quarta-feira, junho 02, 2004

O Bloco de Esquerda

É um misto de surpresa e preocupação ver um partido político como o Bloco de Esquerda subir nas sondagens.

Como pode um partido com um carácter difuso, sem rumo ou sem ideias continuar vivo e a crescer. Sem dúvida, há que reconhecer o mérito de terem conquistado o seu espaço.

Por um lado é necessário que exista um partido como o BE, porque se a virtude está no equilibrio, é o centro, é natural que existam os extremos para definir esse mesmo ponto central.

Apenas o que me arrelia, é em Portugal só é legalmente possível existir um dos extremos, no caso a extrema esquerda. Se um partido de extrema direita é algo de escabroso ao ponto de ser ilegal e uma besta vinda das trevas, porque razão não o é também um partido da extrema esquerda. Eu bem sei porquê!

Os extremos são necessários para sabermos para onde não deveremos seguir, aliás deveriamos escamotear e repudiar qualquer tipo de extremismo, não como existência, mas no fundo de nós existir a presença de espírito para não ligar a estes extremos.

Qualquer tipo de extremismo é naturalmente mau, isso não significa que tenham de desaparecer.

Voltando ao partido BE, como o poderemos classificar, certamente de extrema, mas como classificar um Não Partido.

O BE é um não partido, pois em tudo é oposição, e das raras vezes que não se opõe, o BE revela-se como um não partido de medidas avulsas, sem rumo e sem ideal, ou assim pareça pois os seus ideais revelariam concerteza ideologias anti-democratas.

O que é realmente grave nos partidos de um quadrante mais à esquerda é a sua suposta supra-inteligência, a sua pseudo-intelectualidade de teorias vazias de realidade. São ideias ocas e transparentes. Isto é demasiado grave, pois apesar da desdenhez como olham para o povo, acham-se na necessidade de o defender, pois o povo é coitado e imbecil. É uma dupla face, uma hipocrisia fantástica que muitos não se apercebem.

Imaginemos então um governo BE, ou de outro partido da mesma zona política, imaginemos pois um parlamento de teóricos da sociedade, pseudo-superiores, com a missão de "educar" e "Liderar" os pobres dos "Imbecis", onde se discutia a forma, o conteudo, e o resultado desta deliberação fosse nulo, vazio, esgotado de efectividade.

Imaginemos pois um governo supostamente iluminado, que colocaria em cheque um país devido a medidas avulsas e desnorteadas, tentaria que o cobertor tapasse cabeça e pés. Talvez conseguissem o problema seriam os buracos no resto do cobertor.

Eles protegeriam os mais fracos, mas sem rumo a dada altura todos seriamos fracos e dependentes do "grande parlamento de iluminados" que protegia o idiota.

E quando o país estivesse destroçado era culpa de quem? Do Capitalista? Dos ignóbeis do exterior? Sim só poderiam ser os do exterior porque um BE ou um esquerdista não se Engana?!!

PS: Um dado a favor do BE. Talvez tenham evitado um escândalo ao denunciar o negócio que envolvia o Grupo Carlyle e a GALP. Isto sem dados de que seja verdade o que o BE afirmava.

Braveman

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