O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, anunciou hoje "um novo relacionamento" com a Mongólia, salientando que a comunidade internacional "está cada vez mais interdependente" e que Portugal "necessita de parcerias em todo o mundo".
"Não somos grandes potências, mas temos uma grande História e podemos ter boas relações políticas e económicas", disse Amado após a assinatura de dois acordos de cooperação com a Mongólia.
Luís Amado - o primeiro governante português a visitar a Mongólia - chegou na terça-feira à noite a Ulan Bator, num périplo de cinco dias pela Ásia Oriental, iniciado na Coreia do Sul e que inclui também a China e descreveu a Mongólia como "uma respeitada democracia na comunidade das nações democráticas".
"Apreciamos muito a bem sucedida transição da Mongólia de uma economia planificada e de regime de partido único para uma economia de mercado e um sistema pluripartidário, feita nos últimos 20 anos".
No âmbito dos acordos assinados hoje Portugal e a Mongólia passam a ter "consultas políticas regulares" e "encontros sobre comércio e investimento".
A cooperação envolve também as áreas da cultura, educação, ciência, desporto, juventude e comunicação social. "Demos os primeiros passos para um novo relacionamento com a Mongólia", afirmou Luís Amado.
Além do seu homólogo mongol, G. Zandanshatar, o ministro português encontrou-se com o ministro da Educação, Y. Otgonbyar, e o presidente da Mongólia, T. Elbegdorj.
A Mongólia - um território cerca de 17 vezes maior que Portugal e com apenas 2,7 milhões de habitantes, situado entre a Rússia e a China - é um dos países geograficamente mais isolados do mundo e com a mais baixa densidade populacional.
Luís Amado parte na quinta-feira para Pequim, onde permanecerá dois dias, regressando no próximo sábado a Lisboa.
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