Portugal foi eleito esta terça-feira como membro não-permanente do Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas para o biénio 2011-2012.
Após ter ficado na segunda posição na primeira ronda de votações, atrás da Alemanha, que foi eleita de imediato, mas à frente do Canadá, Portugal, depois de uma segunda votação inconclusiva em que obteve 113 votos, a cinco dos dois terços exigidos, contra 78 do Canadá, foi eleito após a desistência do Canadá, que deu os parabéns à Alemanha e a Portugal.
Além de Alemanha e Portugal, foram eleitos para o CS a África do Sul, Colômbia e Índia. [Depois de aqui termos demonstrado o nosso pessimismo quanto a esta importante eleição, ficam os parabéns à diplomacia portuguesa que dignifica o país e revela, uma vez mais, a sua competência e excelência num trabalho que havia começado em 2000.
O Canadá não conseguiu ultrapassar a estratégia portuguesa que parece ter passado por admitir a possibilidade de a Alemanha ser eleita logo na primeira votação, apesar de ter apresentado a candidatura mais tardiamente que os outros dois países. Assim, importava eliminar o Canadá, tentando convencê-lo de que era nosso aliado contra a Alemanha e com isso obtendo mais votos. Portugal baralhou os dados e nas coisas da diplomacia só há ganhar ou perder. E Portugal ganhou mais uma vez.
Agora, importa fazer um mandato com dignidade, dando relevo à língua portuguesa (o Brasil também está no Conselho de Segurança até dezembro de 2011, numa excelente oportunidade para que o português se torne língua oficial da ONU), bem como apoiando os países da CPLP e da África que connosco mais têm afinidades.]
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