O ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos (EAU), Mohamed Bin Dhaen Hamli, considera "Portugal um país muito importante na área das renováveis", mostrando interesse em retribuir a visita portuguesa para estreitar negócios entre os dois países.
"Há muitas oportunidades de negócios em muitas áreas. Portugal é dos países mais importantes nas energias renováveis e nós também queremos desenvolver esta área. Existem muitos interesses comuns e, por isso, oportunidades para trabalhar juntos", disse aos jornalistas, no final de uma reunião com o ministro da Economia, Manuel Pinho, e alguns empresários portugueses. "Pensamos que podemos trabalhar juntos em projectos como as cidades livres de carbono", acrescenta o ministro da Energia dos EAU, numa referência ao projecto da eco-cidade de Masdar, em Abu Dhabi, que a comitiva portuguesa visita hoje ao início da tarde. "Somos ricos em petróleo e gás, mas não vão durar para sempre. Talvez mais uns 70 anos. Durante a minha vida não vou ter problemas, mas precisamos de encontrar outras formas de energia complementares às formas tradicionais para os nossos filhos", explica Dhaen Hamli.
O governante realçou que "a experiência portuguesa é muito importante", acrescentando que as parcerias podem acontecer na área das energias renováveis, mas também "em negócios tradicionais, como o do petróleo e do gás e até nas telecomunicações e na fibra óptica".
O ministro da Energia prometeu visitar "assim que for possível" Portugal para conhecer mais de perto a realidade empresarial e prosseguir a missão de incentivar as parcerias económicas entre os dois países.
Na reunião de 45 minutos, EDP, Galp Energia, REN, Visabeira, DST e Cabelte tiveram oportunidade de mostrar os seus projectos nas áreas das energias e das telecomunicações.
De acordo com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), "as relações comerciais entre Portugal e os Emirados Árabes Unidos estão ainda muito aquém das suas potencialidades".
Em 2008 o mercado arábico ocupava a 40.ª posição como cliente e a 56.ª como fornecedor de Portugal.
As trocas comerciais são favoráveis a Portugal, com as exportações portuguesas a crescerem a um ritmo médio anual de 23% nos últimos cinco anos.
Segundo a AICEP, o comportamento das importações está fortemente dependente das compras de combustíveis minerais, verificando-se, nos últimos cinco anos, um crescimento médio anual da ordem dos 111%.
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