quarta-feira, junho 30, 2010

Guiné-Bissau "luta" para ser considerada um país lusófono

A Guiné-Bissau está a “lutar” para que a organização da Expo 2010 a considere um país lusófono e troque a inscrição “Republique du Guinee-Bissau” que tem na entrada do espaço.

A área integrada no pavilhão africano, que junta diversos países que têm stands em vez de pavilhões próprios, foi preparada pela organização chinesa.
Quando chegámos tivemos que fazer várias alterações no espaço e ainda por cima pensaram que éramos um país francófono”, explicou Francisca Vaz Turpin, comissária-geral de Guiné-Bissau, à Agência Lusa.
Passados quase dois meses, a inscrição em francês continua a figurar nas paredes exteriores do stand, apesar das reclamações que a comissária diz ter feito, mas até agora “sem resultado”.

Eu tenho lutado mas nada”, refere Vaz Turpin, que vai mesmo mais longe e considera que o português devia estar lado a lado com as línguas oficiais da exposição universal.
Toda a documentação que troco com a organização da Expo tem que estar escrita em francês”, sendo que as alternativas seriam “o inglês ou chinês”.
Sentimos falta de uma presença mais forte do português”, lamenta.

Estelle Wei, supervisora do pavilhão africano da expo 2010, lamentou à o erro e garantiu que a inscrição da Guiné-Bissau em francês seria trocada pela correcta, em português, rapidamente.
Trabalhamos com muitas subempreitadas para executar todos os trabalhos necessários. Lamentamos o sucedido neste caso, mas será a situação será corrigida o mais rápido possível”, destacou.

A Guiné-Bissau é um dos oito países de língua portuguesa que participam na Expo 2010.
Portugal, Brasil e Angola têm pavilhões próprios nas áreas dos respetivos continentes; Cabo Verde, Moçambique e Guiné-Bissau apresentam-se em stands dentro do pavilhão africano, que reúne diversas nações do continente.
Timor Leste tem o seu espaço aberto ao público na zona da Ásia.

A Expo 2010, dedicada ao tema “Better City, Better Life” (Melhores Cidades, Maior Qualidade de Vida), decorre de 1 de maio a 31 de outubro numa área de 528 hectares (dez vezes a Expo 98, em Lisboa).
Com a utilização ilegal da goldenshare do Estado português na assembleia-geral da PT, estão criadas as condições para uma batalha que acabará dia 8 de Julho, com a mais que certa decisão das instâncias europeias definindo a goldensghare portuguesa como uma aberração.

A utilização em desespero da goldenshare mostrou que o tão falado núcleo duro português, supostamente garantidor dos interesses de todos nós portugueses, não resistiu à natural mais-valia que resultaria da proposta da Telefonica.

Resultam também dois cenários: a Vivo vai ser alienada mais mês menos mês (os acionistas vão vender) ou a PT sofre uma OPA posterior ao fim da goldenshare e é vendida às postas aos espanhóis.

Não há, nem podia haver, qualquer noção de interesse nacional. Há, sim, o interesse económico habitual em operações deste calibre.
Tudo demonstrativo da real dimensão das maiores empresas do país, que são grandes neste pequeno rectângulo, pequenas à escala europeia e ainda mais pequenas à escala mundial.
Vou assistir de bancada às futuras declarações do primeiro-minsitro sobre o mais que provável cenário de perder a Vivo, ou em alternativa perder a PT.

PT/Telefónica: "A parvoíce colonial ainda não morreu" em Portugal, diz FT

O veto do Governo português à proposta da Telefónica já está a provocar reacções na imprensa internacional. O Financial Times garante, num artigo de opinião, que "a parvoíce colonial ainda não morreu".

De acordo com o jornal, o Governo português recorreu a um instrumento "anacrónico" e corre o risco de se tornar "obsoleto" para impedir esta operação. Ao mesmo tempo, não respeitou a vontade dos accionistas que aceitaram a oferta da empresa espanhola no valor de 7,15 mil milhões de euros.

A justificação dada pelo Governo "de que o negócio era mau para a PT e para Portugal" não convence o jornal, que a considera "péssima".
"As golden shares são normalmente utilizadas para proteger as empresas estrangeiras de aquisição, não interfere com as suas filiais no exterior".

Repatriamento de portugueses para com fim à vista

Supremo Tribunal (ST) norte-americano proíbe que imigrantes condenados por pequenos delitos sejam expulsos de imediato do país.

Há uma "luz ao fundo do túnel" para o problema dos portugueses repatriados pelos Estados Unidos para os Açores. Pela primeira vez, o ST dos EUA decretou que os imigrantes legais, condenados por crimes menores envolvendo drogas, não poderão ser automaticamente deportados para os países de origem, sem ter em consideração o seu tempo de residência em território norte-americano e o aspecto da constituição familiar.

Ao decidir assim, o ST acabou por colocar em causa a Lei Federal de Imigração, aprovada em 1996 pelo Congresso, que estabelece que os imigrantes legais que não tenham cidadania americana podem ser deportados por pequenos delitos. Mais de mil açorianos que praticaram crimes menores foram enviados de volta ao arquipélago nos últimos 14 anos.
Todos os anos, os Açores recebem de 50 a 60 repatriados, que muitas vezes não sabem falar português, sem família a acompanhá-los na partida e a recebê-los à chegada, nem garantia de casa ou emprego. De acordo com a Human Rights Watch, a Organização Não Governamental americana que actua na área dos direitos humanos, 70% das deportações para os Açores devem-se a delitos associados a roubos e posse de droga, precisamente aqueles abarcados pela sentença.
A decisão inédita de 14 de Junho, vem dar esperança a milhares de imigrantes legais açorianos, que se concentram sobretudo em cidades de Nova Inglaterra como Fall River e Providence, de virem a receber tratamento igual. É o que pensa Paulo Fontes, coordenador do Centro de Acolhimento Temporário e de Emergência em Ponta Delgada, que assegura o apoio a cidadãos repatriados, entre outras classes desfavorecidas da sociedade.
"É excelente a decisão do Supremo dos EUA. Foi uma oportunidade na Justiça norte-americana que abriu uma brecha no sistema e permitirá haver menos repatriamentos", acentua o sociólogo, para quem a nova situação irá beneficiar, em primeira linha, as próprias pessoas que enfrentam esse risco e suas famílias.
Mas o menor fluxo de deportados para o arquipélago irá reduzir também o impacto social negativo que a sua chegada aos Açores gera junto da comunidade de acolhimento, além de que os técnicos encarregados de fazer o seu acompanhamento terão "menos pessoas para inserir".

"Setenta por cento dos deportados vêm para as ilhas por crimes menores, o que vem ajudar a tirar o estigma tão pesado que sobre eles recai." Uma "janela" de esperança também sustentada pelo facto de os democratas americanos terem apresentado uma proposta de lei na Câmara dos Representantes e que aguarda aprovação pelo Senado dos EUA, com o objectivo de "perdoar" os imigrantes legais que, não tendo a cidadania norte-americana mas estejam bem integrados no país, cometam crimes pouco graves.

Sobre o assunto, o cônsul dos EUA é cauteloso. Diz que é "difícil dizer se estas pessoas ficarão junto das suas famílias, porque cada caso é diferente dos outros".

terça-feira, junho 29, 2010

"Este país não é para corruptos"

Por Ricardo Araújo Pereira

Em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer
Quinta-feira, 29 de Abril de 2010

Portugal é um país em salmoura. Ora aqui está um lindo decassílabo que só por distracção dos nossos poetas não integra um soneto que cante o nosso país como ele merece. "Vós sois o sal da terra", disse Jesus dos pregadores. Na altura de Cristo não era ainda conhecido o efeito do sal na hipertensão, e portanto foi com o sal que o Messias comparou os pregadores quando quis dizer que eles impediam a corrupção. Se há 2 mil anos os médicos soubessem o que sabem hoje, talvez Jesus tivesse dito que os pregadores eram a arca frigorífica da terra, ou a pasteurização da terra. Mas, por muito que hoje lamentemos que a palavra "pasteurização" não conste do Novo Testamento, a referência ao sal como obstáculo à corrupção é, para os portugueses do ano 2010, muito mais feliz. E isto porque, como já deixei dito atrás com alguma elevação estilística, Portugal é um país em salmoura: aqui não entra a corrupção - e a verdade é que andamos todos hipertensos.

Que Portugal é um país livre de corrupção sabe toda a gente que tenha lido a notícia da absolvição de Domingos Névoa. O tribunal deu como provado que o arguido tinha oferecido 200 mil euros para que um titular de cargo político lhe fizesse um favor, mas absolveu-o por considerar que o político não tinha os poderes necessários para responder ao pedido. Ou seja, foi oferecido um suborno, mas a um destinatário inadequado. E, para o tribunal, quem tenta corromper a pessoa errada não é corrupto - é só parvo. A sentença, infelizmente, não esclarece se o raciocínio é válido para outros crimes: se, por exemplo, quem tenta assassinar a pessoa errada não é assassino, mas apenas incompetente; ou se quem tenta assaltar o banco errado não é ladrão, mas sim distraído. Neste último caso a prática de irregularidades é extraordinariamente difícil, uma vez que mesmo quem assalta o banco certo só é ladrão se não for administrador.

O hipotético suborno de Domingos Névoa estava ferido de irregularidade, e por isso não podia aspirar a receber o nobre título de suborno. O que se passou foi, no fundo, uma ilegalidade ilegal. O que, surpreendentemente, é legal. Significa isto que, em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer. É preciso saber fazer as coisas bem feitas e seguir a tramitação apropriada. Não é acto que se pratique à balda, caso contrário o tribunal rejeita as pretensões do candidato. "Tenha paciência", dizem os juízes. "Tente outra vez. Isto não é corrupção que se apresente."

Espanha: Catalães convocam manif contra sentença do TC

A quase totalidade dos partidos catalães, sindicatos e entidades sociais convocaram hoje uma manifestação para o próximo dia 10 de julho em protesto contra a decisão do Tribunal Constitucional sobre o Estatuto da Catalunha.

Na convocatória conjunta, as entidades que participam no protesto consideram que a sentença é uma «agressão contra o povo catalão» pelo que a manifestação decorrerá sob o lema: "Nós é que decidimos. Somos uma nação".

O protesto é apoiado por praticamente todos os partidos da Catalunha, com excepção do PP e do grupo Ciutatans.

Guiné-Bissau: Nomeação chefe das FA levanta dúvidas na ONU

A nomeação de António Indjai como líder das Forças Armadas da Guiné-Bissau surpreendeu elementos da Comissão da ONU para a Consolidação da Paz no país, e veio levantar dúvidas sobre a independência do Governo face ao poder militar.
"É uma decisão soberana da Guiné-Bissau, mas, por outro lado, é uma demonstração clara de que o Governo civil não tem toda a independência para fazer o que bem entende", afirmou fonte diplomática da Comissão.

Duas semanas depois da intervenção militar de 1 de abril, a Comissão chefiada pela embaixadora brasileira junto das Nações Unidas escreveu ao ministro dos Negócios Estrangeiros guineense, pedindo que o novo chefe de Estado maior fosse alguém que não estivesse ligado à sublevação, mas António Indjai foi o protagonista daquela intervenção.

[Depois da simpática missiva da senhora embaixadora a resposta foi: "... e a caravana passa".]

Acordo ortográfico chega às escolas em 2011

Editores e livreiros aguardam uma palavra da ministra para aplicarem nova grafia aos manuais.
Os manuais redigidos segundo as normas do novo acordo ortográfico vão chegar às escolas no ano lectivo de 2011-2012.

A garantia foi dada por uma das assessoras de imprensa do Ministério da Educação, que admitiu, no entanto, que a adaptação dos livros escolares possa vir a ser feita faseadamente, não incidindo de imediato sobre os manuais relativos a todos os níveis de escolaridade.

A concretização deste plano pressupõe, no entanto, que o Ministério da Cultura, que tem vindo a coordenar a aplicação do Acordo Ortográfico em Portugal, anuncie a data em que este entrará em vigor e aprove o vocabulário que irá ser reconhecido como norma para o português europeu.

Paredes, a primeira cidade sustentável da Europa

A Cisco Systems e a empresa especializada em tecnologia urbana Living PlanIT vão desenvolver a primeira cidade sustentável e inteligente da Europa, em Paredes, no distrito do Porto.

O mega-projeto representa um investimento global de 10 mil milhões de euros e implicará o recrutamento de “vários milhares de postos de trabalho”, de acordo com a informação avançada pelas empresas.

A parceria estratégica entre a Cisco e a Living PlanIT será assinada na segunda feira, numa cerimónia em Paredes, durante a qual serão divulgados pormenores do projeto a desenvolver em Paredes.
As empresas estimam captar cerca de 12.000 parceiros empresariais de todo o mundo para a cidade inteligente.

Lisboa está mais barata para quem tem dólares (é a 72ª cidade mais cara do mundo)

Arrendar um T2 de luxo é mais caro em Lisboa do que em Roma, Amesterdão, Bruxelas ou Madrid. O que não faz da capital portuguesa uma das cidades mais caras para habitar. Lisboa aparece este ano em 72º lugar entre 214 cidades no estudo "Cost of Living Survey", da Mercer.

Em 2009, a capital surgia na 64ª posição entre 143 cidades. Sem permitir efectuar comparações precisas, há uma percepção lógica que fica do estudo: Lisboa está mais barata para quem tem dólares.

Luanda é a cidade mais cara do mundo. Tóquio está na 2ª posição e Ndjamena em 3º lugar, seguida por Moscovo e Genebra. O “top ten” inclui três cidades africanas, três asiáticas e quatro europeias. Karachi, a capital financeira do Paquistão e uma das cidades mais populosas do mundo (18,5 milhões de habitantes) ocupa o último lugar da tabela. Em média, Luanda é três vezes mais cara que a antiga capital Paquistanesa.

O estudo da Mercer cobre 214 cidades (eram 143 em 2009) de todos os continentes e mede o custo comparativo de mais de 200 produtos representativos dos padrões de consumo dos executivos expatriados, incluindo habitação, transportes, alimentação, vestuário, bens domésticos e entretenimento.
É o estudo de custo de vida mais abrangente a nível mundial, e tem por objectivo ajudar os governos e as empresas multinacionais a determinarem os processos de remuneração a atribuir nos processos de transferência de empregados para projectos internacionais. O custo de alojamento, normalmente a despesa com maior relevância para os expatriados, tem um peso importante na determinação da posição das cidades no ranking.

O alojamento na capital angolana triplica em relação a Lisboa e duplica quando comparado com Tóquio. Outro dos preços comparativos utilizados neste estudo é o preço de uma refeição fast food com hambúrguer. Em Lisboa, o menu completo fica pelos 4.65 euros, mais caro que em Londres (4.53 euros) e Pequim (2.51 euros), mas muito mais barato que os 12.7 euros que custa esta refeição em Luanda.

Monte Adriano vai construir três barragens em Cabo Verde

A empresa portuguesa Monte Adriano ganhou o concurso para a construção de três barragens na ilha de Santiago, beneficiando da linha de crédito de 200 milhões de euros disponibilizada por Portugal para projectos de obras públicas.

A assinatura do contrato aconteceu domingo, na presença do primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, permitindo a construção, de raiz, das barragens da Faveta, Salineiro e Saquinho, que se juntarão à já construída do Poilão, concluída em 2006, com financiamento da China.

Segundo José Maria Neves, nos próximos dois a três anos, o Governo pretende construir mais 17 barragens, com o objectivo de, até 2015, mobilizar 75 milhões de metros cúbicos de água, o que permitirá alargar a área irrigada do país, criar emprego e reduzir os índices de pobreza. Para já, as três barragens terão um "impacto fundamental na agricultura", pois evitarão o desperdício dos milhões de metros cúbicos de água no arquipélago durante a época das chuvas - entre Julho e Novembro. O Governo, acrescentou, decidiu recentemente lançar um programa para que todos os furos de água no arquipélago sejam equipados com energias renováveis, solar ou eólica, permitindo aos agricultores terem acesso à água a um preço mais competitivo.

segunda-feira, junho 28, 2010

NATO: secretário-geral visita Lisboa para preparar cimeira de Novembro

O secretário geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, vai estar sexta-feira em Lisboa para preparar com o Governo português a cimeira de novembro, onde será aprovada a revisão do conceito estratégico da organização.

Naquela que será a primeira visita oficial a Portugal desde que assumiu o cargo de secretário geral da Aliança Atlântica, em agosto do ano passado, Rasmussen manterá encontros com o primeiro ministro, José Sócrates, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, e com o ministro da Defesa, Augusto Santos Silva.
O responsável da NATO visitará também a Assembleia da República e participará numa conferência organizada pela Universidade Católica Portuguesa.

Dou muita importância ao contacto com as novas gerações quando visito um país membro”, afirmou Rasmussen a este propósito, acrescentando que a sua intervenção vai centrar-se “no futuro da Aliança”.

A cimeira de chefes de Estado e de Governo dos 28 países da NATO, que terá lugar a 19 e 20 de novembro deste ano, deverá ser dominada pela aprovação do novo conceito estratégico da organização (o último é de 1999) e também pelo processo de reforma das estruturas e comandos e o conflito no Afeganistão.

Citação de Guerra Junqueiro

Os portugueses são “um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas”.

Descrição dura... com laivos de verdade.

Desilusão Mundial

Este Mundial de Futebol não tem sido particularmente bem sucedido.

O futebol não tem sido de uma qualidade extraordinária salvo algumas excepções, os relvados estão miseráveis, as vuvuzelas intragáveis.

A última de todas são as horrendas arbitragens. Erros atrás de erros, porque errar é humano.

Errar é humano sim... mas uma coisa é verdade, enquanto senhores poderosos do futebol lucrarem á custas dos erros, a suspeição pairará sempre por cima dos actores principais.

Este não tem sido um mundial que sirva de hino ao futebol, aliás a publicidade tem sido verdadeiramente má...

sábado, junho 26, 2010

Estudo: Lisboa é uma das melhores cidades do mundo para viver

Revista “Monocle” distingue a capital portuguesa na 25ª posição pela segunda vez.

A revista de Julho/Agosto voltou a distinguir Lisboa como a 25ª melhor cidade do mundo para viver. Com o argumento principal de que tem "baixas taxas de criminalidade", esta publicação sobre negócios, cultura e ‘design' destaca também o facto da capital portuguesa ser uma porta de entrada importante para a América do Sul.

Os dois aspectos conjugados fazem de Lisboa "um lugar ainda mais agradável para viver", segundo a revista dirigida por Tyler Brulé, o também colunista do Financial Times. Mas a rejuvenescida margem direita do Tejo e as novas leis que permitem o casamento entre homossexuais são igualmente salientados pela Monocle como factores decisivos para uma vida confortável na capital portuguesa.

Munique, capital do Estado alemão da Baviera, repete a liderança deste ‘ranking', obtido também há dois anos, pelo grau de centralidade e número elevado de jardins públicos

Guiné-Bissau: Chefes das Forças Armadas da CEDEAO reúnem-se segunda feira em Bissau

Os chefes das Forças Armadas da Comunidade Económica do Estados da África Ocidental (CEDEAO) vão reunir-se extraordinariamente entre segunda e terça feira na Guiné-Bissau, refere um comunicado à imprensa do Estado-Maior guineense.

Segundo o documento, numa sessão à porta fechada, será feita uma exposição sobre a situação política e de segurança da Guiné-Bissau, bem como exposições da ONU e da União Europeia sobre a reforma do setor de defesa e segurança.
Serão também apresentados os resultados da missão de informação dos chefes das Forças Armadas da CEDEAO enviados à Guiné-Bissau, após os acontecimentos de 1 de abril.

Entretanto, o Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, nomeou ontem, por proposta do Governo de Carlos Gomes Júnior, o major-general António Indjai como chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.

O anúncio foi feito através de um decreto, que também exonera do cargo o almirante Zamora Induta (detido e deposto a 1 de Abril numa intervenção militar liderada por Indjai).

[Várias fontes avançam que a indicação de Indjai para CEMFA é "a gota de água" num copo à muito a transbordar. As consequências desta nomeação presidencial - em que o Presidente Sanhá, não sai bem no retrato - far-se-ão sentir nos próximos meses. O perfil de Indjai faz temer pela instauração de um clima de "lei marcial", com raptos descricionários, num misto de Bissau sem-lei e "manda quem pode". Ficam quatro perguntas: 1 - O almirante Induta estará "melhor" da doença que o importunava? 2 - O seu paradeiro é conhecido de quem? 3 - Gomes Júnior não terá regressado cedo demais a Bissau? 4 - Quem assumirá as consequências e quais as ilações que se tirarão de um novo assassinato da liderança eleita do país?]

quinta-feira, junho 24, 2010

Activistas julgados como criminosos em Cabinda

Iniciou-se ontem em Cabinda o julgamento de quatro activistas dos direitos humanos detidos após o ataque em Janeiro contra a equipa de futebol do Togo, que causou dois mortos.

Estão a ser julgados o antigo vigário Raul Tati, o advogado Francisco Luemba, o estudante universitário Belchior Lanso e um antigo polícia, José Benjamin Fuca.

Os quatro activistas foram presos por terem em sua posse documentos da FLEC, movimento que advoga a independência de Cadinda, e por terem viajado várias vezes para Paris, explicou o advogado Arao Tempo, que representa dois dos detidos.

Além destes quatro indivíduos, as autoridades angolanos detiveram mais cinco pessoas após o ataque à selecção do Togo, que se encontrava em Cabinda para um jogo da Taça Africana das Nações. O ataque foi reivindicado pela FLEC.

Comentário sobre as SCUT

Das duas uma:
Ou o PSD vai andar sempre a reboque de toda e qualquer iniciativa de interesse nacional que o governo proponha (e depois não se queixe) ou então tem opinião própria sobre os assuntos (e isso dá muito trabalho).
Conhecer a realidade de um país afogado em défices, créditos malparados e endividamentos (de empresas e de famílias), devia ser importante para não sobrecarregar mais os contribuintes (ou seja, o Estado).

Com as Scut comprou-se uma guerra, que agora se quer dividir por todo país, com o único objectivo de não concentrar tudo a norte.
Esquece-se o fraco conhecedor da história pátria que a revolta da Maria da Fonte começou por menos. É verdade que havia outros condimentos nacionais que apimentaram o acontecimento. Mas as similitudes históricas (se é que isso existe) estão lá.

Alguém dirá, ah, é indiferente, com um ligeiro encolher de ombros. Pois... Mas eu digo que a bancarrota (palavra maldita) já esteve mais longe.

Aparte sobre SCUT

Utilizador pagador?!!!!!!

Escutem lá... mas a miriade de impostos pagas para se poder andar de automóvel neste país (imposto de circulação, ISP, IA, Inspecções) serve para quê?


(PS: Abaixo as auto-estradas pagas)

terça-feira, junho 22, 2010

Líderes da Guiné-Bissau discutem futuro

O chefe das forças armadas da Guiné-Bissau, general António Indjai, encontrou-se ontem com o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, que regressou na véspera à Guiné.

Indjai garantiu que não havia nenhum problema entre os dois homens e que ambos "vão trabalhar juntos". A 1 de Abril, quando Indjai tomou o poder militar, Gomes Júnior foi detido durante algumas horas e ameaçado.

Eduardo dos Santos no Brasil com parceria na agenda

O Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, em visita oficial ao Brasil amanhã, será recebido pelo seu homólogo Lula da Silva, num encontro em que poderá ser fechada uma parceria estratégica entre os dois países.

Segundo fonte diplomática brasileira, Brasília e Luanda estão a estudar um "mecanismo de aproximação institucional entre os dois países em todas as áreas" e, caso seja concluído a tempo, este entendimento será o mote da visita de José Eduardo dos Santos.
Deverão ser assinados também acordos nas áreas de educação e de cooperação entre institutos de apoio a políticas públicas.

Os dois países estão a trabalhar ainda em acordos nas áreas de electricidade e de cooperação entre a Agência Nacional de Petróleo (ANP) e a agência homóloga angolana. O Brasil tem interesse em saber quais serão as linhas de actuação de Angola na presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, responsabilidade que o país africano assumirá em Julho próximo, quando será realizada a VIII Cimeira da CPLP.

segunda-feira, junho 21, 2010

Timor-Leste: Representante da ONU classifica presença portuguesa no território de "elemento crítico"

A representante especial da ONU para Timor-Leste, Ameerah Haq, enalteceu hoje a cooperação entre Portugal e Timor-Leste e que os próximos dois anos e meio serão de "extrema importância para as autoridades timorenses" na área da segurança.

As declarações foram proferidas após o encontro desta manhã com o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, tendo a diplomata realçado as "relações especiais entre Portugal e Timor-Leste".

A alta comissária afirmou ainda ser "muito importante que, nos próximos dois anos e meio, as autoridades timorenses ganhem competências e capacidades para assumirem em pleno a segurança no país".

Estudantes do ISCTE vencem concurso mundial de marketing

Uma equipa de estudantes do Mestrado de Marketing do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) venceu o concurso mundial da L'Oréal BrandStorm, no qual participaram equipas de 43 países, anuncia o estabelecimento de ensino superior.
O ISCTE refere em comunicado, que a equipa composta pelos alunos Danyel Porato, Joana Lencastre e João Cardoso venceu o concurso mundial da L'Oréal sobre o lançamento de um produto.

No desafio, lançado a jovens universitários de todo o mundo, as equipas assumem o papel de director da empresa e têm de analisar o mercado nacional e internacional, explorar novas oportunidades, planear o lançamento de novos produtos e criar a respectiva embalagem até à campanha de comunicação.
A vitória da equipa de alunos do ISCTE na 18.ª edição do concurso, que teve como júri principal o presidente mundial da L'Oréal, "demonstra o dinamismo, criatividade e inovação dos jovens estudantes portugueses", salienta o ISCTE.

O concurso, cuja prova final decorreu em Paris, contou com a participação de 7.085 estudantes de 43 países, nomeadamente EUA, Reino Unido, França e Japão.

Timor-Leste reestrutura o secundário com o apoio de Portugal

O Ministério da Educação de Timor-Leste, a Fundação Gulbenkian e o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento assinaram um protocolo para a reestruturação do ensino secundário, revelou hoje fonte académica.

A reestruturação visa colocar o secundário timorense em padrões internacionais de acesso ao ensino superior e está a ser preparada pela Universidade de Aveiro, que deslocou a Díli uma missão técnica, chefiada pela ex vice-reitora Isabel Martins.

O novo Plano Curricular está dividido em duas vias de pré-especialização que os alunos terão de optar: ciências e tecnologias, e ciências sociais e humanas.

quinta-feira, junho 17, 2010

Efacec adquire controlo da espanhola Fasymon

A Efacec adquiriu 75% do capital da empresa espanhola Fasymon, uma empresa catalã com um volume de negócios estimado de 4,5 milhões de euros, visando reforçar a presença neste mercado estratégico.
A Fasymon irá alterar a denominação para Efacec Equipos Electricos.

A empresa "dedica-se à produção, comercialização e instalação de centros de transformação, actividade desenvolvida no âmbito da sua unidade de negócio de aparelhagem de média e alta tensão", acrescenta o diário português.

As vendas previstas para Espanha ascendem a 58 milhões de euros este ano, enquanto a carteira de encomendas estimada alcança os 80 milhões, disse fonte da empresa ao mesmo jornal.

quarta-feira, junho 16, 2010

Semelhanças




Ai a Culpa é da Crise, ai a culpa é da protecção do Drogba, Ai a culpa é das agências de Rating, ai a culpa é do relvado....

Já ouviram falar em desculpas de mau pagador???

Chineses arrancam cortiça do pavilhão português em Xangai

Portugal é o maior produtor mundial de cortiça, mas para muitos chineses a matéria-prima que cobre o pavilhão português na Expo 2010, em Xangai, é uma novidade que querem levar para casa.
"Os visitantes arrancam pedaços da cobertura do pavilhão, o que nos obrigará a um plano de manutenção, com reposição de várias placas de cortiça", explicou o comissário geral de Portugal na exposição, Rolando Borges Martins.

Entre os milhares de visitantes diários do pavilhão de Portugal há sempre quem toque, cheire ou arranque pedaços de cortiça da estrutura.

Uma das visitantes diz que a cobertura “é uma espécie de madeira”. É o filho mais novo quem a corrige: “Não, é cortiça [‘ruanmu’, em chinês]. Eu vi no filme que passou dentro do pavilhão”.
Sei que isto serve para tapar as garrafas de vinho, mas não sabia que se chamava cortiça”, diz outra visitante, com uma das rolhas oferecidas à entrada do pavilhão nas mãos e com as quais alguns visitantes enchem malas de senhora.

Uma atração que pode ser explicada “pela sensação agradável, quando se toca na cortiça", diz outra visitante, acrescentando: "E gosto do cheiro".
A cortiça utilizada na fachada e no interior do pavilhão, transportada de Portugal em cinco contentores, foi fornecida pela Corticeira Amorim, uma empresa estabelecida na China há cerca de vinte anos.
Já tinha trabalhado com cortiça, para obras de isolamento, mas nunca a tinha utilizado desta forma nem a esta escala”, disse Carlos Couto.

A utilização de cortiça, um material reciclável, enquadra-se no tema da Expo 2010, 'Better City, Better Life' (Melhores Cidades, Maior Qualidade de Vida), que decorre de 1 de Maio a 31 de Outubro numa área de 528 hectares (dez vezes a Expo 98, em Lisboa).
Esta é a maior exposição universal de sempre, com a participação de cerca de 240 países e organizações internacionais.

Portugal-Indonésia: Reforço das relações bilaterais passa também pelos parlamentos dos dois países

A importância dos parlamentos no reforço das relações bilaterais, designadamente as luso-indonésias, foi destacada hoje pelo embaixador da Indonésia em Lisboa e pelo presidente do Grupo Parlamentar de Amizade (GPA) Portugal-Indonésia.

O embaixador Albert Matondang, convidado hoje pelo GPA Portugal-Indonésia a visitar a Assembleia da República, salientou que as "relações interparlamentares complementam o que os diplomatas fazem".

O diplomata, que apresentou cartas credenciais no passado dia 28 de abril, acrescentou que, antes de viajar para Portugal, uma das suas "prioridades" foi falar com os parlamentares indonésios que integram a associação congénere em Jacarta.

Setúbal: Lisnave adaptou navio para recolha de petróleo derramado no golfo do México

Um petroleiro de 319 mil toneladas foi adaptado nos estaleiros da Lisnave para participar nas operações de recolha de crude derramado no golfo do México, após a explosão de uma plataforma da BP, revelou hoje a empresa de Setúbal.

"O que fizemos foi proceder a algumas aberturas no costado do navio, que, com a ajuda de um sistema de válvulas, deverão permitir a recolha de óleo, quando o navio estiver a navegar nas águas do golfo do México", disse Arménio Monteiro, diretor da Gestão de Projetos da Lisnave.

"A primeira fase da reparação está concluída, mas poderão ser feitas mais algumas alterações que, entretanto, foram solicitadas pelo armador", acrescentou o responsável da Lisnave.

terça-feira, junho 08, 2010

Portugal está entre 13 países mais pacíficos do mundo

De acordo com o relatório publicado esta terça-feira, em Londres, Portugal subiu um degrau face à lista de 2009, mas a actual posição compara com 7º alcançado no GPI de 2008.
O mundo tornou-se menos pacífico pelo segundo ano consecutivo, de acordo com o quarto Índice Global da Paz (GPI - Global Peace Index) que este ano coloca Portugal entre os 13 países mais pacíficos num universo de 149 nações analisadas.

À medida que a economia global continua a vacilar, os dados deste ano mostram uma "intensificação dos conflitos e uma crescente instabilidade" relacionada com a retracção económica iniciada em 2008, com diversos países a enfrentar "acentuado aumento de homicídios, manifestações violentas e medo de serem vítimas de crimes", refere o relatório do projecto Vision of Humanity.

[As instituições políticas - leia-se Presidente da república e Primeiro-ministro - andam em guerrilha institucional há muito. Em pleno centenário da república é interessante ver o "mais alto magistrado da Nação" a ser repreendido constantemente por ministros e secretários de estado, com pastas mais ou menos políticas. E assim vai esta república de trazer por casa...]

sábado, junho 05, 2010

Ana Moura no top da Billboard

O mais recente álbum de Ana Moura, Leva-me aos Fados, entrou esta semana directamente para o sétimo lugar do Top World Albums Chart da Billboard.

O último disco da fadista, que já atingiu o galardão de platina por cá, é também o disco de fado mais vendido em Portugal esta semana, ocupando o 16º posto da tabela da Associação Fonográfica Portuguesa. Leva-me Aos Fados foi elogiado em publicações como o New York Times, Village Voice, Boston Herald e Philadelphia Inquirer.

Eis a crítica de David R. Stampone do Philadelphia Enquirer:
"Looking for a set of sprightly tunes to improve your mood? Not here - but not a problem, with so much to recommend in this fourth album from Lisbon's Ana Moura. It's all fado, Portugal's centuries-old song form of inherent longing. (Five of its 17 tracks are even fados about fado, starting with the title track, "Take Me to a Fado House.") Poetic lyrics are sung with heartrending emotion to the spare accompaniment of acoustic guitar and Portuguese guitar, the latter a steel 12-stringed instrument with a fat, teardrop-shaped body.

Moura, an erstwhile twentysomething rock singer, is a natural fadista with a smoky alto, achieving an earthier feel than revered fado superstars such as the late Amália Rodrigues and current crossover sensation Mariza. Some bass grounds the arrangements of producer/principal songwriter Jorge Fernando, but Moura's brooding, exquisite delivery is what communicates most (and the CD booklet's lyric translations help). In an older tune such as "Fado of the Waters," her brooding intonation amply expresses the ultimately cathartic sadness: "Under falling raindrops/ Falling like a fringe of my song/ I drench my life . . . My song is rinsed clean."

quarta-feira, junho 02, 2010

Forbes: EDP entre as cinco melhores empresas do mundo na energia

A EDP foi considerada pela Forbes como uma das melhores empresas do mundo no sector da energia, anunciou a revista americana no seu número especial.

A empresa portuguesa está listada no 'The World's Leading Companies' da Forbes no 'ranking' das cinco melhores empresas do mundo de 'utilities' ao lado da espanhola Iberdrola, da alemã E.On e das francesas EDF e Veolia.

O 'ranking', com base na performance das empresas em termos de crescimento e rácio de dívida/capital, é realizado todos os anos, sendo que a empresa liderada por António Mexia está, pela primeira vez, no 'top five' das empresas de energia.

Os indicadores analisados para a listagem da revista norte-americana foram o crescimento do volume de negócios a cinco anos, o crescimento do resultado líquido, o retorno do capital e o retorno ao acionista.

Contactada a EDP, fonte oficial afirmou que "esta classificação é o resultado da estratégia seguida pela empresa de investir em renováveis criando valor aos acionistas e do compromisso de aumentar o dividendo até 0,20 cêntimos de euros até 2012".

terça-feira, junho 01, 2010

Marrocos. Construtoras com Sócrates à procura de negócio

Continua a diplomacia económica.

José Sócrates desloca-se hoje e amanhã a Marrocos com um ponto importante na agenda: concretizar a nova linha de crédito com aquele país, que já estava acordada desde que em 2008 foi aberta o primeiro instrumento, que está praticamente subscrito na totalidade.
Os empresários portugueses do sector da construção e da energia têm-se entusiasmado nos últimos anos com o potencial de Marrocos. A procura na segunda maior economia do Magrebe joga bem com a oferta das empresas portuguesas, coincidência que tem permitido um crescimento assinalável das exportações. Para José Sócrates, essa evolução positiva mostra que "há um potencial para explorar". Hoje, uma comitiva de 25 empresários parte com o primeiro-ministro na sua deslocação a Marrocos para a XI Cimeira Luso-Marroquina, em Marraquexe. Objectivo: abrir ainda mais o mercado às empresas portuguesas.

"O Magrebe é um dos nossos mercados prioritários", afirma Luís Filipe Pereira, presidente-executivo da EFACEC, uma das empresas representada na viagem a Marraquexe. "Marrocos é um país próximo de nós, que tem registado crescimento e tem estado a desenvolver infra-estruturas. Existem, sem dúvida, oportunidades", refere.

Enquanto na velha Europa se adiam projectos (o TGV português, por ora, vai parar no Poceirão, por exemplo), em Marrocos cinco empresas portuguesas estão na luta por um contrato para construir parte da linha ferroviária de alta velocidade entre Casablanca e Tânger, sinal de uma economia em expansão.
Entre 2005 e 2008, o valor das exportações portuguesas para Marrocos mais que dobrou, passando de 131 para 273 milhões de euros. A crise cortou esse valor para 215 milhões em 2009, mas os primeiros meses de 2010 mostram já alguma recuperação, com um aumento de 33% em relação ao ano passado.

Apesar de representar apenas 1% das exportações nacionais, o modelo de crescimento aplicado pelo rei Mohammed VI tem favorecido as empresas portuguesas, com uma aposta em redes de auto-estradas, linhas ferroviárias e de TGV, infra-estruturas portuárias, aeroportuárias e energéticas, requalificação urbana e habitação social. O resultado dessa estratégia são os 10 mil milhões de euros que o país tem disponíveis para investir na construção e na modernização de infra-estruturas nos próximos dois anos e que as empresas portuguesas vão tentar aproveitar.

"Há um grande potencial neste relacionamento. Somos países vizinhos. Rabat é a capital mundial mais próxima de Lisboa, com uma economia que cresceu 4,5% quando o mundo está em crise. Marrocos e Portugal são economias complementares. Marrocos é um país de abertura e modernização", sublinha Karima Benyaïche, embaixadora de Marrocos em Portugal.

A visita a Marrocos será também uma oportunidade para Sócrates inaugurar o primeiro voo directo da TAP para Marraquexe, mais um sinal de incremento de relações entre os países.
Os trabalhos da cimeira arrancam só amanhã e deverão durar perto de uma hora. À mesa estarão cinco membros do governo português, lado a lado com os seus homólogos marroquinos. São esperados vários novos acordos sectoriais.