Mais um debate parlamentar, mais uma mão cheia de nada.
Mas será que ao entrar naquela casa não consegue discutir uma ideia com pés e cabeça.
Vemos um governo na sua torre de marfim, um grupo parlamentar do poder que continua a insistir que a culpa é do que vem antes, uma ministra da educação que defende o indefensável e uma oposição que não consegue discutir o essencial e limita-se a discutir o acessório.
Neste caso das repetições dos exames o que menos me choca é exactamente a repetição dos mesmos. O que acho puramente ridículo é termos uma ministra que continua a afirmar que tudo correu muito bem, que só podia ser desta forma e que é justo, com uma argumentação contraditória além de escassa.
Mas eu pergunto, e os outros que não podem repetir, e as outras disciplinas, isso é justo?
Mas agora as questões que considero essenciais! (e que não foram feitas)
Mas que diabo fizeram os alunos todo ano para não saberem fazer um exame sendo novo ou não? Andaram a passear?
Mas que reforma é esta que vai retirar a avaliação através de exames de disciplinas tão importantes como a química, a física ou a biologia. Vamos voltar atrás, à boa vontade de professores e afins, que dão a nota a seu bel prazer? Querem situação mais geradora de desigualdades que esta, e de deturpação da realidade.
Como é possível a ministra dizer que se estava a prever esta situação e só reage à posteriori?
Como é possível uns exames que têm 6 ou mais meses para serem elaborados e têm erros científicos e técnicos? Quem os faz, quem os avalia?
Como é possível virem coisas aberrantes como a apontada pelo deputado Diogo Feio, onde se nota uma carga ideológica profunda? Para quem elaborou os exames existiu a ditadura nazi, a ditadura fascista, a ditadura salazarista, mas não a ditadura comunista, isso não, foi o regime comunista.
Como é possível haver uma matriz do plano currícular e depois o exame contrariar essa matriz?
Que desculpa esfarrapada dizer que os alunos não estavam habituados aos novos planos, por exemplo quem negou a feitura de provas modelo foi a própria ministra.
O que me choca, não é a repetição dos exames, mas sim a desfaçatez de uma ministra que não é capaz de assumir os seus erros, sacudindo a àgua do capote, que continua a viver num mundo à parte.
Se ela tem assumido que tinha errado, que a solução adoptada foi de recurso, ninguém poderia tê-la posto em causa, ou pelo menos tão veementemente.
E mais uma vez uma mão cheia de nada, pois amanhã já ninguém se lembra, de mais um debate parlamentar, da república das bananas que governa um pseudo país.
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