Timor-Leste passou a contar com um canal privado de televisão, o STL TV, que pretende ser uma televisão "mais popular e menos institucional" que a estatal TVTL, diz o seu responsável, Salvador Ximenes.
A STL TV já está a emitir na cidade de Díli, em UHF, abrindo diariamente às 17 horas, durante a semana, preenchendo a programação com o noticiário diário em tétum e programas recreativos em baahasa, numa parceria com uma televisão indonésia.
O projecto é liderado por Ximenes, empresário timorense da comunicação social, que detém o grupo STL Media, detentor do jornal Suara Timor Lorosae, de uma rádio, uma gráfica, um centro de formação e um centro de Internet.
O passo para a televisão "é uma aventura", como diz o empresário, e procura aproveitar as sinergias do grupo. "A nossa preocupação neste momento é criar os alicerces para que o projecto possa ser sustentável no futuro. Actualmente temos um núcleo de dez jornalistas efectivos, além dos colaboradores do nosso jornal e da rádio", acrescenta. "A nossa intenção é vir a ser uma alternativa à TVTL, mas por enquanto ainda não podemos dizer que o somos porque a área de cobertura deles é maior e tem muito mais meios com os apoios do Governo e as ajudas de organizações internacionais que nós não temos". Segundo Salvador Ximenes "o público exige um acesso mais fácil e rápido à informação e a STL TV procura ser a resposta a essa necessidade.
À semelhança da TVTL, que ocupa parte da sua emissão com a RTP Internacional, a STL TV arrancou com uma cooperação idêntica com um canal indonésio, mas Ximenes diz estar totalmente aberto a parcerias com canais portugueses e de outros países. "Por agora os nossos noticiários são todos em tétum, mas estamos a pensar como poderemos colaborar no programa de reintrodução da língua portuguesa e já fizemos contactos nesse sentido junto da Embaixada de Portugal", refere, acrescentando que já fez também contactos com órgãos de comunicação social portugueses e neo-zelandeses.
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