Angola é o principal mercado de exportação para os vinhos portugueses do Alentejo, com as principais marcas já presentes e onde uma prova anual permite mostrar as mais recentes colheitas e apostas.
Cerca de duas dezenas de produtores e empresas estiveram presentes na quinta-feira na edição deste ano da prova de vinhos alentejanos, no Hotel Trópico, sendo esta representação, para Dora Simões, presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Alentejo, "a prova da importância que o mercado angolano tem".
"Angola tornou-se, nos últimos anos, no principal mercado de exportação dos vinhos do Alentejo. É uma posição de grande importância e encaramos este mercado de forma muito séria. O mercado angolano é muitíssimo importante para o Alentejo", disse.
Dora Simões prefere não destacar quaisquer marcas, embora admita que "há sempre algumas marcas que, pelo prestígio que têm ou pela forma mais pró-activa da sua promoção e comercialização, abram caminho a outros".
"A Herdade do Esporão, entre outras, teve um papel importante na abertura do mercado angolano aos vinhos do Alentejo", admitiu.
Pedro Ribeiro, enólogo da Herdade dos Grous, durante a prova de vinho, afirmou à Lusa que o mercado angolano "está a funcionar muito bem" desde que estes vinhos chegaram a Angola, há um ano e meio.
"É um mercado onde nos estamos a impor com os vinhos de qualidade, com um crescimento a bom ritmo e uma aposta nos restaurantes. È um mercado especial, preços bastante elevados, embora isso não seja forçosamente mau para o sector", apontou.
O delegado comercial da Vinalda, José Manuel, admite que "as expectativas para o futuro são boas", embora advirta para um cenário de "excesso de marcas", aconselhando a que os produtores e as empresas apostem "nos seus melhores vinhos" em detrimento da quantidade que pode ser prejudicial para os vinhos portugueses no seu todo.
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