A delegação do Banco Mundial (BM) que se encontra na Guiné-Bissau para uma visita de dois dias garantiu o apoio da instituição ao crescimento económico guineense.
"A nossa visita foi para fazer o ponto da situação do nosso programa com a Guiné-Bissau e sobretudo para garantir o apoio do Banco Mundial para o crescimento económico do país", afirmou Michel Wormser, director da estratégia e das operações do BM para África.
"Temos a previsão de que em 2010 o crescimento económico será de 5%, mas gostaríamos que fosse superior. Queremos que haja electricidade, que o porto funcione melhor e que haja mais produtos agrícolas para serem exportados para que sirvam o interesse económico do país", sublinhou o responsável.
Wormser falava aos jornalistas no final de um encontro com o presidente guineense, Malam Bacai Sanhá, com quem discutiu um programa de emergência para regularizar o sector eléctrico do país, onde praticamente não existe fornecimento.
"Discutimos com o presidente um programa de emergência para o sector de electricidade no valor de 12,7 milhões de dólares, com apoios da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental e da União Europeia. O programa prevê também uma reforma profunda no funcionamento da central eléctrica, mas também na gestão das operações e comercial".
Questionado sobre a intervenção militar de 1 de Abril e o anúncio da União Europeia de condicionar a ajuda o país à libertação do chefe das Forças Armadas, Zamora Induta, e que os responsáveis da intervenção sejam levados à justiça, Michel Wormser afirmou que a "paz social é uma condição para que a Guiné-Bissau possa desenvolver-se".
"A Guiné-Bissau já conseguiu alguns marcos de sucesso como eleições legislativas e presidenciais bem sucedidas, mas é preciso que isso seja mantido para ajudar aos processos de reforma para o desenvolvimento do país", sublinhou.
"O país tem potencialidade para crescer rapidamente. Ninguém imaginava que há cinco anos, quando não havia telemóveis, iria haver hoje 400.000 utilizadores", exemplificou o responsável do Banco Mundial.
"O país em termos agrícolas tem produtos e também tem recursos mineiros e pode crescer rapidamente. Pensamos que com o apoio dos outros parceiros e com paz social é possível fazer algo por este país", concluiu.
A visita do Banco Mundial termina hoje, terça-feira, com visitas ao porto de Bissau e a campos de cultivo de arroz.
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