Arautos de uma suposta moralidade superior, a esquerda arroga-se de ser o defensor do povo e dos trabalhadores.
Assim, noutro caso de grande comunicabilidade, hoje Sócrates na Figueira da Foz, coadjuvado pela sua ministra da educação, foi mais uma vez arauto da superioridade de esquerda, ignorando completamente aqueles que fazem parte dos seus empregados, professores que manifestavam o seu descontentamento.
Não julgo pela positiva nem pela negativa as reivindicações destes empregados do estado, mas renego completamente a falta de cultura democrática já patente há muito neste governo PS.
Sócrates à entrada passa cândidamente pelos seus empregados, completamente autista perante a entrega de de uma carta de reivindicações destes professores. Eles não existem para Sócrates. Surdo e mudo Sócrates passa ao lado daqueles que o elegeram. Para rematar, o governo afirma que não é altura para os professores se manifestarem.
Que falta de respeito para com as pessoas e os seus direitos. Estamos perante um déspota.
Para aqueles que não se recordam, relembro um caso muito idêntico, faz agora exactamente um ano.
José Manuel Canavarro, secretário de estado da educação do governo PSD, visita Viseu para inaugurar uma escola. Igual recepção fazem exactamente os mesmos professores, o Sindicato de Professores da Região Centro.
A diferença: Canavarro, envolto num contexto bastante mais sério nas falhas de colocação de professores, ao invés de tentar escapar da turba, dirige-se serenamente para os seus empregados. sob assobios e insultos troca impressões com o líder dos sindicalistas, recebe uma carta com as suas reivindicações. Em suma, ele exerceu democracia, escutou o mal estar das pessoas.
Podem afirmar que são diferenças de estilo, mas são elas que marcam a diferença entre formas de encarar a democracia.
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