domingo, julho 11, 2004

Os dias do fim ... ou talvez não

A última decisão do actual Presidente da República manteve em exercício o actual Governo, apesar de que com outro Primeiro-ministro. A decisão merece-me estima e a devida vénia.
Tendo em conta que contrariou as pretensões quer da esquerda democrática quer da outra, que supostamente terá massivamente votado em si, aquando das últimas presidenciais, o dr. Jorge Sampaio terá tomado a decisão mais difícil do seu mandato.
Parece-me correcto, que logo de mim, acérrimo crítico daquilo que ele representa (por deformação monáquica), venha um cumprimento, na forma de elogio.
E porquê o elogio?
Na minha opinião, impunha-se. Desde logo, porque quando o Presidente necessitava de tomar uma decisão, baseada na Constituição, tomou-a, mesmo sabendo que não agradaria a "gregos e troianos".
Sei, também devido aos meus princípios monárquicos, que um Rei ou um Presidente, na altura de agir, de consubstanciar as suas decisões, têm que se manter fortes e irredutíveis, por mais difícil que seja a decisão que tomaram.
Também porque "dos fracos não reza a história", o Rei ou o Presidente, mesmo correndo o risco de errar, não podem, desde logo, ser criticados por decidir, pois a sua tomada de decisão justifica os seus poderes institucionais e Constitucionais.

Aspen

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