Tiago Moreira Ramalho (TMR) há poucos dias desvalorizava no Expresso o facto de na maioria das classificações mundiais as monarquias aparecerem nos lugares de topo, afirmando que eram países ricos mesmo antes de se pensar em repúblicas.
No primeiro texto desta série desconstruí este argumento, com razão ou não, vocês decidam. Por outro lado na visão dele nenhuma monarquia poderia ser democrática porque não era eleito o chefe de estado. Acredito ter desconstruido também esse argumento.
Juntando os dois argumentos de TMR surgiu agora um index interessante para lhe dar resposta. Concordará comigo TMR que um dos indicadores mais expressivos da qualidade de uma democracia é a liberdade de Imprensa. Os Repórteres sem Fronteiras publicaram agora o seu index de 2009, e quem diria:
No primeiro lugar ex-aequo surgem a Dinamarca, Finlândia, Irlanda, Noruega e Suécia. Duas Repúblicas e três Monarquias. Muito bem para países que não são democráticos digo eu.
Vendo a classificação mais a fundo podemos verificar que todas as Monarquias europeias estão nos 20 primeiros lugares, exceptuando a espanhola, que se encontra em 44º, explicado com a existência ainda de ameaças físicas a jornalistas neste país.
Temos então que todas as monarquias europeias estão nos primeiros 20 lugares (excepto Espanha). Nalguns lugares interessantes encontramos Portugal que ocupa o 30º lugar (caíu 14) empatado com países tão simpáticos como o Mali e a Costa Rica.
Temos também a bela república de Itália no 49º lugar encalhada entre Hong Kong e a Roménia.
Essa terra de liberdade e arauto do republicanismo a que se dá o nome de república de França aparece no 44º lugar entre Suriname e Cabo Verde.
Muito bem, repito eu, para países não democráticos como afirma Tiago Moreira Ramalho.
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