José Sócrates aterra esta tarde em Tripoli, quatro dias depois de Muammar Kadhafi ter provocado (mais uma) acesa polémica: exige 5 mil milhões de euros anuais da União Europeia para travar as rotas de imigração clandestina e evitar que o Velho Continente se transforme na "Europa negra".
Pela quarta vez em cinco anos e meio de Governo, o primeiro-ministro português parte hoje para a Líbia, um dos países com quem Portugal mais tem tentado estreitar as relações económicas, sobretudo nas áreas da energia, obras públicas, construção civil e financeira, destacando-se o posicionamento de empresas como a Galp, Bento Pedroso, Teixeira Duarte, BES e da Efacec.
Desta feita, José Sócrates desloca-se a Tripoli para participar no Encontro 5+5, que junta países europeus e do Norte de África da bacia do Mediterrâneo. Antes deste encontro de alto nível, os chefes de Estado e de Governo encontram-se ao fim da tarde com o líder líbio, sendo depois convidados por Muammar Kadhafi para assistirem às comemorações do 41º aniversário da revolução líbia.
A reunião do grupo 5+5 (que, do lado europeu, junta Portugal, Espanha, França, Itália e Malta), ocorre dois dias depois de Moammar Kadhafi ter pedido, em Roma, à União Europeia cinco mil milhões de euros para combater a imigração ilegal proveniente de África.
Kadhafi chegou à capital italiana no sábado para celebrar o segundo aniversário do Tratado de Amizade firmado com Itália. A sua deslocação ficou ainda marcada pelo apelo que fez, ao lado do Vaticano, para que a Europa se converta ao Islão.
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