terça-feira, novembro 16, 2010

Sonangol e Puma Energy compram negócios da BP em vários países africanos

-- A Puma Energy, sucursal da multinacional Trafigura baseada na Suíça, associou-se à Sonangol na compra das actividades de distribuição da petrolífera britânica BP em vários países africanos, anunciam as empresas.

A petrolífera estatal angolana Sonangol terá 10% das acções nos negócios adquiridos à BP, esclarece a Trafigura em comunicado.

A BP tinha já anunciado segunda-feira que tinha chegado a acordo para vender 100 dos seus activos ligados à distribuição de combustível na Namíbia e no Botswana, 75% na Zâmbia e 50% no Malawi e na Tanzânia.

O negócio, no valor de cerca de 300 milhões de dólares (cerca de 220 milhões de euros), está sujeito à aprovação por parte das autoridades da concorrência, sendo que a Namíbia impõe algumas condições específicas antes de aprovar.

A BP detém 190 estações de serviço tradicionais nos cinco países citados.
A transacção inclui também as actividades de distribuição de combustível para aviões.
A Puma Energy começou a operar em África na actividade da distribuição no Congo, mas os seus negócios estendem-se actualmente a Angola, Moçambique, Gana, Nigéria, e República Democrática do Congo.
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-- O Brasil é também a "grande aposta" para Sonangol no processo de internacionalização da companhia, disse o presidente da empresa angolana no Brasil, Cândido Cardoso. "Importante porque os laços que existem com o Brasil e a Petrobras são laços que já datam desde o início da Sonangol", destacando que o Brasil oferece "perspectivas interessantes".

O empresário angolano ressaltou a decisão de internacionalizar a companhia após o processo de consolidação da petrolífera: "logicamente um dos países para que olhou foi o Brasil".
Segundo o empresário, há "similaridades" geológicas entre o Brasil e Angola.
"A própria Sonangol já tinha uma participação como accionista na Starfish e depois decidiu entrar na exploração e produção, que faz todo o sentido", explicou.
Em Agosto de 2009, a Sonangol assumiu oficialmente o controlo da petrolífera brasileira Starfish.
"Tanto o Brasil como Angola, do ponto de vista técnico, têm coisas a ganhar e a trazer experiências que atravessam o Atlântico", garantiu Cardoso ao ser questionado sobre futuras parcerias e cooperações com a Petrobras, companhia líder mundial em exploração e produção de águas profundas e ultra profundas. No Brasil, a "grande aposta é o offshore", assegurou. A Sonangol actua no Brasil associada à petrolífera brasileira em três blocos offshore, sendo que dois na Bacia de Campos e um na Bacia de Santos.
"A Petrobras é nossa parceira e nós somos o operador. Pretendemos iniciar as operações e a perfuração dos poços ainda este ano em Campos", adiantou Cardoso.

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