A Guiné-Bissau está a “lutar” para que a organização da Expo 2010 a considere um país lusófono e troque a inscrição “Republique du Guinee-Bissau” que tem na entrada do espaço.
A área integrada no pavilhão africano, que junta diversos países que têm stands em vez de pavilhões próprios, foi preparada pela organização chinesa.
“Quando chegámos tivemos que fazer várias alterações no espaço e ainda por cima pensaram que éramos um país francófono”, explicou Francisca Vaz Turpin, comissária-geral de Guiné-Bissau, à Agência Lusa.
Passados quase dois meses, a inscrição em francês continua a figurar nas paredes exteriores do stand, apesar das reclamações que a comissária diz ter feito, mas até agora “sem resultado”.
“Eu tenho lutado mas nada”, refere Vaz Turpin, que vai mesmo mais longe e considera que o português devia estar lado a lado com as línguas oficiais da exposição universal.
“Toda a documentação que troco com a organização da Expo tem que estar escrita em francês”, sendo que as alternativas seriam “o inglês ou chinês”.
“Sentimos falta de uma presença mais forte do português”, lamenta.
Estelle Wei, supervisora do pavilhão africano da expo 2010, lamentou à o erro e garantiu que a inscrição da Guiné-Bissau em francês seria trocada pela correcta, em português, rapidamente.
“Trabalhamos com muitas subempreitadas para executar todos os trabalhos necessários. Lamentamos o sucedido neste caso, mas será a situação será corrigida o mais rápido possível”, destacou.
A Guiné-Bissau é um dos oito países de língua portuguesa que participam na Expo 2010.
Portugal, Brasil e Angola têm pavilhões próprios nas áreas dos respetivos continentes; Cabo Verde, Moçambique e Guiné-Bissau apresentam-se em stands dentro do pavilhão africano, que reúne diversas nações do continente.
Timor Leste tem o seu espaço aberto ao público na zona da Ásia.
A Expo 2010, dedicada ao tema “Better City, Better Life” (Melhores Cidades, Maior Qualidade de Vida), decorre de 1 de maio a 31 de outubro numa área de 528 hectares (dez vezes a Expo 98, em Lisboa).
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