Paulo Portas diz que Portugal "está aberto ao investimento chinês e quer aumentar as exportações portuguesas para a China".
O ministro português saudou a participação de duas grandes empresas chinesas no programa de privatizações de Portugal: a China Three Gorges, que adquiriu 21,35% do capital da EDP, e a State Grid, que comprou 25% da REN - Redes Energéticas Nacionais.
O investimento chinês "é uma poderosa ajuda à internacionalização das empresas portuguesas", constatou.
O ministro português salientou também que Portugal é um país da zona euro que "se preocupa com a disciplina e cumpre os seus acordos".
Portas, enalteceu também os sucessos alcançados fora do país por uma nova geração de empresários, afirmando que "no século XXI, navegar é ser empreendedor". "Emigrar por tristeza com o nosso país, acho que não seria um bom sinal, mas internacionalizar, para poder fazer um negócio, um doutoramento, casar ou fazer durante algum tempo um projecto de vida, isso abre acabeça às pessoas e é extraordinariamente útil para Portugal", disse.
Paulo Portas falava no final de um almoço no Scioko, um restaurante aberto há duas semanas por quatro jovens portugueses num novo parque tecnológico de Xangai e que pretende "reinventar o fast-food" através do cachorro, um petisco ainda exótico na China. A visita ao restaurante, que não fazia parte do programa inicial, foi decidida depois do ministro português ter chegado a Xangai, no sábado à noite. "Pedi para vir aqui porque acho que os portugueses precisam de conhecer estas histórias cheias de esforço, de mérito e bem sucedidas de jovens que conseguem triunfar em circunstâncias difíceis", disse Portas.
Estes sucessos são, segundo o ministro, "um banho de auto-estima nacional por Portugal" e "um exemplo absolutamente extraordinário do que os portugueses no exterior são capazes de fazer".
O chefe da diplomacia portuguesa reafirmou o que dissera horas antes: "Temos aqui uma enorme reputação histórica. Se aliarmos a isso o vanguardismo económico somos muito bem recebidos e temos um enorme potencial à nossa frente", acrescentou.
Depois da visita àquele restaurante, Paulo Portas esteve no Centro de Investigação da Huawei, uma das maiores multinacionais chinesas, fabricante de equipamentos de telecomunicações, que abriu este ano em Lisboa um centro tecnológico.
Portas vai ainda hoje encontrar-se com o vice-presidente da Câmara de Xangai com o pelouro dos Assuntos Financeiros, Tu Guangshao, e depois visitará duas empresas, uma das quais portuguesa.
O ministro segue à tarde para Pequim, onde permanecerá até sexta-feira de manhã.
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