A Portucel fechou o 1º semestre com vendas de 742,7 milhões de euros, mais 0,4% em face do período homólogo. A empresa conseguiu colocar 68 mil toneladas de quota adicional no mercado europeu, reafirmando a liderança no segmento.
O resultado líquido no semestre cresceu 8,3%, para os 105,7 milhões de euros, enquanto o cash-flow caiu 11,6%, para os 151, 6 milhões de euros. A companhia é uma das maiores exportadoras nacionais, representando 3% das exportações de bens do país.
Do total das vendas, que atingiram um novo recorde no 2º trimestre do ano, 618 milhões de euros resultam de exportação.
A empresa realça que estes resultados foram obtidos "num contexto económico adverso, marcado por uma quebra estimada de 3,5% no consumo aparente de papel fino para impressão escrita não revestido, tanto na Europa, como nos EUA". Adianta que "os bons resultados atingidos são fruto de um modelo de negócio bem sucedido e resiliente, traduzido numa elevada perceção de qualidade da sua proposta de valor e da forte penetração e notoriedade das marcas próprias, que representam 60% do volume total de vendas de papel".
O aumento de vendas foi potenciado pela nova fábrica e ainda pelo crescimento da área de energia, que foi superior em 4% em termos homólogos.
Exterior e perspectivas
A nível internacional o grupo afirma que continua a desenvolver o plano de investimento para Moçambique, estando a melhorar a rede de ensaios para plantações, a par dos estudos das alternativas logísticas para entrada e saída de produtos para a produção de pasta para papel e energia.
Em termos de expetativas para o final do ano, a gestão da empresa refere que "o mercado de papel cut-size na Europa tem-se mostrado bastante resiliente, com uma redução da procura muito moderada tendo em conta a presente situação económica e comparativamente ao comportamento da procura de bens de consumo em geral". O mercado de pasta BEKP mantém-se "sustentado por uma forte procura dos mercados asiáticos, nomeadamente da China". Este comportamento positivo da China tem "compensado um ambiente mais recessivo na Europa e nos EUA, pelo que as expetativas são de manutenção de um certo equilíbrio no mercado durante 2012".
A Portucel salienta que o aumento da oferta que se verificará partir deste final do ano, caso das capacidades no Brasil e Uruguai, "poderá perturbar o equilíbrio entre a oferta e a procura nos anos subsequentes".
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