Os chefes das Forças Armadas da Comunidade Económica do Estados da África Ocidental (CEDEAO) vão reunir-se extraordinariamente entre segunda e terça feira na Guiné-Bissau, refere um comunicado à imprensa do Estado-Maior guineense.
Segundo o documento, numa sessão à porta fechada, será feita uma exposição sobre a situação política e de segurança da Guiné-Bissau, bem como exposições da ONU e da União Europeia sobre a reforma do setor de defesa e segurança.
Serão também apresentados os resultados da missão de informação dos chefes das Forças Armadas da CEDEAO enviados à Guiné-Bissau, após os acontecimentos de 1 de abril.
Entretanto, o Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, nomeou ontem, por proposta do Governo de Carlos Gomes Júnior, o major-general António Indjai como chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.
O anúncio foi feito através de um decreto, que também exonera do cargo o almirante Zamora Induta (detido e deposto a 1 de Abril numa intervenção militar liderada por Indjai).
[Várias fontes avançam que a indicação de Indjai para CEMFA é "a gota de água" num copo à muito a transbordar. As consequências desta nomeação presidencial - em que o Presidente Sanhá, não sai bem no retrato - far-se-ão sentir nos próximos meses. O perfil de Indjai faz temer pela instauração de um clima de "lei marcial", com raptos descricionários, num misto de Bissau sem-lei e "manda quem pode". Ficam quatro perguntas: 1 - O almirante Induta estará "melhor" da doença que o importunava? 2 - O seu paradeiro é conhecido de quem? 3 - Gomes Júnior não terá regressado cedo demais a Bissau? 4 - Quem assumirá as consequências e quais as ilações que se tirarão de um novo assassinato da liderança eleita do país?]
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