No seu habitual tom provocador, o realizador franco-suíço Jean-Luc Godard, que na segunda-feira se recusou assistir à apresentação do seu novo filme no Festival de Cannes, considera que a Suíça não deveria existir como país.
“Penso como [o líder líbio, Muhammar] Kadafi: se a Suíça francófona pertencesse a França, a Suíça alemã à Alemanha e a Suíça italiana a Itália, já não haveria Suíça”, afirmou o famoso cineasta de 79 anos numa entrevista ao jornal helvético 24 heurs.
Godard está igualmente contra a Suíça no caso que envolve o seu colega de profissão Roman Polanski, detido no país desde setembro do ano passado devido a um mandato de captura dos Estados Unidos por suspeita de abuso de uma menor ocorrido em 1977.
“A Suíça não deveria subjugar-se aos Estados Unidos. Devia ter questionado, não aceitado, e eu teria gostado que os cineastas que vão a Cannes se mobilizassem a favor de Polanski”, disse a partir da sua casa na cidade suíça de Rolle.
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