quinta-feira, novembro 30, 2006

Anthology chronicles two centuries of shipwrecks

The Tragic History of the Sea: Shipwrecks From the Bible to Titanic
By NORMAN N. BROWN
National Geographic Books)

Since men have been sailing, they have been going down with their ships - ships sunk by violent storms or by collisions with rocks or reefs, or for any of a variety of reasons.

Anthony Brandt has compiled 29 tales of shipwrecks - some obscure, some well-known - from the past 2,000 years in "The Tragic History of the Sea: Shipwrecks From the Bible to Titanic."

"The Portuguese invented the shipwreck genre in the 16th century," Brandt writes. Portugal was then a prominent maritime trading power, and stories of mishaps at sea were often published in cheap pamphlets and proved quite popular.

One notable Portuguese shipwreck chronicle from 1552 was published in English in 1735 as "The Tragic History of the Sea" [História Trágico- Marítima] and is included in this volume.

Brandt explains in his introduction that in view of the popularity of shipwreck lore and its worldwide influence on and presence in literature, he had to decide whether to include fictional accounts as well as true stories.

PM says Quebec 'nation in Canada'

Canadian Prime Minister Stephen Harper has told a debate in parliament that he regards the province of Quebec as a "nation within Canada".
Mr Harper was responding to a motion by Quebec separatists that MPs should "recognise Quebecois form a nation".

Francophone Quebec has previously held two referendums on separation, in 1980 and 1995, but rejected the idea.

Mr Harper's Conservatives won Canada's general election in January to end 12 years of Liberal rule.

Analysts say the motion is proving problematic for federalists.

An acceptance would encourage talks towards separatism but a rejection could bolster the separatists' belief that their aspirations are being ignored.

Kickbacks

On Wednesday, Mr Harper backed the notion that the House of Commons should "recognise that Quebecois constitute a nation within a united Canada".

He said: "The real question is simple: do Quebecois make up a nation of their own in a united Canada? The answer is yes.

"Do Quebecois make up a nation independent from Canada? The answer is no and will always be no."

The leader of the Bloc Quebecois party opposed the prime minister's position.

"It isn't up to the prime minister to decide what Quebecers will choose as an option. It's up to Quebecers," Gilles Duceppe said.

January's elections was called following revelations that Liberal politicians in Quebec had taken kickbacks in return for awarding government contracts.

Afterwards Mr Harper pledged a renewed drive for federalism for Quebec.

"We will do this because shuffling the deck in Ottawa is not good enough," he said at the time.

The Conservatives made significant gains in Quebec.

Gibraltar: Eleitores votam sobre nova Constituição

Agora é que a Espanha podde ir perdendo as esperanças...

As 12 mesas eleitorais instaladas em Gibraltar para o referendo da nova Constituição, que reforça as competências locais e retira poder ao governador nomeado pelo Reino Unido, abriram hoje às 09:00 locais (08:00 em Lisboa), sem incidentes.
Cerca de 20 mil eleitores foram chamados às urnas para avaliar um texto considerado pelas forças políticas de Gibraltar como um acto de autodeterminação da antiga colónia inglesa.

A nova Constituição reúne elementos novos que consolidam o autogoverno de Gibraltar, garantindo um sistema judicial mais independente, ainda que a soberania permaneça no Reino Unido.

Com as alterações propostas, o governador de Gibraltar designado pela rainha de Inglaterra, perde parte das suas competências que passam para os ministros, mantendo apenas os dossiers de Negócios Estrangeiros, Segurança Interna e Defesa e alguns aspectos dos serviços públicos.

Os ministros, designados pelo governador através de uma recomendação do ministro principal - equivalente ao primeiro-ministro - terão as restantes competências do executivo.

O texto transforma a Assembleia Legislativa em Parlamento de Gibraltar e determina que as leis aí aprovadas não possam ser travadas nem pelos ministros britânicos nem pelo governador, ao contrário do que acontece agora.

Consagra igualmente maior independência do sistema judicial com a criação de uma nova comissão, presidida pela Corte de Apelação e que integrará o juiz supremo e dois membros nomeados pelo governador ou ministro principal.

Datada de 1969, a antiga Constituição foi considerada desactualizada pelas forças políticas de Gibraltar que pretendem assim aprovar um texto que consagre um relacionamento «mais moderno e maduro» com o Reino Unido.

Eliminadas ficam ainda as referências coloniais no texto antigo, com a nova lei-base a respeitar a Carta das Nações Unidas.

As negociações para o texto começaram em Novembro de 2004, tendo-se concluído em Março último.

Peter Caruana, ministro principal e responsável do Partido Social Democrata e Joe Bossano, líder da coligação liberal-socialista (GLSP), darão a conhecer os resultados do referendo ao público.

Caruana apela ao voto no «sim», considerando que o texto representa «talvez o avanço mais importante da última década» para Gibraltar.

Bossano, por seu lado, afirmou que não quer condicionar o voto dos simpatizantes da coligação, referindo que as contradições existentes entre Madrid, Londres e Gibraltar não garantem maior autogoverno no rochedo.

As urnas encerram às 22:00 locais, menos uma em Lisboa, esperando-se os primeiros resultados cerca de uma hora depois.

Gibraltar é uma colónia britânica de 6,5 quilómetros quadrados localizada no sul da Península Ibérica, sobre a qual Espanha mantém reivindicações de soberania, apesar de a ter cedido a título perpétuo em 1713, um tema que tem sido alvo de repetidos contactos entre os dois países.

terça-feira, novembro 28, 2006

Acciona pede à EDP que compre 10% da Endesa

Oportunidades destas não aparecem todos os dias!!

José Manuel Entrecanales, presidente do grupo Acciona, esteve em conversações com o presidente da Energías de Portugal (EDP), António Mexia, com vista à possível entrada da eléctrica portuguesa no capital da Endesa, mediante a compra de um pacote de 10% da companhia presidida por Manuel Pizarro, segundo o site espanhol 'El Confidencial'.

Fontes consultadas pelo "El Confidencial" referem a existência de "várias reuniões" entre ambos os empresários.

A decisão está em "ponto morto", porque, para além do elevado montante que exige a compra desses 10% (cerca de 3,7 mil milhões de euros), a EDP, que em Espanha já controla a Hidrocantábrico, terá reclamado a possibilidade de participar na gestão da Endesa, caso a Acciona venha obter o controlo da eléctrica espanhola.

"A entrada da EDP faria todo o sentido do mundo", assegura uma fonte próxima ao grupo português, "porque desta forma tornar-se-ia realidade uma grande companhia energética ibérica. O preço é alto, mas não é impossível, mas a Acciona teria de estar disposta a partilhar a gestão da futura Endesa com a EDP".

CDS reuniu com Cavaco para discutir «defesa» da Língua

O líder do CDS-PP, no final de uma reunião com o Presidente da República, reafirmou a sua preocupação com a defesa da língua portuguesa na União Europeia.
Ribeiro e Castro reiterou os apelos que tem vindo fazer nos últimos meses à diplomacia portuguesa para que concentre esforços na valorização do estatuto do português na Europa, como «uma grande causa nacional».

Ribeiro e Castro partilhou também com Cavaco Silva a expectativa do CDS -PP sobre a futura Cimeira UE-África, que se deverá realizar em 2007.

«Para nós era muito importante que esta cimeira se realizasse durante a presidência portuguesa da União Europeia», disse.

CPLP: Cinema e difusão do livro são prioridades

Rio de Janeiro, Brasil, 28 Nov (Lusa)

A ministra da Cultura portuguesa, Isabel Pires de Lima, que participa no Rio de Janeiro no Fórum Cultural Mundial 2006, apontou hoje o cinema, o audiovisual e a difusão do livro como prioridades do sector no âmbito da CPLP.

E eles falam, falam...

Restauração da Independência

Para os cidadãos espanhóis, o 1º de Dezembro, data da Restauração da Independência de Portugal, em 1640, é um dia normal, cujo significado histórico desconhecem, segundo o historiador espanhol Rafael Valladares.
A vontade de 20% dos portugueses pertencerem a Espanha, de acordo com uma sondagem do SOL, deve-se sobretudo a um descontentamento com o Governo português.

«Na sociedade espanhola existe uma indiferença infelizmente prolongada durante gerações face a Portugal (...), que é responsável por que ninguém saiba que o 1º de Dezembro é uma festa nacional em Portugal», disse o historiador, autor do livro A Independência de Portugal - Guerra e Restauração 1640-1680, que acaba de ser lançado em Portugal.

Na sua opinião, essa indiferença decorre da «frustração que a sociedade espanhola sentiu por causa da perda de Portugal e essa frustração, com o tempo, transformou-se em indiferença espanhola em relação a Portugal».
«É uma maneira de dissimular a frustração que causou naquela altura a perda de Portugal. Mas hoje, acho que essa indiferença é inconsciente, é um fruto do passado», acrescentou o especialista em monarquia hispânica dos séculos XVI e XVII.
Nas escolas espanholas, o ensino do período dedicado ao império espanhol, «à época dos Áustrias - dos Filipes, como dizem em Portugal -, inclui o estudo da incorporação de Portugal e da guerra, em 1640, mas de uma forma muito leve» , indicou.

Na perspectiva de Rafael Valladares, de 42 anos, doutorado em história pela Universidade Complutense de Madrid, «Espanha vê hoje Portugal como um vizinho cordial, amável, que não causa problemas - o que é importante - mas com um matiz de paternalismo» que considera «muito negativo para as relações entre os dois países».
«A partir do século XVIII, quando se consolidou realmente a separação de Portugal, os espanhóis desenvolveram um complexo de superioridade face a Portu gal para compensar o trauma da perda de um território que era todo um império», explicou.
«Temos de ter em conta que a sociedade espanhola experimentou, sobretudo durante os últimos 15 anos, um desenvolvimento importante que distanciou muito os parâmetros económicos e sociais de Espanha e Portugal. Mas a economia não manda, não é, digamos, o factor mais importante nas relações entre os países», frisou.
«Portanto, à parte a economia, eu diria que num contexto social, a relação é de absoluta simpatia, cordialidade e afecto por um país vizinho. Por que é , então, que esta relação não se desenvolve mais?», interrogou-se.
E respondeu, diagnosticando a existência de «um grande fracasso, o fracasso das classes políticas de Espanha e de Portugal, que não estão a aproveitar o momento 'doce' que estão a viver os dois países, que partilham há muito tempo na história muitas coisas: a União Europeia, a NATO e toda uma série de valores».
Segundo o historiador, não faz sentido que os dois países continuem de costas voltadas por causa da sua relação conflituosa no passado.
«Depois de contemplar este fracasso da classe política para conduzir o processo de aproximação real entre as sociedades, deveriam ser as duas, a sociedade civil portuguesa e a espanhola, através de organizações, fundações, etc., de tipo cultural, económico, político, as responsáveis por criar um tecido mais unido entre os dois países», defendeu.
Sobre as sondagens que ciclicamente se realizam em Portugal, segundo as quais uma percentagem relativamente elevada (no caso da mais recente, realizada pelo SOL, 20%) dos portugueses queriam ser espanhóis, Rafael Valladares afirmou que tais resultados «reflectem mais um certo mal-estar da sociedade portuguesa em relação aos seus Governos», do que «um real afecto por Espanha».
Apesar de pensar que os portugueses poderão não aceitar a opinião de um espanhol sobre esta matéria, o historiador emite-a na mesma: ser português não é um fatalismo, é um privilégio.
«Pertencer a um país com um passado, uma história, um território como Portugal, que foi capaz de fazer o que muitas outras nações europeias supostament e mais desenvolvidas e mais ricas não conseguiram, é um privilégio cultural. Tal vez estejamos a exagerar o peso que a economia tem nas vidas das pessoas», sustentou.
«Eu venho de um país que há 30 ou 40 anos era um país subdesenvolvido, um país que há 60 anos vivia uma guerra civil que o deixou totalmente destruído. Portanto, posso afirmar que um país é capaz de superar tudo», comentou.
«E mesmo quando não se supera todos os índices de crescimento económico - que parece que agora é o único Deus que temos - ficam outros valores, de um passado, de um património de expansão planetária, que também não devemos exagerar , mas simplesmente valorar na justa medida do valor que têm», insistiu.
Salientando tratar-se «mais da opinião de um espanhol do que de um historiador», Rafael Valladares disse que «gostaria muito de que a sociedade portuguesa reflectisse sobre estes valores, para abandonar esse fatalismo que não leva a nenhum fim positivo e começar a construir um optimismo, a que tem direito».
O historiador resolveu dedicar-se ao estudo do período da Restauração da Independência de Portugal - que investigou durante quase 10 anos, entre 1989 e 1998, altura em que foi publicada a primeira versão desta obra, que posteriormente aprofundou, introduzindo alterações - por achar que «Portugal é imprescindível para compreender aquela época».

«Quando estamos a falar desta época da Restauração, dos Filipes, não falamos de Portugal e de Espanha como hoje são, estamos a falar de uma coroa de Portugal, estamos a falar de uma monarquia hispânica, que não era só Espanha, era todo um conjunto de territórios, um conglomerado impressionante que tinha uma id entidade mais ou menos hispânica, mas não só hispânica», explicou.

«Em Portugal é muito típico falar de Portugal e Castela, mas a coroa dos Áustrias, dos Filipes, não governava para Castela, era todo um império multiterritorial. Se os Áustrias tivessem governado realmente pensando só nos interesses de Castela, Castela não teria ficado tão pobre e arruinada como ficou no fim», acrescentou.

O historiador considera que «nesse contexto, hoje é muito mais fácil não só introduzir Portugal na historiografia espanhola, como é imprescindível para compreender aquela época».
«Sem Portugal, não se pode compreender a história de Espanha. É impossível», rematou.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Coincidências?!

E ainda dizem que não há coincidências...
Não acredito em bruxas, "pero que las hay las hay".

Presidente mexicano desmaia na casa de férias e Berlusconi desmaiou enquanto discursava perante apoiantes.

Vicente Fox sentiu-se mal este domingo, durante um encontro com congressistas no seu rancho de férias.
O presidente do México encontra-se consciente e terá desmaiado durante um encontro com congressistas mexicanos, no seu rancho.

Levado para o hospital, o presidente encontra-se consciente e livre de perigo.

Já Berlusconi desmaiou enquanto discursava perante apoiantes, tendo aparentemente sofrido uma quebra de tensão.
O antigo primeiro-ministro italiano, Sílvio Berlusconi, sentiu-se mal hoje durante um discurso a apoiantes na Toscânia, Norte de Itália. Berlusconi desfaleceu no palco e foi agarrado por apoiantes seus que o impediram de cair no chão.

Um médico assistiu o homem mais rico de Itália no local, e uma porta-voz informou mais tarde que Sílvio Berlusconi, de 70 anos, sentiu-se mal devido ao calor e sofreu uma baixa na tensão arterial. «Ele está muito triste, quer continuar mas o médico não deixa», acrescentou Irene Pivetti.

Empresa portuguesa pinta barcos da marinha de guerra americana

Os barcos da marinha de guerra dos Estados Unidos (US Navy) são pintados com uma tinta única no mundo desenvolvida pela Euronavy, uma pequena e média empresa localizada em Setúbal. Desde a sua fundação que Mário Paiva, presidente da empresa, apostou no mercado internacional e no desenvolvimento de um produto de referência, a tinta ES301, que permitiu à empresa dar o salto para áreas tão exigentes como a naval e o off-shore (plataformas petrolíferas).

A carteira de clientes da Euronavy permite-lhe estar presente nos quatro cantos do mundo. Para além da marinha norte-americana, as tintas da fábrica de Setúbal estão presentes nas plataformas petrolíferas da Petrobras e da Transpetro, no Brasil, da British Petroleum (BP) e da Pemex, no México. A empresa fornece ainda a National Iranian Tanker, companhia de transporte de combustíveis iraniana. Outro cliente de referência é os estaleiros de Singapura, onde são construídos grandes navios e é feita a reparação e transformação naval .

A empresa está ainda a desenvolver projectos no Dubai e no Bahreim, na área petrolífera. Mário Paiva, presidente, disse ao DN que "está a desenvolver contactos com a Sonangol para se posicionar como fornecedor". Na semana passada, venceu um contrato na África do Sul para fornecer os estaleiros da Cidade do Cabo.

Para além da fábrica de Setúbal, os produtos Euronavy são também produzidos sob licença por parceiros nos Estados Unidos, Brasil e China. A empresa possui uma rede de distribuidores a nível mundial, em países como a Alemanha, a Índia e a Coreia do Sul.

A empresa é ainda fornecedora de referência dos caminhos-de-ferro franceses, a SNCF, para a protecção das suas pontes metálicas. Os produtos da Euronavy foram aprovados pela HDW alemã para a pintura dos futuros submarinos da Marinha de Guerra Portuguesa, recentemente adjudicados ao consórcio alemão.

Desde 2001 que a Euronavy criou uma divisão de serviços que lhe permite concorrer directamente às empreitadas lançadas por clientes, que considera decisors em Portugal, como são os casos da Petrogal, EDP, Portucel, Shell e Refer. Desta forma, "a Euronavy introduz no mercado nacional processos e soluções inovadoras". A empresa forneceu produtos para algumas obras emblemáticas, como a reparação dos tanques da refinaria da Petrogal em Sines, e esteve envolvida na pintura da Ponte D. Luís I, no Porto.

Mário Paiva diz que a empresa está em fase de crescimento e que existem projectos para a sua expansão. Recentemente, adquiriu um terreno adjacente à fábrica, num total de 46 mil metros quadrados, destinado à instalação de armazéns e ao alargamento da área industrial. A empresa afecta anualmente 20% da sua facturação para investigação e investimento.

terça-feira, novembro 21, 2006

«O Mistério de Colombo Revelado»

15 anos de investigação científica rigorosa arrasam a versão da historiografia oficial.

«O Mistério de Colombo Revelado» (Edições e Multimédia) é um estudo aturado, com 648 páginas, onde se prova que Colombo não era genovês, mas sim um espião português ao serviço de D. João II.

Publicado em Novembro de 2006, este ensaio de investigação histórica dedicado à vida do «descobridor da América», conhecido em Portugal pelo nome de Cristóvão Colombo, marcará certamente a historiografia colombina.

Conta com o prefácio do escritor e jornalista José Rodrigues dos Santos, autor do romance «O Codex 632», e foi apresentado no dia 27 de Outubro, no auditório Victor de Sá da Universidade Lusófona, em Lisboa, pelo Prof. Doutor José Carlos Calazans, historiador da Expansão Portuguesa.
O co-autor Manuel da Silva Rosa esteve presente no lançamento em Lisboa, tal como na inauguração da estátua a Colon em Cuba.

Alegre apresenta 4ª feira «Dom Duarte e a Democracia»

O socialista Manuel Alegre vai apresentar, na próxima quarta-feira, pelas 19 horas, na Sala Teatro Gymnasium do Centro Comercial Espaço Chiado, na Rua da Misericórdia (em frente do Restaurante Tavares Rico), em Lisboa, uma biografia de D. Duarte, intitulada «Dom Duarte e a Democracia», da autoria de Mendo Castro Henriques, professor na Universidade Católica e dirigente do Instituto de Defesa Nacional, com posfácio de Arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles.

Este livro editado pela Bertrand, integra o testemunho de várias personalidades, como Mário Soares, o Príncipe Eduardo de Inglaterra e o Pascoal Mocumbi, primeiro-ministro de Moçambique.

«Dom Duarte e a Democracia» será igualmente apresentado no Porto, na quinta-feira, pelo presidente do banco Millenium bcp, Paulo Teixeira Pinto.

Camarate dependente de apoio a proposta socialista

O PSD ainda poderá conseguir levar Camarate a julgamento, caso mostre disponibilidade para apoiar a proposta socialista de criação da figura de Procurador Geral especial, para os casos em que as comissões parlamentares de inquérito concluam haver indícios de crime em processos arquivados pelo Ministério Público.
A notícia surge na edição desta terça-feira do jornal Público, que garante que o acordo ainda pode ser alcançado à sombra do Pacto para a Justiça, assinado pelos dois partidos em Setembro, mas as negociações só vão começar agora, depois de ambos os partidos terem anunciado a ruptura.

Ao que o Público apurou, a ideia de tentar reavivar Camarate terá surgido nas negociações ao mais alto nível do Pacto para a Justiça, negociado pelos líderes do PS e PSD e assinado pelos respectivos grupos parlamentares, embora nunca tenha sido trabalhada uma solução concreta no âmbito das reuniões técnico-políticas que envolveram ministro e secretário de Estado da Justiça, coordenador da reforma penal e deputados.

A questão surgiu mais tarde, quando há pouco mais de duas semanas a própria comissão política nacional do PSD sugeriu ao grupo parlamentar que tentasse encontrar uma fórmula jurídica que possibilitasse reabrir o processo de Camarate, no âmbito da revisão dos inquéritos parlamentares.

Isto porque o acidente em que morreram Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros, em 1980, foi investigado numa comissão de inquérito que concluiu pela existência de indícios novos de crime, mas o processo foi encerrado pelo Ministério Público mesmo assim, por supostamente ter prescrito.

Tribunal dá razão ao Grupo dos Amigos de Olivença

Governantes do Estado Espanhol arguidos em processo penal

O Tribunal da Relação de Évora, dando total provimento ao Recurso apresentado pelo GAO, no âmbito do Processo Penal que corre na Comarca de Elvas relativo às obras ilegais efectuadas na Ponte de Nossa Senhora da Ajuda, determinou que o Tribunal Judicial de Elvas realizasse a Instrução Penal naqueles autos, devendo ser constituídos arguidos os representantes do Governo Espanhol (Ministro do Fomento, Director General de Carreteras e Sub-director General de Arquitectura), os Administradores da Sociedade Freyssinet, SA, e os Presidentes do Instituto Português do Património Arquitectónico e da Câmara Municipal de Elvas.
Oportunamente, o GAO participou das referidas entidades pela prática de crimes públicos de dano (quanto aos governantes espanhóis e aos administradores da empresa empreiteira) e de denegação de justiça (quanto aos titulares das instituições portuguesas), ilícitos cometidos com a intervenção clandestina e ilegal no indicado Imóvel de Interesse Público - a Ponte de Nossa Senhora da Ajuda, situada entre Elvas e Olivença – em Março de 2003, tendo-se constituído Assistente nos autos.
Em acórdão claro e impressivo, o Tribunal da Relação de Évora decidiu agora, «concedendo provimento ao recurso, revogar o despacho recorrido, que deverá ser substituído por outro que admita o requerimento para abertura de instrução formulado, não ocorrendo fundamento legal impeditivo».
O GAO, congratulando-se com o Acórdão ora proferido, aguarda com muita expectativa o desenvolvimento do processo penal - que, como Assistente, continuará a acompanhar - confiando que, naturalmente, não deixará de ser apurada a responsabilidade das entidades arguidas, designadamente a dos representantes do Governo Espanhol.

sexta-feira, novembro 17, 2006

Vitória e grande oportunidade para o Português!

Foi hoje aprovada, pelo Parlamento Europeu, em Estrasburgo, por 537 votos a favor, 50 contra e 59 abstenções, uma resolução sobre o novo quadro estratégico para o multilinguismo, as quais assumem particular relevância para a língua portuguesa:

E. Considerando que algumas línguas europeias são também faladas em muitos outros países terceiros e constituem um importante elo entre os povos e nações de diferentes regiões do mundo,

F. Considerando que algumas línguas europeias se prestam particularmente ao estabelecimento de uma comunicação directa com outras regiões do mundo;

3. Reconhece a importância estratégica das línguas europeias de comunicação universal como veículo de comunicação e como forma de solidariedade, cooperação e investimento económico e, por conseguinte, como uma das principais directrizes da política europeia em matéria de multilinguismo;

Já em 8 de Abril de 2003, foi aprovado um texto que se reconhece que "a língua portuguesa é, em número de falantes, a terceira língua europeia de comunicação universal.".

Em virtude da aprovação daqueles novos considerandos e parágrafo, o Parlamento Europeu afirma que a Europa não pode fechar-se sobre si própria, mas deve atender ao resto do mundo e à capacidade de comunicar à escala global. E que algumas línguas são ferramentas preciosas nesse sentido.

Está, assim, assegurado maior equilíbrio e sentido estratégico a este importante documento, valorizando devidamente as línguas que, como o português, têm grande difusão a nível global.

Recorda-se que o inglês é a língua oficial de 350 milhões de pessoas. Para 280 milhões, o espanhol. Para 230 milhões, o português. E para 125 milhões, o francês. Estes números e a dispersão geográfica dos falantes tornam clara a importância das línguas europeias que têm uma projecção global, e, por isso, a capacidade para manter e aprofundar relações e contactos directos, sem mediação, com outras partes do mundo.

Tratou-se, por isso, de uma grande vitória para a Língua Portuguesa que fica assim com caminho aberto para ver plenamente valorizada a sua importância a nível global.

Fica aberta a porta para que possa ser exigida maior promoção activa do ensino e aprendizagem das línguas, como o português, que têm esse potencial e que devem ser promovidas na UE como segunda, terceira ou quarta línguas de aprendizagem.

E abre-se, também, outro caminho de entendimento renovado para a política de cooperação da UE: a de que também se faz em Português. Quando estiver em causa a cooperação no espaço lusófono, é inequívoco que essa é cooperação não é apenas portuguesa, mas também uma cooperação de toda a Europa, falada em Português.

quinta-feira, novembro 16, 2006

A casa mais antiga de Los Angeles é portuguesa!



A casa mais antiga de Los Angeles, construída em e ainda hoje existente, foi construída por António José Rocha, um português que estava embarcado na escuna Columbia e que fugiu para terra no Verão de 1815. Estava entre os 11 desertores deste barco, sendo que todos foram detidos menos ele.

Não resisto a citar:
"Rocha fled south to Los Angeles where he was accepted by the citizens and became the first foreigner to reside there. He started a blacksmith business and soon built a fine adobe house in town. His spacious home was situated on west side of Spring Street between Temple and 1st Streets. This site is now the parking lot of the Criminal Courts Building. It was at this house that he entertained explorer James Ohio Pattie in 1828. In 1855, the City and County of Los Angeles acquired this adobe for use as a meeting place for the city council and the county board of supervisors. It also served as a courthouse, sheriff's office and a jail, which was added to the rear of the structure. Furthermore, the former Rocha town house had the distinction of being Los Angeles' first city hall.



Rocha became one of the most respected residents of the pueblo and was naturalized as a Mexican citizen in 1831. In 1836, a forty-five year old Rocha moved to Santa Barbara where he lived with his wife, Josefa Alvarado, and their five children. Between 1828 and 1831, Rocha built a single story "L" shaped adobe hacienda at the southwest quadrant of Rancho La Brea. The original roof of this adobe was flat and there is little doubt that pitch from the tar geysers located less than a mile to the south was used to cover it. Although Rocha built this beautiful home on his rancho, he may have never lived there. He preferred his larger house in town, as did many other rancheros. Adobes were built on ranchos to comply with the Mexican law to have a structure built upon a given property within a year of its granting. These rancho adobes were usually occupied by the mayordomos (ranch managers)."


Portugal sem fim.

quarta-feira, novembro 15, 2006

Nevoeiro impede Cavaco de assistir a exercício «Lusíada 06»

"Nevoeiro"...
Simplesmente ridículo e exemplificativo do estado das nossas Forças Armadas. E o senhor Presidente não se podia constipar!

"A participação do Presidente da República, Cavaco Silva, e do ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, no exercício «Lusíada 06», a decorrer em S. Jacinto, Ovar, foi cancelada em resultado do nevoeiro cerrado que esta manhã se abateu sobre Lisboa.

As condições meteorológicas impediram a descolagem do avião militar P3 Orion que deveria transportar o Chefe de Estado e a comitiva presidencial do aeroporto militar de Figo Maduro, em Lisboa, para o Aeródromo de Manobra Nº1, em Ovar.

No «Lusíada 06», que teve início a 06 de Novembro e termina quarta-feira, participam cerca de 1.260 militares dos três ramos das Forças Armadas.

O exercício, que decorre num país fictício denominado «Zululand», visa testar a resposta da Força de Reacção Imediata (FRI) numa operação de recolha de cidadãos em cenário de instabilidade, sob o comando operacional do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante Mendes Cabeçadas.

Durante a visita, o Chefe de Estado (por inerência Comandante Supremo das Forças Armadas) deveria visitar a área militar de São Jacinto, os postos de comando da FRI e as componentes terrestre e aérea do exercício, bem como assistir a uma operação de evacuação de cidadãos não-combatentes.

No exercício participam, pela Marinha, cinco navios, uma companhia de fuzileiros, um grupo de combate de acções especiais, uma equipa de mergulhadores sapadores e pessoal técnico do Instituto Hidrográfico.

O Exército português emprega uma companhia de páraquedistas da Brigada de Reacção Rápida, militares do Centro de Instrução de Operações Especiais, um grupo de militares do Regimento de Engenharia nº 3 e pessoal técnico da Escola Prática de Artilharia e do Instituto Geográfico do Exército.

A Força Aérea Portuguesa disponibiliza o Aeródromo de Manobra nº1 em Ovar e 12 aeronaves, entre as quais um C-130, seis F-16, e dois helicópteros Alouette III."

terça-feira, novembro 14, 2006

Coimbra

Reeleito presidente luso-canadiano no Ontário

Câmara de Kingsville
Reeleito presidente luso-canadiano no Ontário
Nelson Santos foi reeleito presidente da Câmara da cidade de Kingsville, província de Ontário, Canadá, nas eleições realizadas segunda-feira

Apesar das várias candidaturas, muitos luso-canadianos não conseguiram subir à vereação nos municípios da província do Ontário, perdendo-se designadamente a presença de origem portuguesa da Câmara de Toronto.

Porém, foram vários os casos em que gestores escolares (trustees) lusos consolidaram as posições.

Momentos após o apuramento dos resultados finais em Kingsville, já durante a noite de segunda-feira (madrugada de terça-feira em Portugal), Nelson Santos manifestou à Lusa grande satisfação pela reeleição, indicando ter obtido «61 por cento da votação total», apesar de ter concorrido contra o seu antecessor, que este ano voltou a recandidatar-se.

«Foi uma campanha dura. Tivemos que abordar os principais temas para o desenvolvimento desta cidade, onde queremos dar mais qualidade de vida às pessoas», enalteceu.

Entre as prioridades para o próximo mandato de quatro anos, Nelson Santos enunciou a continuação do investimento em infra-estruturas, assim como dar atenção às zonas de praia e frente ao mar.

Nascido no Canadá e filho de portugueses da região de Fátima, Nelson Santos, 36 anos, é o único presidente de origem lusa numa câmara no Ontário: Kingsville, a qual conta com cerca de 19 mil habitantes.

Em Toronto, a presença de origem portuguesa foi assegurada na comissão directiva das escolas públicas de ensino em inglês (Toronto District School Board - TDSB), tendo Maria Rodrigues sido reeleita por Davenport com 44 por cento.

Neste bairro bem português da cidade de Toronto, confimou-se a preferência pelos três candidatos luso-canadianos, todos terminando à frente de concorrentes de origem hispânica.

A mais directa opositora de Maria Rodrigues, a luso- canadiana Nellie Pedro quedou-se pelos 31,1 por cento, enquanto John Costa foi o terceiro posicionado, com 18,5 por cento do total dos votos.

Na sua área de influência, a TDSB (a maior comissão directiva escolar do Canadá) tem 558 escolas frequentadas por mais de 280 mil alunos, gerindo um orçamento anual de 2,4 mil milhões de dólares canadianos (1,6 mil milhões de euros).

Nas eleições para a Câmara de Toronto - que, além do presidente de Câmara, elegem 44 vereadores de câmara e os gestores das quatro comissões escolares - Paul Ferreira não conseguiu ser eleito vereador, apesar de ser o segundo mais votado no seu bairro eleitoral de York South-Weston, com 36,3 por cento.

Também Peter Ferreira, presidente do Congresso Nacional Luso-Canadiano e do Conselho Etno-cultural Canadiano, não conseguiu o lugar de vereador na câmara de Mississauga (grande cidade na Área da Grande Toronto), obtendo 35,14 por cento dos votos, ficando no seu bairro eleitoral atrás da já actual titular do cargo, reconduzida nestas eleições.

Em outros distritos eleitorais, aguardava-se a vitória previsível de Manuel da Silva em Cambrigde para "trustee" da comissão directiva das escolas católicas de Waterloo.

Por sua vez, Eduardo Viana permanece o mais antigo trustee de origem portuguesa no Canadá, tendo registado uma reeleição incontestada para a comissão directiva das escolas católicas de Halton-Oakville.

Embora candidato à mesma comissão escolar, o advogado açoriano Paul de Melo não conseguiu nestas eleições os votos necessários para se juntar a Eduardo Viana.

Nestas eleições duas câmaras estavam sob grandes atenções - Toronto (capital da província) e Otava (capital do país).

O actual edil de Toronto, David Miller, não teve opositores à altura, atingindo 57 por cento, mas em Otava, Bob Chiarelli, presidente de câmara, foi notoriamente «chumbado» pelo eleitorado, ficando no terceiro posto das preferências.

A celebrar a vitória em Otava está Larry O'Brien, que tomará posse a 1 de Dezembro como o novo presidente de câmara, tendo nesta eleições sido segundo o candidato Alex Munter.

A viabilidade da Madeira (1)

Álvaro Santos Pereira
Universidade de York

Uma das questões mais controversas dos últimos tempos foi a ameaça implícita do presidente regional da Madeira de que os fantasmas separatistas seriam reavivados pela alegada afronta do Governo central, que ameaçou cortar as transferências fiscais para a região autónoma.

De certa forma, a controvérsia não é nova. Porém, o recurso ao trunfo independentista pode alterar por completo a relação entre o Continente e a Madeira. É óbvio que uma hipotética declaração de independência madeirense teria de ser aprovada pelos órgãos de soberania e pelas respectivas populações, provavelmente em referendo. Como não existem grandes estudos de opinião sobre o tema, é difícil vaticinar o resultado de tal inquérito. Mesmo assim, já que o argumento independentista foi usado, interessa analisar se uma Madeira independente é viável economicamente. Vejamos então o que os números nos indicam.

A Madeira tem actualmente cerca de 245 mil habitantes. Aproximadamente 82% de todos os trabalhadores estão no sector terciário, 16% no sector secundário e menos de 3% no primário. A nível do rendimento per capita, a Madeira tem sido a região do País que mais progresso registou nos últimos anos. Segundo o INE, se em 1995 o rendimento de um madeirense médio era cerca 95% de um português médio, em 2005 um madeirense possuía já 12% do rendimento médio continental.

A nível europeu, o progresso do rendimento madeirense foi igualmente apreciável. Enquanto Portugal continental quase não convergiu com a UE-15 a partir dos finais dos anos 90, a Madeira aumentou o seu rendimento per capita de 63% do rendimento europeu em 1995 para 82% em 2003. Ora, grande parte da celeuma actual é exactamente relacionada com o desenvolvimento económico da região autónoma.

De facto, a Madeira está a ser vítima do seu próprio sucesso. Como os fundos estruturais afluem maioritariamente para as regiões com menos de 75% do rendimento per capita europeu, a Madeira verá automaticamente diminuir de forma drástica os generosos subsídios que a sua posição ultraperiférica e o seu baixo rendimento lhe concediam.

Para agravar a situação do governo madeirense, o Governo central ameaça agora cortar seriamente as transferências fiscais para a região autónoma, com o argumento de que o governo regional violou os preceitos da legislação do OE 2005. Ou seja, o governo regional da Madeira vê-se a braços com uma situação provavelmente insustentável a nível fiscal. É por isso que a carta separatista foi apresentada agora com mais vigor. No próximo artigo veremos se esta carta independentista tem pernas para andar, isto é, se é viável para a Madeira tornar-se financeira e economicamente independente de Portugal continental. A resposta talvez seja surpreendente.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Pilhéria

Carta atribuída a Pina Manique, antes de ser promovido a Intendente Geral do Reino, ao Duque de Cadaval, Corregedor Mor do Reino e, presumo, então seu superior:

"Exmo. Sr. Duque de Cadaval:

Se meu nascimento, embora humilde, mas tão digno e honrado como o da mais alta nobreza, me coloca em circunstância de V. Excia. me tratar por TU,
- Caguei para mim que nada valho.

Se o alto cargo que exerço, de Corregedor da Justiça do Reino em Santarém, permite a V. Excia., Corregedor Mor da Justiça do Reino, tratar-me acintosamente por TU,
- Caguei para o cargo.

Mas, se nem uma nem outra coisa consente semelhante linguagem, peço a V. Excia. que me informe com brevidade sobre estas particularidades, pois quero saber ao certo se
- devo ou não Cagar para V. Excia.

Santarém, 22 de outubro de 1795
PINA MANIQUE
Corregedor de Santarém "

Conselho da Europa recusa independência da Ossétia do Sul

A pequena região da Ossétia do Sul votou em referendo, este domingo, a separação da Geórgia, mas o Conselho da Europa não reconhece o resultado da votação.

Em causa está a exclusão dos cidadãos de etnia georgiana da participação no referendo de domingo, que terá dado o «sim» à independência da Ossétia do Sul.

O secretário-geral do Conselho da Europa afirma que a votação foi «desnecessária, inútil e injusta». Terry Davis diz que os resultados do referendo «não serão reconhecidos pela comunidade internacional».

A Ossétia do Sul é uma pequena região de 70 mil habitantes, localizada na antiga república soviética da Geórgia. Os ossetas lutam pela independência desde 1990 e controlam a maior parte do território.

A Rússia, que viu as suas relações com a Geórgia degradarem-se nos últimos anos, tem prestado apoio logístico e militar aos ossetas, mas ainda não emitiu uma declaração acerca do referendo de domingo.

Ossétia do Sul, Abecássia e Adjária são três regiões da Geórgia com pretensões independentistas, apoiadas por Moscovo. Enquanto a Adjária aproximou-se de Tbilissi em 2005, na Abecássia e na Ossétia do Sul a situação continua tensa e, frequentemente, degenera em confrontos armados.

quinta-feira, novembro 09, 2006

Índice Mundial de Desenvolvimento Humano 2006

A Noruega continua a liderar a tabela do índice mundial de desenvolvimento humano 2006 e o Níger mantém-se no último e 177º lugar, enquanto Portugal desceu uma posição em relação ao ano passado, ocupando agora o 28º lugar.

1 Noruega
2 Islândia
3 Austrália
4 Irlanda
5 Suécia
6 Canadá
7 Japão
8 Estados Unidos
9 Suiça
10 Holanda
11 Finlândia
12 Luxemburgo
13 Bélgica
14 Áustria
15 Dinamarca
16 França
17 Itália
18 Reino Unido
19 Espanha
20 Nova Zelândia
21 Alemanha
22 Hong Kong, China
23 Israel
24 Grécia
25 Singapura
26 Coreia, Rep. da
27 Eslovénia
28 Portugal
29 Chipre

BES considera ter sido vítima de um "equívoco"

Em conferência de Imprensa realizada, ontem, em Lisboa, o presidente da Comissão Executiva do BES, Ricardo Salgado, esclareceu que a "alegada operação de investimento de 500 milhões de euros em que se fundou a investigação nunca se concretizou", considerando que tudo não passou de um "equívoco" e de uma investigação "desadequada".


Tendo em conta que o montante total fiscalizado pelas autoridades espanholas supera 1,8 mil milhões de euros, dos quais apenas 0,4% são relativos a contas do BES, a entidade bancária" considera inusitado que na investigação seja dado relevo e tamanha publicidade à relação dessas entidades com o BES e, ao mesmo tempo, não seja revelado o paradeiro dos restantes 99,6% do total bloqueado". O Banco Espírito Santo ficou indignado pela conotação "indevida e injustificada" com uma alegada fraude fiscal e operação de branqueamento de capitais.


O presidente do Banco Espírito Santo (BES) gostaria "de ter em Espanha o mesmo acolhimento que os bancos espanhóis tiveram em Portugal". Com esta ideia, Ricardo Salgado manifestou ontem a sua "indignação" perante a acção das autoridade espanholas no âmbito das investigações por alegado branqueamento de capitais que, na última quinta-feira, obrigaram ao encerramento da sede do banco em Madrid.


(Será só por ser um Banco Português em Espanha. Não me admirava. Atentem ao número 0,4% do total investigado.)

Timor-Leste: Mari Alkatiri em Lisboa para exames médicos!

O ex-primeiro-ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri, deixou Díli, na quarta-feira, com destino a Lisboa, com o objectivo de realizar exames médicos!
Fazendo um comentário mais jucozo: não sabia que o estado da saúde em Portugal era assim tão bom…

A informação foi avançada por fonte do gabinete do primeiro-ministro, José Ramos Horta, e surge na edição desta quinta-feira do Correio da Manhã.

Ainda segundo a mesma fonte, Alkatiri deverá regressar a Timor-Leste «no final do mês».
Ora, tal como com Nino Vieira, que pediu asilo político a Portugal, adivinha-se agora uma situação similar. Alkatiri, fugiria assim ao processo judicial que se adivinha...

O ex-primeiro-ministro desloca-se a Portugal numa altura em que continua a ser investigado pelo Ministério Público timorense sobre um possível envolvimento na crise de Abril e numa eventual distribuição de armas a civis.
Convém relembrar que Portugal perdeu para a Austrália, ao tomar o partido de Alkatiri, ao invés de apoiar Xanana (pró-Austrália) aquando dos recentes tumultos em Díli. Chegou a hora de Alkatiri cobrar.

Aguardemos pela reacção oficial do Palácio das Necessidades.

Recuperação da figura de Estaline feita no PCP

O antigo dirigente comunista Carlos Brito denunciou a proliferação de jovens da JCP "a proclamarem-se estalinistas" e "alguns dirigentes do partido que gostam de ser considerados como tal". "Até o Avante!, pela pena de alguns responsáveis, tem inserido peças reabilitadoras de Estaline", criticou Brito, que falava na noite de terça-feira durante um debate organizado na Biblioteca do Museu República e Resistência, em Lisboa, por iniciativa da Renovação Comunista, finalmente com existência jurídica reconhecida.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Saloio

O Presidente da República já nos vem habituando ao mau-gosto dos seus discursos.
Contudo, na recente Cimeira Ibero-Americana, alcançou um novo patamar da asneira.

Agora, desatou a discursar em portunhol para os chefes de estado e de governo presentes em Montevideu, dizendo "Cumbre", em vez de "Cimeira", ou "democrácia", em vez de "democracia", ou ainda "el año 2008", num contínuo chorrilho de disparates.
Ainda teve tempo para apelidar a capital uruguaia de "Monteviseu" [monte (algum algarvio, de certeza)+Viseu (antiga capital do Cavaquistão, durante o seu mandato como primeiro-ministro)].

É de rir até às lágrimas perante tão acérrima defesa da Nação.
Falta de chá...

quinta-feira, novembro 02, 2006

Ainda há Pastores?

Parabéns Jorge Pelicano pelo pedaço de um Portugal já esquecido


A presença portuguesa no mundo

Phillip Rapoza, de 56 anos, foi, há poucos dias, empossado Juiz presidente do Tribunal de Recursos do Estado de Massachusetts. Tornou-se, assim, o segundo juiz mais poderoso deste estado de 6.4 milhões de habitantes.
Formado em Yale, é bisneto de uma açoreana que saiu de S. Miguel em 1886 e foi de barco para a América.
Merece amplo destaque, por ter orgulho nas suas raizes lusitanas, e por no seu discurso de posse, em Boston, ter afirmado: "os portugueses são um dos fios com que se tece a tapeçaria americana e eu orgulho-me de ser um deles".
O Juiz Rapoza, que já foi homenageado pelo Estado Português (às vezes acertam...), deverá manter-se no cargo até 2020, ano em que se reformará.
Mais uma lança em África.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Uma nova ditadura

Paulo Pereira, de Almeida, Professor do ISCTE, e investigador

Segundo os dados mais recentes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o salário médio em Portugal é hoje metade do salário da Grécia - $645 no nosso país e $1167 no país de Atenas - mas o custo médio de vida é inferior para os gregos. Além disso, o indicador de desigualdade social (o chamado índice de Gini que a CIA utiliza como referência nos seus relatórios) coloca Portugal em 27º, abaixo da Grécia (em 24º) e muito abaixo da Espanha (em 21º), transformando o nosso País no Estado Social mais desigualitário da Europa dos 12 (a que pertencemos, recorde-se, desde 1986; há 20 anos, portanto).

É que Portugal - apesar de pequeno - não tem de estar condenado a viver pelos
mínimos, transformando-se numa sociedade onde a classe média não existe e a
pobreza se sente ao virar da esquina.

"Há que saber resistir quando queremos fazer valer a inteligência, o talento e a liberdade de expressão". Tatiana Lobo (1939),

escritora costa-riquenha.