A China deve comprar dívida pública portuguesa, entre outras, para ajudar a Europa a sair da crise e para limitar a 3% a valorização da divisa chinesa, defendeu hoje Wang Yong, académico do banco central chinês.
Num artigo de opinião que o jornal Securities Times hoje publica, Wang defende que a China deve formar alianças com outros países – Portugal incluído – para evitar que os Estados Unidos consigam reunir uma coligação para obrigar Pequim a valorizar o yuan acima dos 3%.
Uma das formas de congregar este grupo de apoio é comprar dívida soberana de Portugal, Grécia, Irlanda e Itália, apoiando "activamente" a resolução da crise de dívida europeia, refere o académico, que ensina no centro de formação do Banco Popular da China (banco central).
Citando dados oficiais chineses, Wang refere que os sectores exportadores chineses só conseguirão enfrentar uma valorização entre os 3% e 5%.
"Por isso, deveríamos estabelecer um limite, [que] só permitisse uma subida de três por cento do yuan este ano, no máximo", sublinha Wang Yong.
"Na actualidade, o Japão, a União Europeia, a Austrália, a Coreia do Sul, o Brasil e alguns outros países já estão a intervir nos mercados de divisas, para lidar com a valorização das moedas locais", acrescenta.
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