segunda-feira, novembro 29, 2010

Wikileaks ou o fim do Jornalismo

Este é certamente um "case study" para os jovens jornalistas. por um lado fica demonstrada a necessidade de mediação por parte de um profissional.

Este último caso da correspondência das diplomacias pelo que vi até este momento, e ressalvo, ATÉ ESTE MOMENTO, resume-se a voyerismo e não jornalismo.

É meramente uma questão criminal de violação de correspondência.

As consequências da revelação de tais informações podem ter consequências desastrosas e no entanto o interesse público parece ser mínimo.

Eu sou aliás um fervoroso adepto das fugas, mas quando se confunde interesse público com interesse de alguém de protagonismo, e os meios de comunicação social se demitem das suas responsabilidades, são as bases da democracia que estão em perigo.

terça-feira, novembro 23, 2010

Devolver os Blindados?

Para quê?!

Convençam-se, os 6 blindados encomedados para a PSP e que são armas de guerra, não veículos de segurança, nunca foram adjudicados directamente por causa da cimeira na NATO. O intuito dos controleiros deste país foi sempre usar estes carros na pacificação cá do burgo. Não tenham dúvidas. A cimeira foi um artíficio que à boa maneira dos políticos portugueses saiu furado.

sábado, novembro 20, 2010

"Há uma perda de soberania nacional e uma cultura de desmazelo em Portugal", diz João Salgueiro

Antigo presidente da Associação Portuguesa de Bancos e ex-ministro das Finanças, alertou hoje para a "perda" de soberania nacional e para a "cultura de desmazelo" face aos "graves" problemas económicos do país.

"Assistimos a uma clara perda de independência nacional, e a grande velocidade", afirmou aquele membro do Conselho Económico e Social (CES), na abertura de um debate na Universidade Católica subordinado ao tema O Desafio da Mudança Urgente. Caridade, Verdade e uma Encíclica.

Alertando para o facto de que "os anos que se aproximam vão ser mais difíceis", Salgueiro salientou as limitações dos benefícios sociais e defendeu que o desemprego "vai continuar a crescer" e que para muitos empresários "o que está em causa" é conseguir sobreviver.
"A solidariedade significa que é preciso melhor distribuição da riqueza e ajuda aos continentes mais atrasados. Mas não é isso que estamos a assistir. Muitos portugueses estão a abandonar o país, os empresários estão a deslocalizar as sedes das empresas", alertou o economista.

"Acima do medo que se vive hoje, o pior problema é esta cultura de desmazelo e não compreensão do que se está a passar. O eurocentrismo não faz sentido neste momento. Quem está a ganhar o poder, além dos Estados Unidos, são os países emergentes, como a China, Índia e Vietname, para onde estão a ser deslocalizados trabalhadores e empresas", defendeu.

O economista considerou que a China está a desenvolver um capitalismo "ainda mais selvagem" do que o do mundo ocidental.

Joaquim Franco, da Comissão Nacional de Justiça e Paz, defendeu que se atravessa um tempo de mudança: "Basta ver o percurso da história para encontrar semelhanças, como catástrofes naturais, escassez de ética e não concretização da justiça para perceber que vamos ter uma mudança, só que agora é mais rápida do que no passado".

Este responsável defendeu ainda estarem a ruir os "critérios sobre os quais construímos a nossa felicidade" e disse esperar que a greve geral, marcada para quarta-feira, seja "construtora" de uma nova dinâmica de participação e de mudança política: "se assim não for [a greve] é em vão", defendeu.

O antigo ministro da Educação Roberto Carneiro defendeu a necessidade de "uma governação diferente para o mundo", alertando para o facto de o crescimento sem coesão social não ser sinónimo de prosperidade.

FMI: Portugal pagou entrada no Fundo com ouro às paletes

O pagamento da quota de adesão de Portugal ao Fundo Monetário Internacional (FMI), há cinquenta anos, foi feito em paletes de ouro nas caves da Reserva Federal de Nova Iorque, contou "pai" da entrada portuguesa na instituição.

Manuel Jacinto Nunes, 84 anos, foi o homem que, enquanto vice-governador do Banco de Portugal, conduziu a entrada portuguesa no FMI, à frente de uma equipa de quatro pessoas, e lembrou o processo de adesão, que se concretizou a 21 de novembro de 1960.

Na altura, o Banco de Portugal era uma sociedade anónima de responsabilidade limitada, com capital de 100 mil contos. Para entrar no FMI, Portugal teve de pagar uma quota de 60 milhões de dólares, o mesmo que a Jugoslávia tinha pago e mais 20 milhões do que a Grécia.

Instituto Pedro Nunes é a melhor incubadora de base tecnológica a nível mundial

O Instituto Pedro Nunes (IPN), venceu o prémio internacional de Melhor Incubadora de Base Tecnológica do mundo, evidenciando-se entre cinquenta concorrentes de 26 países, anunciou hoje a Faculdade de Ciências e Tecnologia  da Universidade de Coimbra (FCT- UC).
IPN já tinha ganho um prémio em 2008.

Em comunicado, a FCT- UC anunciou que a “atribuição deste prémio é baseada na análise de uma combinação de 25 indicadores de performance da própria incubadora e das empresas incubadas”.
A instituição foi premiada pelos “excelentes resultados” ao nível de um modelo de negócio autosustentado com forte retorno do investimento público, de uma taxa de sobrevivência das empresas incubadas superior a 80%, por um volume de negócios agregado superior a 70 milhões de euros, e na criação de mais 1500 postos de trabalho directos, “muito qualificados”, desde o seu inicio de actividade.

O concurso decorreu entre quinta e sexta-feira, em Liverpool, Inglaterra, durante a 9.ª conferência anual sobre boas práticas em incubadora de base tecnológica e envolveu cinquenta incubadoras de 26 países.

Já no final de 2008, o IPN tinha ficado em segundo lugar no concurso Best Science Based Incubators, que decorreu em Paris e envolveu 53 incubadoras provenientes de 23 países diferentes. A vencedora foi então a incubadora italiana da Città della Scienza, em Nápoles.

A incubadora do IPN, surgiu em Coimbra em 1996 e conseguiu já apoiar o lançamento de mais de 130 projectos empresariais, a maioria dos quais são “spin-off’s” de universidades, com destaque para a UC. No total, mais de mil postos de trabalho directos, altamente qualificados, foram criados, gerando um volume de negócios que, em 2008, chegou aos 50 milhões de euros. Foi a partir daqui que surgiram empresas como a Critical Software ou a Crioestaminal.

quinta-feira, novembro 18, 2010

Andorra quer intensificar relações com Portugal

Andorra é um país "ímpar e diversificado" que pretende "intensificar as relações" turísticas com Portugal, defende o ministro do Turismo, Comércio e Indústria do principado.

Claudi Benet apresentou hoje em Portugal a oferta turística do principado, que em 2009 recebeu 9 milhões de turistas, e este ano aposta no lema "um mundo inteiro num pequeno país" para atrair novos visitantes.
O representante do principado afirmou que a presença em Portugal visa o reforço de ligações com Portugal no sector do turismo, tendo anunciado que tem agendada para hoje uma reunião com o secretário de Estado do sector em Portugal, Bernardo Trindade.

A relação entre Andorra e Portugal "vai para além do turismo", disse Benet aos jornalistas à margem da apresentação da campanha turística, recordando o "terrível acidente" que há sensivelmente um ano vitimou cinco trabalhadores portugueses no túnel dos Dos Valires.
O turismo é a "fonte principal" da economia no "país dos Pirenéus", sublinha o ministro do principado, que revelou que neste ano a aposta incidirá também "noutra dimensão" da área, ligada à natureza e à cultura, que complemente o turismo comercial, desportivo (em concreto o esqui) e de outras áreas.
O ministro de Andorra destacou ainda a "segurança: os habitantes sentem-se muito tranquilos, é um país muito seguro".

Acompanhado do embaixador do principado em Portugal, Julià Vila Coma, e da directora de marketing da campanha de turismo, Noemi Pedra, o representante do Governo de Andorra reiterou o desejo de ver "mais e mais turistas" no país, que tem na comunidade britânica, russa e portuguesa os maiores visitantes, exceptuando os turistas espanhóis e franceses.

Hoje foi também lançado o primeiro prémio "Turismo de Andorra", destinado a premiar os trabalhos jornalísticos sobre a oferta turística no principado publicados nos meios de comunicação social portugueses.

O principado de Andorra tem 488 quilómetros quadrados, é o maior dos pequenos Estados da Europa, e situa-se nos Pirenéus, entre o nordeste de Espanha e o sudoeste de França.

quarta-feira, novembro 17, 2010

Durão Barroso eleito "Europeu do Ano" pelos jornais e revistas da Alemanha

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, recebe na quinta-feira o prémio "Europeu do Ano" da Associação de editores de jornais e revistas da Alemanha (VDZ), numa cerimónia em Berlim.

O ex-ministro presidente do Estado alemão da Baviera Edmund Stoiber fará a apresentação e o elogio a José Manuel Durão Barroso, que recebe a distinção no primeiro dos dois dias das "Jornadas da Imprensa" da associação alemã.

O prémio, atribuído pela primeira vez, será entregue na Publishers Night da VDZ (que representa os interesses dos editores de jornais e revistas alemães) e em que participa também o presidente da Alemanha, Christian Wullf.

As 400 editoras associadas na VDZ são responsáveis pela publicação de mais de três mil jornais e revistas, que perfazem cerca de 90% do total deste mercado.

Porto: Livraria Lello considerada por guia australiano "uma pérola de arte nova", no seu "top ten" para 2011

A Lonely Planet classifica a Lello, fundada em 1906, como a terceira melhor livraria do mundo.

A livraria centenária portuense Lello foi classificada pela Lonely Planet, no guia que esta editora fundada na Austrália acaba de lançar para o próximo ano. Numa listagem em que faz o “top ten” dos países, regiões e cidades a visitar em 2011, a Lonely Planet coloca a livraria situada na Rua das Carmelitas, no Porto, na terceira posição, depois da City Lights Books, em São Francisco, nos Estados Unidos, e da El Ateneo Grand Splendid, em Buenos Aires.

A Lello é classificada no guia "Lonely Planet's Best in Travel 2011", como “uma pérola de arte nova”, que se mantém como uma das livrarias – e talvez mesmo uma das lojas – “mais espantosas do mundo”.

Na descrição que faz do seu interior, destaca “as prateleiras neogóticas” que fazem mesmo concorrência aos livros na atenção dos visitantes, mas também a decoração nas paredes com os bustos esculpidos de escritores portugueses, além, claro, da “escadaria vermelha em espiral” que leva os clientes até ao primeiro andar e que parece “uma flor exótica”. O trilho e o carrinho para o transporte dos livros e a pequena cafetaria no primeiro andar, de onde se vê a luz do dia filtrada por coloridos vitrais, são outras notas deixadas aos leitores deste que se tornou já num dos mais populares guias de viagem em todo o mundo.


Esta classificação da Lello repete aquela que a loja portuense já tinha conquistado em Janeiro de 2008, quando o diário britânico The Guardian também a considerou como a terceira mais bela livraria do mundo, igualmente a seguir à Ateneu da capital argentina, que ocupa o lugar de um antigo teatro – dessa vez, em primeiro lugar, surgia a livraria holandesa em Maastricht, Boekhandel Selexyz Dominicanen, instalada numa antiga igreja.

O actual edifício da Livraria Lello, que foi desenhado de raiz para ser uma livraria pelo engenheiro Francisco Xavier Esteves, já tinha também sido considerado pelo escritor catalão Enrique Vila-Matas como “a mais bonita livraria do mundo”.

No “top ten”, logo após a Lello surge a Shakespeare & Company, em Paris, seguindo-se a Daunt Books, em Londres, a Another Country, em Berlim, a The Bookworm, em Beijing, a já citada Selexyz Dominicanen, em Maastricht, a Bookàbar, em Roma, e, na décima posição, a Atlantis Books, em Santorini, na Grécia.

Autoreuropa vai apostar no transporte ferroviário

A Volkswagen Autoeuropa está a trabalhar com o Governo para encontrar uma solução de transporte ferroviário que lhe permita reduzir os seus custos logísticos na exportação dos automóveis que produz.

O director geral da Autoeuropa, António Melo Pires, afirmou hoje num encontro com imprensa que a transição fronteiriça do transporte ferroviário é ainda “um grande óbice”, pois implica paragens na operação de transporte de 4 horas.

Por esse motivo, a fábrica portuguesa da Volkswagen tem apostado sobretudo no meio rodoviário. Mas mesmo aí há algumas ineficiências “por cada três camiões que entram em Portugal um sai vazio. Essa problemática do transporte tem de ser optimizada”, afirmou o director geral da Autoeuropa. De acordo com António Melo Pires o custo logístico associado a cada carro ronda hoje os 400 euros, sendo objectivo da administração reduzi-lo em 25%.

O director geral da Autoeuropa assegura que a empresa já está a trabalhar neste domínio. “Vamos fazer um comboio de Barcelona para a Autoeuropa e mais tarde testar os comboios da Alemanha para Portugal. Vamos tentar fazê-lo no próximo ano”, explicou AMP.

Nos primeiros dez meses deste ano a Autoeuropa produziu mais de 83 mil veículos que é o valor mais alto desde 2006. As perspectivas da empresa apontam para um volume de produção no final deste ano próximo das 100 mil unidades.

terça-feira, novembro 16, 2010

Sonangol e Puma Energy compram negócios da BP em vários países africanos

-- A Puma Energy, sucursal da multinacional Trafigura baseada na Suíça, associou-se à Sonangol na compra das actividades de distribuição da petrolífera britânica BP em vários países africanos, anunciam as empresas.

A petrolífera estatal angolana Sonangol terá 10% das acções nos negócios adquiridos à BP, esclarece a Trafigura em comunicado.

A BP tinha já anunciado segunda-feira que tinha chegado a acordo para vender 100 dos seus activos ligados à distribuição de combustível na Namíbia e no Botswana, 75% na Zâmbia e 50% no Malawi e na Tanzânia.

O negócio, no valor de cerca de 300 milhões de dólares (cerca de 220 milhões de euros), está sujeito à aprovação por parte das autoridades da concorrência, sendo que a Namíbia impõe algumas condições específicas antes de aprovar.

A BP detém 190 estações de serviço tradicionais nos cinco países citados.
A transacção inclui também as actividades de distribuição de combustível para aviões.
A Puma Energy começou a operar em África na actividade da distribuição no Congo, mas os seus negócios estendem-se actualmente a Angola, Moçambique, Gana, Nigéria, e República Democrática do Congo.
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-- O Brasil é também a "grande aposta" para Sonangol no processo de internacionalização da companhia, disse o presidente da empresa angolana no Brasil, Cândido Cardoso. "Importante porque os laços que existem com o Brasil e a Petrobras são laços que já datam desde o início da Sonangol", destacando que o Brasil oferece "perspectivas interessantes".

O empresário angolano ressaltou a decisão de internacionalizar a companhia após o processo de consolidação da petrolífera: "logicamente um dos países para que olhou foi o Brasil".
Segundo o empresário, há "similaridades" geológicas entre o Brasil e Angola.
"A própria Sonangol já tinha uma participação como accionista na Starfish e depois decidiu entrar na exploração e produção, que faz todo o sentido", explicou.
Em Agosto de 2009, a Sonangol assumiu oficialmente o controlo da petrolífera brasileira Starfish.
"Tanto o Brasil como Angola, do ponto de vista técnico, têm coisas a ganhar e a trazer experiências que atravessam o Atlântico", garantiu Cardoso ao ser questionado sobre futuras parcerias e cooperações com a Petrobras, companhia líder mundial em exploração e produção de águas profundas e ultra profundas. No Brasil, a "grande aposta é o offshore", assegurou. A Sonangol actua no Brasil associada à petrolífera brasileira em três blocos offshore, sendo que dois na Bacia de Campos e um na Bacia de Santos.
"A Petrobras é nossa parceira e nós somos o operador. Pretendemos iniciar as operações e a perfuração dos poços ainda este ano em Campos", adiantou Cardoso.

Erro no Google Maps cria conflito entre Costa Rica e Nicarágua

Nicarágua quer levar o caso ao Tribunal Internacional de Justiça e ameaça deixar a Organização dos Estados Americanos.


Um erro no Google Maps deu origem a uma alegada invasão de militares da Nicarágua no território da Costa Rica, nas Caraíbas. O caso aconteceu há cerca de um mês, mas está agora a atingir proporções inéditas, com a Nicarágua a querer levar a disputa fronteiriça com a vizinha americana ao Tribunal Internacional de Justiça. Este domingo, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, ameaçou mesmo deixar a Organização dos Estados Americanos (OEA), protestando com uma resolução que considerou ser parcial a favor da Costa Rica.

Mas como aconteceu tudo isto?
A alegada "invasão" ocorreu em Outubro, quando as forças de segurança da Nicarágua foram enviadas para uma das margens do rio fronteiriço San Juan, com o intuito de controlar um projecto de dragagem. Há aqui uma parcela de terreno, a ilha Calero, que ambos os países da América Central disputam há 200 anos e este episódio só veio agravar a contenda. Segundo declarações de um dos oficiais nicaraguenses, o local de estacionamento dos militares foi deter- minado com base no Google Maps, uma referência que afinal estava incorrecta. A Costa Rica não gostou, acusou a Nicarágua de invasão e pediu à OEA que emitisse uma resolução condenatória.

A Google acabou por se desculpar na sexta-feira, dizendo que usou dados oficiais do US State Department que se revelaram pouco rigorosos. No entanto, o estrago estava feito: a presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, já veio dizer que se trata de uma "urgência nacional" e que a dignidade do país está a ser "manchada", pelo que foram destacados cerca de 70 polícias para uma cidade próxima daquela zona.
A intervenção diplomática que saiu da reunião da OEA, na sexta-feira, acabou por piorar as coisas: a maioria dos países votou pela contenção do uso da força e por um encontro entre os dois países para resolver o problema, uma resolução que a Costa Rica saudou como "vitória" diplomática. O presidente nicaraguense não gostou e afirmou que a resolução "matou" qualquer possibilidade de solução através do diálogo.

"Por princípio, não vamos deixar qualquer área dentro do território da Nicarágua que faça fronteira com as nações fraternas Costa Rica e Honduras", disse Ortega. "E também não vamos tirar as nossas forças de qualquer fronteira marítima. Nem o exército nem a polícia que estão a lutar contra o tráfico de droga", concluiu.
Aliás, Ortega acabou mesmo por acusar outros países vizinhos, como o México, a Colômbia, o Panamá, as Honduras e a Guatemala, de terem votado a favor da resolução, por serem influenciados pela importância do narcotráfico na região da Costa Rica. Estas declarações polémicas levaram ontem a Costa Rica e o México a enviar notas de repúdio pelos "insultos e acusações infundadas". A Costa Rica afirmou que Ortega está a "lançar acusações imprudentes sobre tráfico de droga contra vários países da América Latina", acusando-o de o fazer para "distrair o seu povo da derrota monumental que sofreu" na resolução da OEA.
O que se segue agora é uma nova tentativa de intervenção diplomática, com algumas personalidades a dizerem que acreditam na resolução pacífica e célere do conflito. Quanto à Google, não há nada que possa fazer; nem sequer corrigir o Maps, sem que alguma das partes se insurja.

sexta-feira, novembro 12, 2010

Guiné-Bissau: Estudo recomenda desenvolvimento na energia, telecomunicações e estradas

A Guiné-Bissau precisa de desenvolver as infra-estruturas de base, nomeadamente electricidade, telecomunicações e estradas, para conseguir um crescimento económico sustentável e combater a pobreza, refere um relatório hoje apresentado em Bissau.

O Estudo Sobre as Fontes de Crescimento Económico na Guiné-Bissau considera também essenciais para o desenvolvimento da economia e combate à pobreza a estabilidade política, o reforço do capital humano e melhoria do ambiente de negócios para aumentar o investimento privado.

Segundo o documento, a falta de fornecimento de energia eléctrica na Guiné-Bissau "afecta de forma muito negativa o ambiente de negócios" no país, nomeadamente o desenvolvimento do sector industrial. O estudo recomenda uma reabilitação da Empresa de Águas e Electricidade e o aumento da capacidade de produção de electricidade através de investimentos públicos e privados e de novas fontes de produção de energia para um fornecimento de luz eléctrica mais eficaz.

Nas telecomunicações, o estudo considera que são caras e de má qualidade, recomendando ao Governo a regulamentação do sector, a entrada de privados nas empresas estatais de telecomunicações e o aumento da capacidade do sector para aceder à fibra óptica através do Senegal.

Em relação às vias de acessibilidade do país, o estudo considera que se encontram em avançado estado de degradação e impedem a mobilização urbana, isolando os locais de produção agrícola.
O estudo recomenda ao governo a continuar com o apoio a parcerias técnicas e financeiras de melhoramento das estradas, nomeadamente daquelas que ligam as cidades aos locais de produção agrícola.

No relatório, são também feitas recomendações para que o país prossiga com a consolidação da estabilidade macroeconómica e para diversificar as bases do crescimento económico.
Nesse sentido, o estudo recomenda uma forte aposta no sector do turismo, transportes e agro-alimentar.

O documento foi elaborado por uma equipa de peritos internacionais a pedido do governo e financiado pelo PNUD e pelo BAD, no âmbito do programa de reforço da capacidade de pilotagem da economia e de coordenação da ajuda pública ao desenvolvimento.

Timor-Leste quer exportar gás e recursos minerais para a China

Timor-Leste acredita que no futuro poderá beneficiar da cooperação com a China e vender ao gigante asiático gás e minerais, alterando as quase escassas exportações actuais.

"Penso que há hipótese de essa cooperação se virar a nosso favor no futuro, quando começarmos a exportar gás e outros recursos minerais", disse o ministro da Economia e Desenvolvimento de Timor-Leste, João Gonçalves.

O ministro considerou que as exportações timorenses para a China são mínimas e estão basicamente centradas no café que chega ao continente chinês através de Macau.
O ministro assinalou que a China tem apoiado os países de expressão portuguesa e sido "bom parceiro de desenvolvimento" também para Timor-Leste.

Como exemplo do apoio chinês, João Gonçalves deu a "entrada na China livre de quaisquer impostos" decidida pela China para os produtos de Timor-Leste, e defendeu que a "cooperação económica certamente irá providenciar maiores oportunidades de relações bilaterais".

quinta-feira, novembro 11, 2010

Guiné-Bissau: "O Presidente Obama sabe quem eu sou" - Bubo Na Tchuto

O chefe do Estado-Maior da Armada guineense, contra-almirante Bubo Na Tchuto, responsabilizou hoje os "americanos da Guiné" pelas acusações do seu envolvimento no tráfico de droga: "Até o Presidente Obama sabe quem eu sou".

"É tudo conversa alimentada pelos americanos da Guiné, não pelos americanos da América. Recentemente, estive com um jornalista do New York Times, mais de duas horas, em conversa e ele levou toda a minha biografia. Até o Presidente deles (Obama) leu a minha biografia. Até o Presidente deles ficou a saber quem é o Bubo e reconheceu que sou uma pessoa de bem", enfatizou o chefe da Armada guineense.

Na Tchuto é acusado pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos de ser o rosto de tráfico de droga na Guiné-Bissau.
O militar nega as acusações, defendendo ser uma ação urdida pelos "americanos da Guiné-Bissau".

"Aos americanos da Guiné, só tenho a dizer-lhes que sabemos onde estão, mas não temos tempo para dizer é você quem faz isso, não temos tempo para isso. Conhecemo-nos aqui neste país. Como disse, vou dizer os americanos da Guiné que continuem a falar", sublinhou.
"Digo apenas àqueles que me caluniam que a mentira tem pernas curtas, a verdade ganha sempre e a maldade perde sempre, porque tem pernas curtas. Quem faz a bondade tem sempre amigos e a proteção divina. O Bubo não quer guerra. Estou na Marinha para trabalhar. Perdoo aqueles que erraram comigo e também peço perdão àqueles com quem errei. É este o meu objetivo", concluiu Bubo Na Tchuto.

Sobre a situação da Guiné-Bissau, o chefe do Estado-Maior da Armada disse que se lhe "pudessem emprestar o país" o mudava em dois anos, inspirando-se no exemplo de Lula da Silva, Presidente cessante do Brasil.
"É preciso saber pensar no povo e noutros aspetos. Ter organização e determinação é isso que faz um homem avançar. Vejam o Lula no Brasil. O Brasil hoje em dia não deve nada a ninguém e faz parte dos países mais ricos do mundo. Pagou toda a sua dívida e até empresta dinheiro aos outros países para que estes possam trabalhar", considerou Bubo Na Tchuto.

O contra-almirante ainda não tem planos políticos, mas afirmou que se um dia pudesse ter essa oportunidade iria mudar a Guiné-Bissau.
"Sou um patriota deste país. Podia mudar isto. A inteligência natural de uma pessoa é que faz um homem, não apenas porque a pessoa sabe ler", defendeu o chefe da Armada guineense.

"Se uma pessoa sabe ler e não souber pensar não é ninguém. E isso é que é ser homem. Não é falar apenas por falar. Não é quando se dá um carro, uma roda ou dinheiro a alguém, aparecermos logo a contar isso publicamente. Eu não gosto de falar. Comigo é ação, organização e trabalho", acrescentou Na Tchuto.

[Bubo Na Tchuto não é nenhum herói, isso é claro. Defende os seus interesses e tem prejudicado os guineenses a seu bel-prazer. O povo da Guiné, que não tem culpa que o exército mande naquele quase-país, deve rir-se, mas sem muita vontade, quando Na Tchuto diz: "Obama conhece-me". E ri-se para disfarçar a tristeza por as "coisas" não estarem resolvidas enquanto a maioria dos militares não forem definitivamente integrados na sociedade civil...]

"Espanha está muito melhor que Portugal", diz ministra

Elena Salgado diz que Irlanda está na base da volatilidade dos mercados

A ministra espanhola da Economia e Finanças considerou esta quinta-feira que a volatilidade dos mercados está a prejudicar "em muitíssimo menor grau" Espanha, em comparação com Portugal e com a Irlanda.
Numa conferência de imprensa em Seul, onde arrancou a reunião de dois dias dos chefes de Estado e de governo do G20, Elena Salgado disse que os ministros das Finanças do grupo das vinte maiores economias do mundo discutiram, também, a situação financeira da Irlanda.

Salgado admitiu "uma certa preocupação" e acrescentou que a volatilidade dos mercados causada pela a situação do sistema financeiro irlandês está a prejudicar "fundamentalmente a Irlanda, em menor medida Portugal e, de forma colateral, todos os países".

[Amigos, amigos...]

Quinta da Aveleda vence Best of Wine Tourism 2011

A Quinta da Aveleda ganhou o prémio "Arquitectura, Parques e Jardins" da edição 2011 do concurso Best of Wine Tourism (BWT), sendo a primeira vez que o galardão é atribuído a uma empresa da Região dos Vinhos Verdes.


O BWT é um concurso promovido desde 2003 pela Câmara do Porto, com o objectivo de "incentivar a prestação de serviços de enoturismo de excelência e associar aos concorrentes do Norte de Portugal uma marca com prestígio internacional".

O director de Marketing e administrador da Quinta da Aveleda, Martim Guedes, afirma que a Aveleda, situada em Penafiel, tenta "fazer um ligação forte entre o vinho e a arquitectura, parques e jardins, o que é visível nos vinhos Folles, com cada rótulo a invocar uma peça arquitectónica dos jardins da quinta".

A Quinta da Aveleda tem 120 hectares com grandes "jardins, abertos de segunda a sexta-feira", e recebe por ano cerca de 10 mil visitantes, "na maioria estrangeiros". A empresa é líder do mercado nos vinhos verdes e exporta 60% da sua produção para vários mercados, sobretudo EUA, Alemanha e Brasil.

terça-feira, novembro 09, 2010

EUA: luso-americano Pat Toomey (Pensilvânia - R) eleito para o Senado

O luso-americano e republicano Pat Toomey foi eleito para o Senado federal pelo estado da Pensilvânia, derrotando o democrata Joe Sestak.

Toomey, bisneto de açorianos, foi ex-membro do "caucus" (facção) luso-americano no Senado.
Naquela que foi uma das mais disputadas eleições para lugares no Senado, Toomey só viu confirmada a sua eleição por volta das 00:00 de Nova Iorque, 04:00 de Lisboa.
Com 99,4% dos votos contados, Toomey reclamava 51%, contra 49% do seu adversário democrata.

Toomey é um republicano da linha dura. Opõe-se à legalização do aborto e ao casamento homossexual. Defende a livre posse de armas e o reforço das fronteiras. Critica duramente o sistema de saúde gratuito da administração Obama e acredita que os imigrantes ilegais devem ser deportados. Apoia o reforço das sanções ao Irão e da cooperação militar com Israel. Propõe uma descida generalizada dos impostos e um corte radical na despesa pública. A revista de política Mother Jones diz que "Pat é tão ultraconservador que mais parece um candidato do Texas". Mas não, concorreu num estado tradicionalmente liberal.

Benjamin Sarlin tentava explicar o "efeito Toomey" há uns dias no The Daily Beast, o site-sensação de notícias e comentários criado há dois anos por Tina Brown, antiga editora da New Yorker e da Vanity Fair. "Ele foi um dos primeiros a puxar o Partido Republicano para a direita. Que raios, Pat Toomey fundou o Tea Party quando ainda não existia Tea Party. Mas agora, quando todos os outros estão a radicalizar o discurso, ele optou pela prudência e usa palavras brandas, mesmo que as ideias não o sejam."
O jornalista dá um exemplo: no ano passado, em nítida contracorrente com os demais republicanos, Toomey apoiou a nomeação da juíza Sonia Sottomayor para o Supremo Tribunal de Justiça. "É uma forma de parecer mais moderado e conquistar votos em Filadélfia e Pittsburgh."

O Tea Party é a grande novidade destas eleições. Apesar de não ter uma figura de proa assumida, o movimento tem ganho força com nomes como Sarah Palin, Christine O"Donnell, Chuck Devore ou Pat Toomey. A coligação nasceu há menos de dois anos, em protesto contra as políticas de Obama e defendendo a descida dos impostos, a redução do número de funcionários públicos, o combate à dívida, ao défice e ao desperdício de fundos «em políticas sociais que não funcionam». As posições do Tea Party em relação à imigração - expulsar todos os ilegais - têm-lhe merecido acusações de racismo nos meios liberais.

De absurdo a possível. Estudo britânico sugere que Portugal saia do euro

Capital Economics vai mais longe e propõe fim da moeda única. Economistas portugueses consideram ideia inviável.

Competitividade alemã força Portugal a ajustar custos para poder competir em euros no exterior. Shäuble, ministro das Finanças diz que quem não for capaz deve sair do euro.
Portugal poderia evitar uma longa depressão económica e criar mais emprego se fizesse aquilo que muitos pensam, mas que ninguém admite em voz alta: sair voluntariamente da zona euro, defende o estudo "Por que o euro deve acabar", publicado pela Capital Economics, consultora britânica na área económica. Os economistas portugueses contactados pelo i admitem as dificuldades impostas pelo euro, mas rejeitam em bloco o canto de sereia de uma saída voluntária da moeda única.

"Não estamos em condições de sair da zona euro - o que não significa que ficar seja bom", comenta o economista Ricardo Paes Mamede, professor no ISCTE, em Lisboa. "Do ponto de vista económico seria muito difícil fazer a transição por factores como o facto de o país estar endividado sobretudo em euros", junta.
Para muitos observadores externos - sobretudo anglo-saxónicos - o eventual fim do euro ou a saída dos países mais fracos é uma questão passível de ser debatida. Ontem, numa longa reportagem sobre Portugal, o Financial Times apontava que "a noção de que a zona euro se pudesse fragmentar era vista pelos economistas como sendo absurda" e que agora passou a ser "meramente improvável". Não é só dos tradicionais "inimigos do euro" - norte-americanos e ingleses - que vêm as análises negativas: em Maio, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Shäuble afirmou que se um país do euro for incapaz de consolidar as suas contas ou de melhorar a sua competitividade "deve, em último recurso, sair da união monetária, mantendo-se como membro da União Europeia".

O pior é o esmagamento prolongado dos salários no sector privado para tentar recuperar competitividade externa. Com o investimento e o consumo apertados pela dívida e pelas dificuldades de financiamento, Portugal só pode contar com as exportações para crescer - e, para isso, terá de embarcar "num longo e doloroso" processo de deflação de preços e de salários. Para Portugal, isso representaria 20 anos sem crescimento económico - o suficiente para questionar os proveitos de pertencer a euro.

A Capital Economics aponta que a saída teria como vantagem a possibilidade de desvalorizar a moeda e aumentar as exportações sem um choque nos salários e preços. Em Portugal, a opinião não colhe apoios. "O país desvalorizou a sua moeda ao longo de décadas e isso contribuiu em nada para a subida da produtividade do país", aponta o economista Filipe Garcia, da consultora IMF, no Porto. Outro problema: o político. "Os que ficam no euro dificilmente aceitariam ver os vizinhos a ganhar competitividade à custa de desvalorizações cambiais", aponta Paes Mamede.

Depois há o facto de não existir uma saída ordeira do euro. "Quem tinha activos em Portugal quereria desfazer-se deles para evitar a desvalorização da moeda, investindo no estrangeiro", explica Paes Mamede. O estudo da Capital Economics diz que o buraco de fundos na banca - causado pela fuga de capitais - poderia ser compensado com financiamento externo ou do Banco de Portugal. Entretanto, o problema poderia ser compensado com depósitos suficientemente remunerados que atraíssem de volta o dinheiro. Quanto ao peso do euro na dívida, e sem falar no caso português, o estudo admite que seria necessário "algum nível de incumprimento ou reestruturação" da dívida.

BBB no país Ah Ah Ah, por Pedro Santos Guerreiro

in Jornal de Negócios

Numa luta de elefantes, quem se trama é a relva.

A frase, que é mais colorida no original brasileiro, mostra como está Portugal perante as agências de "rating": um dano colateral, pisado por gigantes.

A descida do "rating" dos quatro bancos anunciada ontem pela Fitch foi inesperada e brutal. Sobretudo para o BES e BCP, aos quais o "rating" foi cortado em dois "degraus", para BBB, acrescido de "outlook" negativo. É um nível humilhante, que coloca estes bancos à beira da exclusão de grandes investidores mais selectivos.

Tememos quando vemos o sismógrafo das taxas de juro roçar os 7%. Mas há muito que o problema português deixou de ser preço para ser acesso. Portugal e os seus bancos olham para a frente e vêem a parede imaginada por Fernando Ulrich cada vez mais próxima. Pagarão o que for preciso para aceder ao capital. Precisam é de tê-lo. E neste momento há fundos soberanos e investidores institucionais que já nos riscaram do mapa do seu dinheiro.

Como já aqui foi escrito, não estamos como a Irlanda: Portugal não tem um problema com os seus bancos, os seus bancos é que têm um problema com Portugal. O estado da economia portuguesa, frágil e deprimida, agrava as perspectivas dos bancos, que vão fazendo controlo de danos no malparado e aguentando sectores como a construção e o imobiliário para evitar males maiores. Fazer estes cortes de "rating" é como atar bolas de chumbo aos pés de quem tenta nadar.
A Fitch não explica as razões dos seus cortes em cada um dos bancos, dá apenas uma explicação geral e genérica: o corte reflecte "o aumento do risco de financiamento e liquidez" destas instituições, "dada a elevada dependência das fontes de financiamento de curto e médio prazo, bem como o aumento do recurso ao BCE, no contexto de continuadas dificuldades de acesso aos mercados de capitais e deterioração da qualidade dos activos domésticos".

Trocando por miúdos: os mercados vão-se fechando a Portugal e, como nos últimos anos o financiamento foi sendo feito a prazos curtos (um, dois, três anos), em 2011 converge uma necessidade de refinanciamentos dramática. É justo, este corte? Se o é, é parcial: onde estão os mesmos cortes para os bancos espanhóis, em pior situação? O BCP critica, o BES vai mais longe e corta a relação comercial com a Fitch. Uma medida sã mas provavelmente vã, de um banco sem dimensão para iniciar um turbilhão contra as agências de "rating". Estas decisões podem ser injustas, mas permanecem eficazes.

O mundo está um lugar estranho. Os Estados Unidos despejam dólares sobre a economia, com decisões de legalidade duvidosa. A Europa divide-se na hipótese de abrir uma guerra cambial a partir do euro. Enquanto isso, o factor político trai a lucidez tanto em Portugal como na Alemanha, que dramatiza as penalizações futuras a países que peçam socorro, o que acaba por apressar esses pedidos de socorro. E o FMI, quando olha para Portugal, faz cruz-credo à inviabilidade política.

Não é o número 7% dos juros mas a letra B de um "rating" que detonará o pedido de ajuda de Portugal. Se depois da banca vier o corte da República, temos o destino traçado. Entretanto, por cá, os partidos continuam cegos pelo poder que ainda nem sequer têm. O acordo entre o PS e o PSD está por implementar e os políticos das oposições chegam a mostrar risos pela desgraça que confirma os seus avisos. É tétrico. É fútil. É fatal. Ah, ah, ah? BBB!

segunda-feira, novembro 08, 2010

EUA: Luso-americanos eleitos no Massachussetts e Rhode Island

Os luso-americanos que concorreram pelas listas do Partido Democrata (D) nas eleições locais de terça-feira, em Rhode Island, Massachusetts e Colorado conseguiram, na maioria, ser eleitos.


Pelo menos duas dezenas de candidatos de origem portuguesa concorreram terça-feira a lugares nas legislaturas estaduais norte-americanas em pelo menos sete estados.

Além dos estados com forte presença portuguesa como Massachusetts e Rhode Island, que concentravam a maioria dos candidatos, havia também luso-descendentes na corrida para os senados e congressos estaduais do Arizona, Califórnia, Colorado, Connecticut e New Hampshire.

Para a assembleia legislativa do Estado mais português na América, Rhode Island, foram reeleitos dez congressistas de ascendência portuguesa - Gordon Fox, Charlene Lima, Debora Fellela, Edwin Pacheco, Agostinho Silva, William São Bento, Hélio Mello, Jared Nunes, Doreen Costa, Roberto Silva.
Amy G. Rice (D) obteve apenas 47,6%, perdendo a eleição para o republicano Daniel Reillly.

Fora do senado estadual de Connecticut ficou o estreante e candidato independente Manuel Batáguas, que conseguiu apenas 1% da votação do distrito 24.

Em Nova Iorque, Jack Martins, candidato republicano pelo 7.º distrito eleitoral, conseguiu uma vitória à tangente por 50,24%, contra 49,73% do democrata Craig Johnson. A vitória de Martins, ex-mayor de Mineola, foi alcançada por pouco mais de 400 votos, segundo dados da comissão eleitoral do condado de Nassau.

Para o Senado estadual de Rhode Island, e pelos democratas, foram eleitos Teresa Paiva-Weed (distrito 13) e Daniel da Ponte (concorria sem oposição para o 6º mandato em representação do distrito 14). Ambos foram reeleitos com facilidade, obtendo respectivamente 63,8% e 64,8% dos votos (8.073 eleitores).
Bettany Moura, nas listas do Partido Republicano (R), levou de vencida o seu opositor, conquistando 51,4% dos votos.

No Senado estadual de Massachusetts, Michael Rodrigues (D) foi eleito com 62% (distrito de First Plymouth e Bristol) e Marc Pacheco (D) reeleito com 58% dos sufrágios (corria a mais um mandato como representante de First Plymouth e Bristol).
Tony (António) Cabral, John Fernandes, Michael Rodrigues e Kevin Aguiar (D), respectivamente com 100% (sem oposição) e 75% dos votos, foram reeleitos para a Assembleia estadual, enquanto o independente Jacob (Jake) Ferreira, que procurava pela primeira vez de um lugar na legislatura, falhou a eleição.

quinta-feira, novembro 04, 2010

China: Cinco mil chineses aprendem português

Cerca de 5000 jovens e adultos chineses estudam o português em instituições de Macau que ensinam a língua de Camões.

"Macau é uma terra multicultural, com uma forte presença portuguesa e o Governo tem feito um esforço de promoção do português, porque é importante que os nossos estudantes aprendam a essência da cultura e da história de Macau", disse a chefe do departamento de ensino dos Serviços de Educação de Macau, Vicky Leong.


A mesma responsável salientou a importância da aprendizagem do português nos planos legal e político, dado que a própria Lei Básica de Macau, a lei fundamental, estipula que o português e chinês são línguas oficiais, bem como no plano económico, devido ao papel de plataforma da cidade entre a China e a lusofonia.

"Não podemos esquecer também o plano educacional, cultural e histórico, o papel de Macau como ponto de encontro entre o oriente e o ocidente e o facto de a cidade ser multicultural, logo os nossos jovens serem cidadãos do mundo", sublinhou.

Com cerca de 3000 alunos a estudar português nas escolas oficiais, as escolas luso-chinesas, Macau tem outros 1500 estudantes da língua de Camões nas escolas particulares, apoiados por nove professores contratados pelos serviços de Educação, que contam com o apoio do Instituto Português do Oriente (IPOR). Há ainda outras centenas que participam em actividades de Verão, estudando a língua na escola portuguesa para ingressarem em universidades de Portugal.

Para Rui Rocha, presidente do IPOR, o interesse pelo português "tem vindo a crescer, porque há cinco ou seis anos a China deu sinais claros de que era uma língua de interesse económico".

Índice de Desenvolvimento Humano 2010

Já faz alguns anos que vou referenciando esta classificação neste blogue, até porque é o mais fiável para analisar a verdadeira saúde das sociedades, Isto porque não se foca num item aoenas, seja económico, ou de saúde ou de educação. Engloba todos esses factores.

As classificações de Portugal sempre foram bastante razoáveis, tendo em conta o país que temos, este ano descemos seis posições para o quadragésimo lugar. Não será dramático, mas tendo em conta que a Espanha está em 20º, ou países que há bem pouco tempo estavam atrás de nós e são nossos concorrentes é motivo para nos acirrar. Países como a Eslováquia, República Checa, Eslovénia, Estónia ou até a Hungria, já nos deixaram a ver pó.

Mais motivos para uma reflexão nacional.

Mas este ranquingue sempre me serviu para marcar um argumento. O de que nas sociedades modernas as Monarquias funcionam melhor. Refuto como falso o argumento que para se ser desenvolvido é necessário ser monarquia, mas atendendo aos números e á constância com que as monarquias se mantém no topo das tabelas deste género de classificações, o sistema político há de ter alguma coisa a ver com esse facto.

Mais um ano, e este bem especial devido à grande crise que afectou o mundo, e a hegemonia no topo do IDH até se intensificou por parte das monarquias. De facto este ano apenas temos 3 Repúblicas no top10: Estados Unidos, Irlanda e Alemanha. Os restantes são Monarquias incluindo o top 3: Noruega, Austrália e Nova Zelândia, estes dois sob o reinado da mesma rainha, Isabel II.

Os resultados de ano para ano repetem-se, intensificam-se aliás. As Monarquias dão uma verdadeira abada a todos os níveis às repúblicas. Certamente há algo aqui para reflectir.

terça-feira, novembro 02, 2010

Dez mil portugueses na Baviera sem acesso a serviços consulares

Os portugueses residentes na região estão impedidos de tratarem as suas questões consulares com um técnico que se desloca a Munique e que nada pode fazer nem resolver

As chamadas permanências consulares em Munique não servem para nada e não resolvem nenhuns problemas das pessoas”. Quem o diz, segundo o Portugal Post, é uma fonte ligada ao consulado em Estugarda que considera que. desde o encerramento do consulado honorário, “há um técnico consular que se desloca de 2 em 2 meses a Munique onde permanece nas instalações da Missão Católica durante o horário de expediente com uma caneta e papel na mão, isto é, sem meios para resolver nada e nenhum problema”.

A mesma fonte disse que o técnico “nem telefone tem e está a olhar para as moscas durante o tempo que ali permanece”.
Naquela área da Baviera residem cerca de 10.000 portugueses, número que a tal permanência consular, isto é, um funcionário com uma caneta e papel nas mãos, deveria (deve) servir.
Quando existiam as instalações do consulado honorário ainda era possível tratar de alguns assuntos, mas desde o encerramento do consulado que o funcionário não vai lá fazer nada, apenas gastar tempo e dinheiro”, disse a mesma fonte.

Gritante é a impotência do técnico quando tem pela frente um problema grave do foro social para resolver. Sem condições técnicas, “o funcionário que se desloca do consulado de Estugarda não pode resolver um problema social medianamente grave em algumas horas e marcar de novo entrevista com o utente para daí a dois meses para continuar a resolver um assunto que devia ter um acompanhamento permanente”, refere a mesma.
Sem telefone, sem computador portátil, sem o mínimo de condições para atender utentes que se recorrem daquelas permanências consulares, o técnico social “está desmotivado” e, segundo a fonte, diz que se tem de resolver a situação ou, simplesmente, “deixar de ir a Munique”.

A situação da permanência consular em Munique tem de ser resolvida e, talvez, substituída por um escritório consular ou, em alternativa, deve-se dar os meios necessários a quem se desloque do consulado para resolver in loco situações elementares”, disse-nos alguém ligado à comunidade da área.

Com este problema concreto que a comunidade portuguesa na Baviera vive, há quem já pergunte “onde estão aqueles que reuniram as pretensas quatrocentas assinaturas para o afastamento do ex-cônsul honorário? Será que os problemas reais da comunidade não lhes interessam ? E se não é assim, porque é que não se mexem?
Estas interrogações levaram o Portugal Post a contactar um dos membros do movimento que encabeçou a luta pela substituição do cônsul honorário entretanto exonerado por suspeitas de envolvimento no famoso caso dos submarinos.

Pedro Castro, arquitecto, destacado membro do movimento que patrocinou o abaixo-assinado disse-nos que estas interrogações não fazem sentido, porque “o movimento foi criado para apenas exigir a substituição do ex-cônsul”.
No que diz respeito à prestação de serviços consulares, Pedro Castro fez questão de lembrar que “o técnico social do Consulado-Geral em Estugarda, o sr. Rodrigues, quando se deslocava ao consulado honorário uma vez por mês também não tinha mais do que uma caneta e papel, carimbo e um tinteiro, ou seja, não houve alteração de meios para o senhor Rodrigues executar a tarefa”.
Trocado por miúdos, a situação, segundo Pedro Castro, não se alterou, acrescentando que o movimento foi criado para “a substituição do consulado honorário e não para se dedicar a esses temas”, leia-se falta de serviços consulares.
Castro não vê porque o movimento se deve dedicar a este tema quando ele deve ser resolvido pelas entidades responsáveis, cabendo também aos deputados a denúncia destas questões.
No fundo, o que foi dado a entender por Castro é que o processo iniciado para a substituição do cônsul honorário (ainda não concluído) também era um processo para que a comunidade tivesse um consulado que correspondesse aos interesses dos portugueses, sendo que nestes interesses também cabem uma prestação de serviços consulares eficientes.

Seja como for, facto é que os cerca de 10.000 portugueses residentes na Baviera estão impedidos de tratarem as suas questões consulares com um técnico que se desloca a Munique que nada pode fazer nem resolver.

Fonte: Portugal Post

Entretenimento: Menus em inglês, francês, italiano, alemão, espanhol e holandês

Consolas da Nintendo sem língua portuguesa.

As consolas da Nintendo não têm a opção de escolher a língua portuguesa para aceder aos respectivos menus. A Wii, a mais recente consola da marca, tem seis idiomas disponíveis, mas quem não perceber inglês, francês, italiano, alemão, espanhol ou holandês terá muitas dificuldades em compreender para que servem.

A discussão sobre o tema e as dúvidas quanto à possibilidade de a Nintendo actualizar o firmware das consolas, passando a incluir a língua portuguesa no sistema operativo do aparelho, estão em qualquer fórum de discussão na internet. São vários os testemunhos de quem compra uma consola da Nintendo e confirma, ao chegar a casa, que a língua portuguesa não está disponível.

"A lei obriga a que as instruções ou menus estejam em português, por dois motivos: permitir ao utilizador retirar o melhor rendimento dos aparelhos e por questões de segurança", afirmou Jorge Morgado, secretário-geral da associação de defesa do consumidor Deco, explicando que "nos casos de não existirem menus ou um manual de instruções em português, as marcas estão ilegais".

No caso específico das consolas da Nintendo, os menus estão numa língua estrangeira, mas fazem-se acompanhar de um manual de instruções em português. A justificação para estas situações, acrescentou Morgado, prende-se com a dimensão do mercado português: "É muito pequeno. As marcas prevêem vender um determinado número de unidades, a um certo preço. Refazer o programa para incluir uma língua pode até encarecer o produto ao consumidor. A solução passa por incluir um manual, esse sim, em português."

No que diz respeito às consolas rivais da Wii, o modelo mais recente da Nintendo, quer a Playstation 3, da Sony, quer a Xbox 360, da Microsoft, têm disponível a língua portuguesa no seu firmware.