segunda-feira, julho 24, 2006

O Centro Cultural Português em Bissau

A doação de um terreno na principal avenida da capital guineense, por parte das autoridades da Guiné-Bissau, relançou a adormecida cooperação entre Portugal e este país de expressão portuguesa.
O processo vinha-se arrastando desde os protoclos assinados entre o ex-ministro dos negócios estrangeiros Durão Barroso e o governo guineense de então.
E arrastava-se, como é fácil de ver, há longos anos.
Não fora a boa-vontade e o carácter dos embaixadores portugueses que foram passando por Bissau, e a língua e a cultura portuguesa andariam, ainda mais, pelas ruas da amargura.
Até agora o Centro funcionava perfeitamente nas instalações provisórias da Embaixada portuguesa, não fosse a escassez de recursos e de meios e a concorrência da cooperação francesa (!).

É perfeitamente ridículo que só agora se tenha dado um verdadeiro impulso a esta preciosa obra. Ridículo são também os custos do Centro, que são perfeitamente irrelevantes.

A atitude política das autoridades guineenses também é de louvar, e assinala uma viragem estratégica, na medida em que era atribuída a Nino Vieira uma profunda ligação à francofonia, algo que até o tinha feito vencer as últimas eleições presidenciais.
Além disso, Portugal teria sido um dos países derrotados nas últimas presidenciais, tendo em conta que teria apoiado não-oficialmente outro dos candidatos (que vários serviços de segurança ocidentais asseguravam como derrotado à partida).

Foi um dia bom para a cooperação portuguesa.

1 comentário:

Anónimo disse...

Vou publicar este também!!!no espaço dedicado aos leitores!ok??

Beijinhos