Xanana Gusmão, Presidente da República de Timor, orgulhoso benfiquista e cultor das letras lusófonas, distinguiu-se, enquanto líder de guerrilha, por falar em português em todas os comunicados que fazia.
Logo foi apelidado de defensor da língua portuguesa e dos valores lusos, algo que foi branqueando o que há muito se desconfiava e era comentado à "boca-pequena" nos meios diplomáticos: Xanana defendia quem melhor o conseguia convencer, e para isso era preciso recorrer ao todos os argumentos (nomeadamente financeiros).
Portugal, ao tomar a dianteira no processo de "libertação" timorense, empenhou-se quer económica, quer diplomaticamente no sucesso dos seus argumentos. E venceu, vergando a Indonésia. Algo inimaginável, não fosse a simpatia do democrata Clinton.
Nos tempos mais recentes, Xanana vem dando razão aos que desconfiavam do seu "amor" pela pátria lusa. E fê-lo dando mais uma machadada na cooperação portuguesa, ao pôr o filho a estudar numa escola... inglesa.
Não se podia esperar, aliás, outra coisa. Afinal, já nas negociações para a exploração do petróleo do mar timorense, Portugal ficou a perder para os italianos.
Nos outros negócios, são os australianos que fazem a festa, atiram os foguetes e recebem as canas, nada adiantando as débeis investidas de governantes portugueses por Dili.
Obrigado Xanana.
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