O ministro da Cultura português, António Pinto Ribeiro, defendeu hoje em Luanda a criação de uma rede de escolas portuguesas em todos os países da CPLP para fortificar a presença portuguesa no mundo lusófono.
Pinto Ribeiro visitou hoje a Escola Portuguesa de Luanda (EPL), que considerou “um bom exemplo” daquilo que deve ser a presença portuguesa na CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa).
“Acho que devemos ter como propósito criar uma rede de escolas portuguesas em todos os países da CPLP e em todos os sítios onde há grande diáspora da língua portuguesa”, frisou Pinto Ribeiro, que se encontra em Angola, no âmbito das comemorações do 10 de Junho.
O governante português fez referência à qualidade do ensino que é ministrado na EPL, escola frequentada por mais de mil alunos, maioritariamente portugueses, angolanos e luso-angolanos.
“Esta escola é extraordinária do ponto de vista da qualidade do ensino. É uma escola cosmopolita frequentada por alunos de muitas nacionalidades que se encontram em Luanda”, referiu.
Relativamente ao arranque da segunda fase de construção da escola, questão que se arrasta há vários anos e que contemplará a multiplicação do número de salas, António Ribeiro disse que a questão está a merecer análise por parte das autoridades portuguesas, não tendo avançado contudo uma data!.
A oferta da EPL é actualmente insatisfatória perante a crescente procura, tendo esta situação como razão essencial o aumento do número de portugueses em Luanda, especialmente nos últimos três anos, em que oficialmente se estima que a comunidade tenha crescido em cerca de 30 mil pessoas.
“Falámos nisso, estamos a tratar disso. Sabemos que há sítio e portanto vamos tratar de fazer esse arranque. Depende directamente dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Educação fazer esse esforço, mas tenho a certeza que vai ser feito. Falei com o ministro da Educação antes de vir”, sublinhou.
António Pinto Ribeiro reconheceu a necessidade de alargamento da escola, frisando que o Estado português “está capacitado para isso”, num investimento que está na ordem dos nove milhões de euros.
“É possível fazer-se isso, acho que para projectos de excelência, nomeadamente através do Fundo da Língua, nós poderemos apresentar este projecto para ser apoiado. Há neste momento verbas disponíveis. É preciso fazê-lo inteligentemente, agilmente e rigorosamente, mas não tenho dúvida de que isso se fará e nos próximos tempos”, disse.
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