António Braga, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, inaugurou ontem, na Cidade da Praia, o primeiro Centro Comum de Vistos (CCV) em Cabo Verde, fruto de uma parceria com a União Europeia. "Este momento significa que quem quiser ir ao Espaço Schengen pode passar a fazê-lo com todas as condições de rapidez, segurança e transparência", disse António Braga.
O centro é um investimento de dois milhões de euros, integralmente suportados pela UE, e, segundo Braga, "não é por acaso que foi colocado em Cabo Verde". A razão tem que ver com o facto deste país ser considerado um "bom aluno" nas relações com UE, em especial no respeito de acordos como o da Parceria para a Mobilidade, que pretende ser um instrumento mais eficaz na luta contra as migrações ilegais. Durante a cerimónia, que contou com os embaixadores da Bélgica e do Luxemburgo em Lisboa, como parceiros do projecto, e do embaixador representante da UE, o membro do Governo cabo-verdiano surpreendeu os presentes ao anunciar uma "ambição mais vasta": a isenção de vistos Schengen para todos os cidadãos do seu país.
O CCV está equipado com tecnologia portuguesa semelhante em tudo à que deu origem aos passaportes electrónicos, pelo que, ao fazerem o pedido de visto para o Espaço Schengen, os cabo-verdianos ficam com a recolha de dados biométricos já feita pelas autoridades locais e da UE. "Este projecto respeita as pessoas que sintam o apelo da mobilidade, dado cada vez mais presente num mundo globalizado. Isto poderá demonstrar que a UE é um espaço acolhedor, foi esse o sinal que estes três países pioneiros quiseram dar".
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