A Convergência e a Divergência Ibérica (parte I)
Em nome da moeda única, a convergência com a economia europeia tornou-se um objectivo dos programas de governo há mais de dez anos.
Portugal adoptou em 1641 um imposto sobre o rendimento de todas as pessoas (mesmo nobres), tentou centralizar as receitas fiscais (como as associadas ao comércio monopolista da Coroa), e manteve a moeda estável e convertível de 1688 a 1797.
Pelo contrário, as ambições hegemónicas de Espanha levaram a falências sucessivas da Coroa.
Em 1600, o PIB português por residente era 86% do espanhol, tendo-se verificado divergência relativamente aos 91% estimados para 1500. Em 1700 quase se chegou à paridade entre as duas capitações e a nova estimativa do PIB português em 1820 elevou-se a 110%. Porém, em 1850 já se regressara aos 86% observados em 1600 e em 1870, quando começam a estar disponíveis estimativas anuais para os dois países, o PIB por português é cerca de 81% do PIB por espanhol.
Em Portugal, a adesão ao padrão-ouro em 1854 restaurou a liberdade financeira até 1891 ao passo que em Espanha o regresso da convertibilidade foi mais breve(1868-1883).
A divergência ibérica chega a um mínimo de 58% em 1877, seguindo-se a convergência em 1900 (em que se chegou a 73%) para regressar abaixo dos 60% nos anos 1920.
O PIB português recupera mais de 30% durante a Guerra Civil Espanhola, e regressa à paridade na véspera da Segunda Guerra Mundial.
Depois da integração europeia, Portugal convergiu a uma taxa anual de 1%, nmais do que a Espanha até 2001. Nesse caso o PIB por português desceu de 91% do PIB por espanhol, a um pecentagem estimada para 1500.
É só o princípio.
Hoje como nunca temos que optar entre defender a nossa Nação entre as europeias e lembrar aos espanhóis que cá deste lado somos muito superiores.
Barão de Almodôvar
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