Salmond, provocou uma tempestade política ao enunciar no Parlamento de Edimburgo as prioridades legislativas do seu Executivo para 2010. No topo da lista estava um referendo pela independência da Escócia, que se for aprovado pela maioria dos 129 deputados regionais na próxima Primavera, deverá realizar-se até ao final do próximo ano.
A proposta foi criticada pela oposição, que acusou o first minister de querer desviar a atenção dos problemas económicos ou de se enganar nas prioridades. Os conservadores falam em "bluff" e até há nacionalistas a contestar a "oportunidade" da iniciativa.
Salmond lidera o Partido Nacional Escocês (SNP), que sustenta um Governo regional minoritário em queda nas sondagens desde 20 de Agosto, após a decisão de libertar, por razões humanitárias, o bombista de Lockerbie, o líbio Abdelbaset al-Megrahi. O SNP era um pequeno partido há vinte anos, mas tem subido constantemente, facto a que não foi alheio o apoio de vedetas internacionais, como por exemplo o actor Sean Connery.

O SNP ganhou em 2007 as eleições regionais, obtendo a maioria à custa dos trabalhistas. Com 32%, conquistou 47 lugares, mas nenhum dos outros partidos quis integrar a coligação (a maioria absoluta é de 65). Em Junho, o SNP ganhou as europeias com 29,1%, elegendo dois eurodeputados.
O referendo de independência não tem ainda uma pergunta definida e dificilmente será aprovado no Parlamento escocês, que existiu até 1707 e foi reaberto em 1999. Se fosse realizada a consulta, a derrota dos nacionalistas era provável. As sondagens costumam dar maioria sólida a favor do referendo, mas abaixo de 30% para a independência.
A incerteza económica de uma eventual independência escocesa deve fazer hesitar os eleitores, mas só o facto do tema ser discutido vai provavelmente satisfazer outros objectivos do SNP: conseguir mais poderes para o Governo regional e para o Parlamento escocês.

O extraterrestre nipónico que sonha com uma UE na Ásia

Dias antes da extraordinária vitória nas legislativas de 30 de Agosto do Partido Democrata do Japão (PDJ), que dirige, Yukio Hatoyama publicou um ensaio em que toma como referência reflexões feitas nos anos 30 por um dos pais do pensamento pan-europeu e defensor de um projecto de união política da Europa, o austro-nipónico Coudenhove-Kalergi.

Hatoyama recorda que este autor condenou em O Estado Totalitário Contra o Homem (tradução em inglês, de 1939) o comunismo assim como o nazismo e as "profundas desigualdades sociais geradas pelo capitalismo", propondo o princípio da "fraternidade" como freio ao extremismo político e aos defeitos dos sistemas económicos. O líder japonês sugere como exemplo da "fraternidade" a desenvolver no Japão o princípio da subsidiariedade praticado na União Europeia (UE). Hatoyama gosta de definir a política "como um acto de amor" e uma das suas propostas eleitorais era a criação de uma sociedade "fundada em relações de afecto".

Intitulado A Minha Filosofia Política, o longo ensaio de Yukio Hatoyama é todo um programa de intenções para o seu Executivo - mal recebido nos Estados Unidos. O nipónico critica os EUA pelo "fundamentalismo" na defesa do mercado e da globalização, o seu "unilateralismo" e - ao mesmo tempo que elogia o pacto de segurança EUA-Japão - assinala o "declínio" da influência americana no mundo e a afirmação do poder global chinês, cuja economia "num futuro não muito distante ultrapassará a japonesa".
Embora estas asserções não constituam novidade - comentadores recordaram que algo semelhante foi dito no passado por dirigentes do agora derrotado Partido Liberal Democrático (PLD) -, o certo é que parecem ter soado tão bizarras como as declarações de Miyuki Hatoyama, a mulher do novo primeiro-ministro, que se distinguiu ao afirmar ter sido raptada por naturais de Vénus. Ideias a que não serão alheias as modas psicadélicas que fizeram furor nos anos 60 e 70 na Califórnia, onde Miyuki vivia quando conheceu Yukio.

A Miyuki não deve ter passado despercebido este compatriota de expressão distante, com um rosto em que olhos exorbitam das órbitas, que martela as palavras de forma mecânica, características que lhe valeram a alcunha de extraterrestre. Um extraterrestre que descende de uma longa linhagem de dirigentes políticos e herdeiro, com o seu irmão Kunio, de uma das grandes fortunas do Japão, a de empresa de pneus Bridgestone. A mãe dos dois irmãos era filha do fundador da empresa.

Antiga actriz, designer e chef, Miyuki define-se como uma "compositora da vida", cujo "espírito foi transportado num OVNI de aspecto triangular até Vénus" - "lugar extremamente belo e verde". As suas relações astrais vão mais longe e incluem o próprio Sol, astro que petisca ao pequeno-almoço todos os dias. Miyuki explicou que esta experiência era parte do seu programa de saúde e consistia em fechar os olhos virada para o Sol, fazendo depois o gesto de quem lhe retira pedacinhos e os leva à boca. "É assim que ganho energia. E o meu marido faz o mesmo."
Verdade ou não, Yukio vai precisar de toda a energia para lidar com os problemas que esperam o seu Governo.Um destes desafios será a relação com os EUA e com os países asiáticos. Neste ponto, o líder do PDJ inspira-se ainda na "experiência da UE", que mostra como "a integração regional neutraliza conflitos territoriais".
Forte adepto daquela, Yukio desvaloriza a negociação bilateral - método privilegiado pela China -, considerando-a um modo de inflamar "as emoções em cada país". Admite que, devido a "distintas massas populacionais, diferentes estádios de desenvolvimento e de sistema político", não será possível a "integração económica" a curto prazo, ao contrário do sucedido na CEE. Nem por isso Hatoyama deixa de se inspirar nas palavras de Coudenhove-Kalergi numa forma subtil de se legitimar como líder político ou não fosse - ironia das ironias - o seu avô o tradutor do livro do austro-nipónico e um dos fundadores do PLD. A citação de Coudenhove-Karlegi por Yukio: "todas as grandes ideias da história começaram como utopia e acabaram como realidade". Uma declaração de grande optimismo.
A formação inicial de Yukio foi em Engenharia, tendo estudado em Tóquio e na Universidade de Stanford, na Califórnia, onde conheceu Miyuki, então casada com o proprietário de um restaurante. Sobre a sua mulher e o casamento, considerado algo escandaloso para alguém do seu perfil, o líder do PDJ diz que "a maioria dos homens escolhe a sua mulher só entre as solteiras, eu escolhi entre todo o género feminino."

Yukio e seu irmão tiveram uma infância dourada, nada indicando que o primeiro seguiria uma carreira política. O que só sucedeu nos anos 80 quando Yukio se torna secretário político do pai e herda o seu lugar de deputado. Nos anos 90, deixa o PLD até surgir com um outro antigo dirigente do PLD, Ichiro Ozawa - considerado o real arquitecto da vitória de há uma semana - entre os fundadores do PDJ.
Estes são olhados com cepticismo pelos eleitores que lhe deram a vitória. A maioria das sondagens mostra que os inquiridos duvidam das qualidades políticas de Yukio Hatoyama - que nunca desempenhou cargos governativos - e das propostas do PDJ. Talvez por que poucos conhecerão a asserção de Coudenhove-Kalergi de que "todas as grandes ideias da história começaram como utopia".

quinta-feira, setembro 03, 2009

Caso Manela (TVI jornal de Sexta) - Cenários

O jornal de sexta é suspenso. Sem discutir méritos ou deméritos, e como um não espectador do dito jornal, ficam alguns cenários para explicar este acontecimento, ou melhor... um caso, que irá afectar muito o PM Sócrates.

Cenário 1 - Suspensão por razões económicas ou de conflito de personalidades.

Seria em qualquer outro momento uma razão plausivel e possivelmente justificada. Manuela é incómoda politicamente, cria anti-corpos nos "targets" publicitários mais apetitosos. A saída do marido fragilizava-lhe a posição. Tudo certissimo, mas...

Em véspera de eleições, num país de ódios e amores a Sócrates, o Jornal de Manuela era visto como um dos fóruns mais livres para expressar uma opinião diferente à máquina propagandística do governo, e um dos mais fortes contestatários (o que desde logo é uma atitude condenável) ao governo PS.

Assim sendo, um gestor certamente compreenderá o potencial de audiências que um jornal com o currículo que tem encerra, especialmente num clima político tão polarizado como o actual.

Será receio do pós eleições? Eventualmente... o que ainda assim um clima de crispação entre uma televisão e futuro governo Sócrates poderia ser sempre amenizado com a retirada do ar após as eleições.

Cenário 2 - Influências PSD ou opositores a Sócrates ditam suspensão

Neste cenário a oposição a Sócrates conseguiria ter suspendido o Jornal com o objectivo de imputar ao PM a dita suspensão, de forma a capitalizar o já tido como irreversivel tique autoritário de Sócrates.

Cenário menos plausivel por falta de ligações conhecidas da oposição a quem controla a TVI, ainda assim possivel, mas...

Seria que no PSD não se teria percebido o potencial de desgaste que o Jornal da Manuela teria na figura do primeiro ministro? As ondas de choque da suspensão do jornal poderão eventualmente ser contidas através de técnicas de comunicação, algo que o desgaste semanal durante a época pré-eleitoral dificilmente poderia. Entre um grande rombo único, e um desgaste constante e contínuo penso que os estrategas da oposição prefeririam o último, daí as debilidades deste cenário.

Integrando as supostas pressões sobre Miguel Relvas, até poderia ser indiciada uma estratégia grada de atribuição de autoritarismo a Sócrates, rotineira e sistemática, o que não parece ser muito exequível. Primeiro havia que ter os "casos", e depois como já disse, o pressão constante da Manuela poderia ser mais útil.


Cenário 3 - Governo influência a suspensão

Poderá ser tido como um passo errado, até porque as ondas de choque da suspensão serão sempre vistas como obra do despotismo deste governo. O PM e a sua personalidade seriam sempre ligadas ao acto e como sendo mais uma tentativa de controlo da informação por parte do PS.

Mas aqui funciona a argumentação inversa ao cenário anterior. Os estrategas do PS poderiam preferir uma controvérsia imediata ainda que de elevada monta, mas com tempo para tentar controlar os danos, do que se submeter a um desgaste contínuo e permanente de um inimigo público assumido e reconhecido.

Da fama de proto-ditador o PM já não se livra, por isso uma jogada política deste género seria mais exequível até porque dominável pelo aparelho de comunicação.