sexta-feira, outubro 28, 2011

O 13º mês

Eu já tinha visto este exemplo a justificar o 13º mês e tinha achado curioso. Dizem alguns que o 13º mês não existe na prática e que serve para acerto de contas na remuneração ao final do ano. E isto sobretudo em comparação com países como a Inglaterra que paga à semana. Este subsídio foi criado durante o governo de Marcelo Caetano.

Ora diz-nos esta regra que...

Imaginando um ordenado de 1000 euros ao fim do ano ter-se-ia ganho 1000x12=12000.

somando o 13º mês teríamos 12000+1000=13000

Ora o busílis está aqui... Se dividirmos os 1000 euros por 4 semanas de um mês daria 250 euros por semana de trabalho. Sendo que um ano tem 52 semanas o resultado é 250x52= et voilá 13000 euros.

Aparentemente então está tudo explicadinho com matemática e faz sentido... dizem os defensores desta tese que ao tirar 13º mês não se está a pagar todo o ano de trabalho.

Esta tese só tem um problema, na realidade um mês pode ter 4 ou 5 semanas o que segundo a tese o 13º mês completa. Mas vamos a contas. Sendo que um ano tem 52 semanas o valor correcto de semanas por mês é de 4,34 (arredondado a 2 casas decimais) e não 4. Assim sendo 1000 euros divididos por 4,3 = 230,41 cêntimos de euro. Ora seguindo o mesmo raciocínio 230,41 x 52= 11981,32 euros. Afinal se calhar ainda fica dever ao empregador. Bom eu sou a favor que se pague bem, embora não perceba muito bem porque se trabalhem 11 meses e se paguem 14. Só peço então que não venham à baila argumentos demagógicos.

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