sexta-feira, outubro 26, 2012

Mau Jornalismo

É obvio que qualquer jornalista tem tendências, no fim de contas é humano, ainda assim pede-se que sejam sérios.

Não foi o caso de Alexandra Inácio. Na edição Online estava este título:

Custo por aluno do ensino público inferior ao do particular


É verdade?

Pura e simplesmente não. 

Ou melhor a resposta 100% correcta seria: não é bem assim.

Isto porque contado os 12 anos de escolaridade, a média de custo por aluno é realmente inferior à das escolas com contrato de associação. Mas... e não é um pequenino MAS, é um MAS enormíssimo...

O custo para o estado por aluno até ao 4º ano é menos de metade do que daí para a frente, e escolas básicas com contrato de associação, a existirem contam-se pelos dedos da mão.

Ou seja, comparando o comparável, entre o 5º ano e o 12º, A REALIDADE é que sai mais BARATO ao estado um aluno a estudar numa escola com contrato de associação que numa escola da rede pública.

Como se pode fazer um título com uma comparação incomparável, mesmo que se tecnicamente o título até seja verdadeiro. Revela pouca seriedade.

Uma achega, com estes resultados não se compreende portanto a posição de cortar o financiamento a estas escolas com contrato por parte do Tribunal de Contas.    



quinta-feira, outubro 25, 2012

Cortes na despesa

Tanto falatório sobre cortes e em como é difícil cortar, vendo o mapa dos gastos do estado, mais de 550 milhões de euros eram limpinhos

GABINETE DO REPRESENTANTE DA REPUBLICA -
REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES:  319 251 400 €
GABINETE DO REPRESENTANTE DA REPUBLICA -
REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA:  242 475 480 €

o que fazem estes organismos? ninguém sabe

segunda-feira, outubro 22, 2012

"Um peixe chamado Ana"

No seguimento do editorial do Pedro Santos Guerreiro dá-me azo a avançar que partilho da preocupação.
Na verdade que bem trará trocar um monopólio público por um monopólio privado e que se traduz como se pode retirar das rentabilidades de 50% da empresa, numa perfeita renda do Estado Português a um provado. Mais uma...

Isto não quer dizer que não seja favorável a uma privatização da ANA aeroportos, aliás sou contra UMA privatização... Não contra várias.

O estado não tem que ter aeroportos, claro, e não há absolutamente nenhum obstáculo a que um aeroporto tenha gestão provada, agora rendas, mais não por favor.

Defendo portanto que a empresa deveria ser dividida, e obrigado o comprador a cumprir requisitos de serviço público, não podendo alienar ou eliminar sem consentimento estatal um aeroporto menos lucrativo. Sugiro 3 empresas a que para exemplo seriam ANA 1,2 e 3. Tentaria dividi-las por um critério de apetecibilidade, ou seja colocar um aeroporto mais rentável com outro menos.

Assim sendo poderia por exemplo ficar

ANA 1 - Lisboa e Açores
ANA 2 - Porto e Beja
ANA 3 - Faro e Funchal

É apenas uma sugestão, mas desta forma seria certamente uma privatização de forma a defender o País e o interesse nacional, como também a defender o interesse dos consumidores. Assim haveria concorrência, não rendas!  

"PP assegura maioria absoluta na Galiza, nacionalistas vencem no País Basco"

Ou quando a realidade contradiz as construções mediáticas...


quarta-feira, outubro 17, 2012

Pequeno Contributo

De tudo o que rodeia o Orçamento do Estado para 2013 espero que os portugueses cheguem a uma conclusão. Que estado queremos? Quanto estamos dispostos a pagar por ele?

Porque isso é o que está em cima da mesa quando os portugueses por um lado não querem que se toque nas funções do estado e por outro não o querem pagar.

Há gorduras? há e muitas mas ainda assim quando vejo que 75% dos gastos do estado são na educação saúde e segurança social, é aqui nesta despesa estrutural que se poderá fazer alguma diferença, e permitir que se desamarre o país para um futuro melhor, só possível com maior liberdade e menos impostos.

Sugiro portanto isto, e sem contas feitas admito:

Educação: Aqui alguma coisa tem sido feita, ou alguém compreenderá que existissem milhares de professores sem uma hora de componente lectiva. Não me ocorre por ora excepto reduzir a dimensão do monstro. Admitiria um modelo similar aos contratos de associação mas não sei se traria efectivamente cortes substanciais na despesa.

Segurança Social: Imediata instauração de um tecto máximo para as pensões. Todas elas. Para quem os descontos não tivessem uma relação direta com a pensão existiria uma taxa regressiva ( 11%, 10%,9%, etc) para o excesso. Aqueles que já estavam no sistema poderiam receber um crédito fiscal anual para compensar eventuais injustiças. Sugiro um tecto de 5 ordenados minimos. As empresas continuariam a descontar os 23,75%. Pensionistas deixavam de pagar impostos diretos, algo perfeitamente absurdo e uma forma artificial de fazer baixar as pensões.

Saúde: Privatização dos Hospitais Centrais. O estado garantiria a rede primária e os pagamentos através de um modelo de seguro de saúde nacional pago consoante os rendimentos. Na alçada do estado manter-se-iam os Hospitais Universitários.

Além de sairem da órbita do estado enormes custos operacionais, poupar-se-ia enormemente em salários.

Sugiro ainda: imediata privatização das redes de transportes como a carris, a CP e metros do porto e LX. São um buraco e prestam em muitos casos muito maus serviços. O estado Assegura em contratos de concessão o financiamento de passes.

Legalização da comercialização de drogas leves e da prostituição. No último caso acredito que seria muito mais digno para quem faz desta a sua vida, seguro para os clientes, combatendo também o tráfico humano, a escravatura sexual etc. Mais receita fiscal

Manter a redução dos assalariados do estado. Despedir 100 mil funcionários seria contraproducente no momento. Criaria confusão social e o estado continuaria a ter gastos ao ter que pagar subsídios de desemprego e eventuais indemnizações.

Ajustar mapa judicial: tem sido feito e só peca por tardia. A demagogia à volta deste assunto tem sido brutal. Não é certamente por um tribunal estar a 20 KM que a justiça não chega ao povo. Pelo contrário centros de saúde e escolas serão certamente mais gravosos e parece não ter levantado tanta celeuma

Isto sim seriam reformas estruturais. Pelo menos o saque não seria necessário na mesma proporção