O grupo industrial de tintas Barbot está a negociar a compra de uma empresa fabricante de revestimentos em Espanha, uma operação que, disse o presidente da empresa, deverá estar concluída até ao final do ano.
"Estamos a olhar para outra empresa, no mercado espanhol, e até ao final do ano o negócio deve estar concretizado", afirmou Carlos Barbot, à margem do seminário "Crescer, comprando empresas em Espanha", organizado pela Associação Empresarial de Portugal. O presidente do grupo industrial de tintas adiantou que se trata "de um empresa fabricante de revestimentos", que é vista como uma possibilidade de "consolidação no mercado ibérico e reforço da política de expansão".
O Grupo Barbot entrou, no início do ano, no mercado espanhol, através da compra de 70% do capital da Jallut Pinturas, empresa do sector das tintas, sedeada na Catalunha, que permitiu à empresa portuguesa alargar o seu portefólio a novos segmentos. Segundo Carlos Barbot, "Espanha vive uma crise muito maior do que a portuguesa, mas vai recuperar, porque sempre recuperou mais depressa do que nós". No seminário organizado pela AEP, o empresário defendeu que "este é o momento certo para a aquisição de empresas em Espanha", porque, acrescentou, "ultrapassados os problemas, vai voltar a haver falta de interlocutores e preços impossíveis". O presidente do grupo Barbot recordou que andou anos a tentar entrar, em Espanha, sem sucesso, admitindo que foi a mudança da conjuntura económica que abriu as portas do mercado espanhol. "Quando o mercado deu a volta, ligaram-me a ver se ainda estava interessado e aí tive a oportunidade de comprar a empresa que mais me interessa e a melhor preço", contou.
Carlos Barbot acrescentou que "a gestão das empresas em Espanha não é famosa", aconselhando a contratação de assessores laborais para mediar os negócios de aquisição ou fusão no mercado espanhol. "Viveram sempre num mercado em subida, nunca tiveram que fazer grandes contas e há muita promiscuidade entre o dinheiro dos accionistas e o das empresas", revelou o empresário. Para este ano, está ainda nos planos de Carlos Barbot avançar para a construção de uma fábrica de raiz, nos arredores de Luanda, que permitirá reforçar a produção em Angola. O empresário explicou que o actual edifício não responde às necessidades da Barbot, que este ano deverá ter um volume de negócios de 45 milhões de euros, mais dez milhões do que em 2008.
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