O conselheiro de Obama esteve em Portugal e elogiou a política antidroga nacional.
Gil Kerlikowske, director da Estratégia Antidroga da Casa Branca, anunciou ontem, em Lisboa, que a Drug Enforcement Agency (DEA), a autoridade oficial norte-americana de combate à droga, vai abrir uma delegação na capital portuguesa já a partir do próximo mês de Outubro.
Kerlikowske, que falava na residência oficial do embaixador, num encontro com jornalistas, não quis adiantar detalhes sobre os motivos que levaram a esta decisão, mas reconheceu que a "longa linha costeira" de Portugal e a sua localização geográfica o coloca potencialmente na linha de trânsito traficantes. "Não há muito a fazer ", afirmou.
O conselheiro de Obama explicou ainda que a DEA tem uma "rede internacional de delegações, que incluem vários outros países da Europa", na qual Portugal vai ser incluído. "É muito importante a troca de informação entre as autoridades dos vários países", sublinhou. A DEA tem 87 delegações em países estrangeiros. A ligação de Portugal aos países africanos de língua oficial portuguesa pode também ter sido um dos motivos que levou a esta decisão do departamento de Justiça dos EUA. Kerlikowske admitiu que a "situação na Guiné Bissau está a ser acompanhada com atenção".
Este alto responsável lembrou ainda que o tráfico de droga é executado por "organizações criminosas internacionais, que também estão ligadas ao tráfico de armas e ao tráfico de seres humanos". Também "há informação" da "mistura" destes a "grupos terroristas" e ao seu "financiamento".
Kerlikowske encontrou-se, durante a sua visita, com os responsáveis do Instituto de Drogas e Toxicodependência e com a Polícia Judiciária, cujo trabalho, na prevenção, no primeiro caso, e na investigação e repressão, no segundo, considerou "positivo e organizado".
Este responsável destacou que "a relação entre as autoridades policiais americanas e as portuguesas no que diz respeito à investigação são muito sólidas e vêm de há longos anos".
Na sua opinião "as autoridades portuguesas estão a actuar bem" e manifestou-se "bem impressionado" com o que ouviu e "com os resultados que lhe foram apresentados".
O director da estratégia anti-droga, encontrou "semelhanças" entre a política seguida por Portugal em matéria de prevenção e os objectivos definidos pela equipa de Barak Obama, nomeadamente no que diz respeito "a encarar a questão como sendo um assunto essencialmente de saúde".
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